Cartilha Triatoma Brasiliensis 2019
Cartilha Triatoma Brasiliensis 2019
Cartilha Triatoma Brasiliensis 2019
Triatoma brasiliensis
Atualizações sobre o principal
vetor da Doença de Chagas
no nordeste do Brasil
Carolina Dale
Letícia Paschoaletto
Jane Costa
Rio de Janeiro
2019
AGRADECIMENTOS
À Heloisa Diniz, do Serviço de Produção e
Tratamento de Imagem, pela diagramação e
editoração deste material.
Ao Dr. Cleber Galvão pelas imagens de
Triatoma petrochiae.
2
E sta cartilha com linguagem clara e objetiva inclui os principais avanços
nas pesquisas sobre o complexo Triatoma brasiliensis, hoje constituído
por oito membros, sendo um deles Triatoma brasiliensis brasiliensis, o
principal vetor da doença de Chagas nas áreas semiáridas no nordeste do
Brasil.
Nos últimos anos, o contexto de transmissão dessa doença negligenciada,
vem se transformando bastante, e o acompanhamento das informações
publicadas com as mais distintas abordagens é fundamental para que
medidas de controle mais precisas possam ser efetivadas, impedindo assim
novos casos de transmissão.
Aqui, apresentamos com foco nos vetores do complexo T. brasiliensis,
informações atualizadas com base na literatura científica. Este trabalho foi
concebido para apoiar, principalmente, os técnicos das Secretarias de
Vigilância em Saúde, mas também poderá ser útil para estudantes e profes-
sores.
Nossa maior preocupação nesta iniciativa foi propiciar um retorno prático
para as imprescindíveis equipes técnicas das Secretarias de Saúde, no que
diz respeito ao acesso às informações, que muitas vezes são difíceis para
este segmento. Vale ressaltar, que as equipes técnicas das Secretarias de
Vigilância em Saúde em muito colaboram em nossos trabalhos, e são funda-
mentais para as investigações relacionadas ao monitoramento e a ecoepide-
miologia da doença de Chagas.
Neste espaço, aproveitamos também para agradecer a todos que, direta ou
indiretamente, enriqueceram das mais diversas formas a realização deste
material. Esperamos que esta cartilha possa agilizar, viabilizar e estimular
estudos e ações anti-vetorias, e neste contexto, minimizar a disseminação
da doença de Chagas.
As autoras
3
Autores
Carolina Dale
Bióloga pela Universidade de Santa Úrsula, Mestre e Doutora em
Biodiversidade e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente é
Pesquisadora em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ,
no Laboratório de Biodiversidade Entomológica.
CV: http://lattes.cnpq.br/5756745478190750
Letícia Paschoaletto
Bióloga pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro e Gestora Ambiental pela Universidade Norte do Paraná.
Atualmente é professora e atua no Laboratório de Biodiversidade
Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ.
CV: http://lattes.cnpq.br/8942781436254429
Jane Costa
Bióloga pela Universidade de Santa Úrsula, Mestre e Doutora em
Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz. Possui Pós-
Doutorado no "Centers for Disease Control and Prevention"- CDC -
Atlanta, GA USA. Atualmente é Pesquisadora Titular do Instituto
Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, Chefe Substituta do Laboratório de
Biodiversidade Entomológica.
CV: http://lattes.cnpq.br/5656219046641049
4
Índice
Apresentação ......................................................................................................... 6
A doença de Chagas ............................................................................................... 7
Formas de transmissão .......................................................................................... 8
O parasito: Trypanosona cruzi ................................................................................ 9
Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi ......................................................... 10
A doença de Chagas na região Nordeste ............................................................... 11
Triatomíneos: Vetores da doença de Chagas ......................................................... 12
O complexo Triatoma brasiliensis ......................................................................... 13
Triatoma brasiliensis brasiliensis .................................................................. 14
Triatoma brasiliensis macromelasoma ......................................................... 15
Triatoma melanica ....................................................................................... 16
Triatoma juazeirensis ................................................................................... 17
Triatoma sherlocki ....................................................................................... 18
Triatoma petrochiae .................................................................................... 19
Triatoma lenti .............................................................................................. 20
Triatoma bahiensis ...................................................................................... 21
Chave de Identificação para o complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013) ................................................................................................ 22
Diferentes padrões cromáticos apresentados pelo por
Triatoma b. brasiliensis e membros do Complexo T. brasiliensis
coletados em Pernambuco ................................................................................... 29
Conclusões ........................................................................................................... 30
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 31
5
Apresentação
7
Formas de transmissão
1. Ciclo Silvestre.
Este é o ciclo original da DC, nos quais participam
mais duzentas espécies de hospedeiros e triatomíne-
os silvestres, onde o T. cruzi circula entre mamíferos
silvestres através do inseto vetor.
2. Ciclo Doméstico.
É o ciclo mais estudado. Neste, além do homem
vários animais sinantrópicos e triatomíneos estão
envolvidos. Este ciclo pode ocorrer no peri e no
intradomicílio. Este ciclo teve início quando o homem
passou a ocupar ecótopos silvestres, construindo
abrigos ou moradias rurais criando assim novos
hábitats propícios ao desenvolvimento dos vetores.
9
Ciclo de Transmissão do Trypanosoma cruzi
Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz.
10
A doença de Chagas na Região Nordeste
11
Triatomíneos: Vetores da doença de Chagas
12
O Complexo Triatoma brasiliensis
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 21-23 mm.
Fêmea - 22-25 mm.
14
Triatoma brasiliensis macromelasoma
Galvão, 1956
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 20-22 mm.
Fêmea - 21-22 mm.
15
Triatoma melanica
Neiva & Lent, 1941
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 20,3-24 mm.
Fêmea - 21-24 mm.
16
Triatoma juazeirensis
Costa & Felix, 2007
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 20-24 mm.
Fêmea - 23-25,5 mm.
17
Triatoma sherlocki
Papa, Jurberg, Carcavallo, Cerqueira & Barata, 2002
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 19-23 mm.
Fêmea - 19-26 mm.
18
Triatoma petrocchiae
Pinto & Barreto, 1925
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 17- 21,5mm.
Fêmea - 18- 23mm.
l Pernas negras.
19
Triatoma lenti
Sherlock & Serafim, 1967
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 25- 26 mm.
Fêmea - 26,5- 27,5 mm.
20
Triatoma bahiensis
Sherlock & Serafim, 1967
Descrição:
l Comprimento total:
Macho - 25- 26 mm.
Fêmea - 26,5- 27,5 mm.
l Pernas negras.
21
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013; Dale et al. 2018)
1a. Espécimes braquipteros (machos e fêmeas com asas curtas), hemiélitros não estendendo-se
após a margem posterior do urotergito (VI); pernas extraordinariamente longas; coloração geral
marrom escura a preto, conexivo e fêmur com marcas laranja-avermelhadas ... T. sherlocki (BA)
1b. Espécimes macrópteros, hemiélitros atingindo ou quase atingindo o urotergito VII ............ 2
22
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
2a. Antenas com o primeiro segmento curto, bem afastado do ápice do clípeo ..... T. petrocchiae
................................................................................................................(BA, CE, PB, PE, RN)
2b. Antenas com primeiro segmento atingindo ou quase atingindo o nível do ápice do clípeo ... 3
23
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
24
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
4a. Pronoto com 1+1 faixas estreitas amarelo-acastanhadas; membrana dos hemiélitros com a
luz das células parcialmente escurecidas ............................ T. brasiliensis macromelasoma (PE)
4b. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhadas grandes, alongadas; membrana dos
hemiélitros com a luz das células escurecidas inteiramente ou não ........................................... 5
25
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
5a. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhado que se estendem da porção posterior do lobo
anterior até o lobo posterior; fêmur com grandes anéis amarelo-acastanhados; membrana das
asas com o células não escurecidas; machos com fosse esponjosa nas tíbias anteriores e
medianas ............................................................ T. brasiliensis brasiliensis (CE, MA, PB, PI, RN)
5b. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhadas somente no lobo posterior; fêmur com anéis
estreitos de coloração amarelo-acastanhada; membrana das asas com células inteiramente
escurecidas; machos com fosseta esponjosa nas tíbias anteriores ............. T. melanica (BA, MG)
26
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
6a. Pronoto com lobo anterior preto e lobo posterior rugoso; raramente com poucas marcas
inconspícuas amarelo-acastanhadas; Cório amarelo-claro, com áreas escuras de extensão
variável; Pernas negas com áreas claras nos trocanteres ................................ T. juazeirensis (BA)
6b. Pronoto totalmente negro, não granuloso, ângulos antero-laterais curtos e arredondados
apicalmente. Cório e clavos marrom escuro a preto e membrana castanho escura; Pernas
uniformemente negras ............................................................................................................. 7
27
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)
7a. Escutelo com porção posterior da depressão central afilada; primeiro segmento abdominal
sem proeminências; região anterior do protorax em vista ventral (perto do sulco estridulatório)
apresenta uma depressão; região posterior do sulco estridulatório com arestas arredondadas e
bem definidas; mesotórax é liso e arredondado ........................................................ T. lenti (BA)
7b. Escutelo com porção posterior da depressão central arredondada; primeiro segmento
abdominal com duas proeminências laterais; sem depressão na região anterior do protorax;
mesotórax com uma projeção longitudinal central retangular .......................... T. bahiensis (BA)
28
Diferentes padrões cromáticos apresentados pelo por Triatoma b. brasiliensis
e membros do Complexo T. brasiliensis coletados em Pernambuco
30
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