Animação de Grupos
Animação de Grupos
Animação de Grupos
Neste artigo procuramos explicitar alguns dos fundamentos que devem ser considerados na
utilização de jogos e dinâmicas no processo de animação de grupos, designadamente na
facilitação do adequado desenvolvimento e funcionamento dos grupos.
O CONCEITO DE GRUPO
Os grupos distinguem-se uns dos outros pelos mais variados critérios. Em função da natureza
dos objectivos que prosseguem que podem ter uma natureza mais marcadamente emocional
ou, pelo contrário, mais funcional. Pela organização mais informal ou mais formal. E, também e
entre muitos outros critérios, pela dimensão, que inevitavelmente se traduz numa maior ou
menor intensidade e reciprocidade das interacções pessoais.
O grupo desempenha papéis decisivos na vida humana já que é nele que se processa a
socialização do indivíduo imprescindível à sua formação enquanto pessoa. Assim, ao longo da
vida do indivíduo, uma adequada integração em grupos é indispensável para a formação de um
ser humano completo e equilibrado emocional e socialmente. É amplamente reconhecido que o
grupo pode exercer uma forte influência no comportamento individual dos seus membros. Este
efeito pode revestir aspectos positivos, mas também negativos. Um grupo pode facilitar
mudanças comportamentais desejáveis nos seus membros, mas pode, também, facilitar a
manifestação pelos seus membros de comportamentos socialmente indesejáveis e/ou
desadequados.
Importa, também, não esquecer o importante papel social desempenhado pelos grupos, de
que o associativismo é um notável exemplo, em processos de transformação da sociedade e
na construção solidária e colectiva de respostas inovadoras a problemas e aspirações de
grupos e comunidades.
A DINÂMICA DE UM GRUPO
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A fase de formação, ou inicial, corresponde aos primeiros tempos que decorrem após a
reunião do um conjunto de indivíduos que constituirão o grupo. Esta fase é marcada pela
necessidade de os membros estabelecerem contactos entre si com vista a conhecerem-se e
relacionarem-se uns com os outros. As relações que então se estabelecem no grupo são
marcadamente de natureza afectiva e emocional. Importa ter presente que a qualidade e
intensidade das relações interpessoais entre os membros de um grupo são um factor decisivo
para a sua coesão e bom funcionamento, pelo que ignorar ou procurar acelerar este tempo e
espaço de formação inicial do grupo poderá ter consequências muito negativas no seu
desenvolvimento futuro.
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ANIMAR UM GRUPO
Ao longo de toda a existência do grupo o animador terá, ainda, de ter presente a dinâmica dos
processos que nele ocorrem e que, frequentemente se traduzem em regressões provocadas
por alterações na composição e/ou na acção do grupo que frequentemente obrigarão à
intervenção do animador no sentido de facilitar a reorganização do grupo para a superação de
novos desafios e para a resolução de problemas que surjam.
Os jogos, dinâmicas e outras actividades que colocamos ao vosso dispor nesta página são
recursos que podem utilizar no vosso trabalho com grupos.
Porém, convêm ter presente que estas actividades não devem constituir um fim em si
mesmas, mas antes um meio, um recurso que podemos utilizar quando pretendemos alcançar
objectivos específicos no nosso trabalho com grupos. Ou seja não servem, não devem servir,
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como simples brincadeiras para entreter um grupo ou para preencher um “um buraco” numa
qualquer actividade que estamos a fazer com um grupo.
A escolha de uma dinâmica deve assim adequar-se aos objectivos que pretendemos atingir,
às características individuais dos membros do grupo e, naturalmente, às características e fase
evolutiva do grupo com que estamos a trabalhar. Temos, também, de atender na selecção de
actividades de animação de um grupo às condições físicas e materiais e ao tempo de que
dispomos.
Na dinamização destas actividades o animador deve começar por apresentar da forma mais
clara que lhe for possível o funcionamento e conteúdo da dinâmica motivando o grupo para a
sua realização. No desenrolar de uma dinâmica, e se esta tiver sido adequadamente
apresentada, a intervenção do animador pode e deve ser reduzida. O animador assumirá um
papel mais observante, ainda que presente para que as regras da actividade sejam seguidas e
que a motivação se mantenha elevada.
A maioria das actividades que podemos desenvolver implica, para uma verdadeira
consecução dos respectivos objectivos, que se proceda a um momento de exploração após a
sua realização com o grupo. Este pode ser centrado na partilha de emoções, sentimentos e
dificuldades sentidas pelo grupo durante a sua realização e/ou na discussão em torno dos
objectivos que se pretendiam atingir
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