MANUAL SIG Cap3

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Tratamento e análise espacial de dados de campo com recurso a Software Opensource (Quantum GIS)

3 Adicionar Layers (camadas) de dados

Objetivo:
- Conseguir adicionar e configurar os diversos formatos de CDG;
- Sítios de internet nacionais com WMS e WMF;
- Aprender comandos básicos de navegação e identificação;
- Conseguir editar os parâmetros de apresentação dos mapas;
- Criação de um novo Sistema de Coordenadas CRS;
- Transformação entre CRS;

No tradicional Sistema de Informação Geográfica, existem dois grandes grupos


de tipo de dados:

Vetorial: constituído por conjunto de elementos do tipo Ponto, Linhas e


Áreas ao qual está associado uma base de dados que caracterizam o CDG;

Matricial: Também conhecida por GRID, Imagem ou raster, estes dados


são constituídos por uma grelha regular de células (quadrados), a que cada uma
delas á atribuída um determinado valor.

Para além destes tipos de dados, nos últimos anos foram ainda criados serviços
de mapas em rede normalizados, implementados pela OGC. Dos serviços de
rede existentes, há a destacar:

WMS: Serviço de visualização dos dados em imagem (PNG) sem


possibilidade de descarregar os dados para o computador. Este serviço permite
aceder aos dados através de uma ligação de internet, sem ter acesso físico aos
mesmos.

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WFS: Serviço de descarregamento dos dados vetoriais, que permite fazer


o download dos dados para o nosso computador;

WCS: Serviço de descarregamento de dados matriciais.

O carregamento destes dados podem ser feitos a partir desta barra de menu.

3.1 Inicializar o Quantum GIS

É possível gravar o projeto (Project com o formato QGis file *.qgs) de modo a
guardar as configurações e as camadas (layers) de mapas. Desta maneira, da
próxima vez que abrir o QGis, ao abrir este ficheiro, ficamos com o mesmo
ambiente de trabalho que tínhamos quando o gravámos. Para tal, selecionamos
File Save Project as… e atribuímos o nome ao projeto. A partir deste
momento, sempre que tiver este projeto aberto, basta gravar em File Save
Project.

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De seguida, antes de iniciar qualquer processamento de dados, temos que


definir o sistema de coordenadas (CRS) associado ao projeto que estamos a
trabalhar. Este processo é dos mais importantes, uma vez que pode influenciar
geoprocessamentos e localizações de alguma ocorrência que queiramos
estudar. Ainda mais importante, se tivermos a trabalhar com dados de diversos
sistemas de coordenadas (WGS84, Porto Santo Base SE 1995, Porto Santo Base
SE 1936, ITRF1993, etc).

Para definir o sistema de coordenadas do nosso projeto vamos ao menu


Settings Project propreties, selecionamos a pasta CRS e escolhemos o
EPSG:3061 (com ID:1024), referente ao CRS usado nas Ilhas da Madeira, Porto
Santo e Desertas, UTM 28N-Datum Porto Santo 1995. A opção Enable ‘on the
fly’ CRS transformation permite visualizar, em tempo real, os mapas carregados
no projeto criado, sem ser necessário proceder a qualquer conversão de
coordenadas. Ou seja, não há alteração dos dados originais.

Todos os ficheiros criados no decorrer da formação, terão que ficar gravados


numa pasta, sem conter espaços nem acentuação (por exemplo

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“C:\Formacao\”) de modo a não ter problemas nos futuros geoprocessamentos


de ficheiros.

3.2 Definição do sistema de coordenadas do projeto

I. Criamos o projeto com o nome Exercicio3 e atribuir o sistema de


coordenadas EPSG:3061 (Datum Base SE, Porto Santo 1995) e
desativamos a opção Enable ‘on the fly’ CRS transformation.

3.3 Adicionar dados vetoriais

I. Selecionamos o comando ou Layer Add Vector Layer…

II. Escolhemos a opção File e no Source selecionamos o ficheiro malti.shp e


clicamos Open.

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III. Vamos agora atribuir o sistema de coordenadas CRS ao ficheiro


carregado. Para tal, abrimos o ficheiro de Metadados na pasta dos dados
(metadata.htm) e verificamos, na secção Spatial_Reference_Information,
qual o sistema de coordenadas associado aos dados.
IV. Selecionamos com o botão direito do rato em cima da Layer malti e
selecionar o comando Set Layer CRS, e escolher o CRS com o código
ESPG:2942, associado ao Porto Santo 1936.
V. Uma das opções mais comuns das diversas plataformas SIG é o comando
de “identificação” e “nevagação”. Usamos os comandos de navegação de
mapas para localizar um das curvas de nível que desejamos identificar:

VI. Por último, usamos o comando de identificação de elemento geográfico

através do símbolo ou através do menu View Identify features.

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3.4 Adicionar dados WFS

I. O objetivo deste exercício é fazer ligação a um serviço WFS do Instituto


Geográfico Português – IGP – com o tema CAOP (limites administrativos)
da Madeira, através do sítio de internet
http://www.dgterritorio.pt/cartografia_e_geodesia/cartografia/carta_ad
ministrativa_oficial_de_portugal__caop_/caop_em_vigor/.
II. Selecionamos os serviços WFS deste sítio de internet e entramos no sítio
M@pas on-line do IGP: mapas.igeo.pt. Para criar o mapa no QGis,
copiamos o URL da CAOP 2013.
O CRS associado a estes dados é EPSG: 5016 (ITRF93/ PTRA08 - UTM zona
28N).

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III. Selecionamos o comando ou Layer Add WFS Layer…


IV. Selecionamos a opção New e preenchemos os campos Name e URL.

V. Ao selecionar Connect aparecem todas as camadas de informação


existentes neste WFS. Escolhemos a opção Municipios-2013, que
corresponde aos limites administrativos oficiais dos concelhos da
Madeira. Apesar de aparecer o CRS com o código EPSG: 5016, ao
selecionar o botão Change… apercebemo-nos que não existe, na
biblioteca de código EPSG, este CRS Português, referente ao Arquipélago
da Madeira.

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Dar como finalizado o processo de descarregamento dos dados com o


botão OK.

VI. Conseguimos ver um desfasamento geográfico entre os dois dados,


apesar de fazer os dois fazerem referência ao mesmo espaço geográfico.

VII. Para terminar, criamos o CRS na plataforma de modo a ser reconhecido


pelo QGis. São usados os parâmetros de transformação segundo o
formato proj.4. Selecionamos o comando Setting Custom CRS …
a. Name: ITRF93/ PTRA08 - UTM zona 28N – Madeira

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b. Parameters:

+proj=utm +zone=28 +ellps=GRS80 +towgs84=0,0,0,0,0,0,0 +units=m +no_defs

Para finalizar, gravamos o CRS criado e fechado a janela.

VIII. Selecionamos com o botão direito do rato o Layer Municipio-2013 e com


comando Set Layer CRS, escolher o CSR criado anteriormente.
IX. Alterar as características gráficas dos polígonos selecionando, com o
botão direito do rato o Layer Municipio-2013, a opção Properties.
Atribuír uma transparência de 60% aos dados.

3.5 Adicionar dados Imagens

I. Para adicionar os dados do tipo imagem (ou Raster), selecionamos o

botão ou o comando Layer Add Raster Layer…. Escolhemos o


ficheiro madeira_25.asc. Este ficheiro é uma grelha regular (GRID) que
representa o Modelo Digital do Terreno (MDT) da Madeira, pelo que
temos que definir o formato da imagem Arc/Info ASCII. Definimos o CRS
com o código ESPG:3061 a esta camada.
II. Para apresentar a imagem com as cores pretendidas, seleciona-se com o
botão direito do rato a Layer madeira_25 e escolhemos a opção
Properties. Escolhemos o valor máximo e o valor mínimo do MDT, 0 e
1859.44 respetivamente, e optamos pelo Contrast enhaancement com

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Stretch to MinMax. Variar as diversas opções, nomeadamente a opção


Color map.

III. Por último, fazemos zoom a uma zona determinada do mapa e


escolhemos novamente o comando Identify Features para verificar a Cota
de uma célula (pixel) da imagem. A grande diferença entre este tipo de
dado, imagem ou raster, e os do exercício 3.3, vetoriais, é que neste caso
só conseguimos ter toda a superfícies da ilha com a cota associada, mas
so com um campo (neste caso cota), enquanto nos mapas vetoriais
podemos ter uma base de dados associado com tantos campos quanto os
desejados e necessários, mas só no local onde passa a curva de nível.

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3.6 Transformação de coordenadas (entre CRS)

I. Para finalizar o exercício, verificamos o efeito da ativação da opção


Enable ‘on the fly’ CRS transformation no comando Settings Project
properties …
II. Verificar que os dados sobrepuseram-se todos segundo o mesmo sistema
de coordenadas, definido no projeto.
III. Para transformar os dados originais de um sistema de coordenadas para
outro, temos que gravar os mesmos num novo ficheiro mas com o novo
sistema de coordenadas desejado. Para tal, vamos fazer a experiência
com o ficheiro Municipios2013.shp. Verificamos se está gravado no
sistema de coordenadas ESPG: 5016.
IV. Selecionamos o ficheiro na legenda com o botão direito e escolher a
opção Save as…. Gravar com o nome Municipio2013_BaseSE.shp e
escolher no campo CRS a sistema de coordenadas com o código
EPSG:3061, referente ao Base SE, Porto Santo 1995. Verificar agora,
depois de abrir este novo ficheiro, qual o comportamento dos diversos
ficheiros com a opção Enable ‘on the fly’ CRS transformation desativo.

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Desafio I

Um dos serviços de mapas mais conceituados em Portugal são as cartas militares do


IGeoE. As cartas militares à escala 1:25000 estão disponíveis para venda em, mas as
escalas 1:500.000 e 1:250.000 podem ser descobertas neste sítio gratuitamente.
Experimente adicionar um dos mapas WMS do IGeoE referente ao Arquipélago da
Madeira, em http://www.igeoe.pt/mapas/html/AplicacoesClientes.htm.

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