Unidade Temática Iv
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UNIDADE TEMATICA IV
AUTORIDADE, DELEGAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
De acordo com Stoner & Freeman (1999:254), os termos autoridade, poder e influência foram
usados, pelos estudiosos da área de administração de várias maneiras conflituantes.
Autoridade
A palavra autoridade está ligada a legitimidade, ter autoridade significa ter o direito de dizer aos
outros o que eles têm de fazer ou o direito de decidir algo.
Silva 1996, define autoridade como sendo um tipo de poder e baseia-se no reconhecimento da
legitimidade ou legalidade da tentativa de exercer influência.
Os indivíduos ou grupos que tentam exercer influência são percebidos como tendo o direito de
fazê-lo dentro de limites reconhecidos, um direito que decorre de sua posição formal numa
organização.
Segundo Stoner & Freeman (1999:254), autoridade formal é o tipo de poder. Mas o facto de,
formalmente, ser atribuído a alguém, que detém determinado nível hierárquico, o directo de dizer
aos outros o que eles têm de fazer, não implica que eles o façam.
Do postulado acima exposto, podemos inferir que autoridade é a probabilidade de uma ordem
específica seja obedecida, sem que essa obediência seja devida à pessoa, mais sim a
regras/normas estipuladas. A pessoa pode ter autoridade sobre alguém e não ter o poder.
Influência segundo Stoner & Freeman (1999:254), seria quaisquer acções ou exemplos de
comportamento que causam a mudança na atitude ou no comportamento de outra pessoa ou de
um grupo. Ou seja, a influência é evidenciada pela mudança no comportamento de alguém em
resultado das acções de outra.
Para que a autoridade formalmente atribuída a uma pessoa consiga influência sobre
outras, é necessário que aquela pessoa tenha algum tipo de poder. (Teixeira,
1998:129), ou seja um poder de algum tipo deve reforçar a autoridade, se quisermos
que exista influência, (Hampton, 1992:331).
O poder é um conceito considerado mais abrangente do que autoridade. Este resulta muitas vezes
de relações sócias que se estabelecem entre os indivíduos e implica trocas recíprocas. Por
exemplo, um supervisor tem poder, em parte, porque os subordinados dependem dele para
promoções e recompensas salariais; por outro lado, os subordinados podem ter algum poder
sobre o superior se o seu desempenho está ligado, e depende, ao trabalho deles. (Teixeira,
1998:113).
A fonte ou base do poder é aquilo que o detentor (o que exerce poder) possui e cujo controle lhe
confere capacidade de influenciar. Portanto o poder não decorre simplesmente do nível que um
indivíduo ocupa na hierarquia organizacional, mas também noutros níveis hierárquico.
Segundo Jonh e Bertram Raven, citados por (Robbins, 2004), existem cinco fontes ou bases de
poder: legitimidade, recompensa, coerção, talento e referência. Portanto, para que as ordens
sejam executadas, o poder utiliza os recursos físicos/sanções, matérias/salários, subsídios e
símbolo/estima que sarão discutidos nas tipologias que se seguem.
Poder Coercivo – a base deste tipo de poder é o medo. O superior tem a capacidade de punir ou
recomendar sanções a outros. É o tipo de poder usados pelos gestores quando conseguem que os
seus subordinados tenham determinado comportamento por receio castigados.
No poder coercivo o gestor tem capacidade de atribuir tarefas desagradáveis, realizar promoções,
e outras vantagens, embaraçar ou irritar os subordinados. O recurso a este poder é a severidade
do castigo e a certeza de que não será evitado.
O poder coercivo e o poder de recompensa constituem os dois lados de uma mesma moeda, isto
porque, se o detentor (ou) do poder tira algo de valor positivo ou infligi algo de valor negativo a
alguém, exerce-se o poder coercivo. Por outro lado, se o influenciador fornece algo de valor
positivo ou remove algo de negativo de alguém, exerce-se o poder de recompensa.
Poder de referência ou carisma – resulta de uma pessoa estar associada a uma imagem
altamente favorável, o que faz com que os outros nela acreditem e admirem as suas ideias. O
gerente possui traços (ou qualidades) com os quais os subordinados desejam se identificar. Este
tipo de poder associa-se muitas vezes aos grandes líderes, heróis militares como resultado da
admiração pelo outro e do desejo de se parecer com ele.
Poder de talento, também conhecido por técnico ou ainda por competência este tipo de poder
consiste na influência que se exerce como resultado da perícia, da habilidade ou conhecimento.
Os gerentes cujos subordinados os encaram como tendo conhecimentos que podem ajudá-los a
satisfazer suas necessidades têm poder de talento. Quando os subordinados constatam que o seu
superior possui conhecimento e habilidade que podem contribuir para suas eficiência e seu
progresso, aumenta a tendência de se cumprir as ordens que reflectem essa experiência.
No dia a dia é frequente as pessoas acharem que o conceito de poder limita-se ao poder legitimo,
pois este é normalmente associado ao poder de qualquer gestor. Mas analisando os tipos de
poder, podemos verificar que o conceito do mesmo ultrapassa o de simples poder legítimo. O
ideal é que o poder total de um gestor seja a soma algébrica dos diferentes tipos do poder
(Teixeira, 1998:113) e que ele exerça cada um, ou conjugando alguns de acordo com as
circunstâncias. Contudo sabemos que isso não é fácil.
Poder total = Poder legítimo P. de recompensa P. Coercivo P. de competência
P. de referencia
O poder que no geral, os gestores exercem com mais frequência é o poder coercivo. Porém é o
mais perigoso e recomenda-se que este seja usado com muito cuidado, pois de contrário não só
pode influenciar a eficácia do gestor como pode conduzir a conflitos.
Por outro lado, e de acordo com Teixeira (1998:114), o poder legitimo constitui o principal poder
dum gestor em resultado da sua posição na organização, assim aquela relação mostra como seu
poder total pode ser aumentado ou diminuído pelo poder de recompensar, de punir, de
competência e de referencia. Por exemplo, um gestor cujo poder legitimo é reduzido pode ter um
poder total superior por causa da sua competência na sua área de trabalho. Pelo contrario, um
gestor com bastante por legitimo pode ter um poder total inferior poder total inferior por falta de
conhecimento de sua função.
Controlo de recursos – quanto maior for o numero de pessoas e os recursos financeiros que um
grupo ou individuo controla, maior é o poder na organização. Por essa razão muitas vezes a
própria divisão dos recursos cria conflitos nas organizações precisamente pela ideia de poder que
lhe está subjacente.
O poder e a luta por ele que por vezes se desenvolve nas empresas são aspectos importantes no
estudo das organizações.
VANTAGENS:
VANTAGENS:
• MAIOR MOTIVAÇÃO;
DELEGAÇÃO
Delegação capacita os gerentes a realizarem mais do que se tentasse lidar pessoalmente com cada
tarefa.
A delegação permite aos gerentes focalizarem suas energias nas tarefas mais cruciais, de alta
propriedade.
A delegação permite que os subordinados cresçam e se desenvolvam, ainda que isto possa
significar aprender pelos próprios erros.
Há necessidades de delegar porque nem sempre os gerentes tem todo o conhecimento necessário
para tomar decisão.
DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO