Apostila de Matemática e Física

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ÍNDICE

Conteúdo Pág.

Conjunto dos números naturais; 02


Operação em N : adição e subtração , expressão numéricas em N, multiplicação e
02
divisão , potenciação e radiciação;
Múltiplos e divisores: MMC e MDC 05
Número fracionários: redução e comparação de frações . operação com frações; 07
Numerais decimais: operação de frações , operação com frações : 08
Razões e proporções: aplicação das proporções, grandeza proporcional, regra de
20
três:
Expressões algébricas: operações algébricas, produtos notáveis, fatoração; 10
Conceito de Função 14
Função do 1º grau 16
Taxa de Porcentagem 24
Juros Simples 26
Ângulos congruentes 27
Equações do 2º Grau 28
Comprimento da Circunferência 31
Medida de Superfície 32
Relações Métricas no Triângulo Retângulo 39
Ângulos agudos e ângulos obtusos 44
Ângulos complementares 45
Ângulos suplementares 47
Ângulo opostos pelo vértice 48
Classificação dos polígonos 51
Bibliografia a Consultar 56

1
Número Natural
Não levando em conta a qualidade dos elementos que constituem os conjuntos que estão em
correspondência biunívoca, verificamos que eles possuem uma propriedade comum – a quantidade de
elementos ou o número de elementos.
A propriedade comum aos conjuntos que podem ser colocados em correspondência biunívoca é
o que chamamos de número natural.
Os números naturais constituem um conjunto denominado conjunto dos números naturais .
indica-se pela letra N.
N = { 0, 1 ,2, 3 , 4 . . . }
N* = { 1 , 2 , 3 , 4 , 5 . . . } é o conjunto dos números naturais excluído o 0.

Operações fundamentais com números naturais


Adição

A reunião de dois conjuntos A e B disjuntos ( sem elementos comuns ) é constituída pelos


elementos que pertencem a A ou a B.
Sejam : A B

n(A) = 6 – número de elementos do conjunto A


n(B) = 5 – número de elementos do conjunto B

Daí resulta:
n(A U B ) = 11 número de elementos do conjunto reunião.
Vemos que : n(A) + n(B) = n (A U B ou 6 + 5 = 11
A operação que fizemos chama-se adição, 6 e 5 são as parcelas e o resultado da operação , 11 , é
a soma .
A adição faz corresponder a dois números dados em certa ordem ( par ordenado ) um único
número que é a soma do primeiro com o segundo.

Atividade de Classe
1. Responda:
a)Como se chamam os termos de uma adição?
b) Na igualdade 36 + 64 = 100 , como é chamado o número 100 ?
c) Na igualdade 21 + 69 = 90 , como se chamam os números 21 e 69 ?

2. Calcule:
a) 85 + 135
b) 3025 + 4975
c) 2001 + 299
d) 3025 + 4975
e) 10906 + 3286
f) 43205 + 16895

3. Resolva os problemas:
a) Helena tinha um saldo de Cr$ 172 906,00 na sua caderneta de poupança.. No último trimestre,
recebeu Cr$43 218,00 de juros e correção monetária. Com que saldo ficou?

2
b) Júnior comprou um aparelho de som para o seu carro por Cr$ 165 400,00. A seguir, pagou Cr$ 13
500,00 para a sua instalação . Quanto gastou ao todo?
c) De acordo com o censo de 1980, Rondônia , o mais novo estado da Federação, tem uma população
urbana de 233 301 habitantes e uma população rural de 259 509 habitantes. Qual é a população
total de Rondônia ?

Propriedade estruturais
a) Fechamento : A soma de dois números naturais é um número natural .
5∈N,6∈N⇒(5+6)∈N
b) Comutativa: A ordem das parcelas não altera a soma.

}
4 + 8 = 12 ⇒ 4 + 8 =8 + 4
8 + 4 = 12
c) Elemento neutro: No conjunto dos números naturais , zero é chamado elemento neutro da adição.
5 + 0 = 5; 0 + 7 = 7
d) Associativa: A adição de três parcelas pode ser feita associando –se as duas primeiras ou as duas
últimas parcelas indiferentemente.
( 5 + 13 ) + 4 = 5 + ( 13 + 4 )

Atividade de Classe

1. Nas relações abaixo, diga qual é a propriedade estrutural que está sendo empregada:
a) 9 ∈ N , 15 ∈ N ⇒ ( 9 + 15 ) ∈ N
b) 8+7=7+8
c) 18 + 0 = 18
d) (22 + 15) + 17 = 22 ( 15 + 17 )
e) 0+9=9
f) 32 + 18 = 18 + 32

2. Copie as sentenças seguintes, completando-as para que fiquem verdadeiras:


a) Numa adição, a ordem das parcelas não altera a ..............................................
b) O elemento neutro da adição é o número .........................................................
c) A soma de dois números naturais é um número ...............................................

Multiplicação

Produto de dois números


Consideremos a soma de 5 parcelas iguais a 3.
3 + 3 + 3 + 3 +3 = 15
Esta soma pode ser indicada por 3 x 5 = 15 ( ou 3 . 5 = 15 ) que se lê : “3 vezes 5 igual a 15”, e
recebe o nome de produto. Pode –se dizer que produto é a soma de parcelas iguais e a operação é a
multiplicação . Então:

MULTIPLICAR É SOMAR PARCELAS IGUAIS

A parcela que se repete, chama-se multiplicando; o número de parcelas repetidas, multiplicador


e o resultado, produto.

3
3 x 5 = 15
produto

}
multiplicador

multiplicador
são também chamados fatores

Não se pode falar em produto, se o multiplicador for 1 ou 0 . Entretanto , aceita-se que a


multiplicação de qualquer número por 1 dá o próprio número e a multiplicação de qualquer número
por zero dá zero. Assim:

3 x 1 = 3; 3 x 0 = 0
Pode-se dizer que a multiplicação faz corresponder a dois números dados em certa ordem ( par
ordenado ) um terceiro número que é o produto do primeiro pelo segundo.

Assim: ( 3 , 5 ) X 15

ao par ordenado ( 3, 5 ) , a multiplicação faz corresponder o número 15 qual é o produto de 3 por 5

3. Calcule:
a) 83 x 35
b) 123 x 42
c) 75 x 39
d) 209 x 78
e) 47 x 26
f) 625 x 25

4. Resolva os problema:
a) Em junho de 1983, o litro de álcool hidratado custava Cr$ 178,00. O tanque de um Volkswagem
Voyage comporta 52 litros. Quanto se gastava para encher o tanque de um Voyage?
b) Sabemos que 1 minuto tem 60 segundos. Quantos segundos há em 15 minutos
c) O salário – família recebido por um trabalhador é de Cr$ 1 738,00 por filho menor de 14 anos .
Quanto receberá um operário que tem 56 filhos nessa condições?

Propriedade estruturais

a) Fechamento : O produto de dois números naturais é sempre um número natural.


2 ∈ N, 5 ∈ N ⇒ 2 x 5 ∈ N

b) Comutativa : A ordem dos fatores não altera o produto.


}
7 x 4 = 28 7 x 4 = 4 x 7
4 x 7 = 28

c) Elemento neutro: O numero 1 multiplicado por qualquer número e em qualquer ordem, dá por
produto aquele mesmo número.
5x1= 1x5=5
d) Associativa: Numa multiplicação de três fatores , podem-se associar os dois primeiros ou os dois
últimos, indiferentemente .
4
( 4 x 5 ) x 2 = 20 x 2 = 40
4 x ( 5 x 2 ) = 4 x 10 = 40} ( 4 x 5 ) x 2 = 4 x (5 x 2 )
Atenção! Se um produto de três ou mais fatores um deles é zero, o produto é igual a zero:

3 x 3 x 5 = 0 ; 8 x 12 x 0 x 7 = 0

e) Distributiva da multiplicação em relação à adição ( ou subtração ):


O produto de um número por uma soma ( ou diferença ) pode ser obtido, multiplicando –se o número
por cada um dos termos da soma ( ou diferença ) e adicionando-se ( ou subtraindo –se ) os produtos
parciais. Assim:

9 x ( 3 + 2 ) = 9 x 5 = 45
9 x 3 + 9 x 2 = 27 + 18 = 45 } 9x(3+2)=9x3+9x2

4 x (7 – 3 ) = 4 x 4 = 16
4 x 7 – 4 x 3 = 28 – 12 = 16 } 4x(7–3)=4x7 -4x3

Máximo Divisor Comum


Consideremos os conjuntos dos divisores, respectivamente, dos números 40 e 16.
D(40) = {1,2,4,5,8,10,20,40}
D(16) = {1,2,4,8,16}
Observando que D(40)∩D(16) = { 1,2,4,8}, podemos afirma que :
a) Os divisores comuns de 40 e 16 são 1,2,4,8.
b) O maior divisor comum de 40 e 16 é 8.
Então, o número 8 é chamado máximo divisor comum de 40 e 16, que será representado por mdc (
40 , 16 ) = 8.
Daí podemos dizer que :

Dados dois ou mais números , não simultaneamente nulos, chama-se máximo divisor comum desses
números o maior dos seus divisores comuns.

Atividade de classe

Determine:
a) D (15) b) D (32) c) D (54)
D (18) D (28) D (42)
D (15) ∩ D (18) D (32) ∩ D (28) D (24)
mdc (15,18) mdc ( 32 , 28 ) D (54) ∩ D (42) ∩ D (24)
mdc( 54, 42, 24 )
d) D ( 45 )
D ( 36 )
D ( 27 )
D ( 18 )
D(45)∩D(36)∩D(27)∩D(18)
mdc (45,36,27,18)

5
Técnicas para o cálculo do mdc
Vamos determinar o máximo divisor comum de 60 e 24.
Á sabemos que:
D(60) = { 1,2,3,4,5,6,10,12,15,20,30,60}
D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}
D (60) ∩ D (24 ) = {1,2,3,4,6,12}
mdc ( 60 , 24 ) = 12.

Mínimo Múltiplo Comum


Consideremos os conjuntos dos múltiplos, respectivamente, dos números 6,8 e 12:
M(6) = { 0,6,12,18,24,30,36,42,48,54,60 . . . }
M(8) = {0,8,16,24,32,40,48,56,64 . . .}
M(12) = { 0,12,24,36,48,60 . . . }
Observando que M (6) ∩ M(8) ∩ M(12) = {0,24,48 . . .}, podemos afirmar que :
a) Os múltiplos comuns de 6,8 e 12 são 0,24,48 . . .
b) O menor múltiplo comum, diferente de zero, de 6 ,8, e 12 é 24.
Então , o número 24 é chamado mínimo múltiplo comum de 6,18 e 12 , que representaremos pr
mmc (6,8,12) = 24

Dados dois ou mais números, diferentes de zero, chama-se mínimo múltiplo comum desse números o
menor de seus múltiplos comuns, diferente de zero.

Atividade de Classe.

Determine o que pede:


a) c)
M (9) M(10)
M(6) M (8)
M(9) ∩ M(6) M (10) ∩ M (8)
mmc (9,6) mmc (10,8)

d) d)
M (6 ) M(12)
M (15 ) M(18)
M (10 ) M(9 )
M (6) ∩ M(15) ∩ M(10) M(36)
mmc ( 6,15,10) M(12) ∩ M(18) ∩ M(9) ∩ M(36)
mmc ( 12,18,9,36)

Técnicas para o cálculo do mmc


Podemos determinar o mmc de dois ou mais números diferentes de 0 pelo processo da
decomposição em fatores primos, conforme a seguinte regra:
a) Decompõe-se cada número em fatores primos.
b) O mmc será o produto de todos os fatores comuns e não comuns, cada um deles elevados ao maior
expoente.

6
6 2 8 2 12 2
3 3 4 2 6 2
1 2 2 3 3
1 1

MMC = 23 x 3 = 24

A idéia de número fracionário


Para exprimirmos o número de elementos de um conjunto finito, empregamos um só número natural.

7
3
Para expressarmos, matematicamente , uma parte ou algumas parte iguais de um todo, vamos usar um
par ordenado de números naturais.

Lê-se: meio ou um meio Lê-se: três quintos


Indica-se: 1 . indica-se : 3 .
2 5

Os pares de números naturais 1 , 3 são chamados frações ou números fracionários.


2 5
Então:

Chama-se fração todo par ordenado de números naturais com o segundo ≠ 0 onde:

a) o primeiro número indica quantas partes tomamos do inteiro.


b) O segundo número indica em quantas partes iguais o inteiro foi dividido.

7
Atividade de Classe
Observando os exemplos dados, expresse qual fração da figura toda é a parte colorida:

a) b) c)

Operações

Adição 1 + 2 = 3 + 4 = 7 mmc = 6
2 3 6 6

Subtração 3 - 1 = 3 - 2 = 1 mmc = 4
4 2 4 4

Multiplicação 2 x 3 = 6 .
5 7 35

Divisão 3 : 4 = 15 .
7 5 28

Expressões literais ou algébricas

Introdução
Sabemos que podemos usar letra (a, b, c, x, y . . .) para representar números e que são
denominados numerais literais.

Assim, observe as seguintes situações:


1ª situação: A figura abaixo nos mostra um retângulo cujas dimensões são 5 cm e 3 cm.

A medida do perímetro do retângulo é dada


pela expressão 2.(5) + 2 .(3), que contém
apenas números.

5 cm

Expressões deste tipo são chamadas expressões numéricas.

8
2º situação: A figura abaixo nos mostra um retângulo cujas dimensões são x e y.

A medida do perímetro do retângulo é


y dada pela expressão 2.x + 2 . y, que
contém números e letras.

Expressões deste tipo são chamadas expressões numéricas.

3º situação: A figura abaixo nos mostra um bloco retangular cujas dimensões são a, b, e c

A medida do volume do bloco é dada


pela expressão a . b . c que contém
apenas letras.

Expressões deste tipo são chamadas expressões literais.

Expressões literal ou algébrica


Uma expressão matemática que contém números e letra, ou somente letras, é denominada
expressão literal ou algébrica.

Exemplos
5x – 1 , a2 + ab , x2 – 2x + 1 , a - b .
2a

As letras ( ou numerais literais ) representam, indistintamente, um número qualquer de um conjunto


numérico é , por isso, são chamadas variáveis . Usaremos, daqui por diante, a expressão número a, em
vez da expressão

9
A expressão algébrica inteira e fracionária

Observe as expressões algébricas abaixo.


Identifique com a letra I as que não apresentam variáveis no denominador, e com a letra F as que
apresentam variáveis no denominador:

a) 3x - 2y b) x + y c) x - y
2 x

d) 1 . e) √a + √b f) a + 1
a+b 2x

g) 3 + 1 . h) x + y i) x2 y
x x2 2 3 10

você assinalou com a letra I as expressões algébricas:

3x – 2y , x + y , √ a + √ b , x + y , x2 y
2 2 3 10

você assinalou algébricas que não contêm varáveis no denominador são denominadas expressões
algébrica inteiras.

Você assinalou com a letra F as expressões algébrica :

x- y , 1 , a + 1 , 3 + 1 .
x a+b 2x x x2

Expressões algébricas que apresentam variáveis no denominador são denominadas expressões


algébricas fracionárias

Produtos Notáveis

Existem certas igualdades matemáticas, de uso freqüente no cálculo algébrico, que são
denominadas produtos notáveis.

Os principais produtos notáveis são :


 Quadrado da soma de dois termos (a + b)2 = a2 + 2ab + b2

De fato , pois:
(a + b )2 = ( a + b ) (a + b ) = a2 + 2ab + b2

quadrado do 2º termo
2º termo duas vezes o produto dos termos
1º termo quadrado do 1º termo

10
Daí , a seguinte

Regra

O quadrado da soma de sois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, mais duas vezes o produto
do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo termos.

Exemplos
1) (2x + 5)2 = (2x)2 + 2 . (2x) . (5) + (5)2 = 4x2 + 20x + 25

 Quadrado da diferença de dois termos ( a – b )2 = a2 – 2ab + b2

De fato, pois:
(a – b )2 = ( a – b ) ( a - b) = a2 – 2ab + b2

2º termo quadrado do 2º termo


1º termo duas vezes o produto dos termos
quadrado do 1º termo

Daí, a seguinte

Regra
O quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, menos duas
vezes o produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.

Exemplos: 1) ( 3x – 1)2 = (3x)2 – 2. (3x) (1) + (1)2 = 9x2 – 6x +1

 cubo da soma de dois termos (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

de fato, pois :
( a + b )3 = ( a + b )2 . (a + b ) = ( a2 + 2ab + b2 ) = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

Exemplos
1) ( a + x )3 = (a)3 + 3(a)2(x) + 3(a)(x)2 + (x)3 = a3 + 3a2x + 3ax2 + x3
2) (y + 2)3 = (y)3 + 3(y)2(2) + 3 (y)(2)2 = y3 + 6y2 + 12y + 8

 cubo da diferença de dois termos ( a – b )3 = a3 – 3a2b + 3ab2 - b3

De fato . pois:
( a – b )3 = ( a – b )2 . (a – b ) = ( a2 – 2ab + b2) ( a – b ) = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3

Exemplo : ( x – 3 )3 = (x)3 – 3(x)2(3) + 3(x) (3)2 + x3 – 9x2 + 27x - 27

 Produto da soma de sois termos


Pela sua diferença ( a + b ) (a - b) = a2 – b 2

11
De fato , pois 1º termo

( a + b ) ( a - b ) = a (a – b ) + b (a – b ) = a2 – b2

quadrado do 2º termo
quadrado do 1º termo

Daí, a seguinte

Regra

O produto da soma de dois termos pela sua diferença é igual ao quadrado do primeiro termo menos o
quadrado do segundo termo.

Exemplos:
1) ( x + 3 ) ( x - 3 ) = (x)2 - (3)2 = x2 - 9

Exercício de fixação
a) ( x + 8)2 b) (2 – 3a )2 c) (3x + y2)2
d) ( 1 + 5m) – ( 1 – 5m) e) (ab – c )2 f) ( m – 1)3

Fatoração

Introdução
Consideremos os seguintes problemas:
1º) Escrever o número 90 na forma de um produto indicado.
Para isso, decompomos 90 em fatores primos:

90 2
45 3
15 3 90 = 2 . 32 . 5
5 5
1

2º) Escrever a expressão 3 + 12 na forma de um produto indicado.


Para isso, usamos a propriedade distributiva da multiplicação:

3 + 12 = 3 . ( 1 + 4 ) 3 . ( 1 + 4 ) = 3 . 1 + 3 . 4 = 3 + 12

forma fatorada da expressão


Assim, que escrevemos um número ou uma expressão na forma de um produto indicado, dizemos que
estamos escrevendo o número ou a expressão na forma fatorada
Daí:

Fatorar um número u uma expressão significa decompor o número ou a expressão num produto
indicado.
12
Surgem , então , as perguntas:
a) será que podemos fatorar um polinômio?
b) Quando podemos fazê-lo?

As respostas serão dadas no estudo desta Unidade, importantíssima pela sua aplicação no cálculo
algébrico.

 Fatoração de Polinômios
Fatorar um polinômio significa transformar esse polinômio num produto indicado de polinômios ou
de monômios e polinômios.
Estudaremos os caso simples de fatoração de polinômios

1º Caso: Colocação de um fator comum em evidência


Observe as seguintes situações:
A figura abaixo nos mostra um retângulo cujas dimensões são x e y.

A medida do perímetro do retângulo pode ser representada pela expressão:


2x + 2y ou 2 . ( x + y ) propriedade distributiva da multiplicação
então :

2x + 2y = 2 . ( x + y )

Nesta igualdade, destacamos:

2( x + y) é a forma fatorada da expressão 2x + 2y,.


2 é chamado fator comum aos termos da expressão 2x + 2y e que foi colocado em evidência.

A figura seguinte nos mostra três retângulos: o retângulo ABCD, o retângulo AMND e o retângulo
MBCN.

D N C

A M
a B
b

13
Facilmente , observamos que :
Área do retângulo AMND + Área do retâgulo MBCN = Área do retângulo ABCD
a .c +b.c = (a +b). c

ou seja:
ac + ac = ( a + b ) c

nesta igualdade , destacamos:

( a + b ) c é a forma fatorada da expressão ac + bc.


C é chamado fator comum aos termos da expressão ac + bc e que foi colocado em evidência

Consideremos, agora, o polinômio ax + bx


ax + bx = x ( a + b ) pela propriedade distributiva da multiplicação

O conceito intuitivo de função


O conceito de função é um dos mais importantes da matemática, tendo destaque não openas na
maioria das teorias nela desenvolvida, mas também no nosso quotidiano. Por isso, vamos apresentar
esse conceito primeiro informalmente, para depois formalizá-lo.
Suponha que a tabela de preços a seguir corresponda às passagens do Metrô de São Paulo:

Passagens Preço a
Pagar
1 50,00
2 100,00
3 150,00
4 200,00
5 250,00
6 300,00
7 350,00
8 400,00

Observe que essa tabela fixa uma dependência entre o número de passagens e o preço a pagar.
Se chamarmos de x o número de passagens e de y o preço a pagar, esses duas grandezas
estarão relacionadas de tal forma que para cada valor de x existe, um correspondência , um único
calor de y, dado pela expressão y = 50x. Dizemos, então, que y é função de x.

Definição

Dados dois conjuntos A e B, chama-se função de A em B qualquer relação entre tais conjuntos
que faça corresponder , a cada elemento de A, um e um só elemento de B.

Indica-se a função de A em B com a notação.


f
f: A → B ou A → B

14
Isto que dizer que existe uma lei f que leva os elementos de A aos elementos de B, de tal modo que :
 Todo elemento de A tem corresponde em B;
 Todo elemento de A tem um único correspondente em B.

A chama-se domínio da função e se indica D (F) = A.


B chama-se contradomínio da função e se indica CD (f) = B

Se x é um elemento de A e y é o seu correspondente em B, dizemos que y é a imagem de x obtida


pela função f, indica-se y = f (y).

Y = f (y) lê-se “ y é igual a f de x”


O conjunto de todos os valores y assim obtidos chama-se conjunto imagem da função e se
representa por Im (f).
Veja o esquema.

Im(f)

A
B
A é o domínio da função : D(f) = A
B é o contradomínio da função : CD(f) = B
Im(f) é o conjunto imagem da função.

Exemplo:
Seja A o conjunto dos naturais, B o conjunto dos naturais e f a lei que a cada natural de A faz
corresponder o seu dobro em B .

0 1 2 3 4...
A:

0 1 2 3 4 5 6 7 8...
B:

Logo :
D(f): = { 0,1,2,3,4 . . .} vê-se que:
CD(f) = { 0,1,2,3,4 . . .} f(0) = 0 f(3) = 6
Im(f) = { 0,2,4,6,8 . . .} f(1) = 2 f(4) = 8
F(2) = 4

15
A função do 1º grau
Consideremos a seguinte função:
f: R → R
x → y = ax + b, com a e b reais e a ≠ 0
Observa-se que a expressão que define a função é ax + b , ou seja , um polinômio do 1º grau.

A essa função demos o nome de função do 1º grau ou função afim.

Raiz ou zero da função


Y = ax + b

Dada a função y = ax + b, dizemos que x é uma raiz ou zero de y = ax + b quando e somente quando o
valor corresponder de y é zero

Exemplo:
a) y = 3x – 6

para x = 2 ⇒ y = 0
x = 2 é raiz de y = 3x – 6

b) y = - x
para x = 5 é raiz de y = 5 – x

de um modo geral, para a função y = ax + b , tem –se:

Y = 0 ⇔ ax + b = 0

⇔x -b .
a

x = - b é raiz de y = ax + b
a

1. Primeiros exercícios de classe (faça no seu caderno ).


Determine as raízes das funções dadas pelas expressões seguintes:

a) y = 5x – 15
b) y = - 12 – 2x
c) y = 3x - 1
4
d) y= - 2x + 6
3

16
Valores e sinais da Função y = ax + b
A função de R em R definida pela fórmula y = ax + b assume infinitos valores, quando x varia
no campo real. É necessário, então , conhecer a variação desses valores.

Sinais de y = ax + b

Seja, como exemplo, y = 3x – 6. Desejamos saber para quais valores de x teremos y maior que
zero, ou , ainda para que valores de x teremos y menor que zero.

Y = 3x – 6
Y > 0 ⇔ 3x > 6
⇔ 3x > 6
⇔x>2

x>2⇒y>0

graficamente

X0 = 2 é raiz de y = 3x - 6

Y = 3x – 6
Y < 0 ⇔ 3x – 6 < 0
⇔ 3x < 6
⇔x<2

x<2⇒y<0

X0 = 2 é raiz de y = 3x – 6

17
Primeiros exercícios de classe ( faça no seu caderno )

1. Dadas as funções seguintes, determine:

I. a sua raiz;
II. os valores de x que tornam y >0 ;
III. os valores de x que tornam y > 0;
IV. o gráfico da função.

a) y=x–3
b) y = -2x – 8
c) y = 2x
d) y=1– x .
4

Sistemas de inequações do 1º grau com variáveis reais

Sovemos que resolver um sistema de equações é determinar as soluções comuns às equações


que compõem o sistema .
Da mesma maneira, resolver um sistema de inequações é determinar as soluções comuns às
inequações do sistema . Mais explicitamente, podemos dizer que o conjunto - verdade de um sistema
de inequações é o conjunto intersecção dos conjuntos soluções de cada uma das inequações .

Sistemas de inequações com uma variável real

Para resolver os sistemas de inequações com uma variável R, procedemos da seguinte maneira:
• Resolvermos cada uma das inequações;
• Determinamos a solução comum às inequações.

Exemplos:
Resolvamos , em R os seguintes sistemas:

1. x + 3 ≥ 0
x–5<0

resolvendo as duas inequações, temos:


a) x + 3 ≥ 0

x ≥ -3

portanto: V1 = { x ∈ R / x ≥ -3}
b) x – 5 < 0

x<5

O conjunto – verdade do sistema, V = V1 ∩ V2, pode ser determinado de maneira prática através
da representação gráfica de V1 e de V2, sendo verificada , a seguir , a sua intersecção .

18
Assim:

-3 V1

5 V2

Logo, a solução do sistema é dada por:

- 3≤x<5
ou V = { x ∈ R / - 3 ≤ x < 5 }

observação :

Como estamos trabalhando com uma única variável em R , a solução do sistema é um subconjunto da
reta.

2. 3x + 4 < 1
1 – 2x < 2

resolvendo as inequações, temos:


a) 3x + 4 < 1
3x < 1 – 4
3x < -3

x < -1

V = { x ∈ R / x < -1 }

b) 1 – 2x < 2
- 2x < 2 - 1
-2x < 1

x>- 1 .
2

V2 = { x ∈ R / x > - 1 }
2

-1 -1/2 V1

V2

19
Logo não existe x que satisfaça às duas inequações.
Ou V=∅

3. 3x – 4 > 8
2x – 1 > 3

Resolvendo as inequações , temos :


a) 3x – 4 >8
3x > 8 + 4
3x > 12

x>4

V1 = { x ∈ R / x > 4 }

A razão de duas grandezas é o quociente dos números que medem essas grandezas numa mesma
unidade.

Os termos de uma razão são denominados antecedente e conseqüente. Assim, em 3:4 ou 3 temor :
2
antecedente : 3
conseqüente : 4

Razões equivalentes

Vimos que 1,35 e 15 são razões que valem 3 ou 0,75 . Dizemos que são razões equivalentes a 3 ou
20 4 4
“3 para 4”.

Podem-se sempre obter razões equivalente a uma razão dada, por exemplo. A 3 . Basta multiplicar o
antecedente e o conseqüente por um mesmo número não – nulo e indicar : 4

3 = 6 = 9 = 12 = 15 = 18 . . .
4 8 12 16 20 24

4. Proporções

As razões 1 , 2 , 4 , 6 formam igualdades, ou:


2 4 8 12

cada, uma dessa igualdades chama-se proporção.

Denomina-se proporção a uma igualdade entre duas razões.

A proporção 1 = 2 também é escrita sob a forma 1 : 2 : : 2 : 4 ou “ um está para dois, assim como
2 4
20
dois está para quatro” . Essa forma de escrever deu nome próprios aos termos:

1 : 2 : : 2 : 4
meios

extremos

ou

1 = 2 meios
2 4 extremos

Termo desconhecido de uma proporção

Vamos considera a proporção 5 = 15 . observe que nessa proporção um de seus termos é


x 36
desconhecido. Podemos calcular o valor x aplicando a propriedade fundamental das proporções:

5 = 15 .
x 36

15 . x = 5 . 36
15x = 5 . 36
15 15

x = 12

Vamos, agora, obter o valor desconhecido y na proporção:

3y + 2 = 5y - 22
30 12

30 . ( 5y – 22 ) = 12 . ( 3y + 2 )
150y – 660 = 36y + 24
150y – 36y = 660 + 24
114y = 684
y=6
verificação:

3y + 2 = 5y - 22
30 12
3.6 + 2 = 5 .6 – 22 ou 20 = 8 .
30 12 30 12

onde 20 . 12 = 30 . 8 o que confirma a proporção.

21
Exercício

Calcule o valor desconhecido em cada proporção:

a) 3 = 2 . f) x + 7 = 5 .
x 4 2 1
b) x = 3 . g) x = 5 .
7 21 3–x 4
c) 3 = 12 . h) 8x = x + 1
x 8 5 2
d) 21 = 7 .
8 x
e) 8 = 24 .
x 36

Regra de três simples

Vamos considera a seguinte situação :


“ Bianca comprou 3 camisetas e pagou $ 1200,00. Quanto pagaria se comprasse 5 camisetas do mesmo
tipo e preço ?” Observe que estão relacionados dois valores da grandeza camisetas com dois valores da
grandeza preço. Vamos organizar esses dados numa tabela:

Camisetas preços ($)


3 1 200
5 x

Note que nessa tabela conhecemos três de seus elementos e procuramos o valor do quarto. Problemas
desse tipo são chamados de problemas de regra de três simples. Veja que as grandezas camisetas e
preço são diretamente proporcionais; assim, podemos escrever o proporção:

3 = 1 200
5 x
Aplicando a propriedade fundamental , temos:
3x = 1 200 . 5
x = 1 200 . 5
3
x = 2 000

logo, Binca pagaria $ 2 000,00 pela cinco camisetas. Podemos estabelecer um processo prático que
facilite a resolução de problemas desse tipo. Acompanhe essas etapas nos problemas resolvidos a
seguir.

Com velocidade média de 500 km por hora, uma avião percorre uma distância entre duas cidades em 3
horas. Que tempo levaria uma aeronave que desenvolve 800 Km por hora de velocidade média para
percorrer o mesmo espaço?

22
• Organizam –se os dados:

Velocidade( Km/h) tempo (h)


500 3
800 x

• As grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. Assim, as flechas terão sentidos
discordantes:

Velocidade (Km/h) tempo(h)


500 3
800 x

• Escreve-se a proporção ,invertendo-se os termos de umas das razões ; calcula-se o valor da


incógnita.

500 = x ⇒ x = 3 . 500
800 3 800

x = 15 ⇒ x = 1h 52 mim 30 Seg

logo, a aeronave levaria 1h52 mim 30 Seg para percorrer o mesmo espaço.

Exercício

1. Em cada problema seguinte , arme o esquema, a proporção resultante e calcule o valor desconhecido:
a) Se 15 operários levam 10 dias para completar um certo trabalho, quantos operários farão esse
mesmo trabalho em 6 dias?
b) Com 10 Kg de trigo podemos fabricar 65 Kg de farinha. Quantos quilogramas de trigo são
necessários para fabricar 162,5 Kg de farinha ?
c) Roseli comprou 2m de tecido para fazer um vestido. Quantos metros de tecido seriam necessários
para que Roseli pudesse fazer 7 vestidos iguais ?
d) Num acampamento, há 48 pessoas e alimento suficiente para um mês . Retirando –se 16 pessoas,
para quantos dias dará a quantidade de alimento ?
e) Cinco pedreiros constroem uma casa em 300 dias. Quantos dias serão necessários para que 10
pedreiros construam essa mesma casa?
f) Reinaldo trabalhou 30 dias e recebeu $ 15 000,00 . Quantos dias terá que trabalhar para receber $
20 000,00 ?
g) Um carro com velocidade constante de 100Km/h , vai da cidade A até a cidade B em 3 horas.
Quanto tempo levaria esse mesmo carro par ir de A até B, se sua velocidade constante fosse
160Km/h ?
h) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas torneiras seriam necessárias para encher a
mesma piscina em 2 horas?

23
Taxa de porcentagem

Considere o seguinte anúncio de jornal: “ Vendem-se tênis: desconto de 50%”.


Observe que neste anúncio aparece a expressão 50%, que se lê cinqüenta por cento, e pode ser indicada
por 50 em 100 ou 50 . A expressão “50% de desconto” pode ser entendida como um desconto de $
100
50,00 em cada $ 100,00 do preço de uma mercadoria.

Expressão Leitura Significado


“18% não votaram” 18 por cento não votaram Em cada 100 eleitores 18 não
votarma.
“ 40% não vieram” 40 por cento não vieram Em cada 100 pessoas 40 não
vieram

As expressões 18% e 40% podem ser indicadas na forma de fração, por 18 e 40 ,


respectivamente. Como essa frações possuem denominadores iguais a 100, são denominadas frações
centesimais.
Os numerais 40% e 18% são taxas centesimais ou taxas de porcentagens, pois expressam a
razão que existe uma grandeza e 100 elementos do universo dessa grandeza .

Escreva as frações seguintes na forma de taxa de centesimal:


a) 15 .
100
b) 3 7 .
100
c) 70 .
100
d) 81 .
100
e) 3 .
100
f) 4 .
25

Escreva cada taxa de porcentagem na forma de fração centesimal :


a) 18%
b) 52%
c) 4%
d) 35%
e) 10%
f) 100%

Cálculo da taxa de porcentagem

O cálculo da taxa de porcentagem pode ser realizado utilizando-se uma regra de três simples.
Vejamos algumas situações onde esse cálculo é utilizado.

24
1º situação
Depositando –se $ 60,00 numa caderneta de poupança , ao final de um mês obtêm-se $ 75,00. Vamos
calcular a taxa de porcentagem desse rendimento :
 $ 60,00 é a quantia principal do problema ;
 $ 15,00 é o rendimento obtido no período.

Organizamos uma regra de três simples, onde:


$ 60,00 correspondem a 100% investidos;
$ 15,00 correspondem a x% do que foi investido.
Essa regra de três simples é direta:

$ 60,00 100
$ 15,00 x

60 = 100 ⇔ x = 100 . 15
15 x 60

x = 25

portanto, a taxa de rendimento foi de 25% .

Exercícios

1. Calcule:
a) 20% de 1 000 pessoas,
b) 70% de 80 cavalos.
c) 9% de 10 000 doentes com dengue.
d) 40% de 90 pregos.
e) 7,5% de 200 ovos.
f) 0,45% de 2 000 laranjas.

2. Resolva os seguistes problemas:


a) A quantia de $ 945,00 é igual a quantos por cento de $ 4 500,00?
b) E uma classe de 50 alunos, compareceram 35. Qual a taxa percentual de ausência ?
c) Num exame de 110 questões, um aluno errou 10% . Quantas questões ele acertou?
d) Obtive 14% de desconto numa compra de $ 24 000,00 . Quanto paguei ?
e) O preço marcado de um produto era $ 2 500,00 . Paguei apenas $ 2 000,00, pois obtive um
abatimento. Qual foi a taxa de porcentagem do desconto ?
f) Economizei $ 840,00 ao obter um desconto de 12% na compra de uma roupa. Qual era o preço
marcado inicialmente nessa roupa?
g) Gastei 20% de meu salário em uma mercadoria que me custou $ 5 000,00. Qual o valor do meu
salário ?

25
Juros simples
Considere a seguinte situação :
“ A importância de $ 100 000,00 foi emprestado por um Banco ao cliente Epaminondas da Silva. O
Banco cobrará do cliente 10% e juros mensal. Quanto será cobrado?

Vamos denominar e convencionar uma representação para cada deado do problema:


 O dinheiro emprestado, $ 100 000,00, chama-se quantia principal. Representa-se por C
 A retribuição periódica pela cessão do dinheiro, eu corresponde à quantia que será cobrada pelo
Banco, é o aluguel que se paga em cada período. Recebe o nome de juro e representa-se por j
 A taxa de juro , 10% é a taxa que funciona como o aluguel que o cliente pata por 100 unidades de
dinheiro que o Banco lhe empresta; representa-se por i.
 A referência de tempo. Um mês em que o dinheiro ficou aplicado, representa-se por t.

Problemas desse tipo podem ser resolvidos utilizando-se uma regra de três. Vamos estabelecer um
problema genérico e obter uma formula que permite obter a solução de problemas semelhantes.

“Quem aplica $ 100,00 à taxa de 1% ao período ( ano, ou mês, ou dia etc.) recebe no fim do período $
1,00 de juros. Se aplicasse um capital C à taxa i ao período, então receberia o juros j”.

Monta-se uma regra de três composta:

Capital taxa tempo juro


100 1 1 1
C i t j

Como são grandezas diretamente proporcionais em relação à grandeza juro, podemos escrever:

100 . 1 . 1 = 1 .
C i t j

J=Cit
100
Vamos calcular o juros pago por uma pessoa que tomou emprestada quantia de $ 50 000,00,durante 8
meses, a uma taxa de 1,2% ao mês:

Dados
C = $ 50 000,00 j=Cit
I = 1,2% ao mês 100
t = 8 meses j = 50 000 . 1,2 . 8
j=? 100
j = 4 800

foram pagos $ 4 800,00 de juro.

Vamos, agora , determinar a quantia que deve ser aplicada por uma pessoa a uma taxa de 6% ao ano,
para que após 2 anos receba $ 18 000,00 de juro.

26
Dados

C=? j=C i t
I = 6% ao ano 100
t = 2 anos 18 000 = C . 6 . 2
j = $ 18 000,00 100
12 . C = 1 800 000
C = 18 000 000
12

C = 150 000
A quantia que deve ser aplicada é de $ 150 000,00.

Exercício

1. Resolva os seguintes problemas :


a) Qual o juro sobre $ 25 000,00 à taxa de 1% ao mês, em 16 meses?
b) A que taxa foi depositado o capital de $ 15 000,00 que em 4 anos produziu $ 6 000,00 de juros?
c) Qual o capital que, aplicado a 3% ao mês , produz $ 6 000,00 de juro em 10 meses?
d) Uma pessoa toma emprestado de um Banco $ 54 000,00 e após 6 meses e 15 dias devolve
$ 60 000,00 . A que taxa foi tomado o empréstimo ?
e) Uma pessoa empregou $ 50 000,00 . Sabendo-se que após 10 meses ela irá receber $ 100 000,00
calcule a que taxa de juro foi empregado este dinheiro.
f) Qual o capital que aplicado a 8% ao mês, num período de 6 meses , produz $ 24 000,00 de juro?
g) A que taxa foi empregado o capital de # 25 000,00 ,sabendo
h) Uma pessoa toma emprestado $ 10 000,00 durante 5 meses. Qual a taxa de juro que essa pessoa
pagou, sabendo-se que ela devolveu $ 15 000,00?

Ângulos congruentes

Vamos considerar os ângulos. Â, B e C a seguir , e determinar as suas medidas utilizando um


transferidor :

A B C

A partir dessas medidas, podemos concluir que:

med (A) = med (C)


med (A) ≠ med (B)
med (B) ≠ med (C)
27
Diremos, então:

Ângulos congruente são aqueles que têm a mesma medida.

Equações do 2º Grau

Equações do 2º Grau

Há cerca de 4000 anos os babilônios já resolviam problemas envolvendo cálculos que hoje
conhecemos como equação do 2º grau.
Estes problemas eram escritos em forma de textos e a sua resolução era através de tentativas.
Ao longo dos séculos foram aparecendo vários métodos para sua resolução.
Hoje, as contribuições deixadas pelos matemáticos nos facilitou tanto na escrita como nas
técnicas de resolução de problemas do 2º grau.

Observe as seguintes situações:

Situação - 1
A dimensões de um terreno estão representadas na figura abaixo. A área desse terrno é 30 m2 .
Quanto ele mede de comprimento e largura ?

x -2

x–3

Vamos encaminhar o nosso raciocínio da seguinte maneira :

Sendo o terreno de forma retangular , podemos expressar sua área como : o produto do comprimento
pela largura.

Assim A = ( x – 2 ) ( x – 3 )

Voltando à equação x2 – 5x – 24 = 0
 O coeficiente a é representado por 1
 O coeficiente b é representado por –5
 O coeficiente c é representado por –24

28
Para se encontrar a medida do comprimento e da largura do terreno da situação 1 é necessário
resolver essa equação do 2º grau

Resolução da equação do 2º grau.

Resolver uma equação do 2º grau significa determinar as suas raízes .

Raiz de uma equação é o número real que ao substituir a variável de uma equação transforma-a,
numa sentença verdadeira.
Podemos resolver a equação do 2º grau através da fórmula de Báskara:

X = - b ± √ b2 – 4ac
2a

A expressão b2 – 4ac (nº real ) é comumente representada pela letra grega ∆ ( delta ) e
chamada de discriminante da equação.

∆ = b2 – 4ac x=-b±√∆
2a

Vamos resolver a equação do problema da situação – 1

x2 – 5x – 24 = 0 a=1
b=-5
c = - 24

∆ = b2 – 4ac
∆ = (5)2 – 4 . 1 .(-24)
∆ = 25 + 96
∆ = 121

X=-b±√∆
2a

x’ = - (-5) + √ 121 ⇒ x’ = 5 + 11 ⇒ x’ = 16 ⇒ x’ = 8
2.1 2 2

x” = - (- 5) - √121 ⇒ x” = 5 - 11 ⇒ x” = - 6 ⇒ x” = -3
2.1 2 2

As raízes dessa equação são:


x' = 8 e x” = - 3

As dimensões do terreno da situação 1 são :


 Comprimento x-2
 Largura x–3

29
Substituindo x por 8 temos:
 Comprimento 8–2=6
 Largura 8–3=5

Substituindo x por -3 temos:


 Comprimento - 3 – 2 = -5
 Largura - 3 – 3 = -6

Como não há comprimento e largura menores que zero, concluímos que as dimensões do terreno
são 5m por 6 m.

Situação – 2

Quanto mede o cateto menor do triângulo retângulo abaixo?

10cm
x-6 cm

A 8cm C

No triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos.

Assim :
102 = 82 + ( x – 6 )2

Efetuando os cálculos algébricos temos :

100 = 64 + x2 - 12x + 36
x2 – 12x = 100 - 64 – 36
x2 – 12x = 0

Comparando essa equação a forma da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0 , o que você


observar?

Se você respondeu que falta o termo c está correto.

30
Comprimento da Circunferência
Se você fosse colocar renda em volta de uma toalha de mesa. Redonda, com as medidas
representadas no desenho abaixo. Quantos metros de renda seriam necessários ?

2m

Suponha que o círculo abaixo tem um barbante ajustado em sua volta. Se cortarmos o barbante
no ponto marcado e esticá-lo, como mostra a figura, termos o comprimento do contorno do ao círculo
ou comprimento da circunferência.

raio raio

diâmetro

Após a realização de várias experiências, ficou provado que ,em qualquer circunferência, a
divisão do comprimento da circunferência pela mediada do diâmetro, sempre dá o mesmo resultado.

Cumprimento da circunferência = 3,14159265 . . .


diâmetro

Esse quociente de representação decimal infinita e não periódica: 3,14159262... Chama-se pi,
cujo símbolo é π
Para achar o comprimento da circunferência, basta multiplicar o diâmetro pelo π ou seja,
C = d . π ( C = comprimento da circunferência, d = diâmetro ) .

Como o diâmetro é o dobro do raio, podemos também representar o comprimento da


circunferência em função do raio .

Assim :
C = 2rπ ou C = 2πr

31
Agora, podemos calcular a metragem de renda da toalha da situação anterior, multiplicando o diâmetro
por π

Assim:
C = 4 x 3,14
C = 12,56m
Portanto, gastaria 12,56m de renda nessa toalha.

Atividade
1º) Complete com a unidade de medida correta:
a) Quando vamos confeccionar uma roupa ( vestido , calça, blusa ) usamos o .........................................
b) A largura de um palmo é o .....................................................................................................................
c) A medida de seu palmo é o .....................................................................................................................

2º) Lembre-se que a unidade de medida de comprimento mais usada depois do metro é o centímetro
( cm) e responde:
a) Quantos centímetro ( cm ) tem aproximadamente seu palmo?
b) Quantos palmos tem sua carteira ?
c) Quantos centímetros tem sua carteira ?
d) Qual a largura e o comprimento de seu caderno ? Em palmos e em centímetros ( cm )?
e) Qual a largura da sala de sua casa ? Utilize seu pé, calçado.
f) Quantos centímetros tem o seu pé?

3º) Júlia tem , 1,65m de altura. Qual é a sua altura em cm?

4º) Para medir o comprimento do corredor de sua escola, Robson anotou 16 passos, Se casa passo mede
65 cm, qual é o comprimento do corredor em metros?

5º) Numa bicicleta em que o raio da roda é de 26 cm, qual será . aproximadamente, o comprimento da
circunferência da roda?

6º) O contorno de uma pista de corrida de forma circular, mede 628 m , Qual a medida do diâmetro
dessa pista:

Medida de Superfície (Quarto 1) ( Sala ) 4m

Observe a planta : 5m

3m
(Quarto 2 )
circulação

Área de 3m
serviço
bwc
3m

32
Essa é a planta baixa da casa do Sr. Antônio; ele quer fazer o piso de cerâmica no quarto 2. Na
sala. no banheiro e na área de serviço. Para isso necessita saber quantos metros quadrados de cerâmica
serão necessários para cada uma dessas dependências da casa.

Situação 1

Iniciamos pelo quarto 2. Que tem a forma de um quadrado de 3m de lado.


Vamos tomar como medida de área um quadrado de lado igual a 1m .
Para você ter noção quantidade de espaço ocupada por 1m2 , construa em jornal. Cartolina ou
qualquer tipo de papel, um quadrado de 1 metro por 1 metro . Esse quadrado pode ser representado na
escala 1: 100 .

O metro quadrado é a área de uma superfície delimitada por um quadrado de 1m de lado.

Vamos verificar quantas vezes esta unidade de área cabe no desenho do quarto 2, com 3m de
lado.
Para isto, vamos dividí - lo na horizontal e na vertical com linhas diferentes uma da outra 1 m (
metro )
Assim obtemos 9 quadradinhos indicadores : esse quarto possui 9 unidades de área, ou seja, 9
metros quadrados ( 9 m2 ).

Verifique:

1m
1m 3m
1m
1m 1m 1m
3m

Uma outra maneira de realizar esse cálculo, é simplesmente encontrar o produto dos lados.

A = 3m x 3m = 9 m2
3m

3m
Observe que a operação 3 x 3 é uma multiplicação de fatores iguais . Esse tipo de operação chamamos
de potenciação e pode ser representada por 32 ( lê-se três elevado ao quadrado )

Então :
32 = 3 x 3 = 9
Vimos que o quarto 2 possui forma quadrada e sua área é 9m2.
Vamos supor que não saibamos a medida dos lados desse quarto, como calcular essas medidas?

33
Vamos representa por l essa medida.

Assim :

Sabemos que l x l = 9 e pode ser representado por l2 = 9.


Portanto l é um número que elevado ao quadrado dá 9. Como 32 = 9 . l é 3 .

Esta operação chamamos de radiciação.


Indicamos por 2√ 9 = 3 ( lê-se raiz quadrada de 9 é igual 3).
Radiciação é a operação inversa da potenciação .

Situação 2

Agora vamos calcular a área do piso da sala, que tem a forma de um retângulo, do mesmo modo
que calcularmos a área do quarto 2.

4m
1m 1m3
1m
5m
Veja que a área de um retângulo é a multiplicação do comprimento pela largura.

4m A = 5m x 4m
A = 20 m2

5m

Então, o Sr. Antônio necessitará de 20 m2 de piso para a sala.

Em Matemática, quando resolvemos um problema de cálculo de área onde a superfície pode ser
representada por um retângulo, dizemos que a área é igual ao produto da base pela altura.
Assim: A=bxh
Situação 3

34
Para revestir o piso da área de serviço. O Sr. Antônio ficou preocupado. Pois a forma é de um
trapézio. Cujas medidas estão representadas na figura abaixo. De que modo ele calcularia ?
3m

Vamos calcular da seguinte maneira


2m

5m

5m 3m

2m 2m Colocando um outro trapézio em


posição oposta com as mesmas
medidas. Obtermos um retângulo
cujo lado maior será de 3m + 5 m e
3m 5m outro de 2m.

Como você já sabe que a área do retângulo é comprimento multiplicado pela largura , ficou
feliz!
Mas, aí o nosso proprietário compraria o dobro do piso necessário.
Então , concluímos que basta dividir essa metragem por dois.

Chamaremos a parede de 5 m de B. a de 3m de b e a altura de h com 2m . Assim, a área do trapézio


será dada pela expressão:

A= (B +b)xh
2
A=(5+ 3) x 2
2
A= 8 x 2 A = 8 m2
2

Então , o Sr. Antônio necessitará de 8 m2 de piso para a área de serviço.

35
Situação 1

No triângulo retângulo abaixo. São dadas as medidas dos catetos. Encontre a medida x que
corresponde a hipotenusa.

x
9 cm

12 cm
Fazer os cálculos, você deve ter chegado à relação x2 = 225 ( essa é uma equação do 2o grau ).
Como fazer para achar “ x”?
Lembre-se de que a operação inversa da potenciação é a radiciação. Se x2 = 225 ,
então :
x = √ 225 ⇒ x = 15.

Logo , a medida da hipotenusa é 15 cm.

Situação 2
Observe o triângulo retângulo abaixo:

5cm
3 cm

A x C

Qual é a medida do cateto maior ?

52 = 32 + x2
25 = 9 + x2 ( chegamos outra vez em uma equação do 2º grau )
x2 = 16
x = √16
x=4

Logo, a medida do cateto maior é 4 cm.

Atividade 2
1º) os cateto de um triângulo retângulo medem 5 cm e 12 cm. Qual é a medida da hipotenusa?

2º) A figura abaixo mostra que a distância entre dois postes é 15m. As alturas deste postes são
respectivamente 6m e 12 m . Qual deverá ser o comprimento do cabo que une as extremidades
superiores destes postes ?
36
12 m

6m

15 m

3º) Uma escada está apoiada numa parede a 20m do chão , como mostra a figura. Sabendo que a
escada tem 25 m de comprimento, qual é a distância do início da escada até a parede ao nível do chão
(x)?

25 m

20 m

4º) Devido a um temporal, um pé de eucalipto é quebrado de modo tal que sua parte mais alta toca o
solo. Sabe-se que a distância entre o tronco do eucalipto e a parte que tocou o solo é de 6m e a parte
que ficou fixa no solo tem 4,5 m . Qual era a altura desse eucalipto antes de ter-se quebrado ?

4,5 m

6m

Esse conhecimento vem de muitos milênios atrás, quando no antigo Egito costumava-se medir
as Terras a beira do rio Nilo , onde havia as plantações e , a cada enchente , as mercas deixadas pelos
agrimensores eram carregadas pelas águas, necessitando, portanto, de novas remarcações.
Os Hindus, também na mesma época, construíam o ângulo reto de modo semelhantes, porém
utilizavam outras mediadas.

37
Se você fizer um triângulo de 6 cm . 8 cm e 10 cm, u dos ângulos será reto ( 90º)? Justifique a
sua resposta .
Confira com seu professor.
O matemático e filósofo grego Pitágoras, fundou a Sociedade chamada Ordem dos Pitagóricos,
onde com seus discípulos descobriu a relação existente entre as medidas dos lados de qualquer
triângulo retângulo.
Se um triângulo tem os lados medindo : 3 : 4 e 5 é um triângulo retângulo.
Observe:

Considere o triângulo retângulo ABC acima. Os lados que formam o ângulo reto são
denominados catetos ( b e c ) e o lado oposto ao ângulo reto é denominado hipotenusa (a).
A medida da hipotenusa mantém uma relação com as medidas dos catetos. Essa relação mostra
uma das propriedades mais importantes da Matemática.
“A área de um quadrado traçado sobre a hipotenusa é igual a soma das áreas dos quadrados traçados a
partir dos catetos, ou seja. 25 ua = 9 ua . 16 ua (ua) ⇒ unidades de área”.

Essa propriedade é conhecida como Teorema de Pitágoras, e, para facilitar os cálculos pode
ser designada:
a2 = b2 + c2

O quadrado da medida do lado maior é igual à soma dos quadrados dos lados menores.

Por exemplo:
O triângulo utilizado pelos pedreiros de lados 3, 4 , 5 :

38
a2 = b2 + c2
52 = 32 + 42
25 = 9 + 16
25 = 25
Observe que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos
Dissemos que, se as medidas dos lados de um triângulo, em uma dada unidade, são: 3;4 e 5 ou
6; 8 e 10 ou 9;12 e 15 ou 12;16 e 20 ou . . . , ele é um triângulo retângulo. Verifique se em todos eles é
verdade que : O quadrado da medida do maior lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos
lados menores.
Se você pegou as medida: 6;8 e 10, o lado maior é a hipotenusa (10) e os lados menores ( 6 e 8 )
são os catetos.

Se vocês fez:
102 = 62 82
100 = 36 + 64
100 = 100 ⇒ a igualdade foi comprovada . Então , os valores 6,8,10 realmente são
medidas de um triângulo retângulo.
Pegue agora outras medidas quaisquer e verifique se com elas é possível desenhar triângulos
retângulos.
Consulte seu professor quando houver dúvidas.

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Teorema de Pitágoras
Como você deve saber, antes de fazer uma construção e necessário planejá-la . Esse
planejamento é feito através de um modelo esboçado no papel. A esse modelo damos o nome de planta
baixa.
Todos os cálculos da construção de uma casa, de um prédio, de um viaduto, dentre outras, são
feitas tendo como base os dados contidos numa planta, que tem como referência as formas e dimensão
da realidade.
Vamos verificar, num exemplo, como isso ocorre.
Observe a planta baixa que seu Nilo fez para construir a casa de seu filho:

Banho

Quarto 1
Quarto 2

Hall

Cozinha Sala

39
A planta está na escala de 1:100. Mas o que significa 1:100?

Essa notação significa que a planta foi desenhada na escala 1 por 100, ou seja , para cada 1 cm
desenhado no papal, corresponde a 100 cm ou 1m, na realidade .

Vamos estudar agora , umas questão referente as construções de maneira geral.


Voltando a observar a planta do quarto 2, cujas dimensões na realidade , são 4m de
comprimento por 3m de largura.
O problema é saber se as paredes construídas “estão ou não no esquadro”, ou se os “cantos”
Cozinha
formam um ângulo 90”
Esse problema é muito comum para os trabalhadores da construção civil, que têm uma maneira
própria para resolvê-lo.
Vamos supor que o pedreiro de seu Nilo vai examinar se as paredes do quarto 2, da casa de seu
filho, foram construídas no esquadro. Para isso, ele estica um fio entre duas estacas cravadas no chão,
junto ao comprimento ou a largura das paredes do quarto; no caso, no comprimento. Observe, na figura
abaixo, que o fio que liga as pontas A e B têm a mesma medida do comprimento da parede, 4m.
c

a 4m B

Usando sua experiência. O pedreiro deverá cravar a 3ª estaca num ponto “c’ de modo que “AC”
fique perpendicular a “AB”. No caso, a distância entre as estacas situadas nos pontos A e C deverão ter
uma distância equivalente a 3 m ( largura do quarto) . A estaca “C” é provisória.

A seguir, mede a distância “BC”.

c c

5m

a 4m B a 4m B

Se essa medida for equivalente a 5 m, ele garante que a parede está no esquadro, se não ,
movimentará a estaca “C” até dar 5m.

Você sabe porque o pedreiro forma, com as estacas , um triângulo retângulo de lados 3 m , 4 m ,
5 m para saber se as paredes estão ou não no esquadro?

40
Se med (Â) = med (Â’), então indica-se  = Â’, que se lê: ângulo A é congruente ao ângulo A’
Também se pode entender de modo mais intuitivo que os ângulos congruentes são aqueles que
coincidem por superposição.

A
A
B

O
O

A≡A’
B≡B’

O≡O’

Superposição de AÔB e A’Ô’B’


AÔB é congruente a A’Ô’B’ porque coincidem ponto a ponto por superposição. Para superpor uma
figura à outra, basta desenhar uma delas em papel vegetal ou de seda. A superposição mostrará a
congruência ou a igualdade das medidas.
Ângulo raso e ângulo nulo

Vamos considerar a reta r e os pontos, O, A e B pertencentes a essa reta:


B O A

Observe que o ponto O divide a reta r em duas semi-retas opostas: AO e OB . Essas duas semi-retas
opostas dividem o plano que as contém em duas regiões:

B O A

Convenciona-se que cada uma dessas regiões será denominada ângulo raso.
Assim, AÔB é um ângulo raso, onde:

• OA e OB são os lados;
• é o vértice
• AÔB mede 180º

Agora , vamos considera uma reta s e os pontos O, A e B pertencentes a s:

41
O A
s

Observe que as semi-retas OA e OB são coincidentes :


O A
B

Convenciona-se que o ângulo AÔB é um ângulo nulo, onde:


• OA e OB são os lados;
• O é o vértice;
• AÔB mede 0º .

Ângulos consecutivos e ângulos adjacentes

Vamos considerar os pares de ângulos a seguir:

C H

B G

O A E F

N M P
Observe que esses pares de ângulos têm entre si uma relação, pois em função da posição relativa que
ocupam possuem certos elementos comuns:

Pares de ângulos Elementos comuns


AÔB • Vértice comum : O
e • Lado comum: OB
BÔC
FÊH • Vértice comum: F
e • Lado comum: EF
FÊG
PMQ • Vértice comum: M
e • Lado comum : MQ
QMN

42
Esse pares de ângulos assinalados são chamados ângulos consecutivos, e todos têm o mesmo vértice e
um lado comum.

Ângulos consecutivos são aqueles que têm o mesmo vértice e um lado comum.

Observe os seguintes pares de ângulos consecutivos:

R
Q
Q

O
O P
R P

Retas perpendiculares e ângulos retos

Vamos considerar as retas das figuras a seguir :

C
r

O B O
A

D s

Observe que, nos dois casos , as retas se encontram formando quatro ângulos adjacentes congruentes ,
ou de medidas iguais . Quando isto ocorre, chamamos as retas de perpendiculares, indica-se
AB ⊥ CD, r ⊥ s e representa-se :

C• r

• •
• • • •
A B

D

s
43
Cada um dos ângulos formados pelo encontro de duas retas perpendiculares recebe o nome de ângulo
reto e mede 90º
Veja os ângulos formados pelas retas e pelas semi-retas perpendiculares a seguir:

B’

B• •
A
B
• •
• •
O

A’

• • B•
A

AÔB lados : AO e OB Assim


Vértice : O Chama-se ângulo reto aquele formado por
Medida : med ( AÔB) = 90º retas perpendiculares.

A’ÔB lados : AO e OB
Vértice: O
Medida: med (A’ÔB’) 90º

Ângulos agudos e ângulos obtusos


Vamos comparar um ângulo qualquer com o ângulo reto, e a partir dessa comparação
estabelecer uma classificação para ângulos:

C• B• s•
R•

• •
O A Q
P

44
Note que o ângulo AÔB é menor que o ângulo reto e que o ângulo QPR é maior que o ângulo reto.

Chama-se agudo ao ângulo que for menor que o ângulo reto e obtuso ao que for maior que o ângulos
reto.

Assim, podemos afirmar que a medida de um ângulo agudo está entre 0º e 90º e a medida de um
ângulo obtuso, entre 90º e 180º.

Exercícios

1º) Classifique em agudo, reto ou obtuso os ângulos das seguistes figuras:


I
a) c) •
C•

• H G
B A

b)
F• M

Q N


E •
D P O

2) Sabendo –se que med (Â) = 30º, med (B) = 50º e med (C) = 60 º , verifique quais das afirmações
seguintes são verdadeiras:

a) A + B = é um ângulo agudo;
b) A + B + C é um ângulo obtuso;
c) med(A) + med(C) é igual à medida de um ângulo raso;
d) med (A) + med (C) é igual à medida de um ângulo reto;
e) A + B – C é um ângulo obtuso

Ângulos complementares

Vamos considerar semi-retas perpendiculares OA e OB e os ângulos AOC e COB da figura a seguir:

45
B
C

A
O

Note que AOB é um ângulo reto; logo a soma de AOC e COB é igual a 90º. Quando isto ocorre ,
dizemos que AOC e COB são ângulos complementares. Assim:

Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas for igual a 90º

Dados dois ângulos cuja soma das medidas é 90º, chamamos cada um deles de complemento do outro .
Assim, se x é a medida em graus de um ângulo, então 90º -x é a medida em graus do complemento
desse ângulo.
Vamos calcular o complemento do ângulo que mede ∝ = 30º 20’15”.
 Complemento do ângulo: x = 90º - ∝

89º59’60”
30º20’15” -
59º39’45”
logo , o complemento de ∝ mede 59º39’45”.

Exercícios

1º) Calcule o complemento de cada ângulo, cuja medida é dada a seguir:


a) 72º
b) 25º10’40”
c) 33º45’
d) 66º16’02”
e) 80º10”

2º)Escreva simbolicamente as seguintes frases (represente a medida de um ângulo por x ):


a) O complemento de um ângulo.
b) Um terço da medida do complemento de um ângulo.
c) Dois terço de um ângulo mais a metade do seu complemento .
d) O ângulo mais sua metade mais um terço do seu complemento.
e) A soma entre um ângulo e o seu complemento.

46
Ângulos suplementares
Vamos considerar as semi-retas opostas OA e OB e os ângulos AOB e COB de figura a seguir:

B O A

Note que AÔB é um ângulo raso; logo, a soma de AÔC e CÔB é igual a 180º . Quando isto ocorre ,
dizemos que AÔC e CÔB são ângulos suplementares.
Assim:
Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é igual a 180º

Dados dois ângulos cuja soma das medidas é 180º, chamamos cada um deles de suplemento do outro.
Assim, se x e a medida em graus de um ângulo, então 180- x é a medida em graus do suplemento
desse ângulo, então Vamos calcular o suplemento do ângulo que mede ∝ = 30º20’15”.

 Suplemento do ângulo : x = 180º - ∝

179º59’60”
30º20’15”
149º39’45”

logo , o suplemento de ∝ mede 149º39’45”.

Exercícios

1º)Calcule o suplemento de cada ângulo, cuja medida é dada a seguir:


a) 45º
b) 9º38’50”
c) 90º
d) 112º40’
e) 142º40”
f) 115º27’10”

2º) Escreva simbolicamente as seguistes frases ( represente a medida de um ângulo por x )


a) Metade do suplemento de um ângulo.
b) O triplo do suplemento de um ângulo.
c) A soma entre um ângulo e o seu suplemento.
d) Metade do complemento menos o suplemento do mesmo ângulo.
e) O complemento mais um terço do suplemento do mesmo ângulo.

47
Ângulo opostos pelo vértice

Considere o ângulo AÔB da figura a seguir :

B
Vamos prolongar os seus lados da seguinte forma :

A B

O
A
B

Observe que agora formamos o ângulo A’ÔB’, cujos lados são semi-retas opostas ao lados do ângulo
AÔB. Ângulos assim construídos são chamados opostos pelo vértice.

Assim:

Dois ângulos são opostos pelo vértice ( o.p.v) quando os lados de um são semi-retas opostas aos lados
do outro.

c
I . a +c = 180º
( a e c são adjacentes e suplementares )
b II. b + c = 180º
e
( b + c ) são adjacentes e suplementares )
d

48
Comparando as igualdades I e II, temos:
a=b
Dois ângulos opostos pelo vértice ( o.p.v) são sempre congruentes.

Exercícios

1º) Determine o valor de x nos seguintes casos :

a) b) 2x + 20º

40º x

86º
c) d)

x + 10º 60º 2x –10º

48º

3º Polígonos

Vamos considera as figuras planas a seguir:

D O
Q
C
E
P
R
B

A
N
M

Observe que estas figuras identificam uma linha poligonal fechada e o conjunto dos seus pontos
interiores . Cada uma delas é denominada polígono.
Assim:
49
Chama-se polígono à reunião entre uma linha poligonal fechada e o conjunto dos seus pontos
interiores .

Um polígono pode ser chamado de convexo ou convexo ou côncavo, de acordo com a região do plano
que estiver sendo determinada pelo polígono. Assim:

E
T R
D
A
S

B
P Q

ABCDE é um polígono convexo PQRST é um polígono côncavo.

Considere o polígono convexo ABCDEF a seguir:

E
D

F
C

A B

Vamos identificar alguns de seus elementos ;


 Vértices : os pontos A, B, C, D, E e F.
 Lados: os segmentos AB , BC, . . . , FA.
 Ângulos internos: os ângulos FAB, ABC, . . . , EFA
 Diagonais : os segmentos determinados por dois vértices não consecutivos AC, AD, . . . , FD.

Note que, no polígono convexo ABCDEF, o número de vértices é igual ao número de lados , que é
igual ao número de ângulos internos.

50
Classificação dos polígonos
Os nomes dos polígonos dependem do critério que estamos utilizando para classificar – lo . Se usarmos
o número de ângulos ou o número de lados, teremos a seguinte nomenclatura:

Polígono Número de lados ou Nome em função do Nome em função do


número de ângulos número de ângulos número de lados

3 Triângulo Trilátero

4 Quadrângulo Quadrilátero

5 Pentágono Pentalátero

6 Hexágono Hexalátero

7 Heptágono Heptalátero

8 Octógono Octolátero

9 Eneágono Enealátero

10 Decágono Decalátero

51
Um outro para classificar um polígono é o da congruência de seus lados e de seus ângulos internos.
Vamos comparar os lados e os ângulos internos dos polígonos:

P
D C
Q O

E B

M N
A
med ( MN ) = med( NO ) = . . . = med ( QM ) med(EA) ≠ med(CD)
med (M) = med (N) = . . . = med(Q) ou
med(C) ≠ med (D)

Observe que o polígono MNOPQ tem os lados de medidas iguais e tem também os ângulos internos de
medidas iguais, MNOPQ é um polígono regular, enquanto que o ABCDE é um polígono irregular.
Assim:

Um polígono é regular se obedece a duas condições:


Eqüilátero : todos os lados são congruentes, isto é,
têm medidas iguais.
Eqüiâgulo: todos os ângulos são congruentes, ou seja, têm medidas iguais.

Exercícios

1º) De o nome dos seguintes polígonos , em função do número de ângulos:


a) b)

A F
E G
L
B
D H

C J
I
M
c)

N
52
2º) Quantos lados tem o hexágono?

3º) Quantos vértices tem o decágono?

4º) Qual é o nome, em função do número de lados, de um polígono de 4 lados?

Triângulos: elementos e classificação

Todo polígono de três é denominado triângulo. Observe o triângulo ABC a seguir, que se indica
∆ABC, e vamos identificar seus principais elementos:
A
• Vértices: A, B , C
• Lados : AB, AC, BC
• Ângulos internos : A, B , C
B

C
Note que no triângulo não é possível traçar diagonais, pois não há vértices não consecutivos.
É possível classificar ou discriminar os triângulos pela comparação entre as medidas de seus lados
ou, também , quanto à medida de seus ângulos internos.

L R
A

B
C M P
N O
AB ≅ BC ≅ CA LM ≅ NL ≅ MN PQ ≅ QR ≅ RP

Esse triângulo são classificados , respectivamente , em eqüilátero, isósceles e escaleno.


Assim , podemos definir:

Triângulo eqüilátero : Triângulo que tem três lados de medidas iguais.


Triângulo isósceles: triângulo que tem dois lados de medidas iguais.
Triângulo escaleno: triângulo que tem três lados de medidas diferentes.

53
Exercício
1º) Dados os triângulos seguintes , classifique-os quanto aos lados:

a) b)

4 cm
3 cm 3 cm
3 cm

5 cm
3 cm

c)
5 cm

3 cm

5 cm

2º) Dados os triângulos seguintes , classifique-os quantos aos ângulos:


a) A b)
D

120º

B C
E F
G
c)

50º

80º
50º
I H

54
Soma dos ângulos internos de um triângulo

Observe os triângulos a seguir e seus ângulos internos:


A’
A
a
a

c
b
B
C b c
B’ C’

Podemos calcular a soma dos ângulos internos em cada triângulo . Vamos transportar esses ângulos
para um vértice comum, interno ou externo aos triângulos.
A’

a
c b a
c b
B C

B’ C’

a'
a
b'
b c'
c
Chamando a à medida de A, b à medida de B, e assim por diante, temos para os dois triângulo:
a + b + c = 1 ângulo raso a’ + b’ + c’ = 1 ângulo raso
Assim, para os triângulos ABC e A’B’C’ a soma das medidas de seus ângulos internos é constante e
mede 180º.
O processo de determinação da soma dos ângulos internos pode ser aplicado a qualquer triângulo, e a
conclusão generalizada é :

A soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180º

55
Bibliografia a Consultar

1. CASTRUCCI, Benedito et alli. Matemática do 1º grau 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, SP,F.T.D.


2. CASTRUCCI, Benedito. Nos domínios da Matemática
3. MALVEIRA, Linaldo. Matemática Fácil.
4. MATEMÁTICA Novo Telecurso 1º Grau/Fundação Roberto Marinho e Fundação Bradesco RJ,
Rio Gráfica, 1985
5. PIERRO NETO, Scipione di. Matemática do 1º grau 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, Àtica.
6. SANGIORGI, Osvaldo .Matemática do 1º grau, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, Companhia Editora Nacional,
SP.

56
APOSTILA DE FÍSICA

PROFESSORA DAPAZ
2017
FÍSICA: FUNDAMENTOS DE MECÂNICA

1. Física?

Esta é a primeira pergunta que o estudante de nível médio deve saber


responder.
A ciência faz parte do dia a dia de todos nós. Se imaginarmos os primeiros
habitantes do nosso planeta, poderemos tentar adivinhar como eles deviam ter
duvidas em relação ao tempo e espaço. Sem o conhecimento científico atual
como explicar, por exemplo, coisas básicas como o amanhecer e o anoitecer?
Como explicar a chuva, o fogo, a água do mar e dos rios? Como explicar as
cores do mundo, as estações do ano, o luar, as ondas do mar?
A Física é a mais antiga ciência da natureza. Ela nasceu do pensamento
humano, da filosofia, da observação e da experimentação. Todas estas
capacidades são inerentes do ser humano. E esta capacidade, a inteligência, o
raciocínio é o nosso maior dom.
Atualmente a Física tem frutos como o funcionamento dos motores em geral, da
eletricidade, da informática, dos aviões e foguetes, e muito, muito mais!
No primeiro ano, ou melhor, no primeiro semestre, vamos estudar apenas uma
parte bem pequena da Física. Vamos tentar explicar algo cotidiano:
O movimento.

Nosso maior desafio é pensar como cientistas. Precisamos estar concentrados e


deixar o pensamento fluir, este é um grande exercício e trará excelentes ganhos,
uma vez que nosso cérebro, ao ser estimulado, como qualquer outro sistema do
nosso corpo, terá um bom desenvolvimento. E os frutos do exercício do
pensamento serão colhidos, com certeza, em inesperados momentos de nossas
vidas.

Pense nestas questões:

❖ O que é movimento?
❖ Você está em repouso em movimento?
❖ Se você estiver em um trem em movimento com relação à terra e soltar
uma bola de sua mão, qual será a trajetória descrita pela bola?

Recordando as unidades de medidas de 3 grandezas fundamentais: Espaço,


tempo e massa

Espaço: lembre-se que:

1 km = 1000 m
1m = 100 cm
1m = 1000 mm

2
Exercícios:

1.Transforme em metros:

a) 2 km = j) 18 cm =
b) 30 km = k) 25 cm =
c) ..2,5 km = l) 1000cm =
d) 0,5 km = m) 500 mm =
e) 0,45 km = n) 750 mm =
f) 0,200 km = o) 10000 mm =
g) 300 cm = p) 3000 mm =
h) 200 cm = q) 450 mm =
i) 250 cm = r) 24 mm =

2. Transforme em quilometros:

a) 2200 m =
b) 250 m =
c) 2480 m =
d) 720 m =
e) 8000 m =
f) 500 m =

Tempo:

3. Complete:

a) 1 h = ..............min b)1 min = ...............s


c) 1h = ....................s
d) 1dia = ............h =........................min = ..................................s

Massa:
Lembrando que 1 kg = 1000 g e que 1 g = 1000 mg ;

4. Complete:

a) 2 kg = ..........................g g) 500 mg = …….……… g


b) 5 kg = .....................…..g h) 450 mg =……………….g
c) 200 g = …………….…kg i) 22000mg = …………….g
d) 2000 g = ……………...kg j) 3,9 g = …………………mg
e) 500 g = …………….…kg k) 2,78 g = ...........….….....mg
f) 250 mg = ................…..g l) 0,5 kg = ………………...g

3
Como transformar unidades do tipo:
Quilometros por hora (km/h) em metros por segundo (m/s)?

1 km = 1000 m
1 h = 3600 s

1km/h = 1000m/3600s como simplificar esta transformação?

Utilizando a regra:

1m/s = 3,6 km/h

Exercícios:

1.Transforme em m/s: 2. Transforme em km/h:

a) 72 km/h = a) 10 m/s =
b) 36 km/h = b) 2 m/s =
c) 54 km/h = c) 25 m/s =
d) 108 km/h = d) 15 m/s =
e) 360 km/h = e) 100 m/s =
f) 720 km/h = f) 30 m/s =

3. O som se propaga no ar com velocidade aproximada de 340m/s.


Considerando este valor, qual a velocidade mínima de um avião supersônico?

2.VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA (V m)

Quando um móvel está em movimento, a distância que ele percorre em um


único sentido, (s), dividida pelo intervalo de tempo (t) nos fornece o valor da
velocidade média do móvel.
Escrito em forma de equação, temos:

s
Vm =
t

A variação de posição ou deslocamento, ∆s, deve ser expressa em metros e o


intervalo de tempo, ∆t, em segundos.
Desta forma, teremos a medida da velocidade média expressa em m/s (metros
por segundo). Esta unidade está de acordo com o Sistema Internacional de
Unidades (S.I.U.), que foi estabelecido para que todos os trabalhos científicos do

4
mundo sejam escritos com as mesmas unidades de medida de acordo com a
grandeza.
Veja as grandezas que inicialmente serão utilizadas no nosso curso com as
correspondentes unidades de medida.

Grandeza unidade de medida (S.I.)


Espaço metro (m)
Tempo segundo (s)
Massa quilograma (kg)
Velocidade metros por segundo (m/s)
Aceleração metros por segundo ao quadrado
(m/s2)
Força Newton (N)
Energia Joule (J)

Entretanto, sabemos que existe uma medida usual para expressar o valor da
velocidade, o quilometro por hora (km/h) que estamos acostumados. Neste
caso, estamos medindo a distância em quilometros e o tempo em horas.
Sabemos ainda que para transformar km/h em m/s devemos dividir o valor da
velocidade por 3,6 e , ao contrário, para transformar m/s em km/h multiplicamos
pelo mesmo valor.

Exercícios:

1.Um nadador percorreu 100 m de uma piscina em 50 s. Qual foi a sua


velocidade média?

2.Qual a velocidade média de um trem que durante 50s percorreu 500m?

3.Se você fosse andar 5 km em 0,5 h com qual a velocidade média deveria
percorrer este percurso?

4.Para atravessar um canal de 3 km, uma lancha gastou 5 minutos. Calcule a


velocidade média da lancha neste evento.

5.Uma família, em viajem de férias, foi de São Paulo ao Rio de Janeiro,


aproximadamente 400 km. Sabendo-se que saíram de São Paulo às 10 h da
manhã e chegaram ao Rio de Janeiro às 18 h, determine a velocidade média
desta família para tal viagem.

6.A distância entre São Paulo e Santos é de aproximadamente 100 km. Se este
percurso for feito em 2 h qual deve ser o valor da velocidade média do veículo?

7.Se um estudante para chegar à escola caminha 3,6 km em 30 minutos qual


deve ser a sua velocidade média?

5
8.Para percorrer 1800 km um avião gastou 2h. Determine o valor da velocidade
média do avião neste percurso.

Alguns exercícios podem envolver o cálculo do deslocamento, ou variação de


espaço, ou ainda o intervalo de tempo pode ser questionado. Neste caso,
devemos utilizar a mesma equação da velocidade escrita de forma mais
apropriada. Assim, para calcularmos o deslocamento fazemos: s = Vm x t e
para determinarmos o intervalo de tempo faremos: t = s/Vm.

Exemplos:

1. Se Maria mantiver uma velocidade média de 2,5 m/s que distância ela
deve percorrer em 10 min?
2. Um automóvel com velocidade média de 72 km/h percorreu 360 km. Qual
o intervalo de tempo gasto pelo automóvel neste percurso?

Exercícios:

1. Um barco desce um rio com velocidade média de 54 km/h. Quanto tempo


gasta para percorrer 1,5 km?
2. A viagem de uma família foi feita em 3 h e a velocidade média
desprendida foi de 54 km/h. Qual a distância percorrida nesta viagem?
3. Um caminhão mantém a velocidade média de 72 km/h ao percorrer
144km. Determine o tempo gasto.
4. Se mantiver a velocidade de 1080 km/h durante 1,5 h, qual é a distância
que um avião percorrerá?
5. Para percorrer 400 km com velocidade média de 80 km/h quanto tempo
um automóvel irá gastar nesta viagem?
6. Uma jovem caminhou 1,8 km com velocidade média de 2m/s, qual o
tempo gasto neste percurso?
7. Um automóvel percorreu 30 km com velocidade média de 60 km/h e mais
60 km com velocidade média de 120 km/h. Qual o tempo gasto no
percurso total?
8. Um trem de velocidade média 70 km/h percorre 35 km e depois mantendo
a velocidade de 50 km/h percorre mais 50 km. Determine o tempo gasto
para percorrer todo o percurso.

Exercícios de revisão

A partir do exemplo:

72 km/h = 72:3,6 = 20 m/s


ou
20 m/s = 20x3,6 = 72 km/h

1. Transforme em km/h 2. Transforme em m/s

6
a) 25 m/s = a) 54 km/h =
b) 30 m/s = b) 540 km/h =
c) 15 m/s = c) 108 km/h =
d) 100 m/s = d) 72 km/h =
e) 330 m/s = e) 90 km/h =
f) 2 m/s = f) 900 km/h =
g) 40 m/s = g) 1080 km/h
h) 18 m/s = h) 10,8 km/h

3. Uma família em viagem de férias para o Rio de janeiro, parte de São Paulo,
às 8h da manhã e chegam ao Rio de Janeiro às 17h do mesmo dia.
Considerando a distância entre as duas cidades aproximadamente 450 km,
determine a velocidade média de tal viagem.
4. Um caminhão percorre 30 km com velocidade média de 60 km/h e em
seguida mais 40 km com a velocidade média de 50 km/h. Determine a
velocidade média total do percurso.
5.Um tatu-bola percorreu uma régua de 30 cm em 5 min. Determine a
velocidade média do tatu em cm/s.

3. O MOVIMENTO UNIFORME

O carro da polícia vai alcançar o carro do bandido?


Se nós desconsiderarmos todas as variáveis e nos limitarmos ao movimento
com velocidade constante e trajetória retilínea, teremos o modelo de
movimento que é o movimento retilíneo e uniforme.
Neste caso, a velocidade do móvel, que permanece constante, tem o valor da
velocidade média que aprendemos a calcular. Em outras palavras, podemos
utilizar a equação:

s
V= e o valor de Vm = Vo.
t
O intervalo de tempo ∆t pode ser escrito simplesmente por t se considerarmos t0
= 0 e ∆s = s - so a mesma equação pode ser reescrita da forma de uma equação
matemática de 1º grau, ou seja:
s = so + v.t

Utilizaremos a fórmula escrita desta maneira para calcularmos por exemplo a


posição de um móvel, em um determinado instante,quando conhecemos a sua
velocidade e a sua posição inicial.
Devermos treinar o maior número possível de exercícios utilizando esta
equação, pois assim saberemos como usar um modelo de solução que é
sempre muito utilizado nas ciências.

Exemplos:

7
1.Considere que um automóvel passa pelo marco 30 km de uma estrada no
instante em que o motorista olha para o relógio e começa a contar o tempo
gasto para alcançar o marco 60 km, mantendo a velocidade constante de 60
km/h.
A equação horária do movimento do automóvel neste percurso será:
s = so + v.t

60 = 30 + 60.t e com esta equação poderemos determinar o tempo gasto pelo


automóvel deste a posição 30 km até a posição 60 km.
60 – 30 = 60.t
30/60 = t
t = 0,5 h.

2.Escreva a função horária dos espaços para um móvel em M.U. considerando a


posição inicial do móvel 4,0 m e a sua velocidade constante de 5,0 m/s.
s = so + v.t
s = 4,0 + 5,0.t em unidades do S.I.

3.Considere o exercício anterior e determine:


a) a posição do móvel no instante t = 3,0s
s = 4 + 5.3
s = 4 + 15
s = 19 m

b) o instante em que a posição do móvel é 24 m.

24 = 4 – 5.t
24 – 4 = 5.t t= 4s
20 = 5.t

Exercícios:

1.Determine o valor da velocidade e da posição inicial que cada uma das


equações horárias a seguir representam.

a) s = 40 – 5,0 .t c) s = 3,0 – 12. t


b) s = -12 + 5,0. t d) s = - 10 – 5,0 .t

2.Um móvel partiu da posição 8,0 m no instante t = 0 e mantém a velocidade


constante de 4,0 m/s. Escreva a função horária deste movimento e determine a
posição do móvel no instante t = 5,0s.

3. Um móvel em movimento uniforme passa pela posição 4,0 m no instante 3,0s


e pela posição 14 m após 5s. Determine a velocidade deste móvel.

8
4. Mantendo a velocidade constante, um caminhão parte (t=0) do marco 10 km e
no instante t = 0,5h passa pelo marco 50km. Determine a velocidade que o
caminhão manteve.

5. Determine o deslocamento de um móvel que mantém a velocidade de 72


km/h durante 30 min.

6.Um trem mantém velocidade constante de 40 km/h durante 15 min. Determine


a distância percorrida por este trem durante este intervalo de tempo.

7. Um trem de comprimento 50m atravessa um túnel de 300m com velocidade


constante de 54 km/h. Determine o tempo gasto neste percurso.

8.Um caminhão de 20m de comprimento mantém a velocidade de 72km/h


levando 2 min para percorrer uma ponte. Determine o comprimento da ponte.

9. Determine a distância percorrida por um avião a 900 km/h em 1 minuto.

10. Determine a posição de onde partiu um móvel com M.U. e velocidade de


10m/s, sabendo-se que após 5s sua posição era 55m.

11. Determine a posição inicial de um móvel que executa movimento uniforme


com velocidade de 4 m/s e que se encontra na posição 40m após 5s de
movimento.

12. Se um automóvel mantiver a velocidade de 90 km/h a partir do marco 300km


de uma estrada retilínea, qual será a sua posição após 30min?

13. Se um móvel mantiver a velocidade de 20m/s a partir do marco 30m de uma


trajetória retilínea, qual será a sua posição após 10s de movimento?

Exercícios complementares
1.Um estudante, inicialmente em repouso na posição A de uma praça, desloca-
se, a partir daí, 50m para o norte, em seguida 40m para o leste e, depois, 20m
para o sul, chegando finalmente a um ponto B.
a) faça o desenho do movimento do estudante, representando esse movimento
por meio de três vetores deslocamentos;
b) represente na figura desenhada no item anterior o deslocamento resultante
do estudante, indicando o módulo, a direção e o sentido;
c) determine a velocidade escalar média deste estudante, entre A e B,
sabendo-se que este movimento foi realizado em 10 minutos.
2.Um ônibus efetua um deslocamento de 150 km, desenvolvendo nos primeiros
120km, uma velocidade média de 80 km/h e, nos 30km restantes, uma
velocidade de 60km/h. Calcule:
a) o intervalo de tempo de duração da viagem;
b) a velocidade média no percurso total.

9
3. A tabela a seguir representa os espaços de dois carros A e B que se
deslocam na mesma estrada, em função do tempo.

Carro A – Carro B - Tempo(h)


posição (km) posição (km)
0 200 0
40 260 1
80 320 2

faça o gráfico das posições destes carros em função do tempo e determine:


a) o instante da ultrapassagem;
b) a posição da ultrapassagem.

4.Um estudante, inicialmente em repouso na posição A de uma praça, desloca-


se, a partir daí, 50m para o norte, em seguida 40m para o leste e, depois, 20m
para o sul, chegando finalmente a um ponto B.
a)faça o desenho do movimento do estudante, representando esse movimento
por meio de três vetores deslocamentos;
b)represente na figura desenhada no item anterior o deslocamento resultante do
estudante, indicando o módulo, a direção e o sentido;
c)determine a velocidade escalar média deste estudante, entre A e B, sabendo-
se que este movimento foi realizado em 10 minutos.

10
4. AS LEIS DE NEWTON

Sir Isaac Newton

A vida de Newton pode ser dividida em três períodos. O primeiro sua


juventude de 1643 até sua graduação em 1669. O segundo de 1669 a 1687, foi
o período altamente produtivo em que ele era professor Lucasiano em
Cambridge. O terceiro período viu Newton como um funcionário do governo bem
pago em Londres, com muito pouco interesse pela matemática.
Isaac Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 (ano da morte de Galileo)
em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra. Embora tenha nascido no dia de Natal
de 1642, a data dada aqui é no calendário Gregoriano, que adotamos hoje, mas
que só foi adotada na Inglaterra em 1752. Newton veio de uma família de
agricultores, mas seu pai morreu antes de seu nascimento.
Ele foi criado por sua avó. Um tio o enviou para o Trinity College,
Cambridge, em Junho de 1661.
Isaac Newton foi um dos maiores cientistas de todos os tempos.
Chamamos de Mecânica Newtoniana o estudo dos movimentos.
Conta-se que Newton era uma criança muito introvertida e foi um jovem
bastante reservado. Ele teve uma infância difícil, não cresceu perto da mãe, que
se tornando viúva muito jovem, casou-se novamente e deixou o filho vivendo
com um tio.
Isaac Newton começou cedo seus estudos e tornou-se um famoso
alquimista. Estudou os movimentos dos corpos em geral, dos corpos celestes,
desenvolveu o cálculo diferencial e contribuiu em vários ramos da Física e da
Matemática.
Lembrando que Newton nasceu no mesmo ano em que Galileu Galilei
morreu. Galileu foi sujeito à inquisição porque defendia o modelo heliocêntrico
do sistema solar. Ao contrário de Giordano Bruno, que foi queimado vivo pela
inquisição, Galileu negou suas idéias mas não deixou de ensiná-las a seus
discípulos e deixá-las registradas

11
Uma das experiências de Galileu que devemos conhecer é a do plano
inclinado. Conta-se que ele observou o movimento de uma bolinha ao descer um
plano de inclinação variável. Que a cada ângulo que a bolinha percorria através
do plano determinava sua velocidade ao chegar ao chão, de forma que a bolinha
percorria cada vez mais uma distância até parar. Galileu supôs que se não
houvesse forças para parar a bolinha, o movimento desta seria um movimento
retilíneo com velocidade constante.
Você concorda com esta idéia de Galileu?
Conta-se também que Galileu soltou objetos diferentes de cima da Torre
de Piza na Itália a fim de provar que os objetos caem com a mesma velocidade,
independente da massa do objeto.
Você concorda com mais esta idéia?
Newton concordou!
A primeira lei de Newton, também chamada de Princípio da Inércia, é
uma elaboração de idéias de Galileu.
O que é inércia?
Inércia é uma tendência de todos os corpos que possuem massa em
manter o seu estado de equilíbrio: repouso ou movimento retilíneo e uniforme.
Quando estamos em repouso, por exemplo, ao acordar de manhã,
fazemos uma força para levantar. O mesmo ocorre com todos os corpos, uma
vez parado, devem continuar parados até que uma força externa os coloque em
movimento. Para um corpo em movimento, a tendência é permanecer em
movimento retilíneo e com velocidade constante. Se estivermos em um ônibus e
este está em movimento, percebemos a tendência de permanecer em
movimento, pois se o motorista breca, somos lançados para frente e se o
mesmo faz uma curva, somos lançados para o sentido oposto.
Um dos enunciados do princípio da Inércia pode ser:

“Todo corpo, livre da ação de forças, está em repouso ou em movimento


retilíneo e uniforme”.
A segunda Lei de Newton, é o Princípio Fundamental da Dinâmica.
A força aplicada em um corpo provoca uma aceleração do mesmo. Sendo
que a força é proporcional a aceleração adquirida. A constante de
proporcionalidade é justamente o valor da massa do mesmo:

 
F  m .a
As setas na força e na aceleração representam que além do valor,
devemos considerar que as grandezas vetoriais força e aceleração possuem a
mesma direção e o mesmo sentido.
A unidade de medida de força no sistema internacional é Newton,
abreviaremos por N.
1N = 1 kg. m/s2

12
Uma mesma força provoca em corpos de massas diferentes acelerações
diferentes.
Exemplos:

Um objeto de massa 2,0kg é acelerado por uma força constante e esta


aceleração tem módulo 3,0 m/s2.
Determine o valor da força aplicada neste objeto.

Usando o P.F.D.:
F = m.a
F=2x3

F=6N

Exercícios:

1. Determine o valor da única força que atua em um móvel de massa 3kg para
que a aceleração deste seja de 5m/s2.

2. Qual é o valor da força que deve ser aplicada a um móvel de massa 20 kg


para que ele adquira a aceleração de 2m/s2?

3. Calcule a força necessária para provocar uma aceleração de 10m/s 2 em um


móvel de massa m = 8 kg.

4. Qual a massa de um corpo que ao ser aplicada uma força resultante de


40N adquire a aceleração de 8 m/s2 ?

5. Qual a massa de um bloco que ao receber uma força constante de


intensidade 200 N adquire a aceleração de 2m/s2?

6. Determine a aceleração adquirida por um corpo de massa 30 kg, sujeito a


uma força constante de intensidade 60N.

7. Determine a aceleração adquirida por um corpo de massa 50 kg, sujeito a


uma força constante de 100 N.

8. Considere um móvel sujeito a duas forças horizontais de intensidades 30N


e 20N:

13
F1 = 30N F2 = 20N

Se a massa do corpo é 4kg, determine a aceleração adquirida.

9.Considere um móvel sujeito a duas forças horizontais de intensidades 30 N e


10 N:

F1 = 30N F2 = 10N

Se a massa do corpo é 4kg, determine a aceleração adquirida..

10. Considere um móvel sujeito a duas forças horizontais de intensidades


mostradas na figura:

F1= F2 = 50N F3 = 20N

Se a massa do corpo é 4kg, determine a aceleração adquirida.

A terceira Lei de Newton ou princípio da ação e reação diz que:

“À toda força de ação corresponde uma força de reação de mesma intensidade,


mesma direção, mas de sentido oposto.”

Assim, se um carro bater em um poste, o motorista poderá dizer que o poste


bateu no carro? Lembre-se, o referencial sempre tem importância nas
explicações físicas.

Quando um barco a remo se desloca, o remo “empurra” a água (ação) em um


sentido e a água “empurra” o remo no sentido contrário (reação). Sempre as

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intensidades das forças, de ação e reação são iguais enquanto os sentidos
sempre são diferentes.

A força peso é um interessante exemplo da 3ª. Lei, quando a Terra atrai um


corpo (ação = peso do corpo) o corpo também atrai a Terra com uma força de
intensidade igual. Entretanto o corpo deve ser mais leve do que a Terra já que
adquire uma aceleração de queda.

Diferença entre peso e massa:

A massa de um corpo é a medida da matéria que o constitui (em quilogramas no


S.I.). O peso do corpo é a sua massa vezes a aceleração da gravidade no local
onde ele se encontra (outra aplicação da 2ª. Lei). O peso é medido em newtons
pois tratando-se da força com que o corpo é atraído para a Terra.

Próximo à superfície da Terra, a aceleração da gravidade é aproximadamente


9,8 m/s2. Utilizaremos para facilitar nossas contas g = 10 m/s 2.Em outros
planetas ou na Lua por exemplo, o valor da aceleração da gravidade varia.

Por isso, o peso de um corpo varia de acordo com o lugar onde ele se encontra.

Vamos identificar os pares de ação e reação em um corpo de massa m que se


encontra em cima de uma superfície acima do solo.

1.Represente as seguintes forças:


a) a força com que a Terra atrai o corpo
b) a reação desta força
c) a força que o corpo exerce sobre a superfície

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d) a reação desta força.
2.Cite mais alguns exemplos de pares de forças Ação e Reação e depois
responda:
3. As forças de ação e reação podem se anular? Explique.

Exercícios de revisão:

1. Um pequeno automóvel colide com um grande caminhão carregado. Você


acha que a força exercida pelo automóvel no caminhão é maior, menor ou
igual à força exercida pelo caminhão no automóvel. Justifique.

2. Como a hélice de um avião o impulsiona?

3. Há necessidade da atmosfera para que o avião seja acelerado?

4.Uma pessoa encontra-se no meio de um lago gelado, de atrito desprezível.

a) Ela pode caminhar até a margem do lago? Comente sua resposta.


b) Essa pessoa arremessa horizontalmente um sapato e este atinge a outra
margem Por quê?

5.Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um


corpo em movimento continua em movimento em linha reta e com velocidade
constante. Que princípio é este?

6.Chama-se resultante de um sistema de forças a única força que produz o


mesmo efeito de um sistema. Considere duas forças, uma de 40N e outra de
60N. Determine o valor da resultante quando:
a) as duas forças estão na mesma direção e em sentidos opostos,
b) se estiverem na mesma direção e mesmo sentido.

7.Desenhe as duas forças do exercício anterior perpendiculares. Qual o valor


da resultante sobre elas?
MAQUINAS MECANICAS

Uma máquina é considerada simples quando é constituída de uma só peça


e em toda máquina simples estão associados três elementos:

1. FORÇA POTENTE ou POTÊNCIA (P) Toda força capaz de produzir ou de


acelerar o movimento. Produz trabalho motor.

2. FORÇA RESISTENTE ou RESISTÊNCIA (R) - É toda força capaz de se opor


ao movimento. Produz trabalho resistente.

3.Um elemento de ligação entre potência e resistência, que pode ser um ponto
fixo, um eixo ou um plano.

16
E deste terceiro elemento que surge então os três tipos principais de
máquinas simples:

ALAVANCA – ROLDANA - PLANO INCLINADO

ALAVANCAS

E uma barra rígida, que pode ser reta ou curva, móvel em torno de um de
seus pontos chamado fulcro ou ponto de apoio (A).

TIPOS DE ALAVANCAS

1) INTERFIXA:

Com o fulcro entre a potência e a resistência.

O homem primitivo
descobriu que, quanto
mais longa a alavanca,
mais peso ele podia
erguer, com menos
esforço.

2) INTER-RESISTENTE

Com a resistência entre o ponto de aplicação da potência e o fulcro.

3) INTERPOTENTE

Com o ponto de aplicação da Potência entre o ponto de aplicação da resistência


e o fulcro

CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO DAS ALAVANCAS

Em uma alavanca em equilíbrio, o produto da força potente pelo seu braço deve
ser igual ao produto da força resistente pelo seu braço.

Vamos chamar de “a” o braço da força potente (P) e de “b” o braço da força
resistente (R), veja então:

17
EXERCÍCIO

1)Identifique os tipos de alavancas apresentadas abaixo

a)

b)

18
c)

d)

e)

19
f)

g)

h)

i)

20
j)

k)

l)

m)

2) Qual o valor da força potente (P) aplicada a esta alavanca interfixa afim de se
obter o equilíbrio?

21
3) Para levantar 500Kg, emprega-se uma alavanca de 1,50m. O ponto de
aplicação e o ponto de apoio distante 0,30m. Qual a força que se deve aplicar na
extremidade da alavanca para erguer a pedra?

4) É preciso erguer um peso de 1000kg por meio de uma alavanca; qual deve
ser a força resistente (R) , se os braços de alavanca são 1,20m para a força
potente (P) e 0,24m para a resistência?

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