Condições Técnicas Gerais (CTG) - Ren
Condições Técnicas Gerais (CTG) - Ren
Condições Técnicas Gerais (CTG) - Ren
PROCESSO DE CONCURSO
Obras 57.04/05 CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS –CTG
Setembro.2002
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Estruturas Metálicas
ESTRUTURAS METÁLICAS
ÍNDICE
Pág.
No transporte, descarga e arrumação das estruturas metálicas em obra deverão ser tomadas todas
as precauções mediante a utilização de meios de transporte adequados de modo a evitar a sua
deterioração, nomeadamente no revestimento de zinco; é interdita a descarga, por arremesso, de
ferro sobre ferro devendo ser utilizados estrôpos não metálicos. Sempre que se detectem peças
deterioradas por deficiência nas operações descritas o instalador procederá à sua substituição.
As estruturas, os atados de perfis e os sacos com parafusaria deverão ser colocados sobre madeiras
de modo a evitar o contacto com o terreno e a separá-los entre eles.
Deverá ser feito o controlo visual das estruturas de modo a permitir que qualquer peça empenada,
dobrada, com deficiências ao nível da furação, graminhado, corte e soldaduras bem como com
deterioração ou má qualidade da zincagem seja retirada e substituída.
A REN fornecerá ao instalador as diversas cotas e eixos coordenados para um correcto alinhamento
e nivelamento das estruturas metálicas.
Antes do assentamento das estruturas metálicas nos respectivos maciços deverá o instalador colocar
um produto isolante, tipo Fleetkote, na base das estruturas.
Quando fôr necessária a abertura de furos ou acertos de cortes de peças em obra deverá o
instalador solicita previamente a autorização da REN; em caso afirmativo o instalador deverá retocar
a zona adaptada com uma tinta à base de zinco.
1.3 - Diversos
ESTRUTURAS METÁLICAS
ÍNDICE
1. - OBJECTIVO .....................................................................................................................................7
3. - GARANTIA .......................................................................................................................................8
3.1 ........................................................................................................................................................8
3.2 ........................................................................................................................................................8
3.3 ........................................................................................................................................................8
4.4 - Parafusaria..................................................................................................................................20
4.4.1 - Aço........................................................................................................................................ 20
4.4.2 - Zinco...................................................................................................................................... 20
4.4.3 - Dimensões.............................................................................................................................. 20
4.4.4 - Revestimento .......................................................................................................................... 21
2.1 - Materiais
2.1.3 - Parafusaria
- Norma DIN 931 - Parafusos para construções de aço da classe 8.8 e da classe 10.9;
- Norma DIN 933 - Parafusos para construções em aço da classe 8.8 e da classe 10.9;
- Norma DIN 7990 - Parafusos e porcas sextavadas para construções em aço. Dimensões;
2.2 - Processos
- Pré-Norma Europeia ENV 1993 - Eurocode 3 - Projecto de estruturas metálicas. Parte 1.1
Regulamento Geral e Regulamento para Edifícios.
2.2.2 - Soldadura
- Pré-Norma Europeia ENV 1993 - Eurocode 3 - Projecto de estruturas metálicas. Parte 1.1
Regulamento Geral e Regulamento para Edifícios;
2.2.3 - Galvanização
3. - GARANTIA
3.1
O período de garantia deverá ser no mínimo de 3 anos a contar da data final da montagem das
estruturas.
3.2
Durante o período de garantia as estruturas deverão ser capazes de assegurar o perfeito
funcionamento industrial nas condições de utilização constantes desta especificação técnica.
3.3
A garantia terá de cobrir nomeadamente, todos os custos da eventual reposição devido a defeitos de
fabrico ou inadequada qualidade das matérias primas utilizadas. Aquela reposição deverá ser feita no
mais curto espaço de tempo possível.
4.1.1.1
Os tipos de aço mais utilizados, com aptidão para o corte e furação, a soldadura e a galvanização,
devem ter as seguintes características químicas e mecânicas garantidas:
- Características mecânicas
Análise de Vasamento
Tipos de (%) Tensão de cedência Tensão Extensão
aço (N/mm²) de rotura após
(N/mm²) rotura (%)
C Mn P S Si e≤16mm 16<e≤40mm e≤63mm 3≤e≤40m
max max max max min min m min
Fe360B 0,17 - 0,05 0,05 0,15 a 235 225 360/470 26
0,35
Fe430B 0,21 - 0,05 0,05 0,15 a 275 265 430/540 22
0,35
Fe510C 0,20 1,60 0,04 0,04 0,15 a 355 345 510/610 22
0,35
e = espessura
4.1.1.2
Estes aços devem ser desoxigenados (calmados) e, após a sua laminagem, sob a forma de perfilados e
chapas, devem ser sujeitos a um tratamento de normalização.
4.1.1.3
As tolerâncias dimensionais das secções dos perfilados e chapas devem respeitar a Norma
Portuguesa NP EN 10025.
O zinco a utilizar deve ser de 1ª fusão, com um grau de pureza mínimo de 99.95% de zinco.
4.2.1.1.1
Os perfilados e chapas a utilizar devem estar desempenados. A sua desempenagem, se necessária, só
poderá ser efectuada antes do início do processo, por pressão mecânica gradual e não por choque.
4.2.1.1.2
Os elementos estruturais não podem ser obtidos através da soldadura topo a topo de perfilados mais
curtos.
4.2.1.2 - Dobragem
Os elementos estruturais cujos materiais sofrem deformações superiores a 20° são obrigatoriamente
forjados a quente. A tolerância dos desvios de deformação é de ± 1% (desvio de 1mm numa extensão
de 100 mm). Os elementos fissurados ou recuperados com soldadura serão rejeitados.
4.2.1.3 - Corte
4.2.1.3.1
As pontas dos elementos estruturais devem ter uma superfície de corte perfeita, não apresentar
rebarbas e permitir o ajustamento correcto das abas dos elementos a ligar e a colocação sem
dificuldade dos parafusos. Por este motivo, as pontas dos perfilados devem ser cortadas no início do
processo de fabrico.
4.2.1.3.2
A tolerância máxima dos comprimentos dos elementos (cantoneiras, chapas) é de ± 1,5 mm.
4.2.1.4 - Furação
4.2.1.4.1
A traçagem e execução dos furos devem permitir a montagem precisa dos elementos a ligar por meio
de parafusos e a intermutabilidade dos elementos homólogos do mesmo tipo de estruturas metálicas.
4.2.1.4.2
Os diâmetros dos furos e as suas distâncias às margens dos perfilados e entre si são definidos nos
Elementos de Traçagem, em anexo (anexo I e II).
Distâncias (mm)
4.2.1.4.4
Os furos deverão ser executados com broca ou punção, não sendo permitida a utilização de laser,
oxicorte nem o enchimento de furos errados.
4.2.1.4.5
O diâmetro de um furo executado com punção deve ser sensivelmente constante em toda a espessura
do material. Os elementos em que os furos apresentem diferenças entre os diâmetros de saída e
entrada do punção no material superiores a 1/10 da espessura deste, num máximo de 1,2 mm, serão
rejeitados.
4.2.1.4.6
A furação dos elementos estruturais em aço Fe360B, Fe430B e Fe510C, de espessura superior
respectivamente a 10, 12 e 14mm, não pode ser feita com punção numa só operação, quando os furos
forem de diâmetro superior a 25mm. Neste caso deverá ser utilizada broca ou punção e mandril. A
utilização de mandril obriga à abertura prévia de um furo com um punção de diâmetro inferior 4mm
relativamente ao diâmetro pretendido.
4.2.1.5 - Identificação
4.2.1.5.1
Os elementos estruturais devem ser marcados a frio com a sua identificação, devendo esta englobar a
sigla do fabricante, o tipo da estrutura e a referência própria do elemento.
a) A marcação será colocada sobre a face externa do elemento, numa das suas extremidades e à
distância de 150 mm do último furo (lado centro do elemento). Se se tratar de uma chapa ou
cobrejunta a marca é colocada num local que seja visível após a montagem.
F-CTEM REV. B 99.01.28 11/30
b) A sigla de identificação do fabricante deve ter 3 letras, no máximo. As referências do tipo da
estrutura e dos elementos são definidos pela REN.
4.2.1.5.3
Quando se tratar do fornecimento de estruturas metálicas de tipos já anteriormente utilizados pela
REN, as marcas a adoptar deverão ter composição e localização idênticas às anteriormente usadas.
4.2.1.5.4 - Marcação
a) A marcação por impressão a frio é efectuada à prensa, em caracteres de 13mm para as letras
e algarismos principais e de 10mm para os índices e asteriscos.
b) A profundidade média das impressões não deve ser inferior a 0,5mm, nem superior a 1mm.
c) Qualquer que seja a espessura dos elementos a sua deformação posterior em resultado da
marcação não deve exceder 2mm.
4.2.2 - Soldadura
4.2.2.1.1
Na preparação das juntas para a execução das soldaduras serão admissíveis os seguintes processos
de corte:
a) Corte a maçarico
Será permitido o corte a acetileno ou propano para aços carbono ou de baixa liga, sendo no entanto
preferível a utilização do propano. As superfícies de corte deverão ser sempre esmeriladas, excepto
quando se seguir uma operação de maquinagem;
O corte por plasma pode ser usado para os aços inox e ligas não ferrosas. As superfícies de corte
deverão ser sempre rectificadas por esmerilamento, excepto quando se seguir uma operação de
maquinagem;
c) Maquinagem
e) Outros processos de corte poderão ainda ser usados desde que submetidos à REN para
análise e aprovação.
Na execução das soldaduras mais importantes os chanfros deverão ser controlados nas variáveis mais
importantes para assegurar uma correcta ligação soldada. Esse controlo deverá incluir, entre outros, a
forma do chanfro e o estado de sanidade e limpeza das superfícies.
4.2.2.2 - Processos de Soldadura
c) T.I.G. (tungsten inerte gás), manual ou mecanizado com fio de metal de adição;
e) Outros processos de soldadura poderão ainda ser usados desde que submetidos à REN para
análise e aprovação.
4.2.2.3.1
A execução das soldaduras não deverá iniciar-se sem que sejam aprovados os resultados dos ensaios
de qualificação dos respectivos procedimentos.
a) Nº de código do procedimento;
4.2.2.4.1
Os soldadores e operadores de soldadura que executem trabalhos em construção soldada para a REN
devem possuir a experiência e qualificação adequadas; no mínimo os soldadores devem possuir um
certificado de soldadura. Tal certificado será reconhecido como válido se tiver sido passado por uma
entidade certificadora independente.
4.2.2.4.2
A REN, se entender, pode aceitar e revalidar anteriores qualificações de soldadores sem exigir novos
ensaios, sempre que os anteriores tenham sido presenciados e certificados por uma entidade
independente.
4.2.2.4.3
A REN reserva-se o direito de exigir um controlo, por métodos apropriados, a todas as soldaduras
efectuadas por um soldador, quando se verifique que este não está qualificado para o trabalho em
questão, não possui a necessária experiência profissional ou tenha originado um acentuado número de
rejeições.
4.2.2.4.4
Todo o soldador, deverá ser portador de um punção em aço, com o seu código, que utilizará para
identificar o seu trabalho. O código do soldador deve estar claramente indicado nos certificados.
Todos os consumíveis de soldadura a serem utilizados nesta especificação devem ser provenientes de
fornecedores autorizados e aprovados. A sua qualidade, assim como a consistência das suas
propriedades, deve ser garantida por uma entidade certificadora independente. Para aços carbono e
aços carbono-manganês a REN, se assim o entender, pode aceitar o certificado anual do fabricante ou
o certificado mais recente, sem exigir a extensão de ensaios.
O fio deverá ser preferencialmente revestido a cobre. No entanto, outros tipos de fio não são
excluídos desde que as necessárias precauções sejam tomadas no seu empacotamento e
armazenagem, a fim de evitar inclusões de escória durante a soldadura.
Os consumíveis de soldadura (eléctrodos e fios) devem ser armazenados em local apropriado onde,
com a necessária facilidade, se possa efectuar a verificação da humidade e temperatura. O
manuseamento de consumíveis deve estar sujeito a um procedimento interno bem definido por forma a
assegurar a inexistência de possíveis trocas de eléctrodos e fios, ou que estes sejam armazenados
indevidamente nas oficinas.
4.2.3 - Galvanização
A galvanização (zincagem por imersão a quente) tem por objectivo a aplicação de um revestimento de
zinco nas superfícies dos elementos estruturais, para os proteger da corrosão. Este processo deve
obedecer aos requisitos descritos nos parágrafos seguintes.
A espessura do revestimento deve ser uniforme em toda a superfície de cada elemento estrutural,
constituído por várias camadas de liga ferro-zinco, cada vez mais ricas em zinco à medida que se
aproximam da superfície exterior, essencialmente de zinco puro, deve ter os seguintes valores
mínimos:
O revestimento de zinco deve ter a aderência ao metal base, suficiente para não escamar ou lascar
nas condições normais de manuseamento, transporte, montagem e uso dos elementos estruturais.
d) Áreas sem revestimento (manchas negras), devidas à deficiente preparação das superfícies,
aos defeitos de laminagem do aço, a peças em contacto durante a zincagem ou ao excesso de
alumínio;
g) Inclusões de fluxo;
h) Revestimento cinzento, sem camada exterior de zinco puro, devido à composição do aço ou ao
arrefecimento lento após a galvanização;
A galvanização (zincagem por imersão a quente), obedecendo aos requisitos anteriores, pode
processar-se por 2 vias, a seca e a húmida.
O processo de galvanização a seco, que será tratado nesta especificação, inclui as seguintes
operações:
a) Desengorduramento;
b) Lavagem;
c) Decapagem;
d) Lavagem;
e) Fluxagem;
f) Secagem e aquecimento;
Cada uma destas operações deve ser executada correctamente, para não prejudicar a operação
seguinte e atingir-se assim o objectivo final da galvanização, acima indicado.
4.2.3.5.1 - Desengorduramento
O desengorduramento, tendo por objectivo a eliminação das substâncias gordurosas, tais como óleos
lubrificantes e de corte, das superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da imersão
destes num tanque com uma solução aquosa alcalina, nas seguintes condições:
a) Concentração da solução alcalina: 30-65 g/l, variável com o tipo de produto alcalino utilizado;
A lavagem, tendo por objectivo a limpeza dos vestígios do desengorduramento aderentes às superfícies
dos elementos estruturais, processa-se mergulhando estes uma ou duas vezes num tanque com água
corrente, à temperatura ambiente ou aquecida a 60/70ºC, conforme o tipo de produto de
desengorduramento. A substituição da água deve processar-se regularmente (p.e., periodicidade
semanal).
4.2.3.5.3 - Decapagem
A decapagem, tendo por objectivo a eliminação dos ácidos, a calamina da laminagem e outras
impurezas das superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da imersão destes numa
solução aquosa ácida (clorídrica ou sulfúrica), podendo a primeira ser antecedida de decapagem
mecânica quando houver calamina de laminagem, tintas, escórias da soldadura, etc., dificilmente
removíveis pelo aço clorídrico. No caso da decapagem clorídrica, o processo obedece às seguintes
condições:
A manutenção destas condições em cada banho, que se deve processar regularmente (p.e.,
periodicidade semanal), é conseguida com base em controles e correcções dos seguintes parâmetros:
A substituição dos banhos processa-se quando o teor em ferro atingir o valor de 9 g/l.
A lavagem, tendo por objectivo a limpeza das impurezas da decapagem aderentes às superfícies dos
elementos estruturais, processa-se mergulhando-os, uma ou duas vezes, num tanque de água corrente,
à temperatura ambiente. A substituição da água deve processar-se regularmente (p.e., periodicidade
diária).
4.2.3.5.5 - Fluxagem
A fluxagem, tendo por objectivo a eliminação de óxidos, ferro, sais e humidade persistentes nas
superfícies dos elementos estruturais, processa-se através da sua imersão numa solução aquosa de
cloretos duplos de zinco e amónia (fluxo), a frio ou a quente, nas seguintes condições:
b) Densidade:20-25º Bé;
d) PH: 4,5-5,5;
A manutenção do banho ao longo do tempo, em condições próximas das acima indicadas, deve
processar-se regularmente (p.e., periodicidade semanal), através do controle e correcção da
concentração, densidade e teor de ferro.
4.2.3.5.7 - Zincagem
A zincagem processa-se através da imersão dos elementos estruturais num banho de zinco fundido,
nas seguintes condições:
f) Remoção do zinco duro depositado no fundo da tina, antes de atingir 30cm de altura;
g) Remoção de todos os excessos de zinco nas superfícies dos elementos estruturais, antes da sua
solidificação.
4.2.3.5.8 - Arrefecimento
O arrefecimento dos elementos estruturais galvanizados deve ser facilitado, para impedir a
transformação do zinco puro da superfície exterior do revestimento em liga zinco-ferro, menos
resistente à corrosão. Para o efeito, os elementos estruturais devem ser armazenados devidamente
espaçados e em locais bem arejados. Elementos estruturais com grandes secções e com grande
inércia térmica, poderão ter que ser arrefecidos forçadamente, por imersão em água.
Esta reparação pode ser feita recorrendo a uma tinta rica em zinco ou a uma vareta de liga de zinco.
A espessura mínima do revestimento reparado é de 100µm.
As chapas de suporte em aço galvanizado são do tipo St 37.2 ou outro com características
equivalentes com espessura de 3 mm, galvanizada por imersão a quente e com uma espessura pontual
mínima de 50mm.
4.4.1 - Aço
Valores mínimos
Nos tipos de aço com aptidão para a galvanização (ref.ªs 1 a 5), os teores de silício e fósforo devem
respeitar os seguintes limites: Si=0,15 a 0,35% e P≤0,05%.
4.4.2 - Zinco
O zinco a utilizar na galvanização, com um grau de pureza mínimo de 99,95%, deve ser de 1ª fusão.
4.4.3 - Dimensões
4.4.3.1
Será utilizada parafusaria, segundo normalização métrica, com as seguintes dimensões:
(em mm)
Dimensão M10 M12 M16 M20 M22 M24 M27 M30 M36 M39
Compriment
18,0 19,5 23,0 26,0 28,0 29,5 32,5 35,0 40,0 43,0
o roscado
Entre quinas 18,7 20,8 26,1 32,9 35,0 39,5 45,2 50,8 60,7 66,4
2 8 7 5 3 5 0 5 9 4
Altura 7 8 10 13 14 15 17 19 23 25
cabeça
Altura porca 8 10 13 16 18 19 22 24 29 31
Entre faces 17 19 24 30 32 36 41 46 55 60
4.4.3.3
Os comprimentos dos parafusos, compreendidos entre 20mm e 200mm e escalonados de 5mm em
5mm, serão indicados nas encomendas, caso a caso.
4.4.4 - Revestimento
4.4.4.1
Os parafusos e porcas de dimensões M12 e superior serão totalmente galvanizados por imersão em
zinco fundido, incluindo nas zonas roscadas.
4.4.4.2
As porcas deverão poder roscar-se à mão nos respectivos parafusos, após a galvanização, sem que
haja necessidade de corrigir as roscas.
4.4.4.3
A compensação das sobreespessuras resultantes do zinco de revestimento das roscas, tanto dos
parafusos como das porcas, será obtida através do aumento em 0,2mm da folga entre os diâmetros
destes.
a) Os parafusos, antes da galvanização (em preto), são roscados com o diâmetro nominal;
c) As porcas, após a galvanização, serão passadas com um macho de diâmetro 0,35mm acima do
nominal, para remover os excessos de espessura sem destruir a camada de zinco.
4.4.4.4
O revestimento de zinco deve ser aderente e uniforme e ter as seguintes massas e espessuras:
Valores mínimos
Diâmetro dos
Medição pontual Média das medições pontuais
parafusos
d Massa Espessura Massa Espessura
(mm) (g/m²) (µm) (g/m²) (µm)
d ≥ 20 325 45 395 55
10 < d < 20 250 35 325 45
4.4.4.6
As cabeças dos parafusos e porcas devem apresentar marcas estampadas identificadoras do
respectivo fabricante.
A identificação das classes superiores, respectivamente a 4.6 e 4 (Norma EN 20898-1 e 2), também
deve ser estampada nas cabeças dos parafusos e porcas.
5. - QUALIDADE E ENSAIOS
5.1.1
O fabricante deverá explicitar qual é o seu sistema de garantia da qualidade e se o mesmo está em
conformidade com as exigências das normas ISO.
5.1.2
Deverá ainda apresentar juntamente com a proposta, o seu plano de inspecção e ensaios (PIE),
devendo este incluir todas as observações ensaios e medições que efectuar, na recepção das
matérias-primas, durante o processo de fabrico, na recepção e ensaios finais, de forma a evidenciar
que as estruturas e os seus componentes estão em conformidade com as especificações e se
comportarão correctamente em serviço.
5.1.3
Deverão ser efectuados os ensaios e as inspecções especificados no PIE do fabricante depois de ter
sido aprovado pela REN e que passará a ser documento contratual.
5.1.4
O fabricante registará os resultados de todas as inspecções e ensaios, determinando o seu arquivo. Os
protocolos de todos os ensaios e das inspecções serão disponibilizados por escrito ao cliente.
5.2.1
As estruturas devem cumprir as prescrições relativas aos ensaios, que se dividem em:
5.2.2
Os ensaios de protótipo, por se tratar de ensaios de natureza, uma vez realizados não precisam de ser
repetidos a não ser que ocorram mudanças nas matérias primas, na concepção ou no processo de
fabrico.
5.3.1
Para a realização dos ensaios de protótipos deverão ser fornecidos os seguintes elementos:
Desenhos de montagem das estruturas objecto de ensaio, incluindo desenhos de pormenor de secções
específicas das estruturas (p.e. ligação cabeça/suporte de viga);
Certificados dos tipos de aços utilizados, incluindo nomeadamente a composição química e dureza;
5.3.2
O ensaio do protótipo deve ter em conta que:
A montagem deve ser feita na horizontal, nivelada e alinhada tendo todos os parafusos apertados;
Os parafusos utilizados no ensaio devem ser os indicados no desenho (p.e. comprimentos, diâmetros e
anilhas);
5.3.3
A REN reserva-se o direito de assistir à montagem, ainda que parcial, do protótipo.
5.3.4
Observações e ensaios a efectuar.
5.3.5
Para confirmação dos tipos de aço deverá ser recolhido um provete de cada tipo de aço e efectuar a
medição da sua dureza e composição química.
F-CTEM REV. B 99.01.28 23/30
5.3.6
O fabricante deverá elaborar um relatório final dos ensaios efectuados que deverá incluir:
Os ensaios de recepção das diversas matérias primas deverão constar de Planos de Inspecção e
Ensaio (PIE), incluídos no Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) do fabricante.
5.4.3.2 Parafusos
• Ensaios químicos
- Ensaio da uniformidade do revestimento, (“PREECE”) sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de peso do zinco sobre 1/3 da amostra.
• Ensaios físicos
- Ensaio de martelamento sobre 1/3 da amostra;
- Ensaio de tracção sobre 1/3 da amostra.
Os ensaios químicos poderão ser efectuados de acordo com a norma DIN 729.
Para o ensaio de esmagamento, a porca é apoiada, por uma das faces normais ao furo, sobre um
corpo resistente de ferro e martelada até que a sua espessura fique reduzida a 10%. Não poderá
produzir-se qualquer fenda.
5.4.3.4 Anilhas
Os ensaios químicos poderão ser efectuados de acordo com a norma DIN 729.
As anilhas que são sujeitas ao ensaio de dobragem são as que saem do ensaio da uniformidade do
revestimento.
Para o ensaio de dobragem a anilha é apertada entre as mordentes de um torno de bancada segundo
um dos seus diâmetros. Rebate-se com um martelo a metade livre até que fique em esquadria com a
parte apertada no torno, de seguida, a anilha é novamente direita. A anilha deverá suportar estas duas
operações sem partir.
Deverão ser realizados os ensaios indicados no PIE do fabricante e aprovado pela REN abrangendo
as várias fases de fabrico, nomeadamente corte, furação, quinagem soldadura e galvanização de
Em particular deverão ser tidos em conta os elementos referidos nos pontos 3.2.1, 3.2.2 e 3.2.3 da
presente especificação.
Os ensaios finais deverão estar indicados no Sistema de Garantia da Qualidade, (SGO), do fabricante.
Os ensaios finais fazem parte da inspecção final e são levados a cabo para que o fabricante garanta
que o produto possui todas as características especificadas.
5.6.1 Amostragem
As estruturas metálicas são constituídas por lotes e os parafusos respectivos são embalados em sacos
.
Para a realização dos ensaios de recepção finais deverão ser respeitados os seguintes critérios de
amostragem:
Critério de amostragem:
Amostragem de estruturas:
1-5 1
6 - 10 2
> 10 3
Amostragem de lotes:
1 - 10 2
11 - 20 3
> 20 4
1 - 10 1
11 - 20 2
> 20 3
1 - 100 4
101 - 200 5
> 200 6
Na recepção deverão ser presentes as listas de estruturas a recepcionar, a lista de formação das
mesmas e os certificados de conformidade passados pelos fabricantes dos aços, garantindo que estes
possuem características concordantes com as especificadas, com indicação de todos os ensaios
efectuados e respectivos resultados.
Na recepção deverão ser presentes a listagem dos parafusos porcas e anilhas a recepcionar e os
certificados de conformidade passados pelos fabricantes dos aços, garantindo que estes possuem
características concordantes com as especificadas, com indicação de todos os ensaios efectuados e
respectivos resultados.
As estruturas a recepcionar terão de estar devidamente identificadas como sendo estruturas para a
REN e separadas dos restantes materiais.
Deverá ser verificado se as quantidades dos lotes e das embalagens de parafusos estão de acordo
com a norma de embalagem. Nas embalagens dos parafusos porcas e anilhas deverão ser
confirmadas as quantidades e se estas estão de acordo com a etiqueta respectiva.
Deverão ser confirmadas as dimensões das abas e espessuras dos perfis (p.e. cantoneiras, perfis H e
em I) assim como a espessura das chapas
e) Controlo dimensional das distâncias entre furos, graminhados e diâmetro das furações;
Deverão ser efectuadas as medidas acima referidas e confirmar se aquelas estão de acordo com os
anexos I e II e com o referido no ponto 3.2.1.4.3 da presente especificação.
A medição da espessura do zinco é feita pelo método magnético e deve respeitar o referido no ponto
3.2.3.1 da presente especificação.
Deverão ser verificadas as dimensões dos parafusos, porcas e anilhas e confirmar se estão de acordo
com o referido nos pontos 3.3.3.1 e 3.3.3.2 da presente especificação.
A medição da espessura do zinco é feita pelo método magnético e deverá estar de acordo com o
referido no ponto 3.3.4.4 da presente especificação.
Deverão ser verificadas as marcações da classe dos parafusos e se estas estão de acordo com o
referido no ponto 3.3.4.6 da presente especificação e com a norma de embalagem.
Deverão ser realizados ensaios para verificação da aderência do revestimento a um perfil e a uma
chapa, por tipo de estrutura e para verificação da uniformidade do revestimento a um parafuso, de
cada tipo.
Como ensaio de aderência dos perfis e chapas deverá ser usado o martelo basculante de acordo com
a norma ASTM 123 e para verificação da uniformidade e do peso do revestimento os ensaios de
acordo com a norma DIN 729.
As estruturas só serão aceites quando completas e prontas para serem montadas em condições de
segurança.
Para as estruturas do mesmo tipo objecto de recepção, se for detectada uma não conformidade numa
amostra, duplica-se esta, e:
• Se não for detectada mais nenhuma não conformidade aceita-se o lote com a substituição da peça
não conforme;
• Se for detectada mais alguma não conformidade, rejeita-se o lote.
• Faltar 1 certificado de pelo menos uma matéria prima (aço, zinco e parafusos);
• Faltar 1 lote;
• Faltar 1 atado;
• Faltar 1 elemento;
• Existir 1 dimensão incorrecta de um elemento;
• Faltar 1 embalagem de parafusos, porcas ou anilhas.
Se existir num elemento estrutural (p.e. perfil, chapa, parafuso) uma não conformidade do tipo:
a) Falta de aderência;
b) Espessura de zinco inferior ao mínimo;
c) Referência incorrecta;
d) Nº de parafusos, porcas e anilhas, na embalagem, inferior ao indicado.
Serão verificadas, para o caso das alíneas a), b) e c), todos os elementos do mesmo tipo, nos atados de
todos os lotes da estrutura, objecto da amostra e na falta de um parafuso, alínea d), serão verificados
todas as embalagens com parafusos, porcas e anilhas, do mesmo tipo e classe, da estrutura objecto de
amostra.
Se então voltar a ser encontrada alguma das não conformidades do tipo a), b) e c) serão rejeitadas
todas as estruturas do mesmo tipo objecto de recepção. No caso dos parafusos, porcas e anilhas se se
detectarem faltas, na nova amostra, superiores a 1% do total da mesma classe e tipo, serão igualmente
rejeitadas todas as estruturas do mesmo tipo, objecto da amostra.
5.7.3 Embalagem
5.7.3.1
As estruturas metálicas para subestações serão embaladas de modo a que não haja deterioração da
sua estrutura ou do seu revestimento durante as movimentações e transportes.
5.7.3.2
Os parafusos, porcas e anilhas devem ser expedidos em embalagens (sacos ou baldes) não retornáveis,
bastante resistentes, com o peso aproximado de 20 kg e identificados com uma etiqueta indelével com a
indicação do seu conteúdo (quantidade, tipo e classe).
5.7.3.3
No transporte das estruturas metálicas da fábrica para o estaleiro da obra, a entrega será sempre
acompanhada da correspondente norma de embalagem.
5.7.3.4
Toda e qualquer entrega em estaleiro terá de ser acompanhada do respectivo auto de entrega, que
deverá descriminar os materiais por tipos e quantidades.
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
REDE DE TERRAS
CONDIÇÕES TÉCNICAS - CT
REDE DE TERRAS
ÍNDICE
Pág.
1.1 - Introdução 7
1.2 - Concepção 7
2. MATERIAIS 9
3. TAREFAS DO ADJUDICATÁRIO 10
4. DOCUMENTAÇÃO 11
1.1 - Objectivo 13
1.2 - Aceitação 13
1.2.1 - Ensaios de Aceitação 13
1.2.2 - Sanção 13
1.5 - Amostras 15
1.6 - Normas 15
1.8.1 - Objectivo 15
1.8.2 - Bobinas 16
1.8.3 - Marcação nas bobinas 16
1.8.4 - Tolerância nos comprimentos 17
1.9.1 - Objectivo 17
1.9.2 - Quantidades Estimada e Final 17
1.9.3 - Comprimento por Bobina 17
1.1 - Normas 22
1.4.1 - Inspecção 24
1.4.2 - Ensaios 24
1.4.3 - Embalagem para cabos 25
1.4.4 - Marcação nas bobinas 26
1.5.1 - Dimensões 27
1.5.2 - Comprimento de entrega 27
1.5.3 - Ensaios 27
1.5.4 - Embalagem para barras 28
1.5.5 - Marcação das embalagens 28
2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO 32
3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS 32
4 - MATERIAIS A EMPREGAR 33
5 - CARACTERISTICAS MECÂNICAS 33
5 2 - Resistência ao deslizamento 33
6 - CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS 33
7 - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 34
1.1 - Introdução
A qualidade do circuito de terra e das diversas ligações a esta, é um factor primordial para assegurar a
segurança das pessoas e da exploração de uma instalação eléctrica.
O circuito de terra foi concebido para garantir a colocação à terra de todas as massas metálicas e das
diversas ferragens e limitar a tensão de passo e de contacto a um valor inofensivo.
O circuito de terra servirá igualmente para evitar que o neutro da rede possa ser levado a um potencial
elevado em relação à massa, nomeadamente em caso de perturbações de rede.
A secção dos condutores de circuito de terra foi calculada em função do valor máximo da corrente de
curto-circuito da rede e da duração deste curto-circuito.
1.2 - Concepção
A rede de terras da subestação é constituída por uma rede de terra aérea e uma rede terra
subterrânea.
A rede de terra aérea é constituída por cabos de guarda Guinea apoiados nas cabeças dos pórticos da
subestação.
A rede de terra subterrânea (rede geral de terra) foi concebida em malha rectangular, cobrindo toda a
superfície das instalações e é constituída por cabo de cobre de 120 ou 150 mm² de secção colocado no
solo a uma profundidade de 90 cm (disposição longitudinal) e 70 cm (disposição transversal).
A fim de facilitar as diversas ligações à terra, as malhas ficarão dispostas de maneira que as ligações
aos diversos equipamentos e instalações sejam executadas da forma mais simples.
As ligações entre cabos de terra estão realizadas por ligadores de compressão tipo (C's).
Nos esquemas do traçado da rede de terras é apresentada a forma como será constituída a rede de
terras.
As ligações das diversas massas metálicas à rede geral de terra serão realizadas em cabo de cobre de
120 ou 150 mm², de forma que em caso de corte de um circuito de ligação, nenhuma peça metálica
fique isolada da terra.
As ligações dos cabos às estruturas metálicas far-se-ão acima do solo, sem descontinuidade da malha,
por fixação de dois cabos sobre a estrutura utilizando ligadores apropriados.
A partir deste ligador será derivada uma ligação em antena, constituído por uma barra de cobre de
40x5 ou 50x5 mm² fixada sobre a estrutura metálica (por ligador apropriado) que permitirá a ligação
entre a malha de terra e a aparelhagem suportada. Algumas caixas e armários serão ligados à terra, a
partir desta ligação, em barra 25x3 mm2.
Colocação à terra dos pórticos e suportes e de todo o material que neles se coloque ou fixe - caixas,
armários, etc.
A barra de cobre será fixada às estruturas por acessórios apropriados. Nas uniões e derivações serão
também utilizados acessórios adequados.
Os diversos pórticos previstos terão em todas as suas travessas, uma barra de cobre contínua. Esta
barra será ligada à terra, por meio de barra idêntica fixada a um dos montantes do pórtico.
As estruturas metálicas, conforme desenhos tipo, estão previstas com orifícios dispostos de forma que
permitam o aparafusamento dos acessórios das barras de terra aí apoiadas.
Qualquer orifício complementar eventual (que deve ser evitado) será a cargo do Adjudicatário.
Este deverá também retocar imediatamente a galvanização afectada com uma tinta à base de zinco
As várias ligações serão concebidas de forma que não exista contacto entre metais diferentes
susceptíveis de provocar corrosão electrolítica.
A instalação está equipada com uma única rede de terras que abrange as zonas dos diferentes níveis
de tensão.
2. MATERIAIS
O cabo de guarda a instalar é do tipo GUINEA, conforme o indicado nas Condições Técnicas
“Cabos em Liga de Alumínio”.
O cabo e a barra de cobre a instalar será de acordo com o indicado nas Condições Técnicas “Cabo
e Barra de Cobre”.
Os acessórios para a rede de terras serão conforme o indicado nas Condições Técnicas
“Ligadores para a Rede de Terras”.
Os acessórios para amarração dos cabos de guarda serão conforme o indicado nas Condições
Técnicas “Acessórios de Cadeias de Amarração”.
3.1 - Compete ao Adjudicatário a execução da rede de terras aérea e subterrânea conforme descrito nas CT
e no projecto de construção civil.
3.2 - Os fornecimentos e a execução devem ser realizadas em conformidade com as disposições legais,
prescrições e regras de segurança em vigor, segundo as melhores regras da técnica e segundo o
indicado no Caderno de Encargos.
3.3 - A lista do material a fornecer pelo Adjudicatário será enumerativa e não limitativa.
Este deverá prever todos os fornecimentos necessários - excepto os que forem fornecidos pela REN
que são expressamente mencionadas.
O Adjudicatário deve submeter à aprovação da REN lista de fornecedores dos equipamentos por si
adquiridos.
Todos os equipamentos fornecidos pelo Adjudicatário devem obter a aprovação da REN antes da sua
utilização.
3.4 - A instalação será entregue à REN pronta a ser submetida a verificações que serão realizados pela
REN em colaboração com o Adjudicatário.
3.5 - O Adjudicatário removerá das instalações da REN, e tratará de acordo com a legislação vigente, todos
os desperdícios, lixos e materiais sobrantes.
O Adjudicatário deverá actualizar os desenhos fornecidos pela REN e que sofram qualquer alteração
no decorrer da realização dos trabalhos.
O Adjudicatário deve identificar todos os desenhos, esquemas e listas, por si efectuados, com legenda
cujo formato a REN indicará e com numeração também fornecida pela REN.
O Adjudicatário deverá enviar à REN listas com os nomes e formatos dos desenhos e esquemas, aos
quais a REN atribuirá os números que o Adjudicatário deverá inscrever no local respectivo.
- 3 cópias normais
REDE DE TERRAS
CONTEÚDO
1.1 - Objectivo
Esta secção define as Condições Técnicas Gerais a serem consideradas para o fornecimento de
cabos de liga de alumínio.
Além das Cláusulas constantes dos números seguintes integra este volume a Especificação
Técnica dos Cabos.
1.2 - Aceitação
1.2.2 - Sanção
No caso de um resultado de um dos ensaios, em amostra não ser satisfatório, um novo ensaio
será conduzido sob as seguintes condições:
No caso destes ensaios também se mostrarem insatisfatórios, o fabrico deve ser recusado.
No caso de um ensaio individual numa peça de cabo (bobina) não fornecerem resultados
satisfatórios essa peça de cabo será recusada.
No caso de resultados não satisfatórios em mais do que uma parte do mesmo comprimento de
extrusão este será recusado.
As propostas serão estudadas quando apresentadas por fabricantes que provem ter uma
experiência própria mínima de 3 anos no fabrico deste tipo de cabo e acessórios para níveis de
tensão semelhantes.
A prova de tal experiência será fornecida pelos fornecedores através (da apresentação9 de
listagem do equipamento já fabricado para tensões similares ou acima da requerida e a referência
terá de ser feita para cada cabo específico relativamente a:
- data de fabrico;
- comprador;
- data da instalação;
1.5 - Amostras
A REN não estipula que as amostras serão enviadas com as propostas. Contudo, a REN reserva
o direito de requerer o envio de amostras de equipamento mencionadas pelo fornecedor durante
o período de estudo das propostas.
1.6 - Normas
O equipamento proposto, materiais usados e fabrico estarão de acordo com a última edição das
normas relevantes, especificadas nos documentos de proposta ou de acordo com as
correspondentes normas aceites internacionalmente que a REN possa considerar serem iguais ou
superiores às normas especificadas. Em todo o caso o empreiteiro deve informar a REN,
precisamente, de quais as normas de conformidade do equipamento, materiais ou fabrico.
Relativamente a todo o equipamento eléctrico, a menos que especificado noutro lado ou a menos
da aprovação de outra norma como estabelecido acima, todo o equipamento será conforme as
normas CEI correntes ou, onde tais normas não existam, a uma das normas ASA, BS e
VDE+DIN, como opção do concorrente ou a outras normas, que assegurem qualidade igual ou
mais elevada. Para as normas não escritas em português, o concorrente fornecerá cópias da
tradução inglesa.
Quando não existirem normas, como o caso de patentes de materiais especiais, todos esses
materiais e fabrico deverão ser da melhor qualidade, detalhe completo dos materiais e ensaios de
controlo de qualidade a que sejam sujeitos, deverão ser submetidos à REN na altura da
proposta.
Para aplicação das cláusulas 1.3, 1.4, 1.5 e 1.8 assim como para as Responsabilidades
Garantidas, quando forem encontradas mercadorias defeituosas durante os ensaios de fabrico ou
durante inspecções no destino, a correspondente substituição será o comprimento completo da
bobina ou o conjunto completo de acessórios.
1.8.1 - Objectivo
Nesta secção estão listados requisitos complementares que o fornecimento deve cumprir.
Os cabos devem ser embalados em bobinas não retornáveis e construídas com madeira de boa
qualidade. Não serão aceites na recepção bobinas em mau estado.
O diâmetro das abas deve ser suficiente para conter 1 000 metros de cabo, deixando uma
margem no mínimo de 75 mm após a última camada de cabo, e não deve exceder 1 200 metros.
As superfícies das abas, em redor dos orifícios, devem ser reforçados com peças de ferro.
A largura de casa bobina, medida entre as superfícies internas das abas, não deve exceder 1 000
mm.
Cada bobina deve possuir protecção contra a intempérie (plástico ou outro, sobre o cabo) e
acções agressivas no transporte e cargas (ripas de madeira pregadas às abas, aglomerado ou
cartão canelado forte).
As camadas de cabo devem ser enroladas por forma a evitar fricções inconvenientes e as pontas
devidamente protegidas para garante da cableagem.
A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e cargas.
- tipo de cabo
- comprimento de cabo
- peso líquido
- nome do fabricante
- destino
Em situações excepcionais, e após acordo da REN, pode a tolerância por bobina ser de + 5%.
1.9.1 - Objectivo
Nas Condições Especiais do Contrato são detalhadas as respectivas datas para entrega nas
Subestações de Canelas, Chafariz e Recarei.
Os valores final e correctos a ser fornecidos pelo empreiteiro serão afixados pela REN na data
de adjudicação do contrato ou numa data posterior a acordar com o fabricante.
Em qualquer caso, assume-se que estes valores finais não variarão em mais do que ± 10%
relativamente aos agora mencionados.
Os comprimentos por bobina serão definitivamente fixados pela REN na altura de acordo com o
que está estabelecido na cláusula 1.15.2 destas C.T.
2.1.1 - Objectivo
Esta secção descreve as especificações técnicas que devem cumprir os cabos a fornecer.
D - CABO "GUINEA"
4. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS
5. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS
2.2.1 - Objectivo
Nesta secção listam-se os ensaios e condições de ensaio a que os cabos são sujeitos a fim de
serem aceites.
Os fabricantes devem indicar outros ensaios propostos para o cabo, nomeadamente Ensaios
Tipo.
2.2.2 - Ensaios
2.2.2.1.1 - A oferta deve incluir como documentos bastante detalhados o Ensaio Tipo nos cabos a
serem fornecidos, nomeadamente condições de ensaio e resultados.
2.2.2.1.2 - A REN reserva o direito de pedir, a qualquer momento, e a suas próprias expensas, que
um ou mais Ensaios Tipo seja repetido completa ou parcialmente.
2.2.3.1 - Os ensaios de fábrica referidos nestas especificações ou propostos pelo fabricante serão
efectuados a expensas do fabricante.
2.2.3.2 - A REN reserva o direito de inspeccionar o cabo durante o fabrico, excepto quando os
procedimentos são de natureza confidencial.
2.2.3.3 - Alguns ensaios podem ser efectuados para informação da REN, a seu próprio pedido.
2.2.3.4 - Em situação de dúvida ou não clareza de definições, as condições para condução de tais
ensaios, e os seus resultados, deverão estar de acordo com as Publicações CEI 540 e 502 se
aplicáveis.
2.2.3.5 - As datas de realização dos ensaios devem ser acordadas entre a REN e o fabricante a fim
de evitar o máximo de deslocações para esse fim, e devem ser confirmados pelo fabricante
pelo menos 30 dias antes da execução.
1.1 - Normas
As características dos fios, dos cabos e das barras de cobre devem cumprir o disposto na última
edição das normas:
Os ensaios devem ser conduzidos como especificado nas normas antes mencionadas ou de
acordo com outras aceites pela EDP de grau de exigência igual ou superior àquela.
Todas as normas a utilizar deverão ser as últimas publicadas à data das propostas.
O cobre deverá ser comercialmente puro, com uma componente mínima de cobre 99,9%,
endurecido devido ao estiramento sofrido.
Coeficiente de dilatação linear - o valor adoptado para o coeficiente de dilatação linear do fio de
cobre é de 17 x 10-6ºC-1.
Aspecto exterior- A superfície exterior dos fios de cobre deve ser lisa e não apresentar
asperezas, escamas, estrias, rebarbas, inclusões ou quaisquer outros defeitos semelhantes. Deve
estar limpa e livre de qualquer vestígio de óxidos, sulturetos ou outros materiais estranhos,
nomeadamente produtos anímicos usados na decapagem.
Os fios de última camada devem ser enrolados sempre à direita (sentido de cablagem z), devendo
os fios das diversos camadas ser igual e firmemente cableados sobre as camadas subjacentes.
Os cabos devem ser entregues em bobinas com os comprimentos pedidos nas encomendas,
admitindo-se, em relação a estes, uma tolerância de 5%.
1.4.1 - Inspecção
Aos representantes da EDP devidamente credenciados devem ser dadas todas as facilidades
durante o fabrico para verificação do respectivo pelas especificações.
O Adjudicatário terá de fazer prova que durante o fabrico todos os materiais são testados, por
forma a satisfazer completamente a qualidade exigida pelas especificações e normas aplicáveis.
1.4.2 - Ensaios
Os ensaios devem ser efectuados à temperatura compreendida entre 10 e 30ºC, salvo indicação
contrária na especificação de cada um dos ensaios.
a) Ensaios dimensionais
O diâmetro dos fios é medido com limites de erro 0,01 mm através de um aparelho
adequado, tomando-se como valor do diâmetro a média de duas leituras feitas em duas
direcções ortogonais numa mesma secção recta do fio.
Relação de enrolamentos
b) Ensaios eléctricos
A resistência linear dos cabos deve ser medida com a amostra à temperatura de 20 + 10ºC
entre dois pontos distantes, em regra, de 1 m. Na medição da temperatura da amostra a
ensaiar deve ter-se em conta o aquecimento desta por efeitos de Joule.
c) Ensaios mecânicos
- ensaio de tracção;
Os cabos devem ser entregues em bobinas de madeira de boa qualidade, não sendo aceites na
recepção bobinas em mau estado.
As bobinas devem possuir 2 abas circulares com um diâmetro suficiente para impedir quaisquer
riscos de contacto do condutor com o solo durante as operações normais de transporte e
desenrolamento.
O eixo de bobina deve possuir um orifício com cerca de 90 mm de diâmetro. Este orifício deverá
ser reforçado com peças de ferro.
A largura de cada bobina, medida entre as superfícies internas das abas não deverá exceder 1
000 mm.
Para consolidação da embalagem, o condutor deve ser protegido por meio de ripas pregadas na
beriteira das rodas das bobinas e com afastamento máximo de 10 cm entre cada uma delas,
devendo existir, internamente, uma protecção do cabo contra a intempérie (como por exemplo,
folhas de plástico maleável).
A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e carga.
Os cabos nas bobinas devem apresentar-se isentos de sujidade, partículas e demais depósitos
estranhos, devendo, ainda, estar livres de quaisquer excessos de óleo.
As bobinas de cabo devem ter uma etiqueta onde constem, de forma legível e durável as
seguintes indicações:
- nome de fabricante;
- material do cabo;
- secção nominal;
- comprimento do cabo;
- número da bobina;
1.5.1 - Dimensões
- barra cobre 50 mm x 5 mm
- barra cobre 40 mm x 5 mm
- barra cobre 25 mm x 3 mm
- barra cobre 25 mm x 5 mm
1.5.3 - Ensaios
Para a realização dos ensaios das barras de cobre deve seguir-se as normas Americanas ASTM-
E (que define os provetes) e a norma DIN 40 500 parte 3 para os ensaios eléctricos e
mecânicos.
Os atados de barras devidamente protegidos contra as intempéries (por exemplo com folhas de
plástico maleável) serão embalados em caixas ou grades de madeiras em bom estado.
As caixas ou grades devem ter uma etiqueta onde constem, de forma legível e durável as
seguintes indicações:
- nome do fabricante:
- material da barra;
- número de barras;
- subestação de destino.
Os ligadores de cruzamento ou tipo "C" para interligar cabos de cobre cruzados ou justapostos,
serão em cobre electrolítico duro e deverão ter as dimensões adequadas para permitir o aperto de
dois cabos de cobre nas seguintes dimensões:
1.1 - Ligadores tipo "C1" para abraçar dois cabos de cobre c/150 mm2 de secção. Des. Nº GE/SB
25560-folha 1.
1.2 - Ligadores do tipo "C2" para abraçar dois cabos de cobre c/120 mm2 de secção. Des. Nº
GE/SB 25560-folha 2.
1.3 - Ligadores tipo "C3" para abraçar dois cabos de cobre, tendo um deles 150 mm2 e o segundo 35
mm2. Des. Nº GE/SB 225560-folha 3.
1.4 - Ligadores tipo "C4" para abraçar dois cabos de cobre, tendo um deles 120 mm2 e o segundo 35
mm2. Des. nº GE/SB 25560-folha 4.
Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a interligação
entre dois cabos de cobre com 150 ou 120 mm2 de secção a uma barra de cobre de (50x5) mm ou
(40x5) mm. Este conjunto será fixado por meio de parafusos em aço inox a uma estrutura metálica
galvanizada, pelo que, cada ligador será fornecido com uma chapa bimetálica (cobre/alumínio) para
intercalar entre o ligador e a estrutura. Des. nº GE/SB 25560-folha 5.
O ligador "H-A" deverá possuir uma alheta de modo a permitir a ligação à terra das pinças em caso
de trabalhos. Des. GE/SB 25560-folha 6.
Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fixar cabos de terra
de 120 ou 150 mm2 às estruturas metálicas.
O ligador será fixado à estrutura metálica galvanizada, por meio de um parafuso em aço inox, sendo
fornecida uma anilha bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura. Des.
GE/SB 25560-folha 7.
Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a interligação
entre dois cabos de cobre com 120 ou 150 mm2 de rede de terra enterrada à rede de terra
superficial.
Este conjunto será fixado por meio de um parafuso em aço inox sendo fornecida uma anilha
bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura.
O ligador "T3-A" deverá possuir uma alheta de modo a permitir a ligação à terra dos painéis em
caso de trabalhos. Des. GE/SB 25560-folhas 8, 9, 10 e 11.
Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fixar as barras de
cobre as estruturas metálicas, "B1", fixam barras de 50 x5 mm e "B2" fixam barras de 40 x5 mm.
O suporte será fixado à estrutura metálica galvanizada, por meio de um parafuso em aço inox, sendo
fornecida uma anilha bimetálica (cobre/alumínio) para intercalar entre o ligador e a estrutura. Des.
GE/SB 25560-folhas 12 e 13.
Estes ligadores serão em cobre electrolítico duro ou em bronze e destinam-se a fazer a união ou
cruzamento de barras de cobre de 40x5 mm ou 50x5 mm sobre as estruturas metálicas. Des.
GE/SB 25560-folhas 14 e 15.
Estes ligadores terminais de cabo serão em cabo electrolítico duro ou em latão e destinam-se a fazer
ligações à terra de caixas de reagrupamento, quadros e vedações de recintos de equipamentos de
AT. Des. GE/SB 25560-FOLHAS 16, 17 e 18.
NOTA:
1 - INTRODUÇÃO
A presente especificação aplica-se aos acessórios para cadeias de isolado-res (amarração ou suspensão) e
amarrações de cabos de guarda, a empregar em subestações de alta tensão.
2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os acessórios serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.
Serão definidas caso a caso, em função da instalação a que se destinem, as seguintes condições
específicas:
- tensões nominais;
- intensidades e durações de correntes de curto-circuito;
- tipo ou grau de poluição da atmosfera.
3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
O fabrico dos acessórios, com materiais de primeira qualidade, deverá ser suficientemente cuidado, por
forma a evitar a existência de arestas vivas ou pontas, susceptíveis de provocar eflúvios e perturbações
radio-eléctricas.
As peças em contacto com os cabos condutores serão devidamente maquinadas, por forma a não os ferir.
Todos os acessórios devem ser acompanhados dos elementos necessários à sua montagem (eixos,
cavilhas, porcas, anilhas, golpilhas, pinças, etc...) devendo a concepção do acessório procurar minimizar o
número de peças empregues e facilitar a respectiva montagem.
Os acessórios deverão ainda ser concebidos de forma a apresentar grandes superficies de contacto entre
elementos contíguos com vista a diminuir a resistência eléctrica oferecida ao escoamento das correntes de
curto--circuito.
Os materiais a empregar no fabrico dos acessórios deverão possuir caracte-rísticas mecânicas e eléctricas
adequadas às funções a desempenhar, devendo ainda apresentar uma grande estabilidade e elevada
resistência a corrosão atmosférica ou electrolítica.
As golpilhas serão de aço inox, A4 18/12 MO, segundo a norma DIN 4404, ou em liga de alumínio
especial.
Todas as peças ferrosas à excepção das de aço inox serão galvanizadas a quente. A galvanização será
efectuada em conformidade com as prescrições das normas ASTM, nomeadamente, A 153-73 e A
239-73.
5 - CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
5 2 - Resistência ao deslizamento
As pinças de amarração dos condutores e dos cabos de guarda deverão poder suportar os cabos sem
deslizamento, supondo um esforço de tracção nestes cabos não inferior a 95% da carga de rotura teórica
dos condutores.
6 - CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS
Todos os acessórios deverão ser concebidos e dimensionados por forma a apresentar uma resistência
eléctrica de contacto o mais reduzida possível.
Nas cadeias de isoladores deverão utilizar-se tranças ou cabos de cobre estanhado de secção adequada,
com a finalidade de "shuntar'' os acessórios, que apresentam um contacto natural insuficiente para o
escoamento das correntes de curto-circuito.
Todos os acessórios constituintes das cadeias de isoladores, deverão ser dimensionados para poderem
suportar a intensidade e durações das correntes de curto-circuito especificadas para a instalação.
Os acessórios de protecção (hastes) tal como os seus suportes de fixação deverão ser concebidos e
dimensionados duma maneira particularmente robusta, por forma a assegurar uma protecção eficaz das
cadeias contra os efeitos dos arcos de potência.
As tensões suportáveis a onda de choque normalizada 1,2/50 ms, a seco e as tensões suportáveis à
frequência industrial durante 1 minuto, sob chuva, serão as seguintes:
60 325 140
150 750 325
220 950 395
400 1425 ----
Todos os acessórios serão concebidos e fabricados por forma a que a tensão à qual se possa observar
visualmente o desaparecimento de eflúvios eléctricos na escuridão e em condições atmosféricas normais,
não seja inferior a 1,15 Un/Ö3 kV, 50 Hz, entre fase e terra.
A tensão de radio-interferência para uma frequência aproximada de 1 MHZ (RIV), não deverá ser
superior a 500 mv para uma cadeia de suspensão ou de amarração, sob uma tensão aplicada de 1,15
Un/Ö3 kV, 50 Hz.
Estas características referem-se a cadeias completas, cada isolador terá uma gama RIV inferior a 30 mv
sob 10 kV a 50 Hz ou 1200 mv sob 20 kV.
7 - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
ÍNDICE
Pág.
ANEXOS
Devem ser fornecidos todos os ligadores que permitam fazer as ligações de todos os tubos e
cabos de alumínio entre si e aos diversos equipamentos de A.T.
O Adjudicatário deverá estar equipado com um número suficiente de chaves dinamométricas, que
satisfaça as necessidades do trabalho.
A montagem dos ligadores deve ser feita seguindo rigorosamente o plano de montagem de cada
painel e as referências dos ligadores, devem ser iguais às dos planos, caso contrário deve-se
seleccionar cuidadosamente os ligadores.
Os ligadores devem ter inscrito de forma bem visivel a sua referenciação e esta deve estar de
acordo com a codificação da REN.
Em anexo segue o Mapa de ligadores com a listagem completa de todos os ligadores codificados.
O Adjudicatário deverá montar na extremidade dos cabos constituintes de cada ligação flexível,
os ligadores previstos para cada aplicação. Se o comprimento da ligação o exigir, serão colocados
espaçadores que garantam o afastamento dos cabos que constituem os feixes.
Os diversos ligadores serão aplicados pelo Adjudicatário nos pontos de ligação indicados nos
planos dos paineis. As aplicações de cada ligador devem ser discriminadas em tabela apresentada
em anexo aos planos.
Nos apertos mecanicos entre ligadores e aparelhagem, utilizar apenas parafusos de aço inox,
classe A4.
Os apertos binários deverão ser sempre indicados pelo fabricante dos ligadores. Em caso de não
existirem indicações, aplicar os valores das tabelas técnicas, para os parafusos em causa.
Todo o aperto executado sem chave dinamométrica dará lugar à inutilização do ligador, sendo da
responsabilidade do Adjudicatário a sua substituição.
As ligações rígidas em tubo, não poderão exercer sobre os seus apoios, outros esforços que não
sejam os devidos apenas ao seu peso próprio.
Antes da entrada em serviço, devem ser reapertados todos os ligadores com os respectivos
binários, com especial atenção às ligações ligador/cabo.
1.4 - Documentação
ÍNDICE
Pág.
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
2 - NORMAS ......................................................................................................................... 7
3 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO............................................................................................. 7
6 - ENSAIOS ......................................................................................................................... 9
1 - INTRODUÇÃO
2 - NORMAS
Serão também aplicáveis as publicações referidas na norma citada no seu anexo III.
3 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os ligadores serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima Português.
Em todos os casos o dimensionamento dos ligadores deve garantir que o seu aquecimento devido a
passagem da corrente não ultrapasse 85° C em regime permanente e 200° C em regime de
curto-circuito.
Os metais e ligas a empregar no fabrico de ligadores devem ser de grande estabilidade, elevada
resistência à corrosão atmosférica ou electrolitica, muito baixa resistividade eléctrica, e de
características mecânicas compatíveis com as solicitações a que deverão responder.
A textura destes materiais deve ser perfeitamente homogénea, não apresentando falhas, fissuras ou
quaisquer outros defeitos.
Os ligadores destinados a elementos em liga de alumínio (tubos, cabos, bornes, etc.) devem ser
compostos exclusivamente por peças das seguintes ligas:
- AS7G tratado termicamente (estado Y23) ou não tratado (estado Y20), para as partes
submetidas a esforços mecânicos elevados;
- cobre electrolítico;
- bronze B1;
- cupro-alumínio.
As duas partes do ligador serão ligadas por meio de uma junta plana constituída por duas-folhas,
unidas por laminagem a frio, uma de alumínio e outra de cobre.
A parafusaria de fixação desta junta será de aço inox, protegida por forma a evitar a corrosão
dos contactos, e incluíra anilhas elásticas.
A zona da junta bimetálica será protegida por pintura ou verniz resistente à intempérie e às
variações de temperatura.
4.3 - Parafusaria
Toda a parafusaria será em aço inox A4 18/12 MO, em conformidade com a norma DIN 4404.
4.4 - Identificação
Não são admissíveis ligadores que não possam, ser desmontados após instalados (a excepção
das uniões de compressão), nem ligadores com uniões por aperto cónico.
Planos de pormenor referentes a cada instalação indicarão a forma, função, dimensões das ligações e
sua fixação para os diversos ligadores a considerar.
6 - ENSAIOS
Todos os ensaios serão efectuados sobre ligadores novos e completos, equipados com troços de
condutores do tipo e características daqueles a que os ligadores se destinam. O comprimento dos
troços de condutor a empregar não deveram ser inferiores a 100 vezes o respectivo diâmetro,
com um mínimo de 1 m.
Os condutores devem ser novos e não poderão ser usados em mais que um ensaio.
A composição dos metais e ligas deverá estar de acordo com o indicado em 4, não podendo as
taxas de impurezas ultrapassar os valores previstos nas normas respectivas.
Serão efectuados ensaios de tracção estática e ensaios de flexão estática, em conformidade com
as disposições de ensaio e valores indicados nos quadros I e II.
VALOR EM % DA
TIPO DE LIGADOR PONTOS DE APLICAÇÃO DA FORÇA CARGA NOMINAL DE
ROTURA DO CABO
F
União com derivação 10%
Placa-Cabo 10%
F F
DISPOSIÇÕES DE MONTAGEM
F1
F2 F1
F2
F1
F2
F’2
F’2
F’1
F’1 F’2
F’1
125 mm
125 mm
125 mm
1º Ensaio: F1 = F’1 = F2 = F’2 = 400 daN 2º Ensaio: F1 = F’1 = F2 = F’2 ≥ 800 daN
O esforço será aplicado por uma máquina de tracção a cujas maxilas será fixado a extremidade
livre do cabo mediante dispositivo de amarração adequado.
Nos ensaios de flexão as deformações registadas para a força de 400 daN deverá manter-se
estritamente dentro do domínio elástico, enquanto as deformações correspondentes a força de
800 daN não deverão ser acompanhadas de quaisquer vestígios de rotura.
Em qualquer das montagens de ensaio o tubo deverá estar na horizontal, sendo o ligador
montado na mesma posição em que irá funcionar quando em serviço Nos ensaios
correspondentes às situações de apoio simples a montagem incluirá um outro apoio simples às
distancias indicadas no Quadro IV.
São igualmente indicados no Quadro IV os valores das forças estáticas ou alternadas a aplicar
nos ensaios.
Encrastamento F1
B
F2
Apoio Fixo F3
B B
F2
= =
Apoio móvel T1 T2
F2
shunt 4000 A 70 - - - -
T1 e T2 (daN)
shunt 3150 A - 60 60 50 50
(valor máximo)
shunt 2000 A - - - 40 40
As placas de ligação serão aparafusadas a chapas de alumínio com um comprimento não inferior
a 500 mm e com as seguintes dimensões transversais (mm):
- em cabos a temperatura de referência deve ser medida junto a alma central a uma
distância do ligador não inferior a 50 vezes o diâmetro do cabo;
- em tubos a temperatura será medida na parte superior a uma distância do ligador não
inferior a 1 m;
- nas partes maciças o contacto térmico deverá ser estabelecido enfiando a extremidade
num furo de diâmetro a medida deste e com 3 a 5 mm de profundidade.
A atmosfera do laboratório embora não devendo ser confinada não deverá apresentar correntes
de ar de velocidade superior a 1 cm/s.
A duração do ensaio será a suficiente para que as indicações de temperatura fornecidas pelos
termopares estabilizem não devendo em caso algum ser inferior a 1 hora.
Durante o ensaio nenhum ponto do ligador deverá atingir temperaturas superiores à temperatura
de referência dos condutores ligados.
Após o ensaio, nem o ligador nem os troços dos condutores apertados pelo mesmo deverão
apresentar quaisquer zonas corroídas.
Os ensaios de tipo a que serão submetidos os ligadores são indicados na normas - NF C 66-800
e igualmente referidos neste documento:
- verificação de dimensões;
- ensaio de tração;
- ensaio de flexão;
- ensaio de envelhecimento;
Caso não se encontrem nas condições prescritas 2 ou mais peças de um lote este é recusado. Se
apenas uma das unidades não satisfaz os ensaios de recepção, estes são repetidos sobre uma
amostra dupla da primeira. Verificando-se completa satisfação dos ensaios o lote é aceite, caso
contrário será recusado em definitivo.
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
CONDIÇÕES TÉCNICAS-CT
ÍNDICE
Pág.
1.1 - Objectivo
Esta secção define as Condições Técnicas Gerais a serem consideradas para o fornecimento de
cabos de liga de alumínio para as Subestações.
Além das Cláusulas constantes dos números seguintes integra este volume a Especificação Técnica
dos Cabos.
1.2 - Aceitação
1.2.2 - Sanção
O fornecimento de todo o equipamento pode ser recusado se não cumprir os ensaios de aceitação.
No caso de um resultado de um dos ensaios, em amostra não ser satisfatório, um novo ensaio será
conduzido sob as seguintes condições:
No caso dos resultados obtidos nos ensaios na segunda série de amostras ser satisfatório, o cabo
será aceite excluindo as partes dos comprimentos de extrusão que não forneceram bons resultados
durante os ensaios nas amostras.
No caso destes ensaios também se mostrarem insatisfatórios, o fabrico deve ser recusado.
No caso de um ensaio individual numa peça de cabo (bobina) não fornecerem resultados
satisfatórios essa peça de cabo será recusada.
No caso de resultados não satisfatórios em mais do que uma parte do mesmo comprimento de
extrusão este será recusado.
As propostas serão estudadas quando apresentadas por fabricantes que provem ter uma
experiência própria mínima de 3 anos no fabrico deste tipo de cabo e acessórios para níveis de
tensão semelhantes.
A prova de tal experiência será fornecida pelos fornecedores através (da apresentação9 de
listagem do equipamento já fabricado para tensões similares ou acima da requerida e a referência
terá de ser feita para cada cabo específico relativamente a:
- data de fabrico;
- comprador;
F-CTCLA REV.A 99.02.22 4/14
- data da instalação;
1.5 - Amostras
A REN não estipula que as amostras serão enviadas com as propostas. Contudo, a REN reserva o
direito de requerer o envio de amostras de equipamento mencionadas pelo fornecedor durante o
período de estudo das propostas.
1.6 - Normas
O equipamento proposto, materiais usados e fabrico estarão de acordo com a última edição das
normas relevantes, especificadas nos documentos de proposta ou de acordo com as
correspondentes normas aceites internacionalmente que a REN possa considerar serem iguais ou
superiores às normas especificadas. Em todo o caso o empreiteiro deve informar a REN,
precisamente, de quais as normas de conformidade do equipamento, materiais ou fabrico.
Relativamente a todo o equipamento eléctrico, a menos que especificado noutro lado ou a menos
da aprovação de outra norma como estabelecido acima, todo o equipamento será conforme as
normas CEI correntes ou, onde tais normas não existam, a uma das normas ASA, BS e
VDE+DIN, como opção do concorrente ou a outras normas, que assegurem qualidade igual ou
mais elevada. Para as normas não escritas em português, o concorrente fornecerá cópias da
tradução inglesa.
Quando não existirem normas, como o caso de patentes de materiais especiais, todos esses
materiais e fabrico deverão ser da melhor qualidade, detalhe completo dos materiais e ensaios de
controlo de qualidade a que sejam sujeitos, deverão ser submetidos à REN na altura da proposta.
Para aplicação das cláusulas 1.3, 1.4, 1.5 e 1.8 assim como para as Responsabilidades
Garantidas, quando forem encontradas mercadorias defeituosas durante os ensaios de fabrico ou
durante inspecções no destino, a correspondente substituição será o comprimento completo da
bobina ou o conjunto completo de acessórios.
1.8.1 - Objectivo
Nesta secção estão listados requisitos complementares que o fornecimento deve cumprir.
1.8.2 - Bobinas
Os cabos devem ser embalados em bobinas não retornáveis e construídas com madeira de boa
qualidade. Não serão aceites na recepção bobinas em mau estado.
O diâmetro das abas deve ser suficiente para conter 1 000 metros de cabo, deixando uma margem
no mínimo de 75 mm após a última camada de cabo, e não deve exceder 1 200 metros.
As superfícies das abas, em redor dos orifícios, devem ser reforçados com peças de ferro.
A largura de casa bobina, medida entre as superfícies internas das abas, não deve exceder 1 000
mm.
Cada bobina deve possuir protecção contra a intempérie (plástico ou outro, sobre o cabo) e
acções agressivas no transporte e cargas (ripas de madeira pregadas às abas, aglomerado ou
cartão canelado forte).
As camadas de cabo devem ser enroladas por forma a evitar fricções inconvenientes e as pontas
devidamente protegidas para garante da cableagem.
A primeira camada dos cabos deve ser fixada à aba para evitar desenrolamentos perniciosos
durante as acções de transporte e cargas.
- número de bobina
- tipo de cabo
- comprimento de cabo
- peso líquido
- tara
- nome do fabricante
- destino
Em situações excepcionais, e após acordo da REN, pode a tolerância por bobina ser de + 5%.
1.9.1 - Objectivo
Nas Condições Especiais do Contrato são detalhadas as respectivas datas para entrega nas
Subestações de Canelas, Chafariz e Recarei.
Os valores final e correctos a ser fornecidos pelo empreiteiro serão afixados pela REN na data de
adjudicação do contrato ou numa data posterior a acordar com o fabricante.
Em qualquer caso, assume-se que estes valores finais não variarão em mais do que ± 10%
relativamente aos agora mencionados.
Os comprimentos por bobina serão definitivamente fixados pela REN na altura de acordo com o
que está estabelecido na cláusula 1.15.2 destas C.T.
2.1.1 - Objectivo
Esta secção descreve as especificações técnicas que devem cumprir os cabos a fornecer.
2. Composição - 91 x 4,00 mm
NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.
9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente estável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3
2. Composição - 91 x 3,45 mm
NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.
9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente es- tável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3
- ponto de gota: 200°C.
2. Composição - 61 x 3,45 mm
NOTA: Os fios podem ser cablados quer seguindo a parte central da letra Z (à direita) quer se-
guindo a parte central da letra S (à esquerda), mas duas camadas sucessivas são sempre
cableadas em sentido inverso.
9. Lubrificação do Cabo: através de uma massa neutra, quimicamente es- tável com as seguintes
características:
- peso específico: 0,902 g/cm3
- ponto de gota: 200°C.
D - CABO "GUINEA"
4. CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS
5. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
6. CARACTERISTICAS ELÉCTRICAS
2.2.1 - Objectivo
Nesta secção listam-se os ensaios e condições de ensaio a que os cabos são sujeitos a fim de
serem aceites.
Os fabricantes devem indicar outros ensaios propostos para o cabo, nomeadamente Ensaios Tipo.
2.2.2 - Ensaios
2.2.2.1.1 - A oferta deve incluir como documentos bastante detalhados o Ensaio Tipo nos cabos a
serem fornecidos, nomeadamente condições de ensaio e resultados.
2.2.2.1.2 - A REN reserva o direito de pedir, a qualquer momento, e a suas próprias expensas, que um
ou mais Ensaios Tipo seja repetido completa ou parcialmente.
- Aspecto exterior
- Diâmetro nominal e tolerâncias f Pelo menos sobre
- Tensão de ruptura por tracção 30% das bobinas
2.2.3.1 - Os ensaios de fábrica referidos nestas especificações ou propostos pelo fabricante serão
efectuados a expensas do fabricante.
2.2.3.2 - A REN reserva o direito de inspeccionar o cabo durante o fabrico, excepto quando os
procedimentos são de natureza confidencial.
2.2.3.3 - Alguns ensaios podem ser efectuados para informação da REN, a seu próprio pedido.
2.2.3.4 - Em situação de dúvida ou não clareza de definições, as condições para condução de tais
ensaios, e os seus resultados, deverão estar de acordo com as Publicações CEI 540 e 502 se
aplicáveis.
2.2.3.5 - As datas de realização dos ensaios devem ser acordadas entre a REN e o fabricante a fim de
evitar o máximo de deslocações para esse fim, e devem ser confirmados pelo fabricante pelo
menos 30 dias antes da execução.
2.2.3.6 - A REN reserva-se o direito de ser substituída ou acompanhada por alguém, na altura da
recepção do equipamento e para esse fim.
DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 1/6
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 3
2. CONDIÇÕES DE SERVIÇO 3
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS 3
4. MATERIAIS A EMPREGAR 4
5. CARACTERISTICAS MECÂNICAS 4
6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS 5
7. CONDIÇÕES DE SERVIÇO 6
8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 6
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 2/6
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
1. INTRODUÇÃO
A presente especificação aplica-se aos acessórios para cadeias de isoladores (amarração ou suspensão) e
amarrações de cabos de guarda, a empregar em subestações de alta tensão.
2. CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os acessórios serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem qualquer
protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.
Serão definidas caso a caso, em função da instalação a que se destinem, as seguintes condições específicas:
- tensões nominais;
- intensidades e durações de correntes de curto-circuito;
- tipo ou grau de poluição da atmosfera.
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
O fabrico dos acessórios, com materiais de primeira qualidade, deverá ser suficientemente cuidado, por
forma a evitar a existência de arestas vivas ou pontas, susceptíveis de provocar eflúvios e perturbações
radio-eléctricas.
As peças em contacto com os cabos condutores serão devidamente maquinadas, por forma a não os ferir.
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 3/6
Todos os acessórios devem ser acompanhados dos elementos necessários à sua montagem (eixos, cavilhas,
porcas, anilhas, golpilhas, pinças, etc...) devendo a concepção do acessório procurar minimizar o número
de peças empregues e facilitar a respectiva montagem.
Os acessórios deverão ainda ser concebidos de forma a apresentar grandes superficies de contacto entre
elementos contíguos com vista a diminuir a resistência eléctrica oferecida ao escoamento das correntes de
curto--circuito.
4. MATERIAIS A EMPREGAR
Os materiais a empregar no fabrico dos acessórios deverão possuir caracte-rísticas mecânicas e eléctricas
adequadas às funções a desempenhar, devendo ainda apresentar uma grande estabilidade e elevada
resistência a corrosão atmosférica ou electrolítica.
As golpilhas serão de aço inox, A4 18/12 MO, segundo a norma DIN 4404, ou em liga de alumínio
especial.
Todas as peças ferrosas à excepção das de aço inox serão galvanizadas a quente. A galvanização será
efectuada em conformidade com as prescrições das normas ASTM, nomeadamente, A 153-73 e A
239-73.
5. CARACTERISTICAS MECÂNICAS
As pinças de amarração dos condutores e dos cabos de guarda deverão poder suportar os cabos sem
deslizamento, supondo um esforço de tracção nestes cabos não inferior a 95% da carga de rotura teórica
dos condutores.
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 4/6
6. CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS
Todos os acessórios deverão ser concebidos e dimensionados por forma a apresentar uma resistência
eléctrica de contacto o mais reduzida possí-vel.
Nas cadeias de isoladores deverão utilizar-se tranças ou cabos de cobre estanhado de secção adequada,
com a finalidade de "shuntar'' os acessórios, que apresentam um contacto natural insuficiente para o
escoamento das correntes de curto-circuito.
Todos os acessórios constituintes das cadeias de isoladores, deverão ser dimensionados para poderem
suportar as intensidades e durações das correntes de curto-circuito especifícadas para a instalação.
Os acessórios de protecção (hastes) tal como os seus suportes de fixação deverão ser concebidos e
dimensionados duma maneira particularmente robusta, por forma a assegurar uma protecção eficaz das
cadeias contra os efeitos dos arcos de potência.
As tensões suportáveis a onda de choque normalizada 1,2/50 ms, a seco e as tensões suportáveis à
frequência industrial durante 1 minuto, sob chuva, serão as seguintes:
60 325 140
150 750 325
220 950 395
400 1425 ----
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 5/6
6.3 Radio-interferências (RIV) e efeito de coroa (sobre cadeias completas)
Todos os acessórios serão concebidos e fabricados por forma a que a tensão à qual se possa observar
visualmente o desaparecimento de eflúvios eléctricos na escuridão e em condições atmosféricas normais,
não seja inferior a 1,15 Un/Ö3 kV, 50 Hz, entre fase e terra.
A tensão de radio-interferência para uma frequência aproximada de 1 MHZ (RIV), não deverá ser superior
a 500 mv para uma cadeia de suspensão ou de amarração, sob uma tensão aplicada de 1,15 Un/Ö3 kV,
50 Hz.
Estas características referem-se a cadeias completas, cada isolador terá uma gama RIV inferior a 30 mv
sob 10 kV a 50 Hz ou 1200 mv sob 20 kV.
7. CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Todas as instalações estão situadas a uma altitude inferior a 1000 metros, com limites extremos de
temperatura de +40 °C e -5 °C e com grau de poluição muito forte.
O valor da corrente de curto circuito a considerar é de 40 kA durante 1 segundo, pelo que todo o material
será de Norma 20, correspondente à Publicação CEI 120.
8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
Deverá ser considerada a obrigatoriedade de envio à REN, todas as indicações respeitantes às dimensões
principais, pesos características eléctricas e mecânicas dos diferentes acessórios, bem como os planos de
conjunto dos equipamentos propostos (desenhos das cadeias completas com indicação de todos os
acessórios).
O fabricante deverá ainda especificar as características e tipo de prensas hidráulicas e respectivas matrizes
a utilizar na compressão das pinças de amarração.
REN-003
F CTACI REV. A 99.03.09 6/6
Divisão de Equipamento
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Suportes Isolantes
SUPORTES ISULANTES
ÍNDICE
Pág.
O Adjudicatário deverá formar as colunas isolantes a partir dos diversos elementos, deverá montá-
las e regulá-las sobre as suas estruturas metálicas de suporte.
Esta operação não poderá ser realizada, utilizando meios abrasivos, para evitar riscar o vidrado das
porcelanas.
SUPORTES ISOLANTES
ÍNDICE
Pág.
1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
3 - NORMAS ................................................................................................................................. 3
9 - ENSAIOS .................................................................................................................................. 7
10 - QUESTIONÁRIOS ................................................................................................................ 8
1 - INTRODUÇÃO
Constitui objecto deste documento a definição das Condições Técnicas respeitantes a suportes isolantes
a instalar em subestações de alta tensão.
2 - CONDIÇÕES DE SERVIÇO
Os suportes isolantes serão adequados para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre, sem
qualquer protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.
3 - NORMAS
As normas a seguir indicadas cobrem todos os tipos de isoladores de cerâmica ou vidro para tensões
superiores a 1000 V habitualmente empregues em instalações da REN.
◊ CEI 168- (1988) - Ensaios de suportes isolantes de e MOD 1-(1982) interior e exterior, de
cerâmica ou vidro, destinados a instalações de tensão nominal superior a 1000 V.
◊ CEI 273 - (1990) - Dimensões dos suportes isolantes e elementos de suportes isolantes de
interior e exterior destinados a instalações de tensão nominal superior a 1000 V.
◊ CEI 437- (1973) -Ensaios de perturbações radioeléctricas de isoladores para alta tensão.
◊ CEI 506- (1975) - Ensaio ao choque de manobra de isoladores de alta tensão (redes de
tensão mais elevada >= 300 kV).
◊ CEI 507- (1991) -Ensaios sob poluição artificial de isoladores para alta tensão destinados a
redes de corrente alternada.
5 - LINHA DE FUGA
O comprimento unitário da linha de fuga dos isoladores, expresso em cm/kV (valor eficaz da tensão
composta) não deverá ser inferior a:
Na determinação do limite mínimo do comprimento total da linha de fuga deverá empregar-se o valor da
tensão mais elevada da rede, indicado no quadro seguinte:
As instalações com nível de poluição forte obedecerão a regras a definir caso a caso, e a indicar nas
CE.
As cargas de rotura a especificar para ensaios (flexão e torsão) respeitarão o estipulado no artº 4 da
publicação CEI 273 (1979) quanto a classes de resistência mecânica, bem como os valores indicados
nos quadros da secção III da mesma, em função da extensão do fornecimento.
As flechas apresentadas pelos suportes isolantes em função dos esforços aplicados no ensaio de flexão
deverão ser detalhadas na proposta.
7 - PARTICULARIDADES DE CONSTRUÇÃO
A porcelana será densa, homogénea, não porosa, e isenta de imperfeições susceptíveis de provocar
alterações das propriedades eléctricas ou mecânicas.
À excepção das partes metálicas todas as superfícies serão vidradas. O material cerâmico fundido a
empregar deverá ser corado de castanho e o processo empregue deverá garantir que a camada vidrada
seja uniforme, dura e impermeável à humidade.
As funções a prever nas ferragens da base e do topo dos suportes isolantes respeitarão as indicações da
publicação CEI 273, ou serão precisadas nas CE.
Nos casos em que os suportes isolantes sejam constítuidos por 2 ou mais colunas elementares, estas
deverão ser adequadamente etiquetadas por forma a identificar claramente o tipo de suporte a que se
destinam e qual a sua posição no mesmo.
Os metais empregados para pequenas peças, como por exemplo a parafusaria, deverão ser estáveis e
inalteráveis por natureza ou devido a tratamento. Em particular, as peças em aço inoxidável deverão ser
cuidadosamente protegidas, seja por galvanização a quente, termoionização, cadmiagem, etc., enten-
dendo-se que o procedimento adoptado deverá ser tal que as peças tratadas satisfaçam aos controlos
de recepção adiante definidos.
Esta protecção será executada após fabrico e duma maneira particularmente cuidada para as partes
torneadas, de forma a que elas possam ser montadas facilmente e sem folgas ou com folgas diminutas
(caso da galvanização).
O controlo de recepção será efectuado sobre 1% do número de peças do mesmo modelo que
compreendem o fornecimento (ou no mínimo sobre 2 peças). As peças seleccionadas serão submetidas,
a cargo do Construtor, aos controlos seguintes executados por entidades a acordar com a REN:
efectuado por meios químicos (ferrocianeto, ensaio BAUMANN) ou por meios mecânicos
(cortes e micrografias).
Se todas as peças satisfizerem as condições prescritas o lote será aceite. Caso alguma das condições
não tenha sido satisfeita o lote poderá ser definitivamente rejeitado.
9 - ENSAIOS
9.1 -Ensaios de tipo (CEI 168, artºs 7 a 22; CEI 437; CEI 507)
⇒ Ensaio à onda de choque atmosférico, 1.2/50 ms, polaridades positiva e negativa, a seco;
Verificação de dimensões;
10 - QUESTIONÁRIOS
DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES
Suportes Isolantes
QUESTIONÁRIO
= QUESTIONÁRIO =
1. Tipo
2. Altura (mm)
3. Cargas de Rotura
flexão (daN)
torsão (daN.m)
tracção (daN)
compressão (daN)
total (mm)
a seco (kV)
13. Fixações
cabeça
base
15. Pesos
16. Cor
tipo
espessura (µ)
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
TUBOS DE ALUMÍNIO
CONDIÇÕES TÉCNICAS - CT
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Pág.
Os tubos chegarão à obra em atados, sobre camião. A descarga arrumação e manutenção será
por conta do instalador.
No transporte, descarga e arrumação dos tubos em obra deverão ser tomadas todas as
precauções, devendo ser utilizados para o efeito meios de manuseamento e transporte
adequados de modo a evitar a sua deterioração. Sempre que se detectem tubos deteriorados
por deficiência nas operações descritas o instalador procederá à sua substituição.
À chegada à obra os tubos serão submetidos a controlo visual de modo a detectar eventuais
defeitos. O instalador, em colaboração com a Fiscalização da REN, verificará a conformidade
dos tubos com o previsto na encomenda.
Considerando os grandes comprimentos dos tubos a montar, o instalador deverá tomar todas as
precauções para evitar solicitações mecânicas extraordinárias aquando da sua elevação e
colocação no local.
O instalador deverá corrigir os comprimentos dos tubos postos à sua disposição, de acordo com
as distâncias reais existentes entre os diversos equipamentos de AT que os suportarão.
Para evitar eventuais vibrações provocadas pelo vento, o instalador deverá colocar um ou dois
cabos do tipo Zambeze no interior dos tubos de barramentos.
Nas extremidades livres dos diversos tubos serão colocados tampões anti-eflúvios.
1.3 - Diversos
A instalação será entregue à REN pronta a ser submetida a verificações que serão realizadas pela
REN em colaboração com o instalador.
O instalador removerá das instalações da REN, e tratará de acordo com a legislação vigente,
todos os desperdícios, lixos e materiais sobrantes.
2. DOCUMENTAÇÃO
O instalador deverá actualizar os desenhos fornecidos pela REN e que sofram qualquer alteração
no decorrer da realização dos trabalhos.
O instalador deve identificar todos os desenhos por si efectuados, com legenda cujo formato a
REN indicará e com numeração também fornecida pela REN.
O instalador deverá enviar à REN listas com os nomes e formatos dos desenhos, aos quais a
REN atribuirá os números que o instalador deverá inscrever no local respectivo.
- 3 cópias normais
Pág.
6 - NORMAS E ENSAIOS............................................................................................................................................................12
7 - QUESTIONÁRIO .....................................................................................................................................................................13
2 - ÂMBITO DO FORNECIMENTO
Os tubos serão instalados no exterior, numa atmosfera de poluição média, e em serviço poderão
suportar as seguintes condições:
3.6 - Tubos
Os tubos para utilização nos barramentos e travessias, são em liga de alumínio com os diâmetros
externo/interno a seguir especificados:
220 kV
150 kV
• Painéis 80/70 mm
60 kV
• Painéis 80/70 mm
A fim de obter um contacto perfeito entre o tubo de alumínio e o ligador de alta tensão, as
superfícies de contacto dos tubos devem ser uniformes.
O construtor deve fornecer todos os elementos técnicos necessários a uma boa e correcta
montagem dos tubos.
6 - NORMAS E ENSAIOS
Este documento estabelece as regras respeitantes à construção dos tubos em liga de alumínio para
as ligações em alta tensão da subestação.
O construtor deve indicar a referência de todas as normas utilizadas na construção dos tubos.
Os tubos serão submetidos aos ensaios mencionados nas normas de referência a precisar pelo
construtor e compreenderão no mínimo os ensaios seguintes:
7 - QUESTIONÁRIO
O construtor deve preencher o questionário seguinte para cada um dos tipos de tubo:
- Fe .......................................................................
(%):
- Cu .......................................................................
(%):
- Mn ......................................................................
(%):
- Mg ..................................................................... (%):
- Cr .......................................................................
(%):
- Zn ...................................................................... (%):
- Ti ....................................................................... (%):
• Características físicas:
- peso específico ............................................. (g.cm-3):
- condutibilidade eléctrica
específica (20°C) ............................. (W.W--1.mm-2):
- resistividade eléctrica
específica(20°C)....................................(W.mm-2.m):
• Características tecnológicas:
- estado
........................................................................:
- resiliência........................................................(J.cm-2)
:
• Características mecânicas:
- carga de rotura ............................................ (N.mm-2)
:
- alongamento .........................................................(%)
:
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
ÍNDICE
Pág.
ANEXOS
A passagem dos cabos deve ser realizada sempre em conformidade com as listas de
aplicação de cabos de cada painel e, os aparelhos no parque exterior identificados
provisóriamente, também em conformidade com as listas de aplicações.
Antes da passagem dos cabos no exterior, serão identificadas e limpas as caleiras. Nos
edifícios técnicos deverá ser traçado com rigor a passagem dos cabos, em relação à
posição dos armários dos sistemas de comando e controlo e protecção.
Os cabos deverão ser cortados com comprimentos ligeiramente em excesso, mas não tanto
que fiquem sobras. Os cabos dos serviços auxiliares de maiores secções deverão ficar com
um comprimento ligeiramente maior, para se necessário, fazer pontas novas ao longo do
tempo.
As pontas dos cabos, serão munidas de bucins, nas passagens ao interior de qualquer
armário de reagrupamento da aparelhagem de alta tensão ou transformadores.
Todos os cabos terão a sua blindagem ligada à terra em ambos as extremidades. Adiante
descreve-se a forma de ligação pretendida.
Os troços de cabo que passam fora das caleiras deverão ser protegidos mecanicamente
segundo as suas caractrísticas, os traçados serão identificados com faixas próprias e
sinalizados nas plantas das caleiras e/ou drenagens, para localização em futuras obras.
Quando um troço de caleira tiver no seu interior todos os cabos previstos, este deve ser
imediatamente coberto com as respectivas tampas. Estas tampas, têm dimensões
aproximadas a 400 x 250 x 50 mm com peso unitário de cerca de 10 kg.
Após a conclusão de todos os trabalhos, as caleiras deverão ter todas as suas tampas
colocadas nos lugares previstos.
As extremidades serão fixas mecânicamente, quer por bucins no parque exterior, quer por
barras metálicas, nos quadros dos edifícios técnicos.
A liga utilizada para a soldadura deverá ser constituída de forma habitualmente usada para
ligações eléctricas (60% de estanho e 40% de chumbo). Deve-se utilizar fio oco preen-
chido com resina autodecapante.
1.4 - Diversos
As pontas dos cabos serão cuidadosamente tratadas e receberão uma manga que cobrirá
convenientemente as diversas camadas que constituem o cabo.
As bobines dos cabos deverão ser manuseadas com equipamento apropriado e os cabos
desenrolados no sentido indicado nas bobines.
Após o lançamento dos diversos cabos, o Adjudicatário deverá enrolar novamente nas
respectivas bobinas todas as pontas não utilizadas. No caso de pontas de reduzido
comprimento, estas devem ser retiradas das bobines por forma a libertar a bobine do cabo
para respectiva devolução.
Deverá ser feito o registo da quantidade de cabo realmente utilizado, nas várias aplicações,
que será entregue à REN.
- bucins
- parafusaria diversa;
- condutor FV 1x6 mm² para ligação à terra das blindagens dos cabos isolados,
com isolamento verde amarelo.
ÍNDICE
Pág.
ANEXOS
QUADRO VI - Prescrições para as características mecânicas dos materiais isolantes (antes e após
envelhecimento)
QUADRO VII - Prescrições para as características particulares das misturas a base de PVC para
isolamentos e baínhas dos condutores
2 - CONSTITUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
A resistência a 20°C de cada alma condutora não deve ultrapassar o valor máximo
especificado no quadro II, anexo a esta especificação.
O número de fios das almas condutoras deve ser pelo menos igual ao número mínimo
especificado no quadro II. Todos os fios de uma mesma alma condutora devem ter o
mesmo diâmetro nominal.
O quadro I, anexo a esta especificação fixa a constituição dos cabos escolhidos no que diz
respeito ao número de condutores e suas secções.
Sobre o conjunto cableado dos condutores isolados dos cabos multicondutores é aplicada
uma baínha de enchimento e regularização de PVC. O revestimento interno deverá ser
extrudido.
2.4 - Blindagem
Sobre a baínha de revestimento interno será aplicada uma blindagem em cobre nú.
Esta blindagem será constituída por um tubo contínuo ondulado, ou por uma trança ou
ainda por uma ou varias fitas aplicadas helicoidalmente.
No caso de se utilizar uma trança em cobre, devera ser garantido um factor de cobertura
não inferior a 0,60.
• Temperatura ambiente - 20 ± 50 0C
Os condutores isolados são separados do cabo e submersos em água durante pelo menos
l hora à temperatura de 200°C ± 1°C.
A tensão de ensaio continua deve ser compreendida entre 80 V e 500 V e ser aplicada
durante um intervalo de tempo suficiente, compreendido entre 1 min e 5 min, a fim de se
obter uma leitura estável.
A resistividade transversal deve ser calculada, a partir do valor medido para a resistência
de isolamento, pela fórmula seguinte:
2 ⋅ π ⋅ l. R
ρ=
D
log e
d
Onde:
O ensaio deve ser repetido para uma temperatura da água igual à temperatura máxima
assignada para o condutor (70°C).
Os valores calculados não devem ser inferiores aos indicados no quadro V, em anexo.
• O diâmetro do cilindro deve ser igual a 7D, sendo D o diâmetro exterior real do
cabo.
• Este ciclo de operações deve ser efectuado três vezes, após o que, o cabo
ainda enrolado é colocado numa estufa de ar quente à temperatura máxima
especificada para a alma do cabo durante 24 horas.
Após este ensaio deve ser efectuada a medida da resistência da blindagem. O cabo é em
seguida despojado da sua baínha exterior e a blindagem é observada. Não deverá
apresentar nem fracturas nem fissuras.
A fim de verificar o grau de protecção garantido pela blindagem em cobre, deverá ser
efectuada uma medida da impedância de transferencia sobre o cabo acabado. No
esquema 1, em anexo, representam-se as ligações a efectuar para a realização deste
ensaio.
3.6 - Identificação
Os condutores isolados dos cabos com mais de 5 condutores devem ser de cor preta e
numerados sequencialmente de 1 a n (em que n e o número total de condutores).
Aquela numeração deve ser inscrita de uma forma continua, indelével e terem legível ao
longo do isolamento dos condutores, a intervalos regulares não ultrapassando os 200
mm.
3.7 - Marcação
3.8 - Designação
4 - ENSAIOS. RECEPÇÃO
• Ensaios especiais, que são efectuados pelo fabricante sobre amostras de cabo
completo de modo a verificar que o produto acabado responde as
especificações da sua concepção.
• Ensaios individuais, (ou de rotina), que são efectuados pelo fabricante sobre
todos os comprimentos de cabo acabado e que se destinam a evidenciar que o
condutor e o isolamento estão em bom estado.
4.2 - Recepção
4.2.1 - Ensaios
F-CTCB REV. C 99.03.05 14/23
O procedimento de recepção de um fornecimento comporta:
4.2.2 - Sanções
Todo o fornecimento não tendo satisfeito ao conjunto de ensaios efectuados por ocasião
da sua recepção pode ser recusado.
O fabricante conserva o direito de dispor dos cabos recusados, mas obriga-se a não os
enviar em caso algum para qualquer departamento da REN.
5 - DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Publicações da CEI:
CEI 502 (1983) - Extruded solid dielectric insulated power cables for rated voltages from 1 kV
up to 30kV
CEI 540 (1982) - Test methods for insulations and sheaths of electric cables and cords
(elastomeric and thermoplastic compounds)
Normas Portuguesas:
1,5 - - 4 7 14 19 24 30 37
2,5 - 2 4 7 14 19 24 30 37
4 - 2 4 7 14 19
6 - 2 4 7 14
10 - 2 4 7
16 - 2
25 - 2
95 1
150 1
185 1
240 1
3*25+16 3-1
3*35+16 3-1
3*70+35 3-1
3*95+50 3-1
2,5 7 - 0,8
4 7 - 4,61 1,0
6 7 - 3,08 1,0
10 7 - 1,83 1,o
16 7 - 1,15 1,0
25 7 6 0,727 1,2
35 7 6 0,524 1,2
50 19 6 0,387 1,4
70 19 12 0,268 1,4
95 19 15 0,193 1,6
mm mm mm mm
Df ≤ 25 1,0 D ≤ 25 1,8
53 < D ≤ 59 3,0
59 < D ≤ 64 3,2
64 < D ≤ 70 3,4
Categoria do ensaio
Natureza do ensaio
Tipo Amostra Rotina Recepç
ão
Constituição das almas X
condutoras
Espessura do isolamento X X
Dimensionais Espessura da baínha exterior X X
Dimensões da blindagem X
Espessura da baínha exterior X X
Diâmetro exterior X
Tensão de rotura e alongamento à X
rotura antes do envelhecimento
Mecânicos Tensão de rotura e alongamento à X X
e rotura após o envelhecimento
Térmicos Pressão a temperatura elevada X
do isolamento Resistência a baixa temperatura X
da Choques mecânicos a frio X
baínha Choques térmicos X
Enrolamento (cabo completo) X X
Resistência à propagação chama X
Resistência dos condutores X X
Eléctricos Resistência do enrolamento X X
sobre cabo Constante de isolamento X
completo Ensaio de tensão X X
Continuidade da blindagem X(1) X(2)
Verificação da constituição X X X
Outros Identificação e marcação X X X
Absorção de água X
o
00 Temperatura nominal da alma do C 70
condutor
1 Resistividade transversal Ω cm
1a - a 20o C 1013
1b - a 70o C 1010
o
Temperatura nominal máxima da alma do C 70 80
condutor
1 Sem envelhecimento
(publicação 540 da CEI, artigo 5)
o
2.0 Tratamento - temperatura C 100± 2 100± 2
- duração dias 7 7
o
1.1 Temperatura de ensaio C 80± 2 80± 2
Todos os
condutores ligados
entre si
50 Ω Medida de V (1)
10 m
Blindagem
30 cm 5 Ω Medida de I (1)
A ajustar para se obter a
corrente máxima
Gerador 1kHz - 1Mhz (as saidas do gerador devem ser isoladas da massa)
V
Zt =
10 × I
e é medida entre 1 Khz e 1 MHz.
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Placas Sinaléticas
PLACAS SINALÉTICAS
Pág.
O instalador deverá ter particular cuidado em não sujeitar as diferentes partes da estrutura
ou o seu conjunto a esforços excessivos que possam provocar deformações permanentes
em qualquer dos seus elementos ou deteriorar a zincagem.
Quando for necessária a abertura de furos ou acertos de cortes de peças em obra deverá o
instalador solicitar previamente a autorização da REN; em caso afirmativo o instalador
deverá retocar a zona adaptada com uma tinta à base de zinco.
1.3 - Diversos
PLACAS SINALÉTICAS
PLACAS SINALÉTICAS
ÍNDICE
Pág.
1 - INTRODUÇÃO............................................................................................. 3
2 - CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO......................................................... 3
3 - NORMAS ..................................................................................................… 4
4 - CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO......................................................….......... 4
5 - PEÇAS DESENHADAS................................................................................ 5
1 - INTRODUÇÃO
Constitui objecto deste documento a definição das Condições Técnicas respeitantes a placas
sinaléticas a instalar em subestações de alta tensão.
2 - CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO
As placas sinaléticas serão adequadas para instalação exterior, situação exposta, ao ar livre,
sem qualquer protecção especial e nas condições ambientais próprias do clima português.
A identificação dos equipamentos e dos painéis será executada com placas de PVC
autocolantes aplicadas sobre chapas/bases de aço inox com a espessura de 1,5 mm
espessura conforme dimensões, tipo, inscrição e cores referidas nas peças desenhadas em
anexo e no quadro seguinte.
CHAPA/BASE AUTOCOLANTES
1.1.1 1.1.2 Dime 1.1.4 T 1.1.5 Dimens Designação Inscrição 1.1.7 Cores
ipo nsões ipo ões
1.1.3 (mm) 1.1.6 (mm)
G 305 x 80 AA 297 x 74 Identificação Nome Fundo azul, letras
de branco
G 305 x 80 AB 297 x 74 Painel Número Fundo azul, letras
branco
P 215 x 60 BA 210 x 52,5 Identificação Nome de Fundo azul, letras
painel branco
P 215 x 60 BB 210 x 52,5 de Número de Fundo azul, letras
painel branco
P 215 x 60 BC 210 x 52,5 Aparelho Nome de Fundo azul, letras
aparelho branco
L 215 x 110 CA 210 x 105 Identificação Nome de Fundo amarelo,
Secc. Terra aparelho letras preto
L 110 x 215 DA 105 x 210 Identificação Fase Fundo azul, letras
de Fases branco
J 405 x 170 ET 400 x 165 Identificação Nome do Fundo branco,
de Edifício Edifício letras pretas
4 - CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO
A montagem das diversas placas sinaléticas no parque exterior será feita de acordo com os
critérios a seguir expressos:
Montar em conjunto - nome de painel por cima e número painel por baixo - em
qualquer estrutura de suporte de equipamentos ou outra, à entrada/saída do painel
de forma a ser lida, inequivocamente, do exterior (linha) e/ou na porta do armário de
dispersão do respectivo painel. No caso da identificação das barras a placa AA
será montada nas extremidades e na fase central sob a coluna respectiva.
Montar nos pólos dos disjuntores e nas estruturas de suporte dos transformadores
de medida (TIs ou TTs) ou em outras estruturas de suporte na cabeça de painel. Na
estrutura dos equipamentos deverão ficar viradas para o exterior (linha).
Qualquer actualização do nome de qualquer painel deve conduzir sempre à actualização de todas as
placas de identificação desse painel. Não deverão coexistir, no mesmo painel, placas de
identificação de tipos diferentes.
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Pintura
ÍNDICE
Pág.
1 - INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................................3
4 - GARANTIA ..........................................................................................................................................................................4
Os elementos constituintes dos aparelhos, que estarão sob tensão serão pintados sob a
direcção de um montador especializado do fabricante e fornecedor dos equipamentos.
Deverá ser prevista uma protecção adequada. Deve-se evitar manchar as estruturas de
suporte, assim como as cabeças dos maciços em betão.
3 - MODO DE APLICAÇÃO
4 - GARANTIA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Iluminação Exterior
CONDIÇÕES TÉCNICAS-CT
2 - OBJECTIVOS DA ILUMINAÇÃO
Na periferia das subestações, junto à vedação, o nível de iluminância será mínimo, ou seja, 4 lux.
3 - ILUMINAÇÃO
A alimentação destes projectores será feita a partir de armário de iluminação, a montar nas
bases das estruturas atrás mencionadas. E a alimentação dos armários será processada através
de um circuito, com origem num quadro de distribuição, designado por EC.E1, instalado no
edifício de comando (EC). Todos os acessórios necessários ao funcionamento das lâmpadas
deverão ficar alojados nestes armários.
Nos pilares dos pórticos e nas TPR o Adjudicatário deverá montar peças adequadas à boa
colocação dos projectores. Estas peças deverão ser aprovadas pela REN.
Cada circuito alimentará no máximo quatro armários, sendo previstas derivações entre eles.
4.1 - As armaduras a usar na via de acesso deverão permitir a montagem de lâmpadas de vapor de
sódio, 70 W bem como todo o equipamento acessório, para o seu arranque.
4.2 - Os projectores a usar deverão permitir a montagem de lâmpadas de vapor de sódio de alta
pressão, de 400W ou 250W.
Os cabos eléctricos a usar serão do tipo VHV ou VAV e as ligações das armaduras ou
projectores à rede de terras da subestação far-se-à por meio de um condutor tipo V com
isolamento verde+amarelo.
Os armários de iluminação deverão obedecer ao índice de protecção IP51 da norma CEI 529,
e deverão alojar todos os acessórios necessários para arranque das lâmpadas e conter os
orgãos de comando e protecção dos projectores.
Para além dos trabalhos de electrificação da aparelhagem propriamente dita, haverá que
considerar o lançamento de cabos, a abertura o tapamento e a limpeza das caleiras, a execução
de furos nas parede das caleiras para a travessia dos cabos, a colocação da gravilha e manta
geotextil no lado exterior do furo da caleira. A travessia da parede da caleira deverá ser protegida
com tubo de diâmetro adequado.
O Adjudicatário deverá executar rasgos e colocar tubos para travessia dos cabos nos maciços.
Na zona de percurso dos cabos fora das caleiras o Adjudicatário terá de abrir valas para
enterramento dos cabos, em tubo, as quais após o lançamento destes deverão ser tapadas e
compactadas. A gravilha existente deverá ser previamente removida, mantida limpa e reposta após
a execução dos trabalhos ficar conforme estava antes da intervenção do Adjudicatário.
O Adjudicatário deverá tomar as precauções para deixar o terreno nas condições encontradas
antes da sua intervenção.
As valas terão o mínimo 0,80 m de profundidade e os cabos serão cobertos e protegidos por lajes
de modo a não serem danificados por pressão ou abatimento de terras.
Deverá ser utilizada uma fita de plástico colorida, para sinalização de proximidade de cabos
eléctricos enterrados.
ÍNDICE
Pág.
1 - Generalidades ......................................................................................... 3
2 - Normas. .................................................................................................. 3
3 - Óleo de enchimento . .............................................................................. 4
4 - Protecção contra a corrosão . .................................................................. 4
5 - Materiais constituintes . .......................................................................... 6
6 - Estanquicidade ....................................................................................... 6
7 - Colocação à terra ................................................................................... 7
8 - Circuitos auxiliares ................................................................................ 7
9 - Manutenção ............................................................................................ 8
10 - Ensaios .................................................................................................... . 8
11 - Tipo construtivo.............................................................. ....................... 9
12 - Potência nominal - sobrecargas ..................................... ....................... 9
13 - Regulação em vazio ....................................................... ....................... 9
14 - Ligação dos enrolamentos ............................................. ....................... 10
15 - Tensão de curto-circuito ................................................ ....................... 10
16 - Curva de magnetização .................................................. ....................... 10
17 - Quedas de tensão e rendimento ..................................... ……………… 10
18 - Classe de isolamento ...................................................... ……………… 11
19 - Sobretensão aplicada aos enrolamentos ......................... ……………… 11
20 - Resistência aos curto-circuitos ...................................... ……………… 11
21 - Possibilidade de sobrecarga dos acessórios ................... ……………... 11
22 - Constante de tempo de aquecimento ............................. ……………… 12
23 - Nível de ruído . ............................................................... ……………... 12
24 - Ligações ......................................................................... ……………… 12
25 - Extensão do fornecimento . ............................................ ……………… 13
26 - Limites de funcionamento dos auxiliares ...................... ……………… 17
27 – Peças de reserva ............................................................. . …………….. 17
1 - GENERALIDADES
1.1 – Objecto
2 - NORMAS
Em caso de discordância entre as normas referidas e o presente Caderno de Encargos, este último
é preponderante.
3 - ÓLEO DE ENCHIMENTO
O óleo de enchimento fará parte do fornecimento; será de marca conceituada e a sua qualidade
será aprovada pela REN.
O sistema de protecção por revestimento de pintura (ou produto semelhante) aplicado aos
equipamentos deve ser realizado com materiais e seguindo técnicas de aplicação que
permitam constituir, em condições de serviço onde se encontrem colocados um revestimento
eficaz e durável desses equipamentos.
O Construtor realizará, com produtos aceites pela REN, um revestimento de várias camadas
de espessura maior ou igual a cento e cinquenta (150) mícron.
- em contacto com o meio ambiente uma (ou duas) camadas de acabamento, apropriado à
natureza deste meio;
As superfícies preparadas serão cobertas pelo sistema de protecção indicado e tratadas com o
mesmo cuidado qualquer que seja a sua forma, as suas dimensões e a sua posição no conjunto do
equipamento considerado (por exemplo as tubagens dos radiadores).
Logo que o equipamento estiver instalado no local de destino, o Construtor executará todos os
retoques necessários no revestimento a fim que este satisfaça as condições de recepção e garantia.
A camada de acabamento poderá, se houver necessidade, ser aplicada no local, com o acordo da
REN, no equipamento após instalação e pronto a entrar em serviço.
A recepção dos revestimentos poderá ser efectuada pela REN, camada por camada, na fábrica ou
noutro lugar. As diversas camadas aplicadas serão de tintas diferentes, sendo a última duma
tonalidade previamente submetida à apreciação da REN.
Até novo aviso, a amostra de referência escolhida e a do cliché número OITO (n° 8) do Mapa
Sueco de Corrosão estabelecida, em 1935, pela Academia Real das Ciências Técnicas de
Estocolmo.
O prazo de garantia a fornecer à REN pelo Construtor para todo o material do seu fornecimento é
igual a seis (6 anos).
A REN poderá aceitar, sobre reserva de uma garantia equivalente, que a protecção para
revestimento de pintura seja substituída por um tratamento da superfície (tal como metalização
por zinco, cobre ou alumínio) em que a natureza e o modo de aplicação serão objecto de prévio
acordo.
Protecção contra a corrosão. Os metais empregados para pequenas peças, como por exemplo a
parafusaria, deverão ser estáveis e inalteráveis por natureza ou devido a tratamento. Em
particular, as peças em aço oxidável deverão ser cuidadosamente protegidas, seja por
galvanização a quente, termoionização, cadmiagem, etc, entendendo-se que o procedimento
adaptado deverá ser tal que as peças tratadas satisfaçam nos controlos de recepção definidos
anteriormente.
Contudo, admite-se que para os aparelhos que possuam partes aparafusadas (certas caixas por
exemplo) as superfícies torneadas poderão não ser protegidas.
A cuba do transformador deverá ter tratamento por galvanização a quente, por imersão, em
substituição da protecção por revestimento de pintura do parágrafo anterior.
Ensaios de recepção. O número de peças tratadas nos ensaios de recepção será de 1% do número
de peças que compreendem o fornecimento, num mínimo de dois, por lote de 100 peças do
mesmo modelo.
Todas as peças escolhidas serão submetidas, a cargo do Construtor, aos controlos seguintes
executados por um organismo acordado pela REN:
5 - MATERIAIS CONSTITUINTES
O fornecedor definirá claramente os materiais que constituem a cuba, assim como a temperatura
máxima atingida ou tolerada, considerando todas as perdas eléctricas e magnéticas.
6 - ESTANQUICIDADE
A estanquicidade da cuba será verificada por ensaio. 0 fabricante garantirá uma estanquicidade
perfeita.
8 - CIRCUITOS AUXILIARES
8.2 – Electrificação
Toda a electrificação entre as diversas partes dos aparelhos previstos no transformador é realizada
pelo fabricante. A ligação a um armário de centralização/dispersão diz respeito também ao
fabricante.
8.3 – Esquemas
Os motores eventuais são previstos com um relé térmico (de rearme manual e sinalizarão à
distância).
9.1 – Generalidades
9.2 - Montagem
9.3 – Manutenção
10 – ENSAIOS
Após a montagem, o transformador será ensaiado para verificação do seu bom funcionamento.
11 – TIPO CONSTRUTIVO
O transformador será em banho de óleo, para serviço exterior em situação exposta, refrigeração
natural com tomadas para regulação em vazio.
Para o funcionamento à carga nominal, sob tensão nominal e com temperatura do ar 30° C, a
proposta dever indicar a temperatura do ponto quente, as temperaturas médias e máximas do
óleo, dos enrolamentos e do núcleo.
A proposta deve indicar sob a forma de curvas de aquecimento do ponto quente em função do
tempo para as sobrecargas de 10, 20, 30, 40, 50 e 60% e partindo do estado de equilíbrio de 0, ¼,
2/4, ¾ e 4/4 da carga para uma tensão primária igual a 95% da tensão nominal.
A temperatura do ponto quente, estando fixada em 110°C sem perda de duração de vida, é igual à
temperatura ambiente (tomada como 30°C por convenção) adicionada do aquecimento do ponto
quente dado pelas curvas acima mencionadas.
O enrolamento primário será provido de cinco tomadas comutáveis em vazio para uma regulação
de ± 5%, ± 10%.
15 - TENSÃO DE CURTO-CIRCUITO
A tensão de curto-circuito, na tomada principal, definida sobre a base da tensão primária nominal
de 10 kV será de 10% ( ± 10%).
A proposta indicará claramente os valores das tensões de curto-circuito sobre todas as tomadas.
A impedância homopolar será tal, que em caso de defeito à terra, do lado MT, a corrente de
defeito não seja superior a 300 A.
16 - CURVA DE MAGNETIZAÇÃO
a) Quedas de tensão
A indicar para Cos ϕ = 1 e 0,8 para cargas de 4/4, 3/4, 2/4 e 1/4.
18 - CLASSE DE ISOLAMENTO
- MT: 95 kV (cr)
O transformador deverá ser previsto com écrans metálicos ligados à cuba, para evitar curto-
circuitos internos entre fases.
O transformador e seus acessórios deverão ser capazes de resistir após marcha contínua em plena
carga, aos efeitos térmicos e dinâmicos de um curto-circuito franco aplicado aos bornes
primários ou secundários de um enrolamento durante 5 segundos.
A REN poderá exigir um ensaio de curto-circuito. A proposta deverá indicar o preço separado,
correspondente.
Os acessórios serão concebidos de forma a suportar, pelo menos as mesmas sobrecargas que os
enrolamentos, com aquecimento normal, assim como 1,5 vezes a corrente de regime para todas
as situações de carga.
23 - NÍVEL DE RUÍDO
24 – LIGAÇÕES
Lado MT
A alimentação do transformador auxiliar, será realizada, por três cabos unipolares de média
tensão 18/30 kV, de isolamento seco XHIV1x150, provenientes de caixas de fim de cabo,
instaladas junto aos bornes terciários do transformador principal.
Observações:
Serão tomadas todas as precauções, para que o ar não se possa acumular nas golas de fixação dos
ligadores. Serão concebidos para resistir aos esforços electrodinâmicos e mecânicos. Em nenhum
caso, os bornes ou ligadores. limitarão as possibilidades de sobrecarga do transformador.
Lado de BT
Haverá um quadro, acessível por porta, que conterá, alem das travessias, um disjuntor de corrente
nominal igual a 800 A. 0 armário, terá saídas previstas para cabo VHIAV unipolar de 185 mm2 .
Estão previstos dois cabos por fase e um cabo para o neutro.
25 - EXTENSÃO DO FORNECIMENTO
A – Cuba
O modo de construção das faces, da tampa e do fundo será indicado claramente na proposta.
A tampa será fixa por parafusos.
B - Armário de acessórios
Será reservada uma altura livre de 20 cm pelo menos entre a régua de bornes mais baixa e o
fundo do armário.
O armário conterá uma resistência de aquecimento com termostato, assim como uma
lâmpada para iluminação e uma tomada monofásica 220 V. Os condutores serão
identificados em cada borne ou aparelho.
O fabricante indicará na sua proposta, o número de condutores reservados para este efeito.
Deve ser prevista uma reserva de 20%.
C - Acessórios
O conservador de óleo será calculado de tal forma que a expansão do óleo seja
possível entre as temperaturas de -5° C a +100° C, supostas uniformes e que possa
suportar uma depressão ou uma pressão de 0,25 kg/cm 2 .
- tampão de enchimento
- válvula de esvaziamento
- secador de ar - Silicagel
- relé bucholz
- termómetro.
A caixa de bornes dos circuitos auxiliares deverá situar-se do lado dos terminais de B.T.
Legenda
1 – Secador 4 - Termómetro
Esta protecção é constituída por um relé para instalar na Casa de Painel e por um
transformador toroidal de corrente, incluído neste fornecimento, montado estrategicamente
sobre a cuba, de modo a detectar no cabo de ligação do neutro MT à terra, uma corrente de
curto-circuito fase-terra, cujo valor será, no caso de defeito franco, 300 A.
O transformador repousará sobre uma zorra com rodados orientáveis em duas direcções
perpendiculares, para deslocamento sobre carris. As bitolas transversais e longitudinais,
serão a definir na proposta.
Serão previstas duas referências em cada extremidade do chassis e em duas direcções que
permitam controlar a boa horizontalidade do aparelho, na sua colocação no lugar.
Válvulas da cuba
Observações:
Existirá uma placa gravada inalterável, que indicará a função da respectiva válvula.
- 4 olhais de suspensão
Placas sinaléticas construídas em material inalterável e conforme a norma CEI 76. Uma
placa indicará, nomeadamente o esquema das ligações, o tipo de óleo de enchimento e
inibidor, assim como a depressão interior, que pode ser suportada pela cuba. Outra placa
indicará um plano de situação do conjunto das válvulas e torneiras do transformador e a sua
designação.
D - Electrificação
27 - PEÇAS DE RESERVA
- um borne BT
- um relé buchholz
DEPARTAMENTO SUBESTAÇÕES
2 – Características do terciário
do transformador de potência
- Tensão nominal kV 10
- Classe de isolamento kV 17,5
- Tensão de ensaio (50 Hz) kV 38
- Tensão de ensaio ao choque kV(cr) 95
3 - Características do transformador
de serviços auxiliares
- Fabricante
- Tipo
- Tensões de serviço
Primário kV 10
Secundário kV 0,4
- Potência nominal kVA 400
- Aumentos máximos da temperatura
Do óleo ºC 60
Dos enrolamentos ºC 65
- Linha de fuga específica mm/kV ≥25
- Tensão de curto-circuito kV