SINAT DATec Nº 015 (OSB e Fechamento em Chapas (Vencido) )
SINAT DATec Nº 015 (OSB e Fechamento em Chapas (Vencido) )
SINAT DATec Nº 015 (OSB e Fechamento em Chapas (Vencido) )
A durabilidade do sistema foi avaliada pela análise de detalhes construtivos especificados em projeto,
por ensaios de envelhecimento acelerado do siding vinílico e de componentes metálicos, e por
ensaios de degradação das chapas de OSB. Considerou-se também na análise os detalhes relativos
à base da parede, que visam evitar o contato dos perfis e das chapas delgadas com eventual
umidade do piso, proveniente das chuvas ou das atividades de uso e lavagem. O sistema construtivo
não se aplica a ambientes de elevada agressividade ambiental, como atmosferas industriais e
atmosferas ao mesmo tempo marinhas e industriais.
As paredes revestidas com siding vinilico devem ser objeto de monitoramento constante pelo detentor
da tecnologia informando periodicamente a ITA e o SINAT sobre eventuais ocorrências e
providências.
1
O “sistema construtivo LP Brasil OSB com fechamento em chapas de OSB revestidas com siding
vinilico” destina-se à produção de unidades habitacionais unifamiliares térreas, isoladas ou
geminadas. As paredes, com função estrutural, são formadas por quadros de perfis leves de aço
zincado. O fechamento da face externa das paredes de fachada é realizado com chapas de OSB
estrutural (chapas tipo OSB Home) revestidas com siding vinílico (Figura 2). O fechamento da face
interna das paredes de fachada, e de ambas as faces das paredes internas, é constituído por
chapas de gesso para drywall. Nas regiões de reforços de paredes para fixação de peças
suspensas e de requadros de vãos de portas e janelas também se utilizam chapas de OSB
estrutural.
A cobertura é constituída de estrutura metálica em perfis leves de aço zincado, telhado em telhas
cerâmicas, subcobertura aluminizada e produto isolante térmico sobre o forro de chapas de gesso
para drywall.
Figura 1: Vista de unidade habitacional com Figura 2: Vista de unidade habitacional com
acabamento externo em siding vinílico acabamento externo em siding vinílico
As paredes de geminação, com 140mm de espessura total, são constituídas de quadros formados
por perfis estruturais leves de aço zincado, fechamento com duas chapas de gesso para drywall
resistentes ao fogo, com 12,5mm de espessura, em cada uma das duas faces da parede, e núcleo
de manta de lã de rocha de 50mm de espessura e massa específica aparente de 32 kg/m³. As
paredes de geminação prolongam-se até a face inferior do telhado, devidamente vinculada aos
quadros estruturais da cobertura.
A cobertura é executada em telhas cerâmicas, posicionadas sobre os perfis cartola fixados sobre
as tesouras metálicas da estrutura do telhado. Uma subcobertura aluminizada é inserida entre os
perfis cartola e o banzo superior das tesouras, com a face aluminizada voltada para baixo. O forro
das áreas internas é executado em chapas de gesso para drywall tipo ST, com 12,5mm de
espessura. Estas chapas são apoiadas em perfis de aço galvanizado, espaçados a cada, no
máximo, 600mm em áreas secas e 400mm em áreas de cozinha, área de serviço e banheiro. Os
perfis são sustentados por pendurais fixados aos perfis de aço da estrutura da cobertura. Sobre o
forro é posicionada manta de lã de rocha ou lã de vidro, com condutividade térmica da ordem de
0,04 W/m.K e espessura de 50mm ou 100mm, somente para a zona bioclimática Z8. O beiral tem
no mínimo 600 mm de projeção horizontal, sendo que para a zona bioclimática Z8 esta projeção é
de 1000mm.
A avaliação técnica não contemplou elementos e componentes convencionais, como fundações,
instalações elétricas e hidráulicas, esquadrias, chapas de gesso para drywall, dentre outros,
exceto as interfaces entre elementos inovadores e convencionais, como a ligação entre painéis-
parede, painéis-cobertura e painéis-fundação. Estes elementos e componentes convencionais
3
devem ser projetados e executados conforme as respectivas normas técnicas brasileiras, inclusive
as chapas de gesso para drywall.
O sistema construtivo objeto deste DATec é destinado a unidades habitacionais térreas, isoladas
ou geminadas, sendo o uso de cores claras obrigatório nas faces externas das paredes de
fachada.
c) Estrutura para apoio de reservatórios de água: A laje de apoio da caixa d’agua e do boiler,
se previsto em projeto, é formada por uma estrutura constituída por perfis do tipo montante,
espaçados no máximo a cada 600 mm. Transversalmente, sobre estes perfis, são fixadas
chapas de OSB estrutural (painéis LP OSB HOME) de 18,3mm de espessura.
e) Vergas e perfis de reforços das aberturas das paredes: Sobre os vãos de portas e janelas,
emprega-se reforço das guias superiores através da fixação de perfis “L” com seção de 40mm
4
x 250mm, com 0,8mm de espessura e comprimento igual à ao comprimento do vão. Os
montantes que recebem a fixação dos batentes da porta têm cada um, três reforços de
madeira autoclavada de 85mm x 75mm x 42mm fixados no perfil metálico com quatro
parafusos em cada reforço (parafuso ponta agulha, cabeça chata com 28 mm de
comprimento), nas alturas de 150 mm, 1050 mm e 1950 mm, medidas a partir da base do
painel; opcionalmente poderão ser adotados reforços em perfis de aço.
f) Juntas entre chapas de OSB estrutural: As juntas entre as chapas de OSB estrutural tem
aproximadamente 3 ± 1mm, sendo recobertas externamente pela barreira impermeável e pelo
siding vinílico (Figuras 3 e 4)
g) Proteção das chapas de OSB: A face externa das chapas de OSB é protegida por barreira
impermeável à água e permeável ao vapor de água (permeabilidade ao vapor de água médio
de 1,30 x 10-2 ng/Pa.s.m). A borda inferior das chapas de OSB e a face interna desta chapa
até a altura de 400 mm também são revestidas por esta barreira. Nas paredes onde existe a
passagem de tubulações hidráulicas, a face interna das chapas de OSB é completamente
revestida por esta barreira. Essas barreiras são fixadas às chapas de OSB através de
grampos metálicos galvanizados, espaçados entre si a cada, no máximo, 400 mm.
h) interface entre paredes internas e pisos de áreas secas: A base dos quadros estruturais,
em áreas secas, é protegida por manta asfáltica de 3 mm de espessura, a qual prolonga-se
pelas faces laterais dos quadros até a altura de 200 mm, tanto na face interna quanto externa.
As bordas inferiores das chapas de gesso aplicadas na face das paredes que delimitam as
áreas secas são posicionadas afastadas pelo menos 10 mm do nível do piso interno acabado.
Esta fresta é preenchida por um cordão de polietileno expandido. Aplica-se um rodapé de
material cerâmico em todo o perímetro da parede, com 70 mm de altura, empregando-se
argamassa colante tipo ACII.
i) Interface entre as bases dos quadros estruturais da parede e o piso de áreas de serviço,
cozinha e banheiro: A base dos quadros estruturais, seja em área molhável ou molhada, é
protegida por manta asfáltica de 3 mm de espessura, a qual prolonga-se pelas faces laterais
dos quadros até a altura de 200 mm, tanto na face interna quanto externa. Ainda entre o piso
e a manta asfáltica insere-se um “componente nivelador” composto de adesivo asfáltico, em
toda extensão da parede, com a função de regularizar a base para apoio da guia inferior do
quadro estrutural e vedar frestas. As guias inferiores dos quadros estruturais são fixadas à
fundação através de chumbadores Wedge Bolt Ø1/4” x 2 ¼” (Ø6,35 mm x 57,15 mm;
resistência à corrosão especificada de 240h em câmara de névoa salina); o tipo de chumbador
5
e seu espaçamento é definido considerando-se o cálculo estrutural. As bordas inferiores das
chapas de gesso tipo RU aplicadas na face interna das paredes que delimitam áreas
molháveis ou molhadas são posicionadas afastadas ao menos 10 mm do nível do piso interno
acabado. Essa fresta é preenchida por um cordão de polietileno expandido. Ainda na base da
parede da cozinha e banheiro aplica-se impermeabilização com argamassa polimérica ou
asfalto modificado com polímero, com a introdução de uma tela de poliéster, até uma altura de
400 mm a partir do nível do piso e uma largura de 200mm no piso. Nas paredes do box, a
impermeabilização com asfalto modificado com polímeros é realizada em toda a altura da
parede, sendo as superfícies das paredes e do piso revestidas com placas cerâmicas
(Interface ilustrada na Figura 5).
k) Interface das paredes com as esquadrias externas: O requadro dos vãos é feito por tiras
de chapas de OSB e barreiras impermeáveis, evitando contato direto das esquadrias com
os perfis dos quadros estruturais da parede. Os arremates da barreira impermeável na
região dos vãos são realizados com fita asfáltica adesiva. As esquadrias são fixadas aos
perfis dos quadros estruturais das paredes com parafusos e são vedadas nos encontros
com os perfis com espuma de poliuretano aplicada em todo o perímetro. Aplica-se também
selante acrílico nas interfaces entre a esquadria e revestimento externo, e nas interfaces
entre esquadria, guarnições e chapas de gesso para drywall (Figuras 6 e 7).
6
Figura 6: Esquema da interface perfis do quadro Figura 7: Fixação e arremate da barreira
estrutural e janela – Siding vinilico impermeável na região de vãos de portas e janelas
– face externa da parede
l) Interface com tubulação: As tubulações hidráulicas podem ser de PVC, PEX, PPR ou
cobre. As tubulações em cobre são protegidas por luvas, evitando-se contato com os perfis
metálicos. Não se recomenda tubulações de gás passando pelo interior das paredes
vazadas. Quando ocorrer, a tubulação de gás é inserida em uma tubulação de PVC, de
Ø50mm, e o espaço entre estas preenchido por argamassa.
m) Reforço das paredes para fixação de peças suspensas: Nas paredes com previsão de
fixações de armários e pias são empregadas chapas de OSB de 11,1 mm na face interna
das paredes, sob as chapas de gesso.
b) Montagem dos quadros estruturais das paredes, com os perfis de aço zincado, tipo
montante e guia, e da estrutura da cobertura.
d) Fixação de reforços em peças de madeira nos montantes laterais aos vãos de porta;
7
Figura 8: Elemento de fundação – diferença de cota Figura 9: Posicionamento dos quadros
entre calçada e piso interno estruturais das paredes nos locais definitivos
e) Fixação das chapas de OSB diretamente sobre a face externa dos quadros estruturais.
f) Posicionamento e fixação das barreiras impermeáveis à água sobre a face externa das
chapas de OSB. Nas aberturas de portas e janelas, as barreiras impermeáveis são cortadas
e dobradas sobre os perfis ou sobre trechos de OSB. O acabamento/arremate para fixação
da barreira impermeável na região dos vãos é feita com fita asfáltica adesiva.
Figura 10: Fixação das chapas de OSB aos Figura 11: Fixação da barreira impermeável
quadros estruturais sobre o OSB estrutural
8
Figura 12: Posicionamento e fixação do siding Figura 13: Interface entre vão de porta e siding
vínilico vinílico
4. Avaliação técnica
A avaliação técnica foi conduzida conforme a Diretriz SINAT 003 - revisão 1, a partir da análise de
projetos, ensaios laboratoriais, verificações analíticas do comportamento estrutural, vistorias em
obras e demais avaliações que constam dos Relatórios Técnicos e de Ensaios citados no item 6.2.
A análise do desempenho estrutural do sistema construtivo foi feita pela análise do projeto
estrutural e pela análise dos resultados de ensaios de verificação da resistência da parede aos
esforços de compressão excêntrica, aos impactos de corpo mole, impactos de corpo duro,
solicitação de peças suspensas e solicitações transmitidas por portas.
Para cada projeto de unidade habitacional e para cada implantação deve ser elaborado um projeto
estrutural específico com todas as análises necessárias. A análise do projeto estrutural mostra
que as ligações aparafusadas entre perfis dos quadros estruturais e a fixação das chapas de OSB
a esses quadros são essenciais para a garantia da resistência e estabilidade global da estrutura,
até porque as chapas de OSB são projetadas para serem elementos de contraventamento da
estrutura.
Utilizando-se dos resultados dos ensaios de compressão excêntrica e considerando a carga
atuante de P= 6,0 kN/m, informada pela LP Brasil para o projeto estrutural de casas térreas, e
considerando a equação da resistência última (Rud) apresentada na NBR 15.575-2:2012,
determina-se para compressão excêntrica Rud = 16,2 kN/m e, aplicando-se um coeficiente de
majoração de 1,4; tem-se que: Pmax Rud.. Assim, os painéis de parede estruturais ensaiados
atendem à solicitação de cargas verticais para o estado limite último.
9
Os resultados dos ensaios de verificação da resistência das paredes a impactos de corpo mole,
considerando as energias de 180J a 720J aplicados nos montantes e de 120J a 360J nas chapas
de fechamento entre montantes, são considerados satisfatórios, segundo os critérios
estabelecidos na Diretriz 003, revisão 01.
Foram feitos ensaios de impacto de corpo duro, cujos resultados indicaram comportamento
satisfatório, para energias de impacto de 3,75 J e 20 J aplicadas nas faces externas das paredes
(chapas de OSB revestidas com siding vinílico) e de 2,5J e 10J aplicadas nas faces internas.
Portanto, consideram-se atendidos os critérios da Diretriz 003, revisão 01 quanto à resistência a
impactos de corpo duro.
Os resultados do ensaio para verificação da resistência das paredes à solicitação de peças
suspensas, aplicados sobre a face interna da parede, com reforços em chapas de OSB estrutural
são satisfatórios para carga de uso limitada a 40kgf por peça suspensa tipo mão francesa padrão,
no caso de fixação com parafuso para madeira (3,5mm x 35mm), ou a 65kgf, no caso de fixação
com sistema “toglerbolt 1/4 - 20”. Para paredes sem reforços, a resistência das paredes à
solicitação de peças suspensas é satisfatória para carga de uso limitada a 20kgf por peça
suspensa tipo mão francesa fixada com dois parafusos Toggler Bolt ¼, ou 10kgf por ponto de
fixação.
Os resultados dos ensaios de verificação da resistência das paredes a solicitações transmitidas
por portas mostraram que são atendidos os critérios da Diretriz SiNAT Nº 003 – revisão 1.
Foram feitas análises de projeto para avaliar os aspectos que influenciam a estanqueidade à água
do sistema construtivo de fontes de umidade externas e internas à edificação.
Para verificação da estanqueidade à água das paredes externas foram realizados ensaios nas
paredes com siding vinílico. O ensaio foi feito com a pressão estática de 50 Pa e não foram
observadas infiltrações, formação de gotas de água aderentes na face interna, nem manchas de
umidade ou vazamentos, o que atende aos critérios exigidos pela Diretriz SiNAT Nº003-revisão 1.
A estanqueidade à agua da interface entre paredes e esquadrias externas é dada pelos detalhes
construtivos empregados. As esquadrias externas são fixadas aos perfis tipo montante das
paredes e aos requadros, com parafusos, e as juntas vedadas com espuma de poliuretano; as
juntas entre perfis das esquadrias e peças de acabamento da face externa da parede são
vedadas com selante acrílico. Além disto, estas esquadrias devem atender as normas brasileiras
em vigor.
São previstos detalhes construtivos visando atendimento do sistema construtivo aos requisitos de
estanqueidade à água de chuva e de uso e lavagem: diferença de cota de 180 mm entre a base
do quadro estrutural e o piso acabado da calçada; manta asfáltica sob perfis tipo guia da base dos
quadros de parede que se prolonga pelas faces laterais desses quadros até a altura de 200 mm,
tanto na face interna quanto externa; componente nivelador entre o piso/fundação e a manta
asfáltica da base da parede; afastamento de 150 mm entre a borda inferior da chapa de OSB e o
piso acabado da calçada; e afastamento de pelo menos 10 mm entre as bordas inferiores das
chapas de gesso RU e o piso interno acabado.
Nas áreas molhadas (área de serviço e banheiro) prevê-se desnível de 20 mm entre a base dos
quadros estruturais e o nível do piso acabado; entre a base dos quadros estruturais e o nível do
piso acabado do box o desnível é de 40 mm. Prevê-se ainda impermeabilização na base das
paredes e pisos de áreas molhadas e molháveis.
Portanto, os resultados dos ensaios, das análises de projeto e das visitas em obra, indicam que o
sistema construtivo atende aos requisitos de estanqueidade à água, conforme a Diretriz SiNAT
003- revisão1.
10
4.3. Desempenho térmico
Foram feitas simulações computacionais para avaliar o desempenho térmico de casas térreas,
isoladas, que empregam o sistema construtivo objeto deste DATec. As simulações consideraram
as zonas climáticas brasileiras Z1, Z3 e Z8, constantes da NBR 15.220:2005.
O sistema LP Brasil, com fechamento em siding vinilico, atende ao desempenho térmico “Mínimo”
para edificações térreas nas zonas bioclimáticas Z1, Z3 e Z8, considerando: paredes de fachada
com acabamento em cores claras (absortância à radiação solar igual a 0,3); sombreamento das
janelas e ventilação dos ambientes com taxa de 5 Ren/h (cinco renovações do volume de ar do
ambiente por hora), simultaneamente, conforme resume Tabela 2.
Tabela 2: Síntese da avaliação do desempenho térmico
Conclui-se que, adotando-se esquadrias externas com isolação sonora adequada, o desempenho
acústico do sistema construtivo avaliado atende à Diretriz SiNAT 003, revisão 01.
11
realização de ensaios de ação de calor e choque térmico em paredes e pela realização de ensaios
de degradação das chapas de OSB e dos componentes metálicos.
Os perfis de aço especificados para os quadros estruturais possuem revestimento mínimo de
zinco classe Z275, destinados à aplicação em ambientes rurais e urbanos, e Z350, para aplicação
em ambientes marinhos, atendendo aos critérios da Diretriz SiNAT 003 – revisão 01.
Foram feitos ensaios e análises para avaliar a resistência das chapas de OSB aos ataques de
organismos xilófagos (cupins-de-madeira-seca, cupins-subterrâneos, fungos emboloradores e
apodrecedores). As chapas de OSB atendem aos critérios relativos ao ataque de cupins, mas não
não atendem aos critérios relativos a fungos apodrecedores e emboloradores, porém são
protegidas da incidência direta da água pela barreira impermeável à água e permeável ao vapor,
conforme exigência da Diretriz SiNAT 003 – revisão 01.
Foram realizados ensaios mecânicos (resistência à tração, resistência à flexão e resistência ao
rasgamento) em amostras do siding vinilico, antes e após ensaio de envelhecimento acelerado em
câmara de CUV-B durante 2000h, sendo os resultados considerados satisfatórios, segundo a
Diretriz SiNAT 003 – revisão 01. Além disso, foram feitas inspeções visuais nos corpos-de-prova,
após 500h, 1000h, 1500h e 2000h de exposição ao envelhecimento acelerado, não sendo
observadas deformações, delaminações ou fissuras nos corpos de prova após exposição ao
envelhecimento acelerado.
Os detalhes construtivos previstos em projeto visam minimizar o contato da água e umidade com
os perfis e as chapas de OSB.
Foram realizados ensaios para determinação da resistência da parede à ação de calor e choque
térmico em trecho de parede com fechamento da face externa em chapas de OSB revestida com
siding vinílico. Os ensaios foram realizados em painéis de 2,40 m de largura e 2,70 m de altura,
conforme DIRETRIZ SiNAT 003 – revisão 01. Após a execução de dez ciclos sucessivos de
exposição ao calor e resfriamento por meio de jato de água não foram verificadas ocorrências de
falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos e outros danos, nem deslocamentos
horizontais instantâneos superiores a h/300, sendo atendidas as exigências da Diretriz SiNAT 003
– revisão 01 quanto ao requisito de resistência à ação de calor e choque térmico.
O Manual de Uso e Manutenção do Sistema Construtivo LP Brasil OSB, elaborado pelo detentor
da tecnologia, contempla os períodos de vida útil de projeto, VUP, conforme DIRETRIZ SINAT 003
– Revisão 1, também sendo especificados os cuidados para a utilização e manutenção do sistema
construtivo, incluindo recomendação de inspeções periódicas, formas de execução de reparos e
processos de limpeza. Para cada empreendimento será elaborado um Manual de Uso e
Manutenção pela Construtora responsável, seguindo as orientações do detentor da tecnologia, o
qual será entregue ao usuário.
12
Conclui-se, portanto, que o sistema LP Brasil OSB com acabamento em siding vinilico, incluindo a
parede de geminação, atende às exigências da DIRETRIZ SINAT 003 – revisão 1 quanto à
segurança ao fogo.
5. Controle da qualidade
Foram feitas auditorias na fábrica da LP Brasil e em obra executada com o sistema da detentora
da tecnologia para verificar se o controle da qualidade do processo de produção estava sendo
aplicado. Na auditoria inicial realizada pelo IPT, os aspectos de controle descritos a seguir foram
verificados. Tais aspectos devem ser continuamente controlados pelo proponente da tecnologia.
O detentor da tecnologia desenvolveu documentação para orientar a implementação do controle
da qualidade do processo de produção do sistema construtivo. Essa documentação orientativa foi
utilizada pela construtora na obra auditada.
Essa documentação é formada por diretrizes para desenvolvimento de detalhes construtivos do
sistema; critérios de aceitação de materiais e componentes; procedimento de execução e seus
respectivos critérios para aceitação e diretrizes para elaboração de manual de uso e manutenção
de habitações construídas com o sistema construtivo LP Brasil OSB com siding vinilico.
Foram definidos, portanto, critérios de aceitação dos principais materiais e componentes do
sistema (perfis metálicos, parafusos e chumbadores, chapas de OSB, siding vinilico, barreiras
impermeáveis e selantes para juntas), bem como frequência e amostragem para os ensaios de
controle. Para os perfis metálicos a recomendação é o controle das dimensões em obra e o
controle do revestimento de zinco; este último requisito é verificado a cada lote entregue em obra
por certificado de conformidade do fornecedor de bobina e por verificação de terceira parte, com
rastreamento. Para os parafusos e chumbadores, os requisitos de resistência à corrosão são
comprovados por certificado de conformidade do fornecedor que acompanha cada lote e por
relatório de ensaio realizado em laboratório de terceira parte. Para as chapas de OSB a
comprovação dos requisitos de resistência à flexão, teor de umidade e inchamento é feita por
meio de ensaios de controle da produção realizados pelo fabricante, bem como por controles
realizados pela APA, American Plywood Association, entidade certificadora das chapas de OSB,
além de ensaios periódicos de verificação realizados por laboratório de terceira parte.
Durante o período de validade deste DATec serão realizadas auditorias técnicas a cada, no
mínimo, 6 (seis) meses para verificação dos controles realizados pela construtora com
acompanhamento do detentor da tecnologia. Para renovação deste DATec serão apresentados os
relatórios de auditorias técnicas (incluindo verificação de unidades em execução e verificação do
comportamento de unidades em uso), considerando amostras representativas da produção de
unidades habitacionais no país.
6. Fontes de informação
As principais fontes de informação são os documentos técnicos da empresa e os Relatórios
Técnicos emitidos pelo IPT.
14
Relatório de ensaio IPT n° 1001 976-203: Verificação da resistência do sistema de vedação
vertical a impactos de corpo mole – face interna – chapas de gesso para drywall na vertical
(outubro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1001 974-203: Determinação da resistência de sistemas de
vedações verticais às solicitações de peças suspensas (outubro de 2009);
Relatório de Ensaio IPT nº 1 012 781-203. Verificação do comportamento do sistema de
vedações sob efeito de ações transmitidas por porta e da resistência a impactos de corpo mole
e corpo duro – face externa (setembro de 2010);
Relatório de ensaio IPT n° 1 012 782-203: Verificação da estanqueidade à água de sistema de
vedação vertical externa (setembro de 2010);
Relatório de ensaio IPT n° 1012 783-203: Verificação do comportamento de sistema de
vedação vertical externo exposto /à ação do calor e choque térmico (setembro de 2010);
Relatório de ensaio IPT n° 1 013 475-203: Medição da isolação sonora da parede de fachada
(setembro de 2010);
Relatório Técnico IPT n° 113 958-205: Ensaios mecânicos em chapas de OSB “Home”
(outubro de 2009);
Relatório Técnico IPT nº 117 933-205: Ensaios diversos em siding de PVC (julho de 2010);
Relatório Técnico IPT nº 117 446-205: Ensaio para avaliação de desempenho de revestimento
de policloreto de vinila para fachadas (junho de 2010).
15
d) manter assistência técnica, por meio de serviço de atendimento ao cliente/ construtora e ao
usuário final.
O produto deve ser utilizado mantido de acordo com as instruções do produtor e recomendações
deste Documento de Avaliação Técnica.
O SiNAT e a Instituição Técnica Avaliadora, no caso o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo, IPT, não assumem qualquer responsabilidade sobre perda ou dano
advindos do resultado direto ou indireto deste produto.
__________________________________________________________
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas – SINAT
Brasília, DF, 03 de abril de 2013
16