Matemática Básica

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1-NÚMEROS REAIS

O sistema numérico real consiste em um conjunto de elementos chamados números


reais e duas operações denominadas adição e multiplicação.
Se a e b forem elementos do conjunto R, a + b(soma) e a•b (produto) pertencem a R.
Subtração: a  b  a  (b) onde – b é o negativo de b, tal que b + (- b) = 0.

Divisão: a : b  a.b 1 , b  0, onde b -1 é o inverso de b tal que b.b1  1.


Um número real é positivo, negativo ou zero e qualquer número real pode ser
classificado como racional ou irracional.
Os primeiros números conhecidos pela humanidade são os chamados inteiros
positivos ou naturais. Temos então o conjunto
N = {1, 2, 3...}.
Os números -1, -2, -3, ... são chamados de inteiros negativos. A união do conjunto
dos números naturais com os números inteiros negativos e o zero define o conjunto dos
números inteiros que denotamos por:
Z = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,...}.

Um número racional é qualquer número que pode ser expresso como a razão de
dois números inteiros. Ou seja:
Ǫ = { , m pertence a Z e n pertence Z * }. Z * ⇾ Inteiros não nulos

Os números racionais consistem em:

 Z – números inteiros ( positivos, negativos e zero ) ...,-5,-4,-3,-2,-


1,0,1,2,3,4,5...
2 4 83
 As frações positivas e negativas como: , - , , etc
9 5 7
 Os decimais que terminam (positivos e negativos) como: 2,39; - 0,003251
 Os decimais que não terminam, mas são periódicos, como:
0,333… = ; -0,549549549…

1
As decimais periódicas podem ser simples e compostas:
 As simples são aquelas que a após a vírgula o período começa, como:
0,333…; 1,255255…; 0,44444….
 As compostas são aquelas que a após a vírgula começa uma série de
números e só então começa o período, como: 0,12333…; 1,345255255…;
0,144444….
Os números reais que não são racionais são chamados de números irracionais. São
decimais que não terminam e não são periódicos como, por exemplo: √ = 1,732…;
  3,14159... Em síntese, todas as raízes quadradas não exactas são números irracionais.
Recta real

A recta real é uma recta em que se estipula uma origem, uma escala e um sentido
segundo o qual se deve dispor os números por ordem crescente. A origem é o ponto de
abscissa zero e representa-se por 0. Os números a sua direita são positivos e a sua esquerda
são negativos. A cada número real corresponde um e um só ponto da recta real e vice-versa.

Representação de pontos da recta real


Todos os números reais podem ser representados numa recta real de forma única, no
entanto alguns representam-se de forma mais fácil do que outros.

Por exemplo: representação dos números naturais na recta real.

Obs.: existe uma relação entre os números. Relação tal que nos permite comparar um
os números, visando a perceber qual dos números é maior ou menos. > (maior), < (menor ).

Exemplos:
1) 17 > 9 → 17 é maior que 9.
2) – 2 < -1 → -2 é menor que -1.

2
Operações aritméticas

É conhecida como sendo o ramo mais fundamental da matemática, que consiste em:
adição, subtração, multiplicação e divisão dos números. Como já aprendemos os números
racionais e irracionais, então estamos prontos para tais operações.
Adição e subtração
Na adição e subtração precisamos prestar atenção nos sinais, ou seja, se os sinais dos
números (na qual a operação é realizada) são iguais ou diferentes:
1º Sinais iguais: Mantém o sinal e somam-se os números.
Exemplos:
a) + 5 + 4 = + 9
b) - 10 - 11 = - 21
c) – 2 – 16 = - 18
2º Sinais diferentes: Subtrai-se do maior valor absoluto o menos valor e mantém o
sinal do maior valor.
Exemplos:
a) + 5 - 4 = + 1
b) - 10 + 11 = +1
c) + 2 – 16 = - 14

Observa-se que os exemplos foram apenas com números inteiros. Como seria se
tivéssemos números racionais ou irracionais? Vale lembrar que, mesmo mudando a
natureza do número, as operações de adição e subtração continuam sendo geridas pela regra
dos sinais iguais e diferentes.
Além dos sinais, precisamos prestar atenção nos denominadores ( , sendo a o

numerador e b o denominador), se são iguais ou diferentes:


Denominadores iguais: Somam-se ou subtraem-se os numeradores e mantém o
denominador.

3
Exemplos:

a) + = = b) - = = = -1

Denominadores diferentes: acha-se o mínimo múltiplo comum (mmc) entre os


denominadores. O valor encontrado será o denominador comum que possibilitará a adição
ou subtração.

Exemplos:

a) + Vamos decompor os 2 denominadores.

4, 5 │2
2, 5 │2
1, 5 │5
1, 1 │20. Assim o mmc será 2 x 2 x 5 = 20.

Encontrado o denominador comum, precisamos encontrar os novos numeradores:


multiplicando o 10 por 5(denominador de 12) e 12 por 4(denominador de 10), assim temos:

+ = + =

b) +

2, 6 │2
1, 3 │3
1, 1 │6. Assim o mmc será 2 x 3 = 6

+ = + =

4
Exercícios propostos

1) Efectue as operações indicada de adição e subtração com denominadores


iguais:

a) + b) + c) + d) - e) -

2) Efectue as operações indicada de adição e subtração com denominadores


diferentes:

a) + b) - c) - d) - e) + +

Multiplicação
Na multiplicação ( • ou x) a operação é feita sinal por sinal e número por número. A
multiplicação dos sinais resulta nas seguintes possibilidades:
+ x + = +
- x - = +
- x + = -
+ x - = -
Exemplos:
a) + 5 x (+4) = + 20
b) - 10 x (- 11) = + 110
c) – 2 x (+ 16) = - 32

Nos exemplos acima utilizamos apenas números inteiros. Agora veremos como
fazer a operação com números racionais (especificamente fracções).
A multiplicação de fracções é feita numerador vezes numerador e denominador
vezes denominador.

5
Exemplos:

a) x =

b) x =

c) x =

Divisão

Na divisão ( : ou / ou —) a operação é feita sinal por sinal e número por número. O


resultado é chamado de quociente. A divisão dos sinais resulta nas seguintes possibilidades:
+ : + = +
- : - = +
- : + = -
+ : - = -
Exemplos:
a) + 15: (+ 3) = + 5
b) - 10 / (- 5) = + 2
c) – 16 / (2) = - 8

De igual modo os exemplos apresentam apenas números inteiros. Agora veremos


como fazer a operações com números racionais (especificamente fracções).
A divisão de fracções é feita da seguinte forma: mantemos a primeira fracção e
multiplicamos pelo inverso da segunda fracção.

Exemplos:

a) = x = =

b) : = x = = =

6
Exercícios propostos

1) Efectue os produtos (Simplifique antes, se possível).

1 2 7 32
a) × e) 6 × 21 =
2 5 =
4 3 8 48 7
b) 2 7 × 2 = f) 9 × 50 × 6 =

6 5 10 48 25
c) ×
5 4 = g) 12 × 50 × 16 =

4 9 2 21 8
d) 18 × 6 = h) 7 × 14 × 6 =

2) Encontre o Quociente:

1 2 7 32
a) : = e) : =
2 5 6 21
4 3 8 48 7
b) 2 : = f) : : =
7 2 9 50 6
6 5 10 48 25
c) : = g) : : =
5 4 12 50 16
4 9 2 21 8
d) : = h) : : =
18 6 7 14 6

Potenciação
Seja a multiplicação 2 • 2• 2• 2, onde todos os factores são iguais. Podemos indicar
este produto de modo abreviado:

2• 2• 2• 2 = 24 = 16
Denominados:
Base: o número que se repete.
Expoente: o número de factores iguais.
Potência: o resultado da operação:

7
Exemplo: 24 = 16
Base - 2; Expoente – 4 e Potência – 16.

Propriedades
1) Todo número natural elevado ao expoente 1 é igual a ele mesmo.
=a
2) Todo número natural não nulo elevado ao expoente zero é igual a 1.
=1
3) = a• a• a• … • a, se n ≧ 2

4) = ,a0

Para m ∈ Z, n ∈ Z, a ∈ Z e b ∈ Z, temos:
5) • =
6) : =
n
7) =
8) =
9) =

Radiciação
Para n ∈ N*, a ∈ R e b ∈ R, temos:
√ =a
Onde: a é o raiz; b é radicando e n o índice.
Então, √ =a⇾b=

Propriedades
1) √ • √ = √
2) √ : √ = √ , b0

3) √ √ = √
p
4) √ ) = √ , p ∈ Z*
5) √ = √ , p ∈ N*

8
Exercícios propostos
1) Calcule usando as propriedades da potenciação:
a) 4²  4 5  4 7  4 3
 
b) 3 2
3

c) 2 0  2 2  2 3  2 6  2 5
d ) 612  68
e) 34  34
2 3
2 2
f )    
3 3
4 6
1 1
g)     
2 2
2) Represente as potências de expoentes fracionários na forma de radical:
1
a) 3 3
2
b) 2 5
2

1 3
c ) 
2
1
d ) 83
2
 33
e) 
7

3) Escreva os números abaixo como potências de base 10:


a) 1
b) 10
c) 100
d) 1000
e) 10000
f) 100000
g) 1000000
4) Escreva os números abaixo na forma decimal:
a) 1,2 . 106
b) 2,22 . 107
c) 5 . 10-7
d) 4,25 . 10-5
9
e) 15000000 . 10-8

5) Escreva em notação científica:


a) 0,0000012
b) 0,234234
c) 0,0000000223
d) 0,0204
6) Resolva os itens a seguir e de a resposta com notação científica:
a) 8,2 . 102 . 4 . 103
b) 3,7 . 107 . 8,6 . 103
c) 3,45 . 108 . 6,74 . 10-2
d) 4,7 . 10-2 . 5,7 . 10-6
7) Assinale V ou F.

1 1
a) 16  4 b)3  c)8 1  1 d) - 25  5 e) - 25  5
64 4
8) Simplifique os seguintes radicais:

16a 8 b
a) 48 b)3 72 c)3 162 d )4 208 e)3 x 6 y 9 z 12 f)
4
9) Qual é o valor de y  25  16  16 0  3 27 ?

10) Simplifique as seguintes potências de expoente racional:

2
3 4 2
 5 5
a)9 2
b)8 3
c)64 3
d )810, 25 e)16 4 
 

10
11) Efetue as multiplicações:

a) 3 5  3 6
b) 2  8
c) 2  6  3
d) 5  1 5  
e) 3 4  3 6

f) 3 2 2   
2 3
12) Efetue as divisões:

a) 12  3
49
b)
25
c) 50  2
123 6
d)
33 2
e) 30 15  5 3
13) Calcule as potências:

 
a) 15
2

b)  7  3 
2

c) 3 7 
2

d ) 3  7 
2

e)  2  3 
2

11
14) Simplifique as expressões numéricas:

a) 50  18  8
b) 4 63  7
c) 55 3  25 3  25 3  5 3
d ) 2 27  5 12
e) 12  75  108
  
f ) 18  98  200  2 2  8 
g ) 10 27  10 3   10 3
h) 20 10  10 18   2 2
100  3 64
i) 10
1024  9
169  3 216
j)
64  15

12
2 - TEÓRIA DOS CONJUNTOS

Introdução

Intuitivamente, conjunto é uma lista, colecção, classe, objetos, números, pessoas


etc., indicado por letra maiúscula do nosso alfabeto.

Elemento

É cada um dos integrantes do conjunto.


Relação de pertinência

É a relação que se estabelece entre elemento e conjunto. Quando um elemento a


pertence a um conjunto B, indicamos por a  B, e quando um elemento c não pertence a
um conjunto B, indicamos por c  B.

Representação de um conjunto

Podemos escrever um conjunto de várias formas, entre elas:

1) Nomeando seus elementos entre chaves/chavetas e separadas por vírgula:


A = 1,2,3,4,5
2) Atribuindo uma característica comum a todos os seus elementos:
B = {x| x é um número primo}
O conjunto B é formado por x, tal que ( | ) a característica comum a todos x é ser
primo.

13
3) Através de linhas fechadas, conhecidas como diagrama de Venn:

A = {1, 2, 3, 4, 5}

4) Na forma de intervalos:
Pode-se representar o conjunto dos números reais associando cada número x
∈ R a um ponto de uma reta r. assim se convencionarmos uma origem O,
associando a ela o zero, adotamos uma unidade e um sentido positivo para esta reta,
teremos aquela que denominamos reta orientada.

Representação geométrica:

Seja a e b números reais com a < b. os subconjuntos de R a seguir são


chamados intervalos.

Intervalos Limitados

Intervalo fechado: Números reais maiores ou iguais a a e menores ou iguais a b.

Representação geométrica:

Intervalo: [a, b]
Conjunto: {x ∈ R | a ≤ x ≤ b}

14
Intervalo aberto: Números reais maiores do que a e menores do que b.

Representação geométrica:

Intervalo: ]a, b[
Conjunto: {x ∈ R | a < x < b}

Intervalo fechado à esquerda: Números reais maiores ou iguais a a e menores do que b.

Representação geométrica:

Intervalo: [a, b[
Conjunto: {x ∈ R | a ≤ x < b}

Intervalo fechado à direita: Números reais maiores do que a e menores ou iguais a b.

Representação geométrica:

Intervalo: ]-∞ ,b]


Conjunto: {x ∈ R | x ≤ b}

15
Intervamos ilimitados

Semi recta esquerda, fechada, de origem b: Números reais menores ou iguais a b.

Representação geométrica:

Intervalo: ]-∞ ,b]


Conjunto: {x ∈ R | x ≤ b}

Semi recta esquerda, aberta, de origem b: Números reais menores que b.


Representação geométrica:

Intervalo: ]-∞ ,b[


Conjunto: {x ∈ R | x
Semi recta direita, fechada, de origem a: Números reais maiores ou iguais a a.

Representação geométrica:

Intervalo: [a,+∞ [
Conjunto: {x ∈ R | x ≥ a}

Semi recta direita, aberta, de origem a: Números reais maiores que a.

Representação geométrica:

Intervalo: ]a, +∞ [
Conjunto: {x ∈ R | x>a}

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Reta numérica: Números reais.

Representação geométrica:

Intervalo: ] ∞- ,+∞ [
Conjunto: R

Os Símbolos da Linguagem dos Conjuntos - Resumo


Antes de falar sobre operações com conjuntos, apresentaremos alguns símbolos que
na sua maioria são utilizados nas tais operações.
aA lê-se: a pertence a A
aA lê-se: a não pertence a A
A = {x | x goza a propriedade P} lê-se: A é o conjunto dos x tal que x goza a
propriedade P
A=B lê-se: A é igual a B
AB lê-se: A é diferente de B
AB lê-se: A está contido em B
AB lê-se: A não está contido em B

AB lê-se: A contém B


A⊅B lê-se: A não contém B
 lê-se: conjunto vazio
C AB lê-se: complementar de A em relação a B
AB lê-se: A menos B
AB lê-se: A inter B
AB lê-se: A união B
x lê-se: qualquer que seja x ou para todo x
x lê-se: existe ao menos um x ou pelo menos um x
∄x lê-se: não existe x algum
pq lê-se: se p então q ou p implica q
pq lê-se: p é equivalente a q

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Operações com Conjuntos

Intersecção

A  B ( A interseção B)  é o conjunto de elementos que pertencem A e também


pertencem a B.
Obs.:   conjuntovazio não contem nenhum elemento.
Exemplos:
1) Considere os conjuntos abaixo:
A  2,4,6,8,10,12, B  1,4,9,16e C  2,10. Então: A  B = {4} e B  C = {}
O conjunto R é ordenado pelos símbolos  (menorque) e  (maiorque).

União

A B ( A união B)  é o conjunto de todos os elementos que pertencem em A ou


em B ou em ambos.
Exemplos:
1) Considere os conjuntos abaixo:
A  2,4,6,8,10,12, B  1,4,9,16e C  2,10 . Então:
A B = {1, 2, 4, 6, 8, 9, 10, 12, 16} ; B  C = {1, 2, 4, 9, 10, 16}

Diferença:

Chamamos de diferença A – B o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e


não pertencem a B.

Exemplos:
1) A = {1, 3, 5, 7} e B = {1, 3}, então A – B ={5, 7}.
2) A = {1, 2, 3, 5, 7, 9} e B = {1, 3, 5, 7, 11}, então B – A = {11}

18
Complementar

Dados os conjuntos A e B, onde A  B, chamamos de complementar de A em B ( )o


conjunto dormado pelos elementos que pertencem a B e não pertencem a A.

Assim,
Se A  B, então = B – A.

Exemplos:
1) Se A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4, 5}, então = B – A = {4, 5}.
2) Se B = {1, 2} e D = {1, 3}, então não existe, pois B  D.

Exercícios propostos

1) Dado o conjunto A = {0, 1, 2, {1,2}, 3, {3,4}}, assinale V para as afirmativas


verdadeiras e F para as falsas.

a) ( )   A (conjunto vazio está contido, pois a relação é de inclusão).


b) ( ) 4  A (4 não é um elemento isolado de A).
c) ( ) {}  A (conjunto vazio está contido em todos os conjuntos).
d) ( ) {{1,2}}  A (é um dos subconjuntos de A com um elemento).
e) ( ) {3,4}  A (é um elemento único de A, logo a relação é de pertinência).
f) ( ) {1,2}  P( A) (é um dos subconjuntos de dois elementos de A, logo elemento
P(A)).
g) ( ) Se N é o conjunto dos números naturais, então A – N não tem elementos
numéricos. (os elementos de A – N serão os elementos {1,2} e {3,4} que não são
números).
h) ( ) {1,2} {3,4}  A ({1,2} U {3,4} = {1,2,3,4} que não pertence a A, pois 4 não
é um elemento de A).

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2) Se A  {x  R | 0  x  2} e B  {x  R | 3  x  1}}, determine o conjunto

 A  B    A  B .
3) Descreva os conjuntos mostrados, enumerando seus elementos:
a) F = {x є N / x ≤ 9} b) G = {x є Z / x > 2, x é impar} c)
H = {x є N / x > 3, x é par} d) I = {x є N / x > 1} e) J = {x є N / 3 < x < 5}
4) Com base no exercício anterior, enumere os conjuntos:
a) L = F U G b) M = F ∩ G c) N = I – G d) O = G – F
5) Com base nos conjuntos A = {1, 2, 3}, B = {5, 6, 7} e C = {1, 2, 3, 4, 5, 6},
preencha o campo abaixo com a simbologia adequada:
a) 3___A b) 7___C c) A___B d) B___C e) C___A f) C___B

6) Dados os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {x / x²-11x+18 = 0}, use o símbolo  ou


 para relacionar:
a) 0 e A
b) 0 e B
c) 2 e A
d) 2 e B
e) 9 e A
f) 4 e B

7) (MACKENZIE – SP) Se A e B são dois conjuntos tais que A  B e A ≠ ∅,


então:
a) sempre existe x  A tal que x ∉ B.
b) sempre existe x  B tal que x ∉ A.
c) se x  B então x  A.
d) se x ∉ B então x ∉ A.
e) A ∩ B = ∅.
8) Indique as sentenças verdadeiras em relação aos conjuntos A, B e C.

a. Se A  B e B  A, então A = B.
b.  B  Ø  B.

20
c. Se C  A e A  B, então C  B.
d. Se x  A e x  B, então A  B.

9) Dados os conjuntos A = {0;1}, B = {0;2;3} e C = {0;1;2;3}, classifique em


verdadeiro (V) ou falso (F) cada afirmação abaixo:
a) ( ) A  B
b) ( ) {1}  A
c) ( ) A  C
d) ( ) B  C
e) ( ) B  C
f) ( ) {0;2}  B
10) Sendo A = {3, 4, 5, 6, 7} e B = {5, 6, 7, 8, 9 ...}, determine:
a. A  B
b. A  B
11) São dados os conjuntos:
A = {x  N / x é ímpar},
B = {x  Z / – 3 ≤ x < 4},
C = {x  Ζ / x < 6}.
Calcule:
a) A =
b) B =
c) C =
d) (A∩B)  (B∩C) =
e) (A∩ C)  B =

21
12) Observe o diagrama e responda:

Quais os elementos dos conjuntos abaixo:


a) A =
b) B =
c) C =
d) (A∩B)  (B∩C) =
e) (A∩C)  B
13) (UNESP) Se A = {2, 3, 5, 6, 7, 8}, B = {1, 2, 3, 6, 8} C = {1, 4, 6, 8}, então:
a) (A – B) ∩ C = {1, 2}
b) (B – A) ∩ C = {1}
c) (A – B) ∩ C = {1}
d) (B – A) ∩ C = {2}
e) n.d.a
14) Se A = {x / x é número ímpar e 0 < x < 10}, B = {x / x é divisor de 24} e C=
{x / x é um número par e 2 < x < 13}, determine:
a. ( A  C)  B
b. C  ( A  B)
c. ( A  B)  C

22
15) Dados A = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3, 4} e C = {2, 3, 4, 5}, calcule:

a) C BAC

b) C(BAC )

23
3 - EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES

Polinómios
Definição

Uma função polinomial ou simplesmente polinômio, é toda função definida pela


relação P (x) = anxn + an-1.xn-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x1 + a0.
Onde:
an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 são números reais chamados coeficientes.
nN
x  C (Números complexos) é a variável.
Grau de um polinómio

Grau de um polinômio é o expoente máximo que ele possui. Se o coeficiente an  0,


então o expoente máximo n é dito grau do polinômio e indicamos gr(P)=n. Exemplos:
a) P(x)=5 ou P(x)=5.x0 é um polinômio constante, ou seja, gr(P)=0.
b) P(x)=3x+5 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P)=1.
c) P(x)=4x5+7x4 é um polinômio do 5º grau, ou seja, gr(P)=5.

Se P(x)=0, não se define o grau do


polinômio.

Exercícios

1) Sabendo-se que –3 é raiz de P(x)=x3+4x2-ax+1, calcular o valor de a.


2) Calcular m  IR para que o polinômio P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja:
a) do 3ºgrau b) do 2º grau c) do 1º grau

24
Valor numérico de uma expressão algébrica
Chamamos de valor numérico de uma expressão algébrica o resultado obtido ao
substituir as variáveis/incógnitas em determinadas expressões algébricas por valores
numéricos, efectuando as operações indicadas.

Exemplos:
1) Dada a expressão algébrica f(x) = - 9x, determine o valor numérico quando x
vale 2.
f(2) = – 9(2)
f(2) = 4 – 18
f(2) = – 14
2) f(x) = - 6x + 8, para x = 2.
f(2) = - 6(2) + 8
f(2) = 4 - 12 + 8
f(2) = 0

Exercícios propostos
1) Em cada alínea abaixo, encontre os valores numéricos para x = 0, x = 1 e x = 2.
a) f(x) = 1/2)
b) f(x) =
c) f(x) =
d) f(x) =
e) f(x) =
f) f(x) =
g) (x) =

h) y =

i) f(x) = ( )

j) f(x) =
k) f(x) = -2x + 5
l) f(x) = -2 + 3x
25
m) f(x) =

n) f(x) = √
o) f(x) =
p) f(x) =
1 x
q) f (x)  r) f (x)  s) y = x 2 +
x 6 x 9
2

1
1 1
t) f (x)  u) f ( x) 
x 2  4x  5 8 x

Operações com polinómios:

Adição e subtração de polinómios

Adição

Dados os polinómios P(x)=anxn + an-1.xn-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x1 + a0 e Q (x) =


bnxn + + bn-1.xn-1 + bn-2.xn-2 + ... + b2x2 + b1x1 + b0, a soma de P(x) e Q(x) é dada por:

P(x) + Q(x) = (an + bn)xn + (an-1 + bn-1)xn-1 + (an-2 + bn-2) xn-2 + (a2 + b2)x2 + (a1 + b1)x1 + (a0 + b0)

Exemplo:
Se P (x) = 2x²-9x+2 e Q(x) = 3x²+7x-1, então:
P(x) + Q(x) = (2 + 3)x² + (- 9 + 7)x + (2 -1) ⇾ P(x) + Q(x) = 5x2 – 2x +1

Subtração

Dados os polinómios P(x)=anxn + an-1.xn-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x1 + a0 e Q (x) =


bnxn + + bn-1.xn-1 + bn-2.xn-2 + ... + b2x2 + b1x1 + b0, a diferença de P(x) e Q(x) é dada por:

P(x) - Q(x) = (an - bn)xn + (an-1 - bn-1)xn-1 + (an-2 - bn-2) xn-2 + (a2 - b2)x2 + (a1 - b1)x1 + (a0 - b0)

26
Exemplo:
Se P (x) = 2x²-9x+2 e Q(x) = 3x²+7x-1, então:
P(x) - Q(x) = (2 - 3)x² + (- 9 - 7)x + (2 – (-1)) ⇾ P(x) - Q(x) = - x2 – 16x +3

Multiplicação de polinómios

Chamamos de produto dos polinómios P(x) e Q(x) o polinómio P(x) • Q(x), obtido
pela multiplicação de cada termo de P(x) por todos os termos de Q(x), tendo sido reduzido
os termos semelhantes.
Exemplo:
Se P (x) = + + x + 1 e Q(x) = x – 1, então:
P(x) • Q(x) = ( + + x + 1) • (x – 1) = + - + - + x – x – 1= –1

Divisão de polinómios

Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo. Efetuar a divisão de P (x)
por D (x) é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas condições
abaixo:
1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)
2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

P( x) D( x)
R( x) Q( x)

Nesta divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.

27
Obs.: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível
por D(x) ou D(x) é divisor de P(x).
Exemplo:
1) Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 - 7x2 + 9x - 1 por D(x) = x2 + 3x - 2.

Podemos verificar que:

Divisão de um polinômio por um binômio da forma ax+b

Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio ax+b se P(-b/a) = 0

Exercícios propostos
1) Efetue as seguintes adições de polinômios:
a) (2x²-9x+2)+(3x²+7x-1) b) (5x²+5x-8)+(-2x²+3x-2)
c) (3x-6y+4)+(4x+2y-2) d) (5x²-7x+2)+(2x²+7x-1)
e) (4x+3y+1)+(6x-2y-9) f) (2x³+5x²+4x)+(2x³-3x²+x)
g) (5x²-2ax+a²)+(-3x²+2ax-a²) h) (y²+3y-5)+(-3y+7-5y²)
i) (x²-5x+3)+(-4x²-2x) j) (9x²-4x-3)+(3x²-10)

28
2) Efetue as seguintes subtrações:
a) (5x²-4x+7)-(3x²+7x-1) b) (6x²-6x+9)-(3x²+8x-2)
c) (7x-4y+2)-(2x-2y+5) d) (4x-y-1)-(9x+y+3)
e) (-2a²-3ª+6)-(-4a²-5ª+6) f) (4x³-6x²+3x)-(7x³-6x²+8x)
g) (x²-5x+3)-(4x²+6) h) (x²+2xy+y²)-(y²+x²+2xy)
i) (7ab+4c-3a)-(5c+4a-10)
3) Efetue as seguintes multiplicações:
a) 3(x+y) b) 7(x - 2y) c) 2x(x + y) d) 4x (a + b) e) 2x(x²-2x+5)
f) (x + 5) • (x + 2) g) (3x + 2) • (2x + 1) h) (x + 7) • (x - 4)
i) (3x + 4) • (2x - 1) j) (x - 4y) • (x-y)
4) Efetue as seguintes divisões:
a) (12x² - 8x) : (2x) b) (3y³ + 6y²) : (3y) c) (10x² + 6x) : (-2x)
d) (4x³ - 9x) : (3x) e) ( 15x³ - 10x²) : (5x²)
f) (30x² - 20xy) : (-10x) g) (2x² - x - 15) : (x - 3)
h) (6x²y – 4xy²) : (-2x) i) (x³ + 2x² + x) : (x)
j) (x² + x³ + x⁴) : (x²) k) (3x⁴ - 6x³ + 10x²) : (-2x²)
l) (x⁷ + x⁵ + x³) : (-x²) m) (3x²y – 18xy²) : (+3xy)
n) (7x³y – 8x²y²) : (-2xy) o) (4x²y + 2xy – 6xy²) : (-2xy)
p) (20x¹² - 16x⁸ - 8x⁵) : (4x⁴) q) (3x⁴ - 6x³ + 10x²) : (-2x²)
r) (2x² - x - 15) : (x - 3) s) (x² + 5x + 6) : (x + 2)
5) Encontre os valores de a, b e c de modo que o polinómio P(x) = (a + 1)x2 + (3a –
2b)x + c seja identicamente nulo.
6) Sejam os polinômios f(x) = (3a + 2)x + 2 e g(x) = 2ax – 3a + 1 nos quais a é uma
constante. Calcule a condição para que o polinômio f.g tenha grau 2.

7) Dado o polinômio P(x)= 2x3 - 5x2 + x - 3. Calcule: a) P(0) b) P  1 


 2
8) Dados os polinômios P1(x) = 5x2 - 3x + 6, P2(x) = -3x + 2 e P3(x) = x2 + 5x - 1.
Calcule:
a) P1(x) + P2(x) - P3(x) b) P1(x).P2(x)

29
9) Determinar a, b e c de modo que (a + bx)(x + 2) + (c - 2).(x + 3) = 2x2 + 2x - 8.
10) Calcule m e n sabendo que (3x2- x + 2)(mx - n) = 6x3 - 5x2 + 5x - 2.
11) Se A(x) = x2 – x + 1, B(x) = (x – 2)2 e C(x) = -3x, calcule [A(x) + B(x).C(x)].

A B 4x  3
12) Calcular A e B de que + = 2 .
x2 x2 x 4
13) Determine o resto da divisão de:
a) 2x3 - 5x2 + 4x - 4 por 2x -3 b) 5x3 - 11x2 + 3x - 2 por x - 2

Alguns casos de factorização de polinómios


A fatoração de polinômios será muito usada para simplificação de expressões
algébricas e para obter o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) de frações algébricas.

Exemplos:

30
Obs.: As variáveis que aparecem em todos os termos do polinômio aparecerão no factor
comum sempre com o menor expoente.

Equação e inequação
Equações são expressões algébricas que possuem uma igualdade. Essas expressões
são chamadas de algébricas porque possuem pelo menos uma incógnita, que é um número
desconhecido representado por uma letra. As inequações, por sua vez, são relações
semelhantes às equações, contudo, apresentam uma desigualdade.
Enquanto as equações relacionam os termos do primeiro membro aos termos do
segundo, afirmando sua igualdade, as inequações mostram que os termos do primeiro
membro são maiores ou menores que os elementos do segundo.

31
Termos de uma equação e de uma inequação

Termo é o nome que se dá ao produto de algum número por alguma letra. Para
identificá-los, basta procurar pelas multiplicações separadas por sinais de adição ou
subtração. Veja a equação seguinte:
4x + 2x – 7x = 16 – 5x
Os termos são: 4x, 2x, – 7x, 16 e – 5x

Membros de uma equação e de uma inequação

Primeiro e segundo membros são definidos pela igualdade nas equações e pela
desigualdade nas inequações.
Todos os termos dispostos à esquerda da igualdade ou da desigualdade compõem o
primeiro membro de uma equação ou inequação. Todos os termos dispostos à direta da
igualdade ou desigualdade determinam o segundo membro de uma equação ou inequação.

Desse modo, dada a inequação: 2x + x – 9x ≤ 15 – 4x


Os termos 2x, x e – 9x pertencem ao primeiro membro, e os termos 15 e – 4x
pertencem ao segundo.

Exemplos de equações
1) 4x = 16
2) 2x – 8 = 144
3) 18x2 = 2x – 8xy
Exemplos de inequações
1) 12x + x2 ≤ 12
2) 144 ≥ 12x + 7
3) 128 – 14x < 12x + 4

32
Lei do anulamento do produto
Um produto é nulo quando pelo menos um dos factores é nulo.

 Se a • b = 0  a = 0 ou b = 0
 Se a • b • c = 0  a = 0 ou b = 0 ou c = 0.
A lei do anulamento do produto permite resolver algumas equações como podemos
ver no quadro abaixo:

Exercícios:
1) Determinar o conjunto solução de cada uma das equações:
a) (5x – 1) (3 – 4x) = 0
b) 2x (x + 6) = 0
c) 3( )( )

d) (x – 2) (x + 0, 2) (x – 0,5) = 0

Produtos notáveis
No cálculo algébrico alguns produtos são muito utilizados, e são de grande
importância para simplificações realizadas em expressões algébricas. Devido a importância,
estes produtos são chamados de produtos notáveis. Abaixo, enumeramos os mais utilizados:
1) x  y x  y  x2  y2

2) x  y2  x 2  2xy  y2

3) x  y3  x 3  3x 2 y  3xy 2  y 3

33
Todos estes produtos são desenvolvidos apoiados na propriedade distributiva da
multiplicação em relação à adição e subtração. Se lembrarmos deste detalhe não
precisaremos mais decorá-los, observemos:

a) x  y   x  y   x 2  xy  yx  y 2  x2  y2

b) x  y 2  x  y   x  y   x 2  xy  xy  y 2  x 2  2 xy  y 2

c) x  y 2  x  y   x  y   x 2  xy  xy  y 2  x 2  2 xy  y 2

d) x  y 3  x  y  x  y 2  x  y  x 2  2xy  y 2  

 x 3  2x 2 y  xy 2  yx 2  2xy 2  y 3  x 3  3 x 2 y  3 xy 2  y 3

Exemplos para simplificações:


3x  3y 3x  y 3
a)    
x 2  y2 produtonotável
x  y x  y x  y
b) x  42  x2  2.x.4  42  x2  8x  16

Obs.: x  4 2 jamais será igual a x 2  16 , basta lembrarmos que:

x  42  x  4 x  4  x 2  x.4  4.x  16  x 2  8 x  16

c) a  23 jamais será a 3  8 , pois:

a  23  a  2 a  22  a  2 a 2  4a  4 

a 3  4a 2  4a  2a 2  8a  8  a 3  6a 2  12a  8

34
Exercícios propostos
1) Desenvolva os produtos notáveis:
a) a  b2 b) 2a  32 c) 3x  4 y 2 d) a  b2 e) 2a  32

f) 3x  4 y 2
2
g) a  b(a  b) h) 2a  32a  3 i) 4x  3 y 4x  3 y  j)  y  1  k) d  2h2
 2

l)  5  3 5  3 m)  2 1 2 1

Resolução de equações e inequações do 1º grau com uma incógnita

Equações

Dada a equação 7x + 80 = 4x – 7, vamos encontrar o valor de x. vimos a definição


de termos e podemos concluir que essa equação tem 4 termos, que são: 7x, 80, 4x e 7.

Podemos resolver uma equação utilizando 4 passos:


1º - o primeiro passo é colocar no primeiro membro todos os termos que têm a incógnita.
7x – 4x + 80 = – 7. Observa que o termo 4x mudou de membro e devemos trocar o
sinal do termo sempre que muda de membro.
2º - o Segundo passo é colocar no segundo membro todos os termos que não possuem a
incógnita.
7x – 4x = – 7 – 80
3º - simplicar as expressões em cada membro.
3x = – 87
4º - Isolar o x. Verifica-se que a incógnita esta sendo multiplicada por 3 que pode acontecer
em alguns casos: iremos prosseguir da seguinte forma: se a incógnita é multiplicada por um
número, então este número passara para o outro membro dividindo.

3x = – 87

x=–

x = – 29; S = {- 29}, onde S é solução.

35
Exercícios propostos

1) Resolva as equações, apresentando o conjunto solução, sendo U=Q:


1 3 x
a) x   b)  2 c) 9 x  8  43 d) x  3(4  x)  7x  (1 x)
2 2 7

x 7 2x x  1 3 x  7 2x  3 x4 2
e)   1 f)   g) 1  x 
4 10 5 4 6 3 3 8

h) 2 – 3.(2 - 4x) = 8 i) 4x – 12 = 8 J) 2 (x+1) = 3 (x+2) k) x - 8 = 0

Inequações

Para resolução das equações, prosseguiremos com os 4 passos para resolver uma
equação.

7x + 80 ˃ 4x – 7

7x – 4x + 80 ˃ – 7

7x – 4x ˃ – 7 – 80
3x ˃ – 87

3x ˃ – 87

x˃–

x ˃ – 29

Podemos perceber que numericamente os valores são iguais, ou seja, tanto da


equação encontramos - 29 e inequação - 29. A diferença está na solução. Na inequação o
valor é pontual, ou seja, apenas o – 29 satisfaz a igualdade proposta. Porém, na inequação
infinitos valores satisfazem a desigualdade, ou seja, todos números maiores que -29.
Portanto a solução deverá ser apresentada em forma de intervalo, conforme vimos nos
conjuntos.

S =] -29, + ∞[ ou S = {x  R| x ˃ -29}

36
Exercícios propostos

1) Resolva as inequações, adotando U=Z:


a) 5x-4 < -7+1
b) 4x-7 < 3x+ 1
c) 5- 2x > 3x
d) x – ( 3x -1) > 2 +(x - 3)
e) 3x12
f) 4x  3 x 12
g) 3  4( x  1)  12(3  2x)
3  x 1 x 1
h) x   
4 2 3
3 x  7 2x  3 x  1
i)  
3 6 2

Resolução de equações do 2º grau

Equação do 2º grau é toda equação do tipo a + bx + c = 0, com a  0, a  R, b 


R e c  R.

Para a resolução da equação do 2 grau, existe alguns métodos:


1) Raízes: , essa expressão é conhecida como fórmula de Bhaskara,

onde:

Δ= é chamado de discriminante. Dependendo do valor do discriminante, temos:

 Δ = 0, então a equação tem duas raízes iguais.


 Δ > 0, então a equação tem duas raízes diferentes.
 Δ <0, então a equação não tem raízes reais.

2) Soma das raízes: S = x1 + x2 = -

3) Produto das raízes: P = x1 • x2 =

4) + Sx + P = 0.

37
Resolução de alguns exemplos

Podemos resolver a equação do segundo grau utilizando apenas 3 passos, vejamos:

O primeiro passa é tirar os valores de a, b e c, vejamos no exemplo abaixo:

2x2 + 8x – 24 = 0, este tipo de equação é chamada de equação completa, pois,


contém todos os coeficientes, ou seja, não há nenhum coeficiente nulo.

Sendo assim, a = 2; b = 8 e c = -24.

O segundo passado será calcular o valor do delta ou discriminante.

Δ = b2 – 4ac

Δ = 82 – 4·2·( – 24)

Δ = 64 + 192

Δ = 256 ˃ 0


O terceiro passo então, será utilizar a fórmula de Bhaskara:


x=

x=

x=

 Para o √ Negativo, teremos: x = = =-6

 Para o √ Positivo, teremos: x = = =2

38
Exercícios propostos

1) Quais das equações abaixo são do 2º grau?


a) ( ) x – 5x + 6 = 0 d) ( ) 2x³ - 8x² - 2 = 0
b) ( ) x² - 7x + 10 = 0 e) ( ) 4x² - 1 = 0
c) ( ) 0x² + 4x – 3 = 0 f) ( ) x² - 7x
2) Resolva as equações do 2º grau:
a) 4x² - 36 = 0
b) 7x² - 21 = 0
c) x² + 9 = 0
d) x² - 49 = 0
e) 5x² - 20 = 0
3) A soma dos valores de m para os quais x=1 é raiz da equação:
x² + (1 + 5m - 3m²)x ++ (m² + 1) = 0 ; é igual a?

4) Sabe-se que a equação 5x2- 4x + 2m = 0 tem duas raízes reais e diferente. Nessas
condições, determine o valor de ‘m’.

5) Determine o valor de ‘p’ na equação x2 – px + 9 = 0 para que essa equação tenha um


única raiz real.

6) Determine o valor de ‘m’ na equação 12x2 – mx – 1 = 0 , de modo que a soma das


raízes seja 5/6

7) O produto das raízes da equação 8x2 – 9x + c = 0 é igual a 3/4. Calcular o valor do


coeficiente c.

8) Em um retângulo, a área pode ser obtida multiplicando-se o comprimento pela


largura. Em determinado retângulo que tem 54 cm² de área, o comprimento é expresso por
(x – 1) cm, enquanto a largura é expressa por (x – 4) cm. Nessas condições, determine o
valor de x.

9) A soma de um número com o seu quadrado é 90. Calcule esse número.

39
10) O quadrado de um número aumentado de 25 é igual a dez vezes esse número.
Calcule esse número.

11) O triplo de um número, diferente de zero, é igual ao seu quadrado. Qual é esse
número?

12) A equação (x – 2)(x + 2) = 2x – 9:


a) admite duas raízes reais e iguais.
b) admite duas raízes reais e opostas.
c) admite apenas uma raiz.
d) não admite raízes reais.
13 monte uma equação do 2º que tenha como raízes 8 e -1
14) Classifique as equações do 2º grau em completas ou incompletas e determine os
coeficientes a, b, c.

a) x² - 7x + 10 = 0
b) 4x² - 4x +1 = 0
c) –x² - 7x = 0
d) x² - 16 = 0
e) x² + 0x + 0 = 0
15) Podemos afirmar que 4 é raiz para a equação 8x 2 – 9x + 8 = 64? Justifique a sua
resposta, apresentando o cálculo.

40
4 - SISTEMAS DE EQUAÇÕES

Resolução de sistemas lineares com duas incógnitas

Alguns problemas de matemática são resolvidos a partir de soluções comuns a duas


equações do 1º a duas variáveis. Como vimos o conceito de equação do 1º grau com uma
incógnita já fica fácil perceber o que é um sistema de equações linear, ou seja, do 1º grau.
É um sistema formado por duas ou mais equações, porém neste estudo falaremos
apenas de sistemas com duas equações e duas incógnitas.

Exemplos:
x  y  5 3x  y  10
a)  b) 
2 x  y  9  x  y  18

A solução de um sistema linear com duas incógnitas é dada em par ordenado da


forma (x, y). O par ordenado que verifica ao mesmo tempo as duas equações é chamado
solução do sistema. Indicamos pela letra S, de solução.

 x  y  10
Por exemplo, o par ordenado (7, 3) é solução do sistema  , pois, verifica as
 x  3 y  2
7  3  10
duas equações: 
7  3.(3)  2
Os processos ou métodos mais comuns são: o método da substituição, método da
adição, método da comparação, além do método gráfico. Obs.: fixaremos apenas a nossa
atenção para o método de substituição.

Método da substituição

Para aprender a trabalhar com esse método, você deve acompanhar os passos indicados nos
exemplos a seguir:

41
Exemplo:

x  y  7
Resolveremos o sistema 
x  y  1

O 1º passo é isolar uma das variáveis em uma das equações. Vamos isolar x na 1ª equação:

x y  7 x  7 y

O 2º passo é substituir a expressão encontrada no passo 1 na 2ª equação. Obtemos então


uma equação do 1º grau com apenas uma incógnita, vejamos:

x  y 1
(7  y )  y  1
7  y  y 1
7  2y 1

3º passo: Resolvemos a equação obtida no 2º passo: lembremos que esse tipo de resolução
já foi vista em equação do 1º grau.

7  2y 1
2 y  1  7
2 y  6
6
y 
2
y 3

Obtendo, assim, o valor de y.

4º passo: (Para encontrarmos o valor de x) Substitui-se o valor encontrado no 3º passo ou


em qualquer uma das equações iniciais.

42
x y 7
x  (3)  7
x  73
x4

5º passo: Por último, escrevemos a solução do sistema: S = {(4,3)}.

Exercícios propostos

1) Resolva os seguintes sistemas em R:

x  y  5 3x  2 y  6 x  y  4 x  y  9 4 x  y  8
a)  b)  c)  d)  e) 
x  3y  9 x  3y  2 2 x  y  7 x  y  5 x y 7

 x  3y  5  2( x  y)  5( x  y)
f)  g)  x
2 x  4 y  0  2  y  2

 2x y
  4 3x  2 y  5
h)  3 3 i) 
x y
  6  4x  y  5
3 2

x 5 x
 x y x y 4  y  2  y0
  4
j)  3 k)  l)  4
5 y x y x y

5 ( x  y)  4 ( x  y)  100  x 1   1
 2  5 2

43
5 - FUNÇÕES

Ideia intuitiva de função

O conceito de função é um dos mais importantes da matemática. Ele está sempre


presente na relação entre duas grandezas variáveis. Assim são exemplos de funções:
 O valor a ser pago numa corrida de táxi é função do espaço percorrido;
 A área de um quadrado é função da medida do seu lado;
 Em um termômetro, a temperatura é dada em função do comprimento da coluna de
mercúrio.

Definição

Sejam A e B conjuntos diferentes do vazio. Uma relação f de A em B é função se, e


somente se, todo elemento de A estiver associado através de f a um único elemento de B.
Usaremos a notação f: A → B para indicar que f é função de A em B.

Exercícios

1) Verifique quais relações abaixo representam funções.

44
Domínio, Contradomínio e Conjunto Imagem

Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, vamos considerar a


função f: A  B que transforma x  A em y  B.

Em toda função f de A
em B, Im(f)  B.

Nesse caso, a função f: A  B está definida por y = 2.x ou por f(x) = 2x. Veja que
para caracterizar uma função é necessário conhecer seus três componentes: o domínio (A),
o contradomínio (B) e uma regra que associa cada elemento de A a um único elemento y =
f(x) de B. Nesse exemplo, o domínio é A = {0, 1, 2, 3}, o contradomínio é B = {0, 1, 2, 3,
4, 5, 6}, a regra é dada por y = 2.x e o conjunto imagem é dado por Im(f)= {0, 2, 4, 6}.

Exercícios

1) O diagrama de flechas abaixo representa uma função f de A em B. Determine:

45
a) D (f) b) CD (f) c) Im (f) d) f (3) e) f (5)

2) Considere a relação f de M em N representada no diagrama abaixo:

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmativas abaixo, para que f seja uma função de
M em N.
a) ( ) apagar a seta 1 e retirar o elemento s.
b) ( ) apagar as setas 1 e 4 e apagar o elemento k.
c) ( ) retirar os elementos k e s.
d) ( ) apagar a seta 4 e retirar o elemento k.
e) ( ) apagar a seta 2 e retirar o elemento k.

Gráfico de uma função

Em uma função qualquer, encontrar pares ordenados que pertençam ao seu gráfico é
tarefa simples: basta escolher valores para x e encontrar os valores de f(x) ligados a eles no
contradomínio. Isso é feito substituindo o valor de x escolhido na função e calculando a
expressão numérica resultante, ou seja, Para esboçarmos o gráfico de uma unção do plano
46
cartesiano, devemos atribuir alguns valores à variável x, determinando valores numéricos
de y.

O gráfico da função f(x) = consiste em todos os pares (x, y) tais que f(x) = ,
ou seja, é a coleção de todos os pares (x, ) do plano xy.

Função exponencial: chamamos de função exponencial de base a , a função f de R


em R que associa a cada real x real o número real , sendo a um número real 0 < a ≠ 1.

Ou, f: R → R
x→y=
O domínio da função exponencial é D (f) = R. A imagem é Im(f) = (0, ∞). Podemos
também denotar Im (f) = (0, ∞) = R+*.
O gráfico dessa função é uma curva obtida ao encontrar alguns pares
ordenados que pertencem à função e ao desenhar essa curva que passa por eles. Vale
afirmar que:

47
Vamos consideram a função f(x) = e usaremos os valores x = – 3, x = – 2, x = –
1, x = 0, x = 1, x = 2 e x = 3 e preencheremos a seguinte tabela:

Com a tabela preenchida, perceba que cada valor de x se relaciona a um valor de


f(x) que pode ser compreendido como y no par ordenado. Sendo assim, os pares ordenados
formados são:

A = (– 3, 1/8), B = (– 2, 1/4), C = (– 1, 1/2), D = (0, 1), E = (1, 2), F = (2, 4) e G = (3, 8).

Para desenhar o gráfico, marque os pontos acima do plano cartesiano e desenhe uma
curva que os contenha. Atenção: os pontos não devem ser ligados com linhas retas, devem
estar sobre uma curva:

48
Função Logarítmica: chamamos de função logarítmica de base a , a função f de R+*
em R que associa a cada real x real o número real , isto é,

f: R+* → R
x→y= .
Exemplo:
f(x) = .
f(x) = .
f(x) = .
f(x) = .

As funções f de R+* definida por f(x) = em R e g de R em R+* definida por


g(x) = ; 0 < a ≠ 1, são inversas uma da outra.
O gráfico dessa função é uma curva obtida ao encontrar alguns pares ordenados que
pertencem à função e ao desenhar essa curva que passa por eles. Vale afirmar que: D(f) =
R+* e Im (f) = R.

49
Vamos consideram a função f(x) = e usaremos os valores para x, conforme
figura abaixo:

50
Marquemos então os pontos acima do plano cartesiano e desenhe uma curva que os
contenha. Atenção: os pontos não devem ser ligados com linhas retas, devem estar sobre
uma curva.

Exercícios propostos
1) De o domínio das funções logarítmicas:
a) f(x) = 1/2)
b) f(x) =
c) f(x) =
d) f(x) = .
e) f(x) = .
f) f(x) =
g) f(x) =
h) f(x) =

51
2) Construa os gráficos das funções reais:
a) f(x) =

b) y = 2 +

c) y =

d) f(x) = ( )

e) y = ( )

f) f(x) =
g) f(x) = -2x + 5
h) f(x) = -2 + 3x
i) f(x) = -2

j) f(x) =

k) f(x) = √
l) f(x) =
m) f(x) =
n) f(x) =
o) f(x) = –4

3) Obtenha a função do 1º grau na variável x que passa pelos pontos (0,1) e ( -3, 0):

a) y= x/3 b) y=-x/3 + 1 c) y= 2x
d) y= x/3 +1 e) y= -x
4 x 1
4) Seja a função f : R  R definida por f ( x)  . Calcule o elemento do
3
domínio de f cuja imagem é 5.
x2 + 1
5) 4) Seja f: IR*  IR a função definida por f(x) = . Qual o valor de
x

1
f(2) + f( )?
2

52
6) Na tabela abaixo temos a quantidade de ovos ( em dúzias ) e o preço a pagar.

Quantidade (em dúzias) Preço (em R$)


1 1,20
2 2,40
3 3,60
3,5 4,20
4 4,80
: :
x 1,20x

a) O preço a pagar é dado em função da quantidade de dúzias?


b) O que depende do quê?
c) Qual a variável independente?
d) Qual a variável dependente?
e) Qual é a regra que associa a quantidade de dúzias com o preço a pagar?
f) Qual é o preço de 9 dúzias de ovos?

7) O diagrama de flechas representa uma função f de A em B. Determine:

a) D (f) b) CD (f) c) Im(f)


d) f (3) e) f (5) f) x f (x) = 4

53
8) Explicite o domínio das funções reais definidas por:

1 x
a) f (x)  b) f (x)  c) y = x 2 + 1
x 6 x 9
2

1 1
d) f (x)  e) f ( x) 
x  4x  5
2 8 x

2 x
b) A imagem da função real f definida por f ( x)  é
2 x
a) R – {1} b) R – {2} c) R – {-1} d) R – {-2}

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6 – REFERENCIAS BIBIOGRÁFICAS

BOYER, Carl B. História da Matemática. São Paulo, Edgard Blucher/Edusp, 1974.


GENTIL, Nelson; SANTOS, Carlos A. M.; GRECO, Antonio C.; GRECO, Sérgio E.
Matemática para 2º grau. Editora Ática. Volumes I e III. 1997.
FLEMMING, Diva M. Cálculo A. Makron Books. 6ª edição. 2007.
GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo. Editora LTC. 5ª edição. Volume I.
2001.
www.somatematica.com.br. Acessado em: 09/11/2017.
http://m.mundoeducacao.bol.uol.com.br. Acessado em: 07/11/2017.
www.infoescola.com. Acessado em: 07 & 8/11/2017.

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