Resistencia Dos Materiais

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ROTEIRO DA ATIVIDADE AVALIATIVA DE VERÃO

Disciplina: Resistencia dos Materiais.


Professor(a): Pedro Junior Zucatelli.
Nome do aluno: CHAYANY FERREIRA DE OLIVEIRA
Entrega: até 27/03/2021 pelo portal do aluno.

EMENTA:

Problemas e métodos da resistência dos materiais. Forças externas e esforços


solicitantes nas estruturas constituídas por barras. Tensões. Deformações. Lei
de Hooke. Princípio da superposição dos efeitos. Características mecânicas dos
materiais. Tração e compressão. Estado simples e duplo de tensões e
deformações. Círculo de Mohr. Cisalhamento. Ligações. Flexão simples. Flexão
pura. Cisalhamento na flexão. Linha elástica. Viga conjugada. Flexão oblíqua e
composta. Torção de barras de seção circular. Torção composta.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

Marcos, P.A.C.D.F.B. C. (2016). Fundamentos de Resistência dos Materiais.


[Minha Biblioteca]. Retirado
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521632627/

BEER, Ferdinand Pierre; JOHNSTON, E. Russel. Resistência dos materiais.


3.ed. Rio de Janeiro:Pearson Makron Books, 2008. 1255p.

HIBBELER, Russel Charles. Resistência dos materiais. 7. ed. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2004. 637p.

POPOV, Egor Paul. Introdução à mecânica dos sólidos. São Paulo: Edgard
Blücher, 1978, 534p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Resistência dos materiais: para


entender e gostar. São Paulo: Edgard Blucher, 2008.236p.

BUDYNAS, Richard G; NISBETT, J. Keith. Elementos de máquinas de


Shigley: projeto de engenharia mecânica. 8.ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.1084p.

GERE, James M; GOODNO, Barry J. Mecânica dos materiais. São Paulo:


Cengage Learning, 2010. 858p.

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MARTHA, Luiz Fernando. Análise de estruturas: conceitos e métodos
básicos.Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.524p.

MELCONIAN, Sarkis. Mecânica técnica e resistência dos materiais.


18.ed.São Paulo: Érica, 2007.360p.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica. 4. ed. São Paulo: Edgard


Blücher,2006. 323p.1 v.

PARETO, Luiz. Resistência e ciência dos materiais. Curitiba: Hemus, 184p.

Questão 1 (1,0 ponto) – Discursiva: Desenhe o diagrama de corpo livre e depois


calcule as reações nos apoios A e B da viga da figura abaixo (em A temos
acoplamento tipo pino e em B tipo rolete). Despreze o peso da viga para a
realização destes cálculos.

Resolução:

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DIAGRAMA DE CORPO LIVRE (D.C.L.)

(→) ∑ 𝐹𝑥 = 0
𝑅𝐴𝑥 = 0

∑ 𝑀𝐴 = 0
200 + 100 ∗ 1 + 160 ∗ 1,5 – 𝑅𝑏 ∗ 2 = 0

𝑅𝐵 = 270 𝑘𝑔𝑓

(↑) ∑ 𝐹𝑦 = 0
𝑅𝐴𝑦 − 100 − 160 + 270 = 0
𝑅𝐴𝑦 = −10 𝑘𝑔𝑓

𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜:

∑ 𝑀𝐵 = 0
−10 ∗ 2 + 200 − 100 ∗ 1 − 160 ∗ 0,5 = 0 (𝑂𝐾)

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Questão 2 (1,0 ponto) – Discursiva: Em uma visita de rotina às escolas
municipais de São Mateus – ES, o engenheiro responsável pelas obras públicas
desta cidade verificou, em um determinado projeto, a figura que segue:

Sabe-se que a viga rígida esquematizada é sustentada por um pino em A e pelos


cabos BD e CE. Se a carga P aplicada à viga for deslocada 10 mm para baixo,
ajude o engenheiro com os cálculos e determine a deformação normal
desenvolvida nos cabos CE e BD.

Resolução:

Passo 1)
Primeiramente, devemos representar os comprimentos finais:

Por semelhança de triângulos, podemos calcular os comprimentos finais de BD e


CE:
7000 3000
= → ∆𝑏𝑑 = 4,28𝑚𝑚
10 ∆𝑏𝑑

7000 5000
= → ∆𝑐𝑒 = 7,14𝑚𝑚
10 ∆𝑐𝑒

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Passo 2)

Com os comprimentos finais, podemos calcular a deformação:


4,28
𝜖𝑏𝑑 = = 0,00142
3000

7,14
𝜖𝑐𝑒 = = 0,00178
4000

Resposta:
𝜖𝑏𝑑 = 0,00142

𝜖𝑐𝑒 = 0,00178

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Questão 3 (1,0 ponto) – Discursiva: Através do diagrama tensão-deformação
conseguimos identificar diferentes modos de comportamento do material,
dependendo do grau de deformação nele induzido, observe e explique o
diagrama para um material dúctil (aço) abaixo.

Resolução:

A tensão nominal ou de engenharia é determinada ao dividir a carga aplicada P


pela área original da seção transversal do corpo de prova A0. Esse cálculo
considera que a tensão é constante na seção transversal e por todo o
comprimento de referência. Então, temos:

𝑷
𝝈=
𝑨𝟎

Da mesma maneira, a deformação nominal ou de engenharia, é determinada


diretamente pela leitura da deformação no extensômetro, ou dividindo a
variação no comprimento de referência do corpo de prova, 𝛿, pelo comprimento
de referência original do corpo de prova, L0. Assim:

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𝜹
𝝐=
𝑳𝟎

Quando esses valores de 𝜎 𝑒 𝜖 são representados em uma curva, onde o eixo


vertical é a tensão e o horizontal a deformação, a curva resultante é chamada
diagrama tensão-deformação convencional.

Comportamento elástico

A região inicial da curva, é referido como região elástica. Aqui a curva é uma
linha reta até o ponto em que a tensão atinge o limite de proporcionalidade, 𝜎𝑙𝑝.
Quando a tensão excede ligeiramente esse valor, a curva inclina-se até que a
tensão atinja um limite elástico. Para a maioria dos materiais esses pontos são
muito próximos, e, portanto, torna-se bastante difícil distinguir seus valores
exatos. O que torna a região elástica única, no entanto, é que depois de atingir
𝜎𝑒, se a carga é removida, o corpo de prova recuperará sua forma original. Em
outras palavras, o material não sofrerá nenhum dano.
Como a curva é uma linha reta até 𝜎𝑙𝑝, qualquer aumento na tensão causará
um aumento proporcional na deformação. Esse fato foi descoberto em 1676 por
Robert Hooke, usando molas, e é conhecido como A lei de Hooke, expressa
matematicamente por:

𝝈=𝑬𝝐

Aqui, E representa a constante de proporcionalidade, chamada Módulo de


elasticidade ou módulo Young. O módulo de elasticidade representa a inclinação
da porção de linha reta da curva. Uma vez que a deformação é adimensional, E
terá as mesmas unidades que a tensão.

Escoamento

Um pequeno aumento na tensão acima do limite de elasticidade resultará no


colapso do material, fazendo que se deforme de modo permanente. Esse
comportamento é denominado escoamento e indicado pela segunda região da
curva.

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A tensão que causa escoamento é denominada tensão de escoamento ou ponto
de escoamento, 𝜎𝑒, e a deformação que ocorre é denominada deformação
plástica. Embora não mostre o ponto de escoamento para aços com baixo teor
de carbono ou laminados a quente é com frequência distinguido por dois valores.
O ponto de escoamento superior ocorre antes e é seguido por uma redução na
capacidade de suportar carga até um ponto de escoamento inferior. Entretanto
uma vez alcançado o ponto de escoamento, o corpo de prova continuará a se
alongar (se deformar) sem qualquer aumento na carga. Quando o material se
comporta dessa maneira, costuma ser denominado como perfeitamente plástico.

Endurecimento por deformação

Quando o escoamento tiver terminado, qualquer carga que causa um aumento


na tensão será suportada pelo corpo de prova, o que resulta em uma curva que
cresce continuamente, mas torna-se mais achatada, até atingir uma tensão
máxima denominado limite de resistência, 𝜎 𝑚á𝑥. Esse crescimento da curva é
denominado endurecimento por deformação, e identificado na terceira região da
figura.

Estricção

Até o limite de resistência, à medida que o corpo de prova se alonga, sua área de
seção transversal diminuirá de maneira bastante uniforme ao longo de todo o
comprimento de referência do corpo de prova. No entanto, logo após tingir o
limite de resistência, a área da seção transversal começará a diminuir em uma
região localizada do corpo de prova e, portanto, é onde a tensão começa a
aumentar. Como resultado, tende a forma-se uma constrição ou “estricção” com
alongamento gradativo. Essa região da curva decorrente da estricção é indicada
na quarta parte da Figura. Nela, o diagrama tensão- deformação tende a curvar-
se para baixo até o corpo de prova se romper na tensão de ruptura, 𝜎 𝑟𝑢𝑝.

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Diagrama Tensão- Deformação Real

Em vez de utilizar a área da seção transversal e o comprimento originais do corpo


de prova para calcular a tensão e a deformação, poderíamos utilizar a área da
seção transversal e o comprimento Real do corpo de prova no instante em que a
carga é medida. Os valores da tensão e da deformação calculados por essas
medições são denominados tensão real e deformação real. O gráfico desse
diagrama tem a forma mostrada na curva superior da figura.

Os diagramas convencionais e real são praticamente coincidentes quando a


deformação é pequena. As diferenças entre esses diagramas começam a
aparecer na faixa de endurecimento por deformação quando a amplitude de
deformação se torna mais significativa. A grande divergência ocorre na região de
estricção, onde o diagrama convencional mostra que o corpo de prova suporta
uma carga decrescente já que A0 é constante quando calculamos a tensão.

Contudo, pelo diagrama Real, a área real A no interior da região de estricção


diminui até a ruptura. Portanto, o material suporta uma tensão decrescente.
Embora os diagramas de tensão-deformação convencional e real sejam
diferentes, a maioria dos projetos de engenharia fica dentro da faixa elástica.

Limite de Elasticidade: Corresponde à máxima tensão que o material suporta sem


sofrer deformação permanente.

Tensão de Ruptura: Corresponde à tensão que prove a ruptura do material. O


limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que
a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura.

Limite Proporcional: O limite de proporcionalidade pode ser determinado como


o ponto onde ocorre o afastamento da linearidade na curva tensão – deformação.

Tensão de Escoamento: É a tensão máxima que o material suporta ainda no


regime elástico de deformação, se houver algum acréscimo de tensão o material
não segue mais a lei de Hooke e começa a sofrer deformação
plástica (deformação definitiva).

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Questão 4 (1,0 ponto) – Discursiva: Dado o carregamento axial da figura abaixo:

a) Desenhe os diagramas de corpo livre para cada segmento analisado.

b) Indique o módulo, a direção e o sentido das forças axiais internas


determinadas pelo método das seções.

c) Escreva como ficaria a equação representativa para este carregamento a


fim de obter o deslocamento da extremidade A em relação à extremidade
D.

Resolução:

a)

b)

Se a barra for submetida a várias forças axiais diferentes, ou se a área da seção


transversal ou o módulo de elasticidade mudar repentinamente de uma região
da barra para outra, a equação acima poderá ser aplicada a cada segmento da
barra onde todas essas quantidades são constantes.

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Então, o deslocamento de uma extremidade da barra em relação à outra é
determinado pela adição algébrica dos deslocamentos das extremidades de cada
segmento. Para esse caso geral,
𝑃𝑙
𝜎=∑ (1)
𝐴𝐸

As forças axiais internas, "P", são determinadas pelo método das seções para
cada segmento. Elas são PAB = +5 kN, PBC = (5-8) = -3 kN, PCD = (-3-4) = -7 kN.
Essa variação na carga axial é mostrada no diagrama de força normal para a barra:

c)

Aplicando a Equação (1) para obter o deslocamento da extremidade A em relação


à extremidade D, temos:

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Questão 5 (1,0 ponto) – Discursiva: A barra de aço mostrada na figura é
perfeitamente ajustada aos anteparos fixos quando a temperatura é de +25ºC.
Determinar as tensões atuantes nas partes AC e CB da barra para temperatura de
−50ºC. Considere: E = 200 GPa, e α = 0,000012/ºC.

A C B

Resolução:

Equação de Equilíbrio:

∑𝐻 = 0 → +
−𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 0
𝑅𝑎 = 𝑅𝑏 = 𝑅

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Princípio da Superposição dos Efeitos

𝛿𝑡 = (300 + 300) ∗ 0,000012 ∗ (−50 − 25) = −0,54𝑚𝑚

Equação de Compatibilidade:

|𝛿 | = |𝛿𝑇|

𝑅 ∗ 𝐿𝐴𝐶 𝑅 ∗ 𝐿𝐶𝐵
| + | = |𝛿𝑇|
𝐸 ∗ 𝐴𝐴𝐶 𝐸 ∗ 𝐴𝐶𝐵

𝑅 ∗ 300 𝑅 ∗ 300
+ = 0,54
200000 ∗ 400 200000 ∗ 800

𝑅 = 96000𝑁

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𝑁𝐴𝐶 96000
𝛿𝐴𝐶 = = = 240 𝑀𝑃𝐴 < 𝛿𝑦 = 250 𝑀𝑃𝐴 (𝑛ã𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑜𝑢‼)
𝐴𝐴𝐶 400

𝑁𝐶𝐵 96000
𝛿𝐶𝐵 = = = 120 𝑀𝑃𝐴 < 𝛿𝑦 = 250 𝑀𝑃𝐴 (𝑛ã𝑜 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑜𝑢‼)
𝐴𝐶𝐵 800

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Questão 6 (1,0 ponto) – Discursiva: O tubo mostrado na figura tem um diâmetro
interno de 80 mm e diâmetro externo de 100 mm. Supondo que sua extremidade
seja apertada contra o apoio em A por meio de um torquímetro em B, determinar
a tensão de cisalhamento desenvolvida no material:

a) Na parede interna; e

b) Na parede externa;

Ao longo da parte central do tubo quando são aplicadas forças de 80 N ao


torquímetro.

Resolução:

Torque interno: É feito um corte na localização intermediária C ao longo do eixo


do tubo, desse modo:

∑ 𝑀𝑦 = 0
80 ∗ 0,3 + 80 ∗ 0,2 − 𝑇 = 0
𝑇 = 40 𝑁𝑚

Momento de inércia polar:

𝜋 ∗ (𝐶𝑒 4 − 𝐶𝑖 4 )
𝐽=
2

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𝜋 ∗ (0,054 − 0,044 )
𝐽=
2

𝐽 = 5,8 ∗ 10−6 𝑚4

a) Tensão de Cisalhamento (Superfície interna):

𝑇 ∗ 𝐶𝑖
𝜏𝑖 =
𝐽

40 ∗ 0,04
𝜏𝑖 =
5,8 ∗ 10−6

𝜏𝑖 = 0,276 ∗ 106 𝑃𝑎

𝜏𝑖 = 0,276 𝑀𝑃𝑎

b) Tensão de Cisalhamento (Superfície Externa):

𝑇∗𝑐
𝜏 𝑚á𝑥 =
𝐽

40 ∗ 0,05
𝜏 𝑚á𝑥 =
5,8 ∗ 10−6

𝜏 𝑚á𝑥 = 0,344 ∗ 106 𝑃𝑎

𝜏 𝑚á𝑥 = 0,344 𝑀𝑃𝑎

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Questão 7 (1,0 ponto) – Discursiva: Um eixo tubular de diâmetro interno de 30
mm e diâmetro externo de 42 mm é usado para transmitir 90 kW de potência.
Determinar a frequência de rotação do eixo de modo que a tensão de
cisalhamento não exceda 50 MPa.

Resolução:
O torque máximo que pode ser aplicado ao eixo é determinado pela equação da
torção:

𝑇∗𝑐 𝜏 𝑚á𝑥 ∗ 𝐽
𝜏 𝑚á𝑥 = 𝑇=
𝐽 𝑐

Para eixo Tubular:


𝜋 ∗ (𝐶𝑒4 − 𝐶𝑖4 )
𝐽=
2

Portanto:
𝜋 ∗ (𝐶𝑒4 − 𝐶𝑖4 )
𝜏 𝑚á𝑥 ∗
𝑇= 2
𝑐

𝜋 ∗ (0,0214 − 0,0154 )
6
50 ∗ 10 ∗
𝑇= 2
0,021

𝑇 = 538 𝑁𝑚

A partir da equação de frequência:

𝑃 = 2∗𝜋∗𝑓∗𝑇

𝑃
𝑓=
2∗𝜋∗𝑇

90 ∗ 103
𝑓=
2 ∗ 𝜋 ∗ 538

𝑓 = 26,6 𝐻𝑧

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Questão 8 (1,0 ponto) – Objetiva: O princípio de Saint-Venant tem sido
largamente utilizado por engenheiros mecânicos e civis, pois a partir desse
princípio pode-se classificar, por exemplo, um bloco de fundação em rígido ou
flexível, podendo-se então dar o tratamento matemático mais adequado aos
blocos de fundação entre duas estacas em uma estrutura construída onde a
visualização desses blocos não seja possível.

Conforme o enunciado do princípio de Saint-Venant, é previsível que as tensões


na proximidade do ponto de aplicação são altamente concentradas, isto é, não
uniformes, além de diminuírem conforme nos afastamos desse ponto de
aplicação. Essa evidência é de fundamental importância no estudo de sistemas
mecânicos em geral e em ortopedia, quanto à colocação de próteses.

Embora nesses casos, o Princípio de Saint Venant não possa ser utilizado como
um artifício facilitador de cálculos, essa constatação é de fundamental
importância, pois revela a necessidade da introdução de fatores de correção às
equações de distribuição de tensões. Veja a Figura.

Figura 1: Princípio de Saint-Venant.

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i. Uma barra deforma-se elasticamente quando submetida a uma carga P
aplicada ao longo do seu eixo geométrico, conforme indicado na Figura 1.
(Correto)

ii. Para o caso representado na Figura 1, a barra está fixada rigidamente em


uma das extremidades, e a força é aplicada por meio de um furo na outra
extremidade.
(Correto)

iii. Devido ao carregamento observado na Figura 1, a barra se deforma como


indicado pelas distorções das retas antes horizontais e verticais, da grelha
nela desenhada.
(Correto)

Desta maneira, analisando os itens i, ii, iii, é VERDADEIRO afirmar que:

a) Somente o item i está errado.


b) Somente item ii está errado.
c) Somente item iii está errado.
d) Todos os itens estão errados.
e) Todos os itens estão corretos.

Resolução:

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Questão 9 (1,0 ponto) – Objetiva: A Tecnograph, importante empresa de Cotia –
SP, executa serviços de confecção e desenvolvimento de painéis de máquinas,
sinalização interna, máscara para pintura, gravações em peças técnicas e escalas,
placas de homenagens, placas de identificação de equipamentos, adesivos, entre
outros e para fabricação dos mesmos, usa os mais diversos materiais, entre eles:
aço inox, acrílico, alumínio, vinil adesivo, PVC e outros. Em um determinado
projeto, a Tecnograph verificou que uma placa de aço inox havia sido deformada
de acordo com a imagem a seguir:

Sabe-se que a placa foi deformada até a posição mostrada pelas linhas tracejadas.
Para ajudar a empresa com os cálculos, assinale a alternativa que informa a
deformação por cisalhamento em módulo nos cantos C e D, respectivamente:

a) 93,790x10-3 rad e 93,790x10-3 rad


b) 136,790x10-3 rad e 136,790x10-3 rad
c) 101,790x10-3 rad e 36,790x10-3 rad
d) 36,790x10-3 rad e 30,790x10-3 rad
e) 136,790x10-3 rad e 101,790x10-3 rad

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Resolução:

Sempre quando um material é submetido a uma tensão, ocorre algum tipo de


deformação:

Notem que não temos a tensão aplicada, mas temos a angulatura de deformação
e daí iremos conseguir determinar o quanto deformou. Para tanto usaremos a
equação abaixo:

Ou seja, esse gama aí vai ser a deformação por cisalhamento em C e D. Antes nós
𝜋 𝜋
tínhamos um ângulo 𝜃 de , agora temos um ângulo de + 𝛾 no ponto C.
2 2
Já para o ponto D, nós temos um ângulo que diminuiu de tamanho, foi de 𝛽 =
𝜋 𝜋
para − 𝛾.
2 2

Se encontrarmos o quanto 𝜃 aumentou que é igual ao tanto que 𝛽 diminuiu,


encontraremos nossas deformações!

Para tanto, observem a imagem abaixo:

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Agora para encontrar o ângulo, é só realizar o arcsen de 𝛾!

15
𝑠𝑒𝑛 𝛾 = = 0,1363
110

𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝛾 = 7,83°

Para se encontrar em radianos pode-se fazer a seguinte relação:

7,83° = 𝑥
180° = 𝜋

Logo encontra-se um valor de 0,317 rad


Mas toma cuidado agora, para D nós tivemos um aumento de ângulo, logo:
𝛾𝐷 = +𝛾 = +0,317 𝑟𝑎𝑑

Enquanto que para C nós tivemos ângulo que diminuiu, logo:


𝛾𝐶 = −𝛾 = −0,317 𝑟𝑎𝑑

Em módulo: 𝛾𝐷 = 𝛾𝐶 = 0,317 𝑟𝑎𝑑

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Questão 10 (1,0 ponto) – Objetiva: Leia o texto abaixo e assinale a alternativa
CORRETA:
Com marcas e produtos que marcam presença em todos os lares brasileiros, a
Unilever é uma das principais companhias da indústria de bens de consumo do
Brasil. Além da sede administrativa, em São Paulo (SP), a Unilever tem nove
fábricas em quatro estados – São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Goiás – e
mais de 20 centros de distribuição nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste
e Sul. Sabe-se que o Sr. Carlos Eduardo é o Engenheiro Civil responsável pela
ampliação da fábrica mineira. Em seu projeto, consta a imagem descrita a seguir:

A viga, esquematizada no projeto de ampliação da fábrica, suporta a carga


distribuída mostrada na imagem. Segundo o Sr. Carlos, as reações nos apoios A e
B podem ser consideradas verticais. As cargas internas (normal, cisalhante e
momento) resultantes na seção transversal que passa pelo ponto C, valem,
respectivamente:

a) Nc = 10 kN; Vc = 5,92 kN e Mc = 15,07 kN.m


b) Nc = 9,0 kN; Vc = 6,92 kN e Mc = 15,07 kN.m
c) Nc = 0 kN; Vc = 3,92 kN e Mc = 15,07 kN.m
d) Nc = 0 kN; Vc = 7,92 kN e Mc = 15,07 kN.m
e) Nc = 0 kN; Vc = 3,92 kN e Mc = 20,07 kN.m

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Resolução:

Em um primeiro passo, vamos fazer o DCL, multiplicando as forças pela distância


em que elas atuam. Temos:

Onde: 𝑉𝑏 → Força cortante em B ∴ 𝑉𝑎 → Força cortante em A

Depois, vamos usar as equações de equilíbrio e momento:

∑ 𝑀𝐴 = 0𝑉𝐵 ∗ 6 = 27 ∗ 3 + 8,1 ∗ 6,9𝑉𝐵 = 22,82𝑘𝑁

∑ 𝐹𝑦 = 0𝑉𝐴 + 22,82 = 35,1 𝑉𝐴 = 12,28 𝑁

Agora, vamos repetir o primeiro passo, porém apenas para o segmento AC

Novamente, vamos usar as equações de equilíbrio e momento:

∑ 𝐹𝑥 = 0 𝑁𝐶 = 0

∑ 𝐹𝑦 = 0𝑉𝐶 + 12,28 = 16,1 𝑉𝐶 = 3,92 𝐾𝑁

∑ 𝑀𝐶 = 0𝑀𝐶 + 3,92 ∗ 3,6 = 12,2 ∗ 1,8𝑉𝐶 = 15,06𝑘𝑁. 𝑚

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EQUAÇÕES PARA RESOLUÇÃO DO TRABALHO AVALIATIVO

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