Esquema Sociedades-Comerciais
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Esquema Sociedades-Comerciais
SOCIEDADES COMERCIAIS 1
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O Contrato de sociedade vem definido no artº 980º do Código Civil e o artº 1º do Código das Sociedades Comerciais
define as características da Sociedade Comercial, permitindo, ainda a sociedade civil sob forma comercial. Podemos
distinguir nas sociedades o elemento pessoal (pluralidade de sócios – há excepções), o elemento patrimonial (a obrigação de
contribuir com bens ou serviços), o elemento finalístico - fim imediato ou objecto (exercício em comum de uma actividade
económica que não seja de mera fruição) e o elemento teleológico – fim mediato ou stricto sensu (repartição dos lucros
resultantes da actividade prosseguida).
As sociedades comerciais gozam de personalidade jurídica e existem como tais a partir da data do registo definitivo do
contrato pelo qual se constituem (artº 5º do CSC) e a sua capacidade jurídica compreende os direitos e obrigações
necessários ou convenientes à prossecução do seu fim, exceptuados aqueles que lhe sejam vedados por lei ou sejam
inseparáveis da personalidade singular. (artº 6º do CSC)
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Capital Social - Cifra que corresponde à soma dos valores nominais das participações sociais
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Para além destes casos há outros casos de responsabilidade dos sócios em função do seu comportamento na sociedade. Ver
nossas notas sobre esse assunto.
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Este tipo de sociedade tem origem no instituto romano societas unius rei (Digesto 17.2), aparece nas Ordenações Filipinas
(Livro IV, Título XLIV) como sociedade particular, no Código de Ferreira Borges (Título XII, artigo XXII) como
sociedade com firma e como sociedade em nome colectivo no Código de Veiga Beirão (§1º do artº 105º) e no CSC.
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Participações sociais são o conjunto unitário de direitos e deveres actuais e potenciais dos sócios.
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Porque é uma sociedade intuitus personae é necessário consentimento expresso de todos os sócios para a transmissão da
participação no capital social.
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Entrada em dinheiro, em espécie e/ou indústria. No caso de bens em espécie não verificados e avaliados nos termos do artº
28º têm os sócios de assumir expressamente no contrato social responsabilidade solidária pelo valor que atribuam aos
mesmos (179º).
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Todos os sócios são gerentes, salvo quando o pacto determinar diversamente. Não sócios põem ser gerentes somente
quando os sócios os designem por deliberação unânime.
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Este tipo de sociedade tem origem na GmbHG alemã de 20-04-1892 e foi introduzida em Portugal pela Lei de 1901,
continuando no Código das Sociedades Comerciais.
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A transmissão de quotas entre cônjuges e descendentes é livre, como regra e nos outros casos exige, em regra,
consentimento da sociedade – 228º CSC
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Não respondem o próprio sócio remisso, os anteriores titulares que respondem nos termos do artº 206º CSC (respondem
pela diferença entre o produto da venda e a parte da entrada em dívida, não podendo invocar-se compensação contra o
crédito da sociedade), o adquirente da quota do sócio remisso e a sociedade enquanto detentora de quotas próprias. O sócio
que tiver efectuado algum pagamento ao abrigo desta responsabilidade pode sub rogar-se no direito que assiste à sociedade
contra o excluído e seus sucessores, a fim de obter o reembolso do que pagou. (arts 206º e 207º, nº 3 do CSC).
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Ver 197º, nº 3. O artº 198º CSC permite que seja clausulada a responsabilidade directa do sócio por dívidas sociais, com
o limite e as feições constantes do pacto social.
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Composta por um ou mais gerentes, sócios ou não, pessoas singulares com capacidade jurídica plena que podem ser
sócias ou não – 252º/1
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Os critérios são: total de balanço 1.500.000 euros, total de vendas líquidas e outros proveitos – 3.000.000 euros e 50
trabalhadores empregados, em média, durante o exercício.
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As sociedades anónimas têm origem nas chamadas Companhias Privilegiadas (a primeira foi a Companhia da Índia
Oriental em 27-08-1626, seguida da Companhia Geral para o Estado do Brasil em 1649), continuou nas Companhias de
Comércio do Código Ferreira Borges, aparecendo a denominação Sociedades Anónimas, pela primeira vez, na Lei de 22-
06-1867, tendo sido recebidas no Código de Veiga Beirão e no Código das Sociedades Comerciais.
Aparecem, ainda, no âmbito comunitário, no Regulamento (CE), 2157/2001, de 8/10, do Conselho, o qual foi
complementado, no direito interno, pelo DL 2/2005 de 4/01 e pelo DL 215/05, de 13/12 (este relativo ao envolvimento dos
trabalhadores – Transposição da Directiva 2001/86/CE, do Conselho, de 8 de Outubro.
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Há livre transmissibilidade das acções, mas pode ser estipulado, no contrato, a exigência de consentimento – 328º/329º.
O capital realizado deve ser depositado até à constituição em conta bancária da sociedade e os sócios devem declarar nesse
acto as entradas que fizeram – artº 277 CSC.
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Nos casos previstos na lei, em vez de conselho de administração ou de conselho de administração executivo pode haver
um só administrador (as com capital social não superior a 200.000 euros – artº 390º nº 2 CSC) e em vez de conselho fiscal
pode haver um fiscal único (artº 413º CSC). As sociedades com administrador único não podem seguir a
modalidade prevista na alínea b) do nº 1 do artº 278º (direcção, conselho geral, ROC).
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As sociedades em comandita entroncam no Contrato de Comenda (o tractator actuava no giro comercial em seu próprio
nome, mas financiado pelo commendator que permanecia oculto e recebia uma percentagem dos resultados do tractator. A
figura tem a ver com a proibição do exercício do comércio, por parte das classes aristocráticas. Aparece nas Ordenações
Manuelinas e no Código de 1833 (Sociedade de Capital e Indústria e Associação em Conta de Participação). No Código
Veiga Beirão não aprece elencada, mas permitida, assim como a figura da Conta em Participação. Estas sociedades vêm
previstas no Código das Sociedades Comerciais sob duas formas e o DL 231/81 de 28/07, prevê a figura da Associação em
Participação. Para maiores desenvolvimentos sobre a origem dos tipos de sociedade e figuras conexas ver Pedro Pais de
Vasconcelos em A Participação Social nas Sociedades Comerciais
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Em dinheiro, em espécie e /ou em indústria quanto aos comanditados. Em dinheiro e/ou em espécie, quanto aos
comanditários.
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Capital Social - Cifra que corresponde à soma dos valores nominais das participações sociais
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Para além destes casos há outros casos de responsabilidade dos sócios em função do seu comportamento na sociedade.
Ver nossas notas sobre esse assunto.
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Estão permanentemente abertas à entrada de novos associados que entram com bens ou serviços para fim mutualista da
satisfação de interesses dos associados
Sujeitas ao Código Cooperativo e a Registo Comercial. A sua firma terminará por Cooperativa ou COOP e
Responsabilidade Limitada ou Ilimitada, consoante o caso.
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Revestem a forma de cooperativa; só podem ter por objecto a actividade seguradora, tendo, por isso, natureza comercial.
O Número mínimo de sócios é dez.
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Arts 21º e 35º do Código Cooperativo.
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Artº 22º nº 1 do DL 94-B/98.
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O objecto da Sociedade Anónima desportiva é a participação numa modalidade, em competições desportivas de carácter
profissional, organização de espectáculos desportivos e o fomento e desenvolvimento de actividades conexas com a prática
desportiva profissionalizada dessa actividade.
A sociedade desportiva pode resultar:
a)Da transformação de um clube desportivo que participe, ou pretenda participar, em competições desportivas profissionais;
b) Da personalização jurídica das equipas que participem, ou pretendam participar, em competições desportivas
profissionais;
c) Da criação de raiz, que não resulte da transformação de clube desportivo ou da personalização jurídica de equipas.
A sua firma terá a indicação da modalidade desportiva e terminará por SAD. Subsidiariamente aplicam-se as regras das
sociedades anónimas.
A sociedade desportiva não pode ter participações em sociedades de idêntica natureza.
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O Capital é realizado em dinheiro e não pode ser diferido por mais de 2 anos. As acções são sempre nominativas e quando
a sociedade resultar da transformação de um clube fundador, as acções deste serão de categoria A, ao passo que as restantes
serão de categoria B e aquelas só poderão ser apreendidas judicialmente ou oneradas a favor de pessoas colectivas de direito
público.
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Pessoas Colectivas que agremiam outras pessoas singulares ou colectivas com mo objectivo de melhorar as condições do
exercício das suas actividades. Usam firma, que termina sempre por ACE. Não podem ter por fim principal a obtenção e
distribuição de lucros, embora as possam ter como fim acessório, se constar do contrato constitutivo. Estão sujeitos ao
Registo Comercial.
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Capital Social - Cifra que corresponde à soma dos valores nominais das participações sociais
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Para além destes casos há outros casos de responsabilidade dos sócios em função do seu comportamento na sociedade.
Ver nossas notas sobre esse assunto.
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Tem as mesmas características das sociedades anónimas. A firma deve incluir o designativo SE. A sede deve ser no
território de um estado membro, só pessoas colectivas podem ser sócias e só pode constituir-se por a) fusão entre sociedades
anónimas, b) como SE holding c) como SE filial, d) por transformação de uma anónima dum estado membro ou e)
constituição por uma SE (unipessoal).
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Alterado pelo DL 76-A/2006.
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Tem personalidade jurídica. A firma terminará por SCE e Limitada, quando o for. a sede será no território de um Estado
Membro e aí será inscrita no Registo Comercial
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Quanto aos seus trabalhadores ver Directiva 2003/72/CE de 22.07.2003 e Lei 8/2008.
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A SCE pode ser constituída da seguinte forma:
Por cinco pessoas singulares, no mínimo, que residam em pelo menos dois Estados-Membros,
Por um mínimo de cinco pessoas singulares e sociedades, na acepção do segundo parágrafo do artigo 48.º do Tratado, e
outras entidades jurídicas de direito público ou privado, constituídas nos termos da legislação de um Estado-Membro, que
tenham residência ou que se rejam pelo direito de pelo menos dois Estados-Membros diferentes,
Por sociedades, na acepção do segundo parágrafo do artigo 48.º do Tratado, e outras entidades jurídicas de direito público
ou privado, constituídas nos termos da legislação de um Estado-Membro e reguladas pelo direito de pelo menos dois
Estados-Membros diferentes,
Por fusão de cooperativas constituídas nos termos da legislação de um Estado-Membro e que tenham a sua sede e a sua
administração central na Comunidade, se pelo menos duas delas forem reguladas pelo direito de Estados-Membros
diferentes,
Por transformação de uma cooperativa, constituída segundo o direito de um Estado-Membro e que tenha a sua sede e a sua
administração central na Comunidade, desde que tenha há pelo menos dois anos um estabelecimento ou filial regulados pelo
direito de outro Estado-Membro
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Têm personalidade jurídica e o seu objectivo consiste em facilitar ou desenvolver a actividade económica dos seus
membros, melhorar ou aumentar os resultados dessa actividade, não tendo por objectivo realizar lucro para si próprio. Têm
natureza comercial quando tiverem por objecto a prática de actos comerciais. A firma deve conter o designativo
agrupamento europeu de interesse económico ou AEIE.