Escatologia Vol 01

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Professor Jean Carlos Th.

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Professor Jean Carlos Th.D

Escatologia Explicada

Jean Carlos da Silva

A vida após a morte,


Os selos, trombetas
e taças do Apocalipse.

VOLUME 01

Todos os direitos reservados ao autor:


Jean Carlos da Silva

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Escatologia Explicada - Volume 1
É proibida a reprodução, total ou parcial, por quaisquer
meios mecânicos, eletrônicos e xerográficos, deste livro.

Carlos, Jean
Escatologia explicada – Da vida após
a morte ao arrebatamento da igreja/ Jean Carlos. –
São Paulo: Plenitude Publicações, 2009 (Coleção
escatológica)

Obra em 3 v.

1. Bíblia. Apocalipse – Crítica e


interpretação 2. Arrebatamento 3. Escatologia geral.
4. Exegese escatológica. 5. hermenêutica
I. Titulo. II. Série.

CDD – 228
231. 76
236. 9

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Professor Jean Carlos Th.D
1a Edição:
Dezembro de 2007 – 1. 000 exemplares

Reimpressões:
Agosto de 2008 – 500 exemplares
Janeiro de 2009 – 300 exemplares

2a Edição:
Fevereiro de 2010 - 500 exemplares

Revisão do texto em português


João Lira

Diagramação
JC Publicações

Fotos na capa
Jean Carlos

Capa
Professor Jean Carlos

Digitação do português
Professor Jean Carlos

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Escatologia Explicada - Volume 1
TEXTO GREGO UTILIZADO

UBS – United Bible Societies – 27a Edição

H KAINH DIAQHKH. O Novo testamento grego. Texto


recebido

THE TRINITARIAN BIBLE SOCIETY. 1902

Todas as citações foram extraídas da Bíblia Edição Revista


Corrigida, salvo quando ocorrerem outras citações

Contatos e pedidos
Tel.: (11) 3928-4441/98296-5144
[email protected]
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Professor Jean Carlos Th.D
SUMÁRIO
UNIDADE I
QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1. Agradecimentos....................................................11
Introdução.......................................................13
Formas de interpretação.................................13
Escolas interpretativas....................................14
2. Doutrinas sobre o milênio.....................................14
3. Doutrinas sobre a grande tribulação....................16

UNIDADE II
A VIDA APÓS A MORTE
4. Estado intermediário............................................29
5. Parapsicologia......................................................37
6. Inferno..................................................................40
7. Exegese de Lucas 16. 19.....................................47

UNIDADE III
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
8. A segunda vinda de Cristo....................................58

UNIDADE IV
09. Tribunal de Cristo...............................................74
10. As bodas do Cordeiro.........................................79

UNIDADE V
11. A grande tribulação.............................................82
12. Setenta semanas de Daniel...............................92
13. Selos do Apocalipse.........................................106
14. Trombetas do Apocalipse.................................118
15. Taças do Apocalipse........................................127
Bibliografia.............................................................133

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UNIDADE I
Questões Introdutórias
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Professor Jean Carlos Th.D
AGRADECIMENTO
Ao grande e eterno Deus, por ter-me agraciado com
esse tão maravilhoso dom da escrita.
À minha querida esposa, que tem compreendido
integralmente o meu ministério: ensinar por meio da
escrita.
Ao presidente da AD ministério de Perus, Pr. Dr.
Elias Cardoso e toda a presidência, ao nosso pastor
regional, Vantuiu Ribeiro, pelo constante apoio, aos
nossos irmãos local na simples, mais abençoada
congregação em parque de taipas, a todos os pastores
de congregações em na abençoada regional, são
eles: Sebastião, Daniel, Cícero, João Batista, entre
outros, a todos os pastores de regionais, setores
onde destaco alguns: Daniel (Mairiporã), Davi Bispo
(Remédios), Antonio Lopes (Franco Da Rocha),
Erivaldo (vila perus), Nerival Accioly (Mauá), Mailtom
Santos (presidente da regional em Francisco Morato),
Custódio Valério, Antonio Baleeiro, Davi Gregório,
André Reis, Jucelino Macedo, Valter Oliveira, Jesiel
Pontes, Edney Gonsalves (Francisco Morato) e
congregações que apoiam e nos convidam para aulas,
pregações e palestras.
Aos pastores do Ministério de Madureira em
São Paulo e no Brasil que apoiam e nos convidam
para aulas, pregações e palestras, são eles: Jasom
Secundo, presidente em Carapicuíba, o seu primo,
Davi Secundo presidente da AD em Curitiba – PR,
aos pastores em Suzano, campo de Mogi das Cruzes,
em especial ao querido pastor Eliseu Santos, Jaquel,
Antonio (Vila Piauí), Jaime (Marília) e tantos outros
homens de Deus de Madureira.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Aos pastores do Ministério de Belém em
São Paulo e no Brasil que apóiam e nos convidam
para aulas, pregações e palestras, Dr. Reinaldo
Vasconcelos diretor da FACETEOS (Osasco), Gersom
em (Francisco Morato), Paulo Magalhães (responsável
pelo abençoado setor 25), Messias Sabino, ambos
em Caieiras – SP, entre outros homens de Deus.
Aos pastores da AD no Rio Grande
Do Norte, em especial ao Pastor Francisco
Oliveira e ao Patriarca Cícero, ambos na cidade
Baraúnas (local onde ouvi a primeira promessa
de meu ministério do ensino) onde me receberam
carinhosamente, também aos pastores de Mossoró.
Aos pastores da AD em Fortaleza em especial
pastor Paulo Pinho, aos pastores do Piauí e Maranhão
em especial o pastor João Batista.
Aos pastores da AD ministério do Ipiranga em
especial os pastores Alcides Favaro (presidente do
ministério), Antonio Evangelista, Dr. Edimar Ribeiro,
Liantes (vice-presidente), Estevão entre outros.
Aos pastores da AD ministério Paulistano em
especial ao Dr. Eliel e pastor Eli, entre outros obreiros
deste abençoado ministério.
Aos pastores de várias igrejas, comunidades
em São Paulo e no Brasil que apóiam e nos convidam
para aulas, pregações e palestras, se fosse citá-los
precisaria um livro somente para isto.
Aos meus alunos, em todos os pontos, seminários
e faculdades de São Paulo, que têm aprendido com
as minhas simples interpretações e exegeses das
Escrituras!

Prof. Jean Carlos


São Paulo, SP, abril de 2011
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Professor Jean Carlos Th.D
INTRODUÇÃO
Essa obra é mais uma das “grandes” e
importantes obras de minha autoria. É um resumo
dos nossos humildes escritos na área. Eu sei,
que nos artigos que publiquei, nas obras de áudio
gravada tanto em CD, em DVD e em outros assuntos
relacionados ao tema, o leitor acaba ficando muito em
campo subjetivo, isto é, querendo saber algo mais,
querendo perguntar, procurando por determinados
temas e acaba não encontrando. Foi pensando nisto,
que resolvi publicar esses livros. Eles estão escritos
em linguagem bem simples. Foi preparado para ser
usado por pastores, estudos sistemáticos e nos cultos
de ensino, por grupos de estudos em lares, em escolas
bíblicas dominicais, e em outros locais que envolva o
ministério tanto da pregação como do ensino.
Nesta obra, o leitor (a) é convidado(a) a refletir nos
temas mais importantes da escatologia bíblica.Assuntos
como; Arrebatamento da igreja, a vida após a morte,
tribunal de Cristo, a grande tribulação, o julgamento
do anticristo, julgamento das nações e muito mais.
Nesta obra, o leitor (a) poderá “confrontar” com
outras obras já existentes, porque essa disciplina em
si, já está aclopada com uma série de dificuldades.
Com certeza, uma ajuda aos iniciantes, aos amantes
da palavra profética, e, principalmente todos os servos
de Deus que esperam o arrebatamento.
O livro foi desenvolvido em sistemas de
unidades, cada unidade dividida em capítulos.
Alguns assuntos, de uma forma ou de outra
estarão abordados em mais de um lugar, como por
exemplo: o “abismo” temos um comentário sobre
o tema na unidade inicial e outro no volume três.
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Escatologia Explicada - Volume 1
Caso o aluno não concorde com algum
posicionamento nosso ou queira fazer alguma
observação e até tenha uma pergunta para se colocar
em pauta, entre em contato conosco e estaremos lhe
respondendo!

Professor Jean Carlos


Escritor
Tenha um bom estudo em nome de Jesus!

DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo “escatologia” é um termo técnico. É
formado por duas palavras gregas, veja;
“e)sxato/v, eskhatos”. Substantivo grego traduzido
por “último”; “logo/v, logos”. Tratado, estudo, doutrina.

Ao pé da letra, “escatologia” significa: doutrina


das últimas coisas. Portanto, é, a escatologia um
estudo dos últimos acontecimentos da história da
humanidade. Outros autores a identificam como a
doutrina das coisas finais. Fica claro de acordo com
a exposição das escrituras, que a escatologia está
relacionada com o campo profético, pois envolve o
campo das profecias, com respeito essas verdades
futuristas vejam o que disse o apóstolo João;

ARA “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe


deu para mostrar aos seus servos as coisas que
em breve devem acontecer e que ele, enviando
por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo
João” (AP 1:1) Almeida Revista Atualizada.

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Professor Jean Carlos Th.D
Formas de interpretação escatológica
Estar comprovado no contexto histórico que
ao longo dos séculos foram desenvolvidas diversas
formas de se entender a escatologia bíblica. Para
efeito de uma boa compreensão destacaremos as
principais delas, veja;

Preterista
O termo “preterista”, de certa forma tem ligação
com o termo português pretérito, que por sua vez tem
ligação com o “passado”, ou algo do passado. Agora,
com respeito a forma escatológica “preterista”, é a forma
interpretativa que diz que os acontecimentos (uma boa
parte) já aconteceram na época do império romano.
Segundo este pensamento, a expressão “últimos
dias”, sendo assim, nesta relação, já teria acontecido.

Futurista
Nesta forma interpretativa, considera a maioria
dos eventos escatológicos como não acontecidos.
Nesta interpretação, considera os capítulos 4-22 do
livro do Apocalipse, como ainda não cumpridos.

Histórica
Nesta forma de entendimento escatológico, as
mensagens em Daniel, Ezequiel e principalmente
no livro do Apocalipse, já aconteceram em toda
época da igreja, e ainda continuam dentro do quadro
eclesiológico dos nossos dias.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Idealista
Neste particular, considera os eventos
escatológicos como simbólicos. Neste modo de
entender, a escatologia não terá qualquer efeito
prático sobre a humanidade.

SÍNTESE DAS ESCOLAS INTERPRETATIVAS

Escola existencial
O principal expoente da formulação existencial,
foi mesmo Rudolf Bultmann (1884 - 1976). A formulação
existencialista já era presente no campo filosófico,
de acordo com os comentaristas contemporâneos.
Bultmann, não escreveu como especialista em teologia
sistemática, mas, como estudioso do Novo Testamento.
Vejamos as principais afirmações da escola;

· Ele tem um método, fazer separação principal do


seu pensamento;
· Interpretou a escatologia com uma visão
existencialista filosófica;
· Cria que Jesus, entendia o reino de Deus como
futuro, e a consumação, como futuro próximo.

Escola consistente
Sobre a origem do termo, está entre Joahanes
Weiss e Albert Schwetzer (1875- 1965). Desenvolveu
a amplitude da escola interpretativa, que acreditava
que as ações de Cristo eram escatológicas. De acordo
com alguns relatos históricos, a escola consistente
se formou da divisão, do cisma dos liberais. Alguns
ensinos de Schwetzer tinha interpretação já para
aqueles dias, em referência a escatologia.

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Professor Jean Carlos Th.D
Escola realizada
O principal expoente da terra foi Charles
Dodd (1884- 1973). De acordo com o ponto de vista
de Dodd, as previsões das sagradas escrituras já
se cumpriram nos tempos bíblicos, ele sustentava
que ainda, no momento presente, já não nos resta
nenhuma especulação profética. De certa forma, a
escatologia realizada tem um certo paralelismo com
a escatologia consistente. Sendo que a escatologia
realizada era antagônica aos ensinos de Cristo como
futuros. Por esta razão o nome realizada.

Escola individual
Neste particular interpretativo, com referência
ao contexto escatológico, a escatologia pessoal ou
individual acreditava que o contexto escatológico
está relacionado ao indivíduo. Isto se referindo a sua
morte, estado intermediário e outras. Neste particular
o contexto escatológico, nada tem haver com Israel,
ou igreja somente ao indivíduo.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 02
Doutrinas sobre o milênio
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Professor Jean Carlos Th.D
No volume TRÊS o aluno (a) encontrará uma exposição
doutrinária sobre o milênio. Mas, é preciso ver
também outras posições sobre outras correntes, veja;

Conceito amilenista
Ao pé da letra, “amilenismo” significa: “não ao
milênio”. O amilenismo é uma doutrina que segundo
alguns, todas as referências ao milênio devem ser
consideradas como simbólica ou alegórica, isto em
consideração aos bens concedidos à igreja, à Israel
e ao mundo. De certa forma o conceito amilenista
descarta a existência do milênio literal.

Síntese histórica sobre o amilenismo


Bom, a finalidade principal do amilenismo é
negar a existência do milênio literal, terrestre. Agora,
o amilenismo possui outros conceitos teológicos, veja;

· A Segunda vinda de Cristo se dará no fim da época


da igreja, não existe um milênio terrestre;
· Que o capítulo 20 do livro do Apocalipse teve o
seu emprego nas perseguições do império romano,
portanto, nada de futuro;
· Tratam a primeira ressurreição apenas como símbolo
triunfante dos mártires e
· Em (Ap 20. 4), a segunda ressurreição é a ressurreição
física ensinada no NT.

Conceito pós-milenista
Ao pé da letra, “pós-milênio” significa: depois do
milênio. Neste particular é a doutrina que o milênio é a
era de plena atuação de igreja aqui na terra. Enquanto
que o amilenismo não acredita no milênio terrestre, os
pós-milenistas crêem mais como período da igreja.
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Escatologia Explicada - Volume 1
Síntese histórica sobre o pós-milenismo
Os lideres da reforma, diz os historiadores,
continuaram com o pensamento amilenista, e não era
dada tanta importância ao contexto escatológico. Uma
grande mudança ao pensamento escatológico foi dada
com a chegada do pós-milenismo. Ele Daniel Whitby
(1638-1726), que deu origem a este ponto de vista.
Outros aderiram a este pensamento durante os anos.

PRINCIPAIS ENSINOS
Um dos fatores predominantes ao conceito
pós-milenista é o sucesso completo da pregação do
evangelho. Também no ponto de vista pós-milenista o
reino de Deus é uma realidade terrestre, que é algo
presente no momento. E por fim os mil anos descritos
no livro do Apocalipse capítulo 20, é tudo simbólico
em sua natureza e não tem idéia futura.

Conceito pré-milenista
Ao pé da letra, “pré-milenista” significa: “aquilo
que vem antes”. Agora, referindo-se ao agrupamento
doutrinário do pensamento pré-milenista, é a doutrina
segundo à qual o Senhor virá buscar a igreja para o
arrebatamento no final desta dispensação e posterior
a grande tribulação estabelecer o reino do milênio.

Síntese histórica sobre o pré-milenismo


Com o surgimento do pós-milenismo, houve
sensível retorno ao pré-milenismo após os primeiros
anos da reforma. De certa forma o pré-milenismo tem
raízes históricas na igreja primitiva, e teve grandes
protagonistas, mas, foi no período da idade média
que o pré-milenismo sofreu grande baixa, a grande
razão para este contexto foi o conceito de Agostinho.
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Professor Jean Carlos Th.D
PRINCIPAIS ENSINOS
A principal doutrina deste conceito é um milênio
terreno. Também destaque as duas ressurreições
uma referindo-se aos santos e outra aos ímpios.

RESUMO DAS TRÊS POSIÇÕES


O Amilenismo
O reino milenar nada de literal, é tudo espiritual,
sendo que na posição amilenista Cristo virá a qualquer
momento.

O pós-milenismo
Neste pensamento a igreja já está no milênio, e
(Ap 20. 4) é simbólico.

O pré-milenismo
Neste particular nada de figurado ou simbólico,
tudo é real. Jesus virá pessoalmente para estabelecer
o reino milenar de paz na terra.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 03
Doutrinas sobre a grande tribulação
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Professor Jean Carlos Th.D
Ao pé da letra, “pré-tribulacionismo” é, exatamente
antes da tribulação. Neste modo de ver escatologia,
significa: doutrina segundo à qual Jesus virá arrebatar
a igreja antes da grande tribulação. No ponto de vista
pré-tribulacionista, acredita-se que a grande tribulação
diz respeito somente aos judeus e aos gentios. Sendo
assim, no ponto de vista futurista, a igreja não passará
pela grande tribulação.

Síntese histórica do
pré - tribulacionismo
De acordo com os historiadores um dos tais
a fazer um tratado mais detalhado sobre a grande
tribulação foi Irineu, isto se referindo ao período
patrístico. De acordo com os historiadores Irineu
tinha um pensamento pré-milenista. Foi, contudo
na idade média que a interpretação escatológica foi
colocada como relevante, sendo adotado ao estudo
pré-tribulacionismo.
No século XIX, o pré-tribulacionismo explícito,
ocorreu com o ponto de vista de Jonh Nelsom (1800
-1882).

PRINCIPAIS ENSINOS
O fator predominante da escatologia pré-tribulacionista
é mesmo a ausência da igreja durante a grande
tribulação, e mais;
A primeira ressurreição terá duas ou até
três etapas, sendo a primeira no momento do
arrebatamento da igreja, enquanto que segunda na
tribulação e talvez, a terceira no milênio;
Cristo retornará depois da grande tribulação
para o estabelecimento do milênio na terra;
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Escatologia Explicada - Volume 1
Que não subir no arrebatamento sofrerá as
consequências da grande tribulação;
A Segunda ressurreição somente os ímpios
participarão.

pós-tribulacionista
Ao pé da letra, “pós-tribulacionista” significa:
depois da grande tribulação. Ao que tange ao campo
doutrinário, é a doutrina segundo à qual a igreja
será arrebatada somente após a grande tribulação.
Geralmente os textos de (Mt 24), são interpretados
como uma única vinda de Cristo à terra para arrebatar
a igreja.

Síntese histórica sobre o pós-milenismo


No período patrístico, especialmente Justino
Mártir (100 -165?), fica claro que defendia o pré-
milenismo, porém, acreditava que as previsões dos
sofrimentos fossem de certa forma tribulação. Sendo
que Jesus voltaria depois da tribulação. Então o pós-
milenismo seria a certo ponto coerente, no ponto de
visto de Justino. E o que dizer da oração de Tertuliano
para permanecer em pé perante Jesus diante
daquelas tribulações? Foi mesmo na idade média
que o pós-milenismo teve grande influência. Uma das
idéias mas defendidas do pós-milenismo é mesmo na
obra apócrifa de Barnabé, que é um dos mais antigos
escritos paralelo com a bíblia, que defende a igreja
passando pela grande tribulação.

Principais ensinos
O fator predominante do pós-milenismo é
mesmo que a igreja passará pela grande tribulação, e
mais;
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Professor Jean Carlos Th.D
· A igreja será poupada da ira, mas não da grande
tribulação;
· O pós-tribulacionista não confundem a “grande
tribulação”, com “tribulações”;
· No pós - tribulacionismo “aquele que detém”,
relatado nas epistola aos Tessalonissenses, é o
Espírito Santo, mas não é a igreja, segundo ainda
eles, em segundo plano não é nem o Espírito Santo
nem a igreja;

· O principal ensino do pós-tribulacionista é


mesmo a passagem da igreja pela grande tribulação;

Mid – tribulacionista
Ao pé da letra “mid-tribulacionismo”, indica “meio”.
Neste conceito que difere do pré-tribulacionismo e do
pós-tribulacionismo. O mid-tribulacionismo indica que
a igreja passará por metade da grande tribulação, ou
metade daquilo que é intensificado em (Dn 9. 24-27).
O mid-tribulacionismo ensina que a igreja
estará presente na terra durante uma parte da grande
tribulação, segundo este ponto de vista experimentará
uma parte dela, mas depois será tirada do pior momento
da tribulação. O principal fator do mid-tribulacionista é
a distinção entre uma grande tribulação da ira.

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UNIDADE II
A vida após a morte
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Capítulo 04
O Estado Intermediário
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Escatologia Explicada - Volume 1

Definição do Estado Intermediário

Duas questões polêmicas são levantadas no


contexto; de onde o homem veio e para onde ele
vai. Logo, entram em cena, “grandes” comentários
seculares, que na realidade só servem mesmo para
vender, pois, não trazem em si argumento profundo.

No estado intermediário, a vida após a morte;
corpo vai a sepultura, alma e espírito fazem junção e
vão a Deus, se estiverem em comunhão com Ele, já
os que estão sem Deus irão ao hades . Veja o gráfico
na outra página.
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Professor Jean Carlos Th.D
Intermediário, termo que vem do latim “intermédiaire”,
no português é aproximadamente do ano (1608).
Tem o sentido de ‘que está entre dois termos e forma
transição’; do lat. “Intermedìus”. Indo um pouco à
fundo pode se dizer que tem o sentido variado.

a) Que está no meio de; ou entre dois;


intermédio, interposto;

b) Meio-termo; transição;

c) Pessoa que intervém para conseguir


alguma coisa para outrem; mediador,
medianeiro;
Ex.: as partes em conflito aceitaram-no como
i. para apaziguá-las

d) Indivíduo que, em negócios, atua entre o


vendedor e o comprador ou entre o produtor
e o consumidor.

Isto pode ser simplificado com a pessoa do corretor.


Já com referência ao “estado intermediário na Bíblia”,
pode-se dizer que é: “o período que vai da morte à
ressurreição do indivíduo”. Fica claro na Bíblia que
todos os homens hão de morrerem (exceto os crentes
arrebatados), (Hb 9. 27), agora, na bíblia encontramos
também que todos também hão de ressuscitarem;
ou na primeira ou na segunda ressurreição.

É muito provável que os primeiros cristãos


não tinham uma idéia fundamentada no assunto. Na
maioria das vezes, eles acreditavam que os ímpios
iam direto para o inferno, enquanto que os justos
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Escatologia Explicada - Volume 1
imediatamente para o céu. Todavia, eles começaram
a estudar mais sobre o tema, até que a doutrina do
estado intermediário ser desenvolvida em Irineu,
Hilário, Ambrósio e Agostino.

Nesta dispensação o estado intermediário
começa com a morte do indivíduo, e se ele morreu
com Cristo, terminará na ressurreição na hora do
arrebatamento da igreja. Agora, se ele morreu sem
Cristo, só terminará com a segunda ressurreição no
grande juízo final.

De certa forma, este “estado” começa com a morte


do indivíduo. No caso daquele que morre com Deus
começa na sua morte, é claro, e termina no momento
do arrebatamento da igreja, quando a Bíblia diz que
acontece a primeira ressurreição, a frase “os que
morrerem em Cristo”, refere-se ao término deste
“estado”. (1 Tessa 4. 13-18).

O ESTADO INTERMEDIÁRIO
DO HOMEM SEM DEUS
Começa com sua morte, é claro, só terminará
no momento da segunda ressurreição; no julgamento
do grande trono branco.

O ESTADO INTERMEDIÁRIO NA GRANDE


TRIBULAÇÃO

Na grande tribulação também haverá este “estado”, e


por sinal pode ser o mais curto que os demais já alistados.

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Professor Jean Carlos Th.D
Quando começa? Também começará com a
morte do indivíduo. Aí, devemos fazer duas distinções:
aqueles que morrerem por causa das perseguições
efetuadas pelo anticristo, por não aceitarem o 666 ou
o governo do anticristo, começará na própria grande
tribulação e terminará no final dela (grande tribulação)
com a descida visível de Cristo (Zc 14. 1-3; Ap 19. 11).

Já aqueles que morrerem por pragas, pestes,


doenças entre outras misérias, estes que não se
converterem, começará também na própria grande
tribulação, e como os que morrem hoje sem Cristo, só
terminará no grande trono branco. (Ap14. 12, 13)

O termo em si é simples de responder, porém, o


conteúdo profundo e sistemático já não é tão simples
assim. Como substantivo feminino o termo “morte”
fala de; ato ou efeito de morrer, fim da vida animal ou
vegetal, saída da alma do corpo. Deu para observar
que, de todos os temos acima, nenhum é desconhecido.
De acordo com o IBEP (instituto Brasileiro de Edições
Pedagógicas), existem relacionados ao temo em foco,
entre verbos, adjetivos e substantivos, sessenta e
cinco (65), termos diretos e ligados ao termo “morte”.

Morte no contexto filosófico

A morte é uma única certeza do homem (apesar


de que no campo espiritual temos outras), com tal
certeza, torna-o certo o seu fim. O homem é finito. A
filosofia tinha a morte simbólica na prática, exemplo
a isto é o nascimento, que é considerado como
primeira “morte”, por este motivo que é relacionado à
primeira perda, primeira separação. O que acontece
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Escatologia Explicada - Volume 1
com o cordão umbilical? Acontece que a vida no útero
materno “encara” o novo habitat, do novo ambiente.
O grande filósofo Platão resumiu, seu pensamento
sobre a morte como liberdade de espírito. Outros
filósofos também falaram sobre o tema.

Morte no contexto bíblico


O termo grego traduzido é “qa/natov, thanatos”,
este aparece diversas vezes no NT.
O termo tanto pode referir-se a morte natural
(Mt 10. 21; 20. 18; Jo 11. 1), como a morte espiritual
(Mt 4. 16; Jo 8. 51; Rom 1. 32). Em primeira instância,
o termo grego, refere-se a separação do corpo da
alma, isto é, o homem interior separa-se do exterior.
O termo também traz um sentido de separação eterna
do homem da pessoa de Deus (morte eterna). A morte
então seria a separação do corpo da alma. A morte
para o servo de Deus é como um veículo, para Ele.
A Bíblia diz que é; reunir-se ao seu povo (Gn 49.33),
dormir com os seus pais (Dt 31. 16), voltar ao pó (Sl
104. 29), dormir (Jo 11. 11), espirar (At 5. 10), desfazer-
se de nossa casa terrestre (2 Co 5. 10). Lembrando
que a morte não é o final, mas o “início” de uma nova
etapa da existência humana, isto nada tem haver com
a doutrina espírita da reencarnação. De certa forma a
morte seria como “o término da existência humana”.

OUTRAS DEFINIÇÕES
Indo um pouco a fundo, teologicamente falando,
morte seria a separação do corpo da alma. A morte
teve introdução no mundo em conseqüência do
pecado de Adão e Eva (Gn 2. 17), como na bíblia
Adão é representante de toda a humanidade, logo,
toda a humanidade peca e morre (Rom 5. 13-15).
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Professor Jean Carlos Th.D
Agora, a bíblia diz que Cristo reverteu os efeitos da
morte veja em 1 Coríntios 15. 54-57

A BÍBLIA FALA DE DIVERSOS


TIPOS DE MORTE
Comprovação cientifica de vida após a morte

O termo foi muito debatido por grandes


pensadores como; Platão, Aristóteles, entre outros. A
vida após a morte e o retorno após a morte clinicamente
comprovada, tem sido objeto de muita discussão em
nossos dias. A idéia de retorno após a morte clinica
serve, como grande fundamento da imortalidade da
alma, existem diversas provas cientificas, clínicas sobre
pessoas, que a separação do corpo da alma já tinham
acontecido, isto é, já tinha morrido, estas pessoas
puderam perceber, de acordo com o testemunho
de especialistas, sentiram a sensação da morte.

É com base nestas experiências e em alguns


lugares das escrituras a morte clínica não é o término
das concepções espirituais do homem. A Tanatologia
(ciência que estuda a morte e o ato de morrer) tem
como perita a Doutora Elizabet K., dizem que ela teve
diversas experiências na área.

A doutora em um dos seus escritos disse o


seguinte:

“As pessoas que abandonaram seus corpos


físicos, foram saudadas por alguém, há quem
muito estimava algumas pessoas...”
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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 05
Uma palavra sobre Parapsicologia
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Professor Jean Carlos Th.D
Todo comentário, tese, livro etc., que comenta assuntos
para-normais, telepáticos e vida após a morte, não
pode deixar de dar uma palavra sobre parapsicologia.
Hoje, nos dias atuais, não são poucos os que estão
tentando explicar os fenômenos, a luz da experiência
humana, estaria correto?

Definição
Nada melhor para definir tal termo como o
dicionário de parapsicologia e psicanálise. De acordo
com o dicionário, o termo em foco é composto de;
Para + psicológico; e se defini como: “uma disciplina
[ou matéria], ciência que investiga fenômenos
que, existindo em natureza, não são habituais, são
possível, mais incerto”. Que “ está debaixo do ponto
de vista qualitativo e sob o ponto de vista quantitativo,
tendo em vista uma sistematização e complexidade
do contexto os fenômenos do estudo”. O estudo é
aplicado em duas escolas, a saber;

Escola Norte-americana de Joseph Banks


Nesta escola, procura explicar os fenômenos
para-normais, como sendo de origem psicológica;

Escola Russa de Vasselien


Esta escola procura explicar os fenômenos
para-normais como sendo de origem fisiológica. Estas
duas escolas começaram a encarar os fenômenos.
O termo parapsicologia já era citado em meados de
1889 por Dessoir.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Parapsicologia x Metafísica
Charles Richet definiu assim a metafísica:
“Uma ciência que tem por objetivo a produção de
fenômenos, mecânicos e psicológicos, devido a força
que seres inteligentes ou poderes desconhecidos,
latentes na inteligência humana”

Considerando de uma maneira ampla das


definições dos especialistas tanto para metafísica
como para parapsicologia, somos levados à afirmar
que tanto uma ciência como a outra são a essência
da mesma coisa.

TERMOS LIGADOS À PARAPSICOLOGIA


Hipnose
Alucinação
Animismo
Telepatia
Clariaudiência
Autocopia intensa

Aparição

Clarividência

Correspondência cruzada

Redestesia

Escotografia

Xenoglossia

Regressão do tempo
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Professor Jean Carlos Th.D
A princípio, o contexto da parapsicologia seria
apenas um contexto cientifico, porém, conforme
vamos aprofundar no estudo, esta ciência, então
vai se envolvendo ao conceito místico-espiritismo,
até certo ponto, a parapsicologia parece ser apenas
uma ciência, mas, todavia, tentar explicar fenômenos
somente no contexto racional é perigoso, já que
fenômenos estranhos e ponha estranheza nisto, são
de certa forma de origem maligna. Sendo assim, entra
em ação a seguinte questão: como explicarei o invisível
somente com o uso da razão? Cabe-nos também
tentar explicar ou fornecer uma explicação sobre
as pessoas que apresentam poderes para-normais,
psicos, sem que tenha se envolvido com qualquer
tipo de prática oculta, ou até mesmo com uma prática
religiosa. Para alguns, isto nada mais é, que algumas
pessoas possuem certos poderes mentais inatos.

O “dom” neste caso seria voluntário ao


possuidor? Agora, todas as práticas no campo
da parapsicologia, hipnose, regressão, etc., de
onde estão vindo estas forças para-normais?
Seria exclusivamente da mente humana? A prática
parapsicológica de entortar garfos, colheres ou outros
objetos seriam exclusivamente da mente humana?

E onde fica a manipulação dos demônios neste


contexto? Tais fenômenos não podem ser atribuídos
a Satanás? Então, aqui concluirmos; até certo ponto a
para psicologia é uma ciência, porém, quando entra no
campo alheio parece ser mais uma forma disfarçada
de ocultismo, e mistura de velhas práticas ocultas.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 06
Inferno
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Professor Jean Carlos Th.D
No arraial evangélico “é o lugar do fogo, onde o diabo
governa...”, esta é a primeira impressão a este lugar.
Todavia, é preciso saber dos vários termos traduzido
tanto em hebraico como em grego, veja;

Definição
O termo “inferno” vem do latim, indicando um lugar
que fica sob a terra. O termo ainda pode conter outras
definições;

a) Lugar de suplício, penas, criado por


Deus, a princípio para colocar o diabo e
os demônios, que participaram da rebelião
contra Deus, no passado.

b) Lugar para custodiar as almas de todos os


que rejeitarem a obra expiatória do calvário
efetuada por Jesus.

O INFERNO E QUATRO TERMOS


INTERLIGADOS
SHEOL
Significa: “o mundo subterrâneo que recebe os mortos”.
É um lugar que não existe lembrança de Deus (Jó
10. 21, 22; Sl 6. 5), em síntese, o termo servia para
morada dos mortos sem Deus (Dt 32. 22; 2 Sm 22. 6).

Alguns eruditos acreditam, sem contudo


provarem com segurança, que no sheol, haveria
diversas repartições (Gn 37. 25; Num 16. 33). O termo
também indica trevas, escuridão (Is 38. 18).

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Escatologia Explicada - Volume 1
Evidentemente que já adiantamos acerca do
destino do homem com e sem Deus. Em síntese o
“sheol” seria a morada dos mortos (Dt 32. 22; 2 Sm 22.
6; Sl 18. 5). Observamos que em algumas traduções
que o termo hebraico é traduzido como “sepultura” e
“abismo”, porém, a meu ver, acho que também poderia
ser traduzido como inferno.

Com referência a situação etimológica da


palavra é incerta. A idéia inicial da palavra é que era
um lugar para os mortos, tanto bons como ruins.
Alguns eruditos acreditam que no local ou ambiente
existam duas repartições ou diversas (Num 16. 33).

HADES
O termo em foco é correspondente ao sheol do
AT. O mundo subterrâneo, como lugar dos mortos, ou
lugar invisível dos mortos (ver Ap 20. 13). Algumas
vezes o termo é traduzido como inferno (Mt 11. 23; Lc
10. 15; At 2. 27), a verdade é que hades é usado no
NT, para referir-se ao mundo dos mortos. De acordo
com a mitologia grega, hades estava aplicado ao
deus do submundo, o filho de Cronos. Diziam que
este dominava a região para onde iam os mortos.
Com referência ao contexto etimológico, o termo é
incerto, pelo menos duas sentenças são observadas,
veja; de acordo com alguns estudiosos, o termo
hades, deriva-se de “idein”, isto é, (ver), junto com um
prefixo negativo “a”, sendo assim, significa “invisível”.
Outros acreditam que o termo hades deriva-se de
“aianes”, isto é, (feio), sendo assim, teria o sentido de
“horripilante”, qualquer que seja as cláusulas, hades,
refere-se ao mundo dos mortos.

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Professor Jean Carlos Th.D
O “hades” não pode ser confundido com o
“lago de fogo” relatado no Apocalipse, mas deve
ser entendido como uma sala de espera, isto é; as
pessoas que lá se encontram, estão aguardando sua
sentença final; o próprio lago de fogo.

O “hades” é lugar de todos os mortos, só que
com uma diferença, hoje, nesta dispensação os
santos não se encontram mais lá, somente os que
partirem sem Cristo, como entender isto? De acordo
com Lucas 16. 19-24, havia um grande abismo que
separava os justos dos injustos, após a ressurreição
(Ef 4. 14), Cristo levou estes santos para o terceiro
céu (comparar Ef 4. 14 com 2 Co 12. 2, 4). Embora
esta afirmação não seja concordada por muitos.

GEENA
Este termo importantíssimo aparece 6 vezes no
NT (Mt 5. 22, 29; 23. 15; Mc 9. 45, 47; Tg 3. 6). Th\v
ge/enan tou= purou=, tês geenan tu puros. A luz do termo
grego, “geena” seria a habitação eterna dos ímpios.
Mas, também, pode indicar que no “geena”, não existe
ausência de sofrimento, pois, o termo geena, será sempre
está acompanhado com “fogo”, este componente
indica sofrimento. O termo grego também pode indicar
“o inferno”, ou para ser mais preciso o lago de fogo.

O termo grego é a forma hebraica “gê hinnôm”.


(vale de hinom). Literalmente falando, o vale de hinom,
ficava ao sul de Jerusalém, e tinha aproximadamente
dois KM de comprimento. Neste vale estava a
“tremenda” e horripilante obra ao deus moloque, a
divindade nacional dos Amonitas. De acordo com (1
Re 11. 5; Jr 49. 3) é chamado de Milcom ou Malcã.
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Escatologia Explicada - Volume 1
Ao contexto do deus Moloque, tinha o sacrifício de
crianças no fogo (ver 2 Re 16. 3; 21. 6), este tipo de
sacrifício, ficava no vale. Por motivo da consequência
da queda espiritual de Judá, eram praticadas pelos
idólatras, tais afrontas foram combatidas pelo “bom”
rei Josias, que profanou o vale, transformando-o em
um monturo.

A partir de então, o vale passou a receber os


corpos dos criminosos e de animais, que ali eram
queimados. O vale também passou a receber o lixo
da cidade de Jerusalém. Caro leitor (a), na cidade
de São Paulo, existe um bairro por nome de Perus, à
qual tem um “grande” lixão, enquanto os gases estão
em evidência o fogo jamais apaga-se. No vale de
hinom, não era diferente; como a quantidade de lixo
era considerável, a impressão era que o fogo jamais
se apagaria. Como o fogo era contínuo, então o termo
“vale de hinom”, tem o seu equivalente grego que é
justamente “geena”, como o fogo de hinom não se
“apagava”, então o seu correspondente Geena, passou
a ser sinônimo de inferno ou presença de sofrimento.

TARTARÔ:
O termo grego em foco, aparece unicamente em
(2 Pe 2. 4), e foi lá traduzido por “inferno”. De acordo
com a mitologia grega, tártaro se achava localizado
sob o hades, e indicava um abismo subterrâneo na
qual os deuses rebeldes e outros seres, como os titãs
eram punidos. Agora, sobre a localização do tartarô, é
muito possível, que esteja no hades, em uma repartição
(2 Pe 2. 4). “lançou-no mais profundo abismo...”, esta
é a idéia do termo, o mais profundo abismo no hades?
Contudo esta idéia é apenas especulativa.
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Professor Jean Carlos Th.D
ABISMO
Inicialmente, o termo indicava um lugar sem
fundo, sondável e às vezes indicava os oceanos (Sl
42. 7), posteriormente o termo passou a ter o sentido
de profundidade insondável, mundo subterrâneo,
habitações e prisões de demônios. O termo hebraico
para abismo têhom, e o grego “a)bu/ssov, abyssos”,
indica uma abertura vertical de fundo insondável,
cova sem fundo. O termo grego só no NT, aparece 9
vezes, a principal ideia do termo é mesmo “prisão de
demônios” (Lc 8. 51; Ap 9. 2). No Apocalipse é o lugar
designado para onde estará indo o diabo permanecer
durante o milênio (Ap 20. 1-3), trata-se de uma prisão
espiritual, que servirá para reprimi-lo. Agora, o porque
de alguns anjos caídos, ou “demônios” presos e outros
soltos, inclusive o próprio Satanás, a Bíblia não deixa
claro, alguns dizem, que o motivo, de alguns presos
é porque são mais fortes, com todo respeito, aos
escritores inclusive de renome, sobre isto contudo,
não vejo segurança para tal afirmação, pode ser
encarado como suposição!

LAGO DE FOGO
Termo em grego iu/mnen tou= pu/rov, iumnen tu
pyros. O termo em foco é o chamado lugar de tormento,
e até pode ser definido como “o inferno definitivo”.
Agora, é evidente que não podemos deixar de lado os
outros sentidos do termo, tais como; lugar de tormentos,
eterno suplício preparado por Deus. A princípio, para
lançar o diabo e os seus anjos, posteriormente para
custodiar os ímpios que se esquecem de Deus (Mt
24. 41). O lago de fogo, de acordo com o Apocalipse,
será inaugurado com a besta e o falso profeta (Ap
19. 20), depois o próprio diabo será lançado dentro e
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Escatologia Explicada - Volume 1
todos os ímpios, na ocasião do julgamento do trono
branco (Ap 20. 1-16). Ainda de acordo com o NT, ele
tem outros sinônimos, veja; trevas exteriores (Mt 25.
46), vergonha e horror eterno (Dn 12. 1-3), fornalha
acesa (Mt 13. 42), eterna destruição (2 Tess 1. 9),
juízo eterno (Hb 6. 2), algemas eternas (Jd 6), fogo e
enxofre (Ap 14. 10), a segunda morte (20. 14).

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Professor Jean Carlos Th.D

Capítulo 07
Exegese de Lucas 16. 19
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Escatologia Explicada - Volume 1
A primeira questão apresentada aqui por grupos
religiosos e até irmãos servos de Deus, hoje, é que
este texto é uma parábola. Alguns entendem que o
texto seja uma parábola outros não, todos os quais
dão suas sugestões.

MINHA MODESTA OPINIÃO


Fica claro que este texto não seja uma parábola, vou
apresentar alguns argumentos, veja;

As parábolas começam “o reino dos céus é


semelhante”, em outros textos temos “propôs uma
parábola”, ainda temos em outros lugares “a que
compararei”, o referido texto de Lucas como se inicia?
A frase não seria esta: “havia um homem...”?

Com os empregos gramaticais de (eimi), tudo


indica que a história aconteceu literalmente, a pergunta
seria: quando? Bom, aí já é uma outra história.
Existem em outras literaturas histórias semelhante a
esta, possivelmente no período intertestamentário.

A narrativa continua, o rico estava “bem” com


um vestido fino, e andava “rindo a toa”, com seus
banquetes. Na sequência um paradoxo: “certo
mendigo”, o termo grego é “ptokhos”, com o sentido
de pobre em referência aos bens deste mundo, um
pedinte ou aquele que pede (ver Mc 12. 43).

No versículo 22 as coisas começam à “apertar-


se”, “o mendigo morreu”, neste particular as escrituras
afirmam que os anjos o acompanharam da morte
deste certo “mendigo”. A Bíblia diz que o tal rico
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Professor Jean Carlos Th.D
também morreu só que não revela nada, sobre o
acompanhamento dos anjos, nem assistiram em sua
morte, seria assistido e conduzido por um demônio? É
evidente que nenhum versículo claramente não afirma
isto, nem o texto em foco diz; contudo, alguns pastores
que realizaram vários velórios já me relataram que o
crente salvo quando morre é totalmente diferente do
ímpio, me refiro ao seu semblante.

De acordo com o relato do pastor Nerival
Accioly (hoje pastor presidente da regional de Mauá
– ministério de Perus), realizou diversos velórios em
2008, e um fato curioso me revelou:

“Em todos os velórios os crentes estavam com


semblantes de paz, já os ímpios com semblantes
de desespero total”

Estou sendo levado a crer, que quem recepciona


estes indivíduos sem Cristo em vez de anjos sejam
demônios, evidente que, claramente não existem tanta
base assim no texto, mas, com este relato do pastor
Acciole, e com a recepção a Lazaro então devo perguntar;
Por que estas pessoas estariam com semblantes
de pavor?
Por que os que tinham uma vida (teoricamente)
em comunhão com Deus não estariam com este
semblante de pavor?

Será que quando estes sem Cristo estavam nos


últimos instantes de suas vidas quem e o que viram?
Estas e outras perguntas merecem uma resposta
satisfatória. Mas, não é ponto final para o assunto,
vamos continuar as pesquisas, em nome de Jesus.
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O DESTINO DO HOMEM SEM DEUS
A partir do principio bíblico devemos fazer as
seguintes observações;
a) O corpo como é substância perecível após
a morte vai à sepultura. Todos os homens
(exceto os arrebatados) irão morrer um dia
ou passar pela experiência. (Mt 14. 1-12);

b) Neste momento acontece a separação


do corpo da alma e espírito ou a separação
do homem exterior do interior. A alma é a
lembrança, a bíblia não revela até que ponto
ou qual a porcentagem em precisão desta
lembrança será ativa. Mas o espírito não vai
para um lugar e a alma para outro? Não existe
base no texto de Ec 12. 7 para tal afirmação?
Não! (Alguns acreditam que sim) Após a
morte a alma e o espírito se juntam e vão ao
mesmo lugar, na realidade todos irão a Deus,
uns para serem galardoados e outros para
serem condenados;

c) Aí o homem sem Deus que não reconheceu


o Senhor Jesus como Salvador, descerá,
conforme a descrição clara da bíblia; ao
hades, ali permanecerá até o julgamento
do trono branco, terminando o seu estado
intermediário (Ap 21. 7-11);

d) As vidas depois da morte permanecem


conscientes, derrubando a idéia errônea do
sono da alma – teologia adventista. Observe
que o rico “viu”, “clamou” e “reconheceu”.
São características de quem está em coma?
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Professor Jean Carlos Th.D
e) O homem continua sendo uma pessoa,
personalidade que é do espírito, a consciência
é a alma, memória e razão. Se eu crer no inferno
ele existe, e seu não crer ele também existe.

O DESTINO DO HOMEM COM DEUS


A revelação bíblica ao destino dos homens que
partem sem Deus, temos duas etapas para o nosso
estudo;

a) O destino do homem com Deus antes


da ressurreição de Jesus. O corpo como os
demais vão à sepultura, a alma e o espírito
( acreditar na idéia de alma para um lugar
e espírito para outro?), iam para o seio de
Abraão ou paraíso que ficava no hades;

b) O destino do homem com Deus depois


da ressurreição de Jesus. O corpo continua
indo para a sepultura, alma e espírito em vez
de irem para o seio de Abraão vão para o
terceiro céu, conforme a descrição de Paulo
(2 Co 12. 2-4).

O céu, paraíso e o seio de Abraão.


Este ponto é o mais difícil da narrativa do
texto em foco, porque não há um consenso entre os
eruditos, alguns acreditam que o seio de Abraão era
no próprio hades, separado apenas por um abismo,
sendo que, após a ressurreição, Cristo efetuou o seu
esvaziamento, ainda nesta linha de interpretação os
justos que morriam antes da ressurreição iam para
o seio de Abraão, e os ímpios iam para um lado no
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Escatologia Explicada - Volume 1
hades. Mas, existe um segundo grupo que contesta
tal interpretação, com o seguinte argumento: Se
no Antigo Testamento, os justos iam para o seio de
Abraão, que se localizava no hades, por que a bíblia
diz em (2 Re 2. 1-4), que o profeta Elias, subiu ao céu
e não foi para baixo, ou seio de Abraão? Então caro
leitor, como diz o ditado popular, nós ficamos entre a
“cruz e a espada”, justamente por se tratar, de quem
defendeu o primeiro ou sugeriu, foram grandes nomes
mundiais na área da interpretação, não devemos nos
esquecer também, que os eruditos, mesmo com suas
largas experiências em assuntos como estes não tem
cem por cento de certeza do fato. Bom, no final vamos
dar o nosso parecer, como também reconhecendo a
nossa chamada para à área da interpretação, lógico,
bem longe dos renomados interpretes.

CÉU
HB. Shamayim. GR. Uranus. Latim. Coelum.

Sobre a existência dos céus, a Bíblia não no


deixa dúvida. A Bíblia diz que é obra de Deus (Gn 1. 1;
Ex 20. 11; Sl 8. 3), passarão (Sl 102. 25), o novo céu
(Ap 21. 1), habitação de Deus (Sl 2. 4), reinos dos céus
(Mt 18. 1), Jesus voltou aos céus (Lc 24. 51), quem
pode entrar (Mt 25. 34), quem não entrar (Mt 25. 41).

Realidades no ensino da narrativa


Já vimos no emprego gramatical, que o rico
estava “bem”, com os seus banquetes. No (v. 22), a
coisa começa a “apertar-se” “... mendigo morreu...”,
aqui as escrituras dizem que os anjos assistiam a
morte do mendigo, porém, os anjos não assistiram a
morte do rico, temos o seguinte:
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Professor Jean Carlos Th.D
a) A existência consciente após a morte;

b) A realidade, tormento do “inferno”;

c) A ausência de uma segunda oportunidade


após a morte;

d) A impossibilidade de comunicação entre


vivos e mortos;

e) Que o inferno não é ficção;

f) Que o homem que morre sem Deus tem o


destino diferente do salvo.

O seio de Abraão
Pelos judeus eram usados três nomes para comparar
os céus, veja;

a) Jardim do Édem;
b) Trono de glória e
c) Seio de Abraão.

De acordo com a posição de alguns, esta idéia,


servia para a habitação dos bem-aventurados justos,
isto funciona como idéia de comunhão e filiação, pois
todos os justos eram considerados “filho de Abraão”.
Onde se localizava? Para responder tal pergunta,
retomaremos a discussão inicial.

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PRIMEIRA LINHA DE PENSAMENTO
O Dr. Gleason L. Archer, em sua grande obra
“enciclopédia de dificuldades bíblicas”, acredita que
o seio de Abraão era mesmo um local que recebia os
santos antes da ressurreição, veja;

“sem dúvida alguma, foi para o hades que


as almas de Jesus e do ladrão arrependido
se dirigiram, depois de terem morrido
naquela Sexta-feira à tarde...”.
(p. 393).

De acordo com este estudo, responde a


pergunta que Jesus disse ao ladrão: “...hoje mesmo
estarás comigo...”, mas como Jesus diria ao ladrão
que ele estaria no paraíso se ressuscitaria somente
no Domingo? Para responder a tal pergunta, neste
pensamento acredita-se na concordância de (Lc 23.
42; 2 Co 12. 1-4; Ef 4. 8-10), é justamente explicado
pelo fato de os homens que morriam em Deus, iam
para o seio de Abraão antes da ressurreição. Antes da
ressurreição, o seio de Abraão era no hades separado
por um abismo, após a ressurreição Cristo, Ele teria
esvaziado-o, e teria levado os habitante para o paraíso
que Paulo o identifica como terceiro céu.

SEGUNDA LINHA DE PENSAMENTO


Neste pensamento existem muitas coisas
importantes que devemos analisar. Quando nós nos
lembramos de Enoque e o profeta Elias, logo vamos ter
um problema para interpretação inicial do Dr. Gleason
L. Archer, porque se os santos justos, “filhos de
Abraão”, servos de Deus, todos estes iam para o seio
de Abraão, que estava localizado no próprio hades,
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Professor Jean Carlos Th.D
será que os dois homens de Deus citados acima seriam
uma exceção? Será que todos iam para o hades,
menos Enoque e Elias? Neste pensamento o seio de
Abraão é uma forma ilustrada ou figurada do próprio
céu, e não um lugar geográfico, e que, quando Jesus
disse ao ladrão que no mesmo dia, que estaria com Ele
no paraíso (Lc 23. 43), Jesus não estava se referindo
ao “local seio de Abraão”, e sim ao céu ou terceiro
céu (2 Co 12. 3), onde Cristo estaria como onisciente.

MINHA OPINIÃO
Como também fui chamado (por misericórdia de
Deus), para a área da interpretação, sou “obrigado”
dar a minha modesta opinião. Se fosse que escolher
a duas posições, talvez ficasse com a posição do
Dr. Gleason L. Archer, que de certa forma possuem
verdades, mas a meu ver não é uma interpretação
perfeita, com 100% de certeza.

Em contra partida, a segunda opção é muita


enfática em interrogar, para a primeira interpretação
uma explicação nos casos de Enoque e Elias. Na
segunda posição, acho que é coerente em afirmar
que o seio de Abraão deve ser encarado como um
ato figurado e não como um local propriamente dito,
mais também, a segunda interpretação também é
falha, pois não tem 100% de certeza. Como simples
interprete da bíblia, vou ser coerente em dizer que
em uma rápida, mais rápida mesmo, “tombo” um
pouquinho para primeira interpretação, porém, não
posso deixar de elogiar a segunda interpretação,
pois tem algumas interrogações feitas a primeira
interrogação sem resposta. Para ser mais coerente
ainda, eu acho que as duas interpretações vão ter que
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Escatologia Explicada - Volume 1
caminharem juntos até o arrebatamento da igreja, por
mais que queiram justificar a primeira ou segunda,
ambas são interpretações incompletas, tem suas
veracidade e equívocos. É um assunto muito difícil,
que grandes interpretes não chegam ao consenso, e
será que chegará? Só Deus sabe. O certo disso é o
que a bíblia não diz com clareza eu não afirmo com
certeza! Esta frase é do Dr. Paulo Romeiro quem tem
o meu respeito.

O seio de Abraão referia-se as almas redimidos


dos que aguardavam a ressurreição de Jesus, após a
ressurreição dEle Cristo os levara, inclusive Abraão e
o ex-ladrão para o terceiro céu; sendo assim as frases
teriam o seguinte significado

“levou cativo o cativeiro” Indica que o seio de Abraão


foi esvaziado;

“subiu, mas antes desceu...” Cristo desceu ao hades


e depois ressurge e é assunto aos céus;

“cativeiro...” Os servos de Deus que se encontravam


no hades.

Lembrando que alguns expositores não


concordam com estas opiniões, que devo concluir
que é de difícil entendimento, contudo os meus livros
estão aberto para aqueles que concordam ou não.

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Professor Jean Carlos Th.D

UNIDADE III
A segunda vinda de Cristo
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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 08
Sinais da volta de Cristo
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Professor Jean Carlos Th.D
A vinda do Senhor Jesus para buscar os crentes salvos,
é o tema dominante em pelo menos 17 livros do AT.
Também no NT esse ensino é claro, pelo menos sete
de cada dez capítulos fazem alguma citação à vinda
do Senhor Jesus. De certa forma, uma boa parte das
profecias bíblicas refere-se à volta de Cristo.

Jesus não disse quando exatamente voltaria,


porém, deixou os “sinais” para mostrar que quando
esses sinais estivessem acontecendo sua vinda
estaria próxima. Esses “sinais” são os mais variados
em toda sociedade, igreja, mundo e principalmente
entre nação de Israel. Antes de falar-mos da segunda
vinda propriamente dita, vamos relacionar todos os
sinais que contém na Palavra de Deus.

Apostasia
“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque
isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade,
o filho da perdição”. (2 Tess 2. 3).

O termo “apostasia” vem do grego “a)postasi/a,


apostasia”, e a primeira ideia é o de abandono
consciente e premeditado da fé.

Agora, podemos aprofundar um pouco questão,


com o termo que pode também significar repúdio
deliberado da fé que a pessoa professou (Hb 3.12).
Teologicamente falando, a apostasia difere da
heresia com referência ao grau. Teologicamente, o
herege nega algum ponto da fé cristã, ou mais de
um, enquanto o tal herege retém o nome de “cristão”.
Não devemos confundir a apostasia com uma pessoa
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Escatologia Explicada - Volume 1
que se transfere para uma igreja da mesma fé, isto
não é apostasia. Existem no NT alguns exemplos
claros em tal contexto: O de Judas Escariotes. Outros
eruditos incluem também os casos de Demas (2 Tim
4.10), Hirmeneu e Alexandre (1 Tim 1.20). Agora, se
referindo ao contexto da apostasia da atualidade, está
diretamente tentando atacar o conceito da sã doutrina,
veja;

a) A realidade da Segunda vinda de Cristo, à qual é


bíblica (2 Pe 3. 1-10);

b) A Deidade de Cristo, sua divindade e soberania


(At 4.12);

c) A soberania do Altíssimo (Jd 3).


Como quer que seja, devemos ter cuidado com
isto, pois o abandono da fé deve ser cuidadosamente
combatido, pelos mestres da atualidade.

SINAIS NO CÉU

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas...”. (Lc


21. 25). Fica claro nas profecias do Senhor Jesus, a
referência categórica aos sinais astronômicos, veja;

Lua
Foram constatados diversos sinais notáveis na
lua. Diz os cientistas experientes na área, nos últimos
trinta anos se observou mudanças notáveis. A cada
dia têm se criado diversos almanaques náuticos
e astronômicos. Em 1921 foi determinado pelos
cientistas que a lua se desviaria de sua órbita cerca
de quilômetros.
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Professor Jean Carlos Th.D
Nas estrelas
De acordo com jornais norte-americanos, em
1918, uma nova estrela de primeira grandeza, esta
pode ser vista por diversos olhos ao mesmo tempo,
todo este avanço mostra a volta do Senhor.

Sinais sobre a terra


Neste caso não é preciso muito comentário,
pois estes sinais estão mais do que claro.
“...sobre a terra, angústia entre as nações em
perplexidade pó rcausa do bramido do mar e das
ondas”. (Lc 21. 25b).

Terremotos
(Mt 24. 5-7).
As maiores partes dos terremotos ocorrem nas
fronteiras entre placas teutônicas, ou em falhas entre
dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha
pode variar de alguns centímetros até milhares de
quilômetros, como é o caso da falha de San Andreas
na Califórnia, Estados Unidos. Só nos Estados Unidos,
ocorrem de 12 mil a 14 mil terremotos anualmente
(ou seja, aproximadamente 35 por dia). Baseado em
registros históricos de longo prazo, aproximadamente
18 grandes terremotos (de 7,0 a 7,9 na Escala
de Richter) e um terremoto gigante (8 ou acima)
podem ser esperados num ano. Entre os efeitos dos
terremotos estão a vibração do solo, abertura de
falhas, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças
na rotação da terra, além de efeitos deletérios em
construções feitas pelo homem, resultando em perda
de vidas, ferimentos e altos prejuízos financeiros e
sociais (como o desabrigo de populações inteiras,
facilitando a proliferação de doenças, fome, etc.). O
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Escatologia Explicada - Volume 1
maior terremoto já registrado ao longo do tempo foi
o Grande Terremoto do Chile em 1960 atingindo 9.5
na escala de Richter em seguida o da Indonésia em
2004 registrando 9.3 na mesma escala. Nunca os
terremotos foram tão freqüentes como na atualidade.

Pestilência (Mt 24. 7).


Este é um dos mais notáveis do mundo da
atualidade, a pior peste que se tem notícia foi a que
varreu o mundo em 1918/1919 onde arrebatou na
Índia um total de 12.000.000 de vidas. Não podemos
deixar de destacar as pestes da atualidade, doenças
novas, pestes de bichos em geral. Em fim, tudo isto um
anúncio para a volta de Cristo, devemos estar pronto.

A Segunda vinda de Cristo um total de 12.000.000


de vidas. Não podemos deixar de destacar as pestes
da atualidade, doenças novas pestes de bichos em
geral. Em fim, tudo isto um anúncio para a volta de
Cristo, devemos estar pronto.

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


Outras citações
Guerras e fomes Mateus 24.6
“E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores
de guerras; vede, não vos assusteis, porque é
necessário assim acontecer, mas ainda não é o
fim” ;

Indústria perturbada 2 Tessalonicenses 2.7


“Porque já o mistério da injustiça opera; somente
há um que, agora, resiste até que do meio seja
tirado”;
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O caso dos transportes? Naum 2.4
“Os carros passam furiosamente pelas ruas e se
cruzam velozes pelas praças; parecem tochas,
correm como relâmpago”;

Sinais políticos Daniel 2.7

Fica claro que Jesus não disse o dia da sua vinda,


mas deixou esta série de sinais que serviria de alerta
para o seu povo. Quando estes sinais acontecesse
então devorai-mos, estiver-mos-mos prontos, pois a
qualquer momento o Senhor por vir!

“Porque se levantará nação contra nação, e reino,


contra reino. Haverá terremotos em vários lugares
e também fomes. Estas coisas são o princípio das
dores.

“Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão


aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e
vos farão comparecer à presença de governadores
e reis, por minha causa, para lhes servir de
testemunho”. Pense nisto hoje!!!

Um profundo texto temos no relato do Senhor Jesus


em Marcos 13. 1-6, veja;

1 Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus


discípulos: Mestre! Que pedras, que construções!

2 Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes


construções? Não ficará pedra sobre pedra, que
não seja derribada.

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Escatologia Explicada - Volume 1
3 No monte das Oliveiras, defronte do templo,
achava-se Jesus assentado, quando Pedro, Tiago,
João e André lhe perguntaram em particular:

4 Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que


sinal haverá quando todas elas estiverem para
cumprir-se. 5 Então, Jesus passou a dizer-lhes:
Vede que ninguém vos engane.

6 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e


enganarão a muitos.

7 Quando, porém, ouvirdes falar de guerras


e rumores de guerras, não vos assusteis; é
necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.

8 Porque se levantará nação contra nação, e reino,


contra reino. Haverá terremotos em vários lugares
e também fomes. Estas coisas são o princípio das
dores.

9 Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão


aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e
vos farão comparecer à presença de governadores
e reis, por minha causa, para lhes servir de
testemunho.

10 Mas é necessário que primeiro o evangelho


seja pregado a todas as nações.

O Senhor Jesus descerá do céu


Esta verdade fica clara no texto de Paulo:
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta
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Professor Jean Carlos Th.D
de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro” (1 Tess 4. 16).
Com quem Ele virá? A bíblia deixa claro que virá com
os anjos e de forma repentina

Ele virá até as nuvens


“depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor.

A segunda vinda de Cristo é um acontecimento


real, nós temos que está preparado para o
acontecimento, estamos aguardando este dia?

ARREBATAMENTO DA IGREJA
O arrebatamento da igreja está diretamente ligado à
noiva, à esposa do cordeiro. De acordo com muitos é
descrito como um quadro representado em Gênesis
24 Abraão (Deus), Isaque (Cristo), Rebeca (Igreja),
Eliezer (Espírito Santo). Embora pouco pregado nos
púlpitos da atualidade. O meu simples ministério está
marcado por esse conceito. O termo “arrebatamento”
é derivado do termo latino “raptus”, que tem o sentido
profundo de ser “arrebatado com muita força e de
forma brusca”.

DEFINIÇÃO
A doutrina do arrebatamento é uma das grandes
doutrinas da bíblia e refere-se ao desaparecimento
repentino e mundial de todos os salvos em Jesus
Cristo, que, se forem achados como dignos à subir ao
encontro do Senhor nos ares.
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Escatologia Explicada - Volume 1
a) a(rpa/zw, Harpazô.
O termo em foco na LXX (Septuaginta, tradução
do hebraico para o grego), em o Hebraico “gâzah”,
isto é, “tirar, roubar” (Lv 6.4; 5.23), em uma só ocasião
na LXX, o termo tem o significado de arrebatamento,
esse foi o caso de Enoque. O verbo harpazô com todas
as flexões (comum na língua grega) não aparece com
tanta fraquência no NT e tem um sentido de mudança
de localização (Mt 4.1; Lc 4.1; 2 Co 12.2; 1 Tess 4.17).

b)Harpagmos. Aquilo que é tirado com força;

c) Harpagê. Desposo. A palavra arrebatamento, dentro


do conceito da escatologia pentecostal, é o momento
que a igreja será tirada bruscamente da terra e os
santos irão ser transformados os seus corpos (I Tess
4.16).

A doutrina do arrebatamento está baseada em que?

a) Um grupo de promessas entregues através do


próprio Senhor;
“E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez
e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu
estiver, estejais vós também” (Jo 14. 3);
A doutrina do arrebatamento está baseada em
que?

a) Um grupo de promessas entregues através do


próprio Senhor;

“E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos


levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver,
estejais vós também” (Jo 14. 3);
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Professor Jean Carlos Th.D
b) Um grupos de promessas anunciadas pelos profetas
e servos de Deus;

c) Um grupo de promessas proclamadas pelos anjos.

Por que a igreja será arrebatada?


a) Para que se cumpra a palavra de Deus e suas
promessas (Hb 10. 36);

b) Para livrar à igreja do momento sombrio da grande


tribulação (1 Tess 5. 9);

c) Para consumação da salvação e glorificação dos


santos (Ml 3. 18);

As sequências teológicas acerca do arrebatamento


da igreja (1 Tess 4. 16-18).

JESUS DESCERÁ ÀS NUVENS


“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras”.
Nesta época a Bíblia diz em 1 Tessalonicenses
4. 14 que Jesus levará com Ele ao Pai, observe a
frase “...trazer com Ele...”.
“Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus
dormem Deus os tornará a trazer com ele”.
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Escatologia Explicada - Volume 1
Como acontecerá o arrebatamento?
1 Coríntios 15. 52
Será que dará tempo ir procurar “a” ou “b” para
pedir perdão? Será que teremos tempo para tal ação?
Para compreender a velocidade do arrebatamento,
temos que observar o que diz a bíblia à respeito do
tempo que tomará o primeiro dos acontecimentos,
a ressurreição e a transformação dos santos que
participarão do arrebatamento.

“evn avto,mw|( evn r`iph/| ovfqalmou/( evn th/| evsca,th| sa,lpiggi\


salpi,sei ga.r kai. oi` nekroi. evgerqh,sontai a;fqartoi
kai. h`mei/j avllaghso,meqaÅ”
“num momento, num abrir e fechar de olhos, ao
ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados”.

“num momento, num abrir e fechar de olhos,


ante a última trombeta; porque a trombeta soará,
e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados”.

A palavra “momento” usada na versão ARC e ARA vem


do termo grego “avto,mw|( atómô(i)”, indica literalmente
uma parte sem divisão ou que não pode ser dividida.
isto fica claro que desafia a inteligência humana,
cientifica e entre outras coisas mais.

Este é por certo é o evento sobrenatural


escatológico, maravilhoso e transcendental de toda a
história humana e universal, prometido
pelo Senhor para os seus.
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Professor Jean Carlos Th.D
Ressurreição dos que morreram em Cristo

Em algumas passagens do AT “sono” e “dormir”


é aplicado a morte física (1 Re 11. 43; 2 Sm 7. 12).
A ressurreição daqueles que morreram em Cristo
tanto no AT como os santos que morreram em Cristo
nesta dispensarão, é até louvável aqui que se diga
a diferença entre o que seja ressurreição e reviver,
reviver é tornar a vida e morrer novamente enquanto
que ressurreição é tornar a vida e nunca mais morrer.
Então o que acontecerá com os santos momentos
antes do arrebatamento? é ressurreição! Esta
ressurreição em (I Tess 4.16), não pode de maneira
nenhuma ser confundida com a ressurreição de (Ap
20. 4), a ressurreição de (I Tess 4.17) é para os santos
que morreram antes do arrebatamento, enquanto que
a outra é para os mártires da grande tribulação.

Alguns tipos de crentes que


não serão arrebatados
Falsos crentes Mateus 7. 22, 23
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em
teu nome, e em teu nome não expelimos demônios,
e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então,
lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-
vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Crentes homicidas 1 João 3. 15


“Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino;
ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida
eterna permanente em si”.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Crentes praticantes de contendas Provérbios 6. 16

Crente mentiroso Apocalipse 22. 15


“Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que
se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e
qualquer que ama e comete a mentira”

Crente nominal Efésios 2. 2, 3


“nos quais andastes outrora, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência, entre os quais também todos nós
andamos outrora, segundo as inclinações da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais.”;

Crentes corruptos 2 Pedro 2. 12


“mantendo exemplar o vosso procedimento no meio
dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós
outros como de malfeitores, observando-vos em
vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da
visitação”.

Crente fornicário Efésios 5. 5


“Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou
impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no
Reino de Cristo e de Deus”.

Crentes adúlteros 1 Coríntios 6. 16


“Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz
faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois
numa só carne”.

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Professor Jean Carlos Th.D
Crente sodomita (ver Rom 1. 26-32)

Como será o arrebatamento da igreja?


A Bíblia diz claramente quem dará a palavra será o
próprio Deus. Então fica claro que será um dia em um
ano determinado só Deus Sabe (Jesus também).

O fuso horário será diferente é claro. No Brasil


uma hora, no Japão outra e assim por diante. Fico
imaginando, a essa altura, haverá um impressionante
fato em todo mundo, como será a noticia da Globo?
Tv Bandeirantes?.

A Bíblia diz que sepulturas serão abertas sem


toque de mão humana; a terra devolverá seus mortos,
o fogo e á água também. Desde a primeira pessoa
que morreu em Jesus, até a um minuto, cujo corpo
ainda se encontra quente – que coisa impressionante.
Um grande exército que ninguém consegue contar,
somente Deus, começa a subir ao alto, para encontrar
com Cristo, voando, quebrando as leis da física.

E os ímpios? Eles não verão os santos subindo


com corpos transformados, mas terão oportunidade
de verem os sepulcros dos santos vazios, como
reagirão? Já imaginou quando os mortos em Cristo
começarem a subir, os crentes vivos e preparados
serão milagrosamente transformados seus corpos em
milésimo de milésimos de segundo (bali bala belo –
língua estranha do autor).
Esteja você preparado também!!!

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UNIDADE IV
Grandes eventos depois do
arrebatamento da igreja
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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 09
Tribunal de Cristo
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Professor Jean Carlos Th.D
Definição
Diversas teorias têm se levantado em torno
dessa tão importante doutrina bíblica, a doutrina do
tribunal de Cristo. Isto, também, é tido como normal.
Pois ocorre em todos os eventos escatológicos. É
claro que existem muitas passagens bíblicas de Difícil
interpretação, porém, não devemos tentar “adivinhar”
o que diz o texto sagrado.

Encontramos no original grego o termo traduzido


por “tribunal”, é “bh/ma, bêma”, significa uma “grande
plataforma” ou “plataforma elevada”, como aquela
usada pelos oradores e também pelos árbitros das
competições esportivas, ou ainda pelos juizes em seus
exercícios formais. Paulo, fez uso deste termo, sabendo
que seus leitores de certa forma estavam associados
diretamente aos tribunais romanos. Com isto, ele
faria compreender de imediato que isto se trataria de
uma questão solene ou de natureza importantíssima.

OUTROS TRIBUNAIS NO NT
O tribunal de Pilatos Mateus 27. 17 – 19

O tribunal de Herodes Atos 12. 20 -22

O tribunal de Gálio Atos 18.12

O tribunal de Felix Atos 25.6

O tribunal de Cristo (Rom 14.10; 2 CO 5.10).

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Escatologia Explicada - Volume 1
CONCEITOS ERRÔNEOS SOBRE O TRIBUNAL DE
CRISTO

a) O tribunal de Cristo não julgará pecados (Rom 8.1);

b) O tribunal de Cristo não decidirá o nosso destino


eterno, pois quem subir no momento do arrebatamento
da igreja, a salvação se completará, não havendo
mais risco de perde-la.

O tribunal de Cristo será depois do arrebatamento


da igreja. Será nos ares, “imediatamente” teremos
as prestações de contas ou a entrega de galardões
(Hb 7. 27). O juiz será o próprio Cristo, já que o pai
lhe concedeu todo direito de julgar (2 Tim 4. 8; Jo 5.
22). O julgamento será individual. Os crentes serão
julgados coletivamente em massa, porém, cada um
responderá individualmente, naquele dia serão tantos
como areia da praia. O método que o juiz usará para
este julgamento a Bíblia não deixa claro, porém, o
importante mesmo é fazer parte do arrebatamento
da igreja. O tribunal de Cristo será ocasião em
que cada crente receberá o seu galardão. No AT,
existem diversas raízes hebraicas que expressam o
vocábulo galardão. No NT, o verbo grego “a)podi/dwmi,
apodidômi”, e o substantivo “mistos” tem o significado
de pagamento ou recompensa por algum serviço
prestado, quer seja bom ou mal. Se forem incluídas
todas as formas correlatas em português, a idéia de
galardão aparece 101 vezes na Bíblia.
Os galardões que Jesus prometeu aos seus
discípulos estavam sempre ligados à idéia de auto
negação e o sofrimento por amor ao Evangelho, (Mt
5.3-12; Mc 10.29).
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Professor Jean Carlos Th.D
RECOMPENSA INSTANTÂNEA

a) Todo aquele que busca a Deus (Hb 11.6);

b) Todo o que ceifa (Jo 4,36);

c) O que planta (I Co 3.8);

d) Aqueles que ensinam a palavra de Deus (Dn 12.1);

e) Aqueles que se lembram dos irmãos encarcerados


(Hb 10.34);

f) Oração e jejum (Mt 6. 4);

g) O que hospeda um servo de Deus em sua residência


(Mt 10. 41);

h) Os que sofrem por amos a Cristo (Mt 5. 11);

i) A atenção voltada para os inimigos (Lc 6. 35).

QUALIDADE DA RECOMPENSA
a) Contemplar a face do Senhor (Sl 17. 15);

b) Contemplar a glória de Cristo (Jo 17. 24);

c) Estar com Cristo (Jo 12. 26);

d) Ser glorificado com Cristo (Rom 8. 17);

e) Reinar com Cristo (2 Tim 2. 12);

f) Herança de tudo (Ap 21. 7);


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Escatologia Explicada - Volume 1
g) Brilhar como as estrelas (Dn 12. 2);

h) Residência eterna nos céus (2 Co 5.1);

i) Descanso (Hb 4.9);

j) Tesouro no céu (Mt 19. 21).

Todo cuidado é pouco, para que não sejamos


considerados como trabalhadores vãos.

ELEMENTOS SUJEITOS AO JULGAMENTO


a) Ouro: são as obras que foram feitas em Deus (Pv
10. 19);

b) Prata: são as obras que foram feitas com um espírito


de conciliação (Mt 18. 35);

c) Pedras preciosas: são as obras que foram feitas


através dos dons do Espírito Santo (Col 1. 29);

d) Madeira: são as obras que foram feitas


humanamente;

e) Feno e Palha: são as obras que foram feitas


sem nenhum proveito, estes materiais não resistem
ao fogo (Is 15. 6; Jr 23. 28).

Não devemos confundir o tribunal de Cristo com


o do trono branco não tem nada a ver um com o outro.
O tribunal de Cristo será depois do arrebatamento da
igreja, em contra partida, o do trono branco será logo
após o milênio.

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Professor Jean Carlos Th.D

Capítulo 10
As Bodas do Cordeiro
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Escatologia Explicada - Volume 1
As bodas do cordeiro é o “casamento” entre Cristo e a
igreja e a festa da ceia no céu, logo após o tribunal de
Cristo, marcado com as entregas dos galardões que
será efetuada por Cristo. Vejamos o que diz os textos
abaixo; Apocalipse 19. 7-9

2 Coríntios 11. 2
“2 Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que
vos tenho preparado para vos apresentar como virgem
pura a um só esposo, que é Cristo”.

Apocalipse 21. 9
“9 Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças
cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo:
Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro;

A noiva do capítulo 19 do livro do Apocalipse não é


a mulher do capítulo 12 do mesmo livro. A mulher do
capítulo 12 é a nação de Israel, pois adulterou com os
deuses pagãos, durante sua existência noAT. É evidente
notar em todo o AT a questão da prostituição espiritual
da nação de Israel, por este motivo é que a nação de
Israel é mulher, enquanto que a igreja noiva. Uma leitura
cuidadosa de Gênesis 24, revelará claramente isto.
Observamos no capítulo 24 de Gênesis cinco
personagens: Abraão, Isaque, Eliezer, Rebeca e os
Camelos. Abraão, tipifica Deus, Eliezer, o Espírito Santo,
Isaque, a Cristo, Rebeca, a Igreja que é virgem, e os
camelos, os obreiros que “conduzem a igreja nas costas”.

Tudo representado pela figura da noiva, e se é


noiva deve acontecer casamento e o “casamento” se
dará nas bodas do cordeiro logo após o tribunal de
Cristo.
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Professor Jean Carlos Th.D

UNIDADE V
Grandes eventos na grande tribulação
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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 11
A grande tribulação
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Professor Jean Carlos Th.D
A grande tribulação é o evento catastrófico
que se dará logo após o arrebatamento da igreja. A
grande tribulação é o tempo de angústia para Jacó
(Israel). Neste período, os ímpios serão “obrigados”
a reconhecerem o Senhorio de Cristo, os que não
quiserem assim proceder, serão afligidos pelo
anticristo, e os que quiserem reconhecer, também serão
afligidos, porém, terão depois o refrigério de Deus.

A expressão “Grande Tribulação” indica o


imenso tamanho dos sofrimentos que naquele período
experimentará a humanidade ímpia e os que ficarem
na terra após o arrebatamento da igreja do Senhor.
Esta expressão provém de três textos chave:

Trata-se do breve período de terríveis juízos


divinos sobre o mundo ímpio, que tem rejeitado a Cristo
como filho de Deus e Salvador do mundo; Período que
precederá a segunda vinda de Cristo em glória à terra
(não confundir com arrebatamento da igreja), a qual
coincidirá com o reinado do anticristo; E o juízo que
abrange a maior ira satânica, permitida pelo Senhor.

Os nomes da grande tribulação


Tribulação
O termo é derivado do latim “tribulatione”, isto é;
contrariedade. Também no latim encontramos o termo
“tribulum”, tal ideia, estava claramente relacionada ao
instrumento de desterroar, à qual o lavrador romano
separava a espiga de sua palha. Sendo assim, isto
é muito profundo, mostra que embora, a tribulação
esmaga quem estiver aqui, separa a palha do trigo.
O termo grego é “qli/yiv, Thilipsis”, que pode ser;
opressão, aflição, tribulação (Mt 24. 9; At 11. 19; Rom
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Escatologia Explicada - Volume 1
12. 12; 2 Co 4. 17). A grande tribulação é o nome para
a tribulação das tribulações (Ap 7. 14), este é o termo
central para o assunto nas escrituras, vamos conhecer
os termos gregos:

Grego
qli/yiv, th\v me/galhv, Thilipsis tês megalês.
Latim
De tribulatione magna

O dia do Senhor
“O dia do Senhor” tem variação de emprego nas
escrituras, geralmente no AT quando traz tal citação,
refere-se ao dia da ira de Deus (ver. Is 2. 12; 13. 6; Ez
13.5; Jó 1.15; Am 5.18; Ob 15; Sof 1.7). O termo no
hebraico, “yom há Adonai”, tem o equivalente grego
“hemera tu kyriu”, isto é, o dia da ira de Deus. Também
pode significar o dia da ira de Cristo ou do cordeiro.
Observe que Paulo na epistola que ele enviou aos
Tessalonicenses, designa o arrebatamento com o
dia de Cristo (2 Tess 2.2). Acompanhamos agora o
significado variado da expressão Hb. “yôm ha Adonai”
Gr. “hemera tu kyriu”. O dia do Senhor referindo-se a
grande tribulação, sendo assim vamos acompanhar o
texto de (Is 2.12; Sof 1.6).

O DIA DO SENHOR CITADO EM JOEL:

A fraseologia em foco não aparece uma única


vez em Joel, pelo contrário (1.15; 2.1, 11, 31; 3.14).
Nesta contextualização, encontramos uma série de
significados profundos, pois se refere a uma visão
tridimensional, isto é, que tem três ângulos diferentes.
Em primeira instância, o termo “o dia do Senhor” tem
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Professor Jean Carlos Th.D
um significado de algo extraordinário, acontecido por
um ato divino. Neste caso, “o dia do Senhor”, pode
perfeitamente ser algo ou algum acontecimento no
presente, no contexto atual do profeta Joel. O algo
“extraordinário” era a praga dos gafanhotos (1.4), sobre
os gafanhotos da grande tribulação comentaremos a
frente. Também a expressão “o dia do Senhor”, pode
referir-se a um futuro bem próximo, ao contexto do
profeta Joel, este algo era a destruição de Jerusalém.
E por fim, a expressão “o dia do Senhor”, pode referir-
se ao período final ou a própria tribulação. Sendo
assim, devemos ter muito cuidado com tal expressão,
principalmente quando alguém vai escolher temas
de festividades ou congressos e pegam versículos
isolados, pode acontecer, por exemplo: alguém pegar
o texto de Obadias 15 onde está escrito “... o dia do
Senhor...”, e querer dizer que este “dia” é o “dia do
arrebatamento da igreja” e isto não é verdade. Já o dia
de Cristo, refere-se ao arrebatamento em (Fp 1.10).
Existem também muitos textos do AT que se refere às
duas fases da vinda de Cristo tanto na primeira como
na Segunda, de uma forma geral, “o dia do Senhor”
na maioria das vezes refere-se mesmo à grande
tribulação, já o arrebatamento, como o dia de Cristo.

DIA DE ANGÚSTIA PARA JACÓ:


De acordo com todo conceito das
escrituras, um dos propósitos peculiares da grande
tribulação é preparar a nação Judaica para receber o
Messias no final da grande tribulação.

“...Que não houve outro semelhante e é o tempo de


angústia para Jacó...”.

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Escatologia Explicada - Volume 1
O termo no original hebraico denota um aperto
desenfreado, pode ser definido como sofrimento dos
sofrimentos, o grau de sofrimento é revelado pelo
profeta Zacarias, veja;

“E acontecerá que em toda terra, diz o Senhor que


as duas partes dela serão extirpadas: mas a terceira
parte restará nela...”. (Zc 13.8).

Observe que esta angústia será realmente


angústia, os Judeus não tementes, serão mortos.
Outros nomes:

a) Tempo de angústia Jeremias 30.7


“Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro
semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele,
porém, será livre dela”;

b) Tempo de pranto Amós 5.16


“Portanto, assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos,
o Senhor: Em todas as ruas haverá pranto, e em todos
os bairros dirão: Ai! Ai! E ao lavrador chamarão para
choro e para pranto os que souberem prantear”;

c) Tempo de morte Isaías 34.2


“Chegai-vos, nações, para ouvir; e vós, povos, escutai;
ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto
produz.

2 Porque a indignação do SENHOR está sobre todas


as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas;
ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança;

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Professor Jean Carlos Th.D
d) Tempo de quebrantamento (Is 24.19);
e) Tempo de opressão satânica (Ap 13.15);
f) Tempo de destruição (1 Ts 5.3);
g) Tempo de alvoroço e assolação (Sf 1. 15-18);
h) Tempo de trevas (Jl 2. 2-10);
i) Tempo de tribulação (Mt 24.21);
j) Tempo de prova (Ap 3.10);
l) Tempo de ira satânica (Ap 12.17);
m) Tempo da ira divina (Is 26. 20,21);
n) Tempo de abatimento (Is 2. 12,17-19);
o) Tempo de assolação (Is 13. 7-9) (Jl 1.15);
p) Tempo de ardente ira (Is 13.13);
q) Tempo de indignação (Sf 1.15);
r) Tempo de derramamento de sangue (Sf 1.17;
s) Tempo de perseguição (Ap 13.7,15-17).

POR QUE OS JUÍZOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO?


O juízo de Deus: Julgamento solene divino, que tem
por objetivo castigar ao mal feitor, vindicar ao justo e
livrar da injusta condenação ao inculpado. Baseados
na infinita sabedoria de Deus, todos os juízos do
Senhor são perfeitamente justos, santos e retos
e, ao mesmo tempo, sem arbitrariedade, cheios de
misericórdia para o pecador. (Sl 96. 13).
O juízo divino na Grande Tribulação: É o castigo
implacável que Deus pronunciará contra todos os
indivíduos das diferentes nações que rejeitaram o
Evangelho do Reino, e ter tido um comportamento
agressivo contra Israel e a Igreja. Alguns destes juízos
serão através da ação direta de Deus, e outros serão
executados por intermédio de indivíduos, cataclismos
cósmicos e sobrenaturais, pestilências e guerras.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Absolutamente nada faz o Senhor sem os seus
santos e perfeitos propósitos, portanto, a Grande
Tribulação, segundo revelação bíblica, nos permite
compreender os propósitos principais:

Repreender, castigar e provar Israel, com vara


de juízo, para que os judeus reconheçam e aceitem
a Jesus como o Messias. Este versículo revela
que duas terceiras partes dos judeus incrédulos
existentes naquele período de prova, perecerão e
serão extirpados, porém uma terceira parte deles
olhará para Jesus pedindo seu perdão e seu socorro
(Zc 13.8). Deus permitirá com parte dos seus santos
e perfei tos propósitos, a perseguição que o anticristo
haverá de desatar sobre o povo de Israel, com a
ocasião da negação dos judeus a adorará o anticristo.
Esta perseguição inclui aos 144.000 selados das
doze tribos de Israel que hão de crer e aceitar a Jesus
Cristo como o Messias.

Castigar a humanidade ímpia, rebelde, incrédula,


blasfema, a qual tem rejeitado e rejeitará a Jesus
Cristo como Senhor. Este castigo se conhece como o
último derramamento da ira de Deus sobre o mundo
que estará no domínio total do anticristo e que chegará
ao clímax de aborrecimento e abominação ao Senhor.

Transformar e restaurar a terra para o Milênio,


através dos imagináveis cataclismos físicos e
cósmicos, que terão lugar durante este período
de sofrimento. Destruir e aniquilar para sempre ao
anticristo e ao falso profeta, e atar por mil anos a
Satanás.

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Professor Jean Carlos Th.D
QUANTO TEMPO DURARÁ A GRANDE
TRIBULAÇÃO?

Oito vezes, e usando quatro expressões


diferentes, nas Escrituras se declara que o segundo
período da Grande Tribulação, será de três anos e
meio. No obstante, a duração total desse tempo de
angústia, será de sete anos calendário. Isto significa
que os sete anos de tribulação estão divididos em dois
períodos iguais de três anos e meio cada um, sendo o
primeiro de “princípio de dores”, e o segundo período
de “GRANDE TRIBULAÇÃO”.(Dn 9. 27);

Quanto tempo durará este período de tribulação?

Este período terá uma duração de sete anos


cronológicos, a partir do instante do arrebatamento da
Igreja. Seu início terá lugar com o pacto específico de
sete anos que o anticristo fará com o povo de Israel,
onde os árabes e judeus assinarão o acordo de paz,
para facilitar a reconstrução do Templo de Jerusalém.

O profeta Daniel, ao perguntar ao Todo-


Poderoso acerca dos tempos finais, recebe uma
palavra escatológica conhecida como as “SETENTA
SEMANAS DE DANIEL”. E é precisamente a última
semana profética que se refere ao pacto mencionado
e ao governo do anticristo.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Jesus confirma a profecia de Daniel:
Para que esta profecia tenha lugar, o povo judeu
necessariamente deveria voltar do exílio, onde
permaneceu por um período de 1878 anos espalhados
por todas as nações do planeta. Foi precisamente o dia 14
de maio de 1948, que as Nações Unidas determinaram
dar aos israelitas o direito de constituir-se em nação
livre e soberana, com os mesmos direitos e soberania
que gozam as outras nações do mundo civilizado.

Em que se apoia os que sustentam que a grande


tribulação já aconteceu?
Para alguns movimentos religiosos, a Grande
Tribulação já aconteceu com ocasião da Primeira
e Segunda Guerra Mundial. Na Segunda Guerra
Mundial, morreram aproximadamente 25.000.000 de
pessoas. Observe o que disse a revelação dada a João:

“E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro,


sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava
seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a
quarta parte da terra para matar à espada, pela
fome, com a mortandade e por meio das feras da
terra” (Ap 6. 8).

Segundo o que registra a história, a população


mundial ao finalizar a Segunda Guerra Mundial (1945),
tinha aproximadamente 2,5 bilhões de habitantes, pelo
qual, se a Grande Tribulação houvesse acontecido
com ocasião dessa guerra ou algum outro desastre
similar, pelo menos teria que ter morrido mais de 600
milhões de seres humanos, número equivalente ao
25% dos habitantes existentes nesses anos em que
aconteceram as piores guerras no mundo.
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Professor Jean Carlos Th.D
Outro argumento anti-bíblico é aquele que
afirma que a grande tribulação aconteceu durante os
três primeiros séculos da era cristã, período das mais
cruéis perseguições ao cristianismo.

Nos três primeiros séculos, verdade que


houve tribulação, porém, só para os cristãos, mas a
profecia aponta para o tempo do fim e no qual toda
a humanidade será atingida e não somente uma
parte dos seus habitantes como foi no princípio do
cristianismo.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 12
As setentas semanas de Daniel
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Professor Jean Carlos Th.D
O período da grande tribulação é freqüentemente
designado como o período da septuagésima semana
de Daniel. Este termo vem baseado na visão profética
de Daniel (Dn 9. 20-27). O período da grande tribulação
também é conhecido como o período das duas fases ou
divisões do evento.

A VISÃO DE DANIEL

A visão se encontra no livro do profeta Daniel


capítulo 9, nos versículos 3-19. O profeta ora para que
Deus perdoe o pecado de seu povo e que Ele lembre-se
logo em trazer o fim do período dos 70 anos de cativeiro
na Babilônia. Nos versículos 20-23, o anjo Gabriel aparece
ao profeta Daniel enquanto ele orava, para dar por certa
a resposta à esta oração. Na resposta do anjo, veio como
resposta para o quadro profético do povo Judeu, veja:
Embora não dita claramente, a primeira referência está no
retorno do cativeiro, pois este seria necessário. O contexto
da revelação profética refere-se a um período de setenta
semanas, em que uma série de assuntos estaria sendo
tratada. Dentro da normalidade da interpretação profética,
estas “semanas”, não são semanas de dias.

A palavra no original traduzida por “semana”, significa


literalmente “sete”, este termo tem tanto uma aplicação
de “sete de anos”, como também “sete de dias”. Com tal
fraseologia os Judeus já estavam acostumados, dar para
se observar isto em (Ex 23.10; Lv 25). É tão notório isto,
com que os Judeus estavam acostumados com a idéia
de setenta “semanas” de anos, porque o terrível cativeiro
de setenta anos, terminando quando o profeta Daniel
recebeu esta visão, e tinha que ser um período de setenta
anos. Estes setentas anos tinham que ficar no lugar dos
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Escatologia Explicada - Volume 1
setenta anos de descanso, isto aconteceu por causa
exclusivamente de rebeldia (Lv 26.34; 2 Cr 36.21). Ao pé
desta interpretação, estas “setenta semanas” indicam um
total de 490 anos.

Sete semanas: (49 anos).


O texto diz; “...desde a saída para edificar... Jerusalém...”
(Dn 9.25), isto é, quando o rei Artarxerxes ordenou o
retorno a Jerusalém em 445 a .C.

Sessenta e duas semanas: (434 anos).


Este período vai da reconstrução de Jerusalém, até o
aparecimento do Messias (v. 25), na seqüência dois
eventos tremendos:
- A crucificação e a
- A destruição da cidade de Jerusalém em 70 d.C.

Resumo final sobre a grande tribulação


A grande tribulação é o período após arrebatamento
da igreja, embora alguns queira interpretar que a igreja
passará por ela, não existe nenhuma prova bíblica que
garanta tal posição.

a) A grande tribulação é o período de “prestação” de contas


para os ímpios e a nação de Israel;
b) A grande tribulação terá início logo após o arrebatamento
da igreja;

c) Na primeira metade se dará uma falsa paz;

d) Na segunda metade acontecerá a tribulação


propriamente dita;

e) O objetivo da grande tribulação é levar os homens a


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Professor Jean Carlos Th.D
arrepender-se dos seus pecados, e destruir o comando
do Anticristo, purificar os filhos de Israel e implantar o
reino Messiânico. Passarão por ela: os judeus, gentios
e árabes que não teriam aceitado o Messias. Todos os
Gentios que também não reconhecerem o senhorio de
Cristo, pelo contrário permanecendo em seus pecados,
devem estar dispostos a suportarem as conseqüências
das afrontas do Anticristo. Paralelamente, acontecerá
o evento assim denominado: as bodas do cordeiro. (Ap
19. 7-9), paralelamente a isto na terra acontece a grande
tribulação na terra.

O ANTICRISTO
DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo grego “a)ntixri/stov, anticristos”, é a junção
de uma preposição “anti”, que geralmente acompanha
o caso do substantivo que se chama Genitivo (parte da
gramática grega em que o substantivo, pronome e adjetivo
desempenha a idéia de posse). Este, tem o significado
de oposto. Indo um pouco à fundo, pode-se dizer que a
preposição em foco tem um significado de “ao invés de,
no lugar de”, para esta afirmação, ver os textos de: (Mt
2.22: Lc 11. 11; Tg 4.15).

O termo grego “anticristo”, está aclopado também


o substantivo “christos”, que tem um sentido de um título,
ungido, O Messias, O Cristo (Mt 2. 4; 16. 16: Mc 8.29; Lc
2.26; 4.41; Ap 11.15). O anticristo na realidade será uma
pessoa que se colocará no lugar de Cristo.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Antagonismo entre Cristo e o anticristo
ANTICRISTO CRISTO

Será lançado no lago de fogo Reinará eternamente


Ap 20 .10 Dn 7. 27

Seu reino será destruído Seu reino será eterno


Dn 7. 26 Dn 8. 27

A glória é para o dragão A glória é para Deus


Ap 13. 1-4 Jo 17. 4

Sua glória será dada pelo diabo Foi dada pelo Pai
Ap 13. 1 Jo 17. 26

Fará guerra contra Israel Ama a Israel


Dn 7. 21 Mt 23. 37

Virá para fazer sua vontade A vontade de Deus


Dn 8. 24 Hb 10. 29

Será contrário a toda lei nasceu sob a lei


2 Tess 2. 4 Gl 4. 4

O anticristo será o opositor número um (1) de


Deus, por outro lado, será aquele que tentará ser igual
a Cristo. Observe que ele será um homem terrível. Pelos
gráficos contidos nos estudos escatológicos, fica claro que
este líder trará grandes prejuízos para Israel. O próprio
Satanás dará poder ao anticristo, este por sinal será o
corrompido do mundo, ao induzi-los a blasfemar contra o
Criador. O anticristo terá uma “lábia” tremenda, pois será
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Professor Jean Carlos Th.D
um comunicador extraordinário. Este poder será dado pelo
próprio Satanás. O anticristo através do poderio militar
com o qual os dez reis o apoiarão, estabelecerá uma paz
romana, a mesma paz que estabeleceu o Império Romano
pela força conquistadora dos seus exércitos preparados,
e que dominaram o mundo daquela época. Todas as
nações estarão submissas ao cavaleiro e ao seu governo
universal. Todo o mundo o receberá por aclamação,
porque o estarão esperando como o governante mundial
e único que virá resolver a crise em que o mundo está
e estará envolvido. Vencerá os primeiros obstáculos
políticos, vencerá toda classe de oposição, até os que
crerem em Jesus Cristo durante o seu reinado, serão por
ele vencidos, pela permissão de Deus. (Ap13.7).

Será um líder extraordinário trazendo prosperidade


ao mundo. Assombrará a humanidade com a sua
sabedoria, conhecimento, trazendo grande prosperidade
material (Dn. 8.28).

Estará investido de faculdades e poderes extraordinários


Como nenhum ser humano conhecido desde a
criação do homem, porque Satanás lhe dará o seu poder
e uma grande autoridade diabólica (Ap. 13.2).

OS ANTICRISTOS
A grande importância doutrinária no contexto,
entra em cena agora, por quê? Não devemos confundir o
anticristo com os anticristos.

“Filhinhos, esta é a ultima hora: e como ouviste que vem o


anticristo, já muitos se tem feitos anticristo...”. (I Jo 2.18).
Para efeito de uma melhor compreensão, dividiremos
este tópico em duas partes, veja:
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Escatologia Explicada - Volume 1
a) Os anticristos, que falam o texto de (I Jo 2.18), são
todos os opositores ao evangelho, na atualidade. Pode
ser definido como os hereges, o joio e todos os governos
que dispensam o evangelho de Cristo e ainda assim os
perseguem;

b) O Anticristo:
“Porque já o mistério da justiça opera, somente há um que
agora resiste até que seja tirado...” (2 Tess 2.7).

No texto em foco, nesta era, já opera o mistério


da impiedade, porém, existe “um” que está impedindo
a manifestação completa e visível do anticristo, este
“um” alguns dizem que é a igreja, outros afirmam que
é Espírito Santo, depois o Espírito de Deus se retira da
terra, bom, será que o Espírito Santo sairá da terra após
o arrebatamento da igreja? O anticristo só se manifestará
quando a igreja for arrebatada. É bom que este conceito
doutrinário esteja bem centralizado em nós, é lógico que
quando falamos na igreja dizemos também da pessoa do
Espírito Santo, que nesta era está em conotação direta
com a igreja de Cristo.

OS NOMES DO ANTICRISTO
Iníquo 2 Tessalonicenses 2.8
“então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor
Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela
manifestação de sua vinda”;

Homem do pecado 2 Tessalonicenses 2. 4


“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque
não será assim sem que antes venha a apostasia e se
manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”;

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Professor Jean Carlos Th.D
Filho da perdição 2 Tessalonicenses 2. 4
“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque
não será assim sem que antes venha a apostasia e se
manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”;

A besta que sobe do mar Apocalipse 13.1-4


“1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e
sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre
as cabeças, nomes de blasfêmia.

2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como


de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu
poder, o seu trono e grande autoridade.

3 Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de


morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se
maravilhou, seguindo a besta;

4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à


besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é
semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”;

O primeiro cavalo branco do Apocalipse 6. 2


“Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com
um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e
para vencer.

3 Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente


dizendo: Vem!

4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe


dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem
uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”;

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Escatologia Explicada - Volume 1
Ponta pequena de (Dn 7.8);
“7 Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite,
e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo
forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava,
e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele
e tinha dez chifres.

8 Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles


subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros
chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia
olhos, como os de homem, e uma boca que falava com
insolência”.

OS SÍMBOLOS DO ANTICRISTO
a) Antíoco Epifâneo: rei grego na Síria que invadiu
Jerusalém e profanou o santo templo;

b) Nero 58-64 d.C. Acusou os Cristãos do incêndio em


Roma;

c) Dominicano 81-96 d.C. Neste contexto o apóstolo João


foi banido para ilha de Patmos;

d) Trajano 98-117 d.C.


Todos estes, com certeza são “anticristos”, não podemos
então coloca-los como o anticristo, não tem jeito. O
anticristo só aparecerá quando a igreja for arrebatada. (1
Jo 2:18).

“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus


é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”
(1 Jo 2:22).

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Professor Jean Carlos Th.D
“Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que
confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo
espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus;
pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do
qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no
mundo” (1 João 4:2-3).

“Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora,


os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne;
assim é o enganador e o anticristo” (2 João 7).

Nestes trechos - os únicos na Bíblia que usam


a palavra “anticristo” podemos observar alguns fatos
importantes: A Bíblia não fala de uma só pessoa conhecida
como o Anticristo, mas de muitos anticristos;

· A última hora, no contexto dos anticristos, não se


refere ao fim do mundo, porque João disse que a última
hora já havia chegado no primeiro século;

· Estes textos não falam de um Anticristo

futuro, mas de muitos que já saíram do meio dos cristãos


do primeiro século;

· Um anticristo é uma pessoa que nega Cristo, ou


que nega que este veio na carne. O perigo das doutrinas
humanas sobre o Anticristo é que desviam a atenção dos
fiéis das verdadeiras ameaças em forma de tentações e
doutrinas contra Cristo, porque as pessoas examinam os
jornais procurando sinais da vinda de uma figura terrível.
Ao invés de esperar a vinda de um grande inimigo de
algum outro país, deve nos defender contra os inimigos
de Cristo que já estão no mundo desde a época da Bíblia.
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Escatologia Explicada - Volume 1
Analise exegética do texto de 2 Tess 2.1-6
Agora passaremos a olhar no original os detalhes
gramaticais, dos textos acima.

“...e se manifeste o homem do pecado...” (v. 3).

Gr. “...a)pokalu/fqh o( a)nqrw=pov th\v a)nomi/av,


apokaluphthê hó anthrôpos tês anomias”. O termo no
original “apokaluphthê”, é um verbo no aoristo subjuntivo
passivo do termo grego “a)pokalu/fqh, apokaluptô”, que
tem a ideia de revelar, expor (Mt 10.26; Lc 17.30; Rom
1.17; 1 Co 3. 13), a exegese aqui seria a seguinte: O
termo grego “apokaluphthê”, como está no subjuntivo e
passivo de acordo com o contexto do original, o termo é
muito significativo. No original expressa o caráter do ser
humano ou pessoa. Indo ainda um pouco a fundo, o termo
é colocado ironicamente em contra parte da revelação,
que esta é a do próprio Senhor Jesus. Então, manifestar
neste caso, é ser aparecido, revelado, exposto.

O substantivo “a)nqrw=pov, antrhopos”, com o artigo


e no nominativo define o seu caráter. “Um homem”, com
artigo indefinido é uma coisa, agora “o homem”, com artigo
definido é outra totalmente diferente, Então o homem
se revelará, o homem (anticristo), aparecerá depois do
arrebatamento da igreja. A iniciação do texto sugere isto.
“ )Anomi/av, anomias”, em primeira instância, o termo
descreve uma condição de uma pessoa antagônico a
lei. O termo também sugere ilegalidade, transgressão e
principalmente pecado mental, para isto ver (Rom 6. 19;
I Jo 3.4; Mt 13.41). O homem (anticristo), será contrário,
ilegal e cheio de transgressão.

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Professor Jean Carlos Th.D
“...filho da perdição...”.
Gr. “...o( ui(o/v th\v a)polei/av..., hó huios tês apôleias”. O
termo “huios”, é filho, e tem uma gama de significados.
No usual, está condicionado a descendência. O termo
“apôleias”, tem a idéia de desastre, destruição, ruínas,
aniquilamento, enfim uma série de sentidos em uma
mesma palavra. Este termo até é usado para
ruínas eternas dos ímpios (Mt 7.13; Fp 1.28; Hb 10.39; 2
Pe 3.6). Definindo aqui, categoricamente o anticristo terá
como foco principal a destruição, a ruína de todos os que
não aceitarem o seu governo. Este é o líder universal da
grande rebelião escatológica contra Deus. A mesma frase
é usada em Judas (Jo 17.12).

O texto continua narrando a sua oposição contra


Deus, literalmente se levanta contra o elemento de
adoração a Deus. Esta linguagem relembra a descrição do
anticristo pré cristão como os já citados Antíoco, Sadam,
relembrar os imperadores romanos, especialmente Gaio
que em 40 d.C. Queria levantar a sua estátua em Jerusalém.

“...mistério da injustiça opera...”.

Gr, “...misth/rion h(dh\ e)nergei/tai th\v a)nomi/av..., mistêrion


ede energeitai tês anomia”. Para iniciarmos a exegese neste
contexto é preciso diferenciar as duas frases abaixo, veja;

a) Mistério da injustiça: ARA (Almeida Revista Atualizada);

b) Mistério da iniqüidade: ARC (Almeida Revista Corrigida).

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Escatologia Explicada - Volume 1
O termo grego “mysterion” tem um sentido de oculto,
segredo. Também, o termo em foco pode referir-se algumas
vezes como algo desconhecido e agora revelado (Mc 4. 11;
Rom 11.25; Ef 3.3; Ap 10.7). No texto em foco “mysterion”,
é o “iníquo”, assim é descrito pelo apóstolo Paulo, como
uma atividade secreta e maligna, inclusive que já tem
atuação na atualidade. O princípio da atuação contra Deus
já está em cena, a atuação completa do erro, juntamente
com os falsos profetas. Induzindo a humanidade à
iniqüidade, ignorando a lei de Deus. O termo grego “e)nergei/
tai, energeitai”, tem um sentido de trabalho, continuação
nas atividades. A atividade do anticristo será de blasfêmia
contra Deus, e a operação do erro em evidência, é o
mistério da malignidade, liderada pelo homem do pecado.
Vejamos então as características finais do texto.

Na grande tribulação será revelado o iníquo (v.
8), este iníquo no final da grande tribulação o Senhor
aniquilará (v. 8), este iníquo que é o anticristo é segundo
a eficácia de Satanás (v. 9), terá poder e fará prodígios,
dotes doados pelo próprio Diabo (v. 9), terá uma malícia
tremenda no engano da injustiça, isto para aqueles que
perecem (v. 10), com todo este contexto será enviada a
operação do erro (v.11), assim como estão na mentira (v.
11), por final, o apóstolo Paulo diz, que estes passarão
pelos julgamentos , aí sim estarão “pagando” por tudo
que fizeram. A mentira que o texto fala é o afastamento
da verdade (Rom 1. 25), neste contexto Paulo diz que
mudaram a verdade em mentira. Literalmente falando,
indo à fundo, eles deixaram a verdade de Deus e seguiram
a mentira do Diabo, assim será na grande tribulação.
Fica, claro aqui, entre o que seja “os anticristos”, e “o
anticristo”. Assim deve ser entendido como foi introduzido
no assunto. O anticristo indica alguns espíritos que agora,
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Professor Jean Carlos Th.D
neste momento operam no mundo, e tem se infiltrado em
algumas igrejas que não tem a palavra de Deus como
prioridade. Em primeira partida, são os falsos doutores,
profetas e hereges que confundem a noiva de Cristo.
O texto é claro, quando diz que “muitos”, se tornaram
anticristos. Em apocalipse 6. 2 é o terceiro texto que
fala sobre o anticristo, embora não de uma forma clara.
É plausível mesmo, que seja o anticristo. Estaremos a
frente falando muito mais dos selos, que agora teremos
um pouco do versículo dois.

“...cavalo branco...”.
Gr. (hypoos leukós). Não podemos confundir este cavalo
e seu cavaleiro com o cavalo que tem citado no capítulo
19. Cristo vem (não entender isto como literal), em um
cavalo branco sinal de vitória.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 13
Os sete selos do Apocalipse
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Professor Jean Carlos Th.D
Os selos são os juízos iniciais na grande tribulação, e
encontramos o seu contexto no capítulo 6 do Apocalipse.

O selo inicial foi introdutoriamente comentado, este


selo representa o Anticristo. Cada selo que é aberto ou
quebrado, um novo juízo sobre os habitantes da terra,
lembrando: este período refere-se a época sombria da
grande tribulação.

1. 1 PRIMEIRO SELO - CAVALO BRANCO (V. 2)


Gr. “ i(ppo_v leuko/v, hyppos leukós”.

Quem abrirá?
Jesus Ap 5: 3

SETE Quando abrirá?


SELOS Na grande tribulação

Apocalipse Por que abrirá?


6: 1-13 Efetuar juízos

PRIMEIRO SELO SEIS ÚLTIMOS SELOS


1260 dias 1260 dias

A GRANDE TRIBULAÇÃO

Representa a abertura da septuagésima semana


de Daniel, que já foi comentada.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Esta primeira fase se inicia com a abertura do primeiro
dos sete selos revelado no capítulo seis do apocalipse (ler
Ap 6.2). O branco nas escrituras simboliza a paz, neste
caso em foco, a falsa paz que o Anticristo implantará no
mundo. Não podemos confundir este cavalo e seu cavaleiro
com o cavalo que tem citado no capítulo 19. Cristo vem
(não entender isto como literal), em um cavalo branco
sinal de vitória. O grande destaque para este período será
o acordo entre o anticristo e a nação de Israel. Lembre-
se, o que diz o apóstolo Paulo; quando todos estivem
dizendo que o momento é de paz e segurança, então
haverá repentina destruição. Esta referência é diretamente
indicada para este contexto, pois entra o cavalo branco
simbolizando a “paz”, que o anticristo implantará, aí no
final dos 1 260 dias então mostrará quem ele é realmente.

O cavalo, biblicamente falando, simboliza a


força, a coragem e a ação desafiante. Representa
a conquista pela imposição. (Jr 8.6; Jó 39. 21,22; Jr
12. 5; Ap 9.7). Não podemos esquecer o propósito de
Deus ao mostrar as coisas do futuro, como imagens
do presente, de outra forma os leitores das revelações
seriam incapazes de interpretá-las ou entende-las.

Que significa o cavalo branco e seu cavaleiro?

Definitivamente aqui está em foco a aparição do


anticristo, no momento imediato do arrebatamento da
Igreja do Senhor. O cavalo branco foi símbolo da vitória do
militarismo triunfante, uma característica de um império
grande e ambicioso.

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Professor Jean Carlos Th.D
Qual o significado da cor branca do cavalo?

Em primeiro lugar o cavalo branco desta passagem


é uma imitação do cavalo em que vem assentado o Senhor
Jesus Cristo, o Grande Vencedor (Ap 19.11). O cavalo
e o seu cavaleiro do capítulo 19 é totalmente diferente
do cavalo e seu cavaleiro do capítulo 6. O cavaleiro
do capítulo 6 simboliza a paz com a qual o anticristo
conseguirá a reconciliação entre árabes e judeus.
Naturalmente, trata-se de uma paz fictícia, pois aqui a cor
branca representa o pacto que o anticristo fará com o povo
judeu, por um período de sete anos, pacto profetizado por
Daniel e, que haverá de ser quebrado pelo anticristo ao
cumprir-se o primeiro período do seu governo. (Dn 9.27).

Significado simbólico e histórico


do cavalo branco
Quando um general romano celebrava o triunfo
por alguma conquista que fizera em favor do império, no
desfile do seu exército pelas ruas de Roma, o seu carro de
batalha era arrastado por cavalos brancos, porque esse
era o costume para honrar aos generais vencedores. O
anticristo verá como um grande vencedor sobre todos os
governantes e nações, e todos o aclamarão porque ele
virá apresentando-se como única alternativa de solução
para os problemas que afetam toda a humanidade.

“E o que estava assentado sobre ele (o cavalo) tinha um


arco”

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Escatologia Explicada - Volume 1
O significado do arco: No contexto histórico,
sabemos que os partos tinham por costume montar
cavalos brancos, ademais eram os mais famosos arqueiros
do mundo antigo, viviam sempre a cavalo e nunca eram
mais temíveis que quando pareciam fugirem, porque
despediam flechas por cima do ombro com assombrosa
destreza contra seus inimigos que os perseguiam.

Os arqueiros partos foram os mais temidos


pelos exércitos romanos. No ano 62 d.C., uns dos
exércitos romanos teve que render-se ao rei Vologeses,
soberanos dos partos. No Velho Testamento, o arco
sempre foi figura de poderio militar e conquista pela
guerra. (2 Cr 17.17; Jr 51.56; Sl 46.9; Am 2.15).

“ E foi lhe dada uma coroa”

O cavaleiro assentado no cavalo branco, será coroado


depois da sua aparição. A coroa que foi lhe dada no grego
“ste,fanoj, stephanos”, significa coroa de vencedor. A
coroa que receberá o anticristo não é a mesma coroa real
do Senhor. É interessante comentar que o costume no
tempo de João, consistia em que todos os vencedores
atletas e militares, se lhes coroava com coroas de laurel.
O apóstolo Paulo se referiu a esta coroa quando falou dos
que corriam no estádio (1 Co 9.24).

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Professor Jean Carlos Th.D
1. 2 SEGUNDO SELO - CAVALO VERMELHO (V. 3,4).
Gr. “ i(ppo_v pu/rrov, hippos purros”.

GUERRAS Tirar a paz


da terra

CAVALO Vitória geral

Vermelho
Uma grande
AP 6: 4 espada

Mc 13: 6-8

O termo grego “pyrros”, é entendido como vermelho como


o vermelho do fogo. O cavalo vermelho simboliza a guerra,
na verdade Jesus já tinha profetizado sobre as guerras,
porém, esta guerra aqui mencionada, é uma guerra geral,
ou como dizem alguns a terceira guerra mundial.

A espada do texto simboliza o instrumento da


morte, dentro da linguagem simbólica isto explica a
própria guerra. O termo “ma,caira, makhaira”, que é
traduzido por “espada”, era a pequena espada romana,
que tem associação contextual a espada da morte
violenta, tem a idéia de poder das autoridades para punir
os malfeitores. No original grego, esta espada “ma,caira
mega,lha, mákhaira megále”, não é a mesma espada
“r`omfai,a, rhomphaía” que sai da boca do Senhor. Aqui se
trata de um alfanje ou foice, muito usado pelos árabes.

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Escatologia Explicada - Volume 1
Arma poderosamente usada para degolar adversário
ou inimigos. Esta foice é semelhante à que leva o anjo no
versículo 19 e no capítulo 14 doApocalipse (Ap 14.19; Jl 3.13).

1. 3 TERCEIRO SELO. CAVALO PRETO (V. 5, 6).


Gr. “i(ppo_v me/lav, hyppos melas”.

FOME
Balança na
mão
Cavalos
Preto Uma medida de
Ap 6: 5, 6 trigo

Um denário

Mateus 24: 7 Danificar o


azeite

O termo grego traduzido por negro ou preto aqui


é “me/lav, melas. “, e no Hebraico “sharor”. Em primeira
instância significa negro, porém, tem o simbolismo
no texto, veja; O cavalo preto simboliza a fome
generalizada, isto no período da grande tribulação.
Esta fome geral é conseqüência da guerra. Este
cavaleiro tem algo que precisa ser analisado, veja;

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Professor Jean Carlos Th.D
· BALANÇA NA MÃO:

A balança era o instrumento que determinava o peso


dos corpos. De acordo com os historiadores esta constava
uma barra a prumo ou reta, tendo ao alto, um travessão.
Geralmente os pesos eram de pedra como forma de um
animal. Para o contexto da balança ver (Lv 19. 36; Pv 11.
1; 20. 23; Am 8. 5; Mq 6. 11). Também esta tem um sentido
tipológico (Jó 6. 2; Sl 62. 9; Dn 5. 27),esta balança do
contexto se enquadra no sentido simbólico, observe que
a balança está vazia, categoricamente simbolizando as
difíceis condições de sobrevivência. É a figura de grande
necessidade, onde não pode deixar de cobrar nenhuma
só grama de alimento. Em Levítico, o Senhor adverte a
seu povo rebelde, que comerão pão pesado (Lv 26. 26).

· UMA MEDIDA DE TRIGO:

O termo grego aqui é “khoiniks”, esta poderia ser


liquida (quase um litro), como poderia ser seca (450
gramas a 1000 gramas), como quer que seja, era uma
medida que dava para o sustento diário de um apenas de
trabalhador. O denário era uma moeda romana, e dava
para pagar o salário de um dia de serviço, fica claro, aqui
na grande dificuldade da família para sobrevivência, já que
o salário por um dia apenas dará para uma única pessoa.
Vamos ilustrar isto como se fosse nos dias de hoje; se uma
pessoa tivesse apenas cinco reais para comer durante
todo o dia, como ele faria se tivesse uma família de 10
pessoas? Aqui (na época), o trigo estará tão caro que
dentro da normalidade uma medida desta de trigo daria
para comprar mais de 10 vezes com um denário. Isto mostra
a grande carestia que haverá aqui na grande tribulação.

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Escatologia Explicada - Volume 1
· AZEITE E O VINHO:

As duas substâncias citadas refere-se a duas


árvores, oliveira e a videira. A oliveira era do gênero
das olearias que produzia azeitonas. Na bíblia existem
diversas citações dela (Jz 9. 8; I Re 6. 23), a videira era
a que produzia o vinho, ambas, não sofrem tanto como
o trigo na seca e devastação. Estas duas substâncias
eram indispensáveis na época para sobrevivência.

O cavalo da fome aparece agora, porém, preserva


o azeite e o vinho, indicando também que isto iria faltar.
Os três principais produtos agrícolas da Palestina eram o
trigo, o azeite e o vinho. Estes três produtos falam do que
produz a terra. (Dt 7.13; 11. 14; 28. 51) (Os 2. 8,22).

1. 4 QUARTO SELO. CAVALO AMARELO (V. 7, 8).


Gr. “ i(ppo_v xlwro/v , hyppos khlôros”.

DOENÇAS
A morte

O hades, o
Cavalo seguia
Amarelo
Ap 6: 7, 8
Matança

Marcos 13: 6-8 4a parte da


terra

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Professor Jean Carlos Th.D
Esta personificação é terrível, já tem a morte e o inferno
o seguindo. Aqui, a morte e o inferno são personificações
(Jó 28. 22; Ap 20.14).

A interpretação aqui poder ser entendida da seguinte


maneira: A morte vem ceifando os corpos físicos enquanto
que o hades ceifando as almas dos que morreram sem
Cristo na grande tribulação. O amarelo ou verde claro tem
um sentido de pálido, assim como o original revela uma
cor de doença repulsiva, isto simboliza a morte por meio
de várias novas doenças , e crônicas e incuráveis. A fome
foi provocada pela guerra, fome e doença.

O cavalo amarelo atuará também com a espada,


fome, peste e principalmente através das feras da terra
que por motivo das queimadas estas feras procurarão
abrigo em lugares secos.

1. 5 Quinto selo. Os mártires (V. 9-11).


Aqui no versículo nove, a cena da visão do
apóstolo João, muda da terra ao céu. Quando é aberto
o quinto selo, João ver no céu em baixo do altar, as
almas daqueles que foram mortos no período da grande
tribulação por não aceitarem o governo do anticristo por
amor ao Senhor Jesus. A vestidura branca simboliza a
justiça e a pureza de Cristo, é aí que é dado aos santos
martirizados, isto não pode ser confundido com os santos
da nossa dispensação, pois os mártiris que João ver é os
mortos na grande tribulação.

É importante afirmar aqui, que esta morte é


sacrifical e não redentora. Profeticamente falando a besta
desencadeará uma terrível perseguição contra Israel e
os Gentios. Estes mártires são resultados desta terrível
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Escatologia Explicada - Volume 1
perseguição. Os que morrerem por amor a Cristo na
dispensação da graça serão coroados (2 Tim 4. 8; Ap
2. 10), enquanto que os mártires da grande tribulação
receberão palmas em suas mãos (Ap 7.9), não podemos
confundir e dizer que os mártires da nossa dispensação
estejam incluídos com estes, uma certeza é, os mártires e
os santos que morreram em Cristo estão agora no terceiro
céu (2 Co 12. 2-4).

1. 6 Sexto selo. As primeiras catástrofes (V. 12-17).

Com abertura do sexto selo, começa então os


juízos e os sinais na natureza. Terremoto, faz parte da
alteração física da terra. E, também, pode ser parte das
calamidades que marcarão a ira do Cordeiro na grande
tribulação. Aqui lembra o pré - anúncio de Jesus com
referência aos acontecimentos cósmicos. O sol, este
fenômeno já foi anunciado pelo profeta Joel (2. 31).

Este fenômeno será produzido pela força


sobrenatural, diretamente do poder Deus. O sexto selo
também tem atuação na lua, as estrelas do céu cairão,
não sabemos como se dará isto, porém, Deus sabe!
Como quer que seja não podemos duvidar do grande e
magnífico poder do Altíssimo. Aí, na seqüência o céu se
enrola e acontece o desespero literal dos homens (V. 15,
16). Veja abaixo uma lista destas catástrofes:

a) Um grande tremor de terra;


b) O sol se tornará negro;
c) A lua perderá o brilho;
d) As estrelas cairão do céu;
e) O céu se enrolará;
f) Remoção ou um grande terremoto (Ap 6. 14).
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Professor Jean Carlos Th.D
1. 7 - Sétimo selo – Preparação para tocar as trombetas
(8. 1-5).

“Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no


céu cerca de meia hora”, (ARA).

Muitas tem sido as especulações acerca de qual seja este


silêncio. No original a palavra que aparece é “sigh., sigê”,
que aparece duas vezes apenas no NT (At 21. 41; Ap 8.
1). Portanto uma palavra rara.

“Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante


de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas”, (ARA).

Na abertura do sétimo selo os quatro anjos que


irão tocar as sete trombetas se apresentam. Quando o
sétimo selo é aberto, são revelados os juízos das setes
trombetas.

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Escatologia Explicada - Volume 1

Capítulo 14
As sete trombetas do Apocalipse
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Professor Jean Carlos Th.D
As trombetas começarão a ser tocadas somente no capítulo
oito e versículo sete. Entre os versículos 1-6 existe um
intervalo, nele (intervalo) João tem uma visão novamente
daqueles que foram mortos na grande tribulação (7. 14-
17). O capítulo sete do Apocalipse é dividido em duas
partes distintas, veja;

a) A referência inicial ao contexto de Israel (7. 1-8);

b) Terminantemente deve-se prestar bem atenção a estes


episódios que estão intercalados. Um resumo sobre as
trombetas deixa-nos claro que a queda de Jericó se deus
por sete sacerdotes (Jo 6. 4). As trombetas eram tocadas
em datas festivas e comemorativas e até em sacrifícios
(Num 10. 9; Ez 33. 1-7).

Também na guerra era usada. Em contexto com os


profetas, as trombetas estavam bem interligadas e com
o contexto escatológico (Jo 2. 1; Sof 1. 16). Já nas mãos
dos anjos, que estavam “familiarizados” com os castigos
divinos (Ap 11. 15). Cada trombeta que é tocada um novo
castigo. As trombetas tem caráter de juízo sobre os que
habitarão no mundo durante a grande tribulação (Ap 8. 1-6).

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Escatologia Explicada - Volume 1
1. 1 Primeira trombeta - Saraiva com fogo (v. 7).
Gr. “...xala/za kai\ pu=r, khalaza kai pur”.

NATUREZA
Saraiva
misturado
com sangue
Primeira
Trombeta
3a parte
Apocalipse
da terra
queimada
8: 7

1. 2 Segunda trombeta - Algo como um monte. (v. 8, 9).


Gr. “...o(ro/v me/ga kai\ me/noum,
horos mega kaimonom”.

NATUREZA
Estrela cai no
monte

Ardendo em Segunda
fogo Trombeta
Tornou-se
Apocalipse
em sangue

8: 8,9
Morrerá a 3a
parte no mar

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Professor Jean Carlos Th.D
O que João ver, é com certeza algo como um monte em
erupção. O tal “monte”, vem explodindo e ardendo, é
lógico que nesta trombeta existem diversas interpolações
e é melhor ficar com as escrituras. Neste texto, acontece
como uma chuva vermelha como de sangue.

De acordo com a ciência isto pode perfeitamente


acontecer, e houve em 1901, onde o ar estava repleto
de areia fina vinda do deserto. Na trombeta em foco,
representa as calamidades marítimas também (Sl 46.
2), isto já aconteceu com o rio Nilo que tornou-se em
sangue (Ex 7. 20, 21). Os efeitos aqui, são sobre as águas
salgadas. Inicialmente 33% dos peixes e seres vivos irão
morrer, as embarcações marítimas sofrerão desastres.

Aqui encontramos um dos grandes motivos da fome,


os peixes desaparecerão; isto por causa dos juízos divinos.

1. 3 Terceira trombeta - Cai do céu uma grande estrela (v. 10, 11).
Gr. “...a)sth\r me/gav kai\ me/nov..., astêr megas kaiomenos”.

NATUREZA
Estrela cai no
monte

Ardendo em Segunda
fogo Trombeta
Tornou-se
Apocalipse
em sangue

8: 8,9
Morrerá a 3a
parte no mar

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Escatologia Explicada - Volume 1
A estrela ou meteorito, vem ardendo com fogo e a
localização agora são as águas doces. Na trombeta anterior,
foram afetadas as águas salgadas. É importantíssimo
citar aqui, não devemos contextualizar esta estrela com a
estrela do capítulo nove. A estrela do capitulo oito, pode
ser um meteoro ou meteorito, enquanto que a estrela do
capítulo nove, “um chefe distinto com ligação celestial”. A
referência ao absinto é “amargosa”.
É assim que é designada a planta absinto, isto é
amarga. O nome absinto, é tirado de uma planta, que tem
características de grande amargor (Am 5.7).

“Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de


Israel: Eis que darei de comer alosna a este povo e lhe
darei a beber água de fel” (Jer 9. 15 ).

Todo o contexto em foco, são perguntas e respostas


de nosso Deus. Estas declarações têm sentido mais
profundas e escatológicas.

Todo contexto das escrituras, mostra claramente,


que a terra deve colher os seus frutos amargos. Parte da
água doce e salgada será contaminada por esta estrela,
como os homens suportarão? aí fica aos critérios de Deus.

Aqui chegamos ao término do capítulo oito. Com


o toque das quatro primeiras trombetas. Nesta trombeta,
estão novamente direcionados aos elementos cósmicos.
Nesta altura do contexto escatológico, este juízo pode
ser entendido como uma avaliação do que já foi citada no
sexto selo, à qual, no texto do sexto selo, o sol entrou em
eclipse total, a lua transformou-se em sangue, enquanto
que as estrelas caíram do céu, diferentemente acontece
com a quarta trombeta.
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Professor Jean Carlos Th.D
Os cientistas que são profundos conhecedores na
área, certamente ficarão pasmados, com o tal fenômeno.
O texto do Apocalipse diz aqui, que o sol, a lua e as estrelas
perderão pouco mais de 33% de sua luminosidade. Vamos
imaginar para efeito de ilustração, que as luminares citados
contenha mil lâmpadas, com o toque da quarta trombeta,
as mesmas luminares possuirão apenas 670 lâmpadas.

1. 4 Quinta trombeta - Os gafanhotos do abismo (v. 1-12).


Gr. “...tou= kampou=...a)kri/dev ei)v th\n gh=v, tu kanpu...akrides
eis tên gês...”.

Um dos grandes “problemas” do Apocalipse começa


agora, com o toque da quinta trombeta.

“E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que


do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do
abismo”.

“...uma estrela que do céu caiu na terra...” (v. 1). A


descrição do juízo da quinta trombeta está condicionada
ao primeiro aí. Já a estrela é um grande problema
interpretativo, pois o termo “estrela “, tem variação
de emprego. Só para se perceber a dificuldade de
interpretação, a palavra “estrela”, pode significar homens
(Gn 37. 9; Ap 1. 20), também um ser angelical santo ou
decaído. Depende muito do próprio contexto. Agora, como
não há um consenso entre os eruditos, e nem provas
bíblicas ou teológicas para quem quer que seja esta
estrela, apresentaremos as diversas opiniões: Existem
grupos que defendem, que esta estrela, é um anjo que
executa o juízo divino, para esta interpretação tem algo até
interessante no original, é a referência no versículo dois;
“ele abriu o abismo...”. Existem outros, que acreditam,
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Escatologia Explicada - Volume 1
que esta estrela será um anjo caído, que poça abrir o
poço do abismo, neste caso, como “a chave está com
Cristo”, então o Senhor lhe passaria momentaneamente
esta altoridade e depois tomaria de volta outra vez a
autoridade. Mas, por que Cristo repassaria novamente
este tipo de autoridade para demônios? E a terceira
classe de interpretes, acreditam, que esta estrela refira-
se mesmo ao próprio Satanás, nesta interpretação diz os
defensores dela: que Satanás é o anjo do abismo, estes
contextualizam o texto em foco com o texto de (Is 12.12).

MINHA MODESTA OPINIÃO


De todas as suposições acima, nenhuma delas está
totalmente definida. É preferível ficar com as escrituras (Dt
29. 29), do que ficar com a famosa “AXIOLOGIA”, uma das
interpretações acima, era defendido com “unhas e dentes”
por um dos interpretes, hoje, porém, o mesmo escritor já
não tem certeza mais disto, isto é, não afirma com 100%
de certeza. O certo neste contexto é o seguinte: O tal ser
(assim deve ser entendido), e não estrela literal está sob
autoridade divina, controle de Cristo, ir, além disto, não
passa de suposição literária.

“...abismo...”.
O abismo é um local onde estão presos os anjos caídos,
esta prisão ocorreu depois da rebelião de Satanás no céu
(Ap 12. 4), estão todos estes anos presos por lá. No toque
da quinta trombeta, este lugar será aberto. O que está
certo? É que o lugar é um aprisionamento de demônios
(Lc 8. 31; 2 Pe 2. 4).

“...vieram gafanhotos...”.
Vieram de onde? Do abismo! Quem são eles? São
apenas insetos? Os gafanhotos eram insetos saltadores,
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Professor Jean Carlos Th.D
sua principal alimentação era vegetal. Quando chegam
em nuvem, os gafanhotos “tudo” davasta. Lá no Egito, o
gafanhoto está aclopado como praga (Ex 10. 1-9). No texto
em foco, eles não são insetos, também não são pequenos
animais, mais anjos decaídos, que por expressa ordem
de Deus estão aprisionados em escuridão (2 Pe 2. 4).
Da PARA PERCEBER AQUI A PEQUENA DIFERENÇA
ENTRE O QUE SEJA DEMÔNIO e anjo caído.

· Demônios: são espíritos desencarnados do mal (1


Co 10. 10), são espíritos imundos (Mt 12. 43). Não confundir
um demônio com Satanás (Mt 24. 16). Os demônios são
espíritos desencarnados que já atuam no mundo.

· Anjos caídos: teologicamente falando, os anjos caídos


são espíritos desencarnados que estão hoje em uma esfera
intermediária, isto é; esperando o momento de sua ação,
aí suje a seguinte interrogação, anjos caídos e demônios
não são a mesma coisa? NÃO! Demônios são anjos
caídos, mais nem sempre ou pelo menos até agora, anjos
caídos são demônios (a não ser quando estes seres forem
soltos com toque da quinta trombeta). Teologicamente,
os demônios são anjos caídos em atividades, atuando
constantemente na esfera do mal e em suas rebeliões,
compõe as hostes de Satanás (1 Tim 4.1), enquanto que
os anjos caídos que estão aprisionados (Jd 6), desde a
rebelião, continuam até hoje presos por lá, estes serão
soltos na grande tribulação.

Concluindo, demônios são anjos caídos em


atividade, na prática, enquanto que os anjos caídos que
estão presos só atuarão diariamente na esfera do mal
depois de serem soltos na grande tribulação.

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Escatologia Explicada - Volume 1
No versículo dois, o poço do abismo é aberto, quando
o poço é aberto, o local é tão terrível que a fumaça que
de lá que sai escurece o sol (v. 2), com tal acontecimento
dar para o leitor observar a escuridão que tomará conta
da terra durante aquele período sombrio? Por quê? Dar
para pensar? (Ap 16. 10). Junto com a fumaça vêm os
gafanhotos (anjos caídos), estes gafanhotos recebem
poder como tem certo oder os escorpiões (v. 3). Está
escrito no texto que os gafanhotos ferirá com os ferrões e
não com a boca, como fazem os gafanhotos normais. O
terrível é a descrição que João dar aos gafanhotos:

“...o parecer dos gafanhotos...”.


Olhando a fundo os versículos 7-10, da para perceber
nove pontos temíveis nos gafanhotos, veja;

1- “Cavalos aparelhados para a guerra”. Isto pode ser


descrito como “cavalos com todos os equipamentos”;

2- “Coroas semelhante ao ouro”. Aqui, alguns chegam a


pensar: isto é por motivo que suas cabeças terminam com
forma de coroa;

3- “Rosto como de homens” (Jl 2. 7). Pode está relacionado


com um rosto irado (Pv 25. 23);

4- “Cabelos como de mulheres”. No AT, tem citações aos


monstros cabeludos (Is 13. 21);

5- “Dentes como de leão” (Jl 1. 6);

6- “Couraças como de ferro” (I Sm 2. 5). Lá diz que a


couraça do Golias foi escamada;
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7- “O ruído de suas asas” (Jl 2. 5);

8- “Caudas iguais a de escorpiões”. Existem no atual


Iraque, gafanhotos com cauda de escorpiões;

9- “Aguilhões nas asas”. Aguilhão, pode ser uma força


irresistível (At 9. 5).
A referência a “abadom e apoliom”, isto é, destruidor
ou indica ruínas (Jó 31. 12).
1. 5 A Sexta trombeta. Liberdade de quatro anjos (v.
13)
Gr. “...tou=v tessa/rav a)gge/louv, tessaras tu angelus”.
A sexta trombeta que entra em foco é pela ordem, o
segundo “aí”, ver (8.13; 9. 12).

“...quatro anjos...”.

Estes quatros anjos, não podem ser entendidos como


“anjos” da corte celeste, já que a palavra no original,
traduzida por prisão é “dede/menouv, dedemenus”, vinda da
raiz “deô”, que tem o sentido de prender, atar (Mt 13. 31;
Jo 19. 40; Cl 4. 3; At 20. 23). Sendo assim, não existe
nenhuma citação nas escrituras no qual anjos que não
tenham acompanhado Lúcifer, estejam presos atualmente,
isto é, anjos que obedecem para e por que que estariam
presos? Será que prisão ou juízo não é somente para
quem erra comete infração? A citação de “quatro anjos” é
com certeza aos “anjos caídos”, ou até mesmo demônios,
que foram presos o mais provável durante a rebelião de
Lúcifer Apocalipse 12. 4. (alguns acreditam em diversas
rebeliões). Se houve uma ou várias rebeliões, foram presos
em algum dia. O tempo e quando foram presos não importa
muito, estes serão soltos durante grande tribulação.
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Escatologia Explicada - Volume 1
“Rio Eufrates...”.

Este é mencionado 21 vezes nas escrituras, e destas


vezes é chamado como grande rio por cinco vezes. O rio
Eufrates era marcado pela fronteira oriental (Gn 15. 18).
Da para entender que o rio servia como defesa natural
para a nação de Israel. Na grande tribulação, o rio vai
secar-se, um ato milagroso do próprio Deus, isto se dará
para que os exércitos inimigos entrem com facilidade
em Israel para batalha do Armagedom (Ap 16). Alguns
dizem que o exército montado pelos quatro demônios são
exércitos humanos, esta interpretação não está longe de
ser verdadeira, já que com alianças internacionais isto é
possível. Mas, também a interpretação abre-se um outro
leque, de que estes exércitos sejam verdadeiros engenhos
de guerra e destruição, exército de demônios, equipados
que podem destruir a terça parte dos homens. A visão é
terrível, no que diz respeito aos cavaleiros, que vinham
com couraças de fogo, e tinha cabeças como de leões
(v. 17), atribuição de caudas como de serpentes, aqueles
cavalos que sopravam fogo, os tornam terrivelmente
grotescos. Mesmo com todas as desgraças, provocada
pelo exército em foco, e liderada pelos quatros demônios,
alguns naquele período não vão se arrepender (v. 21)

1. 6 A sétima trombeta – Preparação para as taças


(Ap 11. 15)

“O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu


grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou
de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos
séculos dos séculos”, (ARA).

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Professor Jean Carlos Th.D

Capítulo 15
As sete taças do Apocalipse
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Escatologia Explicada - Volume 1
O derramamento das taças, encontra-se no capítulo 16
do livro do apocalipse. Para uma melhor compreensão
veremos abaixo o texto do capítulo 16. 1-6 na ARA.

FLAGELO SOBRE A MARCA DA BESTA (V. 2).


À partir de agora, neste momento da grande tribulação,
Deus derramará os últimos julgamentos, antes da volta
visível do Senhor à terra (Ap 19. 11). Os flagelos das
taças, são mais severos, são revisões das trombetas.

1. 1 A primeira taça (Ap 16. 2 compare com 8.7).


O anjo obedecendo a voz de Deus, derrama a primeira
taça sobre a terra “...chaga má e maligna...”, a expressão
“chaga” pode-se harmonizar com (Jó 2. 7), onde diz que
Jó foi acometido de uma chaga. O termo grego em foco é
“e)lko/v, elkos”, e indica “chaga, ferida úlcera”, em quem
caiu esta chaga? Homens com o sinal da besta. Aqueles
homens no período da grande tribulação que aceitarão
o segmento e o governo do anticristo (Ap 6. 2; 13. 8).
Então, como paga, Deus derramará uma chaga, uma
ferida nos desobedientes. Dar para se perceber isto?
Devemos nos lembrar do contexto ao Egito, da sarna ou
úlcera nos moradores do Egito (Ex 9. 11), aqueles juízos
eram apenas periódicos, porém, as chagas do apocalipse
que serão derramadas no período da grande tribulação e
serão incuráveis (Dt 28. 27, 28).

1. 2 Flagelo sobre o mar (v. 3 ).


Gr. “fia,lhn auvtou/ eivj th.n qa,lassan( Phialên autu sid
ten Thalassan”.
No juízo das trombetas (8. 8), a sentença foi apenas
parcial, nos flagelos das taças, mais severo. “...morreu no
mar...”. Aqui, temos uma catástrofe no mar, qual? Morreu
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Professor Jean Carlos Th.D
toda a criatura! Quando se cita isto no livro do apocalipse,
logo vem em mente a praga do Egito (Ex 7. 12-14). Lá
aconteceu também um desastre; o rio Nilo tornou-se em
sangue, “automaticamente” matando todos os peixes.
Neste flagelo, é totalmente diferente, é o “mar”, que é
afetado completamente. Encontramos também (8. 8),
no juízo das trombetas, apenas sendo efetado uma terça
parte do mar, já no texto em foco, literalmente todo o mar
é afetado. Qual é a interpretação correta para mar? Literal
ou figurada? Jesus não disse a João que

“...estas coisas hão de acontecer...”?

Então se disse (Ap 1. 1, 19), não podemos aceitar


que seja apenas para questões ilustrativas, mais creio
que o mar se contaminará com muito sangue, mas como
será isto? Como será eu não sei, eu não posso duvidar
da palavra de Deus. O mar na grande tribulação será
afetado, o sangue é a marca da morte (e não somente da
terça parte 8. 8), das criaturas do mar.

1. 3 Flagelo sobre os rios (AP 16. 4; 8. 10).


Gr. “fia,lhn auvtou/ eivj tou.j potamou.j,
Phialên autu eis potamus”.

Ao contrário das águas salgadas (v. 3), agora o juízo de


Deus é sobre as águas doces. A praga no texto tem certo
paralelismo no Nilo.

1. 4 Resumo final sobre as taças (AP 16. 4-15).


a) O quarto anjo derrama sua taça sobre o sol, e agora o
calor deste aumenta consideravelmente (v. 8), compará
com (Ex 9. 24-26; 10. 21-23).
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Escatologia Explicada - Volume 1
“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-
lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os
homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram
o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos,
e nem se arrependeram para lhe darem glória”.

b) A quinta taça é sobre o trono do anticristo em Israel,


neste momento as trevas toma conta da terra (v. 10), coisa
terrível!

“Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta,


cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a
língua por causa da dor que sentiam 11 e blasfemaram o
Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que
sofriam; e não se arrependeram de suas obras”.

c) A sexta taça é derramada no rio Eufrates, literalmente


seca-se, isto indica uma porta aberta para a batalha do
Armagedom (v. 12).

“Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates,


cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho
dos reis que vêm do lado do nascimento do sol.

d) A sétima taça é descrita no versículo 17


“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande
voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito!”.

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Professor Jean Carlos Th.D

BIBLIOGRAFIA USADA
NO VOLUME 1
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Almeida. Edição Revista e Corrigida. Rio de Janeiro:
Editora Juerp, 2001.

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de Almeida. Edição Revista e Corrigida. São Paulo:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.

A BÍBLIA SAGRADA: Traduzida por João Ferreira de


Almeida. Edição Revista e Atualizada. São Paulo:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

A BÍBLIA SAGRADA: Traduzida por João Ferreira de


Almeida. Edição Contemporânea de Almeida. São
Paulo: Editora Vida, 1998.

A BÍBLIA SAGRADA: Traduzida por João Ferreira


de Almeida. Edição Alfalit do Brasil. Rio de Janeiro:
Editora Alfalit Brasil, 2000.

A BÍBLIA SAGRADA: Nova Versão Internacional. São


Paulo: Editora vida Nova, 2000.

2. Fontes Selecionadas: Bíblias de Estudo


BÍBLIA ANOTADA. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil SBB, 1994.

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Escatologia Explicada - Volume 1
BÍBLIA DE ESTUDO DE APLICAÇÃO PESSOAL. São
Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil SBB, 2003.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. São Paulo:


Sociedade Bíblica do Brasil SBB, 1995.

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BÍBLIA VIDA NOVA. São Paulo: Editora Vida Nova,


1989.

3. Fontes Selecionadas: Dicionários


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4. Fontes Selecionadas: Outras línguas


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TAYLOR, Willian C. Dicionário do Novo Testamento


Grego/Português. Rio de Janeiro: JUERP, 1978.

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Lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo:
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A. E. BLOOMFLIED. Apocalipse – O Futuro Glorioso


do Planeta Terra

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Escatologia Explicada - Volume 1

- 138 -

Escatologia volume 01.indd 138 08/08/2014 13:38:30

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