Sinais No Matlab

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Tutorial de MATLAB para Sinais e

Sistemas e Matérias Relacionadas

Departamento de Engenharia Elétrica

Gabriel Barsi Haberfeld

15 de Junho de 2015
Conteúdo
I Comandos Básicos 2
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Command Window e Workspace . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3 Editor - Utilizando Scripts . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4 Vetores e Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Plotagem de Gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

II Sinais e Sistemas 17
6 Geração de Sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7 Energia e potência de sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
8 Convolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
9 Transformada Z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
10 Transformada de Laplace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
11 Série de Fourier . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
12 Transformada de Fourier . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

III Assuntos Avançados 56


13 Diagrama de Bode . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
14 Filtros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
15 Sistemas como Equações de Espaço-Estado . . . . . . . . . . . . 65
16 Associação de sistemas LTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
17 Controle PID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
18 Circuitos RC, RL e RLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
19 Filtragem por Convolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
20 Teorema de Amostragem de Nyquist-Shannon . . . . . . . . . . 96
21 Estimativas de Comportamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
22 Simulação de um Motor DC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Parte I
Comandos Básicos
1 Introdução
O MATLAB é uma ferramenta muito poderosa para automatizar qualquer tipo
de cálculo numérico extenso, ele se especializa em contas com ponto flutuante
(variável tipo float, double ou de precisão estendida, como visto nos cursos
de programação do Ciclo Básico). Vamos começar identificando as janelas do
MATLAB. A principal é a Command Window, lá você pode digitar e executar
comandos e chamadas de função. A janela Workspace mostra todas variáveis
existentes do seu programa e seus tipos e conteúdos. A Janela Editor pode ser
aberta criando-se um novo Script (Botão New Script) e é onde você vai montar
seu programa.

2 Command Window e Workspace


Comece digitando o comando x = 2 na Command Window e veja o que acon-
tece.

x = 2

x =

A Command Window mostrou o valor associado a x, e no Workspace vemos a


variável e seu valor associado. Dando dois cliques em x no Workspace pode-se
explorar mais a variável, isso pode ser feito com qualquer tipo de variável (float,
vetor, matriz, simbólicas).

Tente agora o a sequência de comandos abaixo:

x = 3;
y = 2;
c = x - y

c =

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 2


A adição do ponto e vı́rgula omite o resultado, e as variáveis podem ser dire-
tamente utilizadas em outras contas e expressões. Vendo seu Workspace pode
reparar que tudo foi atualizado e o valor anterior perdido.

Tente agora os comandos:

clc
clear all
clc limpa a Command Window e clear all limpa todas as variáveis para
evitar erros em programas longos e/ou repetitivos. Um programa bem escrito
não requer uma limpeza de variáveis no meio dele, porém existem casos especiais.

3 Editor - Utilizando Scripts


Tente realizar novamente a sequência de comandos:

x = 3;
y = 2;
c = x - y
%

c =

Agora tente mudar o valor de x de 3 para 4. Como pode ter percebido não
há como editar uma linha já executada na Command Window. Para poder ter
mais liberdade de edição temos que criar um script, que é como se fosse um
programa a ser executado e que podemos modificar a vontade.

Tente criar um script clicando em ”New Script”, no canto superior esquerdo.


Uma nova janela se abriu com o nome Editor. É boa prática sempre associar
um nome ao seu programa antes de qualquer outra etapa. Salve o script em
branco com qualquer nome que desejar, observando que não se pode salvar
com espaços no nome do arquivo .

É boa prática iniciar os scripts com:

clc
clear all
close all

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 3


close all é uma adição aos outros dois, e fecha todas as janelas auxiliares de
imagem.

4 Vetores e Matrizes
O MAT em MATLAB não é de Math, e sim de Matrix. O grande poder do
MATLAB está em toda a liberdade que trabalhar com sistemas multidimensi-
onais oferece. É interessante procurar no help do MATLAB métodos de como
declarar vetores e matrizes, pois existem diversos e cada um é otimizado para
um certo tipo de tarefa, os que serão demostrar são os mais fáceis de entender
porém não necessariamente os mais rápidos computacionalmente.

Para declarar um vetor basta o comando:

x = [1 2 3 4 5]

x =

1 2 3 4 5

Pode-se concatenar vetores a vontade, respeitando-se as dimensões:

x = [0 x 6]

x =

0 1 2 3 4 5 6

y = [x 7]

y =

0 1 2 3 4 5 6 7

Matrizes podem ser declaradas da mesma forma, utilizando-se ponto e vı́rgula


para separar as linhas:

A = [1 2 3 ; 4 5 6]

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 4


A =

1 2 3
4 5 6

Algumas operações podem ser feitas diretamente:

A-1

ans =

0 1 2
3 4 5

A*2

ans =

2 4 6
8 10 12

Algumas operações, porém, devem ser feitas elemento a elemento, no caso de


querer elevar todos os elementos de A ao quadrado, por exemplo. É importante
sempre observar as dimensões das matrizes, pois o MATLAB é muito restrito e
requer coerência total em qualquer conta matricial ou vetorial.

Para operações elemento a elemento basta utilizar o operador ”.”, conforme


abaixo:

A.^2

ans =

1 4 9
16 25 36

Tente escrever e executar o seguinte Script, clicando em Run ou apertando F5


no Editor:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 5


clc
clear all
A = [1 2 3 ; 4 5 6]
A^2
Como podemos ver o próprio MATLAB sugeriu a forma correta. Vamos fazer
mais operações com matrizes, observe os resultados:

clear all

A = [1 2 1 ; 1 1 0; 1 1 1]

A =

1 2 1
1 1 0
1 1 1

B = [1 2 3]

B =

1 2 3

Como a matiz é quadrada podemos eleva-la a potências:

A = A^3

A =

11 15 6
6 8 3
9 12 5

Para transpor basta utilizar o plick:

B’

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 6


ans =

1
2
3

Matrizes de dimensões compatı́veis podem ser multiplicadas (observe que B está


transposto):

C = A * B’

C =

59
31
48

Soma e inversão também são feitas diretamente:

C + B’*(-5)

ans =

54
21
33

A^-1

ans =

-4.0000 3.0000 3.0000


3.0000 -1.0000 -3.0000
0.0000 -3.0000 2.0000

Acessar elementos dos vetores é feito por meio de parêntesis, na forma (li-
nha,coluna)

A(1,1)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 7


ans =

11

A(3,2)

ans =

12

Vetores também podem ser declarados automaticamente pelo comando:

x = a:b:c

onde a é o valor do primeiro elemento, b é o passo e c o valor final. Por exemplo:

x = 0:0.1:10;
Gera um vetor começando em 0, incrementando de 0.1 em 0.1 e terminando
em 10. Este vetor irá possuir 101 elementos ( (10*10)+1 ) por causa do zero.
Podemos conferir verificando o comprimento:

length(x)

ans =

101

Vetores declarados desta forma são úteis para fazer gráficos com muitos pontos,
como veremos a seguir.

5 Plotagem de Gráficos
MATLAB fornece uma gama enorme de métodos de plotagem de dados, neste
documento será mostrado apenas o básico, porém é fortemente recomendado
que procure na documentação do MATLAB os diferentes métodos de plotagem
que podem ser úteis dependendo do seu propósito.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 8


clc
clear all
Primeiro criamos os dados:

x = -pi:pi/100:pi;
y = sin(x);
Nesta associação acima, y automaticamente vira um vetor, avaliando x elemento
a elemento. Como x vai de −π a −π , temos um perı́odo completo do seno
armazenado em y, agora podemos plotar.

Sempre que vamos plotar um gráfico é necessário abrir uma nova janela com o
comando figure, seguido de plot(X,Y), onde X são os dados do eixo X e Y os
do eixo Y. É importante que tenham as mesmas dimensões:

figure
plot(x,y);
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Pode-se mudar a cor conforme abaixo:

figure
plot(x,y,’color’,’red’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 9


1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

O estilo da linha também pode ser modificado, sempre logo após os dados:

figure
plot(x,y,’--’,’color’,’red’);
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Plotar vários gráficos na mesma janela é simples caso tenham o mesmo tamanho,
e podemos associar estilos diferentes a cada um simplesmente colocando os dados
x e y ordenados corretamente:

x = -pi:pi/100:pi;
y1 = sin(x);
y2 = sin(x-0.25);
y3 = sin(x-0.5);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 10


figure
plot(x,y1,x,y2,’--’,x,y3,’:’)
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Para maior controle sobre os gráficos é comum utilizar o comando:

figure
hold on
.
.
.
hold off

Onde preenchemos os gráficos a serem plotados entre os holds, por exemplo:

figure
hold on
plot(x,y1,’--’,’LineWidth’,3,’color’,’blue’);
plot(x,y2,’:’,’color’,’cyan’);
plot(x,y3,’color’,’green’);
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 11


1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

No exemplo acima a opção LineWidth seguida de um número altera a espessura


da linha.

Adicionar tı́tulo e legenda dos eixos é muito simples:

figure
plot(x,y)
title(’Gráfico do seno centrado em zero’)
xlabel(’x’)
ylabel(’sin(x)’)
Gráfico do seno centrado em zero
1

0.8

0.6

0.4

0.2
sin(x)

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
x

Fazer inversões no tempo, translações e outros é feito manipulando-se os vetores


de dados diretamente:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 12


x = -1:0.001:2;
y = exp(x);

figure
plot(x,y)
grid on %este comando adiciona um quadriculado ao gráfico
title(’Gráfico normal’)
xlabel(’x’)
ylabel(’exp(x)’)

Gráfico normal
8

5
exp(x)

0
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
x

figure
plot(-x,y)
grid on
title(’Gráfico revertido no tempo (plot(-x,y))’)
xlabel(’x’)
ylabel(’exp(x)’)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 13


Gráfico revertido no tempo (plot(-x,y))
8

5
exp(x)
4

0
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1
x

figure
plot(x,-y)
grid on
title(’Gráfico invertido em relaç~
ao ao eixo x (plot(x,-y))’)
xlabel(’x’)
ylabel(’exp(x)’)
Gráfico invertido em relação ao eixo x (plot(x,-y))
0

-1

-2

-3
exp(x)

-4

-5

-6

-7

-8
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
x

Todos os gráficos acima foram feitos para tempo contı́nuo, porém quando va-
mos plotar sinais discretos é interessante utilizar o comando stem(X,Y) em
vez do plot. Na sequência abaixo também está sendo introduzido o comando
linspace, que pode substituir o outro método de geração de vetores (observe a
transposição):

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 14


figure
X = linspace(0,2*pi,50)’;
Y = cos(X);
stem(X,Y)
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 1 2 3 4 5 6 7

Gráficos discretos estão sujeitos a diversas opções também:

figure
X1 = linspace(0,2*pi,50)’;
X2 = linspace(-2*pi,0,50)’;
Y1 = cos(X1);
Y2 = sin(X2);
hold on
stem(X1,Y1,’filled’,’green’)
stem(X2,Y2,’:diamondr’)
title(’Gráfico com opç~
oes’)
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 15


Gráfico com opções
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

Para adicionar legendas dinâmicas podemos usar o seguinte:

figure
hold on
grid minor
stem(X1,Y1,’filled’,’green’,’DisplayName’,’Gráfico 1’)
stem(X2,Y2,’filled’,’:diamondr’,’DisplayName’,’Gráfico 2’)
title(’Gráfico com muitas opç~
oes’)
xlabel(’Amostras’)
ylabel(’Valores’)
legend(’-DynamicLegend’)
hold off
Gráfico com muitas opções
1
Gráfico 1
0.8 Gráfico 2

0.6

0.4

0.2
Valores

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
Amostras

Legendas dinâmicas carregam as informações do gráfico, facilitando muito a


interpretação e dando maior poder de edição ao programador, já que estão
associadas individualmente.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 16


É útil colocar dois gráficos diferentes na mesma janela, por exemplo:

X = linspace(-2,2,50)’;
Y = X.^2;

figure
subplot(2,1,1)
plot(X,Y,’b’)
title(’Gráfico de Cima’)
subplot(2,1,2)
stem(X1,Y2,’r’)
title(’Gráfico de Baixo’)
Gráfico de Cima
4

0
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2

Gráfico de Baixo
1

0.5

-0.5

-1
0 1 2 3 4 5 6 7

Esta ferramenta nos permite colocar gráficos completamente diferentes em todos


os sentidos próximos para comparação. Para utilizar basta chamar o comando
subplot(a,b,c) antes de cada comando de plotagem, seja plot ou stem, onde
a e b geram um grid de a linhas e b colunas, e c diz em que posição deste grid
o gráfico irá ficar.

O MATLAB também pode plotar funções em 3D e com animação, porém como


fogem do escopo da matéria não será demonstrado aqui.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 17


Parte II
Sinais e Sistemas
6 Geração de Sinais
Gerar sinais no MATLAB pode ser feito desde a forma mais simples até as
mais automatizadas e complexas, vamos começar por algo simples: gerar um
degrau unitário no tempo discreto. Conhecendo as definições das notas de aula
é simples traduzir as condições num loop for/if, similar as linguagens em C:

tempoinicial = -5;
tempofinal = 10;
amostras = tempofinal - tempoinicial;
t = linspace(tempoinicial,tempofinal,amostras+1); %geramos nosso vetor tempo
for i = 1:length(t)
if(t(i)>=0)
u(i) = 1;
else
u(i) = 0;
end
end
Podemos plotar o resultado:

figure
stem(t,u)
grid on
title(’Degrau Unitário’),axis([tempoinicial tempofinal 0 1.5])
Degrau Unitário
1.5

0.5

0
-5 0 5 10

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 18


Modificar para gerar uma rampa unitária é simples da mesma forma:

clear all
tempoinicial = -1;
tempofinal = 10;
amostras = tempofinal - tempoinicial;
t = linspace(tempoinicial,tempofinal,amostras+1); %geramos nosso vetor tempo

alpha = 1; %inclinaç~
ao da rampa

u = alpha*t;

for i = 1:length(u)
if(u(i)<=0)
u(i) = 0;
end
end
Plotando:

figure
stem(t,u)
grid on
title(’Rampa Unitária’);

Rampa Unitária
10

0
-2 0 2 4 6 8 10

Para gerar a tempo continuo basta aumentar o numero de amostras para um


número razoável e utilizar o plot:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 19


clear all
tempoinicial = -1;
tempofinal = 10;
amostras = tempofinal - tempoinicial;
t = linspace(tempoinicial,tempofinal,500); %geramos nosso vetor tempo

alpha = 1; %inclinaç~
ao da rampa

u = alpha*t;
No loop abaixo percorremos o vetor da rampa procurando valores negativos
(tempo negativo) e os retirando. Essa condição pode ser ajustada para o sinal
que se quer gerar.

for i = 1:length(u)
if(u(i)<=0)
u(i) = 0;
end
end
Plotando:

figure
plot(t,u)
grid on
title(’Rampa Unitária’);
Rampa Unitária
10

0
-2 0 2 4 6 8 10

Inverter no tempo é feito da mesma forma, basta plotar com -t ou multiplicar


t por -1:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 20


clear all
tempoinicial = -10;
tempofinal = 10;
amostras = tempofinal - tempoinicial;
t = linspace(tempoinicial,tempofinal,500);
tinv = -t; %invertemos t

alpha = 1; %inclinaç~
ao da rampa

u = alpha*t;

for i = 1:length(u)
if(u(i)<=0)
u(i) = 0;
end
end

figure
plot(tinv,u)
title(’Rampa Unitária Invertida no Tempo’);

Rampa Unitária Invertida no Tempo


10

0
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

Análogamente (note o sinal de menos):

figure
plot(-t,u)
title(’Rampa Unitária Invertida no Tempo’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 21


Rampa Unitária Invertida no Tempo
10

0
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

Para translações temporais basta manipular a função:

ud = alpha*(t-2);
u = alpha*t;

for i = 1:length(ud)
if(ud(i)<=0)
ud(i) = 0;
end
if (u(i)<=0)
u(i) = 0;
end
end

figure
hold on
grid on
plot(t,ud,’b’,’DisplayName’,’Rampa Deslocada de 2’)
plot(t,u,’black’,’DisplayName’,’Rampa Original’)
title(’Rampa Unitária deslocada’);
legend(’-DynamicLegend’);
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 22


Rampa Unitária deslocada
10
Rampa Deslocada de 2
9 Rampa Original

0
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

Gerar um pulso pode ser feito desta forma:

amp = 1;
t = 0:0.01:10;
u = zeros(1,length(t));
u(t>4 & t<5) = amp;
figure
plot(t,u)
title(’Pulso de 4 a 5 com amplitude 1’);
Pulso de 4 a 5 com amplitude 1
1

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O trecho u(t>4 & t<5) = 1; simplesmente se traduz para se 4 > t > 5,


associar 1 (amplitude) ao sinal. A mesma estratégia pode ser utilizada para
gerar um degrau de forma mais simples:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 23


amp = 1;
t = -5:0.01:10;
u = zeros(1,length(t));
u(t>0 & t<=10) = amp;
figure
plot(t,u)
title(’Degrau Unitário’);
Degrau Unitário
1

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
-5 0 5 10

A função zeros(...) simplesmente cria um array de zeros. Leia a docu-


mentação para entende-la utilizando help zeros na Command Window

Expansão no tempo de sinais contı́nuos e discretos pode ser feita apenas mul-
tiplicando as variáveis por constantes, no entanto para gerar sinais expandidos
com perda de informação podemos usar a função upsample(x,n) que expande
as amostras por um fator inteiro n:

amp = 1;
ups = 2;
t = 0:1:10;
u = zeros(1,length(t));
u(t>=1 & t<=4) = amp;
us = upsample(u,ups);
ts = 0:(length(us)-1);
figure
subplot(2,1,1)
stem(t,u),grid on,axis([0 10 0 1])
title(’Pulso’);
subplot(2,1,2)
stem(ts,us),grid on,axis([0 10 0 1])
title(’Pulso expandido com perda’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 24


Pulso
1

0.5

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pulso expandido com perda


1

0.5

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Manipulações com loops de for podem gerar qualquer sinal, basta criatividade
e paciência. Felizmente o MATLAB fornece ferramentas prontas para geração
dos sinais mais comuns que podem ser necessários.

A função gensig é chamada da seguinte forma : [u,t] =


gensig(type,tau,Tf,Ts) onde type pode ser ’sin’ para seno, ’square’ para
onda quadrada e ’pulse’ para pulsos periódicos, tau é o perı́odo do sinal,
Tf é o tempo total do sinal e Ts o perı́odo de amostragem (tempo entre as
amostras).

Exemplo: gerar uma senóide de 1 s, amostrada a 1 kHz com frequência de 10 Hz.

Começamos definindo os parâmetros:

close all
clear all
sigfreq = 10;
tau = 1/sigfreq;
sampfreq = 1000;
Ts = 1/sampfreq;
Tf = 1;
Chama-se a gensig e plotamos o gráfico:

[u,t] = gensig(’sin’,tau,Tf,Ts);
Em 1 segundo amostrando a 1 kHz esperamos 1000 amostras, contando com o
zero espera-se um vetor de 1001 posições:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 25


length(u)

ans =

1001

consequentemente o vetor t também tem a mesma dimensão:

length(t)

ans =

1001

Esta ferramenta é útil pois não precisamos nos preocupar com a geração de ve-
tores nas dimensões certas, ele faz tudo automaticamente. Tendo isto podemos
plotar o resultado:

figure
plot(t,u,’b’)
tt = sprintf([’Senóide de frequ^
encia %dHz, duraç~
ao de %ds’...
’ e amostrada a %dkHz’],sigfreq,Tf,sampfreq/1000);
title(tt)
Senóide de frequência 10Hz, duração de 1s e amostrada a 1kHz
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Onda quadrada e pulsos também estão disponı́veis:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 26


[u1,t] = gensig(’square’,tau,Tf,Ts);
[u2,t] = gensig(’pulse’,tau,Tf,Ts);

figure
subplot(2,1,1)
plot(t,u1)
tt = sprintf([’Onda quadrada de frequ^encia %dHz, duraç~
ao de %ds’...
’ e amostrada a %dkHz’],sigfreq,Tf,sampfreq/1000);
title(tt)
subplot(2,1,2)
plot(t,u2)
tt = sprintf([’Pulso periódico de frequ^
encia %dHz, duraç~
ao de %ds’...
’ e amostrada a %dkHz’],sigfreq,Tf,sampfreq/1000);
title(tt)
Onda quadrada de frequência 10Hz, duração de 1s e amostrada a 1kHz
1

0.5

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Pulso periódico de frequência 10Hz, duração de 1s e amostrada a 1kHz


1

0.5

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Onda dente de serra (10 Hz com 1 kHz de amostragem) pode ser feita com:

Tf = 5;
T = Tf*(1/sigfreq);
dt = 1/sampfreq;
t = 0:dt:T-dt;
x = sawtooth(2*pi*sigfreq*t);

figure
plot(t,x)
tt = sprintf([’Onda dente de serra de frequ^
encia %dHz, duraç~
ao de %ds’...
’ e amostrada a %dkHz’],sigfreq,Tf,sampfreq/1000);
title(tt)
grid on

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 27


Onda dente de serra de frequência 10Hz, duração de 5s e amostrada a 1kHz
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

A função sawtooth(t,w) cria um sinal com perı́odo 2*pi, logo manipulações


algébricas precisam ser feitas no argumento para gerar um sinal apropriado. O
parâmetro w é um escalar entre zero e um que diz o quão próximo do inı́cio do
perı́odo o pico irá ficar, portanto para um sinal de onda triangular basta colocar
em 0.5:

x2 = sawtooth(2*pi*sigfreq*t,0.5);

figure
hold on
plot(t,x,’color’,’blue’,’DisplayName’,’Dente de serra’)
plot(t,x2,’color’,’red’,’DisplayName’,’Triangular’)
tt = sprintf(’Ondas dente de serra e triangular’);
title(tt)
legend(’-DynamicLegend’)
hold off
grid on

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 28


Ondas dente de serra e triangular
1
Dente de serra
0.8 Triangular

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

Você pode estar se perguntando a importância da taxa de amostragem em to-


dos estes comandos. Como será visto adiante, na Transformada Z, a taxa de
amostragem de um sinal muda completamente sua natureza, portanto se deseja
utilizar estes sinais para qualquer tipo de conta ou simulação é de extrema im-
portância que use uma taxa de amostragem correta, no exemplo abaixo vamos
mudar a taxa de amostragem da onda dente de serra acima para apenas 12Hz:

sampfreq = 12;
Tf = 5;
T = Tf*(1/sigfreq);
dt = 1/sampfreq;
t = 0:dt:T-dt;
x = sawtooth(2*pi*sigfreq*t);

figure
plot(t,x)
tt = sprintf([’Onda dente de serra de frequ^
encia %dHz, duraç~
ao de %ds’...
’ e amostrada a %dHz’],sigfreq,Tf,sampfreq);
title(tt)
grid on
grid minor

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 29


Onda dente de serra de frequência 10Hz, duração de 5s e amostrada a 12Hz
0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45

Como podemos ver a função claramente não representa uma dente de serra,
embora tenha sido amostrada do mesmo sinal.

7 Energia e potência de sinais


Calcular a energia e potência de um sinal é uma aplicação direta de fórmula,
que são as abaixo para tempo discreto:

∞ N
X 2 1 X 2
Ex = |xn | Px = lim |xn |
N →∞ 2N + 1
n=−∞ n=−N

Fazer a energia pela definição é direto, vamos criar um sinal discreto e calcular:

t=0:1:20;
y = zeros(length(t),1)’;y(4:16)=1;
x = y.*(sin(2*pi*t/15)+1);

figure
stem(t,x),grid on,title(’Sinal’)
xlabel(’Amostras’),ylabel(’Valores’)

energia = sum(abs(x).^2)

energia =

17.4825

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 30


Sinal
2

1.8

1.6

1.4

1.2
Valores
1

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Amostras

Neste caso a energia é finita, portanto a potência é zero. Podemos criar um


sinal periódico para calcular a potência, uma vez que isso garante que Px será
finito. No caso de um sinal periódico basta considerar um perı́odo e fazer a
soma neste, a fórmula também se simplifica para:

N −1
1 X 2
Px = |xn |
N n=0

t = 0:20;
x = sin((pi*t)/10);
figure
stem(t,x),grid on,title(’Sinal’)
xlabel(’Amostras’),ylabel(’Valores’)

potencia = sum(abs(x).^2)/length(x)

potencia =

0.4762

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 31


Sinal
1

0.8

0.6

0.4

0.2
Valores
0

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Amostras

O motivo pela qual o valor não é 0.5 exatamente é devido a pequenos erros
numéricos. Se aumentarmos o número de amostras vemos que o erro diminui:

t = 0:0.001:20;
x = sin((pi*t)/10);
potencia = sum(abs(x).^2)/length(x)

potencia =

0.5000

Para sinais contı́nuos fica ainda mais fácil, pois podemos aplicas as formulas
diretamente:

Z ∞ Z ∞
2 1 2
Ex = |x(t)| dt Px = lim |x(t)| dt
−∞ 2T T →∞ −∞

tic
syms t T

y = sin(t);

energia=int(y,t,-inf,inf)
potencia=limit((1/T)*int(y^2,-T/2,T/2),T,inf)
temposym = toc

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 32


energia =

NaN

potencia =

1/2

temposym =

3.6608

Como agora estamos computando com variáveis simbólicas, o resultado é exato.


O único jeito de verificar que a energia é infinita em sinais periódicos infinitos
é por meio de cálculos simbólicos. Como este método é computacionalmente
caro, as vezes é mais interessante utilizar uma pilha grande de pontos flutuantes
fazendo um sinal continuo ser amostrado muito rápido e por muito tempo. A
tendência dos resultados poderá dar conclusões se o usuário utilizar bom senso.
Vamos resolver a função anterior deste outro método e comparar quanto tempo
ganhamos em relação ao tempo decorrido durante a operação anterior.

tic
Tf = 10000;
t = 0:0.01:Tf;
y = sin(t);
energia = sum(abs(y).^2)
potencia = sum(abs(y).^2)/length(y)
tempofloat = toc

energia =

4.9999e+05

potencia =

0.5000

tempofloat =

0.0292

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 33


Podemos ver que a energia claramente explode, pode verificar começando com
um Tf pequeno e aumentar gradualmente. Percebemos também que o tempo
computacional do segundo método foi muito menor.

8 Convolução
A convolução, como já deve saber, é de extrema importância em processamento
de sinais, por esse motivo o MATLAB já tem uma implementação da operação
com o comando conv(X,Y), onde X e Y são seus sinais de entrada, começamos
pela geração dos sinais:

amp = 1;
t = 0:1:20;
u = zeros(1,length(t));
u(t>=4 & t<=16) = amp;
a = 2;

u2 = a*t - 2;

for i = 1:length(u2)
if(u2(i)<=0)
u2(i) = 0;
end
if(t(i)>=14) u2(i) = 0;
end
end

Agora convoluı́mos e plotamos os resultado:

c = conv(u,u2);
tc = 0:(length(c)-1);
figure
subplot(3,1,1)
stem(t,u,’blue’),title(’Sinal 1’),grid minor
subplot(3,1,2)
stem(t,u2,’black’),title(’Sinal 2’),grid minor
subplot(3,1,3)
stem(tc,c,’red’),title(’Convoluç~
ao de 1 e 2’),grid minor

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 34


Sinal 1
1

0.5

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Sinal 2
40

20

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Convolução de 1 e 2
200

100

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Também, caso seja necessário, podemos fazer a convolução por meio de um loop
lógico, conforme abaixo:

L1 = length(u);
L2 = length(u2);
X=[u,zeros(1,L2)];
H=[u2,zeros(1,L1)];

for i=1:L2+L1-1
C(i)=0;
for j=1:L1
if(i-j+1>0)
C(i)=C(i)+X(j)*H(i-j+1);
else
end
end

end
Plotando vemos que o resultado é idêntico:

tC = 0:(length(C)-1);

figure
subplot(2,1,1)
stem(tC,C,’b’),title(’Convoluç~
ao por loop’),grid minor
subplot(2,1,2)
stem(tc,c,’r’),title(’Convoluç~
ao por conv’),grid minor

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 35


Convolução por loop
200

150

100

50

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Convolução por conv


200

150

100

50

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

9 Transformada Z
Transformada Z é muito fácil de ser calculada no MATLAB. A forma mais fácil
envolve utilizar variáveis simbólicas, no caso se quisermos a Transformada Z de
a+exp (n), fazemos a, n e z simbólicos e utilizamos o comando zatrans(a,b,c),
onde a é a expressão, b a variável no tempo e c a variável z.

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syms n z a
Y = ztrans(a+exp(n),n,z) %levar a+exp(n) de n para z

Y =

z/(z - exp(1)) + (a*z)/(z - 1)

A transformada inversa pode ser calculada também por:

iztrans(Y,z,n) %levar Y de z para n

ans =

exp(1)*(exp(-1)*exp(n) - exp(-1)*kroneckerDelta(n, 0))


+ a*kroneckerDelta(n, 0) + kroneckerDelta(n, 0) -
a*(kroneckerDelta(n, 0) - 1)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 36


A resposta nem sempre é a esperada, pois os métodos utilizados pelo MATLAB
diferem muito. Usualmente não é recomendado confiar em transformadas in-
versas desta forma, e deve ser utilizado apenas para conferir suas respostas.

Normalmente é mais interessante utilizar o MATLAB para analisar comporta-


mento de sistemas. Pode-se, por exemplo, criar uma função de transferência
declarando o numerador e denominador com tempo de amostragem desejado:

num = [ 1 0 1 ];
den = [ 1 -1.85 0.9 ];
TS = 1;
H = tf(num,den,TS)

H =

z^2 + 1
------------------
z^2 - 1.85 z + 0.9

Sample time: 1 seconds


Discrete-time transfer function.

Ou alternadamente:

z = tf(’z’,1);
H = (z^2 + 1) / (z^2 - 1.85*z + 0.9)

H =

z^2 + 1
------------------
z^2 - 1.85 z + 0.9

Sample time: 1 seconds


Discrete-time transfer function.

num sempre armazena os coeficientes em ordem decrescente do numerador, sem-


pre terminando em zero e contendo todos os coeficientes. No exemplo acima
temos 1z 2 + 0z 1 + 1z 0 no numerador. O mesmo vale para o denominador. TS é
o tempo obrigatório de amostragem, normalmente empregado como 1 no curso.

Podemos simular a resposta impulsional simplesmente com:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 37


figure
impulse(H)
title(’Resposta Impulsional’)
Resposta Impulsional
8

4
Amplitude

-2

-4
0 20 40 60 80 100 120 140
Time (seconds)

E resposta ao degrau com:

figure
step(H)
title(’Resposta ao Degrau Unitário’)
Resposta ao Degrau Unitário
60

50

40
Amplitude

30

20

10

0
0 20 40 60 80 100 120
Time (seconds)

Como o sistema é linear, caso queiramos um degrau não unitário basta multipli-
car a saı́da por uma constante, uma vez que step pode ser tratado como figura
mas também retorna os valores da simulação:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 38


amplitude = 0.3;

y = amplitude*step(H);

figure
stairs(y)
tt = sprintf(’Resposta ao Degrau de Amplitude %0.2f’,amplitude);
title(tt)
Resposta ao Degrau de Amplitude 0.30
18

16

14

12

10

0
0 20 40 60 80 100 120

Como podemos ver em relação ao anterior, o valor final foi menor, como espe-
rado.

Para fazer a resposta a rampa é necessário alguma manipulação, por exemplo,


começamos criando um sistema:

z = tf(’z’,1);
H = (0.05*(z - 1)) / (z^2 - 1.85*z + 0.9);
Em seguida declaramos o tempo de simulação

t=0:1:120; %120 amostras


alpha = 2; %inclinaç~
ao da rampa
rampa = alpha*t;
Agora utilizamos o comando lsim(a,b,c) onde a é o sistema, b a entrada e c
o vetor tempo. lsim não plota nada, apenas gera dados, portanto plotamos os
dados gerados em seguida:

[y,t]=lsim(H,rampa,t);
figure
stem(t,y)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 39


3

2.5

1.5

0.5

0
0 20 40 60 80 100 120

lsim pode simular qualquer tipo de entrada, por exemplo uma onda quadrada
de perı́odo de 20 amostras, durando 100 amostras e de amplitude 5:

[u,t] = gensig(’square’,20,120,1);
[y,t] = lsim(H,5*u,t);
figure
hold on
stem(t,y,’b’,’DisplayName’,’saida’)
stem(t,u,’r’,’DisplayName’,’entrada’)
hold off
1.5

0.5

-0.5

-1

-1.5
0 20 40 60 80 100 120

Como podemos ver, o gráfico stem dificulta muito a visualização, portanto é


normal utilizar o gráfico stairs no lugar:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 40


figure
hold on
stairs(t,y,’b’,’DisplayName’,’saida’)
stairs(t,u,’r’,’DisplayName’,’entrada’)
legend(’-DynamicLegend’)
hold off
1.5
saida
entrada
1

0.5

-0.5

-1

-1.5
0 20 40 60 80 100 120

Podemos acessar os polos e zeros do sistema utilizando a função pzmap(sys):

[p,z] = pzmap(H)

p =

0.9250 + 0.2107i
0.9250 - 0.2107i

z =

Se não associarmos nada a pzmap(sys) um gráfico do plano de pólos e zeros é


gerado:

figure
pzmap(H)
daspect([1 1 1]) %deixa os eixos iguais

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 41


Pole-Zero Map
1

0.8

0.6

0.4

Imaginary Axis 0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Axis

Uma ferramenta adicional para analise de sistemas o ltiview, nesta janela


existem diversas opções a serem exploradas de forma interativa, é fortemente
recomendado que vá no help na janela para aprender mais.

ltiview(’step’,H,t);

10 Transformada de Laplace
A Transformada de Laplace em MATLAB é completamente análoga a Trans-
formada Z, com a diferença que não precisamos passar a taxa de amostragem,
já que estamos no tempo contı́nuo:

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clear all

syms a t s

F = laplace(sin(a*t),t,s)

F =

a/(a^2 + s^2)

O segundo argumento acima diz qual variável queremos usar na transformada,


no caso é t. A inversa pode ser feita:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 42


ilaplace(F,s,t) % levar F de s para t

ans =

sin(a*t)

Fazer Laplace inversa é mais seguro do que a Z inversa, porém ainda assim é
boa prática utilizar apenas para conferir resultados.

Funções de Transferência são feitas da mesma forma:

num = [ 1/5 ];
den = [ 1 1/5 1/5 ];
H = tf(num,den)

H =

0.2
-----------------
s^2 + 0.2 s + 0.2

Continuous-time transfer function.

Ou alternadamente:

syms s
s = tf(’s’);
H = 1/5 / (s^2 + s/5 + 1/5)

H =

1
-------------
5 s^2 + s + 1

Continuous-time transfer function.

Podemos simular utilizando todos os mesmos comandos anteriores para tempo


discreto, o MATLAB se adapta:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 43


figure
hold on
subplot(2,1,2)
step(H)
subplot(2,1,1)
impulse(H)
hold off
Impulse Response
0.4
Amplitude

0.2

-0.2
0 10 20 30 40 50 60 70
Time (seconds)
Step Response
1.5
Amplitude

0.5

0
0 10 20 30 40 50 60
Time (seconds)

Polos e zeros também ficam disponı́veis:

[p,z] = pzmap(H)

p =

-0.1000 + 0.4359i
-0.1000 - 0.4359i

z =

Empty matrix: 0-by-1

No caso acima não temos zeros. Para passar de continuo para discreto e vice-
versa pode-se usar o comando c2d(TF,Ts,método) para ir de continuo para
discreto, onde TF é a função de transferência, Ts o perı́odo de amostragem e
o método (normalmente utilizamos a Zero-order hold com a opção ’zoh’ ) ou
d2c(TF,método) para ir de discreto para contı́nuo.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 44


Hd = c2d(H,1,’zoh’)
Hc = d2c(Hd,’zoh’)

Hd =

0.09212 z + 0.08615
---------------------
z^2 - 1.64 z + 0.8187

Sample time: 1 seconds


Discrete-time transfer function.

Hc =

0.2
-----------------
s^2 + 0.2 s + 0.2

Continuous-time transfer function.

Estes resultados são confiáveis e podem ser usados com segurança. Recomenda-
se pesquisar sobre transformações bilineares em MATLAB para melhor enten-
dimento do processo.

11 Série de Fourier
A série de fourier é uma aplicação direta de fórmulas e somatórios, serão apre-
sentados dois loops exemplos sobre como fazer estas séries em código, porém em
MATLAB é mais interessante ver as aplicações decorrentes do teorema em vez
de puramente recriar sinais.

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Exemplo 1: onda dente de serra. Caso deseje rode este script para diferentes
valores de N e descomente a linha pause(0.1), verá uma animação da série se
formando.

figure;
for i = 1:5
N = i; %Ordem da série
Fs = 8192; %Freq de amostragem
t = linspace(0,1-1/8192,Fs);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 45


f = 2;
amp = 1;
subplot(3,2,N)
h=plot(NaN,NaN);
tt = sprintf(’Ordem %d’,N);
title(tt),axis([0 1 -0.2 1.2])
res = amp/2;
for k=1:N
res = res - (amp/(k*pi))*sin(2*pi*k*f*t);
set(h,’XData’,t,’YData’,res);
%pause(0.1)
end
end

N = 500; %Ordem da série


Fs = 8192; %Freq de amostragem
t = linspace(0,1-1/8192,Fs);
f = 2;
amp = 1;
subplot(3,2,6)
h=plot(NaN,NaN);
tt = sprintf(’Ordem %d’,N);
title(tt),axis([0 1 -0.2 1.2])
res = amp/2;
for k=1:N
res = res - (amp/(k*pi))*sin(2*pi*k*f*t);
set(h,’XData’,t,’YData’,res);
%pause(0.1)
end
Ordem 1 Ordem 2
1 1

0.5 0.5

0 0
0 0.5 1 0 0.5 1
Ordem 3 Ordem 4
1 1

0.5 0.5

0 0
0 0.5 1 0 0.5 1
Ordem 5 Ordem 500
1 1

0.5 0.5

0 0
0 0.5 1 0 0.5 1

Exemplo 2: Onda quadrada.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 46


figure

for N = 1:7
x = [0:100]/100;
f = ones(1,101)*1/2;
for i = 1:2:N
a = 2/pi/i;
f = f+ a*sin(2*pi*i*x);
end
subplot(2,4,N)
plot(x,f)
tt = sprintf(’Ordem %d’,N);
title(tt),axis([0 1 -0.2 1.2])
end

N = 500;
x = [0:100]/100;
f = ones(1,101)*1/2;
for i = 1:2:N
a = 2/pi/i;
f = f+ a*sin(2*pi*i*x);
end
subplot(2,4,8)
plot(x,f)
tt = sprintf(’Ordem %d’,N);
title(tt),axis([0 1 -0.2 1.2])
Ordem 1 Ordem 2 Ordem 3 Ordem 4

1 1 1 1

0.5 0.5 0.5 0.5

0 0 0 0

0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1

Ordem 5 Ordem 6 Ordem 7 Ordem 500

1 1 1 1

0.5 0.5 0.5 0.5

0 0 0 0

0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1

Neste exemplo vimos como apenas as harmônicas ı́mpares são coletadas. Nos
exemplos de aplicação vamos ver como podemos usar a série de fourier para
aproximar sinais e fazer análises.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 47


12 Transformada de Fourier
A transformada de Fourier serve para decompor o sinal nas frequências que o
compõe, como isto é uma aplicação direta de fórmulas vamos ver com o MA-
TLAB pode ser útil para análise de sinais com a TF. Primeiro geramos um
sinal, no caso uma senóide com frequência de 60 Hz amostrada a 30 vezes a sua
frequência e vamos utilizar 5 ciclos.

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f=10;
overSampRate=30;
fs=overSampRate*f;
nCyl = 5;
t=0:1/fs:nCyl*1/f;
x=sin(2*pi*f*t);

figure
plot(t,x);
title([’Seno f=’, num2str(f), ’Hz’]);
xlabel(’Tempo(s)’);
ylabel(’Amplitude’);
Seno f=10Hz
1

0.8

0.6

0.4

0.2
Amplitude

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Tempo(s)

A função do MATLAB que faz a transformada de fourier é fft(x,N), onde x


é seu sinal e N a quantidade de amostras utilizadas na transformada. N deve
ser pelo menos igual ao tamanho de x. Mais adiante vamos ver qual o papel de
N na FFT (Fast Fourier Transform), por hora vamos gerar e analisar gráficos,
começando com a saı́da padrão de uma FFT:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 48


NFFT = 1024;
X = fft(x,NFFT);
nVals = 0:NFFT-1;
figure
plot(nVals,abs(X));
title(’Saı́da padr~
ao da FFT - Espectro Espelhado’);
xlabel(’Amostra (N)’)
ylabel(’Valores da Transformada’);
Saída padrão da FFT - Espectro Espelhado
80

70

60
Valores da Transformada

50

40

30

20

10

0
0 200 400 600 800 1000 1200
Amostra (N)

Precisamos usar abs(x) para tomar a magnitude do sinal apenas, uma vez que
temos parte real e imaginária. Você consegue entender o gráfico acima? Tudo
que ele está nos dizendo são os valores da magnitude do sinal em cada amostra
feita no espectro de frequência. É importante entender bem a parte teórica da
matéria para utilizar a FFT corretamente.

O gráfico anterior não nos serve de muita coisa para análise, pois o que nos
interessa são as componentes espectrais do sinal, para isso precisamos ”trans-
formar”o eixo x em valores de frequência, podemos começar normalizando o
vetor de amostras:

nVals = nVals/NFFT;
figure
plot(nVals,abs(X));
title(’Saı́da padr~
ao da FFT - Espectro Espelhado’);
xlabel(’Frequ^encia Normalizada’)
ylabel(’Valores da Transformada’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 49


Saída padrão da FFT - Espectro Espelhado
80

70

60

Valores da Transformada
50

40

30

20

10

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Frequência Normalizada

Como sabemos, no domı́nio da frequência, temos valores negativos e positivos,


por isso pode estar estranho essa saı́da para alguns. Para resolver isso asso-
ciamos valores negativos ao vetor de amostras e também utilizamos a função
fftshift(x) para mover o zero em frequência para o centro do array:

fVals = fs*(-NFFT/2:NFFT/2-1)/NFFT;
X = fftshift(fft(x,NFFT));
figure
plot(fVals,abs(X));
set(gca,’xtick’,[-150:20:150]) %melhora precis~
ao de leitura
title(’Espectro Espelhado shiftado’);
xlabel(’Frequ^
encia (Hz)’)
ylabel(’Valores da Transformada’);
grid minor
Espectro Espelhado shiftado
80

70

60
Valores da Transformada

50

40

30

20

10

0
-150 -130 -110 -90 -70 -50 -30 -10 10 30 50 70 90 110 130 150
Frequência (Hz)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 50


Como esperado as componentes espectrais se concentram em ±10 Hz. Vamos
adicionar ruı́do ao vetor agora, e ver o que acontece:

close all

y = x + randn(1,length(x)); %adiciona ruı́do

figure
plot(t,y)
title(’Senóide com ruı́do gaussiano’)

Senóide com ruído gaussiano


4

-1

-2

-3
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

Nossa senóide agora está com muito ruı́do e praticamente irreconhecı́vel, o que
espera-se no espectro? Podemos refazer a FFT e verificar:

fVals = fs*(-NFFT/2:NFFT/2-1)/NFFT;
Y = fftshift(fft(y,NFFT));
figure
plot(fVals,abs(Y));
set(gca,’xtick’,[-150:20:150])
title(’FFT da senóide ruidosa’);
xlabel(’Frequ^
encia (Hz)’)
ylabel(’Valores da Transformada’);
grid on
grid minor

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 51


FFT da senóide ruidosa
80

70

60

Valores da Transformada
50

40

30

20

10

0
-150 -130 -110 -90 -70 -50 -30 -10 10 30 50 70 90 110 130 150
Frequência (Hz)

Vemos que agora o resto do espectro ganhou magnitude, porém ainda assim
a frequência dominante é a do sinal original, podemos conferir sobrepondo os
gráficos e diminuindo a janela, como é usual não considerar frequências negativa
esta parte é excluı́da do gráfico.

figure
hold on
plot(fVals,abs(X),’b’,’DisplayName’,’sem ruido’),axis([0 50 0 90])
plot(fVals,abs(Y),’r’,’DisplayName’,’com ruido’),axis([0 50 0 90])
title(’Senoides com e sem ruido’);
xlabel(’Freq^
encia (Hz)’)
ylabel(’Valores da Transformada’);
legend(’-DynamicLegend’)
grid on
grid minor
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 52


Senoides com e sem ruido
90
sem ruido
80 com ruido

70

Valores da Transformada
60

50

40

30

20

10

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Freqência (Hz)

Em sistemas complexos essa ferramenta é muito útil para encontrar fontes de


ruı́dos e projetar filtros devidamente.

Vamos ver agora como mudar a quantidade de amostras utilizadas na FFT pode
alterar o gráfico resultante.

n = [0:29];
x = cos(2*pi*n/10);

N1 = 32;
N2 = 64;
N3 = 256;

X1 = abs(fft(x,N1));
X2 = abs(fft(x,N2));
X3 = abs(fft(x,N3));

F1 = [0 : N1 - 1]/N1;
F2 = [0 : N2 - 1]/N2;
F3 = [0 : N3 - 1]/N3;

figure
subplot(3,1,1)
plot(F1,X1),title(’N = 32’),axis([0 1 0 20])
subplot(3,1,2)
plot(F2,X2),title(’N = 64’),axis([0 1 0 20])
subplot(3,1,3)
plot(F3,X3),title(’N = 256’),axis([0 1 0 20])

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 53


N = 32
20

10

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
N = 64
20

10

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
N = 256
20

10

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Como podemos ver claramente o aumento da quantidade amostras melhora a


qualidade gráfico, é importante se restringir apenas para efeito de custo com-
putacional, e sempre ter pelo menos a quantidade de amostras do próprio sinal.
Normalmente valores na ordem de 2 a 5 vezes o tamanho do sinal são sufici-
entes. Abaixo podemos ver o efeito da quantidade de perı́odos utilizados na
FFT, quanto mais perı́odos adicionamos melhor fica a visualização do pico da
frequência fundamental, porém vemos cada vez mais o efeito de vazamento de
harmônicas no espectro:

n = [0:29];
x1 = cos(2*pi*n/10);
x2 = [x1 x1];
x3 = [x1 x1 x1];
N = 2048;
X1 = abs(fft(x1,N));
X2 = abs(fft(x2,N));
X3 = abs(fft(x3,N));
F = [0:N-1]/N;
figure
subplot(3,1,1)
plot(F,X1),title(’3 periodos’),axis([0 1 0 50])
subplot(3,1,2)
plot(F,X2),title(’6 periodos’),axis([0 1 0 50])
subplot(3,1,3)
plot(F,X3),title(’9 periodos’),axis([0 1 0 50])

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 54


3 periodos
50

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
6 periodos
50

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
9 periodos
50

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Pesquise por Spectral Leakage e leia sobre o teoria, pode ser muito útil aqui-
sitando e tratando sinais discretos. Um método simples e rápido, porém com
menos opções, é usar a função pwelch(x) para achar a magnitude doe sinais
no espectro da frequência. Pesquise no manual do MATLAB como usar devi-
damente esta função, abaixo temos um exemplo simples:

T=10;
Ts=0.0005;
Fs=1/Ts;
t=[0:Ts:T];

x=cos(2*pi*150*t)+cos(2*pi*250*t)+sin(2*pi*500*t);

[pxx,f] = pwelch(x,5000,[],5000,Fs);
figure
plot(f,pow2db(pxx),’black’),grid minor
xlabel(’Frequ^
encia (Hz)’)
ylabel(’Magnitude (dB)’)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 55


0

-20

-40

-60

Magnitude (dB)
-80

-100

-120

-140

-160

-180

-200
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Frequência (Hz)

Este tipo de gráfico não pode ser considerado uma Transformada de Fourier dire-
tamente, porém para identificar onde encontram-se as frequências fundamentais
do sinal é útil.

Parte III
Assuntos Avançados
13 Diagrama de Bode
Diagrama de Bode é um tipo de gráfico muito utilizado e muito simples de
se entender. Caso não saiba como interpretar um, leia sobre antes de tentar
entender os códigos desta seção. Como diagramas de Bode sempre são de um
sistema o primeiro passo é escrevê-lo por sua função de transferência:

s = tf(’s’);

H = (12345/(s+54321))

H =

12345
---------
s + 54321

Continuous-time transfer function.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 56


Em seguida chamamos a função:

figure
bodeplot(H)
grid on
Bode Diagram
Magnitude (dB) -10

-20

-30

-40
0
Phase (deg)

-45

-90
10 3 10 4 10 5 10 6
Frequency (rad/s)

Assim como qualquer tipo de função gráfica, existem opções:

figure
h = bodeplot(H);
setoptions(h,’FreqUnits’,’Hz’,’PhaseVisible’,’off’);
title(’Diagrama de Bode’)
ylabel(’Magnitude’)
xlabel(’Frequ^
encia’)
grid on
Diagrama de Bode
-10

-15

-20
Magnitude (dB)

-25

-30

-35

-40

-45

-50
10 2 10 3 10 4 10 5 10 6
Frequência (Hz)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 57


Um outro método não inclui nenhuma toolbox, mas é mais trabalhoso:

numTF=[0 12345];
denomTF=[1 54321];
w=0:10:10e6;

Y=freqs(numTF,denomTF,w); %freqs adquire dados em frequ^


encia
y1=abs(Y);
y2=angle(Y);

figure
subplot(2,1,1)
semilogx(w,20*log10(y1))
grid on
ylabel(’Magnitude (dB)’)
title(’Diagrama de Bode’)
subplot(2,1,2)
semilogx(w,y2*(180/pi))
grid on
ylabel(’Fase (^angulo))’)
xlabel(’Frequ^
encia (Rad/s)’)
Diagrama de Bode
0
Magnitude (dB)

-20

-40

-60
10 1 10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10 7

0
Fase (ângulo))

-50

-100
10 1 10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10 7
Frequência (Rad/s)

Fazer manualmente é útil para melhor customizar as opções e escalas, mas deve
ser feito com cuidado.

14 Filtros
Como será visto na matéria de Circuitos Elétricos e Eletrônicos, filtros são uma
parte importantı́ssima do tratamento de sinais. Antes de começar a estudar os

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 58


códigos que virão a seguir, pesquise por filtros e aprenda os diferentes tipos. É
muito provável que encontre (e entenda) os tipos mais básicos de filtros, sendo
eles baseados em conceitos de circuitos elementares como o filtro RC, RL e
RLC. Por mais que estes filtros sejam importantı́ssimos e formem a base para o
entendimento de filtros em geral é importante ressaltar que os filtros utilizados
em processamento de sinais são outros, que são idealizados puramente por uma
função de transferência e tratados por software. Versões fı́sicas destes filtros
podem, também, serem idealizadas como circuitos mais complexos. São eles:

• Chebyshev 1 e 2: Melhor aproxima o filtro ideal quando especificada ordem


e ripple permitido.
• Bessel: Mantém o diagrama de fase o mais reto possı́vel, minimizando o
delay.
• Elliptico: Possui a rampa mais inclinada de todos os tipos.
• Butterworth: Possui a resposta em frequência mais plana de todos os
tipos, sendo o mais ”comportado”.
Qual filtro usar e como especifica-lo vem com experiência e bom senso. Assu-
mindo que entenda o funcionamento de filtros em processamento de sinais, ou
que ao menos aceite a existência deles, vamos ver como construir um filtro e
filtrar um sinal no MATLAB.

No exemplo abaixo vamos construir um sinal composto de diversas frequências,


fazer a FFT e ver quais são as componentes espectrais do sinal:

clear all
close all

ts = 0.00001; %periodo amostragem


fs = 1/ts;
t = 0:ts:0.1;

x = sin(2*pi*300*t)+0.2*sin(2*pi*8000*t);
xlow = sin(2*pi*300*t);

figure
subplot(2,1,1)
plot(t,x)
title(’Sinal de Entrada’);
xlabel(’Tempo (s)’);
ylabel(’Valor’);

NFFT = length(t)*2;
fVals = fs*(-NFFT/2:NFFT/2-1)/NFFT;
X = fftshift(fft(x,NFFT));
subplot(2,1,2)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 59


plot(fVals,abs(X));
grid on, grid minor, set(gca,’xtick’,[0:1000:10000])
title(’Espectro do Sinal’),axis([0 10000 0 6000]);
xlabel(’Frequ^
encia (Hz)’);
ylabel(’Magnitude’);
Sinal de Entrada
2

1
Valor

-1

-2
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
Tempo (s)
Espectro do Sinal
6000
Magnitude

4000

2000

0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Frequência (Hz)

Como podemos ver acima, claramente as frequências do sinal encontram-se em


300 Hz e 8 kHz, conforme esperado já que criamos o sinal assim. Vamos agora
criar um filtro que remova a componente de 8 kHz. Vamos usar um filtro do
tipo Butterworth de ordem 5, e ver sua resposta em frequência.

Primeiro calculamos a frequência normalizada de 1 kHz, já que queremos um


valor entre as duas componentes como frequência de corte:

nf = 2*pi*1000/fs

nf =

0.0628

Alternadamente podemos plotar a FFT direto em frequência normalizada e


achar a frequência normalizada por observação, embora isso necessite de algum
trabalho de manipulação:

xm = abs(fft(x,fs*2));
tam = length(xm);
figure
hold on
plot(0:1/(tam/2 -1):1, xm(1:tam/2)/6000)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 60


axis([0 0.2 0 1])
xlabel(’Frequencia Normalizada (\pi rads/amostra)’)
ylabel(’Magnitude’)

Warning: FFT length must be a nonnegative integer scalar.


Warning: Integer operands are required for colon operator when used as index

0.9

0.8

0.7

0.6
Magnitude

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Frequencia Normalizada (π rads/amostra)

As funções de filtro (butter, cheby1, cheby2 e ellip) pegam como argumento a


ordem do filtro, a(s) frequência(s) de corte e o tipo (passa-baixa, passa-alta,
passa-banda, etc) e entrega os coeficientes de sua função de transferência. Olhe
na documentação para aprender mais sobre seu uso. Criamos o filtro de acordo
com as especificações:

ff = [0:1/(tam/2 -1):1];
[b,a] = butter(5,nf,’low’);
A função freqz(b,a) plota um diagrama de bode para análise de filtros discre-
tos, pesquise pela freqs(b,a) para filtros contı́nuos.

h = freqz(b,a,floor(tam/2));
h = abs(h);
hold on
plot(ff,h,’r’)
legend(’Espectro do Sinal’,’Resposta do Filtro’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 61


1
Espectro do Sinal
0.9 Resposta do Filtro

0.8

0.7

0.6

Magnitude 0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0.2
Frequencia Normalizada (π rads/amostra)

Como podemos ver o ganho do filtro passa a ser -3db na frequencia de corte
especificada. Agora podemos filtrar:

xf = filter(b,a,x);

figure
subplot(2,1,1)
plot(t,x),title(’Sinal Original’),axis([0 0.01 -1.2 1.2]);
xlabel(’Tempo (s)’);
ylabel(’Valor’);
subplot(2,1,2)
plot(t,xf,’r’),title(’Sinal Filtrado’),axis([0 0.01 -1.2 1.2]);
xlabel(’Tempo (s)’);
ylabel(’Valor’);
Sinal Original
1

0.5
Valor

-0.5

-1
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01
Tempo (s)
Sinal Filtrado
1

0.5
Valor

-0.5

-1
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01
Tempo (s)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 62


É importante notar que o filtro apresenta atraso de fase, assim como qualquer
sistema potencialmente pode. mais adiante vamos ver como a fase se comporta
num determinado sistema a uma determinada frequência, mas por hora observe
o atraso no gráfico comparativo abaixo, onde a curva do sinal original está sendo
plotada apenas com a componente de baixa frequência ( 300 Hz ).

figure
hold on
plot(t,xlow),axis([0 0.01 -1.2 1.2]);
xlabel(’Tempo (s)’);
ylabel(’Valor’);
plot(t,xf,’r’),axis([0 0.01 -1.2 1.2]);
legend(’Sinal Original’,’Sinal Filtrado’);
hold off

1 Sinal Original
Sinal Filtrado

0.5
Valor

-0.5

-1

0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01
Tempo (s)

Observe que a maior parte das manipulações matemáticas foi para plotar gráficos
didaticamente compreensı́veis, se o objetivo é simplesmente filtrar, podemos
usar menos comandos. No exemplo abaixo vamos trocar para um passa-altas, e
ver a diferença:

[b,a] = butter(5,nf,’high’);
xfh = filter(b,a,x);
Nos comandos acima o sinal já foi filtrado, plotar o resultado é simples, observe
a escala dos eixos:

figure
subplot(2,1,1)
plot(t,x),title(’Sinal Original’),axis([0 0.004 -1.2 1.2]);
xlabel(’Tempo (s)’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 63


ylabel(’Valor’);
subplot(2,1,2)
plot(t,xfh,’r’),title(’Sinal Filtrado’),axis([0 0.004 -0.3 0.3]);
xlabel(’Tempo (s)’);
ylabel(’Valor’);
Sinal Original
1

0.5
Valor

-0.5

-1
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Tempo (s) ×10 -3
Sinal Filtrado

0.2
Valor

-0.2

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4


Tempo (s) ×10 -3

Filtros contı́nuos são feitos com a opção s, abaixo temos o exemplo do MA-
TLAB, utilizando Fc = 2 GHz e ordem 5, todos passa-baixas. Na sequência de
chamada [zb,pb,kb] = butter(n,2*pi*f,’s’); , o filtro é gerado na forma
de zeros/polos/ganhos, e como é contı́nuo passamos a freqência em radianos.
A função [bb,ab] = zp2tf(zb,pb,kb); transforma os zeros/polos/ganhos em
uma função de transferência, e freqs(b,a,N); gera a resposta em frequência
para b e a com N amostras.

n = 5;
f = 2e9;

[zb,pb,kb] = butter(n,2*pi*f,’s’);
[bb,ab] = zp2tf(zb,pb,kb);
[hb,wb] = freqs(bb,ab,4096);

[z1,p1,k1] = cheby1(n,3,2*pi*f,’s’);
[b1,a1] = zp2tf(z1,p1,k1);
[h1,w1] = freqs(b1,a1,4096);

[z2,p2,k2] = cheby2(n,30,2*pi*f,’s’);
[b2,a2] = zp2tf(z2,p2,k2);
[h2,w2] = freqs(b2,a2,4096);

[ze,pe,ke] = ellip(n,3,30,2*pi*f,’s’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 64


[be,ae] = zp2tf(ze,pe,ke);
[he,we] = freqs(be,ae,4096);
Abaixo o eixo de frequência é normalizado para GHz e o eixo de magnitudes é
transformado em dB, formato padrão.

figure
plot(wb/(2e9*pi),mag2db(abs(hb)))
hold on
plot(w1/(2e9*pi),mag2db(abs(h1)))
plot(w2/(2e9*pi),mag2db(abs(h2)))
plot(we/(2e9*pi),mag2db(abs(he)))
axis([0 4 -40 5])
grid
title(’Comparaç~
ao dos tipos de Filtros’)
xlabel(’Frequ^
encia (GHz)’)
ylabel(’Atenuaç~
ao (dB)’)
legend(’butter’,’cheby1’,’cheby2’,’ellip’)
Comparação dos tipos de Filtros
5
butter
0 cheby1
cheby2
-5 ellip

-10
Atenuação (dB)

-15

-20

-25

-30

-35

-40
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Frequência (GHz)

Na imagem acima fica clara a diferença fundamental entre os filtros.

15 Sistemas como Equações de Espaço-Estado


Funções de transferência também podem ser representadas por sistemas cha-
mados de Equações de Espaço-Estado, que nada mais são do que representar
as equações diferenciais que definem o sistema como um produto de matrizes.
Equações diferenciais nesta forma assumem o formato abaixo:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 65


ẋ = Ax + Bu
y = Cx + Du

Onde x , y e u são os vetores de estado, saı́da e entrada, respectivamente, e A


, B , C e D as matrizes que os relacionam. Pode-se traduzir esta relação para
o diagrama de blocos abaixo, que torna mais fácil o entendimento:

Z
ẋ x
u B + C + y

Felizmente para nós o MATLAB contém diversas ferramentas para lidar com
esse tipo de representação. A sequência de comandos abaixo cria um sistema
neste formato:

A = [1 1 ; -5 -2];
B = [1 ; 3];
C = [-1.2 -1.6];
D = 0;
sys = ss(A,B,C,D)

sys =

a =
x1 x2
x1 1 1
x2 -5 -2

b =
u1
x1 1
x2 3

c =

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 66


x1 x2
y1 -1.2 -1.6

d =
u1
y1 0

Continuous-time state-space model.

É simulável da mesma forma que quando utilizando funções de transferência:

figure
step(sys)
Step Response
4

2
Amplitude

-1

-2
0 2 4 6 8 10 12
Time (seconds)

também podemos achar a função de transferência e voltar facilmente:

[num, den] = ss2tf(A,B,C,D);


systf = tf(num,den)

[A,B,C,D] = tf2ss(num,den);
sys = ss(A,B,C,D)

systf =

-6 s + 6.8
-----------
s^2 + s + 3

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 67


Continuous-time transfer function.

sys =

a =
x1 x2
x1 -1 -3
x2 1 0

b =
u1
x1 1
x2 0

c =
x1 x2
y1 -6 6.8

d =
u1
y1 0

Continuous-time state-space model.

Realizar sistemas no tempo discreto é feito adicionando-se um perı́odo de amos-


tragem ao final do comando:

A = [0 1;-5 -2];
B = [0;3];
C = [0 1];
D = 0;

sys = ss(A,B,C,D,0.25)

sys =

a =
x1 x2
x1 0 1
x2 -5 -2

b =
u1

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 68


x1 0
x2 3

c =
x1 x2
y1 0 1

d =
u1
y1 0

Sample time: 0.25 seconds


Discrete-time state-space model.

Vamos simular um sistema Massa-Mola-Amortecedor unidimensional e ver como


os parâmetros mudam a dinâmica do sistema. Começamos declarando os
parâmetros base, onde m é a massa, k a constante elástica da mola e b a constante
de atrito viscoso do do amortecedor.

clear all
close all

m = 1;
k = 1;
b = 0.2;
Montamos as matrizes de estado e em seguida o sistema:

A = [0 1; -k/m -b/m];
B = [0 1/m]’;
C = [1 0];
D = [0];
sys(1) = ss(A,B,C,D)

sys =

a =
x1 x2
x1 0 1
x2 -1 -0.2

b =
u1
x1 0

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 69


x2 1

c =
x1 x2
y1 1 0

d =
u1
y1 0

Continuous-time state-space model.

Utilizando um impulso no sistema vemos que o comportamento oscilatório é o


esperado.

figure
impulse(sys(1))
title(’Resposta impulsional do sistema’)
Resposta impulsional do sistema
1

0.8

0.6

0.4
Amplitude

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8
0 10 20 30 40 50 60
Time (seconds)

Vamos agora mudar a constante de amortecimento, da mola e a massa, separa-


damente, e ver o que acontece com o sistema:

figure
subplot(3,1,1)
hold on
for b = 0.1:0.2:0.5
A = [0 1; -k/m -b/m];
B = [0 1/m]’;
sys(2) = ss(A,B,C,D);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 70


dn = (sprintf(’b = %0.1f’,b));
plot(impulse(sys(2)),’DisplayName’,dn),axis([0 120 -1 1])
title(’Resposta impulsional mudando b’)
legend(’-DynamicLegend’)
end
hold off
b = 0.2;
subplot(3,1,2)
hold on
for k = 1:5:11
A = [0 1; -k/m -b/m];
B = [0 1/m]’;
sys(2) = ss(A,B,C,D);
dn = (sprintf(’k = %0.1f’,k));
plot(impulse(sys(2)),’DisplayName’,dn),axis([0 120 -0.8 0.9])
title(’Resposta impulsional mudando k’)
legend(’-DynamicLegend’)
end
hold off
k = 1;
subplot(3,1,3)
hold on
for m = 1:5:11
A = [0 1; -k/m -b/m];
B = [0 1/m]’;
sys(2) = ss(A,B,C,D);
dn = (sprintf(’m = %0.1f’,m));
plot(impulse(sys(2)),’DisplayName’,dn),axis([0 120 -0.8 0.9])
title(’Resposta impulsional mudando m’)
legend(’-DynamicLegend’)
end
hold off
m = 1;

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 71


Resposta impulsional mudando b
1
b = 0.1
0 b = 0.3
b = 0.5
-1
0 20 40 60 80 100 120
Resposta impulsional mudando k

0.5 k = 1.0
0 k = 6.0
k = 11.0
-0.5

0 20 40 60 80 100 120
Resposta impulsional mudando m

0.5 m = 1.0
0 m = 6.0
m = 11.0
-0.5

0 20 40 60 80 100 120

Todos os comportamentos comprovam o esperado.

16 Associação de sistemas LTI


Associações de série, paralelo e realimentação são muito simples de se fazer em
MATLAB, primeiro vamos criar algumas funções de transferência:

G = tf(2,[1 3 0])
H = zpk([],-5,5)

G =

2
---------
s^2 + 3 s

Continuous-time transfer function.

H =

5
-----
(s+5)

Continuous-time zero/pole/gain model.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 72


Conexões em série são da forma:

u G H y

Estas conexões podem ser feitas multiplicando-se as funções de transferência ou


utilizando o comando abaixo:

serie = series(G,H)

serie =

10
-------------
s (s+5) (s+3)

Continuous-time zero/pole/gain model.

Conexões em paralelo são da forma:

G
u + y
H

Estas conexões podem ser feitas utilizando o comando abaixo:

paralelo = parallel(G,H)

paralelo =

5 (s+0.7566) (s+2.643)
----------------------
s (s+3) (s+5)

Continuous-time zero/pole/gain model.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 73


Conexões de realimentação são da forma:

u + G y

Estas conexões podem ser feitas utilizando o comando abaixo:

realimentacao = feedback(G,H)

realimentacao =

2 (s+5)
--------------------------------
(s+5.663) (s^2 + 2.337s + 1.766)

Continuous-time zero/pole/gain model.

A função de realimentação assume um ganho negativo unitário como padrão,


caso queira mudar basta acrescentar o escalar ao final:

realimentacao2 = feedback(G,H,+1)

realimentacao2 =

2 (s+5)
---------------------------------
(s-0.5157) (s^2 + 8.516s + 19.39)

Continuous-time zero/pole/gain model.

Todos estes comandos podem ser concatenados:

sistema = parallel(feedback(G,H),series(feedback(H,G),G))

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 74


sistema =

2 s (s+10) (s+5.663) (s+3) (s^2 + 2.337s + 1.766)


-------------------------------------------------
s (s+5.663)^2 (s+3) (s^2 + 2.337s + 1.766)^2

Continuous-time zero/pole/gain model.

17 Controle PID
Um dos tipos de controle mais famosos é o PID ( Proportional-Integral-
Derivative ). Vamos ver como fazer um controlador PID em MATLAB e ver as
vantagens que ele fornece. Começamos declarando a função de transferência da
planta:

close all

num = [1];
den = [1 3 1];

Gp = tf(num,den)
Gu = feedback(Gp,1)

figure
grid minor
step(Gu)

Gp =

1
-------------
s^2 + 3 s + 1

Continuous-time transfer function.

Gu =

1
-------------
s^2 + 3 s + 2

Continuous-time transfer function.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 75


Step Response
0.5

0.45

0.4

0.35

0.3
Amplitude

0.25

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Time (seconds)

Como podemos ver o sistema demora bastante para responder e para em apro-
ximadamente 0.5 em vez do nosso setpoint, que no caso é 1 já que o degrau de
entrada é unitário. Vamos agora montar o controlador PID apenas com o ganho
proporcional e ver o que acontece:

Kp = 1;
Kd = 0;
Ki = 0;
Gc = pid(Kp,Ki,Kd);
Gm = feedback(series(Gc,Gp),1);
t = (0:0.01:7)’;

figure
grid on
step(Gu,Gm,t)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 76


Step Response
0.5

0.45

0.4

0.35

0.3
Amplitude
0.25

0.2

0.15

0.1

0.05

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Time (seconds)

Com ganho unitário no controlador não vemos beneficio pois matematicamente


a função só está sendo multiplicada por 1. Vamos plotar agora com alguns
valores diferentes de Kp:

figure
hold on
grid on
for Kp = [1 2 5 10 15 20 26]
Gc = pid(Kp,Ki,Kd);
Gm = feedback(series(Gc,Gp),1);
dn = sprintf(’Kp = %d’,Kp);
data = step(Gm,t);
plot(t,data,’DisplayName’,dn)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
end
title(’Resposta da Planta com diferentes valores de Kp’)
ylabel(’Amplitude’)
xlabel(’Tempo(s)’)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 77


Resposta da Planta com diferentes valores de Kp
1.4

1.2

Amplitude 0.8

0.6
Kp = 1
Kp = 2
0.4 Kp = 5
Kp = 10
Kp = 15
0.2 Kp = 20
Kp = 26

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(s)

Como podemos ver o sistema teve uma subida muito mais rápida, porém agora
ganhamos um comportamento oscilatório. Podemos confirmar isto vendo os
polos dos dois sitemas:

sem_controle = pole(Gu)
com_controle = pole(Gm)

sem_controle =

-2
-1

com_controle =

-1.5000 + 4.9749i
-1.5000 - 4.9749i

Claramente vemos que o sistema adquiriu polos imaginários, portanto oscilações.


Vamos agora alterar o derivativo e ver o que acontece:

figure
hold on
grid on
for Kd = [0 1 3 6 9]
Gc = pid(Kp,Ki,Kd);
Gm = feedback(series(Gc,Gp),1);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 78


dn = sprintf(’Kd = %d’,Kd);
data = step(Gm,t);
plot(t,data,’DisplayName’,dn)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
end
title(’Resposta da Planta com diferentes valores de Kd’)
ylabel(’Amplitude’)
xlabel(’Tempo(s)’)
Resposta da Planta com diferentes valores de Kd
1.4

1.2

1
Amplitude

0.8

0.6

0.4
Kd = 0
Kd = 1
Kd = 3
0.2
Kd = 6
Kd = 9

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(s)

Repare que os polos voltaram a ser somente reais, porém agora estão muito mais
rápidos, ou seja, o sistema chega em regime permanente muito mais rápido e
sem oscilações, podemos verificar vendo os polo novamente:

com_controle = pole(Gm)

com_controle =

-9
-3

Vemos que o sistema agora está muito mais comportado, isto é devido ao fato
de que o ganho derivativo tenta fazer com que a derivada do setpoint e da saı́da
seja a mesma, portanto quanto maior mais comportado fica. Não podemos, no
entanto, aumentar demais este parâmetro uma vez que ele ”luta”contra o ganho
proporcional e deixa o sistema mais lento. Olhando para este gráfico podemos
achar que o sistema está ótimo já, mas repare que estamos fora do valor alvo em
regime permanente que no nosso caso é 1. Isso é corrigido com ganho integral,

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 79


abaixo foi variado o valor de Ki e a janela da resposta diminuı́da para melhorar
o entendimento:

figure
hold on
grid on
for Ki = [0 1 2 4 6 8]
Gc = pid(Kp,Ki,Kd);
Gm = feedback(series(Gc,Gp),1);
dn = sprintf(’Ki = %d’,Ki);
data = step(Gm,t);
plot(t,data,’DisplayName’,dn),axis([0 7 0.9 1.05])
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
end
title(’Resposta da Planta com diferentes valores de Ki’)
ylabel(’Amplitude’)
xlabel(’Tempo(s)’)
pole(Gm)

ans =

-9.1425
-2.5087
-0.3488

Resposta da Planta com diferentes valores de Ki


1.05

1
Amplitude

Ki = 0
0.95 Ki = 1
Ki = 2
Ki = 4
Ki = 6
Ki = 8

0.9
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(s)

A diferença entre a planta com controlador tunado e sem controlador é consi-


derável:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 80


figure
hold on
grid on
data = step(Gm,t);
plot(t,data,’DisplayName’,’Planta com Controle PID’)
data = step(Gu,t);
plot(t,data,’DisplayName’,’Planta sem Controle PID’)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
title(’Comparaç~
ao do comportamento com e sem controle PID’)
ylabel(’Amplitude’)
xlabel(’Tempo(s)’)
Comparação do comportamento com e sem controle PID
1

0.9

0.8 Planta com Controle PID


Planta sem Controle PID
0.7

0.6
Amplitude

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(s)

18 Circuitos RC, RL e RLC


Vamos ver agora como simular circuitos básicos e fazer filtros com eles. Primeiro
precisamos conhecer as impedâncias, são elas:

1
ZR = R, ZC = e ZL = jωL
jωC

O que essas impedâncias nos dizem são que R não tem sua resistência aparente
ao sistema alterada com a frequência, enquanto que a de L aumenta e a de C
diminui com o aumento da frequência. Vamos modelar o circuito RC abaixo,
tomando como saı́da a tensão VL (t) através do capacitor C :

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 81


R

+
+
U (t) − VC (t) C

Para fazer a análise no domı́nio da frequência basta trocar R e C por suas res-
pectivas impedâncias e tomar como saı́da a tensão Vc (jω) através do capacitor:

ZR
+

+
U (jω) − VC (jω) ZC

O problema agora passou a ser um simples divisor de tensão já que podemos
tratar todos os elementos como resistências e a solução para a função de trans-
ferência H(jω) vira:

1
VC (jω) jωC 1
H(jω) = = 1 =
U (jω) jωC +R 1 + jωRC

Podemos agora aplicar o operador de Laplace e montar a função de transferência


no MATLAB, utilizando valores para R e C:

1 1
H(s) = fc = [Hz]
1 + sRC 2πRC

s = tf(’s’);
R = 1*10^3;
C = 3*10^-6;

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 82


H = 1/(1+s*R*C)

H =

1
-----------
0.003 s + 1

Continuous-time transfer function.

O diagrama de Bode mostra como as magnitudes das baixas frequências ficam


virtualmente inalteradas, enquanto que as mais altas sofrem atenuação.

figure
grid minor
h = bodeplot(H);
setoptions(h,’FreqUnits’,’Hz’,’PhaseVisible’,’off’);
Bode Diagram
0

-5

-10
Magnitude (dB)

-15

-20

-25

-30
10 0 10 1 10 2 10 3
Frequency (Hz)

Podemos calcular a frequência de corte em Hz:

fc = 1/(2*pi*R*C)

fc =

53.0516

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 83


Vamos passar uma senóide de alta frequência e ver se conseguimos extrair o
nı́vel DC:

f = 2e3; AmpSin = 2.5;nDC = 4;


t0 = 0; Tf = 0.020; Ts = 10e-6;
t=t0:Ts:Tf;
fun=AmpSin*sin(2*pi*f*t)+nDC;
figure
hold on
grid minor
[y,t] = lsim(H,fun,t);
h = plot(t,fun,’DisplayName’,’Entrada’);
set(h,’Color’,[.7 .7 .7]);
plot(t,y,’DisplayName’,’Saı́da’);
h = plot(t,nDC*ones(length(t),1),’DisplayName’,’Nivel DC’);
set(h,’Color’,[0 .8 0.8]);
xlabel(’Tempo’)
ylabel(’Tens~
ao(V)’)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
hold off
7

5
Tensão(V)

1 Entrada
Saída
Nivel DC
0
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
Tempo

De fato vemos que o embora com algum ripple o filtro tirou grande parte das
altas frequências. Podemos usar a mesma estratégia para extrair o Duty-Cycle
de um sinal do tipo PWM ( Pulse Width Modulation ):

f = 1e3;AmpSaw = 2.5; duty = .75;


AmpPwm = 5; v = (1-duty)*AmpPwm;
fun=AmpSin*sawtooth(2*pi*f*t)+AmpSin;
pwm=AmpPwm*(fun>v);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 84


figure
hold on
grid minor
[y,t] = lsim(H,pwm,t);
h = plot(t,pwm,’DisplayName’,’Entrada’);
set(h,’Color’,[.7 .7 .7]);
plot(t,y,’DisplayName’,’Saı́da’);
h = plot(t,duty*AmpPwm*ones(length(t),1),’DisplayName’,...
’Duty Cycle Esperado’);
set(h,’Color’,[0 .8 0.8]);
xlabel(’Tempo’)
ylabel(’Tens~
ao(V)’)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
hold off
5

4.5

3.5

3
Tensão(V)

Entrada
2.5 Saída
Duty Cycle Esperado
2

1.5

0.5

0
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
Tempo

Vemos novamente que dentro de um ripple aceitável o filtro se estabiliza na


tensão efetiva do PWM. Simular um circuito RL pode ser feito da mesma forma,
apenas trocando a impedância ZC por ZL e tomando VL (jω) como a saı́da. O
circuito e a função de transferência resultante se torna:

ZR
+

+
U (jω) − VL (jω) ZL

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 85


Ls R
H(s) = fc = [Hz]
R + Ls 2πL

s = tf(’s’);
R = 2*10^2;
L = 3*10^-2;
H = (L*s)/(R+L*s)

fc = R/(2*pi*L)

H =

0.03 s
------------
0.03 s + 200

Continuous-time transfer function.

fc =

1.0610e+03

Se agora filtrarmos o mesmo sinal senóide anterior vamos manter as altas


frequências, e eliminar o nı́vel DC. Isto é intuitivo pois a impedância de um
indutor aumenta com a frequência, tornando a resistência aparente maior para
as altas frequências e estas portanto possuem uma presença maior na saı́da.
Vamos ver como ficou o diagrama de Bode:

figure
grid minor
h = bodeplot(H);
setoptions(h,’FreqUnits’,’Hz’,’PhaseVisible’,’off’);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 86


Bode Diagram
0

-5

-10

-15

Magnitude (dB)
-20

-25

-30

-35

-40

-45

-50
10 1 10 2 10 3 10 4 10 5
Frequency (Hz)

Vemos que o comportamento agora é inverso, vamos simular e ver se eliminamos


as baixas frequências:

f = 2e3; AmpSin = 2.5;nDC = 4;


t0 = 0; Tf = 0.020; Ts = 10e-6;
t=t0:Ts:Tf;
fun=AmpSin*sin(2*pi*f*t)+nDC;
figure
hold on
grid minor
[y,t] = lsim(H,fun,t);
h = plot(t,fun,’DisplayName’,’Entrada’);
set(h,’Color’,[.7 .7 .7]);
plot(t,y,’DisplayName’,’Saı́da’);
h = plot(t,nDC*ones(length(t),1),’DisplayName’,’Nivel DC’);
set(h,’Color’,[0 .8 0.8]);
xlabel(’Tempo’)
ylabel(’Tens~
ao(V)’)
h = legend(’-DynamicLegend’);
h.Location = ’best’;
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 87


7

Tensão(V) 2

1
Entrada
0 Saída
Nivel DC
-1

-2

-3
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
Tempo

De fato podemos ver que a função perdeu o nı́vel DC e encontra-se praticamente


centrada em zero. Podemos verificar fazendo uma média parcial da senóide
resultante:

mean(y(ceil(length(y)/2):length(y)))

ans =

0.0010

Outra forma de inverter o tipo de filtro é trocar a ordem dos elementos. Para fil-
tros de segunda ordem são necessários mais elementos armazenadores de energia,
sejam estes mais dos mesmos ou um circuito RLC. A forma de achar a função
de transferência e simular é sempre a mesma. Tente colocar um capacitor em
paralelo com um indutor no lugar do único elemento armazenador de energia e
verifique que agora o filtro é do tipo passa-banda. Experimente também cha-
mar a interface interativa sobre circuitos RLC executando o comando rlc gui
na Command Window.

19 Filtragem por Convolução


A convolução tem propriedades importantı́ssimas para o processamento de si-
nais. Vamos mostrar algumas utilizando MATLAB, é importante que possua
um bom conhecimento sobre o processo de convolução para visualizar os proce-
dimentos. Começamos criando um sinal simples:

v = [2 1 2 1];

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 88


Vamos tentar convoluir com alguns impulsos:

c1 = conv(1,v)
c2 = conv(0.5,v)
c3 = conv(-1,v)
figure
hold on
stem(c1);stem(c2);stem(c3);
h=legend(’Impulso Unitário’,’Impulso de 0.5’,’Impulso Unitário negativo’);
h.Location = ’best’;

c1 =

2 1 2 1

c2 =

1.0000 0.5000 1.0000 0.5000

c3 =

-2 -1 -2 -1

2
Impulso Unitário
Impulso de 0.5
1.5
Impulso Unitário negativo

0.5

-0.5

-1

-1.5

-2
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4

Convoluir um sinal por um escalar faz uma escala do vetor, daı́ o nome. Você
pode conferir melhor checando os resultados numéricos em vez do plot. Esta
propriedade é muito útil para operações com vetores. Vamos tentar algo mais
complexo:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 89


figure
for i=1:6
subplot(3,2,i)
d = zeros(1,6);
d(i) = 1;
stem(conv(v,d)),title(sprintf(’Atraso de %d’,i-1))
end
Atraso de 0 Atraso de 1
2 2

1 1

0 0
0 5 10 0 5 10
Atraso de 2 Atraso de 3
2 2

1 1

0 0
0 5 10 0 5 10
Atraso de 4 Atraso de 5
2 2

1 1

0 0
0 5 10 0 5 10

Conhecendo as propriedades da convolução podemos rapidamente compreender


que ao convoluir com um impulso atrasado, atrasamos o sinal também. Jun-
tando essas duas propriedades podemos multiplicar o sinal por constantes e fazer
deslocamentos no tempo facilmente:

figure
hold on
subplot(2,1,1)
stem(conv(v,[1 0 0 0 0 0]),’r’),grid on,axis([1 9 0 3])
title(’Sinal Original’)
subplot(2,1,2)
stem(conv(v,[0 0 1.5 0 0 0]),’black’)
title(’Atraso de 2 e multiplicaç~
ao por 1.5’), grid on

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 90


Sinal Original
3

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9

Atraso de 2 e multiplicação por 1.5


3

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9

Isso tudo cai no fato de que podemos utilizar a convolução para filtrar sinais.
Basta pensar que colocando o vetor certo para convoluir com o sinal, podemos
alterar como quisermos o mesmo. Vamos fazer algumas operações para tentar
entender como esse processo se realiza:

a=[1 0 0 0 0 1];

figure
stem(conv(v,a))
2

1.8

1.6

1.4

1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9

A convolução acima gerou duas cópias do sinal, se diminuirmos o atraso do


segundo pulso vamos, eventualmente, fazer os sinais colidirem:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 91


figure
for i=1:4
subplot(2,2,i)
d = zeros(1,5);d(1)=1;
d(6-i) = 1;
stem(conv(v,d)),title(strcat(’Vetor: [’,sprintf(’ %d’,d),’]’))
end
Vetor: [ 1 0 0 0 1] Vetor: [ 1 0 0 1 0]
2 3

1.5
2
1
1
0.5

0 0
0 2 4 6 8 0 2 4 6 8

Vetor: [ 1 0 1 0 0] Vetor: [ 1 1 0 0 0]
4 3

3
2
2
1
1

0 0
0 2 4 6 8 0 2 4 6 8

O que a operação acima fez foi mostrar que podemos também fazer produtos
de sinais, e desta forma construir filtros. Vamos fazer um filtro de média móvel
utilizando este conceito. Sabendo como a convolução faz o somatório podemos
fazer um filtro de média móvel de duas amostras simplesmente com:

f=conv(v,[0.5 0.5]);
figure
stem(f)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 92


1.5

0.5

0
1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

A principio pode não parecer muita coisa, mas repare que o sinal ficou muito
mais estável, perdeu oscilações. A visualização fica mais fácil com um sinal mais
completo:

close all
s=sin(pi/10:pi/20:10*pi)*3;
figure
plot(s,’LineWidth’,1.4)
legend(’Sinal Limpo’);
3
Sinal Limpo

-1

-2

-3
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Vamos contaminar com ruı́do e ver se conseguimos filtrar com o mesmo filtro
anterior:

n=randn(size(s));

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 93


sn=s+n;
hold on;
plot(sn)
legend([{’Sinal Limpo’},{’Sinal Contaminado’}]);
plot(conv(sn,[0.5 0.5])),axis([0 length(sn) -6 6])
legend([{’Limpo’},{’Ruidoso’},{’Filtrado’}]);
6
Limpo
Ruidoso
4 Filtrado

-2

-4

-6
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Vemos que o filtro de média móvel de duas amostras não se mostrou muito
eficaz. Podemos aumentar para um de 5 fazendo:

N = 5;
d(1:N)=1/N;
plot(conv(sn,d),’black’,’LineWidth’,1.4),axis([0 length(sn) -6 6])
legend([{’Limpo’},{’Ruidoso’},{’Filtrado’},{’Fortemente Filtrado’}]);
6
Limpo
Ruidoso
4 Filtrado
Fortemente Filtrado

-2

-4

-6
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 94


O filtro agora foi muito mais efetivo, porém causou um atraso de fase. O
MATLAB possui uma função que contorna atrasos de fase, filtrando o sinal
duas vezes (uma em cada sentido), isto também faz com que o filtro seja duas
vezes mais potente:

figure
hold on
plot(s)
plot(filtfilt(d,1,sn))
legend({’Sinal Original’,’Sinal Ruidoso pós Filtros’})
4
Sinal Original
3 Sinal Ruidoso pós Filtros

-1

-2

-3

-4
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

O sinal filtrado agora não possui atraso, porém o filtro começou a diminuir a
amplitude da senóide também. Estude filtros de média móvel para entender
como funcionam e logo entenderá o motivo desta atenuação. Se inserir um filtro
sem fortes flutuações faz o filtro impedir as fortes flutuações de passar, o que um
filtro com fortes flutuações irá fazer? Vamos usar a mesma estratégia, porém
fazendo o vetor do filtro flutuar:

a = [1 -1 1 -1]/4;

figure
hold on;
plot(sn,’r’)
plot(filtfilt(a,1,sn), ’g’)
legend([{’Sinal Ruidoso’},{’Sinal com Passa-Altas aplicado’}]);
hold off

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 95


6
Sinal Ruidoso
Sinal com Passa-Altas aplicado
4

-2

-4

-6
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Um filtro de oscila o quão rápido a taxa de amostragem permite irá fazer com
que todas as frequências altas passem. O que estamos fazendo aqui é criando
uma resposta impulsional arbitrária e convoluindo-a com um sinal. A idéia é
que podemos filtrar qualquer sinal com a convolução de um filtro cuja função
de transferência gera uma resposta impulsional adequada, e isto é válido para
qualquer filtro FIR ( Finite Impulse Response ).

20 Teorema de Amostragem de Nyquist-


Shannon
O teorema de amostragem de Nyquist-Shannon diz que se amostrarmos um sinal
ao dobro sua frequência, é possı́vel reconstruir o sinal completamente. Vamos
colocar em prática esta idéia e juntar com os conceitos de série de Fourier para
verificar este mecanismo:

clear all
Tf = 12
Ts = 0.001;
Fs = 1/Ts;
t = 0:0.001:Tf;
y = sin(2*pi*t+pi/2);

figure
hold on
plot(t,y);

Tf =

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 96


12

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12

Vamos começar amostrando a uma frequência maior que a frequência crı́tica de


Nyquist (que neste caso é 2 Hz ). Vamos começar a 10 Hz :

Fs = 10;

tsamp = 0:1/Fs:Tf;
ysamp = sin(2*pi*tsamp+pi/2);

plot(tsamp,ysamp,’o’)
1

0.8

0.6

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 97


Vamos utilizar uma Série de Fourier nas amostras e ver a curva resultante:

figure
f = fit(tsamp’,ysamp’,’fourier1’)
plot(f,tsamp,ysamp,’o’)

f =

General model Fourier1:


f(x) = a0 + a1*cos(x*w) + b1*sin(x*w)
Coefficients (with 95% confidence bounds):
a0 = -1.892e-17 (-3.503e-16, 3.124e-16)
a1 = 1 (1, 1)
b1 = 2.018e-16 (-7.393e-16, 1.143e-15)
w = 6.283 (6.283, 6.283)

1
data
0.8 fitted curve

0.6

0.4

0.2

0
y

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12
x

O MATLAB nos da os coeficientes da série como resposta, e plotando o resultado


vemos que a função foi recriada perfeitamente. Podemos aumentar o grau mas
não vamos ganhar nada com isso, repare nos valores dos coeficientes:

figure
f = fit(tsamp’,ysamp’,’fourier4’)
plot(f,tsamp,ysamp,’o’),axis([0 12 -1 1])

f =

General model Fourier4:


f(x) = a0 + a1*cos(x*w) + b1*sin(x*w) +

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 98


a2*cos(2*x*w) + b2*sin(2*x*w) + a3*cos(3*x*w) + b3*sin(3*x*w) +
a4*cos(4*x*w) + b4*sin(4*x*w)
Coefficients (with 95% confidence bounds):
a0 = -1.388e-17 (-3.4e-16, 3.122e-16)
a1 = -2.199e-16 (-6.803e-16, 2.406e-16)
b1 = -1.698e-16 (-6.319e-16, 2.923e-16)
a2 = 1.098e-16 (-3.519e-16, 5.714e-16)
b2 = -6.63e-17 (-5.284e-16, 3.958e-16)
a3 = -6.362e-16 (-1.105e-15, -1.678e-16)
b3 = 1.895e-16 (-2.727e-16, 6.516e-16)
a4 = 1 (1, 1)
b4 = 2.018e-16 (-7.473e-16, 1.151e-15)
w = 1.571 (1.571, 1.571)

1
data
0.8 fitted curve

0.6

0.4

0.2

0
y

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12
x

Vemos que novamente apenas um coeficiente prevaleceu, enquanto que o resto


resultou em aproximadamente zero. Vamos tentar agora na frequência crı́tica
de Nyquist.

figure
subplot(2,1,1)
hold on
plot(t,y),title(’Sinal Amostrado’),axis([0 12 -1.1 1.1])
tsamp = 0:1/2:Tf;
ysamp = sin(2*pi*tsamp+pi/2);
plot(tsamp,ysamp,’o’)
legend(’Sinal Original’,’Sinal Amostrado’)
f = fit(tsamp’,ysamp’,’fourier4’)
subplot(2,1,2)
plot(f,tsamp,ysamp,’o’),axis([0 12 -1.1 1.1])
title(’Aproximaç~
ao por Fourier’)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 99


f =

General model Fourier4:


f(x) = a0 + a1*cos(x*w) + b1*sin(x*w) +
a2*cos(2*x*w) + b2*sin(2*x*w) + a3*cos(3*x*w) + b3*sin(3*x*w) +
a4*cos(4*x*w) + b4*sin(4*x*w)
Coefficients (with 95% confidence bounds):
a0 = 2.073e-06 (-8.767e-06, 1.291e-05)
a1 = 4.765e-06 (-1.055e-05, 2.008e-05)
b1 = -1.829e-08 (-1.56e-05, 1.556e-05)
a2 = 0.0008358 (-0.0003875, 0.002059)
b2 = -6.417e-06 (-0.001067, 0.001054)
a3 = 1 (0.9999, 1)
b3 = -0.01152 (-0.01507, -0.007965)
a4 = -0.0008316 (-0.002055, 0.0003919)
b4 = 1.277e-05 (-0.001047, 0.001073)
w = 2.094 (2.094, 2.094)

Sinal Amostrado
1
Sinal Original
0.5 Sinal Amostrado

-0.5

-1
0 2 4 6 8 10 12

Aproximação por Fourier


1
data
0.5 fitted curve

0
y

-0.5

-1
0 2 4 6 8 10 12
x

Por defeitos de aproximação, o MATLAB requer muitos pontos de amostragem


para a função fit, em alguns casos isto é contornado aumentando o grau do
polinômio, neste exercı́cio grau 4 foi suficiente. Podemos verificar claramente
que o sinal permanece intacto. Vamos diminuir mais um pouco a frequência e
ver se ainda conseguimos reconstruir o sinal:

figure
hold on
plot(t,y)
tsamp = 0:0.75:Tf;
ysamp = sin(2*pi*tsamp+pi/2);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 100


f = fit(tsamp’,ysamp’,’fourier4’)
plot(f,tsamp,ysamp,’bo’)

f =

General model Fourier4:


f(x) = a0 + a1*cos(x*w) + b1*sin(x*w) +
a2*cos(2*x*w) + b2*sin(2*x*w) + a3*cos(3*x*w) + b3*sin(3*x*w) +
a4*cos(4*x*w) + b4*sin(4*x*w)
Coefficients (with 95% confidence bounds):
a0 = -2.366e-16 (-1.756e-15, 1.283e-15)
a1 = 1.283e-15 (-8.429e-16, 3.408e-15)
b1 = 2.655e-17 (-2.153e-15, 2.206e-15)
a2 = 3.36e-16 (-1.835e-15, 2.507e-15)
b2 = -1.935e-16 (-2.373e-15, 1.986e-15)
a3 = 6.724e-16 (-1.794e-15, 3.138e-15)
b3 = -9.616e-16 (-3.141e-15, 1.218e-15)
a4 = 1 (1, 1)
b4 = -2.664e-15 (-7.967e-15, 2.638e-15)
w = 0.5236 (0.5236, 0.5236)

1
data
0.8 fitted curve

0.6

0.4

0.2

0
y

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 2 4 6 8 10 12
x

Claramente o sinal não pode ser reconstruı́do, por isso a série de fourier retorna
uma senóide de frequência diferente. Não importa o grau da aproximação esta
situação vai se manter.

21 Estimativas de Comportamento
Vamos ver agora como lidar com sistemas MIMO e como estimar modelos com

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 101


dados quaisquer. No exemplo abaixo vamos carregar dados reais do MATLAB
de um motor a vapor em escala. As entradas são a tensão de magnetização do
gerador conectado ao eixo de saı́da do gerador e a pressão imposta no motor.
As saı́das são a tensão gerada no gerador e a velocidade de rotação do eixo.
Os dados foram amostrados a 50ms. Utilizamos uma estimativa da resposta
impulsional baseada em probabilidade e estatı́stica:

load SteamEng
vapor = iddata([GenVolt,Speed],[Pressure,MagVolt],0.05);
vapor.InputName = {’Press~ ao’;’Tens~
ao de Magnetizaç~
ao’};
vapor.OutputName = {’Tens~
ao Gerada’;’Rotaç~
ao’};
respimp = impulseest(vapor,50);
Podemos plotar os resultados, vemos que o MATLAB automaticamente coloca
janelas relacionando entradas e saı́das. No exemplo abaixo foi pedido ao MA-
TLAB para mostrar também as regiões de confiança com grau 3, já que é um
modelo probabilı́stico:

figure
showConfidence(stepplot(respimp),2)
Step Response
From: Pressão From: Tensão de Magnetização
0.6
To: Tensão Gerada

0.4

0.2

0
Amplitude

-0.2
0.8

0.6
To: Rotação

0.4

0.2

-0.2
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Time (seconds)

Da mesma forma como estimamos a função de transferência podemos estimar


as matrizes de estado. No caso da função de transferência o resultado foi omi-
tido por ser muito extenso, porém aqui vamos exibir as matrizes para melhor
entender o sistema:

espest = ssest(vapor)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 102


espest =
Continuous-time identified state-space model:
dx/dt = A x(t) + B u(t) + K e(t)
y(t) = C x(t) + D u(t) + e(t)

A =
x1 x2 x3
x1 -39.81 3.896 -0.4863
x2 1.66 0.3261 6.661
x3 -3.357 -3.675 -8.094

B =
Press~
ao Tens~
ao de Ma
x1 -0.009856 1.116
x2 -0.07379 -0.04638
x3 0.5102 0.06856

C =
x1 x2 x3
Tens~
ao Gerad 16.01 2.205 0.4865
Rotaç~
ao 0.129 4.042 0.1007

D =
Press~
ao Tens~
ao de Ma
Tens~
ao Gerad 0 0
Rotaç~
ao 0 0

K =
Tens~
ao Gerad Rotaç~
ao
x1 0.1744 0.1011
x2 1.581 3.112
x3 -1.235 -0.6663

Parameterization:
FREE form (all coefficients in A, B, C free).
Feedthrough: none
Disturbance component: estimate
Number of free coefficients: 27
Use "idssdata", "getpvec", "getcov" for parameters and their uncertainties.

Status:
Estimated using SSEST on time domain data "vapor".
Fit to estimation data: [93.92;78.93]% (prediction focus)
FPE: 3.795e-06, MSE: 0.004155

Observe o final do resultado, o MATLAB informa o quão bem conseguiu apro-

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 103


ximar os dados, no caso obtivemos [93.92;78.93]% sendo cada grau de certeza
para cada saı́da.

figure
showConfidence(stepplot(respimp,’b’,espest,’r’,2))
legend(’resp. Imp.’,’Estado’)
Step Response
From: Pressão From: Tensão de Magnetização
0.6
To: Tensão Gerada

0.4

0.2

0
Amplitude

-0.2
0.6
resp. Imp.
0.4 Estado
To: Rotação

0.2

-0.2
0 0.5 1 1.5 2 0 0.5 1 1.5 2
Time (seconds)

Vemos que as duas aproximações são praticamente equivalentes. Como estamos


trabalhando com incertezas se pegarmos menos amostras vamos obter mais er-
ros. Vamos agora considerar apenas as primeiras 250 amostras e ver como a
aproximação piora:

espest2 = ssest(vapor(1:250))

espest2 =
Continuous-time identified state-space model:
dx/dt = A x(t) + B u(t) + K e(t)
y(t) = C x(t) + D u(t) + e(t)

A =
x1 x2 x3 x4
x1 -29.43 -4.561 0.5994 -5.199
x2 0.4848 -0.8662 -4.101 -2.336
x3 2.839 5.084 -8.566 -3.855
x4 -12.13 0.9224 1.818 -34.29

B =
Press~
ao Tens~
ao de Ma
x1 0.1033 -1.617

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 104


x2 -0.3028 -0.09415
x3 -1.566 0.2953
x4 -0.04476 -2.681

C =
x1 x2 x3 x4
Tens~
ao Gerad -16.39 0.3767 -0.7566 2.808
Rotaç~
ao -5.623 2.246 -0.5356 3.423

D =
Press~
ao Tens~
ao de Ma
Tens~
ao Gerad 0 0
Rotaç~
ao 0 0

K =
Tens~
ao Gerad Rotaç~
ao
x1 -0.3555 0.08531
x2 -0.02308 5.195
x3 1.526 2.132
x4 1.787 0.03216

Parameterization:
FREE form (all coefficients in A, B, C free).
Feedthrough: none
Disturbance component: estimate
Number of free coefficients: 40
Use "idssdata", "getpvec", "getcov" for parameters and their uncertainties.

Status:
Estimated using SSEST on time domain data.
Fit to estimation data: [86.9;74.84]% (prediction focus)
FPE: 4.242e-05, MSE: 0.01414

Imediatamente vemos que a precisão piorou, os graus de certeza agora caı́ram


para [86.9;74.84]% . Podemos verificar plotando os dois modelos:

figure
showConfidence(stepplot(espest,’b’,espest2,’r’,2))
legend(’Completo’,’Parcial’)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 105


Step Response
From: Pressão From: Tensão de Magnetização
0.6

To: Tensão Gerada


0.4

0.2

0
Amplitude
-0.2
0.6
Completo
0.4 Parcial
To: Rotação

0.2

-0.2

0 0.5 1 1.5 2 0 0.5 1 1.5 2


Time (seconds)

Analises espectrais também funcionam em sistemas MIMO. Abaixo vamos não


só plotar os diagramas de Bode para os dados reais como também para o esti-
mado com dados parciais:

espectro = spa(vapor);
figure
bode(espectro,’b’,espest2,’r’)
h = legend(’Real’,’Estimado’);
h.Location = ’best’;
Bode Diagram
To: Tensão Gerada

From: Pressão From: Tensão de Magnetização


0

-50
To: Tensão Gerada
Magnitude (dB) ; Phase (deg)

-100
1440

-1440
0
To: Rotação To: Rotação

-50

-100
720

0 Real
Estimado
-720
10 0 10 2 10 0 10 2
Frequency (rad/s)

22 Simulação de um Motor DC
Vamos analisar rapidamente o comportamento de um motor DC. Não vamos
entrar na parte de modelagem, existem inúmeras fontes explicando o processo.

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 106


Os dados para o exemplo abaixo foram extraı́dos de um documento aberto pela
TU Delft. Este último exemplo irá servir apenas para apresentar diversos co-
mandos, uma vez que fazem parte de matérias avançadas. Caso queira pesquise
a raiz deles para aprender a teoria, é muito recomendado e será muito útil para
seu conhecimento de controle.

s = tf(’s’);

Inserimos os dados do motor e criamos as funções de transferência para veloci-


dade e posição (integrando a primeira).

J=0.01;
b=0.1;
K=0.01;
R=1;
L=0.5;

Gv = K/((L*s + R)*(J*s + b) + K^2)


Ga = Gv/s

Gv =

0.01
---------------------------
0.005 s^2 + 0.06 s + 0.1001

Continuous-time transfer function.

Ga =

0.01
-------------------------------
0.005 s^3 + 0.06 s^2 + 0.1001 s

Continuous-time transfer function.

É conveniente dar nomes aos seus I/O’s:

Gv.InputName = ’Tens~
ao’;
Gv.OutputName = ’Velocidade’;
Ga.InputName = ’Tens~
ao’;
Ga.OutputName = ’^
Angulo’;

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 107


Facilmente podemos ver se os sistemas são estáveis:

polos_velocidade = pole(Gv)
polos_angulo = pole(Ga)

polos_velocidade =

-9.9975
-2.0025

polos_angulo =

0
-9.9975
-2.0025

Claramente o polo em zero pode introduzir instabilidade, plotamos para checar:

figure
subplot(2,1,1)
step(Gv)
subplot(2,1,2)
step(Ga)
Step Response
From: Tensão To: Velocidade
0.1
Amplitude

0.05

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
Time (seconds)
Step Response
From: Tensão To: Ângulo
20

15
Amplitude

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Time (seconds)

Vemos que quando o tempo vai a infinito, o output também vai, logo o sistema
não é BIBO-estável. Para facilitar vamos tornar dois sistemas SISO em um
SIMO ( Single Input Multiple Outputs ):

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 108


G = [Gv; Ga];
Agora fica mais fácil analisar os comportamentos:

figure
subplot(1,2,1)
step(G);
subplot(1,2,2)
impulse(G);
figure
bode(G);
Step Response Impulse Response
From: Tensão From: Tensão
0.1 0.15

0.08
To: Velocidade

To: Velocidade
0.1
0.06

0.04
0.05
0.02
Amplitude

Amplitude

0 0
4 0.1

0.08
3
To: Ângulo

To: Ângulo

0.06
2
0.04
1
0.02

0 0
0 10 20 30 40 0 1 2 3 4
Time (seconds) Time (seconds)

Bode Diagram
From: Tensão
To: Ângulo To: VelocidadeTo: Velocidade

-100
Magnitude (dB) ; Phase (deg)

-200
0

-90

-180
0

-100

-200
0
To: Ângulo

-180

-360
10 -1 10 0 10 1 10 2 10 3
Frequency (rad/s)

Vamos simular com um sinal arbitrário:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 109


t = 0:0.001:5;
u = sin(2*pi*t);
figure
[y,t] = lsim(G,u,t);
subplot(2,1,1)
plot(t,u),title(’Entrada’);
subplot(2,1,2)
plot(t,y),title(’Saidas’),h=legend(’Velocidade’,’^
Angulo’);
h.Location = ’best’;
Entrada
1

0.5

-0.5

-1
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Saidas
0.04

0.02

-0.02 Velocidade
Ângulo
-0.04
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5

Como podemos ver nem sempre o comportamento é o mais intuitivo, princi-


palmente em sistemas com grau maior que 2. Vamos implementar um controle
proporcional e tentar estabilizar a saı́da angular:

Kp = 100;
Gc = feedback(Ga*Kp,1);
Gc.InputName = ’Velocidade Desejada’;

figure
step(Gc,0:0.01:20);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 110


Step Response
From: Velocidade Desejada To: Ângulo
2

1.8

1.6

1.4

Amplitude 1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Time (seconds)

Claramente o sistema irá se estabilizar pelo único motivo que o motor possui
atritos internos modelados pela constante b.

Vamos utilizar alguns métodos de critério de estabilidade para ver como o sis-
tema se comporta para o controle de posição:

figure
rlocus(Ga),axis([-20 5 -10 10]);
Root Locus
10

6
Imaginary Axis (seconds -1)

-2

-4

-6

-8

-10
-20 -15 -10 -5 0 5
Real Axis (seconds -1)

Podemos ver que mesmo com amortecimento, um ganho muito alto irá deses-
tabilizar o sistema. Execute o comando acima e use o cursor para descobrir
este ganho, substitua no controle proporcional e veja que de fato desestabiliza
o sistema. O diagrama de Nyquist é facilmente plotável para ajudar nestas
conclusões:

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 111


figure
nyquist(Ga)
Nyquist Diagram
From: Tensão To: Ângulo
2.5

1.5

1
Imaginary Axis

0.5

-0.5

-1

-1.5

-2

-2.5
-1 -0.9 -0.8 -0.7 -0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0
Real Axis

Podemos ainda extrair a forma canônica de Jordan, matriz de observabilidade


e controlabilidade:

[a,b,c,d] = tf2ss(0.01,[0.005 0.06 0.1001 0]);


[V, Jo] = jordan(a)
Ob = obsv(a,c)
Co = ctrb(a,b)

V =

0 99.9500 4.0100
0 -9.9975 -2.0025
1.0000 1.0000 1.0000

Jo =

0 0 0
0 -9.9975 0
0 0 -2.0025

Ob =

0 0 2
0 2 0

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 112


2 0 0

Co =

1.0000 -12.0000 123.9800


0 1.0000 -12.0000
0 0 1.0000

E assim achar o número de estados não observáveis e não controláveis:

inob = length(a)-rank(Ob)
inco = length(a)-rank(Co)

inob =

inco =

A nossa conclusão é que nosso sistema é completamente controlável e observável


para o controle do ângulo. Vamos zerar a constante de amortecimento e ver o
que ocorre na mesma janela de tempo de simulação:

b = 0;

Gv2 = K/((L*s + R)*(J*s + b) + K^2);


Ga2 = Gv2/s
Kp = 100;
Gc2 = feedback(Ga2*Kp,1);
Gc2.InputName = ’Velocidade Desejada’;

figure
step(Gc2,0:0.01:20);

Ga2 =

0.01
-------------------------------

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 113


0.005 s^3 + 0.01 s^2 + 0.0001 s

Continuous-time transfer function.

Step Response
×10 19 From: Velocidade Desejada To: Out(1)
3

0
Amplitude

-1

-2

-3

-4

-5

-6
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Time (seconds)

Vemos que o sistema, de fato, se torna instável. Mesmo que seja estável com
atrito o controle proporcional não é viável devido ao longo tempo de assenta-
mento, alto overshoot, muitas oscilações e eventual instabilidade. Vamos imple-
mentar um controle PID para atenuar estes efeitos:

Kp = 180;
Kd = 110;
Ki = 10;
Gc = pid(Kp,Ki,Kd);
Gm = feedback(series(Gc,Ga),1);
t = (0:0.01:7)’;

figure
step(Gm,t)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 114


Step Response
From: In(1) To: Ângulo
1.4

1.2

Amplitude
0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Time (seconds)

Novamente o controle PID aumentou em muito a qualidade da planta, porém foi


necessário analisar a natureza do sistema para determinar parâmetros seguros.
Controladores podem ser o quão complexos quisermos, o controlador abaixo foi
projetado com a ferramenta sisotool do MATLAB. É importante lembrar que
embora a resposta desse controlador pareça perfeita, o atuador está sendo muito
requisitado e é improvável que esse controle funcione na vida real, ele está aqui
apenas para ilustrar a complexidade possı́vel de se atingir com o MATLAB. Foi
Feito também um controlador do tipo LQG, este é mais complexo que o PID
porém realizável:

KL = 3629365359589.16;
ZL = [-4099.1739050971;-9.99749803456527;-2.00250672035499;...
-0.000239385686210815;-0.000244138720373711;-4094.41313804988+...
2.75004872395928i;-4094.41313804988-2.75004872395928i];
PL = [-4099.17391633088;0;-5462.9811678135;-0.000244139915105965;...
-4094.41313243444+2.75005916623674i;-4094.41313243444-...
2.75005916623674i;-3510.25431148115+1435.21774068424i;...
-3510.25431148115-1435.21774068424i];

KG = 14339905.5815134;
ZG = [-0.988430249319106;-8.4895499071315+3.02061433321695i;...
-8.4895499071315-3.02061433321695i];
PG = [-138.516201360636;0;-63.3666467558354+116.433332601832i;...
-63.3666467558354-116.433332601832i];

CLS = zpk(ZL,PL,KL);
CLQG = zpk(ZG,PG,KG);

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 115


Gi = feedback(series(CLS,Ga),1);
Glqg = feedback(series(CLQG,Ga),1);
figure
step(Gm,Gi,Glqg,1.4)
legend(’Controle PID’,’Controle por Loop Shaping de ordem 8’...
,’Controle LQG’)
Step Response
From: In(1) To: Ângulo
1.4
Controle PID
Controle por Loop Shaping de ordem 8
1.2
Controle LQG

1
Amplitude

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4
Time (seconds)

Gabriel Barsi Haberfeld DEE 116

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