Registrar Música

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ECAD vai dividir o dinheiro arrecadado na divulgação publica da minha musica.

Ele vai dar o meu dinheiro para uma associação que eu estivir vinculado (UBC) e ela me
dará.
Nik Guetfild (Diretor da emaipone, sony):
Voce precisa fazer muito barulho por você mesmo.
Certifique que você tem uma exelente presença digital, faça lançamentos de forma regular
e também tenha uma presença off-line.
Distrokid
Site que divulga sua musica. 20 dolares por ano.
‘‘Só o tempo dirá como seremos lembrados’’

Como registrar uma versão de obra internacional, ou uma paródia?


Para registrar uma versão de uma obra internacional, ou uma paródia, você deve deixar
claro que não é o autor da obra original (letra e melodia), mas sim autor de uma versão.
Por isto, é fundamental que você tome certos cuidados para registrar uma versão. O não
cumprimento destas disposições pode resultar no cancelamento de seu registro, além de
outras consequências que podem lhe prejudicar.

O primeiro cuidado é que, no título da obra, você informe que se trata de uma versão. Por
exemplo: “Título: Canção de Amor (Versão de The Love Song – J. Smith)”. Neste exemplo,
“J. Smith” é o autor da obra original. O segundo cuidado é incluir em “Informações
Adicionais”, ou em “Letra” se não couber, esta mesma informação, de que trata-se de uma
versão (ou paródia) de obra original de terceiro. O último e importante cuidado é para que
você não disponibilize a audição e nem o download do arquivo de áudio enviado por você,
a menos é claro, que você tenha uma autorização por escrito dos detentores dos direitos
da obra original que lhe permita fazer isso. Desta forma você protege seus direitos de
versionista através de nosso serviço, sem ferir os direitos de terceiros.
DICAS TRATORE: COMO
DISTRIBUIR UMA VERSÃO EM
PORTUGUÊS DE UMA
OBRA ESTRANGEIRA?
Quando um artista regrava a obra de outro e disponibiliza a releitura nas
plataformas digitais, existem alguns cuidados a tomar para que o autor e a
editora recebam suas devidas partes. Mas e em uma versão em português de
uma obra estrangeira, como isso funciona? O blog da Tratore explica como:

Quando é feita uma versão de uma canção para outro idioma, surge a figura
do autor-versionista. Essa é a denominação para quem faz a transposição da
obra original para a adaptada. O autor-versionista é considerado, para todos os
efeitos, uma figura secundária em relação aos autores originais.
Segundo a lei brasileira de direitos autorais, versões de músicas só podem ser
comercializadas mediante aprovação do autor original. Ou seja, se você fez
uma adaptação de uma canção estrangeira, é necessário contatar a editora
que administra a obra para que ela encaminhe sua versão ao compositor para
aprovação.

Se a obra for aprovada, você tem direito a ser citado publicamente como autor-
versionista e receber até 16,66% da arrecadação autoral sobre execuções
públicas, downloads e streams da sua versão. Se a obra original estiver em
domínio público, a lei de direito autoral continua valendo nos mesmos termos:
você detém a parcela de direitos como autor-versionista dentro do período
usual de proteção (até 70 anos após a morte do último autor), mas não precisa
pedir autorização a nenhum responsável.
No entanto, há o caso de a sua versão não ser aprovada pelo compositor
original, e nessa situação, não há nada que possa ser feito, uma vez que o
autor é soberano sobre sua obra. Você fica impedido de comercializar uma
versão negada pelo compositor e pode responder legalmente sobre eventuais
usos públicos indevidos.

Todo esse procedimento é válido caso você queira constar legalmente como
autor-versionista da canção e receber a porcentagem autoral da faixa. No
entanto, se essa questão não for tão relevante para você diante do lançamento,
é possível tratar a faixa como uma releitura comum, pedindo apenas as
licenças de regravação da obra nos contextos em que forem necessárias. Você
terá a obrigação de manter a obra com o título original e os compositores e
editoras ficarão com toda a arrecadação autoral, mas o processo é bem mais
rápido e menos burocrát

DICAS TRATORE: QUERO REGRAVAR UMA MÚSICA,


E AGORA?

Você está preparando um álbum e planeja incluir a regravação de uma música


composta por um artista conhecido? Saiba que os detentores dos direitos
autorais (editoras e autores) devem ser pagos pelo uso da obra. Existem
alguns procedimentos-padrão para obter essa autorização e, caso você vá
distribuir sua música com a Tratore, podemos lhe ajudar com essas liberações.

Saiba mais sobre o processo de licenciamento para regravação abaixo:

1. Saiba quem detém os direitos sobre a obra


Para saber com quem negociar, é necessário buscar a editora da obra ou
conferir se é administrada por um compositor direto. A editora atua como
representante do autor e da obra para fins burocráticos, financeiros e relações
de mercado, em troca de parte da arrecadação.

Alguns dos locais em que se pode consultar a situação cadastral de obras


musicais são as oito entidades arrecadadoras ligadas ao Ecad. Uma das que
tem um banco de dados aberto e altamente acessível é a UBC, em que se
pode fazer uma busca por título da obra, nome do autor e intérprete. Os
resultados incluem autores representados por outras associações e obras
estrangeiras. Acesse e consulte: www.ubc.org.br/consulta
Outra associação que possui um bom banco de pesquisa é a Abramus, mas é
necessário fazer um cadastro rápido antes de consultar: portal.abramus.org.br
Mais uma possibilidade de consulta é a partir do ISWC (International Standard
Musical Work Code), código internacional que representa uma criação musical
e não um fonograma, como o ISRC. Esse código é gerado a partir do cadastro
da obra no Ecad. Para consultar, acesse o site: http://iswcnet.cisac.org/logon.do
No entanto, essas instituições não asseguram que todas as obras em
circulação estarão registradas lá, pois dependem da inclusão voluntária dos
dados por autores e editoras.

2. Faça contato
Sabendo quem representa legalmente a obra, você deve entrar em contato e
pedir o licenciamento da canção. Existem dois tipos de autorização envolvidos
nesse processo, que são o da gravação em si e o da venda do fonograma.

3. Regravação no digital x Regravação em álbum físico


No caso de trabalhos apenas digitais, é possível colocar faixas no ar sem
autorização prévia das editoras, mas tal situação não é aconselhada. Apesar
de as editoras e compositores receberem de forma direta das plataformas em
todo caso — isso se as informações estiverem corretas no cadastro –, a lei
brasileira coloca que o autor é soberano sobre sua obra e, caso não haja
acordo de antemão, o criador e seus associados podem pedir a exclusão
imediata da sua gravação nas lojas digitais a qualquer momento. Para que seu
fonograma não fique em uma posição vulnerável, o ideal é solicitar uma
autorização prévia da obra.

No entanto, caso você use a canção em um disco físico, é sempre necessária


uma negociação e um pagamento prévio aos detentores da obra. O cálculo é
feito a partir da estimativa do valor da faixa em relação ao preço total de venda
do CD ou vinil, dentro da tiragem a ser produzida. E as fábricas de discos
sempre exigem do produtor fonográfico as autorizações dos autores originais
para produzir as mídias.

Caso você vá distribuir sua música com a Tratore, podemos ajudar nesse
processo, assumindo a responsabilidade de liberação com as editoras por um
preço de convênio. Isso só é possível quando a Tratore vai ser a responsável
por toda a distribuição física e digital durante toda a vida daquela tiragem do
CD. O valor médio de autorização por faixa para a prensagem de CD físico
está por volta de R$ 250 para uma tiragem de mil CDs, mas nem todas as
editoras fecham a negociação neste padrão. Além deste valor a Tratore cobra
uma taxa para o trabalho de pedir e recolher as taxas todas aos titulares. O
valor está sempre aplicado à tiragem, então, se você precisar fazer um novo
lote de CDs, é necessário pedir autorização novamente aos autores e editoras.
Novamente, como dissemos acima, no caso de distribuição de música digital
em grandes sites de venda ou streaming quem paga estes direitos são as lojas
digitais — não o artista que gravou a música, nem a Tratore.

DICAS TRATORE: MINHA MÚSICA


CONTÉM UM SAMPLE, COMO
DEVO DISTRIBUÍ-LA?
Os samples, ou amostras de áudio, são um recurso de produção presente na
música popular há várias décadas. Com o avanço tecnológico, seu uso é cada
vez mais difundido, possibilitando a criação de faixas sofisticadas tanto em
ambientes profissionais quanto em produções caseiras. Mas há alguns
cuidados a tomar quando for utilizar uma gravação de outro artista na produção
da sua faixa.

Se você usar um trecho reconhecível de uma música de outro artista, é


recomendado pedir a liberação do uso da obra e do fonograma. Os dois
assuntos devem ser tratados separadamente: a obra com a editora original
(que pode ser o próprio artista, caso gerencie seu catálogo) e a gravação com
o produtor fonográfico (que pode ser a gravadora, selo ou o próprio artista, se
for o dono da gravação). Se você fizer uma citação à música mas não
utilizando a gravação original, você deverá pedir autorização somente à
editora. Dependendo da forma como a nova canção estará disponível ao
público, essas partes responsáveis podem pedir uma compensação prévia.
Elas também podem se reservar ao direito de negar o uso da canção para
aquele fim.
Quando sua faixa estiver disponível em streaming, a editora original poderá
receber direto das plataformas a parte que lhe couber sobre a arrecadação,
mas isso se estiver listada entre as editoras no cadastro feito com a
distribuidora digital. Já o detentor do fonograma deverá ser pago diretamente
pelo artista ou responsável a partir do que ele receber da distribuidora.

Não é necessário apresentar ao agregador a documentação de liberação para


distribuir a faixa digitalmente, mas é bom ter em mente que não negociar com
os criadores originais pode resultar em problemas e prejuízos. A editora ou o
produtor fonográfico poderão pedir a retirada imediata do produto em todas as
lojas digitais por violação de direitos autorais. Caso a faixa também esteja em
produtos físicos, poderão solicitar o recolhimento de todos as peças do
mercado, obrigando o artista a retirar a faixa ou o sample da música nas
próximas tiragens caso não se chegue a um acordo.

DICAS TRATORE: O QUE FAZ


UMA EDITORA?
No mercado da música, existe um ente que cuida especialmente dos direitos
sobre a composição: a editora. Mas o que ela faz por um autor? E, no caso
dos autores que não têm editora, o que fazer para que suas obras estejam
devidamente legalizadas e passíveis de arrecadação correta?
O termo “edição” (ou publishing), no mercado da música, diz respeito à administração
de uma obra musical. Segundo a lei brasileira, uma composição não precisa de registro
para ser protegida como propriedade intelectual durante o tempo de vida do autor mais
70 anos. Mas, de toda forma, a editora pode garantir que o uso comercial de sua obra
seja feito de forma adequada.
É a editora que lida com todas as questões de representação legal e financeira do direito
autoral, garantindo o recebimento sobre todas as formas de uso e execução. Em segundo
lugar, a editora pode subir o patamar da sua obra no relacionamento com o mercado,
intermediando acordos de uso da música, como, por exemplo, em TV e cinema — isso
chama-se sincronização e não é de atuação exclusiva das editoras. A Tratore tem uma
empresa-irmã chamada Kiwiii, dedicada apenas a esse tipo de licenciamento.
Toda a questão sobre ter ou não editora é o balanço entre exposição maior da obra (e,
possivelmente, mais dinheiro circulando com a música) versus a cessão de parte dos
direitos, da arrecadação e da autonomia de uso da obra. Um autor editado não pode,
antes de consultar a editora, deixá-la disponível para download gratuito ou liberá-la para
que parceiros a monetizem em um vídeo no YouTube, uma vez que as composições
também passam a ser ativos co-geridos pela empresa.

De toda forma, a editora não é elo estritamente necessário na relação comum do


mercado independente. Se você não tem editora, você é um autor direto e, caso esteja
representado em todas as instâncias necessárias, consegue receber pela execução de suas
obras. A maioria dos artistas independentes do Brasil faz a gestão direta de 100% dos
seus catálogos.

Em relação a execução pública (shows, rádio etc.), o ECAD é o responsável pela


arrecadação. Para receber, é necessário ser filiado como autor a uma entidade
como UBC, Abramus e outras cinco, e nela cadastrar suas obras. O pagamento do
autoral é feito diretamente ao compositor, de acordo com o calendário da entidade.
Em relação à arrecadação autoral no ambiente digital, a maior parte das plataformas
pagam os valores devidos à União Brasileira das Editoras de Música (UBEM). No
entanto, a maioria dos autores diretos não consegue representação dentro da entidade.
Para isso, a Tratore desenvolveu o acordo DigiTratore, que permite que representemos
sua obra distribuída conosco e busquemos quaisquer valores retidos junto à UBEM.

DICAS TRATORE: O QUE É


DOMÍNIO PÚBLICO?
Ouvimos falar que a obra de Noel Rosa está em domínio público e, por isso,
não é necessário pedir autorização de ninguém para seu uso. Mas o que
exatamente significa domínio público? A partir de quanto tempo ele começa a
vigorar? Serve para todo tipo de criação artística e circunstância?

Domínio público é um termo usado para quando determinado trabalho criativo


deixa de ser protegido pelas leis de propriedade intelectual. A partir de certo
tempo após o seu lançamento ou a morte do autor, a obra passa a pertencer à
sociedade, e não aos herdeiros ou representantes de seus autores. Desse
modo, qualquer um pode usá-la sem pedir permissão, mas ninguém pode
intitular-se dono ou recolher direitos em nome dela.
Essa regra também se aplica às obras criadas antes do advento das leis de
propriedade intelectual, como os catálogos de Shakespeare e Beethoven.

Dicas Tratore: Como proteger meus direitos autorais?


Cada território define suas regras de entrada em domínio público. No Brasil,
uma obra artística fica disponível para livre uso da sociedade depois de 70
anos da morte de seus autores. Por exemplo, a obra composta por Noel Rosa
sozinho já está em domínio público pelo fato de o compositor ter falecido em
1937. No entanto, suas obras em parceria com Vadico só serão de domínio
público em 2032, quando completam-se 70 anos da morte deste parceiro.

Em relação ao fonograma, a lei brasileira prevê sua entrada em domínio


público a partir de 70 anos de sua primeira fixação em disco.

Dicas Tratore: Saiba a importância do ISRC


Outros países têm regras diferentes. O Reino Unido previa 50 anos como o
tempo-base de entrada em domínio público, mas mudou recentemente com o
risco iminente de gravações dos Beatles (e de outros artistas da mesma
geração) adentrarem o critério. No entanto, há o caso específico da obra “Peter
Pan”, que nunca entrará em domínio público no território inglês, pelo fato de
sua arrecadação autoral ser destinada por lei à manutenção de um hospital
infantil.

Nos Estados Unidos, há diversas peculiaridades: todas as obras publicadas


antes de 1922 estão em domínio público. Obras publicadas entre 1922 e 1978
são protegidas por 95 anos, e obras publicadas posteriormente são protegidas
durante o tempo de vida de seus autores mais 70 anos.

Dicas Tratore: Quero regravar uma música, e agora?


Quando você utilizar uma obra que está em domínio público, preste atenção na
abrangência do território de distribuição, para que não venha a infringir
nenhuma lei em um país no qual a canção ainda é protegida pela lei de
propriedade intelectual.

Um exemplo é “Summertime”, de George Gershwin, um sucesso na voz de


Janis Joplin. A canção está em domínio público no Brasil pelo fato de o
compositor ter falecido em 1937. No entanto, “Summertime” ainda não está em
domínio público nos Estados Unidos, por ter sido publicada originalmente em
1935 e, por esse motivo, estar protegida até 2030.

De toda forma, o próprio criador pode definir o uso presente ou futuro de sua
propriedade intelectual, flexibilizando-a da forma como achar melhor, caso
detenha todos os direitos. Um exemplo é o uso do Creative Commons, pelo qual
é possível disponibilizar obras e definir para elas meios de uso gratuito, com ou
sem créditos ou a prévia autorização do criador.
DICAS TRATORE: QUAL É O
CAMINHO DO AUTORAL NAS
PLATAFORMAS DIGITAIS?
Muitos compositores não sabem, mas o pagamento autoral passa por
caminhos bem diferentes nos meios públicos e nas plataformas digitais — e
o ECAD não é o único responsável por repassar as somas devidas aos
criadores nos serviços de streaming. Saiba como garantir que você está
recebendo a totalidade a que tem direito sobre as suas composições:

Todos os meios oficiais de execução pública devem fazer pagamentos ao


ECAD sobre as músicas tocadas. Essa categoria abrange desde casas de
shows, canais de TV e estações de rádio a academias, lojas e consultórios
médicos. O órgão calcula o que deve ser arrecadado a partir do número de
pessoas potencialmente expostas àquela obra ou gravação. Para espaços
físicos, a área e a capacidade do lugar são levados em conta e, nos casos de
eventos fechados e casas de shows, o cálculo também pode ser feito sobre a
bilheteria.

Se uma música está sendo executada ao vivo, o ECAD recolhe apenas o


pagamento devido a autores e, caso haja, editoras. No entanto, se a trilha do
ambiente for a gravação original, o órgão também rateia o que for arrecadado
com o produtor fonográfico (responsável por emitir o código ISRC), o intérprete
e os músicos acompanhantes, cujos direitos são chamados “conexos”. A
entidade geralmente utiliza para esses fins um método de amostragem, no qual
levanta-se uma relação de músicas executadas em determinado período e faz-
se o pagamento aos responsáveis por aquelas obras e fonogramas. Qualquer
canção que não esteja nessa lista não tem sua execução remunerada.

Para receber do ECAD, os criadores e músicos precisam estar vinculados a


uma das sete associações arrecadadoras no Brasil, como compositores, intérpretes,
músicos acompanhantes e/ou produtores fonográficos.
Nas plataformas digitais, o processo é outro. Apesar de muitos
estabelecimentos comerciais utilizarem serviços de streaming para sonorização
do ambiente, essas lojas digitais não são, a rigor, espaços de execução
pública. Isso porque o próprio ouvinte é quem define o que pode escutar a
qualquer momento, além de o uso se dar por meio de uma conta pessoal. Por
esse motivo, as plataformas fazem esse pagamento autoral de outra forma: 10
a 15% do valor de cada play é destinado à editora ou autor antes mesmo dos
repasses ao selo/distribuidora, que intermedia o que diz respeito à gravação.
Por não tratar-se essencialmente de execução pública, não há repasse de
direitos conexos.

O que muda é quem administra esse pagamento autoral. Esse valor


geralmente não passa pelo selo/distribuidora, produtor fonográfico ou mesmo
pelo ECAD. Grande parte dos serviços de streaming encaminha esses valores
à UBEM (União Brasileira das Editoras de Música), entidade à qual estão
filiadas todas as principais editoras e catálogos mais rentáveis do mercado
brasileiro. O problema é que os autores diretos, que administram seus próprios
catálogos, não podem vincular-se a essa instituição, o que cria um fundo retido
ao qual esses compositores não têm acesso.
O que a Tratore faz para facilitar esse processo para os compositores diretos?
Por meio do acordo DigiTratore, podemos reivindicar esses valores em nome
dos autores e repassar quantias que não ficariam acessíveis de outra forma.
Também temos um acordo direto de autoral com o YouTube que possibilita
uma arrecadação facilitada para o artista. O pagamento referente a execução
pública continua chegando ao compositor diretamente por sua associação.
Com os últimos acontecimentos na justiça brasileira na parte de direitos
autorais, o ECAD passou a ser contemplado por algumas plataformas digitais,
como o Spotify. Mas, mesmo assim, a entidade não é responsável pelo
recolhimento da totalidade dos direitos de compositor no streaming — a UBEM
continua recebendo dessas mesmas plataformas. Quaisquer cálculos sobre
direitos autorais nesse meio, sejam específicos ou levando em conta toda a
produção fonográfica do país, devem considerar o que é arrecadado pela
UBEM. Outra questão possível de discussão nessa seara é como a entrada do
ECAD nesse fluxo também pode impactar negativamente o compositor, uma
vez que o método de cálculo e pagamento do órgão é, por vezes, obscuro e
impreciso.
Os autores diretos que têm seus trabalhos distribuídos nas plataformas digitais
precisam estar cientes dessa dinâmica do mercado da música, para que
busquem seus direitos e sejam remunerados da melhor forma possível.

DICAS TRATORE: COMO


PROTEGER MEUS
DIREITOS AUTORAIS?
Muito se fala da importância do registro de uma canção como forma de
proteção dos direitos autorais diante da ameaça de plágio. Mas o registro
realmente funciona em uma situação de processo na justiça? Como uma
canção de autor brasileiro pode estar realmente protegida no âmbito legal?

Para tirar essas dúvidas, conversamos com Fernando Yazbek, advogado


especializado em direito do entretenimento, diretor da editora Spin Music e
sócio da plataforma de sincronização Kiwiii.
Confira:

O registro de obras musicais no Brasil é obrigatório?


Pela lei brasileira, o registro não é obrigatório. Ou seja, o seu autor tem seus
direitos preservados mesmo se não registrá-la.

Qual é o procedimento legal correto para o registro de músicas no Brasil?


Em primeiro lugar é necessário entender que não existe no Brasil um sistema
de registro de obras similar ao copyright americano. O Escritório de Direitos
Autorais da Biblioteca Nacional recebe e cadastra obras musicais enviadas em
partitura, junto com a letra, se for o caso, e o formulário apontando a autoria da
obra. Esse depósito da obra na Biblioteca Nacional equivale a uma publicação,
mas não é nem uma prova definitiva de autoria e nem uma proteção absoluta
contra o uso indevido ou plágio. É uma modalidade de prova de autoria, para o
caso de uma discussão legal sobre a mesma. Essa prova pode ser feita por
todos os meios legais que vão desde o depoimento de testemunhas até as
publicações reais da obra. Então, no Brasil, a publicação da obra é o melhor
meio de indicar a sua autoria e de se constituir uma prova forte que proteja o
autor.
De qualquer forma, o ato de materializar a criação musical vinculando-a a um
autor e publicá-la em um produto formal, atrelado a uma data, cria uma prova
que indica que, em uma determinada data, uma pessoa se declara autora de
uma determinada obra que está materializada ou em uma gravação ou em uma
partitura. O CD ou a partitura na Biblioteca Nacional são as modalidades que
eu recomendo, apesar de as lojas digitais também registrarem a data do
recebimento do fonograma e servirem de referência em uma disputa judicial.

Ao editar a música ou cadastrá-la em uma entidade arrecadadora filiada ao


ECAD meus direitos estão protegidos?
Não, a publicação da obra constitui a melhor prova de autoria.

E quanto a emitir um código ISRC de uma gravação da obra, ajuda alguma coisa?
Não ajuda muito se o fonograma não for publicado. O ISRC em si só tem a
informação do título da música e autoria, mas não da música em si.

Que aspectos são levados em conta numa situação de litígio e que dicas você dá
para a proteção da obra?
Caso a obra não seja imediatamente publicada em CD, aconselho o depósito
da partitura na Biblioteca Nacional. Em uma disputa de autoria não só a
coincidência entre as obras são consideradas mas o conhecimento anterior
pelas partes da obra da outra parte e a intenção de plagiar.
DICAS TRATORE: SAIBA A
IMPORTÂNCIA DO ISRC
Se você vai fabricar um disco ou cadastrá-lo para distribuição digital, deve se
deparar com o pedido de inserção de códigos ISRC para suas gravações. O
que esses códigos representam em relação à sua música e qual é a
importância de quem os emite?

ISRC é uma sigla para International Standard Recording Code (inglês para
Código Padrão Internacional de Gravação). Esse código de 12 algarismos,
desenvolvido pela ISO junto à indústria da música, identifica o fonograma
específico, mas não a obra (composição e letra). Padronizado na indústria da
música desde a década de 1990, o ISRC é importante para a identificação
remota da gravação, do detentor de seus direitos e também para o rateio de
direitos conexos a partir da execução pública.
No número aplicado a cada fonograma, o código identifica, sequencialmente:

– o país em que o fonograma foi registrado (dois caracteres — BR, no caso do


Brasil);
– o produtor fonográfico, ou proprietário legal do fonograma perante o ECAD e
as outras organizações competentes (três caracteres, que podem incluir
números);
– o ano de produção (dois algarismos — 16, no caso deste ano);
– o número de série dentro do catálogo daquele produtor fonográfico (cinco
algarismos — se for o primeiro fonograma registrado no ano, inevitavelmente
será 00001).

No caso de o fonograma ser executado em uma rádio no exterior, por exemplo,


uma das formas de identificação é pelo ISRC. A sociedade de direitos autorais
local pode consultar o ECAD, que representa os fonogramas brasileiros, e
identificar o detentor do fonograma para repassar o devido pagamento
referente à execução pública.

Em relação aos direitos conexos, o sistema de emissão do ISRC, acessado


pelo produtor fonográfico, já calcula a média de porcentagem a ser recebida
por cada envolvido na gravação, que é identificado a partir de um número de
documento (CPF, no caso do Brasil) e só recebe se estiver filiado a uma
entidade arrecadadora de direitos autorais. A única porcentagem não calculada
automaticamente é a parte dos compositores, em que os próprios e suas
editoras definem os montantes.

Diferentes gravações, edições ou remixes da uma música devem ter números


distintos de ISRC. Se a mesma gravação tiver tempos diferentes em dois
lançamentos, cada versão deve ter seu código separado.

Para emitir o seu próprio código ISRC, é necessário ser filiado como produtor
fonográfico a uma entidade arrecadadora — UBC, Abramus e outras seis
organizações ligadas ao ECAD. Será fornecido um software para a emissão dos
códigos e os dados serão encaminhados ao ECAD para registro. Esse mesmo
número deverá ser passado ao engenheiro de masterização para inserção no
CD matriz do seu álbum, a partir do qual as cópias serão prensadas.
Se você vai fazer apenas a distribuição digital da sua música com a Tratore,
você pode nos pedir a inserção de um número de ISRC temporário, que irá
identificar a gravação nas plataformas digitais. No entanto, esse código deverá
ser trocado por um definitivo, emitido pelo produtor fonográfico de direito, assim
que possível. Esse procedimento de ISRC temporário não pode ser realizado
em CDs, uma vez que não há como trocar os códigos.
DICIONÁRIO TRATORE:
CONHEÇA 10 TERMOS
TÉCNICOS USADOS NO
MERCADO DA MÚSICA – PARTE 1
O ecossistema da música, como diversos outros mercados, possui vários
termos e jargões específicos. Para ajudar você a se familiarizar com esse
vocabulário, criamos o Dicionário Tratore, que vai elencar periodicamente dez
termos comuns e explicar o uso. Conheça nossos primeiros verbetes, em
ordem alfabética:
Associação: também conhecida como “sociedade de autor” ou “sociedade
arrecadadora”, o termo identifica uma das sete instituições ligadas
ao ECAD (saiba mais abaixo) que gerencia o recebimento dos direitos autorais
e faz repasses de execução pública a editoras e artistas no Brasil.
Nominalmente, são
elas: Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC. São as
associações que cadastram obras e fonogramas no ECAD e também autorizam
o produtor fonográfico a emitir o código ISRC de uma gravação. Cada
compositor, intérprete ou músico precisa estar filiado a uma dessas
associações para receber esses direitos.
Circulação: significa turnê, uma série de apresentações ao vivo que um artista
faz em diferentes localidades. O termo pode ser usado tanto para designar
shows consecutivos quanto para informar onde o artista tocou em um período
mais amplo (por exemplo, “nos últimos cinco anos, Fulano circulou por três
países e todas as regiões do Brasil”).
Copyright: ao pé da letra, o termo em inglês significa “direito de cópia”, em um
conceito alinhado ao que entendemos como direito autoral, mas com pequenas
diferenças vindas das definições jurídicas estado-unidense e brasileira.
Basicamente, o copyright é um direito intelectual que define as utilizações
dessa criação, como no caso de uma obra artística. Partes do copyright podem
ser cedidas a terceiros para administração sem prejuízo da autonomia do autor
sobre seus direitos. Por exemplo, como nos casos em que a Tratore reivindica
automaticamente a monetização de vídeos com fonogramas de determinado
artista no YouTube – mas o artista, quando detentor todos os direitos sobre
obra e fonograma, pode solicitar que a distribuidora não o faça.
ECAD: sigla para Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. É a instituição
responsável pelo recolhimento de direitos autorais de músicas para autores e
músicos nos casos de execução pública. É uma instituição privada criada pela
Lei 5.988/1973 e mantida pela Lei Federal 9.610/1998. A arrecadação acontece
em rádios, TVs, cinemas, casas de shows, clubes e toda sorte de
estabelecimentos comerciais. As obras executadas são identificadas a partir da
base de dados alimentada pelas associações e, então, direcionadas a elas
para pagamento dos artistas.
Editora: empresa que cuida de todas as questões legais, financeiras e
comerciais para seu catálogo de canções e artistas. Saiba mais aqui.
Execução pública: termo que define a exposição de uma obra artística a
diversas pessoas em um determinado ambiente público (por exemplo, clubes,
casas de shows e estabelecimentos comerciais) ou dentro da programação de
uma mídia de amplo alcance (TV, rádio, etc.).
Fonograma: termo que define a gravação de uma determinada obra musical. É,
portanto, um direito à parte da obra. O produtor fonográfico é o detentor dos
direitos sobre o fonograma, definido pelo código ISRC. Esse produtor
fonográfico pode ser o próprio artista (caso tenha financiado a gravação), um
selo ou gravadora. O ISRC também indica quem são os compositores,
intérpretes e músicos acompanhantes, para que sejam pagos em todas as
circunstâncias devidas.
Licenciamento: termo que define a autorização do artista ou de seu
representante direto para o uso de uma obra ou gravação em outra
circunstância artística (por exemplo, a regravação de uma música) ou
comercial (como o uso de letra, melodia ou gravação em uma propaganda,
trilha de TV, cinema, teatro, etc). A licença pode ser concedida sem custo ou
mediante o pagamento de algum valor. O artista ou seu representante direto
também pode definir na licença as circunstâncias específicas de uso da sua
propriedade intelectual, como território, tempo e afins.
Major: termo em inglês (lê-se mā’jər, ou mêijor) que define as chamadas
grandes gravadoras – hoje apenas três no mundo: Sony, Warner e Universal
Music.
Obra: termo que define uma composição musical que contenha melodia e letra,
ou apenas melodia. Pode ser interpretada de diferentes formas, e os
detentores dos seus direitos são os autores ou compositores. A editora protege
e trabalha os direitos sobre a obra, não sobre fonogramas.

DICIONÁRIO TRATORE:
CONHEÇA 10 TERMOS
TÉCNICOS USADOS NO
MERCADO DA MÚSICA – PARTE 2
O ecossistema da música, como diversos outros mercados, possui vários
termos e jargões específicos. Para ajudar você a se familiarizar com esse
vocabulário, criamos o Dicionário Tratore, que vai elencar periodicamente dez
termos comuns e explicar o uso. Conheça a segunda parte dos nossos
verbetes, em ordem alfabética:

Agregador: também conhecido como distribuidora, é a empresa que se


encarrega de colocar sua música à disposição do público nas plataformas
digitais de streaming e download, como a Tratore. O agregador pode assinar
contratos tanto diretamente com artistas quanto com selos, e seu principal foco
é garantir a presença dos produtos nas lojas digitais.
Álbum: lançamento que concentra 7 ou mais músicas ou tem duração total
superior a 30 minutos. Formato derivado do disco de vinil em 12 polegadas em
33 1⁄3 rotações, lançado em 1948, que continuou como prática mercado com o
CD e o digital.
Booker: também conhecido como agente, é o responsável por vender shows do
artista, sendo remunerado por uma porcentagem dos cachês ou por um valor
fixo periódico.
EP: lançamento que concentra entre 3 e 6 faixas, com duração inferior a 30
minutos.
Gravadora: empresa do mercado da música que concentra diversas ações
ligadas aos lançamentos de um artista, incluindo financiamento de gravações e
videoclipes, distribuição digital e física, marketing e promoção. Geralmente
torna-se a detentora dos fonogramas e fica com a maior parte da arrecadação
sobre as gravações, além de remunerar-se por outras frentes de carreira no
caso dos chamados contratos 360.
Manager: também conhecido como empresário, cuida dos assuntos
estratégicos da carreira de um artista. Esse profissional desenvolve o plano
geral de ações, supervisiona diferentes frentes e administra as principais
parcerias comerciais. É remunerado por uma porcentagem sobre os
rendimentos totais do músico ou banda.
Pauta: no mercado da música, a palavra pode ter diferentes entendimentos.
Um deles é ligado ao uso jornalístico do termo, no qual ganha o sentido de
assunto a ser publicado a respeito. Outro sentido é o do segmento de música
ao vivo, em que pauta significa a disponibilidade de um espaço para
apresentações, como no caso de teatros.
Pitch: apresentação rápida do trabalho de um artista (geralmente um
lançamento fonográfico ou um show) feita a jornalistas, curadores, editores,
produtores e outros parceiros comerciais, visando a ações conjuntas que
potencializem a visibilidade do trabalho em questão.
Selo: iniciativa do mercado da música que atua de maneira similar a uma
gravadora, mas com acordos menos estritos, quando dentro do mercado
independente. Pode envolver-se na produção do fonograma, na distribuição
digital e física e em ações promocionais ligadas ao produto, ou apenas em
parte dessas atividades. Geralmente seu catálogo tem um recorte específico de
gênero musical, e seus artistas beneficiam-se mutuamente da visibilidade
trazida por essa curadoria.
Single: lançamento composto de uma faixa avulsa ou com duas faixas. Formato
derivado do disco de vinil em 7 polegadas.
Sincronização: define o licenciamento de uma composição ou gravação para
um trabalho audiovisual, como no caso de TV, cinema ou vídeos para
publicidade. Os responsáveis pela obra e pelo fonograma são remunerados de
acordo com os termos de uso.

CONHEÇA A AMAZON MUSIC,


PLATAFORMA DE STREAMING
RECÉM-CHEGADA AO BRASIL
Presente no mercado brasileiro desde o fim de 2019, a Amazon Music vem
ganhando espaço entre as plataformas de streaming. Saiba mais sobre o
serviço:
Originada da Amazon MP3, loja legal de arquivos digitais, a Amazon Music
existe como plataforma de streaming desde o fim de 2016. Em pouco mais de
três anos de atividade, a plataforma já é o terceiro player global.
Seus principais impulsionadores de crescimento são o plano Prime da Amazon,
que inclui frete grátis e acesso ao catálogo exclusivo de séries e filmes, além
da expansão da assistente virtual Alexa, presente nos aparelhos Echo, e da
grande demanda por música em smartspeakers.
Assim como outros serviços de streaming, a plataforma também conta com
playlists editoriais voltadas a diversos gêneros musicais, climas (ou moods),
épocas e outros recortes, desenvolvidas por curadores brasileiros.

A plataforma oferece planos para duas categorias de usuário, Prime


e Unlimited. A diferença está no valor mensal a ser pago e no acesso ao
catálogo. Com o plano Prime (R$ 9,90/mês), o usuário tem acesso a 2 milhões
de músicas, enquanto no Unlimited (plano individual a R$ 16,90/mês) é
possível ouvir mais de 50 milhões de faixas. Também há as opções de plano
Família (ligado ao catálogo Unlimited, R$ 25,90/mês) e Echo (R$ 6,90/mês),
individual, voltado apenas a interações com o dispositivo de mesmo nome.
Acesse a plataforma: http://music.amazon.com.br

DICAS TRATORE: CONHEÇA O


YOUTUBE MUSIC
Lançado no Brasil e outros 21 países há apenas uma semana, o YouTube
Music é o novo serviço de streaming de música do Google. Já conhece os
recursos da plataforma? Saiba mais:
O YouTube Music é o sucessor do Google Play Música e integra tanto os
lançamentos presentes nas plataformas de streaming de áudio quanto
conteúdos disponíveis apenas no YouTube, ainda que tenham sido postados
por terceiros, como covers, shows e remixes. O único requisito para que um
vídeo esteja nas duas plataformas simultaneamente é que deve ser
classificado na categoria Música no momento do upload. Se estiver marcado
como Entretenimento ou qualquer outra rubrica, não aparecerá no YouTube
Music.
A plataforma pode ser acessada por meio de um aplicativo próprio para celular
e tablet ou pelo computador. Uma inovação que o aplicativo traz para os
usuários de dispositivos móveis é que, ao contrário do YouTube, os vídeos não
são mais interrompidos quando outro aplicativo entra em primeiro plano. Agora,
como em outros serviços de streaming de música, você poderá ouvir uma faixa
do seu artista favorito na plataforma ao mesmo tempo em que usa um
aplicativo de navegação no seu celular, por exemplo.

A interface do YouTube Music é dividida em três abas, com recomendações


personalizadas na primeira, clipes em alta na segunda e biblioteca de faixas e
artistas salvos (e baixados) na terceira. O novo aplicativo/portal também conta
com playlists curadas pela equipe editorial do Google, sugeridas de acordo
com o tipo de música que você mais ouve e as informações de geolocalização
que você compartilha. Se você estiver relaxando na praia, a plataforma poderá
sugerir playlists como a Beach Beats, ou outras que tenham a ver com seu
contexto.
Outra funcionalidade que a plataforma promete é um mecanismo de busca
inteligente, de modo que você não precisa buscar o que quer ouvir somente
pelo nome exato do artista ou o título da música. Você poderá postar um
pedaço de letra ou termos gerais sobre o videoclipe para encontrar o que
procura — por exemplo, a busca por “Tim Bernardes piano” resulta no videoclipe
de “Recomeçar” entre os principais resultados.
Caso queira acessar o serviço sem propagandas, você pode assinar o
YouTube Music Premium, que permite o uso irrestrito da plataforma com um
pagamento mensal de R$ 16,90. Também é possível assinar o plano família
por R$ 25,50, podendo vincular até seis usuários. Assinantes do Google Play
Música em todos os países recebem automaticamente o acesso ao YouTube
Music Premium.

Quer conhecer o YouTube Music agora? Busque o aplicativo na App Store ou


na Play Store, ou acesse: http://music.youtube.com
DICAS TRATORE: COMO
FUNCIONA A ARRECADAÇÃO DE
MÚSICA DIGITAL?
Com o streaming ganhando cada vez mais espaço no mercado, muitas dúvidas
surgem sobre essa forma de consumo de música e sua arrecadação. A Tratore
preparou para os interessados um texto em tópicos, explicando algumas das
perguntas mais frequentes, incluindo:

 O que é streaming, afinal?


 As pessoas estão consumindo mais streaming do que download?
 Quais são as principais plataformas?
 De onde vem a arrecadação do streaming?
 Como é o rateio dessa arrecadação?
 Quais são os valores nominais que o artista recebe pelo streaming?
 Como o compositor recebe pelo streaming?
Leia mais abaixo:

O que é streaming?
O streaming é um fluxo de dados multimídia, transmitido via Internet, que é
reproduzido conforme chega ao usuário. A qualidade da reprodução depende
da quantidade de dados suportada pela rede local. Com uma boa conexão de
Internet, a música desejada (ou o conteúdo audiovisual escolhido) pode ser
acessada a qualquer momento, desobrigando o usuário a tê-la guardada em
seu computador, celular ou tablet, como acontece com o download.
As pessoas estão consumindo mais streaming do que downloads hoje?
Sim. Os números de todas as plataformas mostram uma mudança gradual de
hábitos de consumo do público. Nota-se um crescimento contínuo no número
de streams em diferentes plataformas versus uma leve (mas progressiva)
queda no número geral de downloads.
Por que isso acontece? Qual é a importância de ter minha música disponível nessas
plataformas de streaming?
São muitos os motivos, mas um dos principais é o fato de as plataformas de
streaming oferecerem ao público o acesso imediato e gratuito (ou por preços
módicos) a um amplo catálogo de títulos independentes e de gravadoras.
Dessa forma, o contato do apreciador com obras diversas (incluindo a sua) fica
mais fácil, assim como a descoberta de novos artistas e de raridades de
diferentes estilos e culturas.
Quais são os principais serviços de streaming hoje?
Spotify, Deezer, Tidal e Apple Music estão entre os principais. O YouTube
também é uma plataforma de streaming, só que de vídeos — no entanto,
fonogramas incluídos em vídeos podem ser monetizados pela plataforma.
Se grande parte dos serviços de streaming é gratuita, de onde vem a arrecadação?
O dinheiro das plataformas vem da venda de assinaturas mensais ou, no caso
das gratuitas, por meio de inserção de publicidade — geralmente banners e
spots de áudio ou vídeo vendidos a empresas diversas.
Como funciona o rateio da arrecadação?
A partir do valor total, as plataformas ficam com um percentual próximo de
30%. O restante é dividido proporcionalmente por todos os títulos do catálogo,
levando em conta o número de plays. Essa quantia é recebida pelas
distribuidoras de música como a Tratore e repassada aos titulares dos
fonogramas.
Como o compositor recebe por seus plays em plataformas de streaming?
A Tratore normalmente recebe apenas o valor correspondente ao fonograma,
não o referente ao compositor. A parte do autor, correspondente a cerca de
12% do total, é paga pela loja digital e está incluída nos 30% que a plataforma
arrecada. Pelo fato de a atividade da maioria das plataformas de streaming não
configurar execução pública, a maior parte da arrecadação de direito de autor
não é feita via ECAD ou suas associações. Caso a obra seja administrada por
alguma editora filiada à UBEM (União Brasileira de Editoras de Música), o
compositor recebe por essa organização. Se a obra for de autor direto, sem
editora, o recebimento pode ser feito por meio de terceiros como a Tratore, via
acordo Digi_Tratore.
Quanto se paga pelo streaming? O pagamento é por unidade, como no download?
Como o valor de publicidade é flutuante e a arrecadação depende do número
de usuários de cada plataforma, não há um preço tabelado por play nos
serviços de streaming. Os valores de plays de usuários gratuitos e os de
usuários pagos na mesma plataforma também são diferentes. No entanto, é
possível fazer estimativas, que vão de um terço de centavo a quatro centavos
de dólar o play, dependendo da plataforma. Levando em conta a atual cotação
do dólar (média de R$ 3,30 em março de 2017), cada play recebe o
equivalente a entre um e 13 centavos de real. Esses serviços costumam contar
como um play a execução de, pelo menos, 30 segundos de uma faixa. O
cálculo do YouTube é mais complexo, pois não são aplicadas propagandas em
todas as visualizações do vídeo, há alguns tipos de conteúdos que não são
monetizáveis de nenhuma forma e o valor final da execução também pode ser
rateado entre diferentes pessoas e empresas que reivindicam elementos
específicos daquele conteúdo, como o material visual, o fonograma da canção
e os direitos autorais sobre a música.
Mas isso não é menos do que se paga pelo download? Qual é a vantagem?
O preço médio do iTunes é de 99 centavos de dólar (R$ 3,30) por faixa
vendida, dos quais o artista recebe perto de 52 centavos (quase R$ 2). À
primeira vista parece uma desvantagem, mas a Tratore fez uma pesquisa com
seus artistas neste ano e todos, invariavelmente, estavam ganhando mais com
streaming do que com downloads. Isso vale tanto para artistas conhecidos
quanto desconhecidos. Considerando o engajamento de seu público e o
interesse potencial sobre seu trabalho musical, você tende a ganhar mais via
streaming a longo prazo, já que o número de acessos nas plataformas é
contínuo e sempre maior do que o número de downloads pagos, que são ações
únicas.
Streaming e download são possibilidades diferentes de arrecadação que
podem complementar sua estratégia de carreira e viabilizar o acesso do público
à sua música no ambiente digital. Distribuindo sua música com a Tratore, seu
trabalho fica disponível em mais de uma centena de plataformas, cuja lista
completa pode ser conferida na nossa seção Informações Básicas.
Que tal testar um dos principais serviços de streaming para se familiarizar com
as ferramentas? Spotify e Deezer têm opções de assinaturas gratuitas.
Experimente e descubra as possibilidades do streaming!
DICAS TRATORE: ENTENDA O
CRESCIMENTO DOS
INDEPENDENTES NO MERCADO
FONOGRÁFICO GLOBAL
Nesta semana, a Worldwide Independent Network (WIN), organização mundial
que representa a música independente em questões globais de mercado e
negócios, lançou seu relatório anual, o Wintel. Os números têm base no
desempenho mundial no ano de 2017.
Conheça os resultados do último ano e alguns dos principais pontos levantados
pelo relatório, elaborado a partir de dados coletados em 33 países:
1. A arrecadação do mercado fonográfico continua crescendo – com os
independentes à frente
O relatório apontou que a arrecadação total do mercado fonográfico cresceu
10,9% em relação ao ano anterior, hoje representando US$ 6,2 bilhões. Os
independentes cresceram 11,3% e as empresas ligadas a grandes gravadoras,
10,2%. Hoje a arrecadação vinda apenas dos independentes representa 39,9%
de toda a renda que circula no mercado fonográfico.

2. O streaming continua sendo líder do mercado mundial


Segundo o Wintel 2018, a arrecadação global do streaming cresceu 46% no
ano, com a América Latina em espaço de destaque mundial, com incremento
de 17% na arrecadação total e de quase 50% no streaming.

De forma correlata, o número de assinantes das plataformas digitais também


teve um grande aumento no período. Se no ano anterior eram 64 milhões em
todo o mundo, os serviços de streaming agora contam com mais de 176
milhões de usuários globalmente.

3. O crescimento do faturamento do streaming tem levado a mudanças na


dinâmica dos selos — e a uma tendência maior à estabilidade no meio
independente
O desempenho fez com que a arrecadação de streaming para companhias
independentes crescesse 46% em 2017, chegando a US$ 3,1 bilhões. Esse
valor representa hoje 44% de toda arrecadação dos indies — no ano passado,
essa rubrica representava 33% do arrecadado. É provável que o streaming
passe a representar mais da metade da renda dos selos independentes em um
futuro próximo.

A pesquisa também aponta para uma tendência encorajadora em relação ao


investimento dos independentes no desenvolvimento de artistas a longo prazo,
e que o formato álbum representa mais uma vantagem do que um risco para o
setor na era do streaming. Com as grandes gravadoras aumentando
consideravelmente a aplicação de seus recursos de marketing em faixas
individuais, os independentes estão investindo na construção de carreiras a
longo prazo, e desenvolvendo negócios sustentáveis como resultado dessa
postura.

Outro reflexo dessa estabilidade crescente e da conexão entre artistas e


selos/distribuidoras é o fato de que, em 2018, 76% dos músicos e bandas que
assinaram com independentes escolheram renovar seus contratos ao fim do
período inicial . No Brasil, esse número chega a 94%.

4. Também cresce consideravelmente a arrecadação de artistas que assinam


diretamente com distribuidoras independentes
Segundo o relatório, a arrecadação vinda do streaming para contratos diretos
entre artistas e distribuidoras cresceu de US$ 94 milhões no ano anterior para
US$ 101 milhões.

37 FORMAS DE GANHAR
DINHEIRO COM MÚSICA – PARTE
1: AUTORES E COMPOSITORES
Para ajudar artistas a diversificarem suas fontes de renda no meio
independente, a Tratore começa uma série sobre atividades lucrativas ligadas
à música. Neste primeiro texto, abordamos formas com que compositores
podem ganhar dinheiro por suas criações, explicando também os fluxos de
recebimento.
1. Royalties sobre obra gravada – lojas digitais
Renda gerada pela reprodução e compra de gravações das suas músicas em
plataformas legalizadas de streaming e download. As lojas digitais pagam
diretamente ao ECAD e à União Brasileira das Editoras de Música (UBEM) de
acordo com o número de audições e compras das faixas, sem passar por
distribuidoras e gravadoras.
Da parte que o ECAD recebe, o arrecadado é repassado às suas associações,
que direcionam a renda às editoras ou aos compositores filiados. Do que a
UBEM recebe, apenas editoras ou outros entes representados na instituição
conseguem acessar os valores, sem a possibilidade de compositores diretos
acessarem essa renda.
A Tratore tem uma ferramenta para esses fins, o Digi_Tratore, que permite que
busquemos quantias retidas e repassemos aos compositores diretos que fazem
parte do nosso catálogo.
2. Royalties sobre obra gravada – execução pública

Renda gerada pela reprodução de gravações das suas canções em eventos,


espaços comerciais, rádios e TV. Os responsáveis pagam ao ECAD de acordo
com o tipo de uso e o número de pessoas potencialmente expostas. A
instituição repassa a renda às associações, que encaminham à editora ou
diretamente aos compositores.
3. Royalties sobre interpretação de obra – execução pública

Renda gerada pela interpretação das suas músicas em shows monitorados


pelo ECAD, por quaisquer músicos. Donos dos espaços e produtores dos
eventos pagam ao ECAD de acordo com uma estimativa de renda do evento e
o número de pessoas potencialmente expostas. A instituição repassa o valor às
associações, que direcionam ao compositor ou à sua editora.
4. Exibição de letras

Renda gerada pela exibição licenciada de letras de música, seja em sites,


ações publicitárias e outros tipos de uso público e comercial. Representantes
da mídia em questão pagam às editoras e responsáveis, que então remuneram
os autores. A Tratore pode intermediar ações desse tipo para compositores
diretos que tenham assinado o acordo Digi_Tratore — mesmo em sites de
letras de música, uma vez que temos acordo com a empresa norte-
americana LyricFind para esses fins.
5. Licenças de sincronização

Renda gerada pela licença da obra de um artista para uso em produtos


audiovisuais em circuito comercial (cinema, TV, publicidade, games, etc.).
Representantes das mídias pagam às editoras e responsáveis, que então
remuneram os autores.
A Tratore tem uma empresa-irmã, a Kiwiii, dedicada apenas a sincronização e
pode fazer essa intermediação com o mercado — no entanto, para que entre
no catálogo, é necessário que o responsável detenha todos os direitos não só
sobre a obra, mas também sobre a gravação.
Os valores variam, principalmente, pelo tipo de uso, levando em conta a
duração da música, a mídia na qual será usada, a visibilidade prevista e por
quanto tempo dura o contrato.

6. Advance de editora

Quantia oferecida por uma editora para fechamento de contrato com um


compositor. Geralmente trata-se de um adiantamento sobre arrecadações
futuras. Em casos de compositores bastante rentáveis, também podem haver
pagamento de quantias extras a título de “luvas”, para atrair esse profissional
bem colocado comercialmente.
7. Criação de obra comissionada

Quantia fechada para a criação de uma composição original para um grupo,


orquestra, intérprete ou outro tipo de entidade. Pagamento feito diretamente ao
compositor ou à editora que media a ação.
8. Composição de obras para difusão

Trata-se da quantia paga pela criação de jingles originais, trilhas sonoras,


temas incidentais ou outros trabalhos musicais exclusivos para filmes, TV e
publicidade. Pagamento geralmente feito diretamente ao compositor pelo
contratante do trabalho.
9. Venda de partituras

Renda gerada pela venda ou licenciamento da reprodução gráfica de obras


como partituras. Pagamento feito ao compositor pela editora, ou diretamente
pelo público, em caso de venda em shows, lojas físicas ou virtuais.
10. Prêmios para compositores

Ainda que pouco comuns hoje em dia em grandes centros, existem pelo Brasil
e outros países festivais em que novas canções são premiadas em concursos.
Uma iniciativa internacional importante nesse sentido é o Ibermúsicas,
programa de fomento a artistas da América Latina que conta com concursos de
canção popular, composição coral e temáticos, além de editais para
residências artísticas para compositores, criação sonora com novas tecnologias
e mais.

37 FORMAS DE GANHAR
DINHEIRO COM MÚSICA – PARTE
2: REMUNERAÇÕES
DE GRAVAÇÕES
Para ajudar artistas a diversificarem suas fontes de renda no meio
independente, a Tratore faz uma série de textos pontuando atividades
lucrativas ligadas à música. No primeiro texto, abordamos formas com que
compositores podem ganhar dinheiro por suas criações. Neste segundo,
falamos sobre como produtores fonográficos, intérpretes e músicos
acompanhantes podem receber por seu trabalho em uma gravação.

11. Vendas digitais


Renda gerada pela venda de faixas ou produtos integrais em plataformas
legalizadas de download, como o iTunes. As lojas digitais pagam os valores
das vendas às distribuidoras independentes, como a Tratore, e às gravadoras,
que então repassam aos titulares dos seus contratos.
12. Royalties sobre streaming
Renda gerada pela execução de músicas em uma plataforma de streaming
(Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube, YouTube Music, TIDAL, etc.) em um
período. Para entender melhor o modelo de remuneração do streaming, leia
mais aqui. As lojas digitais pagam às distribuidoras e gravadoras, que
repassam os valores aos titulares devidos.
No caso de distribuidoras independentes, o valor pago ao detentor do
fonograma é integral, sem separação em rubricas. Portanto, caso tenha sido
acordado o pagamento de porcentagens a eventuais parceiros (intérpretes,
artistas convidados, músicos acompanhantes, etc.), o responsável pelo produto
terá de fazer essa divisão a partir do que montante que recebeu e pagar
diretamente a esses profissionais. Utilizar o cálculo automático do SISRC,
programa de emissão de códigos ISRC, pode ser uma boa saída para definir
essas quantias.
13. Royalties sobre execução pública da gravação
Renda gerada pela reprodução de gravações musicais em eventos, espaços
comerciais, rádios e TV. Os responsáveis pagam ao ECAD de acordo com o
tipo de uso e o número de pessoas potencialmente expostas. A instituição
repassa a renda às associações, que encaminham as quantias devidas aos
produtores fonográficos, intérpretes e músicos acompanhantes de acordo com
sua afiliação.
14. Vendas físicas
Renda gerada pela comercialização de CDs e vinis em lojas físicas e virtuais. A
Tratore intermedia esse processo e estabelece com o artista o preço pelo qual
o produto será oferecido às lojas. Os comerciantes, por sua vez, colocam um
percentual adicional para o consumidor. Periodicamente, as lojas pagam o
valor das vendas à Tratore, que então repassa o montante devido ao
responsável pelo produto.

15. Vendas de produtos físicos em shows


Renda gerada pela venda de CDs e vinis em shows, bem como de outros
produtos de merchandising (camisetas, bonés, pôsteres, etc.). Caso o artista
tenha pago pela fabricação, todo o lucro permanece com ele. Se um selo ou
gravadora produziu as peças físicas, o artista pode ter direito a uma
determinada quantidade de peças ou precisar comprá-las deste parceiro,
normalmente a preço de custo ou abaixo do mercado.

16. Licença de sincronização de master


Renda gerada pela licença de uma gravação original para uso em produtos
audiovisuais em circuito comercial (cinema, TV, publicidade, games, etc.).
Representantes das mídias pagam ao produtor fonográfico responsável.

A Tratore tem uma empresa-irmã, a Kiwiii, dedicada apenas a sincronização e


pode fazer essa intermediação com o mercado — no entanto, para que entre
no catálogo, é necessário que o responsável detenha todos os direitos não só
sobre a gravação, mas também sobre a obra.
Os valores variam, principalmente, pelo tipo de uso, levando em conta a
duração da música, a mídia na qual será usada, a visibilidade prevista e por
quanto tempo dura o contrato.

17. Cachê por trabalho em estúdio


Remuneração feita pelo dono da master aos músicos acompanhantes,
participações especiais, engenheiros e técnicos de áudio pelo trabalho em uma
gravação. Os valores podem ser estabelecidos de acordo com as horas
destinadas ao projeto, por faixa fechada ou pelo projeto inteiro.

18. Advance e suporte para shows


Quantias disponibilizadas para financiamento de gravações e shows especiais,
a serem descontadas de lucros futuros do artista. Geralmente, esses
investimentos são feitos apenas por gravadoras, selos e produtoras de maior
porte.

Por dentro do direito


autoral – Parte V: o que é
cover, versão, etc?
Quem é músico ou gosta muito de música sempre se depara com algumas dúvidas
acerca de como conceituar determinada produção. Porém, caro leitor, saiba que
estamos aqui para te ajudar a descartar de uma vez por todas o conceito de “isso é
igual àquilo, com algumas poucas diferenças”! Sendo assim, formatamos um glossário
que vai poder te ajudar bastante na hora de mapear as produções que você criar ou
ouvir em seu cotidiano musical!
1. Cover
É quando a música é tocada de forma fiel à gravação original. Mudanças na letra ou no
arranjo, por mais que sejam sutis, não se aplicam! As únicas mudanças são quem toca
e canta a música.
Atenção: Se sua banda toca clássicos do rock ou toca todas as músicas de um
determinado artista sem modificar os arranjos, a sua banda faz cover. Porém, se sua
banda se veste como os caras da banda original e, literalmente, reproduz o show,
trata-se de uma banda tributo.
Tem que pagar direitos autorais? A sua banda, não. Mas é prudente que quem te
contratar para um show pague os direitos autorais ao Ecad.
2. Jingle
Peças publicitárias criadas com o intuito de promover produtos, pessoas ou ideais.
Nem sempre surge a partir de uma música já pronta.
Tem que pagar direitos autorais? Se você pegar uma obra de outro compositor para
criar um determinado jingle, quem for usar o jingle deve pagar direitos autorais, bem
como deve pedir autorização prévia para o compositor original da obra.
3. Paródia
É quando uma obra já consagrada ganha uma letra com tom mais lúdico, com a
intenção de ser usada para fins educativos ou críticos.
Atenção 1: Não crie paródias que incitem quaisquer formas de preconceito, pois, além
de ser falta de cidadania, o preconceito pode acarretar processo por danos morais
Atenção 2: A paródia não pode ser usada para promover comercialmente um produto
ou para promover campanhas eleitorais, pois, se assim for, a paródia passa a ser
jingle.
Tem que pagar direitos autorais? Não, pois a paródia sempre deixa claro o
posicionamento de homenagem ou sátira, sem a intenção de usurpar a identidade da
música. De acordo com o artigo 47 da lei 9.610, “são livres as paráfrases e paródias
que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem
descrédito.”
4. Plágio
São músicas ou letras que contenham trechos que se assemelham a uma obra já
existente.
Atenção: não ocorre plágio quando a canção supostamente copiada pertence ao
domínio público ou faz parte do folclore.
Tem que pagar direitos autorais? O plágio é crime. Acarreta processo judicial, com
direito a uma baita indenização para o compositor original. Há cerca de dois anos, um
tribunal federal dos Estados Unidos condenou Pharrell Williams e Robin Thicke por
terem plagiado Got To Give It Up (1977), de Marvin Gaye, na criação de Blurred
Lines. A dupla teve que desembolsar 7,3 milhões de dólares aos herdeiros de Gaye.
5. Versão
É quando se muda somente o idioma da letra da música, mantendo-se o mais fiel
possível ao arranjo, timbres e melodia vocal. A extinta e saudosa dupla Sandy e
Junior, por exemplo, fez muito sucesso com versões em português para clássicos da
música internacional.
Tem que pagar direitos autorais? Sim. É necessário pedir autorização prévia do
autor, que pode vetar a versão. David Bowie, por exemplo, pessoalmente analisou a
letra da música O Astronauta de Mármore, versão em português que a
banda Nenhum de Nós fez para o clássico Starman.
Atenção: a arrecadação de uma versão é decidida pelo compositor da música original.
Logo, ele pode definir quanto você vai arrecadar com as execuções públicas da
música versionada.
6. Releitura
Bastante confundida com o cover e com a versão, a releitura deve ao menos manter a
originalidade nos fundamentos melodia vocal e letra. É comum mudar as concepções
do arranjo, as progressões dos acordes e o andamento geral da canção.
Se liga: o remix é considerado uma releitura eletrônica. De acordo com o produtor
musical Ticiano Paludo, “o remix é uma técnica que foi amplamente desenvolvida e
promovida pelos DJs. O remix pode ser encarado como uma roupa nova para uma
faixa, sendo esta roupa desenvolvida através da utilização de recortes sonoros. No
entanto, ao utilizarmos tais recortes, devemos ter a preocupação de que nossa criação
não se distanciará demais daquela que lhe deu origem”.
Tem que pagar direitos autorais? Sim. É necessário pedir autorização prévia do
autor, que pode vetar a música. A releitura que Paulo Ricardo fez para Imagine,
de John Lennon, por exemplo, é a única no mundo que foi validada por Yoko Ono,
principal herdeira do espólio de John.

Marketing Musical: Antes de


vender shows, antes de gravar e
antes de lançar!
Publicado por D H I E G O B I C U D O  on 2 1 D E D E Z E M B R O D E 2 0 1 8

Chega uma hora na carreira do artista (ou ainda, aqueles que sonham
em ser um) em que ele precisará começar,  planejar ou refazer o
marketing musical para seus lançamentos e nos conteúdos para
engajamento no seu dia a dia. Neste caminho ele vai precisar de
auxílio de pessoas e de profissionais com experiência para isso,
certo?
Mas, antes de você investir tempo (e como dizem, tempo é dinheiro)
em composições, na produção musical ou na gravação do clipe entre
outras ações que tem direito, pense em organizar seu cronograma
de lançamentos e divulgação de suas músicas. Sim, isso
mesmo: M-Ú-S-I-C-A-S. Quer ver?

 Quantos lançamentos você vai fazer nos próximos 12 meses?


 Quantos vídeos com você cantando serão gravados até o
próximo (ou o primeiro) lançamento?
 Depois que fizer seu primeiro lançamento, quando será o
próximo?
 O que vai fazer para manter aquecida sua audiência e o público
que assistiu ou ouviu você a primeira vez? 
 Vai responder os comentários de cada um?

Ou você é daqueles, cheio de desculpas? Ah, Dhiego! Mas, não


tenho ainda um investidor. Não tenho um celular muito bom. Nunca
tive uma oportunidade. Não tenho muito dinheiro. Não tenho
condições de fazer sozinho. Não tenho um violão ou um microfone.
Não tenho roupas boas. Não isso, e não aquilo. Quer saber?
Enquanto você começar seu planejamento com NÃO! Então, não vai
acontecer nada.  Anote isso: feito é melhor que perfeito. Por isso,
chega um momento que é inevitável ter que investir na qualidade
visual com o marketing musical de seu projeto.
Você tem dois caminhos para chegar nesse ponto. Não investir nada
de nada e quando a música estiver pronta ter que investir muito para
começar um trabalho do zero, ou você pode já ir construindo uma
audiência aos poucos enquanto seu próximo (ou primeiro) lançamento
não sai do estúdio ou não conseguiu ainda um investidor.
Aliás, um bom trabalho de marketing com certeza irá te ajudar
a conseguir um investidor mais rápido e a vender shows mais
facilmente.
Começar é fácil, o difícil é continuar, continuar, continuar…
com o  marketing musical
Eu escuto muito por aqui de cantores, duplas e bandas “vou ainda
gravar um clipe, depois procuro vocês” ou “ainda estou em
estúdio, vamos deixar para depois que gravarmos o CD”  ou “ainda
não tenho um investidor para fazer isso” e o grande problema de
deixar pra depois é perder muito tempo e deixar de fazer tarefas
importantes para lançar sua música.
Com isso, proponho uma mudança de pensamento.
Comece o marketing, quando começar as audições, quando
começar a produzir, quando começar a gravar, ou melhor, quando
estiver pensando em fazer tudo isso. Não quero chegar no seu
projeto depois, na verdade, quero começar com você. Pois, assim,
vamos conseguir juntos planejar, estruturar e continuar, continuar
e continuar mesmo em momentos mais difíceis.
Analisar e definir o essencial em cada estratégia
No mercado da música existe muito a questão das tendências e
sazonalidades. Você vai concordar comigo que as músicas que
tendem a fazer maior sucesso no verão não são as mesmas que
fazem sucesso no inverno, por exemplo. Talvez a sua música seja
excelente para ser lançada um ou dois meses antes do Carnaval, mas
quando chegar lá perto do Carnaval, você vai ter que esperar sua logo
ficar pronta, seu site ficar pronto, suas mídias sociais aquecerem e
tudo isso leva tempo.
Outra questão é que os contratantes costumam procurar cantores,
duplas e bandas com antecedência e se você não estiver preparado,
ou seja, não estiver com o site em dia e uma boa apresentação visual
talvez nem seja lembrado nesse momento quando receber um
contato.  Então, eu te pergunto:
Quantos shows, contatos e contratos você está perdendo, por deixar o
marketing musical para depois?

Fortaleça seu marketing musical antes de lançar, antes de


mostrar, antes de divulgar, antes de fechar um show…
entendeu? Tudo vem antes, não depois.
Então, como começar a divulgação sem ter todas as músicas
gravadas? Ou nenhuma música autoral? Ou nenhum dinheiro
para isso?
Comece com a sua logo ou se ainda não tiver dinheiro para isso, faça
uma nova foto para sua divulgação ou ainda uma sessão de fotos 
(lembre-se que não será a única que vai fazer na carreira, né?)
O artista precisa ter rosto e atitude de artista em todos os momentos e
em todos os lugares. É simples.

 Cuide do seu cabelo, da sua barba e da sua maquiagem.


 Treine seu olhar, seu sorriso e empatia em suas fotos.
 Escolha roupas, acessórios e pequenos detalhes que vão trazer
personalidade.
 Provoque. Seja ousado. Mas, não vulgar.

É tão sério isso que só de olhar a foto no perfil do Instagram ou a foto


no WhatsApp consigo perceber se o contato tem ou não atitude para
ser um artista. Vou mostrar alguns bons exemplos de contatos que já
recebi aqui na agência.

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