0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações6 páginas

Slide 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 6

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Após longo período em que a Manutenção foi considerada Para atingir ótimos níveis de Qualidade e de Produtividade é
o “mal necessário” da função produtiva, reconhece-se, hoje, necessário que todas as funções da empresa contribuam Qualquer equipamento, sistema ou instalação, seja ele
na Manutenção uma das áreas mais importantes e atuantes para o mesmo objetivo, ou seja, a obtenção de lucro mecânico, elétrico, eletrónico, hidráulico ou pneumático,
da atividade industrial através do seu contributo para o bom resultante da venda dos produtos e/ou serviços que a está sempre sujeito a um progressivo processo de
desempenho produtivo, a segurança de pessoas e bens, a empresa comercializa. degradação.
qualidade do produto, as boas relações interpessoais, a
imagem da empresa e a rentabilidade económica do Entre estas funções, a Manutenção tem a desempenhar um Para que uma instalação assegure a função para que foi
processo. papel importante e decisivo. concebida, é necessário que os seus equipamentos e
máquinas estejam mantidos em boas condições de
Este reconhecimento é adicionalmente reforçado pelas Para agravar esta situação, por vezes, o parque de funcionamento.
crescentes exigências das normas de qualidade relativas à máquinas que dispomos está envelhecido ou em fracas
Manutenção dos meios produtivos. condições de funcionamento.

Helena V. G. Navas 1 Helena V. G. Navas 2 Helena V. G. Navas 3

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção


Evolução Histórica da Função Manutenção
Até 1914
Isto requer que sejam efetuadas reparações, inspeções, Inexistência de serviço de manutenção; reparação de avarias 1970
rotinas preventivas, substituição de órgãos ou peças, com recurso ao pessoal da produção. O órgão da engenharia da manutenção assume posição
mudanças de óleo, limpezas, correção de defeitos, destacada, passando a desenvolver controlos e análise
fabricação de componentes, pinturas, etc., para que se 1914 a 1930 (consequência da 1ª Guerra Mundial) visando a otimização económica – Gestão.
possa repor os níveis de operacionalidade. A manutenção (corretiva) aparece no organigrama de
empresas, ao nível de secção. Atualmente
Este conjunto de ações formam o leque de atividades da Dispõe de sofisticados meios de trabalho, chegando a ser
Função Manutenção. 1940 (consequência da 2ª Guerra Mundial) um dos maiores departamentos da organização.
Aparece a manutenção preventiva. O organigrama passa a
integrar um órgão de supervisão da conservação ao mesmo
nível da produção em empresas de maior exigência (aviação
comercial, centrais nucleares...).
Helena V. G. Navas 4 Helena V. G. Navas 5 Helena V. G. Navas 6

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Após um período em que a Manutenção foi considerada A evolução foi em muitos casos resultante da necessidade da Finalmente, a Manutenção Condicionada (MC), a qual
um “mal necessário” da produção industrial, hoje, redução dos custos de paragens devido a avarias, bem como, tentando maximizar a utilização de equipamentos e
reconhece-se na Manutenção uma das mais importantes e a constante atualização tecnológica e científica. sistemas, não conseguida pela MPS, baseia as
atuantes funções de uma empresa, com um peso decisivo intervenções no controlo da condição do equipamento, de
na rentabilidade, na qualidade e na própria imagem da Assim, da Manutenção Corretiva de Emergência (MCE), tal modo que a intervenção só tem lugar no momento em
empresa. caracterizada pela intervenção após a ocorrência da avaria, que a condição de funcionamento deixe de estar adequada,
passou-se à Manutenção Preventiva Sistemática (MPS), em podendo por em risco a produção e/ou segurança de
A evolução da manutenção fez-se sentir desde o inicio do que as intervenções são efetuadas periodicamente e em pessoas e instalações.
século XX, em especial ao nível orgânico, passando de função de um valor da vida esperada dos equipamentos e
uma atividade subsidiária da função Produção até uma sistemas.
função autónoma dentro da estrutura da empresa.

Helena V. G. Navas 7 Helena V. G. Navas 8 Helena V. G. Navas 9


Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção
Esta evolução decorreu num período bastante alargado, Definição
quando comparado com a maioria das filosofias de gestão Modernamente, a Manutenção tem sido abordada de forma
da produção. diferente. A AFNOR define Manutenção como sendo um conjunto de
ações que permitem manter ou restabelecer um bem num
Isto mostra facilmente o descuido a que a função Já não se pode analisar uma função de uma empresa sem estado especificado ou com possibilidade de assegurar um
Manutenção foi votada. abordar aquelas funções que direta ou indiretamente jogam serviço determinado, a um custo global otimizado.
com esta.
Na indústria portuguesa, muitas das atividades de De outra forma, pode-se definir Manutenção como a
Manutenção estão enquadradas na MCE. Assim, neste contexto de integração, têm surgido várias combinação das ações de gestão, técnicas e económicas,
ideias que defendem a analise da Manutenção na análise aplicadas a bens, para otimização dos seus ciclos de vida
Esta situação fica a dever-se a vários fatores, dos quais o total da fábrica.
não reconhecimento da importância da manutenção e a
ignorância dos custos da não-Manutenção são uns dos mais
importantes.
Helena V. G. Navas 10 Helena V. G. Navas 11 Helena V. G. Navas 12

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção


Função Manutenção A função Manutenção evolui do conceito original de
Em termos operacionais pretende-se que: Os equipamentos de produção têm sofrido ao longo dos Conservação para o de Manutenção:
tempos evoluções importantes, ou seja:
• seja permitida uma execução normal das operações fabris a) Os equipamentos são cada vez mais automatizados. Conservação:
nas melhores condições de custo, segurança e qualidade, Tornam-se mais compactos, mais complexos e são “Desenrascar” e reparar um parque material a fim de
como é o caso da manutenção dos equipamentos da utilizados de forma mais intensa. assegurar a continuidade da produção.
produção; b) Os equipamentos são mais caros (investimentos mais
elevados) com períodos de amortização mais pequenos. Manutenção:
• seja fornecido um serviço nas melhores condições de c) Os tempos de indisponibilidade de um processo são É escolher os meios de prevenir, de corrigir ou de
conforto e custo, como é o caso de serviços prestados na economicamente mais críticos do que de um parque de renovar um parque material, seguindo critérios
área dos transportes, hospitais e serviços em geral. máquinas em linha. económicos, com vista a otimizar o custo global de
d) A exigência imposta por novos métodos de gestão da posse do equipamento.
produção.

Helena V. G. Navas 13 Helena V. G. Navas 14 Helena V. G. Navas 15

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

A Função Manutenção deve compreender não apenas o Função Manutenção Tipos de Manutenção
conjunto de intervenções realizadas diretamente sobre o Aprovisionamento POLÍTICA Recursos humanos São vários os Tipos de Manutenção utilizados no mundo
equipamento, mas também as ações relacionadas com a Pós-venda
Sub-contratação
Segurança
Meio-ambiente industrial.
fase de decisão sobre o tipo de equipamento a adquirir (sem DIREÇÃO

incluir a decisão da própria aquisição), o estudo do espaço COMERCIAL PESSOAL


envolvente para a sua implantação (de modo a garantir as MANUTENÇÃO
acessibilidades e todo o tipo de intervenções ao longo da
ESTUDOS PRODUÇÃO
vida útil), as questões específicas do projeto relacionadas
com a manutibilidade (facilidade de realização de ações de Planeamento
Engenharia
manutenção) e a formação de operadores de manutenção do Modificações
Controlo
Disponibilidade
Manutibilidade
equipamento (atuais e futuros). Melhoramento

Interfaces de um Serviço de Manutenção

Helena V. G. Navas 16 Helena V. G. Navas 17 Helena V. G. Navas 18


Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção
Manutenção Corretiva
Manutenção Planeada e Manutenção não Planeada
Realizada depois da ocorrência de uma avaria com cessação
De acordo com a forma de atuar em relação a uma dada
da aptidão de um equipamento para realizar a função
avaria ou anomalia, as intervenções de manutenção
requerida, destinada a restaurar a aptidão desse equipamento
podem ser, essencialmente, de duas naturezas:
para realizar essa função.
• Manutenção Não Planeada, no caso em que as avarias
A cessação da aptidão não depende apenas do tempo total
ocorrem de forma súbita e imprevisível;
de reparação, mas também dos tempos de diagnóstico,
logística e das afinações necessárias ao equipamento.
• Manutenção Planeada, no caso de a degradação de um
dado equipamento se dar de uma forma progressiva, de Tempo de reparação e tempo de paragem
O modelo de Manutenção Corretiva é mais adequado quando
que é exemplo um ruído crescente e, portanto, permitir o
o funcionamento do equipamento não é vital para o processo
planeamento da ação de manutenção no momento mais
produtivo, o custo das reparações é baixo e não existem
oportuno.
problemas a nível de segurança.
Helena V. G. Navas 19 Helena V. G. Navas 20 Helena V. G. Navas 21

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Manutenção Corretiva Curativa Manutenção Corretiva Paliativa Manutenção de Melhoria


Quando o restabelecimento das condições de funcionamento
É a ação corretiva total que tem por objetivo tratar a causa Realizada após ocorrência de avaria, com cessação da só é possível através de alguma alteração ao equipamento
da cessação da aptidão do equipamento, sendo precedida aptidão mas com o objetivo apenas do “desenrasque” ou quando as condições de manutenção, tendo em vista a
de uma análise de causas primárias, afim de verificar se (desenrascar, desempanar), deixando a ação curativa futura melhoria da manutibilidade e/ou da fiabilidade, recomendam
existe degradação forçada ou natural, e é objeto de relatório em programação. que essas alterações se façam, diz-se que a manutenção é
após a ocorrência. de melhoria.
Este tipo de manutenção deverá ser sempre objeto de
Realizada no sentido de recuperar a capacidade de um decisão entre Fabricação / Manutenção. Manutenção Preventiva
equipamento realizar a função requerida. Realizada em intervalos de tempo pré-determinados ou de
acordo com critérios prescritos com o objetivo de reduzir a
probabilidade de avaria de um equipamento.

Helena V. G. Navas 22 Helena V. G. Navas 23 Helena V. G. Navas 24

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Manutenção Preventiva Sistemática Manutenção Preventiva Condicionada


Manutenção Corretiva Programada
A decisão de intervenção é tomada no momento em que há
As intervenções de manutenção preventiva sistemática evidências experimentais de defeito iminente ou quando há Estudo, projeto e realização de algumas alterações nos
desencadeiam-se periodicamente, com base no um patamar de degradação predeterminado. equipamentos no sentido de reduzir ou eliminar operações
conhecimento da lei de degradação aplicável ao caso do de manutenção, melhorar o M.T.T.R., o M.T.B.F.,
componente particular e de um risco de falha assumido. É também conhecida por preditiva, e expressões como componentes críticos/condicionantes, e/ou alterações de
“manutenção por diagnóstico” e “manutenção baseada na aspetos legais, …
É de natureza cíclica, estabelecida em função do tempo ou avaliação da condição” exprimem bem o seu conceito.
numero de unidades de utilização, realizada em intervalos
constantes, por exemplo, tempo de calendário, horas de A deteção de anomalias pode ser obtida de várias formas:
funcionamento, unidades produzidas, nº de ciclos, etc... análises de vibrações, de temperaturas, de contaminantes
nos óleos ou outras formas de diagnóstico.

Helena V. G. Navas 25 Helena V. G. Navas 26 Helena V. G. Navas 27


Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Preparação da Manutenção Corretiva Nível I:


Níveis de Manutenção
Diagnóstico: Identificação da causa de uma avaria utilizando
Regulações simples previstas pelo construtor através de
um raciocínio lógico. Os vários Níveis de Manutenção dependem não só das
elementos acessíveis sem desmontagem ou abertura do
tarefas a executar mas, sobretudo, das competências e
equipamento, substituição de elementos consumíveis
meios à disposição requeridos para as executar.
acessíveis com toda a segurança ( ex.: lâmpadas, fusíveis,
…).
As normas AFNOR definem 5 Níveis de Manutenção,
caracterizados por:
Local de execução: No equipamento.
Quem executa: Operador do equipamento.
Meios de apoio à execução: Instruções de funcionamento e
sem utilização frequente de ferramentas. Materiais
consumíveis.
(+) 50% de gestão visual.
Helena V. G. Navas 28 Helena V. G. Navas 29 Helena V. G. Navas 30

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção


Nível II: Nível IV:
Nível III:
Reparações efetuadas à base de substituição de elementos Todos os trabalhos importantes de manutenção corretiva e preventiva
normalizados e operações simples de manutenção preventiva, Identificação, diagnóstico, localização e reparação de avarias por com exceção de renovação e reconstrução. Inclui também a calibração
substituição de componentes ou elementos funcionais, reparações dos aparelhos de medida utilizados nas operações de manutenção e
tais como lubrificação ou controlo de bom funcionamento do
mecânicas simples e todas as operações correntes de manutenção verificação das fases de trabalho por organismos ou empresas
bem / equipamento. preventiva, tais como regulações gerais e calibração de aparelhagem de especializadas em inspeção e controlo.
medida e controlo.
Local de execução: No equipamento. Local de execução: Em oficina central ou externa de trabalho
Quem executa: Técnico habilitado de qualificação média. Em Local de execução: No equipamento ou em oficina local de apoio. especializada e devidamente equipada.
Quem executa: Técnico especializado ou equipa de manutenção. Quem executa: Equipas de manutenção com enquadramento técnico
algumas situações, o operador.
Meios de apoio à execução: Instruções de manutenção. Ferramentas e especializado.
Meios de apoio à execução: Instruções de manutenção e Meios de apoio à execução: Máquinas ferramenta. Meios mecânicos de
aparelhagem de medida previstas nas instruções de manutenção. Banco
segurança. Ferramentas portáteis definidas pelas instruções de ensaio e controlo de equipamentos. Materiais de uso corrente e peças cablagem, soldadura, limpeza. Bancos de aferição de aparelhagem de
de manutenção. Materiais de uso corrente. de reserva standard / específicas. medida e controlo. Equipamentos de elevação e movimentação.
Documentação técnica especializada geral e particular.

Helena V. G. Navas 31 Helena V. G. Navas 32 Helena V. G. Navas 33

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Fiabilidade – Manutibilidade – Disponibilidade Fiabilidade


Nível V:
MTBF – Tempo Médio de Bom Funcionamento
Renovação, reconstrução ou execução de reparações
importantes confiadas a uma oficina central ou exterior. Característica de um equipamento expressa pela
probabilidade de este exercer uma função requerida sob
Local de execução: Oficina externa ou oficina do condições especificas e por um período de tempo pré-
construtor/fornecedor do equipamento. determinado.
Quem executa: Equipas completas de manutenção
polivalentes e respetivo enquadramento técnico altamente Se se considerar o funcionamento de um equipamento, ou de
especializados. Fabricante do equipamento. um dos seus componentes, durante um dado período de
Meios de apoio à execução: Meios definidos pelo tempo, a Taxa de Avarias, λ, é dada pela expressão:
construtor e próximos dos necessários à fabricação.
λ = N avarias / Tempo total de funcionamento

Helena V. G. Navas 34 Helena V. G. Navas 35 Helena V. G. Navas 36


Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Então a média dos tempos de bom funcionamento será A Fiabilidade (R), de um dado equipamento pode então ser As falhas nos equipamentos podem ocorrer, resultado de
origem na seguinte expressão: definida como a probabilidade que um dado equipamento tem uma grande variedade de situações, como o
em continuar a respeitar as especificações para que foi envelhecimento, o desgaste, as fraturas ou fadigas
MTBF = 1 / λ = Σ Tfi / Nav concebido, num dado período de tempo e em condições de mecânicas, negligências, etc.
operação bem definidas.
onde: A Fiabilidade e Não Fiabilidade variam com o tempo, e a
Tfi = tempo de funcionamento no período A Não Fiabilidade (F), de um equipamento pode ser definida sua soma é sempre igual a 1, ou seja:
Nav = numero de avarias no período como a probabilidade do equipamento falhar no cumprimento
das especificações para as quais foi concebido, num dado R (t) + F (t) = 1
O MTBF dá-nos uma medida da fiabilidade do período de tempo e em condições de operação bem
equipamento, isto é, da sua aptidão para funcionar durante definidas. O conceito de Fiabilidade sempre esteve ligado ao conceito
um determinado período de tempo em boas condições. Qualidade.

Helena V. G. Navas 37 Helena V. G. Navas 38 Helena V. G. Navas 39

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

A Fiabilidade de um equipamento representa a sua 2) Fase de vida útil: período caracterizado por uma taxa de
capacidade em reter as suas características de qualidade à falhas praticamente constante. É um período onde a taxa
medida que o tempo progride. A “Curva da Banheira” consiste em 3 fases distintas: de falhas desce drasticamente e estabiliza no tempo. A
origem das falhas neste período fica a dever-se,
1) Fase inicial: Caracterizada pelas falhas de inicio de essencialmente, a fatores como excesso de carga,
atividade e relacionadas com elementos como problemas negligência no uso do equipamento, politicas de
de montagem e instalação, de aplicação e fabrico, de manutenção e rigor nas rotinas, bem como a outras
adaptação e conhecimento geral do ambiente de trabalho. causas imprevistas: falhas aleatórias (forçadas e/ou
naturais).

3) Fase final: Caracterizada pelo aumento do numero de


avarias ou falhas e normalmente adivinha o final.

Helena V. G. Navas 40 Helena V. G. Navas 41 Helena V. G. Navas 42

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção

Disponibilidade Intrínseca
Manutibilidade
A média dos tempos de reparação é dada pela Disp. – Combinação dos níveis de fiabilidade e
expressão: manutibilidade de um equipamento.
MTTR – Média dos tempos de reparação
MTTR = Σ Tri / Nav Probabilidade de assegurar a função requerida a um
Capacidade de um equipamento ser mantido em boas
condições operacionais, e no caso de este falhar, tem por determinado equipamento.
onde:
objetivo de repor o equipamento nas condições operacionais,
Tri = tempo de reparação no período Disp. = MTBF / ( MTBF + MTTR )
com um tempo de reparação o mais curto possível, sempre no
respeito das regras de segurança vigentes e normas
ambientais em vigor. A Fiabilidade é a probabilidade de um equipamento falhar,
enquanto que a Disponibilidade é probabilidade do
equipamento garantir a função pretendida aquando da sua
aquisição.

Helena V. G. Navas 43 Helena V. G. Navas 44 Helena V. G. Navas 45


Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção
Objetivos da Função Manutenção Objetivos Técnicos
A Estratégia ou Politica de Manutenção consiste em definir Os Objetivos Técnicos integrados na politica de
os objetivos técnicos, económicos e humanos relativos aos Manutenção de uma empresa são:
serviços efetuados numa empresa pelos serviços de - Manter o equipamento num estado pré-definido;
manutenção, sendo estes os responsáveis por conceber e - Melhorar a fiabilidade dos equipamentos, diminuindo o
explorar os meios adaptados a esses objetivos. número de avarias verificadas;
- Melhorar a manutibilidade dos equipamentos, diminuindo os
tempos de reparação;
- Assegurar a disponibilidade do equipamento ao nível
pretendido, através do aumento da relação (tempo de
funcionamento) / (tempo de não funcionamento);
- Obter o máximo rendimento do equipamento;
- Prolongar o mais possível a vida do equipamento;
- Organizar as intervenções.
Helena V. G. Navas 46 Helena V. G. Navas 47 Helena V. G. Navas 48

Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção Modelos e Filosofias da Manutenção


Objetivos Económico - Sociais Funções que Interagem com a Manutenção
Objetivos Humanos
Em relação aos Objetivos Económico-Sociais, eles são:
- Assegurar a máxima segurança de pessoas e bens; A Manutenção interage com outras funções da organização
- Diminuir os custos diretos e indiretos das avarias, através da maior Os aspetos respeitantes à componente humana, têm em que serve. De entre elas destacam-se:
produtividade do trabalho conseguida pela maior fiabilidade obtida nos conta as seguintes vertentes: - a Função Produção ou os utilizadores dos equipamentos
equipamentos; - nível motivacional; alvo de manutenção;
- Melhorar as relações com os clientes (redução das quebras na - competências requeridas; - a Função Aprovisionamento (de peças de reserva,
produção e na qualidade, garantia de prazos de entrega e de qualidade, - análise de cargas de trabalho;
redução de agressões ao ambiente e de acidentes, etc.); componentes e consumíveis);
- Reduzir o imobilizado em forma de stocks de peças de substituição;
- acidentes de trabalho / absentismo. - a Função Segurança;
- Garantir a economia de energia como resultante do melhor rendimento - a Função Contabilística (que define os centros de custo);
dos equipamentos; - a Função Qualidade.
- Melhorar as relações pessoais entre a produção e a manutenção;
- Aumentar o “know-how” adquirido ao longo de anos na área da
manutenção, a sua organização e análise.

Helena V. G. Navas 49 Helena V. G. Navas 50 Helena V. G. Navas 51

Você também pode gostar