Cartilha Triatoma Brasiliensis 2019

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O COMPLEXO

Triatoma brasiliensis
Atualizações sobre o principal
vetor da Doença de Chagas
no nordeste do Brasil

Carolina Dale
Letícia Paschoaletto
Jane Costa

Laboratório de Biodiversidade Entomológica


Instituto Oswaldo Cruz
Fundação Oswaldo Cruz

Rio de Janeiro
2019
AGRADECIMENTOS
À Heloisa Diniz, do Serviço de Produção e
Tratamento de Imagem, pela diagramação e
editoração deste material.
Ao Dr. Cleber Galvão pelas imagens de
Triatoma petrochiae.

2
E sta cartilha com linguagem clara e objetiva inclui os principais avanços
nas pesquisas sobre o complexo Triatoma brasiliensis, hoje constituído
por oito membros, sendo um deles Triatoma brasiliensis brasiliensis, o
principal vetor da doença de Chagas nas áreas semiáridas no nordeste do
Brasil.
Nos últimos anos, o contexto de transmissão dessa doença negligenciada,
vem se transformando bastante, e o acompanhamento das informações
publicadas com as mais distintas abordagens é fundamental para que
medidas de controle mais precisas possam ser efetivadas, impedindo assim
novos casos de transmissão.
Aqui, apresentamos com foco nos vetores do complexo T. brasiliensis,
informações atualizadas com base na literatura científica. Este trabalho foi
concebido para apoiar, principalmente, os técnicos das Secretarias de
Vigilância em Saúde, mas também poderá ser útil para estudantes e profes-
sores.
Nossa maior preocupação nesta iniciativa foi propiciar um retorno prático
para as imprescindíveis equipes técnicas das Secretarias de Saúde, no que
diz respeito ao acesso às informações, que muitas vezes são difíceis para
este segmento. Vale ressaltar, que as equipes técnicas das Secretarias de
Vigilância em Saúde em muito colaboram em nossos trabalhos, e são funda-
mentais para as investigações relacionadas ao monitoramento e a ecoepide-
miologia da doença de Chagas.
Neste espaço, aproveitamos também para agradecer a todos que, direta ou
indiretamente, enriqueceram das mais diversas formas a realização deste
material. Esperamos que esta cartilha possa agilizar, viabilizar e estimular
estudos e ações anti-vetorias, e neste contexto, minimizar a disseminação
da doença de Chagas.
As autoras
3
Autores

Carolina Dale
Bióloga pela Universidade de Santa Úrsula, Mestre e Doutora em
Biodiversidade e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente é
Pesquisadora em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ,
no Laboratório de Biodiversidade Entomológica.
CV: http://lattes.cnpq.br/5756745478190750

Letícia Paschoaletto
Bióloga pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro e Gestora Ambiental pela Universidade Norte do Paraná.
Atualmente é professora e atua no Laboratório de Biodiversidade
Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ.
CV: http://lattes.cnpq.br/8942781436254429

Jane Costa
Bióloga pela Universidade de Santa Úrsula, Mestre e Doutora em
Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz. Possui Pós-
Doutorado no "Centers for Disease Control and Prevention"- CDC -
Atlanta, GA USA. Atualmente é Pesquisadora Titular do Instituto
Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, Chefe Substituta do Laboratório de
Biodiversidade Entomológica.
CV: http://lattes.cnpq.br/5656219046641049

4
Índice
Apresentação ......................................................................................................... 6
A doença de Chagas ............................................................................................... 7
Formas de transmissão .......................................................................................... 8
O parasito: Trypanosona cruzi ................................................................................ 9
Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi ......................................................... 10
A doença de Chagas na região Nordeste ............................................................... 11
Triatomíneos: Vetores da doença de Chagas ......................................................... 12
O complexo Triatoma brasiliensis ......................................................................... 13
Triatoma brasiliensis brasiliensis .................................................................. 14
Triatoma brasiliensis macromelasoma ......................................................... 15
Triatoma melanica ....................................................................................... 16
Triatoma juazeirensis ................................................................................... 17
Triatoma sherlocki ....................................................................................... 18
Triatoma petrochiae .................................................................................... 19
Triatoma lenti .............................................................................................. 20
Triatoma bahiensis ...................................................................................... 21
Chave de Identificação para o complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013) ................................................................................................ 22
Diferentes padrões cromáticos apresentados pelo por
Triatoma b. brasiliensis e membros do Complexo T. brasiliensis
coletados em Pernambuco ................................................................................... 29
Conclusões ........................................................................................................... 30
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 31

5
Apresentação

N o início do século XX, durante uma expedição para o combate a malária na


cidade de Lassance, o médico Carlos Ribeiro Justiniano Chagas reconheceu
e descreveu uma nova doença: A doença de Chagas (DC). Essa descoberta
representou um marco na história da medicina, foi a primeira descrição de uma
doença que incluía informações sobre o vetor (inseto hematófago), o parasito
(agente etiológico: Trypanosoma cruzi), e a nova doença (seus aspectos clínicos).
Sua distribuição vai desde o México até a Argentina, e nas últimas décadas, com o
aumento da imigração, foram reportados casos da doença tanto nos Estados
Unidos, como no Canadá, Europa e alguns países do leste do Pacífico principal-
mente a casos relacionados a doação de sangue e transplante de órgãos.
Apesar do sucesso dos programas de controle, segundo a Organização Mundial
de Saúde em 2015, estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas estão infectadas
e que mais de 25 milhões possam estar vivendo em áreas de risco. Recentemente
a OMS reconheceu a data 14 de abril como o dia mundial da DC.
Devido a ausência de vacinas e drogas mais efetivas, os programas de controle
são baseados no combate ao inseto vetor, através da melhoria das habitações e a
aplicação de inseticidas. Porém, o conhecimento da taxonomia, biologia e do
potencial epidemiológico das diferentes espécies de triatomíneos são de grande
importância para a elaboração dessas medidas nas áreas de risco (Costa e
Lorenzo, 2009b; Coura e Dias, 2009).
Em cartilha anterior, Doença de Chagas e seus Principais vetores no Brasil, apre-
sentamos informações atualizadas sobre a doença incluindo transmissão, agente
etiológico e sintomas, vetores e sua morfologia e biologia, principais barbeiros
transmissores de T. cruzi no Brasil, controle da DC e vigilância epidemiológica.
Nessa nova cartilha você encontrá de forma simples, clara e objetiva as atualiza-
ções sobre a distribuição e a chave de identificação dos vetores da doença de
chagas do complexo Triatoma brasiliensis, além de informações sobre transmis-
são e ciclo biológico do Trypanosoma cruzi. O conteúdo está direcionado princi-
palmente aos técnicos e profissionais que atuam no controle e na vigilância dos
vetores da doença de Chagas no nordeste do Brasil.
6
A doença de Chagas

D escrita em 1909 pelo médico sanitarista Carlos Chagas (fig. 1), a


doença de Chagas (DC) ou Tripanosomíase Americana, é uma
infecção parasitária causada pelo protozoário flagelado
Trypanosoma cruzi (fig. 2) (Chagas, 1909).
A principal forma de transmissão do parasito, ao homem e outros
mamíferos, é principalmente, através das fezes infectadas de
insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) vulgarmente
conhecidos como barbeiros. Durante a sua alimentação, o inseto
defeca eliminando junto com suas fezes e urina os protozoários.
Estes parasitos ficam em contato com pele, próximo ao local da
picada, e ao coçar os mesmo são "jogados" por essa "porta" dentro
no corpo humano.
A doença de Chagas ocorre exclusivamente nas Américas e pode ser Figura 1. Carlos Chagas
encontrada desde a Argentina até o México. Porém nos últimos (fonte: IOC/Fiocruz).
anos alguns casos da DC foram reportados em locais como Canadá,
Estados Unidos e até mesmo Europa (Norman e col., 2010; Pérez
Ayala e col., 2010; Coura e Dias, 2009 e Coura e Viñas, 2010).
Apesar do sucesso dos programas de controle, esta doença ainda é
considerada de caráter socioeconômico, sendo a quarta principal
endemia das Américas e, atualmente, estima-se que afete entre 6 e
7 milhões de pessoas e que mais de 25 milhões de indivíduos vivam
em áreas de risco (WHO, 2015).
Figura 2.Trypanosoma cruzi
Devido à ausência de vacinas e de drogas mais efetivas, os progra- (fonte: Rubem Barreto - IOC/Fiocruz).
mas de controle permanecem fundamentados no combate da
transmissão vetorial através de ações químicas (utilização de
inseticidas de efeito residual) e de ações físicas (melhoria das
habitações). No Brasil, ainda são encontrados casos de DC: a) os que
aconteceram antes dos programas de controle; e B) casos e surtos
atuais provenientes das regiões Nordeste e Amazônica.

7
Formas de transmissão

A principal forma de transmissão da doença de Chagas para


o homem e outros mamíferos é através das fezes infectadas
dos insetos vetores vulgarmente conhecidos como “barbeiros”
(em outras regiões são chamados pelo nome de: procotó, potó,
chupão, chupança, fincão, bicudo, etc) (figura 1). Durante a
noite, ao encontrarem um hospedeiro (alimento) dele se aproxi-
Figura 1. Triatomíneo
mam e através da picada (pouco dolorosa), se alimentam através
(barbeiro). da sucção do sangue dos mesmos. Durante ou após a alimenta-
ção os barbeiros defecam sobre a pele, próximo ao local da
picada. Normalmente, mesmo sendo pouco dolorosa, a picada
provoca uma leve coceira, e ao coçar, a mão entra em contato
com as fezes contendo os tripanossomatideos e esses acabam
penetrando na pele, através do local da picada e vão para a
corrente sanguínea. Em alguns casos, a mão contendo fezes
infectadas quando em contato com as mucosas (olhos e boca)
Figura 2. Transmissão congênita. podem também promover a infecção (Argolo e col. 2008; Galvão
e Jurberg, 2015).
Mas essa não é a única forma de transmissão da doença. Existem
outras formas como:
- transmissão congênita: de mãe para filho. A mãe portadora da
doença de Chagas transmite a doença para o filho durante a
Figura 3. Transfusão sanguínea. gravidez ou aleitamento materno (figura 2);
- transfusão de sangue (figura 3);
- transplante de órgãos: recepção de órgãos transplantados de
indivíduos infectados;
- acidentes de laboratório;
- contaminação oral: através da ingestão de alimentos contendo
fezes de barbeiros infectados (ex. figura 4. suco do açaí -
Figura 4. Alimentos contaminação por fezes ou maceração de insetos contendo
contaminados. parasitos) (Valente e col.2009).
8
O parasito: Trypanosoma cruzi

O parasito Trypanosoma cruzi, é heteroxênico, se


desenvolve em vários hospedeiros. Pertence ao
filo Sarcomastigophora, subfilo Mastigophora, ordem
Kinetoplastida (Chagas, 1909; Simpson, 1987).

Possui diferentes formas (Argolo et al. 2008):


a) epimastigotas - ocorre no inseto vetor
b) amastigotas - ocorre em mamíferos (dentro das
células)
c) tripomastigota metacíclica - forma infectante que
ocorre dentro do inseto vetor

São conhecidos dois ciclos de transmissão do parasito


(Argolo et al. 2008):

1. Ciclo Silvestre.
Este é o ciclo original da DC, nos quais participam
mais duzentas espécies de hospedeiros e triatomíne-
os silvestres, onde o T. cruzi circula entre mamíferos
silvestres através do inseto vetor.

2. Ciclo Doméstico.
É o ciclo mais estudado. Neste, além do homem
vários animais sinantrópicos e triatomíneos estão
envolvidos. Este ciclo pode ocorrer no peri e no
intradomicílio. Este ciclo teve início quando o homem
passou a ocupar ecótopos silvestres, construindo
abrigos ou moradias rurais criando assim novos
hábitats propícios ao desenvolvimento dos vetores.

9
Ciclo de Transmissão do Trypanosoma cruzi

Ciclo de transmissão do Trypanosoma cruzi (simplificado). Fonte: infográfico: Nevício Ribeiro, ICICT/Fiocruz.

10
A doença de Chagas na Região Nordeste

A região nordeste é uma das cinco regiões do Brasil


definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE; http://www.ibge.gov.br) e.possui o
maior número de estados (nove no total): Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco (incluindo
o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o
Arquipiélago de São Pedro e São Paulo), Rio Grande do
Norte (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das
Rocas) e Sergipe. A vegetação nordestina inclui desde a
Mata Atlântica (floresta tropical úmida de encosta) no
Litoral à Mata dos Cocais (formação vegetal de transição
entre os climas semi-árido, equatorial e tropical) no
meio-Norte, ecossistemas como os manguezais
(ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes
terrestres e marinhos, uma zona úmida característica de
regiões tropicais e subtropicais.
Os inquéritos nacionais de prevalência e distribuição dos
vetores (Castro Filho e Silveira, 1984) mostraram que a
região nordeste foi a segunda em número de infectados e
de índices de infestação triatomínica entre 1975 e 1980
(Silveira e col., 1984). Até o momento, a região ainda
preocupa em termos de risco de transmissão de doença
de Chagas humana, devido às circunstâncias regionais
que permanecem socialmente muito pobres com
vivendas apropriadas para a colonização do triatomíneo
(Bezerra e col. 2014; Forattini e col. 1982; Costa e col.
2003; Dias, 2006; Lilioso e col. 2017).

11
Triatomíneos: Vetores da doença de Chagas

T riatomíneos, são insetos vetores pertencentes à Ordem


Hemiptera, Família Reduviidae e subfamília Triatominae. Hoje,
mais de 170 espécies são conhecidas e as mais importantes em
termos de epidemiológicos pertencem aos três gêneros: Rhodnius,
Triatoma e Panstrongylus.
Os triatomíneos apresentam desenvolvimento hemimetabólico, com
cinco estádios ninfais anteriores à fase adulta (Lent e Wygodzinsky
1979). As ninfas diferem dos adultos pela ausência de ocelos e asas,
principalmente.
São hematófagos estritos, se alimentando normalmente de sangue
de aves e mamíferos, embora haja alguns casos em que ocorra a
ingestão de sangue de animais ectotérmicos, como lagartos, ou
mesmo da hemolinfa de outros artrópodes.
Possuem cabeça, na sua maioria, alongada e subcilíndrica, um par de
antenas, seis pares de pernas, dois pares de asas e um par de olhos.
Lembrando que a distância entre o tubérculo antenífero (que fica na
base da antena) e os olhos é uma característica muito importante
para a identificação de alguns gêneros. O aparelho bucal é tipo
picador-sugador formado por três partes (segmentos).
No ambiente silvestre, os triatomíneos do gênero Triatoma são, em
geral, encontrados em pilhas de pedras, ocos ou rachaduras de
árvores, normalmente estão associados a pequenos mamíferos e
aves.
Em geral, têm tamanho entre 2 e 3 cm, mas podem variar de 0,5 a 4,5
cm. Sua cabeça é longa, os olhos salientes, as antenas implantadas
nas laterais da cabeça e o rostro fica dobrado sob a mesma, sendo
curto e reto, não ultrapassando o primeiro par de pernas.

12
O Complexo Triatoma brasiliensis

O termo “complexo Triatoma brasiliensis” se refere ao conjunto das


diferentes espécies e subespécies anteriormente consideradas apenas
como variações cromáticas de T. brasiliensis (Lent & Wygodzinsky, 1979).
Nele inclui-se o principal vetor da doença de Chagas nas regiões semi-áridas
do nordeste brasileiro. O histórico taxonômico e a composição do complexo
são apresentados a seguir.
A primeira espécie do complexo, T. brasiliensis, foi descrita por Neiva (1911).
Neiva & Lent (1941) descreveram um novo padrão de T. brasiliensis, uma
subespécie à qual deram o nome de T. brasiliensis melanica, com base em
exemplares coletados em Espinosa (MG). Desse modo, a forma nominativa
também é considerada uma subespécie: T. brasiliensis brasiliensis. Galvão
(1956) descreveu mais uma subespécie, T. brasiliensis macromelasoma, com
base em exemplares coletados em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Entretanto,
Lent & Wygodzinsky (1979), afirmando que padrões intermediários entre os
mencionados acima podiam ser encontrados na natureza, sinonimizaram
todas as subespécies, considerando-as apenas como variações da primeira
espécie descrita, T. brasiliensis.
Os estudos morfológicos, biológicos, ecológicos e moleculares realizados por
Costa (1997), Costa et al. (1997a, 1997b, 1998, 2002, 2003b), Monteiro et al.
(2004) mostraram que tais diferenças de coloração observadas representam,
na verdade, a existência de três espécies, sendo uma delas com duas subes-
pécies. Como resultado taxonômico, uma nova espécie foi descrita, T. juazei-
rensis (Costa & Felix, 2007), e a subespécie T. bras. melanica foi elevada à
categoria de espécie, T. melanica (Costa et al., 2006). É sugerido ainda, na
presente publicação, que as duas subespécies restantes, T. bras. brasiliensis e
T. bras. macromelasoma, sejam consideradas como válidas.
Posteriormente, Mendonça e col. 2009 e Oliveira e col. 2017 com base em
ferramentas moleculares sugeriram a inclusão de mais três espécies neste
complexo que agora está constituída de 8 membros. A seguir apresentamos a
chave de identificação para o grupo de espécies do complexo Triatoma
brasiliensis.
13
Triatoma brasiliensis brasiliensis
Neiva, 1911

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 21-23 mm.
Fêmea - 22-25 mm.

l Coloração geral amarelo-acastanhada com o colarinho


amarelado no centro. Pronoto com faixas longitudinais
amarelas, que ficam mais largas até atingirem o bordo
posterior. Asas com membrana clara.

l Trocânteres predominantemente amarelos, fêmures


com anel mediano largo.

l Fosseta esponjosa nas tíbias anteriores e medianas dos


machos (ausente nas fêmeas).

Distribuição geográfica: Maranhão,


Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Alagoas, Sergipe, Tocantins e
Goiás. Costa e col. 2014.

14
Triatoma brasiliensis macromelasoma
Galvão, 1956

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 20-22 mm.
Fêmea - 21-22 mm.

l Coloração geral negro-amarelada, com o colarinho


negro. Pronoto com faixas amarelas não triangulares,
que vão desde o final do lobo anterior até o final do lobo
posterior (mas não atingem a margem). Membrana das
asas com células internas parcialmente enegrecidas.

Distribuição geográfica: Pernambuco.


Costa e cols. 2014.

15
Triatoma melanica
Neiva & Lent, 1941

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 20,3-24 mm.
Fêmea - 21-24 mm.

l Coloração geral negra com áreas amareladas e colarinho


negro. Pronoto com faixas triangulares no lobo posteri-
or, mas não atingindo o lobo anterior, mais largas até
atingirem o bordo posterior do pronoto. Membrana das
asas com células internas totalmente negras.

l Trocânteres escuros, fêmures com manchas claras sem


anel nítido.

l Fosseta esponjosa nas tíbias anteriores dos machos


(ausente nas fêmeas).

Distribuição geográfica: Espinosa e


Porteirinha (norte de Minas Gerais) e
Urandi (sul da Bahia). Costa e cols. 2014.

16
Triatoma juazeirensis
Costa & Felix, 2007

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 20-24 mm.
Fêmea - 23-25,5 mm.

l Coloração geral negra com áreas amarelas a castanhas.


Pronoto inteiramente negro podendo apresentar
pequenos pontos castanhos na parte anterior da carena
submediana. membrana das asas com células internas
parcialmente enegrecidas.

l Fêmures inteiramente negros.

l Fosseta esponjosa nas tíbias anteriores e medianas dos


machos (ausente nas fêmeas).

Distribuição geográfica: Bahia. Costa e


cols. 2014.

17
Triatoma sherlocki
Papa, Jurberg, Carcavallo, Cerqueira & Barata, 2002

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 19-23 mm.
Fêmea - 19-26 mm.

l Coloração geral castanho escuro a preto com áreas


laranja-avaermelhadas semi-circulares no conexivo.
Pronoto de coloração castanho escuro a preto. Asas
curtas não atingindo o final do abdômen. Membrana das
asas marrom a cinza com nervuras mais escuras.

l Pernas predominantemente negras, com anel laranja -


avermelhado em todos os fêmures (anterior, mediano e
posterior).

l Fosseta esponjosa ausente nas tíbias.

Distribuição geográfica: Bahia. Costa e


cols. 2014.

18
Triatoma petrocchiae
Pinto & Barreto, 1925

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 17- 21,5mm.
Fêmea - 18- 23mm.

l Coloração geral castanho escuro com manchas amarela-


das no pronoto, escutelo, hemiélitro e conexivo. Pronoto
castanho escuro amarelado no colar, nas calosidades
discais e em alguns casos nas margens laterais do lobo
anterior.

l Pernas negras.

l Fosseta esponjosas ausentes em ambos os sexos.

Distribuição geográfica: Bahia, Ceará,


Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do
Norte (distribuição não georreferenciada).

19
Triatoma lenti
Sherlock & Serafim, 1967

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 25- 26 mm.
Fêmea - 26,5- 27,5 mm.

l Coloração geral negra tendo manchas amarelas ou


alaranjadas no pescoço, conexivo e raramente no cório.
Pronoto totalmente negro, não granuloso.

l Fêmures anteriores e medianos com 1 par de pequenos


dentículos subapicais.

l Fosseta esponjosas presentes nas tíbias anteriores e


médias dos machos, ausentes nas fêmeas.

Distribuição geográfica: Bahia e Goiás


(distribuição não georreferenciada).

20
Triatoma bahiensis
Sherlock & Serafim, 1967

Descrição:

l Comprimento total:
Macho - 25- 26 mm.
Fêmea - 26,5- 27,5 mm.

l Coloração geral negra com manchas laranja-


avermelhadas no conexivo maiores que as de T. lenti.
Pronoto totalmente negro, não granuloso.

l Pernas negras.

Distribuição geográfica: Bahia e Goiás


(distribuição não georreferenciada).

21
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013; Dale et al. 2018)

1a. Espécimes braquipteros (machos e fêmeas com asas curtas), hemiélitros não estendendo-se
após a margem posterior do urotergito (VI); pernas extraordinariamente longas; coloração geral
marrom escura a preto, conexivo e fêmur com marcas laranja-avermelhadas ... T. sherlocki (BA)

1b. Espécimes macrópteros, hemiélitros atingindo ou quase atingindo o urotergito VII ............ 2

22
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

2a. Antenas com o primeiro segmento curto, bem afastado do ápice do clípeo ..... T. petrocchiae
................................................................................................................(BA, CE, PB, PE, RN)

2b. Antenas com primeiro segmento atingindo ou quase atingindo o nível do ápice do clípeo ... 3

23
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

3a. Pronoto com 1+1 faixas ou áreas claras ................................................................................ 4

3b. Pronoto com lobo anterior totalmente escuro ..................................................................... 6

24
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

4a. Pronoto com 1+1 faixas estreitas amarelo-acastanhadas; membrana dos hemiélitros com a
luz das células parcialmente escurecidas ............................ T. brasiliensis macromelasoma (PE)

4b. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhadas grandes, alongadas; membrana dos
hemiélitros com a luz das células escurecidas inteiramente ou não ........................................... 5

25
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

5a. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhado que se estendem da porção posterior do lobo
anterior até o lobo posterior; fêmur com grandes anéis amarelo-acastanhados; membrana das
asas com o células não escurecidas; machos com fosse esponjosa nas tíbias anteriores e
medianas ............................................................ T. brasiliensis brasiliensis (CE, MA, PB, PI, RN)

5b. Pronoto com 1+1 áreas amarelo-acastanhadas somente no lobo posterior; fêmur com anéis
estreitos de coloração amarelo-acastanhada; membrana das asas com células inteiramente
escurecidas; machos com fosseta esponjosa nas tíbias anteriores ............. T. melanica (BA, MG)

26
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

6a. Pronoto com lobo anterior preto e lobo posterior rugoso; raramente com poucas marcas
inconspícuas amarelo-acastanhadas; Cório amarelo-claro, com áreas escuras de extensão
variável; Pernas negas com áreas claras nos trocanteres ................................ T. juazeirensis (BA)

6b. Pronoto totalmente negro, não granuloso, ângulos antero-laterais curtos e arredondados
apicalmente. Cório e clavos marrom escuro a preto e membrana castanho escura; Pernas
uniformemente negras ............................................................................................................. 7

27
Chave de identificação para o Complexo Triatoma brasiliensis
(Costa et al. 2013)

7a. Escutelo com porção posterior da depressão central afilada; primeiro segmento abdominal
sem proeminências; região anterior do protorax em vista ventral (perto do sulco estridulatório)
apresenta uma depressão; região posterior do sulco estridulatório com arestas arredondadas e
bem definidas; mesotórax é liso e arredondado ........................................................ T. lenti (BA)

7b. Escutelo com porção posterior da depressão central arredondada; primeiro segmento
abdominal com duas proeminências laterais; sem depressão na região anterior do protorax;
mesotórax com uma projeção longitudinal central retangular .......................... T. bahiensis (BA)

28
Diferentes padrões cromáticos apresentados pelo por Triatoma b. brasiliensis
e membros do Complexo T. brasiliensis coletados em Pernambuco

Costa et al., (2016) investigaram a existência de diferentes padrões cromáticos intermediários.


De acordo com resultados de ferramentas molecurares esta varialbilidade é resultados de
cruzamentos entre: T. b. macromelasoma, T. b. brasiliensis e T. juazeirensis.

Padrões cromáticos apresentados pelo complexo Triatoma brasiliensis. 2A: os membros do


complexo Triatoma brasiliensis coletados em Pernambuco (T. b. brasiliensis, T. b.
macromelasoma, T. juazeirensis); 2B: fenótipos cromáticos distintos encontrados no estado de
Pernambuco.
Insetos utilizados para os estudos aqui mencionados estão depositados nas coleções
entomológicas do Instituto Oswaldo Cruz, principalmente na Arthur Neiva, Cesar Pinto, Jane
Costa & Lima Neiva (Costa et al., 2014; Cerri et al., 2015)
29
Conclusão

Estudos sobre os membros do complexo de espécies


Triatoma brasiliensis tiveram início em 1997 e desde
então, muitas informações sobres os vetores deste
grupo vem trazendo base para o entendimento,
monitoramento e medidas de controle mais precisas
na região nordeste do Brasil, principalmente. Essas
pesquisas demonstraram que T. b. brasiliensis é o mais
importante vetor deste grupo em termos
epidemiológicos. Este vetor apresenta altos
percentuais de infestação domiciliar e índices de
infecção (Costa et al 2003a), o que levou Lilioso et al
2017 a atribuir a esta sub-espécie o surto recente de
doença de Chagas que aconteceu no estado do Rio
Grande do Norte (Vargas et al 2018). Além disso,
através de marcadores moleculares, foi demonstrada a
existência de populações de T. b. brasiliensis
permanentes e incontroláveis nas áreas silvestes, com
alta prevalência de T. cruzi (Almeida et al 2008, 2016) e
diferentes fenótipos capturados em Pernambuco, cujo
potencial vetorial ainda está por ser investigado (Costa
et al 2016). Estas análises vem reforçando a grande
importância dos serviços de monitoramento sobre os
vetores de Chagas desenvolvidos pelas Secretarias de
Vigilância em Saúde bem como sua intensificação para
responder aos inúmeros desafios frente as constantes
mudanças climáticas e ambientais.

30
Referências Bibliográficas
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