Esquizofrenia - Uma Revisão
Esquizofrenia - Uma Revisão
Esquizofrenia - Uma Revisão
Histórico
Subtipos
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Sintomas característicos
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Foram encontrados sintomas catatônicos entre 5 e 10% dos pacientes com es-
quizofrenia. Entretanto, esses sintomas não são específicos da esquizofrenia,
podendo ocorrer, sobretudo na mania (Pull, 2005).
A anedonia ou perda da capacidade de sentir prazer, foi proposta como
a característica central ou cardinal da esquizofrenia. A anedonia física abrange
a perda de prazeres como admirar a beleza do pôr-do-sol, comer, beber, cantar,
ser massageado. A anedonia social abrange a perda de prazeres como estar com
os amigos ou estar com outras pessoas. O embotamento afetivo foi considerado
comum, mas não onipresente, em pacientes com esquizofrenia, sendo também
comum em pacientes depressivos. Os déficits cognitivos foram relacionados
como características inportantes da esquizofrenia desde as descrições originais
de Kraepelin e Bleuler.
Pacientes com esquizofrenia demonstram um déficit cognitivo gene-
ralizado, ou seja, eles tendem a ter um desempenho em níveis mais baixos do
que controles normais em uma variedade de testes cognitivos. Eles apresentam
múltiplos déficits neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual com-
plexo, velocidade psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e
habilidades motoras, sensoriais e perceptuais. As alterações cognitivas seleti-
vas mais proeminentes na esquizofrenia incluem déficits em atenção, memória
e resolução de problemas.
Epidemiologia
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Teorias Etiológicas
Teoria Genética
A esquizofrenia é uma desordem hereditária. Possuir um parente com
esquizofrenia é o fator de risco mais consistente e significativo para o desen-
volvimento da doença. Uma relação clara pode ser encontrada entre o risco de
esquizofrenia e o grau de parentesco a uma pessoa com esquizofrenia. Muitos
estudos epidemiológicos mostram que indivíduos que possuem parentes em
primeiro grau com esquizofrenia possuem um risco aumentado em desenvolver
a doença. Embora as estimativas variem, a taxa de concordância para esquizo-
frenia em gêmeos idênticos é ao redor de 50 % e, para gêmeos dizigóticos, é da
ordem de 12 %, sendo significativamente maior que o 1 % de risco da popula-
ção geral. Por um lado, estes estudos demonstram a existência do componente
genético (quatro vezes maior a probabilidade em gêmeos monozigóticos do
que em dizigóticos), mas, por outro lado, também ressalta a participação do
componente ambiental na expressão da esquizofrenia, já que o esperado é te-
oricamente 100 % de concordância para gêmeos monozigóticos, pois a carga
genética é idêntica em ambos (Vallada Filho & Busatto Fillho, 1996).
Teorias Neuroquímicas
Embora existam várias hipóteses bioquímicas desenvolvidas para ex-
plicar a gênese da esquizofrenia, nos deteremos naquela referente a hiperfun-
ção dopaminérgica central, atualmente a mais bem investigada e mais aceita.
No entanto, sabe-se que além do sistema dopaminérgico, outros sistemas de
neurotransmissores centrais desempenham algum papel, sendo provável que
vários sistemas estejam envolvidos simultaneamente (Lieberman, Mailman,
& Duncam, 1998).
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A hipótese dopaminérgica
A teoria dopaminérgica da esquizofrenia foi baseada na observação de
que certas drogas tinham habilidade em estimular a neurotransmissão da do-
pamina (DA). Constatou-se que a droga psicoestimulante anfetamina, quando
administrada em doses altas e repetidas, causa uma psicose tóxica com carac-
terísticas muito semelhantes às da esquizofrenia paranóide em fase ativa. A
semelhança é tão grande, que pode levar a erros diagnósticos, caso o psiquiatra
ignore que o paciente tenha ingerido anfetamina. Sabe-se que essa droga atua
nos terminais dopaminérgicos aumentando a liberação de DA, além de impe-
dir sua inativação na fenda sináptica, por inibir o mecanismo neuronal de re-
captação existente na membrana pré-sináptica. Assim, é possível que os sinto-
mas esquizofreniformes - grande agitação psicomotora, alucinações auditivas,
e idéias delirantes do tipo persecutório - sejam devidos ao excesso de atividade
dopaminérgica determinado pela anfetamina. Com efeito, essas manifestações
cedem rapidamente após a administração de neurolépticos bloqueadores dos
receptores dopaminérgicos, sobretudo do tipo D2, ricamente distribuídos nos
gânglios da base e áreas mesolímbicas. Além disso, alguns pacientes parkinso-
nianos tratados com L-DOPA, que aumenta a formação de DA, desenvolvem
sintomas psicóticos semelhantes. Sabe-se ainda que o efeito antipsicótico de
drogas como a clopromazina e o haloperidol deve-se a ação dessas drogas em
bloquear a atividade dopaminérgica (Graeff, 1989, 2004).
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Alterações Estruturais
Por volta da metade da década de 1970, diversos estudos utilizando a
recém-desenvolvida técnica de tomografia computadorizada (TC) de crânio
passaram a detectar sinais consistentes de atrofia cerebral, incluindo alarga-
mento dos ventrículos cerebrais (mais pronunciado em cornos posteriores) e
aumento de sulcos corticais numa proporção considerável de pacientes esqui-
zofrênicos crônicos e agudos, independentemente de fatores não-específicos
como idade, uso de neurolépticos e eletroconvulsoterapia (ECT). Os achados
pioneiros de TC de crânio renovaram também o interesse em estudos patoló-
gicos post-mortem em cérebros de esquizofrênicos, e, com os avanços meto-
dológicos nesta área, novas evidências começaram a surgir. Estudos recentes
sugerem que os cérebros de alguns pacientes esquizofrênicos são mais leves
e menores em comparação a indivíduos normais. Além disso, alterações cere-
brais mais localizadas têm sido identificadas. As áreas mais consistentemente
implicadas têm sido as porções mediais dos lobos temporais, sobretudo hi-
pocampo e giro para-hipocampal. Diminuições de volume em áreas frontais,
tálamo, gânglios da base e corpo caloso têm sido também sugeridas. A des-
coberta de alterações estruturais nos lobos temporais mediais tem despertado
particular interesse. A idéia de que alterações nestas áreas estão relacionadas
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Teorias Psicológicas
A partir da década de 40, teorias psicológicas tentando explicar a es-
quizofrenia a partir de relacionamentos familiares patológicos e padrões de
comunicação interpessoal aberrantes ganharam força, influenciando certas es-
colas do pensamento psiquiátrico. Em 1948, Fromm-Reichmann introduziu a
idéia da “mãe esquizofrenogênica”, observando que determinados padrões de
comportamento materno, incluindo hostilidade e rejeição, pareciam ser fre-
qüentes em mães de pacientes que desenvolviam esquizofrenia, entretanto a
falta de comprovação empírica fez com que caísse em desuso.
Mais recentemente, os avanços metodológicos que tanto têm contri-
buído para o apuro dos critérios diagnósticos de esquizofrenia e para o es-
clarecimento das bases biológicas da doença, passaram também a ser apli-
cados na investigação dos aspectos psicossociais associados à mesma. Duas
frentes em particular têm demonstrado, de forma convincente, que, se fatores
psicossociais não estão primariamente relacionados com a etiologia da doen-
ça, certamente influenciam a forma de aparecimento e o curso dos sintomas
esquizofrênicos.
Uma destas correntes diz respeito ao ambiente familiar de pacientes
esquizofrênicos. O conceito de emoção expressa (EE) tornou-se particular-
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mente importante nesta área, sendo usado para definir determinados tipos de
atitudes hostis ou do excesso de envolvimento emocional por parte de familia-
res de esquizofrênicos. Estudos utilizando metodologia adequada, (entrevistas
bem estruturadas) para avaliar a presença destas atitudes, têm demonstrado
que altos índices de EE na família aumentam significativamente a taxa de re-
caída e reinternação hospitalar de esquizofrênicos. Apesar do mecanismo pelo
qual a EE leva a recaída ser ainda desconhecido, os achados anteriores têm
implicações fundamentais não só para o esclarecimento da relação fatores psi-
cossociais versus sintomas esquizofrênicos, mas também para a formulação
de estratégias terapêuticas e psicoeducativas visando a prevenção de recaídas
(Brown, Birley, & Wing, 1972).
A Segunda corrente atual de pesquisa na área relaciona-se com o es-
tudo da influência de “eventos estressores psicossociais” no curso da doença.
Sabe-se que o curso de diversas doenças de clara etiologia biológica pode ser
influenciado por “eventos estressores psicossociais” como perda de familiar
próximo, mudança de moradia, exames escolares etc. Estudos recentes inves-
tigando a influência destes life-events no curso da esquizofrenia sugerem que
pacientes esquizofrênicos podem apresentar pioras sintomatológicas diante
deste tipo de estresse (Zubin & Spring, 1977).
Diversos modelos têm procurado integrar os aspectos psicossociais
descritos anteriormente aos aspectos biológicos da etiologia da esquizofrenia.
Dentre estes, o modelo da “vulnerabilidade versus estresse” parte do princípio
que pacientes esquizofrênicos apresentam uma vulnerabilidade para a doença
de caráter biológico (genética e/ou decorrentes de insultos ambientais preco-
ces), mas reconhecem também que o deflagrar dos sintomas pode ser dire-
tamente influenciado pelo grau de estresse psicossocial ao qual o indivíduo
é submetido. Dentro deste prisma, forma, intensidade e curso dos sintomas
esquizofrênicos são vistos como um balanço entre o grau de vulnerabilidade
biológica do paciente e a intensidade de estresse ambiental. O modelo “vul-
nerabilidade – estresse psicossocial” integra aspectos biológicos e psicosso-
ciais da doença, e justifica a necessidade de uma abordagem mais global ao
tratamento do paciente esquizofrênico, levando em conta não só a eliminação
dos sintomas, mas também o controle e prevenção de fatores ambientais es-
tressores.
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Tratamento
Antipsicóticos Típicos
Foi em meados do século XX que se iniciou uma profunda transfor-
mação no setor da Medicina que trata das chamadas doenças mentais. Ela
ficou conhecida como a Revolução Farmacológica da Psiquiatria, pois se de-
veu basicamente à introdução dos medicamentos psicoterapêuticos, capazes
de melhorar consideravelmente o estado de muitos pacientes portadores de
alterações acentuadas de diversas funções psicológicas e perda do juízo da
realidade. Em Psiquiatria, tais desordens são denominadas psicoses. O termo
psicose descreve transtornos psiquiátricos graves, geralmente de origem des-
conhecida ou idiopática (funcionais). Nestes quadros são encontrados, além
de alterações do comportamento, incapacidade de pensar coerentemente e de
compreender a realidade. A orientação e a memória estão conservadas, apesar
do comprometimento do pensamento e das emoções (Wyatt, 2001).
Até o início dos anos cinqüenta, os recursos de que se dispunha para
tratar os doentes psicóticos eram muito limitados e a única solução era confi-
ná-los em grandes hospitais ou asilos, de onde muitos não podiam mais sair. O
fator fundamental dessa mudança foi a introdução dos medicamentos antipsi-
cóticos, também conhecidos como neurolépticos, ou tranquilizantes maiores.
A descoberta dos neurolépticos, no ano de 1952, marca o início da
Psicofarmacologia contemporânea. Nessa época, o cirurgião francês Henri
Laborit utilizava uma mistura de drogas, que denominava “coquetel lítico”,
para abrandar reações neurovegetativas de pacientes submetidos a cirurgias
prolongadas realizadas a baixas temperaturas – a assim chamada “hibernação
artificial”. Desta mistura participava o composto anti-histamínio prometazina.
Ao observar os efeitos de seu análogo químico, clorpromazina, Laborit notou
que os pacientes ficavam em estado peculiar, que passou a ser conhecido como
síndrome neuroléptica, caracterizada por indiferença emocional, sem diminui-
ção importante da vigilância. Esta observação casual despertou a curiosidade
de Laborit, que sugeriu a dois colegas psiquiatras, Jean Delay e Pierre Deni-
ker, o uso experimental da droga em pacientes mentais. Como conseqüência,
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VIAS
VIAS FFUNÇÕES
UNÇÕES
Efeitos colaterais
Além do efeito terapêutico, os neurolépticos causam efeitos colaterais
típicos. Como vimos, a via dopaminérgica nigroestriatal participa da regula-
ção da atividade motora. Por bolquearem receptores dopaminérgicos estriatais,
os antipsicóticos típicos podem produzir o aparecimento de efeitos adversos
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Antipsicóticos Atípicos
Atualmente, os esforços concentram-se na busca de antipsicóticos
com menos efeitos extrapiramidais e que sejam eficazes no tratamento dos
sintomas negativos da esquizofrenia, denominados antipsicóticos atípicos, a
exemplo da clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona e mais
recentemente o aripiprazol.
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Tratamento Psicoterápico
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cas, que sabidamente influem na doença – devem ter efeito similar no modelo.
A validade fenomenológica requer isomorfismo sintomático entre a doença e
o modelo. Por último, a validade por constructo, o nível mais alto de valida-
ção, requer a existência de constructos teóricos que relacionem o modelo e a
fisiopatologia da doença. A validação resultaria da definição da variável a ser
estudada e da integração dela aos dados comportamentais, evolutivos, neuro-
patológicos e farmacológicos.
As dificuldades próprias de um modelo de esquizofrenia que abranja
toda a complexidade da doença parece irrealizável. A esquizofrenia provavel-
mente tem múltipla etiologia, envolvendo interações entre fatores genéticos e
ambientais e produzindo complexa disfunção nervosa. Além disso, envolve
funções superiores, como abstração e linguagem, impossíveis de serem aces-
sadas em animais. Talvez, por isso as tentativas de modelos experimentais cau-
saram pouco impacto e algum ceticismo.
A impossibilidade de reproduzir experimentalmente todo o fenótipo
da esquizofrenia, entretanto, está longe de indicar que se deva abandonar esse
campo de pesquisa. Os pesquisadores estão mudando do foco holístico para
modelos de fenótipos quantitativos, chamados também de endofenótipos ou
traços intermediários e pela respectiva manipulação de seus correlatos expe-
rimentais, feita por intervenções específicas (ex. farmacológicas, cirúrgicas,
genéticas) na busca de um mecanismo comum para estes endofenótipos (Sal-
gado, Hetem, & Sandner, 2006).
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bressalto causada pelo pulso. A abolição da IPP poderia ser explicada, portan-
to, pela incapacidade para prestar atenção ao pré-pulso, de tal modo que po-
deria ocorrer em todas as condições que incluem prejuízo atencional. Mesmo
não sendo específico da esquizofrenia, a IPP se relaciona a uma propriedade
cognitiva que está na origem da doença ou que a compõe. Pacientes com es-
quizofrenia exibem déficits nestas respostas correlacionados entre indivíduos
com sintomas cognitivos centrais incluindo desordem do pensamento e déficit
atencional e com sintomas comportamentais incluindo sintomas positivos e
negativos (Rosa et al., 2004).
O modelo da IPP tem sido sistematicamente utilizado para investigar
os substratos neurais e farmacológicos relacionados à esquizofrenia (Silva,
Sandner, & Brandão, 2005).
Déficits similares na IPP podem ser reproduzidos em ratos por ma-
nipulações farmacológicas, através da estimulação de receptores dopaminér-
gicos D2, por anfetamina ou por apomorfina ou pelo bloqueio de receptores
N-metil-D-aspartato (NMDA) (Geyer, Thomson, Braff, & Swerdlow, 2001).
Inibição latente
A inibição latente (IL) é tradicionalmente definida como o “retardo”
na aprendizagem associativa normalmente manifesta por um organismo quan-
do um estímulo neutro é inicialmente apresentado desacompanhado de qualquer
conseqüência e em seguida utilizado como estímulo condicionado. Em outras pa-
lavras, a IL consiste em um decréscimo na capacidade de adquirir uma nova asso-
ciação quando o organismo foi previamente exposto ao “estímulo a ser condicio-
nado”. Esse decréscimo tem sido atribuído a uma variedade de mecanismos que
reduzem a atenção ao estímulo pré-exposto (Lubow, Weiner, & Feldon, 1982).
A IL ocorre em várias espécies, inclusive no homem, e parece ter a fun-
ção de proteger o organismo de estímulos sem significado para a sua sobrevivên-
cia. Como o organismo está recebendo, a todo momento, uma enorme quanti-
dade de estímulos provenientes do meio, a IL funciona como um mecanismo de
seleção de estímulos. Dessa forma, os estímulos irrelevantes não interferem no
comportamento do organismo, sendo rapidamente desconsiderados e deixando
o sistema livre para processar informações que possam ser relevantes e significa-
tivas para o organismo (Brandão, Troncoso, Melo, & Sandner, 1997).
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Habituação
Habituação é a redução de respostas a um estímulo, quando este ocorre
sem conseqüências, repetidas vezes. É facilmente testada em seres humanos e
animais de laboratório. Trata-se de uma das formas mais simples de aprendi-
zagem implícita e parece alterada em pacientes esquizofrênicos.
Hiperlocomoção e esteriotipia
Animais e indivíduos humanos sob efeito de anfetamina, fármaco que
pode produzir sintomas psicóticos, exibem hiperatividade motora e esterioti-
pia. Tais comportamentos podem ocorrer na esquizofrenia, sobretudo o com-
portamento esteriotipado e as perseverações, embora possa ocorrer também a
redução da atividade motora.
Interação social
O isolamento social é um dos sintomas negativos que aparece com mui-
ta freqüência e cedo no curso da esquizofrenia. Modelos para estudar a intera-
ção social em animais de laboratório, sob o efeito de fármacos psicotomiméti-
cos, têm sido tentados, mas são limitados pela forte diferença com a interação
humana, imposta pelo papel da linguagem nesta última. Os testes consistem,
em geral, na medida da distância média entre os indivíduos ao longo do dia.
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Perspectivas
A esquizofrenia é a patologia que mais desperta atenção e interesse
em psiquiatria, e também a que mais exaustivamente tem sido estudada, em
inúmeros de seus aspectos e sob diferentes pontos de vista pelo fato de ser um
transtorno cerebral grave, duradouro e debilitante.
No estudo etiológico da esquizofrenia, é desejável o esclarecimento
de dois aspectos. De um lado é necessário determinar como uma alteração
discreta e de causas variadas no desenvolvimento do sistema nervoso pode
converte-se em um conjunto característico de endofenótipos. Por outro lado,
além das alterações que predispõem a doença, é necessário apontar os fatores
do ambiente do qual o sistema nervoso sofrerá o efeito patogênico, seja o am-
biente interno ao corpo, seja o ambiente externo.
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