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3 - Método Dos Resíduos Ponderados

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA


Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica
Disciplina: FEMEC43073 - MEF

CAPÍTULO 03

Método dos Resíduos Ponderados (MRP)

Prof. Antonio Marcos G. de Lima


[email protected]

2020/1o Per. Esp.


01
3.1. Etapas do MRP

Técnica numérica utilizada para a resolução aproximada de equações


diferenciais (EDs). Restrita a problemas 1D simples.

1) Etapas do MRP

Seja a ED de um problema unidimensional qualquer:

d 2u  x 
2
 u  x  x 0  x 1 (1)
dx
u  0   u 1  0

02
3.1. Etapas do MRP

(a) Admitir uma solução aproximada: u  x

u  x    aii  x  (2a)
i

Funções de
Aproximação
Incógnitas de
combinação linear

u  x   a  x  (2b)

- Escolha arbitrária
- “n” vezes diferenciável
- Satisfaz as condições de contorno

 x

u  x   a x 1  x  u  0   u 1  0 (3)

03
3.1. Etapas do MRP

(b) Definição do resíduo: R  x, a 


d 2u  x 
R  x, a   2
 u  x  x  0 (4)
dx
OBS: Se a Sol. Aprox. (SA) fosse a Sol. Exata (SE), R(x,a)=0. Como a SA≠SE, isto
implica que R(x,a)≠0.

R  x, a   2a  ax 1  x   x (5)

(c) Minimização do resíduo ponderado

1
I   w  x R  x, a  dx  0 (6)
0

OBS: A escolha da função peso “w(x)” é que define o MRP. Dentre os métodos que
existem na literatura, será usado aqui o Método de Galerkin.

du  x 
w x      x (7)
da 04
3.1. Etapas do MRP

I    x 1  x  2a  ax 1  x   x  dx  0
1
a  0, 2272 (8)
0

u  x   0, 2272 x 1  x  u  x   x  0, 4254  e  x  e x 

05
3.1. Etapas do MRP

06
3.1. Etapas do MRP

2) Formulação fraca do método de Galerkin

d u  x 
1 2

I   w x    u    dx  0
x  x (9)
 dx 
2
0

Formulação forte: deve-se computar a


2ª derivada da SA.

Isto impõe restrições no uso de Funções como SA via MEF. Portanto, deve-se reduzir
a exigência de diferenciabilidade da SA aplicando a integração por partes.

1 d 2u  x  1

 w x  dx  UV 0   VdU
1
2 (10)
0
U
dx 0

dV

U  w x  d 2u  x 
dV  dx
dU dw  x 
2
dx
  w  x  V  u  x 
dx dx
07
3.1. Etapas do MRP

d 2u  x    
1 dw x du x

dx   w  x  u  x 0  
1

 w x 
1
2
dx (11)
0
U
dx 0 dx dx
dV
0

Portanto, combinando as Eqs. (7) e (9):

1
 dw  x  du  x   1
I     w  x  u  x   dx   w  x  xdx (12)
0 dx dx  0

OBS: Na formulação fraca do Problema (1) dada pela Eq. (12), note que a integração
está sendo feita para todo o domínio [0-1]. Neste caso, deve-se usar uma SA de 2ª
ordem, já que deve-se aproximar todo o domínio.
Entretanto, para melhorar a precisão da aproximação com o uso do MEF e com a
forma fraca (12), pode-se dividir o domínio [0-1] em elementos de dimensões iguais
ou diferentes, assumir uma SA de primeira ordem e realizar a integral I para cada EF
da malha.
08
3.1. Etapas do MRP

d 2u  x 
2
 u  x  x 0  x 1 (1)
dx
u  0   u 1  0

(1) Discretizar o domínio [0-1]

09
3.1. Etapas do MRP

(2) Relações a nível elementar

Variável independente

Valores da SA nos Nós (valores nodais)

No caso do MEF, a partir da SA, tenho os valores assumidos por ela nos Nós:

ui  xi   ui ui  xi1   ui1 (13)

Aplicando a Fórmula Fraca de Galerkin (12) para o EF genérico “i”, tem-se:

 dwi  x  dui  x 
xi 1
 xi 1
I     wi  x  ui  x   dx   wi  x  xdx (14)
xi  dx dx  xi

10
3.1. Etapas do MRP
OBS: Note que agora posso usar uma SA de 1ª ordem da seguinte forma:

ui  x   ai x  bi (15)

Aplicando as condições de contorno nodais:


ui1  ui
p / x  xi  ui  xi   ai xi  bi  ui ai 
xi1  xi (16)
p / x  xi1  ui  xi1   ai xi1  bi  ui1 u x  ui 1 xi
bi  i i1
xi1  xi

 ui1  ui   ui xi 1  ui 1 xi 
ui  x     x  (18a)
 i1
x  xi   x i 1
 xi 
ou
H i1 x  H i2  x 

 xi1  x   x  xi  hi  xi1  xi (18b)


ui  x     ui    ui1
 hi   hi 
11
3.1. Etapas do MRP

ui  x   H i1  x  ui  H i2  x  ui1 (19)

Funções gdls
de Forma

OBS: Note que diferentemente do MRP, onde a SA é uma combinação linear de


constantes “a” e Funções de Aproximação, no MEF, a SA é uma combinação linear dos
gdls (valores assumidos pela SA nos Nós) e de Funções de Forma (interpolação).

A Eq. (19) pode ser colocada ainda sob a seguinte forma matricial:

ui  x    H i  x ui  (20)

 ui 
onde:  H  x   H
i
1
i
H 
i
2
ui    
ui1 
Aplicando o Método de Galerkin:
 wi  x  
1

wi1  x   H i1  x  wi2  x   H i2  x  ou wi  x    2  (21)


 wi  x  
12
3.1. Etapas do MRP

Introduzindo (20) e (21) na (14), lembrando que,

 dwi dx   dH i dx 
1 1
 dH i
1
dH i2   ui 
wi  x    2    2  ui  x   
  
dx  ui1 
dwi dx  dH i dx   dx

temos:

  dH i1 dx   dH i1 dH i2   H i1  1
xi 1   ui 
       2   H i H  dx  
2

 dH i dx   dx dx   H i 
i
 ui1 
2
xi
(22)
 Hi 
xi 1 1

   2  xdx  0
xi
Hi 

13
3.1. Etapas do MRP

 hi  1 hi 1 
 
3 h 6 hi  ui  hi 2 xi  xi1 
Ii      
i
 (23)
 hi  1 hi 1  ui1  6  xi  2 xi1 

 6 hi 3 hi 

Deve-se avaliar a Eq. (23) para cada EF:

EF1: x1  0 x2  1 3 h1  x2  x1  1 3

 3,111 2,944   u1  0,0185 


I1       (24a)
 2,944 3,111 u2  0,0370 
EF2: x2  1 3 x3  2 3 h2  x3  x2  1 3

 3,111 2,944  u2   0,0741


I2       (24b)
 2,944 3,111 u3  0,0926  14
3.1. Etapas do MRP

EF3: x3  2 3 x4  1 h3  x4  x3  1 3

 3,111 2,944  u3  0,1296 


I3       (24c)
 2,944 3,111 u4   0,1481
(3) Relações a nível global
3
I   Ii (25)
i 1

 3,111 2,944 0 0   u1  0,0185 


 2,944 3,111 0   0,0370 
 2  
0 u
I1        (26a)
 0 0 0 0  u3   0 
 0 0  
 0 0 u4 
   0  

15
3.1. Etapas do MRP

0 0 0   u1   0 
0
0 3,111 2,944 0     0,0741
 2  
u
I2      (26b)
0 2,944 3,111 0  u3  0,0926 
0 0  
 0 0 u4   0 
  

0 0 0   u1   0 
0
0 0    0 

  
0 0 u2  
I3     (26c)
0 0 3,111 2,944  u3  0,1296 
0 2,944 3,111 
 0 u4   0,1481
  

 6, 222 2,944 0 0   u1  0,0185  0 


 2,944 6, 222 0    0,1111  0 
 2    
2,944 u
         (27)
 0 2,944 6, 222 2,944  u3  0, 2222  0 
 0 6, 222  
 0 2,944 u4 
   0,1481 
  0 

16
3.1. Etapas do MRP

 6, 222 2,944 0 0   0  0,0185  0 


 2,944 6, 222 0    0,1111  0 
 2    
2,944 u
         (28)
 0 2,944 6, 222 2,944  u3  0, 2222  0 
 0 6, 222  
0    0,1481 
  0 

 0 2,944

 6, 222 2,944  u2   0,1111  0 


 2,944      (29)
 6, 222  u3  0, 2222  0 

u2  0,0447 u3  0,0568

Portanto, posso determinar a SA para cada EF a partir da Eq. (19):

xi1  x x  xi
ui  x   H  x  ui  H  x  ui1 H  H 
1 2 1 2
i i i i
hi hi
17
3.1. Etapas do MRP

EF1: 0  x 1 3
 x2  x   x  x1   x 
u1  x     u1    u2     0,0447
 13   13  1 3 
EF2: 1 3 x  2 3
 x3  x   x  x2 
u2  x     u2    u3
 13   13 
2 3 x  x 1 3 
   0,0447     0,0568
 13   13 
EF3: 2 3  x 1

 x4  x   x  x3  1 x 
u3  x     u3    u4     0,0568
 13   13   13 
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3.1. Etapas do MRP

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