Slide - Resenha
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Conceito
• Quando estudamos o gênero resumo, vimos que a resenha também é uma
espécie de resumo.
“Como no caso do resumo, a resenha é um texto sobre outro texto, de outro autor”.
(MACHADO ET AL., 2016: 55)
• Porém, a resenha não se limita a resumir o texto base (fonte). Ela acrescenta
comentários valorativos, que se prestam a apreciar criticamente o objeto
resenhado.
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PORTANTO:
“(...) as resenhas se caracterizam por
apresentarem pelo menos dois movi-
mentos básicos: a descrição ou o resu-
mo da obra e os comentários do pro-
dutor da resenha”.
(MACHADO ET AL., 2016: 55)
Tipos de resenhas
• A resenha surge, normalmente, atrelada ao lançamento de um produto cul-
tural.
Álbum
Exposição Livro
Filme Espetáculo
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Imagem de página
do Estado de Minas
com resenha de CD
Página on-line do
Guia Folha conten-
do resenha de espe-
táculo teatral
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Utilidade
• Nesse sentido, a leitura da resenha pode ajudá-lo a decidir se lê ou não um
texto e se ele pode ser útil ou não para a realização de sua pesquisa.
UMA SUPOSIÇÃO:
• Imagine-se num site que vende livros especializados pela internet. Nele
há 2 livros diferentes sobre um mesmo assunto (que você precisa ler) da
sua área para a realização e apresentação de um trabalho importante,
que requer embasamento teórico.
• Ler apenas os resumos destes livros não seria suficiente, pois a banca
(que o avaliará) poderia notar que você não tem domínio de causa.
Utilidade
• Muito inteligentemente, você lembrou que ler resenhas pode lhe ajudar
nessa escolha, pois elas contém comentários avaliativos sobre a pertinên-
cia das obras.
LIVRO A LIVRO B
É um livro para iniciados na área pelo Apesar da linguagem leve e descon-
nível das informações nele contidas, traída, falta rigor científico no trata-
entretanto pode ser perfeitamente li- mento do tema, se comparado a ou-
do e compreendido por iniciantes, pois tras obras da área, a exemplo dos li-
a terminologia técnica, quando não vros A e C (este último ainda não tra-
pode ser expressa em linguagem co- duzido para o português). O autor usa
mum, foi elucidada ora em notas de e abusa do senso comum e a me-
rodapé ora em boxes explicativos no todologia empregada parece não ser
corpo do texto, com fartura de exem- muito eficaz, pois desconsidera as
plos. variáveis X e Y.
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“Ao escrever uma resenha escolar/acadêmica, você deve levar em consideração que
estará escrevendo para seu professor que, se indicou a leitura, deve conhecer a obra.
Portanto, ele avaliará não só sua leitura da obra, através do resumo que faz parte da
resenha, mas também sua capacidade de opinar sobre ela”. (MACHADO ET AL.,
2014: 31)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
• É claro que seu professor sabe que você está em formação e que, por tal motivo, não
tem o mesmo ‘know how’ (domínio de conteúdo) que, normalmente, um especialista
possui.
• É claro, também, que ele utilizará critérios condizentes com o seu nível de escolari-
dade e não será tão rigoroso como se estivesse diante de um texto elaborado por um
especialista (já formado).
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Competência Metagenérica
• Esse é o princípio básico da COMPETÊNCIA METAGENÉRICA, discutida por
vários estudiosos da Linguística Textual, a exemplo de Koch e Elias (2011).
PELA LÓGICA:
• Se eu ler vários bilhetes ou várias listas de compras, automaticamente, estarei me
tornando um leitor proficiente a produzir esses gêneros textuais.
• Se eu nunca tiver lido um despacho de processo ou um ofício, terei dificuldades em
produzi-los. O mesmo vale para a resenha!
Mãos à obra!
Vamos começar a desenvolver essa competência, fazendo a atividade abaixo:
ATIVIDADE:
• Leia, na íntegra e sem atropelos, a resenha do livro Produção
textual na universidade, de Désirée Motta-Roth e Graciela
Rabuske Hendges.
• O texto está disponível em PDF em Materiais de Aula, no Suap.
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
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OBSERVAÇÃO:
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• Se você leu a resenha anterior, pode apenas passar os olhos
sobre esta. Mas caso não tenha lido a outra, leia esta!
• Lembre-se: para que se torne um produtor proficiente em um
determinado gênero é de altíssima importância ler textos do
gênero em questão.
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Observações
Duas observações importantes:
Ex.: SOBRENOME, Nome. Título em negrito. 2. ed. Cidade: Editora, 2020. 275 p.
Se a obra possuir volume (ou tomo) ou pertencer a alguma coleção, tais itens devem ser indi-
cados.
Ex.: SOBRENOME, Nome. Título em negrito. Vol. 2. 2. ed. Cidade: Editora, 2020. 275
p. (Princípios)
Há resenhas que incluem a capa do livro para facilitar a sua identificação ou localização em
bibliotecas.
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Esta resenha
apresenta Título
(elemento opcional)
A indicação da obra
nas normas da
ABNT consta aqui.
Neste caso, é usual colocar-se, em nota de rodapé, um pequeno texto (mini currículo do
resenhista) em que se informa sua titulação e instituição. Mas, isso não é obrigatório.
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- no caso de uma coletânea de textos de vários autores, convém dar uma ideia da origem da
obra ou do fio temático que os entrelaça (trabalho conjunto, textos apresentados num
congresso, etc).
- mencionar-se como a obra está dividida (quantas partes possui, quantos capítulos há em
cada parte), dando uma visão geral do conjunto.
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p. 293
p. 271
Sublinhado: elementos valorativos de opinião
ATIVIDADE:
• Volte à resenha 1 (de Produção Textual na Universidade), leia a sua introdução e faça um
check-list dos itens abaixo a fim de verificar qual(is) consta(m) nela, lembrando que, como você
viu nos exemplos, nem todos os itens, precisam, necessariamente, existir:
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Observação 1: costuma-se usar um parágrafo para o resumo de cada um dos capítulos da obra.
Contudo, como não há uma regra fixa, pode-se usar mais, dependendo da quantidade de infor-
mações úteis e importantes de cada um deles.
Observação 2: em geral, o resumo de cada capítulo é técnico e objetivo, e não contém comen-
tários de opinião. As opiniões, normalmente, costumam ser emitidas todas no(s) último(s) pará-
grafo da resenha (a conclusão), após o resumo dos seus capítulos. Porém, há resenhistas que
mesclam resumo e opinião, sem, no entanto, deixá-las todas para o fim do texto. Não há proble-
ma nenhum nisso!
extraído da resenha 1
p. 251
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p. 295
- Tecer comentários positivos, por meio dos quais se indica, dentre outras coisas:
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p. 251
extraído da resenha 6
p. 274
extraído da resenha 7
p. 1001
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REFLEXÕES FINAIS
• Espera-se que, com esta exposição a tantas resenhas, você tenha com-
seguido ter uma noção mínima de como ela se estrutura.
• E, por ter lido, você, certamente, será capaz de tecer algum comentário so-
bre o seu conteúdo.
• Afinal, não comentamos, sem sermos especialistas, partidas de fute-
bol, fatos que são notícia no dia a dia, o trabalho de um pedreiro ou
de uma costureira, um filme que vimos no cinema com os amigos?
DICAS ÚTEIS
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REFERÊNCIAS
BORGES, Maria Célia; ALVES, Claudenir Módolo. Resenha. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 20, n. 60, p. 271-
274, Mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-2478201500
0100271&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 mai 2020.
BRANDÃO, Thadeu de Sousa. Resenha. Rev. Turismo: Estudos & Práticas, Mossoró, vol. 2, n. 1, p. 111-117,
jan./jun. 2013. Disponível em: http://periodicos.uern.br/index.php/turismo/article/view/534 Acesso em: 12
mai 2020.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. edição. São Paulo: Contexto, 2011.
KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; PAVANI, C. F. “Resenha de obra ou artigo”. In: Prática textual: atividades de leitura
e escrita. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 95-104.
LÖHR, Thaise. Resenha. Rev. Educar em Revista, Curitiba, n. 59, p. 293-297, jan./mar. 2016. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/44618 Acesso em: 13 mai 2020.
MACHADO, A. R.; LOUSADA, E. G.; ABREU-TARDELLI, L. S. Resenha. 1. ed. 10. reimpressão. Parábola Editorial,
2016.
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REFERÊNCIAS
MEDEIROS, Horácio Pires; TEIXEIRA, Elizabeth. Resenha. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 69, n. 5, p. 1000-1001,
Oct. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-716720160005010
00&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 mai 2020.
MOLLICA, Maria Cecília. RESENHA. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 21, n. 66, p. 781-784, Sept. 2016 . Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300781&lng=en&nrm
=iso>. Acesso em: 11 mai 2020.
MOTTA-ROTH, Désirée.; HENDGES; Gabriela Rabuske. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola
Editorial, 2010. Série Estratégias de ensino. n. 20
SOARES, Vanessa Arlésia Souza Ferretti. Resenha. Ilha Desterro, Florianópolis, v. 69, n. 3, p. 249-252, Dec.
2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-80262016000300249&
lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 11 mai 2020.
VASCONCELLOS, Gabriela Ribeiro Barros e. Resenha. Rev. Hospitalidade, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 117-122,
2006.2. Disponível em: https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/view/197/212 Acesso em: 12 mai 2020.
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