Livro Adriano 4
Livro Adriano 4
Livro Adriano 4
Realização:
17 de março de 1917:
Nessa data, há exatamente um século, um grupo multidisciplinar
vinculado direta e indiretamente à área da saúde, se reuniu na cidade de
Nova Iorque para oficializar a criação da NSPOT – National Society for the
Promotion os Occupational Therapy, a Associação Nacional para a Promoção
da Terapia Ocupacional (hoje AOTA – Associação Americana de Terapia
Ocupacional). Presentes àquela primeira reunião, apenas seis pessoas.
Cem anos depois, e próxima de reunir meio milhão de profissionais
em todo o mundo, a Terapia Ocupacional se consolida como uma
profissão que se expande desde a área da saúde para abraçar também os
campos social e da educação.
Por meio de suas práticas e dos avanços em pesquisas, onde o
fazer humano é abordado de forma transformadora, evidenciamos a
importância da atuação dos terapeutas ocupacionais.
5
Agradecimentos
6
Dedicatória
Disponível em:
http://robertociasca.blogspot.com.br/2009/08/grupo-de-danca-
paratodos-estreia.html (acesso em 05/03/2018)
7
Capa
Significado
8
SUMÁRIO
VOLUME 4
TERAPIA OCUPACIONAL - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
EM SAÚDE (PICS).
Prefácio 1................................................................................................................. 13
Prefácio 2................................................................................................................. 14
I - APRESENTAÇÃO.....................................................................................................16
II - CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................................24
Características e Breve Análise de Impacto da Terapia Ocupacional por Geopro-
cessamento no Brasil: Aspectos Sociais, de Saúde e de Educação
III - AQUECIMENTO.....................................................................................................42
Introdução à Ciência Ocupacional
CAPÍTULO 1......................................................................................................64
- Introdução às PICS - Um Olhar para a Integralidade
CAPÍTULO 2......................................................................................................69
- Terapia Ocupacional e as Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde no Brasil
CAPÍTULO 3.......................................................................................................77
- Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
CAPÍTULO 4......................................................................................................83
- Plantas Medicinais/Fitoterapia
10
SUMÁRIO 11
CAPÍTULO 5......................................................................................................90
- Danças Circulares
CAPÍTULO 6....................................................................................................101
- Arteterapia
CAPÍTULO 7....................................................................................................111
- Reiki
CAPÍTULO 8....................................................................................................130
- Shantala
CAPÍTULO 9.........................................................................................................156
- Auriculoterapia como Abordagem de Cuidado no Campo da Saúde
ANEXO 1.........................................................................................................170
- Aurículoterapia para Redução de Dor e Ansiedade em Profissionais de
Saúde do Município de Beneditinos, PIAUÍ - Relato de Experiência
ANEXO 2..........................................................................................................175
- Práticas Integrativas e Complementares no Campo da Saúde Mental: A
Experiência da Atuação Terapêutica Ocupacional Utilizando a Yoga como
Recurso Terapêutico
IV - APÊNDICE..........................................................................................................181
- Cartilha de Apoio para a Inserção de Terapeutas Ocupacionais nos
Programas e Serviços Públicos de Saúde e Assistência Social...................182
– Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde –
CIF: Considerações para Terapeutas Ocupacionais...............................185
- Apresentação dos mini-currículos dos autores / colaboradores, em
acordo com a identificação numérica em sobrescrito...........................194
Prefácio 1
Dra. Patrícia Luciane Santos de Lima*
13
Prefácio 2
Dr. José Renato de Oliveira Leite*
14
I - APRESENTAÇÃO.
Adriano Conrado Rodrigues
16
I - APRESENTAÇÃO 17
I - (APRESENTAÇÃO).
II - CONTEXTUALIZAÇÃO.
1. Adriano Conrado Rodrigues (1)
2. Álida Fernanda C. Murta Andrade (94)
3. Jamile Cristina Albieiro Silva (31)
4. Dimaima Vitória Castro da Graça (93)
5. Susilene Maria Tonelli Nardi (72)
III - AQUECIMENTO.
Otavio Augusto de Araujo Costa Folha (57)
VOLUME 1.
TERAPIA OCUPACIONAL - GESTÃO, EMPREENDEDORISMO E MARKETING.
1. Priscilla Regina Cordeiro (33)
2. Annie Betune Ramalhão (3)
3. Sandra Helena Iglesias Cordeiro Leite (9)
20 Terapia Ocupacional • Volume 4
VOLUME 2.
TERAPIA OCUPACIONAL EM SAÚDE E REABILITAÇÃO - MÉTODOS,
ABORDAGENS E INTERVENÇÕES PARA GANHO DE AUTONOMIA,
INDEPENDÊNCIA OU PARTICIPAÇÃO.
1. Daniel Marinho Cezar da Cruz (11)
2. Maria Aparecida Ferreira de Mello (37)
3. Cândida Luzzo (39)
4. Tatiani Marques (40)
5. Adriano Conrado Rodrigues (1)
6. Fernando Vicente de Pontes (56)
7. Daniela Nascimento Augusto (17)
8. Roberta Abduch Rolim Credidio (16)
9. Adriano Conrado Rodrigues (1)
10. Luciana Diniz Freitas (70)
11. Gisele Pellegrini (5)
12. Renata Aparecida Conejo (8)
13. Ana Cláudia Tavares Rodrigues (88)
14. Luciane Padovani (6)
15. Ana Maria D. O. Belleza (2)
16. Fábio Jakaitis (4)
I - APRESENTAÇÃO 21
VOLUME 3.
TERAPIA OCUPACIONAL - CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, PREVIDÊNCIA
E ASSISTÊNCIA SOCIAL.
1. Maria Fernanda dos Santos (74)
2. Daniela Nascimento Augusto (17)
3. Leonardo Costa Lima (35)
4. Alexandre Martinho (76)
5. Aide Mitie Kudo (46)
6. Mônica Estuque Garcia Queiroz (47)
7. Gabriela Pereira do Carmo (71)
8. Luciana Diniz Freitas (70)
9. Mônica Estuque Garcia Queiroz (47)
10. Patrícia Luciane Santos de Lima (53)
11. José Naum de Mesquita Chagas (77)
12. Carolina Maria do Carmo Alonso (48)
13. Priscila Blasquez da Costa Leite (55)
22 Terapia Ocupacional • Volume 4
VOLUME 4.
TERAPIA OCUPACIONAL - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
SAÚDE (PICS).
1. Ana Teraza Costa Galvanese (79)
2. Fábia Cilene Dellapiazza (38)
3. Márcia de Souza Rodrigues (61)
4. Luzianne Feijó Alexandre Paiva (82)
5. Adriano Conrado Rodrigues (1)
6. Leonardo Costa Lima (35)
7. Flavia Liberman (78)
8. Rachel Azulay Leite (60)
9. Ângela Maria Cecim de Souza Castro Lima (62)
10. Lídia Seade Vieira Maia (63)
11. Socorro de Maria Castro (65)
12. Maria de Nazareth Mendes (64)
13. Patrícia Luciane Santos de Lima (53)
14. Karla Adriana Ferreira Beckman (84)
15. Alan Senigalia (85)
16. Ana Maria Fernandes Pitta (86)
17. Lara Susan Silva Lima (80)
18. Clarissa Dantas de Carvalho (87)
IV - APÊNDICE
1. Susilene Maria Tonelli Nardi (72) / Câmara Técnica Sócio-Sanitária -
Crefito 3.
2. Adriano Conrado Rodrigues (1)
Colaboração:
Susilene Maria Tonelli Nardi
Álida Fernanda Corgozinho Murta Andrade
Jamile Cristina Albieiro Silva
Dimaima Vitória Castro da Graça
1 - Introdução.
Após a apresentação dessa obra, é importante que se apresente
a Terapia Ocupacional, bem como contextualizá-la numa dimensão de
interesse dos gestores, acadêmicos e profissionais.
Essa importante profissão já difundida no mundo, no Brasil caminha
para a sua consolidação, habitando e se desenvolvendo nos espaços
da saúde, educação, assistência social e cultura. Portanto, é essencial
o entendimento das variáveis que compõem a Terapia Ocupacional, e
dos parâmetros que a delimitam em nosso país, tanto no que se refere
à distribuição geográfica dos profissionais, como de suas práticas e
contribuições para as Políticas de Atenção.
A partir do correto entendimentos desse contexto, e da evidência
do impacto das ações profissionais, o planejamento para a valorização e
o próprio crescimento da profissão passam a ser possíveis, e em acordo
com as reais demandas da profissão e da própria população brasileira.
2 - Terapia Ocupacional.
2.1 - Apresentação
Numa visão contemporânea, a Terapia Ocupacional é uma profissão
24
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 25
D - Especialidade: Gerontologia
• Atenção à saúde da pessoa idosa; Assistência social à pessoa idosa;
• Cultura e lazer para a pessoa idosa e Educação à pessoa idosa.
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 27
• Presídios
• Universidades
• Institutos de Pesquisa
• Indústrias
• Gestão
• Serviço militar em geral.
• Centros de Defesa em Direitos Humanos
Estado Universidades TO
AL Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
CE Universidade de Fortaleza
DF Universidade de Brasília
ES Universidade Federal do Espírito Santo
GO Faculdade União de Goyazes
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
MG
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola Superior da Amazônia
Universidade da Amazônia
PA
Universidade do Estado do Pará
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Paraná
PR
União do Ensino Superior do Iguaçu
PE Universidade Federal do Pernambuco
PI Faculdade Integral Diferencial
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
RJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade Serra Gaúcha
Centro Universitário Franciscano
RS Universidade Federal de Santa Maria
Universidade Federal de Pelotas
RO Faculdades Integradas Aparício Carvalho
SC Associação Catarinense de Ensino - Faculdade Guilherme Guimbala
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 29
Estado Universidades TO
Centro Universitário de Araraquara Brasil
Centro Universitário São Camilo
Faculdade de Medicina do ABC
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade Sagrado Coração
SP Universidade de São Paulo
Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto
Universidade de Sorocaba
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Universidade Federal de São Carlos
Universidade Federal de São Paulo
SE Universidade Federal de Sergipe
Fig. 1 – Mapa para análise de cobertura com o número de IES que oferecem
o curso de Terapia Ocupacional/Estado (em acordo com a Tabela 1).
1- Densidade Demográfica
2- Consumo de Saúde
3- Consumo de Educação
6- Número de Profissionais
36 Terapia Ocupacional • Volume 4
6 - Considerações Finais.
Contextualizar a Terapia Ocupacional no cenário nacional, assim
como contextualizar a própria prática da Terapia Ocupacional, envolve a
compreensão acerca da identidade profissional e de fato o entendimento
de até que ponto conseguimos sensibilizar profissionais e população
acerca da complexidade de nossa atuação. Falar de uma forma clara
para as pessoas sobre quem somos, como atuamos, e conceituar de
uma forma simples e didática o instrumento da Terapia Ocupacional
– a análise da atividade humana, para que uma pessoa possa associar
uma questão de sua rotina ou cotidiano, à intervenção do terapeuta
ocupacional, pode ser um caminho.
No imaginário popular, por exemplo, uma dieta pode remeter
a pessoa ao nutricionista, assim como uma entorse pode remeter
ao fisioterapeuta. E assim poderíamos citar outras profissões que já
possuem a identidade forte quanto ao fazer que lhes caracterizem.
Na Terapia Ocupacional, consolidar a identidade ainda é uma busca.
Trabalhamos com os preceitos da ocupação humana, fazer humano,
rotina, cotidiano, dentre tantos outros conceitos que utilizamos para
explicar às pessoas o que fazemos e o que permeia nossa atuação.
Todavia, nós profissionais sabemos da complexidade da nossa prática, e
diante disso, desistimos de tentar explicar ou partimos para a evidência
clinica, expressa pela prática profissional.
Num contraponto a essa complexidade, o próprio nome da profissão
traz em si um estigma difícil de ser “desconstruído”... A idéia do ocupar
por ocupar, o que acaba sendo mais um problema.
Com a experiência e a formação continuada, passamos a
considerar mais claramente a ciência por traz dos fatos. Refletir
sobre a Ocupação Humana, e o quanto essa ciência influencia a
população em geral, bem como a nossa atuação enquanto terapeutas
ocupacionais, pode auxiliar nesse processo de sensibilização para a
identidade da Terapia Ocupacional.
Em nossa atuação profissional, somos constantemente observados
(pacientes, familiares, outros profissionais...), e considero esse um importante
momento de divulgação do nosso fazer. Como exemplo, compartilho um
atendimento especifico do Programa Melhor em Casa (do SUS), localizado na
Zona Norte da cidade de São Paulo. Esse programa se dá pela intervenção
domiciliar, onde acessamos uma diversidade enorme de contextos.
Na avaliação de um Senhor Idoso, 71 anos de idade, com
II - CONTEXTUALIZAÇÃO 39
Referência Bibliográfica (sugerida para consulta).
1. Considerações Iniciais.
Este capítulo pretende apresentar, de forma introdutória, a Ciência
Ocupacional e suas potenciais contribuições para a Terapia Ocupacional
no contexto brasileiro. No entanto, faz-se necessário elucidar primeiro
a minha aproximação com esta disciplina acadêmica. Talvez, por meio
deste relato, outras pessoas, como alunos de graduação e terapeutas
ocupacionais, encontrem ressonâncias em suas dúvidas e inquietações
individuais acerca dos fundamentos teóricos da nossa profissão.
Ainda enquanto aluno de graduação em terapia ocupacional
na Universidade do Estado do Pará, o meu interesse pelas teorias de
base da profissão foi despertado. A diversidade de possibilidades de
áreas de atuação com variados públicos e em diferentes condições,
o leque de procedimentos e recursos, de objetivos de intervenção e
do suporte teórico utilizado para fundamentar as boas práticas, foi a
força motriz que impulsionou o meu interesse acerca das teorias de
base que sustentam singular diversidade. Quais conceitos e teorias são
desenvolvidos e utilizados pela profissão, que possibilitam tamanha
variedade na prática profissional? Essa passou a ser uma questão central
em minha formação.
Ao buscar respostas para esta questão, o lugar comum que encontrei,
entre as várias produções existentes, foi a compreensão da intricada
relação entre o ser humano e suas ações na vida cotidiana. A partir
de então, pareceu central que, enquanto terapeuta ocupacional, era
essencial aprofundar os meus conhecimentos sobre o ser humano, seus
fazeres diários e sua relação com outros elementos que constituem a
vida humana, como o ambiente, as condições sociais e de saúde e as
diferentes formas de existir na sociedade.
Nesse período, em conversas e debates com outros alunos,
professores e profissionais que atuavam na assistência, percebi que
42
III - AQUECIMENTO 43
6. Considerações Finais.
Este capítulo visou apresentar uma visão geral da constituição
e do desenvolvimento da ciência ocupacional, bem como dos seus
focos e estratégias de pesquisa. Além disso, objetivou apresentar
algumas potenciais contribuições para a prática da terapia ocupacional.
Em virtude seu caráter introdutório não objetivou aprofundar no
que se refere aos conceitos, teorias e debates desenvolvidos no
âmbito da disciplina. Contudo, é válido ressaltar o histórico do seu
desenvolvimento no Brasil.
Questionamentos sobre as ancoragens teóricas capazes de
sustentar a prática profissional também surgiram ao longo do
desenvolvimento e da consolidação da profissão no contexto nacional,
principalmente na década 80 e início dos anos 90. Todavia, as
motivações e as respostas geradas seguiram outras trajetórias.
Assim, a produção de conhecimento da terapia ocupacional
brasileira seguiu outros caminhos, uma vez que os conceitos e teorias
desenvolvidos em outros contextos, principalmente norte-americanos,
não se adequavam às demandas da realidade brasileira. Portanto,
restou necessário o desenvolvimento de caminhos próprios e genuínos
alicerçados em contextos de prática da realidade nacional.
Como estratégia, os terapeutas ocupacionais brasileiros também
56 Terapia Ocupacional • Volume 4
Referências Bibliográficas
14 - YERXA, E.J.; CLARK, F.; FRANK, G.; JACKSON, J.; PARHAN, D.;
PIERCE, D. et al. An introduction to occupational science, a foundation
for occupational therapy in the 21st century. Occupational Therapy in
Health Care. V.6, n.4, p.1-17, 1989.
19 - CLARK, F.; ZEMKE, R.; FRANK, G.; PARHAN, D.; NEVILLE-JAN, A.;
HEDRICKS, C. et al. Dangers Inherent in the Partition of Occupational
Therapy and Occupational Science. The American Journal of
Occupational Therapy. v.47, n. 2, p.184-186, 1993.
45 - CLARK, F.; AZEN, S.P.; ZEMKE, R.; JACKSON, J.; CARLSON, M.;
HAY, J. et al. Occupational therapy for independent-living older
adults: A randomized controlled trial. Journal of the American Medical
Association, v.278, n.16, p.1321–1326, 1997
Referências Bibliográficas.
- AYURVEDA - SHANTALA
- TERAPIA COMUNITÁRIA
- HOMEOPATIA
INTEGRATIVA
- MEDICINA TRADICIONAL - TERMALISMO SOCIAL/
CHINESA CRENOTERAPIA
- MEDICINA ANTROPOSÓFICA - YOGA
- PLANTAS MEDICINAIS/
- APITERAPIA
FITOTERAPIA
- ARTETERAPIA - AROMATERAPIA
- BIODANÇA - BIOENERGÉTICA
- DANÇA CIRCULAR - CONSTELAÇÃO FAMILIAR
- MEDITAÇÃO - CROMOTERAPIA
74 Terapia Ocupacional • Volume 4
- MUSICOTERAPIA - GEOTERAPIA
- NATUROPATIA - HIPNOTERAPIA
- OSTEOPATIA - IMPOSIÇÃO DE MÃOS
- QUIROPRAXIA - OZONIOTERAPIA
- REFLEXOTERAPIA - TERAPIA DE FLORAIS
- REIKI
Disponível em:
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/12/
glossario-tematico.pdf (acesso em 17/03/2018)
Referências Bibliográficas.
1 - Introdução.
A MTC é uma prática de intervenção em saúde que aborda de modo
integral e dinâmico o processo saúde/doença no ser humano, podendo ser
usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos.
Originária da China, a cerca de aproximadamente 5000 anos, a técnica
compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estímulo
preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas
filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde,
bem como para prevenção de agravos e doenças (1; 2).
A MTC é Fundamentada no conhecimento dos seguintes
princípios teóricos:
- Relação de Yin/Yang
- Teoria dos Cinco Elementos
- Oito princípios do Ba Gua
- Teoria dos órgãos Zang Fu
- Meridianos de energia
- Seis níveis
- Quatro estágios
Referências Bibliográficas.
1 - Introdução.
O uso de plantas medicinais para minimizar sintomas de doenças,
ocorre desde as mais antigas civilizações, tais como, babilônica, grega,
egípcia e asiática.
Aliás, não havia outro recurso ao alcance da humanidade que não
fossem os recursos vegetais e minerais, e em muitos casos, os advindos
do reino animal.
Certamente as doenças eram outras, assim como, a expectativa de
vida, hábitos alimentares e de vida diária.
Ao longo do tempo, estes produtos de natureza “caseira”, foram
ganhando espaço nas pesquisas e investimentos tecnológicos para
aprimorar seu conhecimento farmacológico, saindo do quesito “chá da
vovó” para insumos fitoterápicos.
Ao estudarmos as plantas medicinais, devemos nos atentar a uma
simples pergunta: Por que uma planta pode ser considerada uma droga
vegetal? Os chamados “princípios ativos” são considerados como a
verdadeira e única resposta para este tipo de questionamento.
Os “princípios ativos” são substâncias provenientes do metabolismo
secundário das plantas, são responsáveis pela atividade terapêutica. Eles se
concentram em várias partes do vegetal, ou seja, nas flores, folhas, raízes,
às vezes nas sementes, nos frutos e nas cascas. As plantas não apresentam
uma concentração uniforme de “princípios ativos” durante seu ciclo de
vida, pois eles variam de acordo com o habitat, a colheita e a preparação.
Geralmente, numa mesma planta, encontram-se vários componentes
ativos dos quais um, ou um grupo, determinam a ação principal. Quando
um princípio ativo é isolado, normalmente apresenta uma ação diferente
daquela apresentada pela planta inteira, ou seja, pelo seu fitocomplexo.
83
84 Terapia Ocupacional • Volume 4
2 - Medicamento fitoterápico.
Medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas
ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos
riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua
qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos
CAPÍTULO 4 85
3 - Considerações finais
Cabe ao profissional, lembrar que a Fitoterapia está classificada entre
as formas de tratamento como “Complementar”, e a prescrição deverá
respeitar o diagnóstico médico e/ou da MTC (4). Nesse contexto, deve-se
ainda considerar e verificar se o paciente faz uso de medicamento alopático
na ocasião e/ou uso contínuo para doenças crônicas e morbidades como
diabetes, hipertensão, doenças autoimunes entre outras (7).
A eficácia e segurança deste tratamento coadjuvante se darão
pelas boas práticas, recomendando assim, profissionais qualificados.
A conduta respeitosa, sempre considera o histórico da moléstia
atual e pregressa do paciente, hábitos alimentares e de vida diária,
assim como o acompanhamento (número de atendimentos) a ser
determinado pelo profissional.
Referências Bibliográficas.
∙ Danceability
Danceability é um método criado pela companhia Joint Forces
(que é reconhecida pelo mundo pelo trabalho que desenvolve, na área
da dança, com deficientes físicos), onde tem como objetivo promover a
exploração artística entre pessoas com deficiências ou não. Consiste no
que eles chamam de “terreno comum” permitindo que todo e qualquer
material ministrado seja acessível para todos. A filosofia é não excluir
qualquer membro do grupo, das experimentações (6).
∙ Dançaterapia
O Método Maria Fux baseia-se na possibilidade de uma mudança
que permita sair e abandonar gradualmente a rigidez, o medo, a
instabilidade, independente do estado psíquico, físico e social de cada
um. A Dançaterapia nos permite trazer à tona, através dos movimentos
(mesmo pequenos e simples), aquilo que às vezes fica escondido dentro
de nós, não expressado ou reprimido. “A dança terapêutica, é a dança
na sua forma mais simples e a linguagem das emoções profundas”. Essa
prática não substitui intervenções clínicas, médicas ou psicológicas, mas
as complementa percorrendo caminhos outros ligados à afetividade,
sensibilidade e emoção (7).
4 - Considerações Finais.
Experiências mostram que existe uma influência positiva na
participação em oficinas de danças circulares no que diz respeito ao
suporte social e emocional, além dos benefícios físicos que as práticas
corporais proporcionam. Esses resultados que estão em consonância com
98 Terapia Ocupacional • Volume 4
Referências Bibliográficas.
1 - Introdução
Na apresentação profissional para os pacientes, familiares e/ou
cuidadores, costuma-se falar que o emprego da arte enquanto recurso ou
atividade terapêutica, é a forma de cuidar da saúde sob o olhar da Terapia
Ocupacional. Pois fazendo arte, apreciando arte e pensando sobre arte,
pode-se atingir simultaneamente objetivos terapêuticos ocupacionais, em
acordo com a avaliação desse profissional. A arte pode estar presente em
todas as esferas, contextos de vida, e sobretudo, ser analisada quanto a
funcionalidade ou habilidade exigida, interesses e realização pessoal.
Quando falamos em saúde, há de se pensar num amplo conceito de
definição. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), trata-se de “um
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a
ausência de afecções e enfermidades”.
Nesse sentido destacamos o termo “bem-estar” como noção subjetiva
de sentir-se bem, não apresentar sofrimento somático ou psíquico, ou
ainda, prejuízos do desempenho pessoal e social (incluindo família e
trabalho), e como satisfação das necessidades conscientes e inconscientes.
De forma geral, o bem-estar físico está relacionada com a
satisfação das necessidades biológicas; o bem-estar mental, com a
satisfação das necessidades psicológicas; e o bem-estar mental, com a
satisfação das necessidades sociais.
A terapia ocupacional, por sua vez, é definida também pela
OMS como a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como
recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou
psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência
do cliente em relação às atividades de vida diária, trabalho e lazer. É a
arte e a ciência de orientar a participação do indivíduo em atividades
selecionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade,
facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para
101
102 Terapia Ocupacional • Volume 4
Fig. 6 - TEA
Fig. 7 - Fantoches.
Referências Bibliográficas.
2 - https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3113
3 - https://www.ubaatbrasil.com/
1 - Introdução.
O Reiki é uma técnica terapêutica de origem japonesa, onde o
prefixo Rei significa a energia vital do Universo ou também energia
cósmica, essência que permeia e mantém tudo na homeostase do nosso
Universo - chamada também de Éter ou o Divino que se manifesta em toda
criação, e o Ki é a energia que mantém nossos corpos físicos, flui através
dos canais ou vórtices de energia, conhecidos como meridianos e chakras.
Portanto, a terapia Reiki é o processo de encontro dessas duas
energias através da captação ilimitada da energia vital do Universo
pelo terapeuta unida a energia física presente em seu próprio corpo e
direcionada ao receptor (1).
Esta troca de energia se dá o tempo todo ao nosso redor, pois
tudo no Universo é constituído de energia, e ela flui naturalmente
de um corpo que tem mais para outro com carência, para que exista
equilíbrio no todo. Com o Reiki esta troca se dá de forma consciente, e
é direcionada para o tratamento energético do receptor.
É uma técnica de energização através da imposição das mãos que irá
ativar o sistema de auto cura presente em todo ser vivo, harmonizando seus
corpos físico e sutis, e sua relação com o ambiente, ocorrendo assim uma
aceleração dos chakras (centros de captação/emissão de energias sutis),
restabelecendo um fluxo harmonioso de energia pelos meridianos (canais
energéticos) do corpo de forma gradual e harmônica a fim de restabelecer o
completo estado de saúde física, mental, emocional, energética, espiritual
e relacional do ser humano em comunhão com o Universo. Também pode
ser usado em ambientes, animais, situações e à distância (2).
A energia Ki do corpo humano influencia e sofre influência de
pensamentos, sentimentos, campos eletromagnéticos, estímulos físicos,
radiações de aparelhos eletrônicos, alimentos, medicações, ambientes,
111
112 Terapia Ocupacional • Volume 4
Analogia
2 - Reiki e Energia.
A técnica Reiki utiliza energia plena, da qual mantém e é feito
todo o Universo, a energia original de todos os seres e que podemos
captar em níveis de consciência especiais (Níveis estes conseguidos
através do processo de Sintonização/Iniciação). Uma vez captada essa
energia podemos efetivamente intervir na matéria, em outros campos
de energia, e na consciência, levando a um estado natural de bem-estar,
plenitude, harmonia, satisfação e equilíbrio (13).
O Reiki é um instrumento de transformação de energias
desarmônicas ou densas, que no entendimento do senso comum são
denominadas negativas, onde estas tornam-se energias equilibradas e,
portanto, harmônicas, é a famosa “energia positiva” para o povo, de
forma geral, são na verdade, energias de alta frequências mais elevadas.
No sistema energético Ki existe energia não liberada, potencial.
122 Terapia Ocupacional • Volume 4
Referências Bibliográficas.
4 - PETTER, F.A. REIKI: o legado do Dr. Mikao Usui. Editora Ground, 2002.
12 - HORAN, Paula. REIKI: uma habilitação para a cura. Editora Madras, 1999.
1 - Introdução.
Abordar a importância do toque e sua relação com o
desenvolvimento infantil na Terapia Ocupacional requer que se credite,
a uma pessoa comum, o despertar para o que a ciência veio propor por
meio de pesquisas: a Shantala.
SHANTALA era uma mulher comum que seguia, como todas as
indianas, suas tradições e costumes e, todos os dias, no mesmo horário,
sentava-se à porta de sua casa e massageava seu bebê, assim como
faziam sua mãe, sua avó, bisavó, num ritual que envolvia práticas
passadas de geração para geração.
Frédérick Leboyer, médico obstetra francês, importante defensor
do parto humanizado na década de 1970, em viagem pela Índia naquela
mesma década, teve um encontro com Shantala por acaso; ao passear
pelas ruas da favela de Calcutá. Ali, viu uma mulher paraplégica sentada
no chão, massageando seu bebê com uma habilidade e concentração que
o impressionaram. (1).
“Foi lá que, numa manhã, ensolarada resplande-
cente, encontrei Shantala sentada no chão a mas-
sagear o seu bebê. E assim, assim de repente, em
plena sordidez, foi me dado contemplar um espe-
táculo de mais pura beleza! Fiquei mudo. Parecia
um balé devido a tanta harmonia e ritmo exato,
embora com extrema lentidão. E, com amor, pos-
suía seu tanto abandono e ternura.”
(LEBOYER, 1995, p.146).
130
CAPÍTULO 8 131
2 - A Importância do Toque.
Tocar o outro é uma arte e uma ciência, e a preparação para
ser tocado se inicia mesmo antes de nascer, todas as etapas de
desenvolvimento intrauterino são de fundamental importância para
preparar os bebês para os desafios do mundo externo. Neste contexto,
destaca-se a importância do sistema Tátil.
Para Klaus (2001) o tato é ativado bem antes do nascimento, dentro
132 Terapia Ocupacional • Volume 4
mantenha uma das mãos sobre o seu corpo para que sinta segurança e a
voz seja firme, mas tranquila.
5.1 - TÓRAX
MUSCULATURA TRABALHADA:
1. Peitoral Maior
2. Deltóide
5.2 - BRAÇOS.
MUSCULATURA TRABALHADA:
Flexores do cotovelo:
1. Bíceps
2. Braquial
3. Braquiorradial
Extensores do cotovelo:
4. Tríceps
5. Ancôneo
Flexores do Punho:
6. Flexor ulnar do carpo
7. Flexor radial do carpo
Extensores do punho:
8. Extensor radial longo do carpo
9. Extensor radial curto do carpo
10. Extensores dos dedos
CAPÍTULO 8 143
MUSCULATURA TRABALHADA:
1. Eminência tênar
2. Eminência hipotênar
3. Músculos profundos
144 Terapia Ocupacional • Volume 4
5.3 - ABDOME.
MUSCULATURA TRABALHADA:
1. Reto do abdome
2. Oblíquo externo
Oblíquo interno
Transverso do abdome
5.4 - PERNAS.
MUSCULATURA TRABALHADA:
MUSCULATURA TRABALHADA:
1. Trapézio
2. Grande dorsal
E ainda:
5.6 - FACE.
MUSCULATURA TRABALHADA:
1. Frontal
2. Orbicular do olho
3. Nasal
4. Orbicular da boca
5. Masseter
CAPÍTULO 8 151
5.7 FINALIZAÇÃO
6 - Conclusão.
Considerando a visão do terapeuta ocupacional, que compreende
a saúde no seu contexto mais amplo onde o ser humano desde bebê, ao
ser inserido de forma ativa em seu cotidiano, e que poderá construir
um processo de desenvolvimento dinâmico com diferentes adaptações
ao longo da vida, conclui-se que a massagem de shantala poderá
estar inserida como técnica auxiliar nas intervenções terapêuticas
ocupacionais.
Pela simplicidade da aplicação, possui ainda a vantagem de
não implicar em custos, e de produzir diferentes efeitos, conforme
a patologia e/ou fase de desenvolvimento que o bebê se encontra, e
logicamente, da criatividade e sensibilidade do terapeuta.
Shantala para a Terapia Ocupacional, é uma resposta construtiva e
gratificante de contato físico, que resulta num crescente envolvimento,
maior confiança, segurança e troca de afeto com o outro. Mais que
uma técnica, é uma arte, um ato de amor que se expressa no toque, na
sequência dos movimentos rítmicos, repetitivos.
Portanto, através da pele do bebê, deste contato caloroso e
sereno, adaptado pelo terapeuta ocupacional para cada situação,
CAPÍTULO 8 153
Referências Bibliográficas.
11 - SPITZ, R.A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
1 - Introdução.
O processo histórico da medicina mostra que o cuidado em saúde
teve diferentes abordagens, que foram desenvolvidos de acordo com o
contexto, as bases culturais e materiais de cada época. O modelo ocidental
atual é o biomédico, o qual apresentou significativas soluções para
problemas da saúde e doença. No entanto, há alguns séculos tem sido fonte
crescente de insatisfação da sociedade, devido a sua dicotomia do cuidado
e à superespecialização nas diversas áreas da medicina, não atingindo
resultados satisfatórios no processo de saúde.
As práticas integrativas e complementares (PICs) vêm com a
finalidade de compreender o sujeito na sua totalidade, contrapondo-
se à visão altamente tecnológica de saúde que impera na sociedade de
mercado dominada pelas indústrias farmacêuticas, pelos planos de saúde
com objetivo de gerar lucros e fragmentar ao máximo o tratamento
do paciente em especialidades médicas e com isso certamente não
conseguirá tratar o sujeito e sim a doença.
No Brasil, a Política Nacional das Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) implantou-se a partir da publicação da portaria
nº 971/2006 no qual legitimou as práticas da Medicina Antroposófica,
Homeopatia, Fitoterapia e a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e
Termalismo Social. Em março de 2017, através da portaria nº 849, de
27/03/2017, houve ampliação com mais 14 tipos de práticas, dentre essas
a auriculoterapia. No dia 22 de março de 2018 no diário oficial da união
foi publicada a portaria nº 702, de 21 de março de 2018, objetivando
incluir mais 10 práticas (apiterapia, aromaterapia, bioenergética,
constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição
156
CAPÍTULO 9 157
oxigênio; (c) estimula as funções dos órgãos excretores, inclusive das glândulas
sebáceas e sudoríparas. Por último o ponto simpático que provoca os seguintes
efeitos: (a) acelera e regula as atividades do sistema neurovegetativo,
equilibrando as funções do simpático e do parassimpático, provocando
equilíbrio geral; (b) provoca vasodilatação tornando mais ativa a circulação
sanguínea quando recebe o estímulo de tonificação; (c) quando se aplica
em sedação, para analgesia ocorre a hemostasia nos locais de intervenção
cirúrgica e (d) age sobre os tecidos musculares provocando ação anti-
inflamatória, relaxamento ou tonificação das fibras músculo-tendinoso (5).
6 - Vantagens da Auriculoterapia.
São inúmeras as vantagens ao se utilizar a auriculoterapia como
tratamento, dentre elas salientamos;
- Rapidez e Eficácia: Em casos de pacientes que apresentam dores
musculoesqueléticas, a auriculoterapia favorecendo a analgesia e a dor
pode desaparecer em poucos minutos.
- Economia e Praticidade: a auriculoterapia é de baixo custo e sua
aplicação é rápida favorecendo atender maior números de pessoas que
necessitam de atendimento.
- Não apresenta efeitos colaterais: caso o tratamento não tenha
sucesso, não há risco de intercorrências, salvo quando se mantiver
agulhas acima do período necessário orientado pelo terapeuta, podendo
haver infecção no local.
Referências Bibliográficas.
1 - INTRODUÇÃO
As práticas integrativas complementares (PICS) existentes no
Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram origem desde os anos 70 com a
primeira Conferência de Saúde e, no Brasil no ano de 1986 com a Oitava
Conferência Nacional de Saúde, mas essas práticas só foram aprovadas
pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
com a portaria nº 971 de 03 de maio de 2006.
As PICS têm como propósito estimular práticas naturais em
prevenção de agravos e recuperação da saúde enfatizando a escuta
acolhedora e desenvolvendo um vínculo terapêutico, além de integração
do ser humano com o meio ambiente e sociedade.
Diversas práticas integrativas vêm ganhando espaço na
Atenção Básica, dentre elas a Fitoterapia, Homeopatia, Meditação,
Musicoterapia, Reiki, Quiropraxia, Biodança, Yoga, Ayurveda, Shantala,
Acupuntura, Auriculoterapia, dentre outras (1; 4).
A auriculoterapia integra a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e
consiste em utilizar o pavilhão auricular como um microssistema, ou
seja, ao estimular pontos específicos na orelha, produzem efeitos à
distância no corpo humano, sendo assim indicada, por exemplo, em
casos de alívio imediato de dor, ansiedade, estresse e depressão. É um
procedimento que utiliza, para a estimulação dos pontos, instrumentos
como agulhas, sementes de mostarda e imãs tendo como objetivo a
prevenção e cura de doenças (2; 5).
É uma ferramenta de baixo custo e se mostra vigorosa para o dia-a-
dia, já que permite atender um grande número de usuários do SUS, pois
sua aplicação é rápida e prática.
170
ANEXO 1 171
2 - METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência de um trabalho realizado
no município de Beneditinos – Piauí com a implantação de um grupo de
cuidado utilizando a auriculoterapia como ferramenta para o cuidado em
saúde em profissionais da secretaria municipal de saúde do município.
O grupo contou com a participação de 34 profissionais, entre eles,
agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, técnicos de
enfermagem, motoristas, recepcionistas, vigias e auxiliares de limpeza.
O grupo foi composto por 27 profissionais do sexo feminino e 07 do sexo
masculino com faixa etária entre 23 e 72 anos, apresentando diferentes
condições de saúde decorrentes de estresse e ansiedade.
Foram realizados dez atendimentos semanais que aconteciam durante
as terças feiras no Centro de Fisioterapia do município no período de
outubro a dezembro de 2017. Durante o primeiro encontro todos os usuários
foram informados pelas fisioterapeutas através de palestra informativa de
dez minutos com uso de folders sobre a prática da auriculoterapia e seus
benefícios, em seguida passaram por avaliação através de ficha elaborada
pela equipe para a coleta de queixas e condições de saúde, além de
informações como o uso de medicamentos e antecedentes familiares.
Em seguida, todos passaram pela aplicação da auriculoterapia,
assim como nos nove encontros seguintes. De maneira geral, os
pontos mais utilizados foram ansiedade, coluna, cefaléia, she men,
relaxamento muscular, fígado e coração.
Para a aplicação das sementes, primeiramente o paciente era
posicionado sentado e a partir daí, realizada a higienização do pavilhão
auricular com algodão e álcool 70% e, com o uso do apalpador o aplicador
localizava os pontos reativos e aplicavam-se as sementes fixadas com
microporo de marca ‘neve’, com ajuda de pinça para auriculoterapia.
Os usuários foram orientados quanto à retirada dos pontos 24
horas do atendimento e no caso de alergia ou desconforto, a retirada
imediata das sementes.
Ao final das dez sessões os pacientes foram submetidos a uma escala
para avaliar de zero a dez a evolução e melhora da queixa principal onde
zero era nenhuma melhoria e dez era melhora dos sintomas.
172 Terapia Ocupacional • Volume 4
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
O uso de sementes para aplicação no pavilhão auricular é uma técnica
que vem sendo bastante empregada. Um estudo realizado por Kurebayashi
(2017) em profissionais de enfermagem elegeu a auriculoterapia com o uso
de semente vantajosa por causar menos desconforto (2; 6).
Segundo Kurebayash (2017), quando se estimula o ponto reflexo
na orelha pode-se conseguir uma ação de alívio de sintomas em partes
distantes do corpo o que proporciona ativação de fibras nervosas causando,
consequentemente a liberação de endorfinas no sangue e o alívio da dor.
Através dos relatos obtidos, nesse estudo, foi possível verificar que a
prática introduzida é importante não apenas como uma forma complementar,
mas também no tratamento coadjuvante de diversas patologias.
A auriculoterapia, por não possuir efeitos colaterais é extremamente
indicado. Segundo MENDONÇA et al (2011), ressalta que os benefícios desse
tratamento são mais eficazes que o farmacológico. Além de obter melhores
resultados em menor tempo e a melhora da qualidade de vida (3).
Os participantes desse estudo relataram, de maneira geral,
melhora das dores, melhora da qualidade do sono, que muitas vezes era
interrompido por dores durante a noite, além do melhor desempenho
nas suas respectivas atividades.
Alguns participantes deram os seus depoimentos ao final dos
atendimentos de auriculoterapia:
“O.V.S., diz ter tido melhora nas dores lombares e ansiedade. ”
“R.A.S., relata melhora do refluxo e da falta de sono. ”
Diante dos relatos podemos observar a importância, a
reprodutibilidade e os resultados positivos da prática de auriculoterapia
como uma alternativa no tratamento de dores e ansiedade.
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, apesar das práticas biomédicas ainda predominarem, a prática
da auriculoterapia, assim como as outras práticas integrativas, vem ganhando
espaço e conquistando mais adeptos e sendo cada vez mais procurada e aceita
pelos usuários graças aos efeitos positivos e a melhora significativa dos sintomas.
Dessa forma, este trabalho vem reforçar a importância das
práticas integrativas complementares no SUS para o cuidado integral
do usuário, e a contribuição das mesmas para a diminuição do uso
desenfreado de medicamentos.
ANEXO 1 173
Referências Bibliográficas.
1 - Introdução.
Este texto consiste no relato da experiência de uma terapeuta
ocupacional e o uso das práticas integrativas complementares (PICS) ao
longo de sua trajetória profissional. Ao longo do texto, fica evidente a
potencialidade destas práticas de cuidado a saúde, tanto na atenção
primária junto as comunidades, quanto na atenção especializada nos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), além de proporcionar aos
sujeitos a ampliação da auto percepção, estimulando o protagonismo na
produção da saúde individual e coletiva.
As PICS são um conjunto de racionalidades em saúde e recursos
terapêuticos que abordam o processo saúde e doença em uma perspectiva
holística. As práticas têm por objetivo estimular mecanismos naturais de
prevenção de agravos e recuperação da saúde, ampliando a oferta e as
opções terapêuticas para um novo modelo de atenção à saúde e cuidado
aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2012C).
No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) foi instituída em 2006 com a publicação da
Portaria nº 971. Trata-se de uma estratégia do Ministério da Saúde (MS)
para implantação de ações e serviços relativos às PICS no Sistema Único
de Saúde (SUS) em todo território nacional (BRASIL, 2006A).
A PNPIC contribuiu para o fortalecimento dos princípios
fundamentais do SUS e configura-se como marco decisivo no processo de
institucionalização destas abordagens. Fazendo o resgate de práticas mais
antigas, sem negar os avanços da medicina convencional, passando a ser
referência para a estruturação das PICS no sistema de saúde brasileiro.
175
176 Terapia Ocupacional • Volume 4
2 - Metodologia.
O relato de experiência se deu em um Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) do tipo 1, localizado no município de Itaitinga/
Ceará. Vivenciada durante o período de Abril de 2017 a Março de 2018.
Utilizou-se como método de pesquisa a observação participante.
Segundo Flick7, a observação participante efetiva-se em obter acesso ao
campo e às pessoas, tornando mais concreto os aspectos essenciais da
pesquisa. Este tipo de observação tem a possibilidade de captar vários
detalhes, situações ou fenômenos diretamente ligados à realidade.
O sujeitos envolvidos foram usuários do próprio serviço que já
participavam do grupo terapêutico que possuíam diagnostico transtorno
de ansiedade generalizada, sendo a amostra definida em 15 participantes
adultos, de ambos os sexos, em sua maioria do sexo feminino.
O grupo terapêutico foi conduzido pela terapeuta ocupacional e
pela psicóloga do serviço em questão. O tempo de cada sessão eram de
duas horas e trinta minutos.
A sessão dividia-se em dois momentos: O primeiro contava com
a pratica de técnicas da Yoga composta pelos seguintes elementos:
ásanas (posturas), pranayamas (exercícios respiratórios), yoga nidrá
(relaxamento), Dhyana (Meditação). O segundo dispunham de um
instante para usuários expressarem seus sentimentos, as situações de
conflito e adoecimento presenciadas em seus cotidianos, bem como
compartilhar através do grupo modos de enfrentamento e modificação
de tais realidades utilizando as técnicas do Yoga no dia a dia.
3 - Análise e Discussão.
Iniciávamos a sessão grupal proporcionando um ambiente tranquilo
e acolhedor com músicas instrumentais com sons da natureza. Os
participantes dispunham-se em círculo onde realizávamos as posturas
de Yoga em pé, em seguida sentávamos para a pratica dos exercícios
respiratórios, pouco a pouco criava-se uma atmosfera de serenidade e
quietude interna. Logo após dávamos início ao relaxamento, propiciando
aos usuários um momento de auto observação, levando-os a perceber
e descontrair cada parte de seus corpos, e ao final conduzia-os a um
instante de imersão no silencio - prática da meditação.
Ao término da pratica conversávamos sobre a impressões dos
usuários sobre os exercícios utilizados na sessão, quais sensações eram
178 Terapia Ocupacional • Volume 4
4 - Considerações Finais.
A atuação do terapeuta ocupacional junto as PICS é de extrema
importância, colaborando assim para o fortalecimento destas práticas no
SUS, buscando validá-las como meio alternativo de tratamento, a fim de
restabelecer os indivíduos em sua integralidade.
Podemos verificar que a proposta das PICS são tecnologias de
cuidado inovadoras, que contribuem para a reflexão e enfrentamento de
situações de conflito no cotidiano; um modelo de cuidado efetivo, gerador
de vida, para entre outros objetivos, assegurar a aquisição de autonomia.
Isso permite ao sujeito ocupar um novo espaço, ampliar as fronteiras da
auto percepção, do vivido e de apropriação da sua própria história.
Referências Bibliográficas.
Apresentação
Essa Cartilha foi idealizada e construída com o propósito de
selecionar quais as leis, resoluções e programas do Ministério da Saúde
e do Ministério da Assistência Social que contemplam a inserção dos
profissionais nos serviços públicos.
A Cartilha foi finalizada em 2017 pela Câmara Técnica Sócio
Sanitária (CTSS) do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional de Terceira Região - Crefito 3.
Nessa Cartilha, os profissionais já vinculados ao serviço público,
poderão se apropriar do regimento dos programas e verificar as
atribuições do Terapeuta Ocupacional em cada programa implantado
em seu município. Há também a possibilidade de, com a cartilha em
mãos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e a própria população,
sensibilizarem os gestores para a implantação dos programas em seu
município e ou reivindicar a melhoria dos serviços e a contratação de
profissionais para garantir mais qualidade no atendimento à população.
Cabe aqui ressaltar que o Terapeuta Ocupacional tem uma inserção
e ação muito ampla na Assistência Social e compõe juntamente com
182
183
1 - Apresentação.
Assim como o médico estabelece o diagnóstico clínico de doenças,
distúrbios ou outras condições de saúde, determinando o código CID-10
(Classificação Internacional de Doenças – Décima revisão), O Terapeuta
Ocupacional estabelece o diagnóstico funcional e incapacidades associadas
aos estados de saúde, determinando o código CIF. Essas duas classificações
quando combinadas, podem determinar maior acertividade nas condutas e
gerar evidência para o monitoramento da saúde da população.
A CIF (assim como a CID-10) pertence à “família” das classificações
internacionais desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
para aplicação em vários aspectos da saúde. Dessa forma, fornece
um sistema para a codificação de uma ampla gama de informações,
e possibilitando uma linguagem comum padronizada, que permite
sobretudo a comunicação universal para uma atenção adequada à saúde.
Conforme a nomenclatura, temos os seguintes conceitos teóricos:
Funcionalidade é um termo que abrange todas as funções do corpo,
atividades e participação;
Incapacidade é um termo que abrange deficiências, limitação de
185
186 Terapia Ocupacional • Volume 4
Primeiro Nível:
Atividades e Participação
Capítulo 1 Aprendizagem e aplicação do conhecimento
Capítulo 2 Tarefas e exigências gerais
Capítulo 3 Comunicação
Capítulo 4 Mobilidade
Capítulo 5 Auto cuidados
Capítulo 6 Vida doméstica
Capítulo 7 Interacções e relacionamentos interpessoais
Capítulo 8 Áreas principais da vida
Capítulo 9 Vida comunitária, social e cívica
Segundo Nível:
Atividades e Participação
Capítulo 5 Auto cuidados
d510 Lavar-se
d520 Cuidar de partes do corpo
d530 Cuidados relacionados com os processos de excreção
d540 Vestir-se
d550 Comer
d560 Beber
d570 Cuidar da própria saúde
d598 Auto cuidados, outros especificados
5 - Considerações Finais
Há que se considerar o volume de informações contida na CIF. Por
um lado, isso subsidia o profissional à um olhar integral ao indivíduo. Por
outro, torna o instrumento complexo e pouco prático na aplicabilidade.
Porém, com a prática na aplicação e conseqüente familiaridade a partir
dessa prática, aplicar a classificação, bem como torná-la presente no
processo terapêutico vai ficando mais fácil e rápido.
Idealizada e desenvolvida pela OMS, a CIF traz a confiabilidade
desse órgão, que também norteia as “boas práticas” do SUS. Esse
certamente é um dado que credencia a CIF como um instrumento de
referência para a Terapia Ocupacional, que inclusive, dado o exposto
acima, “conversa” com as políticas públicas de Saúde do Brasil.
E assim finalizo esse overview sobre a CIF e sua aplicação,
sugerindo o aprofundamento nos estudos sobre a seus Componentes,
Domínios e Constructos, bem como a sugestão de ter a CIF sempre a
mão para consulta (no formato que lhe for mais conveniente), completo,
como disposto para acesso no link abaixo.
Acesse a versão completa da CIF em:
http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf
APRESENTAÇÃO
MINI-CURRÍCULOS DOS AUTORES/COLABORADORES,
EM ACORDO COM A IDENTIFICAÇÃO NUMÉRICA EM
SOBRESCRITO.
AUTOR E ORGANIZADOR
1. Adriano Conrado Rodrigues - Terapeuta Ocupacional.
• Graduação – Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP.
• Especialização em Terapia da Mão – Associação dos Terapeutas
Ocupacionais do Estado do Rio de Janeiro, 1998.
• Mestre em Ciências da Reabilitação Neuromotora – Universidade
Bandeirante de São Paulo/CAPES, 2005.
• Vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Terceira Região - Crefito 3 (Gestão 2016-2020) - Sistema
Coffito-Crefitos.
• Professor Titular da Universidade de Sorocaba – UNISO, Curso de
Terapia Ocupacional - 2003 à 2007. Disciplinas de Patologia Aplicada;
Órteses, Próteses e Adaptações; Terapia Ocupacional em Saúde Física;
Práticas Institucionais e Comunitárias; Estágio Profissional de Terapia
Ocupacional em Saúde Física.
• Preceptor da Primeira Residência Multiprofissional em Saúde da
Família, Casa de Saúde Santa Marcelina / Universidade Santa Marcelina -
Categoria Terapia Ocupacional - 2004.
• Coordenador do curso de pós graduação lato sensu “Reabilitação
Funcional do Membro Superior – Especialização em Terapia da Mão” –
Universidade de Sorocaba / Conjunto Hospitalar de Sorocaba (2006, 2007).
• Terapeuta Ocupacional (Concursado Público Estadual Efetivo) do
Instituto de Medicina Física e Reabilitação – IMREA – HC – FMUSP (2008).
• Autor de artigos em revistas científicas relacionadas a Neurociências e
Reabilitação.
• Consultor de Gestão em Saúde; Home Care; Empresário - 2008/dias atuais.
• Sócio-Fundador da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional Neuro-
Traumato-Ortopédica (Abratoneto).
194
195
AUTORES COLABORADORES
2. Ana Maria D. O. Belleza – Fonoaudióloga.
• Especialização em Motricidade Oral – Disfagia. (Centro de
Especialização de Fonoaudiologia Clínica – CEFAC).
• Aprimoramento e Especialização em Cuidados Paliativos (Pinus
Longæva Saúde e Educação).
• Pós-graduanda em Saúde do Idoso (SES - SP - Telemedicina USP/HC).
• Ex-Fonaudióloga do Programa Médico da Família – Serviço de
Atendimento ao Acamado – Prefeitura Municipal de Sorocaba – SP.
• Fonaudióloga na Prefeitura Municipal de Araçoiaba da Serra– SP.
• Fonoaudióloga na Clínica de Fonoaudiologia de Sorocaba.
• Membro integrante do Conselho do Idoso de Araçoiaba da Serra.
• Membro integrante da ABRAZ - Associação Brasileira de Alzheimer.
• Articuladora do NEPH (Núcleo de Educação Permanente) de Araçoiaba
da Serra – SP.