Apostila Curso de PPRA 2017
Apostila Curso de PPRA 2017
Apostila Curso de PPRA 2017
CURSO
2017
Fundacentro – ES
2017
SUMÁRIO
1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................... 1
1.1. A estrutura do PPRA ...................................................................................................... 1
2. A RELAÇÃO TRABALHO SAÚDE.............................................................................. 2
2.1. O Homem e o Trabalho .................................................................................................. 2
2.2. O Ambiente de Trabalho ................................................................................................ 3
2.3. A Organização do Trabalho .......................................................................................... 4
3. DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA .......................................................................... 4
4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS ............................ 6
4.1. Conceito sobre Risco ..................................................................................................... 8
4.2. Classificação dos Fatores de Riscos......................................................................... 9
4.3. A Análise de Riscos como Instrumento de Controle Ambiental ...................... 11
4.4. Etapas de um Estudo de Analise de Risco ............................................................ 12
5. INSPEÇÕES NOS LOCAIS DE TRABALHO ............................................................ 15
5.1. Tipos de inspeção ......................................................................................................... 15
5.2. Como fazer uma inspeção .......................................................................................... 15
5.3. Fazendo uma lista de verificação ............................................................................. 16
6. TÉCNICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS .................................................. 16
6.1. Análise Preliminar de Perigos (APP) ....................................................................... 17
6.2. Análise de Perigos e Operabilidade (HazOp)......................................................... 18
6.3. Consolidação dos cenários acidentais ................................................................... 19
6.4. Estimativa dos efeitos físicos e avaliação de vulnerabilidade ......................... 20
7. METODOLOGIAS DE RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS
FATORES DE RISCO ....................................................................................................... 21
7.1. Probabilidade de Ocorrência e Gravidade do Dano ............................................ 21
7.2. Medidas de controle Existentes ................................................................................ 25
7.3. Estimativa do Risco ...................................................................................................... 26
8. DOCUMENTO BASE ................................................................................................. 28
8.1. Capa e folha de rosto do Documento ...................................................................... 28
8.2. Sumário ............................................................................................................................ 29
8.3. Introdução do PPRA ..................................................................................................... 29
8.4. Identificação da Empresa ............................................................................................ 30
8.5. Política de Segurança da Empresa........................................................................... 30
8.6. Responsabilidades ....................................................................................................... 30
8.7. Atividades da Empresa ................................................................................................ 31
8.8. Ciclo Produtivo .............................................................................................................. 31
8.9. Caracterização dos Riscos ......................................................................................... 31
8.10. Conclusões e Recomendações ................................................................................. 33
8.11. Plano Anual ..................................................................................................................... 35
8.12. Dos Prazos ...................................................................................................................... 36
9. CONTROLE DOS RISCOS ........................................................................................ 36
9.1. Inviabilidade técnica ou econômica ......................................................................... 37
9.2. Hierarquia do Controle................................................................................................. 37
9.3. Avaliação das medidas de controle ......................................................................... 38
9.4. Do nível de Ação ............................................................................................................ 39
9.5. Monitoramento ............................................................................................................... 39
9.6. Registro dos dados....................................................................................................... 39
9.7. Das Responsabilidades ............................................................................................... 39
9.8. Das Informações ............................................................................................................ 40
9.9. Das disposições finais ................................................................................................. 40
10 GERENCIAMENTO DE RISCOS..................................................................................40
10.1 Levantamento da situação atual...........................................................................41
10.2 Politica de segurança.............................................................................................41
10.3 Planejamento...........................................................................................................42
10.4 A implantação e Operação.....................................................................................42
10.5 Verificação e ação corretiva..................................................................................44
10.6 Levantamento gerencial.........................................................................................45
11 AVALIAÇÃO GLOBAL DO PPRA................................................................................45
11.1 Métodos de Avaliação............................................................................................46
12 GERENCIAMENTO.....................................................................................................48
12. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................... 49
Anexo 1 - NR 9...................................................................................................................50
Anexo 2- Exercício 1.........................................................................................................55
Anexo 3 Exercício 2..........................................................................................................57
1
O PPRA deve fazer parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da
empresa no campo de preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores,
como a prevenção de acidentes, a melhoria do conforto no trabalho, o controle dos riscos
ergonômicos e estar articulada com as demais NRs, em especial com o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO – NR 7.
Pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que necessário, deverá ser realizado uma
análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes
necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (9.2.1.1).
O PPRA deverá ser descrito num documento-base contendo todos os aspectos
estruturais citados acima (9.2.2).
O documento base e suas alterações devem ser discutidos com a CIPA, quando
existente na empresa e uma copia deve ser anexada ao livro de atas desta comissão. E
sempre estar disponível para as autoridades competentes nos locais de trabalho para sua
analise de acompanhamento de sua execução.
3. DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA
a) Antecipação e reconhecimento
A antecipação ocorre sempre nas seguintes situações:
• A análise de novos projetos;
• Mudanças nas instalações;
• Uso de novos produtos;
• Novos métodos ou processo de trabalho ou de modificação das já existentes;
Para realizar esta etapa do estudo é necessário realizar visitas aos locais de
trabalho para observar in loco as formas de organização da produção e registrar em
documento de campo quais os principais fatores de risco à saúde dos trabalhadores que
estão presentes no processo de trabalho. Durante este trabalho é fundamental que se
façam entrevistas com pessoas da empresa como diretores e pessoas ligadas a este
ramo industrial que participaram do seu desenvolvimento, com o propósito de se obter
informações sobre os seguintes fatos: como surgiu a empresa, suas características
principais, época de consolidação no pólo industrial, principais mercados consumidores e
o desenvolvimento da mão-de-obra. Entre os entrevistados os encarregados de produção
sobre: aonde aprenderam a gerenciar a produção, como capacitaram a mão-de-obra,
rotatividade e quando aparecem os primeiros sinais de adoecimento e desgaste nos
trabalhadores.
O estudo das cargas de trabalho no PPRA não é um levantamento exaustivo para
cada função existente no processo produtivo, mas um levantamento qualitativo preliminar,
cujo objetivo é identificar a presença de fatores de riscos que podem representar fontes
de desgaste dos operários.
1ª Fase:
- Identificação dos riscos (fatores e prováveis danos);
- Estimativa do risco (probabilidades de ocorrência);
- Identificação e análise das opções de eliminação ou controle do risco;
- Aprovação de sua viabilidade técnica e econômica.
2ª Fase:
- Tomada de decisão e planejamento das medidas;
- Implantação das medidas;
- Monitorar e avaliar a eficácia das medidas implantadas;
- Revisão ou manutenção das medidas.
vezes são verificados conflitos entre os resultados destas avaliações com as realizadas
por técnicos especialistas, resultando em conflitos (Krimsky, S e Golding, D, Social
Theories of Risk, Praeger, Wstport/London, 1992). Como a percepção do risco é em
parte subjetiva pode levar a minimização ou um exagero de sua potencialidade.
Mas vale ressaltar que os especialistas devem levar em consideração o
conhecimento dos trabalhadores que vivenciam diariamente os fatores de riscos nos
ambientes de trabalho e criam formas de convivência defensiva contra estas condições,
sendo, portanto detentores de um conhecimento que não pode ser desprezado.
Agentes físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostas os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
Agentes de Acidentes: São os que podem causar lesões nos trabalhadores de forma
imediata como: o Arranjo físico, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas
inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, local classificado como
sujeito a incêndio ou explosões, armazenamento inadequado, pisos irregulares, animais
peçonhentos, incêndios, intoxicações agudas entre outros.
Tratamento e cura
Pessoa Saudável
Figura 1: Ambiente Insalubre e com riscos de acidentes
11
GESTÃO DO AMBIENTE
INTERVENÇÕES
Tratamento e cura
AMBIENTE
CONTROLADO
Pessoa Saudável
b) Identificação de Perigos
Existem muitas técnicas para a realização desta importante etapa, entre elas
citamos abaixo as principais:
técnica específica. Vários dados podem ser obtidos como taxas de freqüências,
conseqüências e as principais causas;
* Análise “E se...” (What if...?): Esta técnica contempla o exame de possíveis anomalias
que possam ocorrer nas etapas do projeto, construção e operação de uma instalação
industrial, por meio de questionários onde as perguntas sempre iniciam pelo termo “E
se..?. As perguntas formuladas sempre sugerem uma ocorrência inicial que pode
acarretar uma seqüência de falhas”.
Esta etapa tem por finalidade analisar as possíveis conseqüências geradas pelas
hipóteses acidentais caracterizadas na fase de identificação dos perigos, bem como a
vulnerabilidade das pessoas e do meio ambiente a estes impactos (CETESB, 1994).
Uma técnica a ser utilizada para a identificação das seqüências acidentais e a
definição da tipologia dos acidentes é a denominada “Análise de Árvores de Eventos –
AAE". Esta análise é realizada por meio da utilização de modelos de cálculo para
simulação dos fenômenos decorrentes das hipóteses acidentais, como: incêndios,
explosões e vazamentos tóxicos.
A análise da vulnerabilidade deve ser realizada através do estudo dos efeitos
decorrentes desses impactos no homem e no meio ambiente, investigando:
14
Existem vários tipos de inspeção que podem ser realizados nos locais de trabalho.
O importante é que as inspeções sejam planejadas para que não se transformem em
apenas uma visita.
1- Inspeção Geral: é uma inspeção mais simples, onde se procura ter um panorama
geral dos setores de trabalho.
2- Inspeção Localizada: este tipo de inspeção é realizado quando se quer
esclarecer uma situação de risco que foi observada em inspeções gerais, por
algum membro da CIPA, por queixas de trabalhadores ou ainda por ocorrência de
acidentes de trabalho.
3- Inspeção de Fatores de Risco: é uma inspeção em que se procura detectar
situações ou condições que possam causar acidentes ou constituírem fontes de
agentes agressivos à saúde dos trabalhadores, como por exemplo: operações
com produtos perigosos, ausência de proteções coletivas, problemas com
sinalização, falta de conforto nos locais de trabalho, entre outras.
A inspeção deve ser feita com o acompanhamento, passo a passo, dos serviços
realizados no local previamente escolhido. Para facilitar sua realização, o ideal é seguir o
fluxo das atividades ou dos serviços realizados. Faça o fluxograma acompanhando desde
a chegada da materia prima, sua transformaçao até o setor de expedição.
Para que a inspeção seja planejada previamente é fundamental definir o objetivo
da inspeção, pode-se criar um roteiro ou uma ficha de verificação, onde serão anotadas
todas as situações em que os trabalhadores possam sofrer algum tipo de dano e quais os
controles disponíveis – equipamentos de segurança individual ou coletivo. A inspeção
somente estará completa, se os trabalhadores forem escutados, isso é fundamental para
se obter informações sobre os principais problemas e situações que eles consideram
perigosas.
As inspeções realizadas serão posteriormente debatidas pela equipe técnica do
setor e medidas corretivas devem ser solicitadas à gerencia competente.
16
Várias são as técnicas que podem ser utilizadas para a identificação de perigos
numa instalação industrial. Entre as diversas técnicas utilizadas para a identificação de
perigos, as mais comumente utilizadas, e aqui apresentadas, são:
A APP deve focalizar todos os eventos perigosos cujas falhas tenham origem na
instalação em análise, contemplando tanto as falhas intrínsecas de equipamentos, de
instrumentos e de materiais, como erros humanos. Na APP devem ser identificados os
perigos, as causas e os efeitos (conseqüências) e as categorias de severidade
correspondentes (Tabela 7), bem como as observações e recomendações pertinentes aos
perigos identificados, devendo os resultados ser apresentados em planilha padronizada. A
Figura 3 apresenta um exemplo de planilha para a realização da APP.
Tabela 2 - Palavras-guias
Palavra-guia Significado
Não Negação da intenção de projeto
Menor Diminuição quantitativa
Maior Aumento quantitativo
Parte de Diminuição qualitativa
Bem como Aumento qualitativo
Reverso Oposto lógico da intenção de projeto
Outro que Substituição completa
Para uma correta interpretação dos resultados, esses modelos requerem uma série
de informações que devem estar claramente definidas. Portanto, neste capítulo estão
definidos os pressupostos que deverão ser adotados para o desenvolvimento dessa etapa
do estudo de análise de riscos, bem como a forma de apresentação dos resultados.
Qualquer alteração nos dados aqui apresentados, deverá ser claramente justificada.
A avaliação destes indicadores é feita de acordo com o grupo de risco que se vai
analisar. No caso de risco de acidentes, levamos em consideração:
a) Postura de trabalho;
b) Ritmo exigido para realização da tarefa;
c) Repetitividade;
d) Tempo de pausas;
e) Controle do trabalhador sobre a produção;
f) Testes para verificação de fadiga e estresse.
Em todas as situações podem ser elaboradas tabelas especificas para cada tipo de
risco a fim de se aprimorar a capacidade de
PD CATEGORIA DESCRIÇÃO
CONSEQÜÊNCIA
0 Inexistente O Fato ocorrido não implicará em nenhum dano
ou efeito adverso
1 Desprezível ou Provavelmente não afetará a segurança e a
Insignificante saúde das pessoas resultando em menos de um
dia de trabalho perdido, entretanto é uma não
conformidade com um critério específico.
2 Marginal ou moderado Pode causar uma lesão ou doença ocupacional
de efeitos reversíveis de pouca importância,
resultando na perda de dias de trabalho ou danos
à propriedade irrelevantes.
3 Crítico Pode causar lesões severas, doenças
ocupacionais severas ou danos significativos à
propriedade.
4 Catastrófico Pode causar mortes ou perda das instalações.
Na tabela 9 verificamos que quanto menor é o limite de exposição (TLv), maior será
o dano que o agente poderá causar ao organismo exposto.
.
26
Risco Trivial: Nenhuma ação é requerida e nenhum registro documental precisa ser
mantido.
Risco Tolerável: Nenhum controle adicional é necessário. Pode-se considerar uma
solução mais econômica ou aperfeiçoamento que não imponham custos extras. A
monitoração é necessária para assegurar que os controles sejam mantidos.
Risco Moderado: Devem ser feitos esforços para reduzir o risco, mas os custos de
prevenção devem ser cuidadosamente medidos e limitados. As medidas de redução de
risco devem ser implantadas dentro de um período de tempo definido.
Quando o risco moderado é associado a conseqüências extremamente prejudiciais, uma
avaliação posterior pode ser necessária, a fim de estabelecer, mais precisamente, a
probabilidade de dano, como uma base para determinar a necessidade de medidas de
controle aperfeiçoado.
27
Risco Substancial: O trabalho não deve ser iniciado até que o risco tenha sido reduzido.
Recursos consideráveis poderão ter de ser alocados para reduzir o risco. Quando o risco
envolver trabalho em execução, ação urgente deve ser tomada.
Risco Intolerável: O trabalho não deve ser iniciado nem continuar até que o risco tenha
sido reduzido. Se não for possível reduzir o risco, nem com recursos ilimitados, o trabalho
tem de permanecer proibido.
8. DOCUMENTO BASE
8.2. Sumário
Devendo estar indicadas as interfaces com outros programas, tais como: Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, Programa de Proteção Respiratória
– PPR, Programa de Controle de Ruído Ocupacional – PCRO e Programa de Prevenção
de Riscos Ergonômicos – PPRE.
O PPRA constitui-se numa ferramenta de extrema importância para segurança e
saúde dos empregados, proporcionando identificar as medidas de proteção do
trabalhador a serem implantadas, servindo também para a elaboração do PCMSO
prevista na NR-7.
30
8.6. Responsabilidades
Figura 5: Fluxograma
Recebimento material
Estoque Polimento
Almoxarifado
Contabilidade
• Dados Preliminares:
32
Outras informações:
• Acidentes e doenças registrados em anos anteriores;
• Ações de fiscalizações: apontar a data e os pontos exigidos pelos auditores fiscais;
• Prioridades apontadas pelos dados preliminares: Controle emissão de poeiras,
ruído e melhorias na ergonomia;
• Estratégias para o reconhecimento dos riscos: Divisão da empresa nos setores
(Escritório, Estoque/almoxarifado, Produção e Expedição.
• Anexos:
• Avaliações ambientais;
• Estudos de Equipamentos de Proteção Coletiva;
• Formulários de acompanhamento da execução do PPRA.
34
I F
Química Garantir Uso de Informar aos 02/01
proteção protetores trabalhadores sobre o
Poeira
de respiratório risco da poeira de
Sílica
inalação s sílica, adquirir o EPI
de adequado e treinar no
poeiras uso.
de sílica.
Instalar Realizar estudo de 02/01 15/02
sistema de viabilidade econômica
corte a
úmido
Compra do sistema 15/02 30/02
Ação: Responsável
Observações:Avaliação:
36
d) Outras medidas
38
9.5. Monitoramento
Do empregador:
- Estabelecer, executar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição;
Do trabalhador:
- Colaborar e participar da implantação d PPRA;
- Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do
PPRA;
40
10 Gerenciamento do PPRA
10.3 Planejamento
a) Estrutura e Responsabilidade
c) Comunicações
e) Controle Operacional
44
a) Monitoramento e medição
b) Ação Corretiva
c) Registros
d) Auditoria
45
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Ênfase nos meios; Ênfase nos resultados;
Resolver problemas; Atingir objetivos;
Cumprir tarefas. Obter resultados
Exemplo 1
Indicador Hora de Treinamento por Setor
Objetivo: Medir a participação do setor no total de treinamento.
Periodicidade: Anual.
Responsável: Gestores dos Setores e de Treinamento.
Fórmula de Cálculo:
Σ (CTs) / Vt * 100, onde:
CTs = Somatório de hora de cada treinamento feito por cada empregado do
setor.
Vt = Hora total do treinamento oferecido no período
Intervalo de Validade:
Ideal = De 0,80 a 1,00 (da média por Setor)
Setor Pouco Treinada = Abaixo de 0,80
Setor com excesso de treinamento = Acima de 1,20
Variáveis Necessárias:
Nome do Setor
Data de Apuração dos dados
Hora de treinamento por empregado
Registro de curso feito pelo empregado
Carga horária total de treinamento no período.
48
Exemplo 2
Falta de uso de proteção auricular;
Objetivo: Uso em tempo integral por todos os empregados do protetor auricular
nos locais com LT acima de 82 Dba;
Periodicidade: diária.
Estratégia: Realizar palestras com todos os empregados, realizar inspeções
diárias para verificar quem não está utilizando o equipamento de proteção
individual;
Fórmula de Calculo:
Σ (NT) / NTT * 100, onde:
NT = Número de trabalhadores que não utilizam o EPI no setor.
NTT = Número de trabalhadores total do setor.
Indicador: % de trabalhadores que usam > 90%.
12- GERENCIAMENTO
O gerenciamento do PPRA consiste basicamente em acompanhar o
desenvolvimento de cada fase prevista no Plano de Ação Anual – PAA. Neste
aspecto o gerente deve ser o responsável em fornecer os recursos financeiros,
humanos e materiais para a execução do plano. Aqui o gerente tem o papel de
“fazer acontecer”.
O comprometimento de todas as pessoas da cadeia hierárquica da
empresa no sucesso do PPRA, ou seja, cabe o gerente a incentivar,
acompanhar e avaliar o desempenho de cada um nas suas responsabilidade e
competências.
O problema do gerente é que todo o plano seja factível e que a empresa
tenha os recursos necessários para a execução do plano. A solucionabilidade
dos problemas irá dar o grau de governabilidade do gerente. Se o gerente não
tem governabilidade ele não terá sucesso no gerenciamento.
O sucesso do plano depende então em muitos casos a compatibilidade
das ações com os recursos técnicos, humanos e financeiros da empresa.
Assim, é importante ajustar as necessidades de investimento em controles ao
longo do tempo a fim de dar sustentabilidade ao plano de ação.
49
Referências Bibliográficas
ABHO, TLVs e BEIs da ACGIH, São Paulo, ABHO, 2016.
ANEXO 1
Portarias de Alteração:
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94 (Rep. 15/12/95)
9.5. Da informação.
9.5.1. Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber
informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais
identificados na execução do PPRA. (109.038-0 / I2)
9.5.2. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e
suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e
sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos
mesmos.
54
Anexo 2:
EXERCÍCIO 1 – IDENTIFICAÇÃO DE POSSÍVEIS RISCOS À SAÚDE DO
TRABALHADOR
A – ATIVIDADES PROFISSIONAIS
6
57
ANEXO 3
Exercício 2: Estimativa do Nível de Risco e Priorização de Ações
Atividade e situação de exposição a riscos Fatores de Riscos Dano Principal TLVs PE PD NR Ação Necessária
Ambientais
1- Um trabalhador seca peças zincadas
utilizando-se de um bico de ar comprimido. O
nível de pressão sonora (leq 1 m) varia entre
87 e 91 dB. A atividade é realizada de forma
intermitente durante toda a jornada de oito
horas, sendo que em média, a cada hora
executa esta atividade por 10 m.
Considerar que no resto do tempo trabalha
abaixo do Nível de ação.
2- Um técnico de enfermagem colhe amostras
de sangue em laboratório de análises clinicas
utilizando tubo vacutainer (c/ agulha
descartável) e dispositivo destruidor de
agulhas (por fusão de metal). Não utiliza
nenhum tipo de EPI.
TLV= Limite de tolerância. PE= Probabilidade de exposição; PD= Probabilidade do dano e NR= Nível de Risco.
58
Atividade e situação de exposição a riscos Fatores de Riscos Dano TLVs PE PD NR Ação Necessária
Principal
4- Um funcionário de manutenção faz
soldagens de reparo usando maçarico oxi-
acetileno, em estruturas de aço e usando
varetas de adição também de aço. Faz em
média 6 soldagens por dia que dura cerca de
20 minutos cada. Não há sistema de
ventilação local exaustora, mas o ambiente é
ventilado.
TLV= Limite de tolerância. PE= Probabilidade de exposição; PD= Probabilidade do dano e NR= Nível de Risco.
59
Atividade e situação de exposição a riscos Fatores de Riscos Dano TLVs PE PD NR Ação Necessária
Principal
7- Em uma oficina de carro é feito o
desengraxamento a frio utilizando-se latões
de querosene ou gasolina, sem qualquer
medida de controle. A imersão das peças é
feita manualmente em um latão de 200 litros
cortado pela metade.
8- Um técnico trabalha como substituição de
elementos no circuito utilizando-se solda
estanho-chumbo (branca). Em geral essa
atividade de soldagem não consome mais que
40 minutos da jornada de trabalho. O fio de
solda é uma liga contendo 65% de estanho e
35% de chumbo que também contém um
fluxo – pasta á base de resina de breu
(colofônia). Utiliza-se um ferro de solda
quente para derreter o metal e ativar o fluxo.
Essa técnica de soldagem envolve as
seguintes etapas: 1. Limpeza da base onde
será soldada a peça (placa de circuito) com
solvente em spray – mistura de isopropanol
(50%), detergente não iônico (1%) e água,
utilizando-se estopas para retirar o excesso e
remover as sujeiras (2) soldagem com ferro
de solda aquecido a uma temperatura entre
270-300 ºC. (funde o metal e ativa a resina
que remove a escória que impede a boa
aderência da solda).
TLV= Limite de tolerância. PE= Probabilidade de exposição; PD= Probabilidade do dano e NR= Nível de Risco.