1o Bim. Simulado. Testes e Dissertativas

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DIREITO CIVIL – DIREITO DAS FAMÍLIAS

Atividade desenvolvida em sala de aula (zoom)


Docente: Márcia Maria Menin
Sala: 4º ano - 1º Bimestre/2021

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TESTES

1. Sobre a pluralidade do conceito de família, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em


sua redação original, reconheceu expressamente como entidades familiares:
a) as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, chamadas pela doutrina de famílias homoafetivas,
conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal no ano de 2011.
b) apenas as matrimoniais, informais e monoparentais, mas não impede o reconhecimento de outros
possíveis arranjos familiares como decorrência dos princípios e direitos fundamentais.
c) apenas as matrimoniais e informais, equiparando-as expressamente pelo princípio da igualdade entre
cônjuges e companheiros, de modo que qualquer distinção que a lei estabeleça entre o casamento e a união
estável é inconstitucional.
d) as famílias anaparentais, que são aquelas formadas por pessoas sem ascendência ou descendência entre si,
mas que se reúnem com base no afeto e no objetivo de juntos constituírem uma família.
e) as famílias pluriparentais ou recompostas, como aquelas decorrentes de vários casamentos, uniões
estáveis ou outros relacionamentos afetivos de seus membros.

2. São inovações do Direito de Família, exceto:


a) a substituição da família matrimonial hierarquizada pelo modelo de cogestão que assegura a isonomia dos
cônjuges na sociedade conjugal.
b) a facilitação do divórcio após a Emenda Constitucional 66/2010, que dispensou a observância do
intervalo de tempo ou a necessidade de motivação para o desfazimento da relação conjugal
c) o reconhecimento do casamento como única fonte de família e a união estável como realidade periférica.
d) a valorização do afeto e da estabilidade como padrão mínimo para o reconhecimento entidade familiar
como modelo eudemônico.

3. Não devem casar sob pena de imposição do regime da separação obrigatória de bens, exceto:
a) o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e
der partilha aos herdeiros
b) a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do
começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal
c) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal
d) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa
tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas.
e) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.

4. Tendo em vista que a diversidade e a multiplicidade de relações intersubjetivas têm se refletido na


interpretação das normas jurídicas, julgue o item que se segue:
Conforme entendimento do STJ, a paternidade socioafetiva deve prevalecer em detrimento da biológica.
( ) Certo
( V ) Errado

5. Quanto aos impedimentos para o casamento, assinale a alternativa correta:


a) Maria é parente colateral em quarto grau de Alberto, caso haja casamento entre os dois, ele poderá ser
reputado nulo.

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b) Sob pena de nulidade do matrimônio, João não pode se casar com Renata pois seus pais a adotaram. A
nulidade do casamento, nesta hipótese, apenas poderá ser arguida até o momento da celebração do
matrimônio.
c) Marcelo tentou matar Mateus, marido de Maira. Maira apenas poderá casar-se com Marcelo se não
houver trânsito em julgado da sentença penal que condene Marcelo pela tentativa de homicídio.
d) Gabriela é filha da ex- mulher de Jorge mas este, querendo casar-se com ela, dá início ao processo de
habilitação para o casamento. Caso o oficial do Registro Civil, o juiz ou o Ministério Público tenha
conhecimento do fato, qualquer um deles deverá reconhecer o impedimento de oficio por se tratar de
casamento entre afins em linha reta

6. Sobre as solenidades do casamento, assinale a alternativa correta:


a) o requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho,
ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com alguns documentos exigidos por lei. O pedido
será dirigido ao oficial da comarca da residência de um dos nubentes e, após audiência do Ministério Público
será homologada pelo juiz.
b) estando em ordem a documentação da habilitação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze
dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na
imprensa local, se houver. Entretanto, a autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a
publicação.
c) a eficácia da habilitação será de noventa e cinco dias, a contar da data em que foi extraído o certificado de
habilitação.
d) O nubente que der causa à suspensão do casamento não será admitido a retratar-se no mesmo dia, exceto
em alguns casos autorizados por lei.

07. Assinale a alternativa INCORRETA


a) Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer
publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.
b) O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser
anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus
representantes legais ou de seus herdeiros necessários.
c) Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge a ignorância de crime, anterior ao casamento,
que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
d) O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de: 180
dias, se incompetente a autoridade celebrante (é de 2 anos) e de quatro anos, se houver coação.

08. Casamento na festa junina, em que o casal não tem nenhum vínculo, é casamento
a) nuncupativo.
b) nulo
c) inexistente.
d) putativo.

09. Maria casou-se com Frederico, que, três anos depois, passou a ingerir bebida alcoólica em excesso, a
ponto de tornar insuportável a vida conjugal. Muito abalada, requereu a anulação do casamento, alegando
erro essencial quanto à pessoa do cônjuge. O pedido de Maria, por esta causa, deverá ser
a) indeferido, pois o erro essencial somente teria se caracterizado se a causa fosse anterior ao casamento.
b) indeferido, pois transcorrido prazo prescricional de dois anos para a formulação do pedido.
c) deferido, pois incidiu em erro da vontade.
d) deferido, pois o alcoolismo tornou insuportável a vida em comum.
e) indeferido, pois transcorrido prazo decadencial de dois anos para a formulação do pedido.

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DISSERTATIVAS

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1. João, atualmente com 20 anos de idade, foi diagnosticado com esquizofrenia. Em razão desta
grave doença mental, João tem delírios constantes e alucinações, e apresenta dificuldades de
discernir o que é real e o que é imaginário, mesmo enquanto medicado. Em razão deste
quadro, em 2014, logo após completar 18 anos, sofreu processo de interdição, que culminou no
reconhecimento de sua incapacidade para a prática de todos os atos da vida civil, sendo-lhe
nomeado curador na pessoa de Janice, sua mãe. Entretanto, ele é apaixonado por Tereza e
deseja com ela se casar. Diante disto, pergunta-se: a) O casamento entre João e Tereza poderá
ser considerado válido? b) João poderá validamente celebrar pacto antenupcial para escolha
do regime de bens? Justifique as duas respostas.

A) Sim, o casamento entre João e Tereza poderá ser considerado valido. Isto porque o Estatuto da
Pessoa com deficiência revoga o art. 1548, I, CC que considerava este tipo de casamento eivado de
nulidade. Ademais, o art. 1550, parágrafo 2°, foi acrescentado no atual referido estatuto, fato que
possibilita o casamento por incapazes sem que isto gere nulidade absoluta ou relativa.

B) Sim, João, poderá celebrar pacto antinupcial como regra porquanto é permitido a própria celebração
valida e eficaz de seu casamento. Todavia, há de se acautelar para alguns casos em que o nubente
não possui condições de discernimento quanto à pratica do ato da vida civil

2. Rejane, solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe e devidamente autorizada por seu pai, casa-se
com Jarbas, filho de sua madrasta, sendo ele solteiro e capaz, com 23 anos de idade. Pergunta-se: este
casamento é válido? Explique

Sim o casamento entre Rejane e Jarbas é valido. Isto porque Rejane encontra-se em idade núbil e foi
devidamente autorizada por seu pai para submeter-se ás núpcias com Jarbas. Ademais, importa ressaltar que
não há qualquer vínculo de parentesco (socioafetivo ou biológico) entre o filho de madrasta (Jarbas) e sua
enteada, sendo assim não há de se falar em qualquer espécie de impedimento para o casamento disposto no
art. 1521, CC para o casamento em tela.

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