LATERALIDADE

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LATERALIDADE

Antonio Nascimento Santos[i]


Definição lateralidade.

Lateralidade é a capacidade de controlar os dois lados do corpo juntos


ou separadamente. É a predisposição à utilização preferencial de um dos lados
do corpo, em três níveis: mão, olho e pé. Segundo Le Boulch , a preferência
pela utilização de um dos lados do corpo ocorre em razão da dominância de
um dos hemisférios cerebrais. (Wikipédia)
A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da
mão, olho e pé, do mesmo lado do corpo.
 Lateralidade Cruzada é tipo quando nenhum dos dois hemisférios do cérebro
comanda. Exemplo: mão esquerda dominante e pé direito dominante(ao
mesmo tempo).
 A lateralidade corporal se refere ao espaço interno do indivíduo, capacitando-o
a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço.
 A lateralidade manual, a Criança nasce ambidestra, surge no fim do primeiro
ano de vida, mas só se estabelece fisicamente por volta dos 4-5 anos. A partir
dos 6 a 8 anos ela define sua lateralidade! (Dicionário inFormal online de
Português).
 Lateralidade destra homogênea, aqueles possui dominância nos três níveis –
mão, olho e pé – do lado direito.
 Lateralidade canhota ou sinistra homogênea, se for o lado esquerdo.
 Lateralidade ambidestra, dominância espontânea nos dois lados do corpo.

Hipótese sobre prevalência Manual

Visão histórica de lateralidade

Segundo, Wrrght e sarasin (in:DEFONTAINE,t.3,p.203), na idade da


pedra havia igual nº de destro e canhotos. Na idade do bronze começa a
prevalência dos destros.
 Adaptar as ferramentas que já não eram mais feitas por eles, mas sim por
determinadas pessoas.
 Técnicas guerreiras, as quais ensinavam os homens a pegar a espada ou a
lança com a mão direita, enquanto a mão esquerda protegia o coração com o
escudo.
 A Religião dizia que o lado direito representava a verdade enquanto o lado
esquerdo era considerado como anormal.

Hereditariedade
Transmissão hereditária de lateralidade.

 Esta hipótese diz que a preferência de lateralidade é oriunda de


herança genética. Essa hipótese não é muito aceita, pois pesquisas
comprovam a presença de canhotos também em famílias completamente
destras.
 Este tipo de transmissão ainda é desconhecido, mas não pode ser
descartado e nem se deve elevar este fato como principal determinante para
a análise lateralidade.
 Trankell (in: Defontainr), acredita na hereditariedade mendeliano que a
destralidade tem caráter dominante

Hipótese da dominância cerebral


Dominância cerebral

Esta hipótese diz que um dos lados do cérebro tem maior influência do
que o outro, sendo que o cérebro funciona de forma cruzada. Isto significa que
as pessoas que são destras o lado esquerdo do cérebro tem maior
predominância e comanda as ações e vice-versa.
Broca(in GUILERME,1883), Constatou que indivíduo
com Afasia,distúrbios do lado esquerdo do celebro provoca prejuízo na
linguagem e uma paralisia do lado direito.
Brandão, alerta para o cuidado esta teoria, diz; as área responsável
pela funções simbólicas, abstrata intelectuais esta localizada no hemisfério
esquerdo independente da lateralidade do individuo.

Influencia do meio psico-socialal-afetivo e educacional

Para esta teoria, a preferência por uma determinada lateralidade se dá


através do aprendizado.
Segundo a hipótese o meio tem grande influência, pois observamos ao
nosso redor pessoas que trabalham com determinado lado e tentamos imitá-la,
ou isso nos é imposto pelos nossos pais e professores ou até mesmo por
influência afetiva.
Mas é necessário que todas essas teorias sejam analisadas em um
conjunto para poder tirar conclusões sobre o fenômeno da lateralidade.
Ajriagueirra (1984),Defontaine (1980),Guillarme (1983), Btandão (1984)
acredita que nenhuma dessas teorias sozinha são suficientemente forte para
explicar o fenômeno da lateralidade

Evolução e desenvolvimento da lateralidade

 No início da vida quase não há prevalência: pega os objetos com as


duas mãos.
 A partir do segundo mês a criança acrescenta ações mais unilaterais,
dependendo do tipo de movimento a ser realizado, estímulo, intensidade de
movimento, local de atuação e condições do músculo tônus,
 Entre o quarto e o sétimo mês a criança não consegue segurar dois
objetos ao mesmo tempo, um em cada mão; quando vê algo novo, larga o que
tinha em suas mãos. Vale dizer que se colocarmos os objetos mais perto em
uma das mãos, esta mão chegará antes e a repetição disso fará com que ela
se aperfeiçoe nesta mão.
 Com vinte e oito semanas, a criança pode segurar em uma das mãos
um objeto enquanto abre a outra mão para segurar um outro.
 Até um ano de idade não se verifica nenhuma preferência pelo uso de
uma ou outra mão. A partir de um ano de idade uma mão se torna mais hábil. A
lateralidade começa a se evidenciar, mas só se pode falar em predominância
entre os cinco e sete anos de idade.
A lateralidade deve surgir naturalmente e não deve ser imposta por
outras pessoas. Muito embora, Dizem alguns autores, o meio ambiente foi feito
pelo e para o destro.
O canhoto apresenta duas espécies de dificuldades: as motrizes e
as visuais. Existem também as dificuldades afetivas.
A pressão social representada pelos pais e professores é muito grande
para a destralidade.
Na realidade o canhoto homogêneo tem as mesmas possibilidades que
o destro homogêneo, basta que organize a si e a sua escrita de forma correta.
Algumas atividades como dança e a educação Física têm incentivado
muito o domínio dos dois lados, a ambidestria. Mas para Brandão, isto não é
bom: "a criança para realizar atividades com rapidez é necessário que ela
tenha uma especialização na mão esquerda ou direita, isto é, que ela tenha
desenvolvido definitivamente a sua lateralidade

[i] [i] Médio em teologia pela (escola superior de teologia Porta da vida), Pedagogo pela (Uniesp) - Pós-
graduação em Gestão educacional pela (Fac. Anchieta. S. B.C); Estudante de Psicopedagogia Institucional e
Clinica da Uni ítalo. SP. E-
mail: [email protected] http://lattes.cnpq.br/9289429058090289

Referencia bibliográfica:

OLIVEIRA,Gislene de Campos. Psicomotricidade:educação e redução num


enfoque psicopedagogico .-16ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

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