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19/05/2020

A resenha Professor: André Adriano Brun

Conceito
• Quando estudamos o gênero resumo, vimos que a resenha também é uma
espécie de resumo.

“Como no caso do resumo, a resenha é um texto sobre outro texto, de outro autor”.
(MACHADO ET AL., 2016: 55)

• Porém, a resenha não se limita a resumir o texto base (fonte). Ela acrescenta
comentários valorativos, que se prestam a apreciar criticamente o objeto
resenhado.

“A resenha crítica, (...), apresenta o julgamento ou a apreciação do resenhador, que


manifesta a sua avaliação nos seus comentários, criticando ou elogiando”. (KÖCHE
ET AL., 2014: 95)

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PORTANTO:
“(...) as resenhas se caracterizam por
apresentarem pelo menos dois movi-
mentos básicos: a descrição ou o resu-
mo da obra e os comentários do pro-
dutor da resenha”.
(MACHADO ET AL., 2016: 55)

Tipos de resenhas
• A resenha surge, normalmente, atrelada ao lançamento de um produto cul-
tural.

Álbum
Exposição Livro

Filme Espetáculo

• É frequente, inclusive, as produtoras fazerem a pré-estreia ou o pré-lança-


mento da obra para um público seleto de convidados, em geral, especia-
listas da área (críticos de cinema, literatura, artes, etc), para que estes
tomem contato com ela antes que o grande público.

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Meios de divulgação de resenhas


• Em seguida, estes especialistas publicam, em jornais, revistas ou sites sua
opinião, que pode, dependendo dos comentários, ajudar ou não a alavancar
a venda ou a divulgação do produto.

• Os veículos acima são de massa e as resenhas neles publicados são aces-


síveis a qualquer leitor, desde que se interesse por elas.

Imagem de página
do Estado de Minas
com resenha de CD

Página on-line do
Guia Folha conten-
do resenha de espe-
táculo teatral

Cada vez mais


comuns, as resenhas
de livros tomaram
conta do Youtube

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Meios de divulgação de resenhas


• Além das resenhas publicadas na mídia de massa, existem as resenhas aca-
dêmicas, que são publicadas em revistas científicas (por área do conheci-
mento ou interdisciplinares) junto com artigos (normalmente no final).

• Estas resenhas e revistas são mais restritas ao universo acadêmico e o pú-


blico que as procura é um público bem mais circunscrito, muito embora pra-
ticamente todas encontrem-se, atualmente, em meio digital.

Utilidade das resenhas


✓ Qual a utilidade de ler resenhas de livros?

✓ Não seria melhor ler o livro em vez delas?

• Já conversamos, em outra oportunidade, sobre a “peneira” ou “seleção”


que deve ser feita, inevitavelmente, acerca de fontes de pesquisa, após o
seu levantamento (na biblioteca ou sites), antes da leitura propriamente dita
desse material.

• Nem tudo que existe sobre um determinado assunto:

➢ pode ser lido para a realização de um trabalho; e/ou


➢ é fonte digna e confiável sobre ele; e/ou

➢ contém informações relevantes.

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Utilidade
• Nesse sentido, a leitura da resenha pode ajudá-lo a decidir se lê ou não um
texto e se ele pode ser útil ou não para a realização de sua pesquisa.

UMA SUPOSIÇÃO:

• Imagine-se num site que vende livros especializados pela internet. Nele
há 2 livros diferentes sobre um mesmo assunto (que você precisa ler) da
sua área para a realização e apresentação de um trabalho importante,
que requer embasamento teórico.

• Ler apenas os resumos destes livros não seria suficiente, pois a banca
(que o avaliará) poderia notar que você não tem domínio de causa.

• Eles não constam na biblioteca da sua instituição e só existem na versão


impressa. E você, pra piorar, só tem dinheiro para comprar um deles.

Utilidade
• Muito inteligentemente, você lembrou que ler resenhas pode lhe ajudar
nessa escolha, pois elas contém comentários avaliativos sobre a pertinên-
cia das obras.

LIVRO A LIVRO B
É um livro para iniciados na área pelo Apesar da linguagem leve e descon-
nível das informações nele contidas, traída, falta rigor científico no trata-
entretanto pode ser perfeitamente li- mento do tema, se comparado a ou-
do e compreendido por iniciantes, pois tras obras da área, a exemplo dos li-
a terminologia técnica, quando não vros A e C (este último ainda não tra-
pode ser expressa em linguagem co- duzido para o português). O autor usa
mum, foi elucidada ora em notas de e abusa do senso comum e a me-
rodapé ora em boxes explicativos no todologia empregada parece não ser
corpo do texto, com fartura de exem- muito eficaz, pois desconsidera as
plos. variáveis X e Y.

Qual você compraria?

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A resenha acadêmica (discente)


• Como o resumo, a resenha é frequentemente solicitada por professores,
como atividade ou trabalho, na Educação Superior, tanto em cursos de gra-
duação como de pós-graduação.
• Através do resumo, o professor objetiva avaliar tão somente a capa-
cidade de síntese das ideias relevantes do texto proposto.

• Por meio da resenha, ele busca avaliar a síntese E a capacidade de po-


sicionar-se critica e argumentativamente diante do que lê, seja para
concordar seja para discordar com o que está sendo dito.

“Ao escrever uma resenha escolar/acadêmica, você deve levar em consideração que
estará escrevendo para seu professor que, se indicou a leitura, deve conhecer a obra.
Portanto, ele avaliará não só sua leitura da obra, através do resumo que faz parte da
resenha, mas também sua capacidade de opinar sobre ela”. (MACHADO ET AL.,
2014: 31)

A resenha acadêmica (de especialista)


• A resenha que é pedida pelos docentes aos discentes, em sala de aula, ins-
pira-se na resenha acadêmica elaborada por especialistas da área.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
• É claro que seu professor sabe que você está em formação e que, por tal motivo, não
tem o mesmo ‘know how’ (domínio de conteúdo) que, normalmente, um especialista
possui.
• É claro, também, que ele utilizará critérios condizentes com o seu nível de escolari-
dade e não será tão rigoroso como se estivesse diante de um texto elaborado por um
especialista (já formado).

• Por inspirar-se na resenha acadêmica elaborada por especialista, é impres-


cindível que você leia resenhas de especialistas para, aos poucos, apro-
priar-se da estrutura e da linguagem desse gênero específico.

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Competência Metagenérica
• Esse é o princípio básico da COMPETÊNCIA METAGENÉRICA, discutida por
vários estudiosos da Linguística Textual, a exemplo de Koch e Elias (2011).

• Segundo as autoras, desenvolvemos essa competência na prática (nas in-


terações sociais), à medida que nos expomos, pela leitura, aos mais va-
riados gêneros textuais.

• Ao ler um texto, esboçamos intuitivamente um esquema mental que nos


auxiliará na sua produção, se necessário.

PELA LÓGICA:
• Se eu ler vários bilhetes ou várias listas de compras, automaticamente, estarei me
tornando um leitor proficiente a produzir esses gêneros textuais.
• Se eu nunca tiver lido um despacho de processo ou um ofício, terei dificuldades em
produzi-los. O mesmo vale para a resenha!

Mãos à obra!
Vamos começar a desenvolver essa competência, fazendo a atividade abaixo:

ATIVIDADE:
• Leia, na íntegra e sem atropelos, a resenha do livro Produção
textual na universidade, de Désirée Motta-Roth e Graciela
Rabuske Hendges.
• O texto está disponível em PDF em Materiais de Aula, no Suap.
1

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

• A leitura integral do texto lhe dará subsídios pra melhor escrever


a sua resenha, quando isto lhe for solicitado.
• Lembre-se: adquirimos a competência metagenérica que nos
habilita a produzir textos a partir do contato (leitura) com outros
textos. Logo, prática de leitura é fundamental.

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Desenvolvendo a Competência Metagenérica


Pela leitura do texto, você deve ter notado que:

1) a resenha versa sobre um livro acadêmico;


2) a autora é especialista (tem mestrado e está cursan-
do o doutorado na área do livro resenhado);
3) o texto dirige-se a seus pares (acadêmicos ou pós-gra-
duandos);
4) a linguagem utilizada é clara e segue o padrão culto
formal da língua;
5) o texto apresenta uma estrutura bem definida (ver slide
seguinte);
6) o texto descreve de forma suscinta o conteúdo do li-
vro;
7) o texto contém comentários valorativos sobre o livro.

Desenvolvendo a Competência Metagenérica


Estruturalmente, a resenha lida contém:

1. Identificação da obra resenhada Em rosa no texto


2. Identificação da resenhista Em azul...
Introdução
3. Apresentação da obra e das autoras Em verde...
Desenvolvimento
4. Resumo da obra Em amarelo...
Conclusão
5. Crítica (comentários do resenhista) Em azul...
6. Referências Bibliográficas Em rosa...

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Desenvolvendo a Competência Metagenérica


Vamos ler outra resenha!
ATIVIDADE:
• Observe atentamente a resenha do livro Os doze trabalhos
de Hércules: do oral para o escrito, organizado Stella Maris
Bortoni-Ricardo e Veruska Ribeiro Machado.
• O texto encontra-se em Materiais de Aula, no Suap.

OBSERVAÇÃO:
2
• Se você leu a resenha anterior, pode apenas passar os olhos
sobre esta. Mas caso não tenha lido a outra, leia esta!
• Lembre-se: para que se torne um produtor proficiente em um
determinado gênero é de altíssima importância ler textos do
gênero em questão.

Desenvolvendo a Competência Metagenérica


Estruturalmente, a resenha observada contém:

1. Identificação da obra resenhada Em rosa no texto


Introdução 2. Apresentação da obra e dos autores Em verde...
Desenvolvimento 3. Resumo da obra Em amarelo...
Conclusão
4. Crítica (comentários do resenhista) Em azul...
5. Identificação da resenhista Em rosa...
• Você notou que esta resenha tem apenas 5 itens e a anterior continha 6?
• Qual é o item faltante?

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Observações
Duas observações importantes:

1) Em algumas resenhas, a identificação de quem resenhou o livro seguido


da identificação da Instituição a que pertence aparece no final da resenha,
como último elemento.
Recomendação: Seguir as normas da revista, na qual seu texto será publicado.

2) Em algumas resenhas, não há o item 6 (referências bibliográficas), sim-


plesmente porque o resenhista, pode tecer comentários sem fazer referên-
cias a outros textos.
Observação: As referências costumam aparecer muito em resenhas de especialistas,
quando o resenhista, por exemplo, compara a obra objeto de análise com outras de
mesmo teor ou emite comentários fundamentados em teorias.

Elementos usuais em resenhas

1. Indicação obra resenhada


A obra deve ser indicada de acordo com as normas da ABNT.

Ex.: SOBRENOME, Nome. Título em negrito. 2. ed. Cidade: Editora, 2020. 275 p.

Se a obra possuir volume (ou tomo) ou pertencer a alguma coleção, tais itens devem ser indi-
cados.

Ex.: SOBRENOME, Nome. Título em negrito. Vol. 2. 2. ed. Cidade: Editora, 2020. 275
p. (Princípios)

Há resenhas que incluem a capa do livro para facilitar a sua identificação ou localização em
bibliotecas.

Ex.: Ver slide seguinte.

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Esta resenha
apresenta Título
(elemento opcional)

A indicação da obra
nas normas da
ABNT consta aqui.

Elementos usuais em resenhas

2. Identificação do(a) resenhista


Em geral, consta o nome completo do autor da resenha e nome da instituição (ou sigla) a que se
vincula.
Ex. Fulano de Tal (UFPA)

Às vezes, coloca-se apenas o nome completo do autor da resenha.

Ex.: Thadeu de Sousa Brandão extraído da resenha 4

Neste caso, é usual colocar-se, em nota de rodapé, um pequeno texto (mini currículo do
resenhista) em que se informa sua titulação e instituição. Mas, isso não é obrigatório.

Ex.: Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais pela UFRN, Professor de Sociologia da


UFERSA e Coordenador do GEDEV (Grupo de Estudos Desenvolvimento e Violência).
E-mail: [email protected]
extraído da resenha 4

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Elementos usuais em resenhas

3. Apresentação da obra e do(s) autor(es)


Neste item é frequente:

- apresentar-se a obra, explicitando: tema, objetivo(s), público a que se destina, abordagem


metodológica e/ou teorias que lhe fundamentam. Pode-se dizer aqui, se é continuação de
algum outro livro do autor, se faz parte de uma coleção, se é fruto de algum projeto, etc.

- indicar-se as credenciais do(s) autor(es) da obra, como profissão, experiência na área e


outras obras publicadas (mais importantes), que lhe conferem certa autoridade no assunto.

- no caso de uma coletânea de textos de vários autores, convém dar uma ideia da origem da
obra ou do fio temático que os entrelaça (trabalho conjunto, textos apresentados num
congresso, etc).

- mencionar-se como a obra está dividida (quantas partes possui, quantos capítulos há em
cada parte), dando uma visão geral do conjunto.

Ex.: de Apresentação do livro e do(s) autor(es) extraído da resenha 3

1º parágrafo: Apresenta o organizador do


livro e suas credenciais. Refere-se a sua
profissão, às pesquisas que desenvolve e a
um titulo que recebeu.

2º parágrafo: Esclarece a finalidade do


livro, ou seja, ele “analisa a formação do
paladar gastronômico e o comportamento
do consumidor no setor de restaurantes
internacionais”. Menciona o autor do
prefácio e profissional que recomendou a
obra, junto com suas credenciais.

3º parágrafo: Cita a estruturação do livro


(‘se divide em dez capítulos”) e menciona
que seus capítulos são escritos por
profissionais gabaritados da área, sem
mencionar quem são, pois deixará claro
quando for se referir a cada capítulo
p. 118
individualmente.

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Ex.: de Apresentação do livro (sem apresentação dos autores) extraído da resenha 5

Em um único parágrafo: apresenta o


objetivo do livro (descrever um método que
tem se propõe a estimular o
desenvolvimento de crianças com autismo)
e a razão desse objetivo (ensinar a
implementar o método em diferentes
contextos). Refere-se, também, à
quantidade de capítulos (como está
estruturado).

p. 293

Ex.: Apresentação do autor primeiro e do livro depois extraído da resenha 6

Em um único parágrafo: apresenta o


autor e suas credenciais, em primeiro
lugar. Em seguida, apresenta o propósito
do livro (discutir a educação superior no
Brasil nos dias atuais). Por último,
comenta a estruturação do livro (em 159
páginas, uma introdução e 7 capítulos).

p. 271
Sublinhado: elementos valorativos de opinião

Elementos usuais em resenhas

ATIVIDADE:

• Volte à resenha 1 (de Produção Textual na Universidade), leia a sua introdução e faça um
check-list dos itens abaixo a fim de verificar qual(is) consta(m) nela, lembrando que, como você
viu nos exemplos, nem todos os itens, precisam, necessariamente, existir:

- apresenta-se a obra, explicitando: tema e objetivo(s) pe- SIM NÃO


lo menos?

- indica-se as credenciais do(s) autor(es) da obra? SIM NÃO


- menciona-se em quantas partes a obra está dividida, SIM NÃO
dando uma visão geral do conjunto?

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Elementos usuais em resenhas


4. Resumo da obra
Nesta parte, frequentemente:
- descreve-se, de forma resumida, cada capítulo da obra.
Ex. No capítulo um, intitulado “Terra”, o autor discute (...). O foco do capítulo dois, intitu-
lado “Marte”, centra-se na (...). Com o título “Júpiter”, o capítulo 3 dedica-se a (...). Por
fim, em “Plutão”, o autor conclui a obra fazendo uma análise apurada da (...).

Observação 1: costuma-se usar um parágrafo para o resumo de cada um dos capítulos da obra.
Contudo, como não há uma regra fixa, pode-se usar mais, dependendo da quantidade de infor-
mações úteis e importantes de cada um deles.

Observação 2: em geral, o resumo de cada capítulo é técnico e objetivo, e não contém comen-
tários de opinião. As opiniões, normalmente, costumam ser emitidas todas no(s) último(s) pará-
grafo da resenha (a conclusão), após o resumo dos seus capítulos. Porém, há resenhistas que
mesclam resumo e opinião, sem, no entanto, deixá-las todas para o fim do texto. Não há proble-
ma nenhum nisso!

Ex.: de Resumo (sendo um parágrafo por capítulo)

extraído da resenha 1

Nesta resenha, a autora reserva


exatamente um parágrafo para o
resumo de cada um dos capítulos do
livro.

Ela sintetiza cada capítulo de forma


bastante objetiva e técnica, sem quase
tecer comentários.

No resumo do capítulo 06, ela


menciona o foco (assunto) do capítulo,
seu objetivo e como ele está
organizado (dividido em 2 partes).

p. 251

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Ex.: de Resumo (1 capítulo em 2 parágrafos) Ex.: de Resumo (2 capítulos em 1 parágrafo só)

p. 295

O bom senso, a capacidade de síntese e a intuição devem


5
nortear o resenhista quanto à extensão do resumo de cada
p. 294
um dos capítulos do livro.
extraído da resenha 5

Elementos usuais em resenhas

5. Crítica (comentários do resenhista)


Na parte final da resenha, via de regra, costuma-se:

- Tecer comentários positivos, por meio dos quais se indica, dentre outras coisas:

• a qualidade da obra (em termos de conteúdo, análise e/ou diagramação);


• sua pertinência teórica;
• o corpus e a delimitação da pesquisa;
• sua profundidade reflexiva;
• as fontes e os sujeitos da pesquisa;
• a riqueza de exemplos;
• seu caráter didático;
• a utilidade das conclusões;
• o quão relevante é para os estudos naquela área do conhecimento;
• sua contribuição social.

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Ex.: de Comentários positivos extraídos da resenha 1

Em um único parágrafo, a resenhista aponta vários aspectos


positivos que observou no livro. Segundo ela, é um material rico
e bem sucedido, pois:

- Apresenta muitos exemplos reais que de fato circulam na


universidade (ou seja, não foram inventados pelas autoras);

- As análises que acompanham os exemplos são minuciosas,


didáticas e de qualidade;

- As atividades propostas são eficientes para utilização em


sala de aula no ensino de produção textual acadêmica;

- Por aliar teoria e prática, contribui para a superação de


dificuldades de acadêmicos de graduação e de pós-
graduação.

p. 251

Elementos usuais em resenhas

5. Crítica (comentários do resenhista)


Além de enumerar os pontos positivos, os resenhistas costumam recomendar a obra, indicando
a quem ela é útil, como se verifica nos exemplos abaixo:

extraído da resenha 6

p. 274

extraído da resenha 7

p. 1001

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Elementos usuais em resenhas

5. Crítica (comentários do resenhista)


- Além dos comentários que enaltecem a obra, pode-se, perfeitamente, tecer comentários
críticos que apontem equívocos, problemas ou lacunas existentes na obra, se realmente
verificados.

- Os comentários, nesse sentido, devem:

• pautar-se pela objetividade técnica e científica;


• ser argumentativos;
• ter embasamento (fundamentação);
• ser respaldados em evidências;
• indicar com clareza onde pontualmente o problema se localiza;
• guiar-se pela ética;
• ser polidos (não ser grosseiros).

Ex.: de Comentários negativos (mesclados a positivos) extraídos da resenha 5

Comentário em que a resenhista aponta, de


forma pontual, uma contradição dos
autores (destacam a necessidade de
critérios, mas não mencionam o critério no
exemplo da página 161).

Note que o comentário não é nem negativo.


Apenas contém uma ressalva e um alerta
aos possíveis leitores.

Aqui ela faz uma advertência advertência


sobre o idioma da tradução (é o português
de Portugal e não o brasileiro)
p. 297

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REFLEXÕES FINAIS
• Espera-se que, com esta exposição a tantas resenhas, você tenha com-
seguido ter uma noção mínima de como ela se estrutura.

• Embora você não seja um especialista (ainda), ao escrever sua resenha,


você terá lido o livro e saberá, tranquilamente, dizer como ele está estru-
turado/organizado.
• Afinal, não precisa ser especialista para saber resumir, não é?

• E, por ter lido, você, certamente, será capaz de tecer algum comentário so-
bre o seu conteúdo.
• Afinal, não comentamos, sem sermos especialistas, partidas de fute-
bol, fatos que são notícia no dia a dia, o trabalho de um pedreiro ou
de uma costureira, um filme que vimos no cinema com os amigos?

Por que com um livro haveria de ser diferente?

DICAS ÚTEIS

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Durante a leitura, fa- Faça de conta que está


Esqueça, por um instante, a
ça esquemas ou su- escrevendo para seus figura de seu professor! E o
blinhe. Anote comen- colegas de turma ou de fato de que ele conhece o
tários para não se curso (seus pares) so- livro, para que isto não to-
esquecer deles mais bre um livro que eles lha sua criatividade e capa-
tarde. não ainda leram. cidade.

Imagine que a resenha será Releia e revise sua


resenha a fim de ve- Releia os comentários
publicada no site do IFAP,
rificar se o texto está a fim de verificar se
numa seção recém-inaugu-
claro e se pode ser são polidos e éticos.
rada nele, que abre espaço
para acadêmicos descreve- publicado.
Em caso negativo, re-
rem e valorarem livros de
cunho técnico-científico. formule-os.

REFERÊNCIAS
BORGES, Maria Célia; ALVES, Claudenir Módolo. Resenha. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 20, n. 60, p. 271-
274, Mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-2478201500
0100271&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 mai 2020.

BRANDÃO, Thadeu de Sousa. Resenha. Rev. Turismo: Estudos & Práticas, Mossoró, vol. 2, n. 1, p. 111-117,
jan./jun. 2013. Disponível em: http://periodicos.uern.br/index.php/turismo/article/view/534 Acesso em: 12
mai 2020.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. edição. São Paulo: Contexto, 2011.

KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; PAVANI, C. F. “Resenha de obra ou artigo”. In: Prática textual: atividades de leitura
e escrita. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 95-104.

LÖHR, Thaise. Resenha. Rev. Educar em Revista, Curitiba, n. 59, p. 293-297, jan./mar. 2016. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/44618 Acesso em: 13 mai 2020.

MACHADO, A. R.; LOUSADA, E. G.; ABREU-TARDELLI, L. S. Resenha. 1. ed. 10. reimpressão. Parábola Editorial,
2016.

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REFERÊNCIAS
MEDEIROS, Horácio Pires; TEIXEIRA, Elizabeth. Resenha. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 69, n. 5, p. 1000-1001,
Oct. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-716720160005010
00&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 mai 2020.

MOLLICA, Maria Cecília. RESENHA. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 21, n. 66, p. 781-784, Sept. 2016 . Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300781&lng=en&nrm
=iso>. Acesso em: 11 mai 2020.

MOTTA-ROTH, Désirée.; HENDGES; Gabriela Rabuske. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola
Editorial, 2010. Série Estratégias de ensino. n. 20

SOARES, Vanessa Arlésia Souza Ferretti. Resenha. Ilha Desterro, Florianópolis, v. 69, n. 3, p. 249-252, Dec.
2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-80262016000300249&
lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 11 mai 2020.

VASCONCELLOS, Gabriela Ribeiro Barros e. Resenha. Rev. Hospitalidade, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 117-122,
2006.2. Disponível em: https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/view/197/212 Acesso em: 12 mai 2020.

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