Guia - Estrutura Da Redação Do Enem
Guia - Estrutura Da Redação Do Enem
Guia - Estrutura Da Redação Do Enem
ESTRUTURA
DA REDAÇÃO
DO ENEM
Neste material nós vamos abordar
as partes essenciais na estrutura da Redação do Enem.
A estrutura da redação está relacionada
ao conteúdo e ao objetivo do texto.
- Apresenta a ideia geral (tese) - uma proposta, o que eu pretendo defender no desenvolvimento ou um problema. A frase-
argumentativa no geral vem no fim do parágrafo introdutório.
- Esse parágrafo deve conter cerca de 5 linhas, ser conciso e chamar a atenção do leitor.
Ÿ Cuidado: não confunda tema com tese. O tema é o assunto sobre o qual você discutirá, e a tese é uma proposição sobre o tema,
ou seja, é o seu posicionamento em relação a ele. Embora seja o seu posicionamento, nunca use primeira pessoa na redação
Enem.
Exemplo de introdução:
“A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da
Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de
2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que
essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.”
2 parte 2: desenvolvimento
Desenvolvimento: problematização.
- Uma ideia central (argumentos) e ideias explicativas para defender a tese. Ou seja, tudo que foi levantado na introdução deve ser
discutido aqui.
- Tópico frasal no primeiro período do parágrafo.
- Use exemplos, criticidade, conhecimento de mundo. Mas lembre-se, é um texto argumentativo. Não apenas exponha vários
pontos, mas os analise de forma crítica e argumente com base no que foi exposto.
Ÿ Cuidado: vale mais desenvolver bem um argumento por parágrafo do que expor vários argumentos sem desenvolvê-los.
Exemplo de desenvolvimento:
“O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe
uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beauvoir “Não se nasce
mulher, torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao
masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os
comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do
patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a
liberdade para o ato é aumentada.
Além disso, já há o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero
masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas
como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa
maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça
de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra
a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência.”
3 parte 3: conclusão
Ÿ Cuidado: Aqui, você não deve mais abordar novos argumentos, mas sim relacionar com a sua tese, aqueles que já foram expostos
e propor soluções para os problemas abordados ao longo do texto de forma a concluir seu pensamento.
Exemplo de conclusão:
“Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no
país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de
informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de
agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de
agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma
utopia para o Brasil.”