Curso de Passe Espírita

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Grupo Espírita da Fraternidade Irmã

Scheilla
DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO
Juazeiro do Norte/CE

APOSTILA

CURSO DE PASSE ESPÍRITA


(Org. por Quezado Neto/ Esmeralda Santos/Luiz karimai) 02/05/2006

Grupo Espírita da Fraternidade Irmã Scheilla–


Sede Própria: Coronel Néri, 802 – Pio XII
Juazeiro do Norte/Ce - CEP A PRESENTE APOSTILA FOI
Telefone: (88) 3511.6280

ATUALIZADA EM MARÇO DE
2015 1
 

ÍNDICE

Descrição Pág
1- Por que estudar? 03
2- Passe Magnético 04
3- O corpo Humano 06
4-Os sistemas do corpo humano 11
5- Serviço de Passe 22
6- O Magnetismo e suas origens 25
7- Os fluidos 30
8—O Espirito e seus corpos 40
9- Centros de força ou Chakras 52
10- Trabalhadores 61
11 - Passes 74
12 – Conceito, objetivos, tipos de passe e de pacientes 81
13- Tipos de passe e as técnicas 89
14 – Aplicando o passe 110
15- Quando e onde doar 117
16- Algumas recomendações gerais 120
17- A importância da prece 121
18- A água fluidica 123
19- Questões a serem estudadas 127
20- Bibliografia Consultada 128

1- Por que estudar?


O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também requer
conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas, das suas aplicações.

“Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames,
análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e
divulgadores sérios (...) (Jacob Melo)

No entanto, existem dificuldades que necessitam ser eliminadas.

2
Listaremos algumas delas:

1 – Pouca literatura sobre o assunto ou de qualidade duvidosa.


2 – Acomodação:
“Foi fulano que me ensinou assim”
“Jesus só impunha as mãos e curava...”
“Já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...”
“Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho.”

“Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como
acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos
especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz).

A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa sagrada de
modo eficiente e sem comodismos.

“Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado


trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos
responsáveis” (Emmanuel – Livro Seara de Médiuns)

2-Passe magnético
EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (pelo Espírito André Luiz)

3
—Como podemos encarar o passe magnético no campo espírita, do ponto de vista da medicina
humana?

—  Em verdade, para conseguirmos alguma ideia precisa no dicionário terreno, com respeito


ao poder do fluido magnético, que constitui por si emanação controlada de força mental sob a
alavanca da vontade, será interessante figurar o nosso veículo de manifestação como sendo o
Estado Orgânico em que nos expressamos na condição de Espíritos imortais, em multifária
graduação evolutiva.

Semelhante esfera celular, para a nossa conceituação mais simples na técnica fraseológica das
criaturas encarnadas (13), pode ser dividida em duas partes essenciais — o hemisfério visível
ou campo somático e o hemisfério por enquanto invisível na Terra ao sensório comum, ou campo
psicossomático.

No primeiro, temos o comboio fisiológico tangível, capaz de oferecer positivos elementos de


estudo à perquirição histológica.

No segundo, encontramos o perispírito da definição kardequiana, ou corpo espiritual, que preside


a todas as formações do cosmo físico.

Observando, assim, o carro de exteriorização da inteligência por um Estado Orgânico,


perfeitamente estruturado em sua base e comportamento, é fácil interpretar lhe os órgãos como
províncias diferenciadas entre si, não obstante conjugadas em sintonia de ação para os mesmos
fins, e apreciar lhe os milhões de células como  entidades microscópicas em comunidades
distintas, como povos infinitesimais a se caracterizarem por atividades específicas.

Representando o sistema hemático, no corpo humano, o  conjunto das energias circulantes no


psicossoma, energias essas tomadas pela mente, através da respiração, ao infinito reservatório
do fluido cósmico, é para ele que devemos voltar a maior atenção, de vez que se encontra
intimamente associado ao estímulo nervoso ou  aparelho de comunicação entre o governo do
Estado simbólico a que nos referimos e suas províncias e cidadãos — os órgãos e as células.

Correspondendo a centros vitais do perispírito  —  que não podemos entender agora,


por ausência de terminologia adequada entre os homens — temos o eritrônio, o leucocitônio e
o trombônio, tanto quanto o sistema retículoendotelial e os gânglios linfáticos, dando
nascimento, no plasma sanguíneo, às coletividades corpusculares das hemácias, dos
4
leucócitos, dos trombócitos, dos macrófagos e dos linfócitos, a se dividirem através de
famílias numerosas, em trabalho incessante, desde as usinas geratrizes do baço e da medula
óssea, do fígado e dos gânglios, até o estroma dos órgãos.

Reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem


reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares
do Estado Orgânico —  particularmente as sanguíneas e as histiocitárias —determinando-
lhes o nível satisfatório, a migração ou  a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou,
ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as
invasões bacterianas e na redução ou  extinção dos processos patogênicos, por intermédio de
ordens automáticas da consciência profunda.

Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou 
perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando
determinada causa de sofrimento.

A dor, portanto, dessa ou daquela forma, é sempre uma situação de alarma ou emergência, mais
ou menos durável no império orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo
ou da alma, na execução do alívio ou da cura.

Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no divino manancial
da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem
para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões
de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou 
naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável.

Assim é que orar em nosso favor é atrair a Força Divina para a restauração de nossas forças
humanas, e orar a benefício dos outros ou  ajudá-los, através da energia magnética, à disposição
de todos os espíritos que desejem realmente servir, será sempre assegurar-lhes as melhores
possibilidades de autoreajustamento, compreendendo-se, porém, que se o amor consola,
instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, todos estamos condicionados à justiça a que
voluntariamente nos rendemos, perante a Vida Eterna, justiça que preceitua, conforme o
ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja dado isso ou  aquilo “a cada um segundo as
suas próprias obras”, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou menos felizes podem ser
fruto de nossa orientação todos os dias e, por isso mesmo, todos os dias será possível alterar o
rumo de nosso próprio roteiro.

—Qual a velocidade da emissão fluídica de um passe?

— A questão envolve, na base, o estudo da partícula do pensamento, em sua composição de


estrutura e potencial, para o que ainda não possuímos qualquer recurso nas definições
humanas.

Uberaba, 11/06/1958 
 

(13) Definição somente aplicável no Plano Físico mais denso. (Nota do Autor Espiritual)

3. CORPO HUMANO
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CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO

. O ser humano é sem sombra de dúvida a mais elaborada, complexa e maravilhosa criação
de Deus a habitar o nosso planeta. A sua condição atual é o resultado de um laborioso
processo evolutivo de milhões de anos. No decorrer de todo esse tempo existiram sempre
trabalhadores espirituais, especificamente designados pelo Criador, com o objetivo de orientar
essa evolução em busca de estrutura orgânica cada vez mais equilibrada e adequada aos
diferentes ambientes em que ele precisa estagiar.

Em parte, pela necessidade de vivenciar situações tão distintas quanto a de encarnado e a de


desencarnado, é que o homem apresenta uma constituição tão complexa. Ela, ainda hoje,
mostra-se muito difícil de ser compreendida em todos os seus aspectos, não o bastante
filósofos e cientistas notáveis terem se dedicado tanto, e com exclusividade, para o campo da
matéria; outros enveredaram pelos mundos do Espírito. Diversas teorias foram postuladas e
explicações propostas; muitas contestadas e ridicularizadas. Mas, enfim, de que segmentos,
realmente, se constituem o ser humano?

Estamos convencidos de que a individualidade humana é realmente formada de vários


“corpos”, sobre cada um deles, com exceção, talvez, apenas, de corpo físico.

Embora alguns informem que são sete os corpos constituintes do ser humano encarnado, e
sem pretender contestar tal afirmação, ou estabelecer polêmica, limitaremos nossas
observações aos quatro seguintes:

 Espírito ou alma
 Períspirito ou Corpo Períspiritual ou Corpo Astral ou Psicossoma
 Duplo etérico; e
 Corpo físico

Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de inicio é que ele constitui “mecanismo”
extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em
grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem
determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que,
por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a
vida do organismo.

Níveis de Organização

Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando pelos
átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo para os
biólogos. (Fig. 5)
1 - Átomos e moléculas - Os átomos formam toda a matéria existente. Eles se unem por
meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde as mais simples como a água
(H2O), até moléculas complexas, como proteínas, que possuem de centenas a milhares de
átomos. A matéria viva é formada principalmente pela união dos átomos (C) Carbono, (H)
Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.
2 - Organelas e Células - As organelas são estruturas presentes no interior das células, que
desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de várias moléculas. A
célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a existência dela. Existem vários
tipos de células, cada uma com sua função específica.
3 - Tecidos - Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão
presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e animais. Um
exemplo de tecido é o muscular, que tem a função de produzir os movimentos de um
6
organismo; o tecido ósseo, formado pelas células ósseas, tem a função de sustentar o
organismo.
4 - Órgãos - Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de
vários tipos de tecidos. Por exemplo, o coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e
tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso.
5 - Sistemas - Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que se trabalham em
conjunto para exercer uma determinada função corporal; por exemplo, o sistema digestório,
que é formado por vários órgãos, como boca, estômago, intestinos, glândulas, etc.
6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa,
uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.

CÉLULA: a menor partícula do ser humano. A menor unidade de função e de organização


capaz, por si mesma, de multiplicação e de relação, que apresenta todas as características de
vida.

PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES

Com o transcurso dos evos surpreendemos as células como princípios inteligentes de


feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais
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superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no
corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência
que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.
Evolução em dois mundos – André Luiz

EVOS- tempo indefinido em duração; eternidade.

QUANTO À FORMA: existem seres vivos formados por células praticamente todas iguais, e
outros que apresentam poucos tipos de células. A maioria dos seres vivos tem, no entanto, o
corpo formado por células de várias formas. Este é o caso do homem. No corpo humano,
existem células redondas, fusiformes, cúbicas, cilíndricas, estreladas etc.

- Redondas (sangue);
- Fusiformes (tecidos musculares);
- Cilíndricas (epiderme);
- Cúbicas (ossos);
- Estreladas (sistema nervoso).

FORMAS DAS CÉLULAS

Animálculos infinitesimais, que se revelam domesticados e ordeiros na colmeia


orgânica, assumem formas diferentes, segundo a posição dos indivíduos e a
natureza dos tecidos em que se agrupam, obedecendo ao pensamento simples
ou complexo que lhes comanda a existência.

São cenositos ou microrganismos que podem viver livremente, como autositos,


ou como parasitos; sincícios ou massa de células que se fundem para a
execução de atividade particular, como, por exemplo, na musculatura cardíaca ou na
camada epitelial que compõe a parte externa da placenta, com ação histolítica sobre
a estrutura da organização materna; células anastomosadas, como as que se
coordenam na formação dos tecidos conjuntivos; células em grupos coloniais, com
movimentos perfeitamente coordenados, quais as que se mostram nos volvocídeos;
células com matriz intersticial, que elaboram substâncias imprescindíveis à
conservação da vida na província corpórea, e as células que podem diversificar-se,
constituindo-se elementos livres, como na preparação dos glóbulos da corrente
sanguínea.

Articulam-se em múltiplas formas, adaptando-se às funções que lhes


competem, no veículo de manifestação da criatura que temporariamente as segrega,
à maneira de peças eletromagnéticas inteligentes, em máquina eletromagnética
superinteligente, atendendo com precisão matemática aos apelos da mente,
assemelhando-se, de certo modo, no organismo, aos milhões de átomos que
constituem harmonicamente as cordas de um piano, acionadas pelos martelos
minúsculos dos nervos, ao impacto das teclas que podemos simbolizar nos fulcros
energéticos do córtice encefálico, movimentado e controlado pelo Espírito, através
do centro coronário que sustenta a conjunção da vida mental com a forma
organizada em que ela
própria se expressa.
Evolução em dois
mundos – André Luiz
Cenosito: animal que vive
associado a outro organismo,
compartilhando do mesmo
alimento, sem ser
caracterizado
verdadeiramente como
parasito. Ex.: a remora, que
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se prende ao corpo do tubarão por ventosas e aproveita seus restos alimentares.
 

A célula é formada de vários elementos.

Os principais são:

 Núcleo

 Citoplasma

 Membrana do núcleo

FUNÇÕES DA MEMBRANA E DO CITOPLASMA:

A membrana separa a célula do meio em que ela vive. Dessa forma, a membrana protege a
célula. Além disso, a membrana permite a entrada de alimentos na célula e a saída de
escórias.

Pelo processo de reprodução, a célula divide-se, formando novas células. Pelo processo de
nutrição, é incorporado material ao citoplasma, que pode crescer e também utilizar o material
incorporado para realizar as funções da célula.

Lembre-se: as funções de reprodução e de nutrição celular são controladas pelo núcleo

Observe o que acontece com uma célula quando ela é cortada em dois pedaços (com núcleo
e sem núcleo): a parte que ficou com o núcleo continua viva e se reproduziu, formando duas
células; a parte que ficou sem o núcleo, morreu.

AUTOMATISMO CELULAR

É da doutrina celular corrente no mundo que as células tomam aspectos


diferentes conforme a natureza das organizações a que servem, compelindo-nos
desenvolver mais amplamente o acerto, para asseverar que a inteligência,
influenciando o citoplasma, que é, no fundo, o elemento intersticial de
vinculação das forças fisiopsicossomáticas, obriga as células ao trabalho de que
necessita para expressar-se, trabalho este que, à custa de repetições quase
infinitas, se torna perfeitamente automático para as unidades celulares que se
renovam, de maneira incessante, na execução das tarefas que a vida lhes
assinala.
Evolução em dois mundos – André Luiz

OS NÚCLEOS NAS CÉLULAS HUMANAS

No corpo humano, a maioria das células possui apenas 1 núcleo. Existem, no entanto, células
sem núcleo e células com mais de 1 núcleo.

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As hemácias, que são as células vermelhas do sangue, não possuem núcleo. Assim, elas não
se nutrem nem se reproduzem: duram algumas semanas e depois morrem.

O número de hemácias no sangue humano permanece constante porque o organismo produz


continuamente novas hemácias.

As células formam os órgãos e os sistemas.

MOTORES ELÉTRICOS MICROSCÓPICOS

Dispostas na construção da forma em processo idêntico ao da superposição dos tijolos


numa obra de alvenaria, as células são compelidas à disciplina, perante a ideia orientadora
que as associa e governa, quanto os tijolos vulgares são constrangidos à submissão ante as
linhas traçadas pelo arquiteto que lhes aproveita o concurso na concretização de projeto
específico. É assim que são funcionárias da reprodução no centro genésico, trabalhadoras
da digestão e absorção no centro gástrico, operárias da respiração e fonação no centro
laríngeo, da circulação no centro cardíaco, servidoras e guardiãs fixas ou migratórias do
tráfego e distribuição, reserva e defesa no centro esplênico, auxiliares da inteligência e
elementos de ligação no centro cerebral, e administradoras e artistas no centro coronário,
amolgando-se às ordens mentais recebidas e traduzindo na região de trabalho que lhes é
própria a individualidade que as refreia e influencia, com justas limitações no tempo e no
espaço. Temo-las, desse modo  —  repetimos —  por microscópicos motores elétricos, com
vida própria, subordinando-se às determinações do ser que as aglutina e que lhes imprime a
fixação ou a mobilidade indispensáveis às funções que devam exercer no mar interior do
mundo orgânico, formado pelos líquidos extracelulares, a se definirem no líquido lacunar
que as irriga e que circula vagarosamente; na linfa que verte dos tecidos, endereçada ao
sangue; e no plasma sanguíneo que se movimenta, rápido, além de outros líquidos
intersticiais, característicos do meio interno

Evolução em dois mundos – André Luiz

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4 - OS SISTEMAS DO CORPO HUMANO
Máquina Divina

Não se passaram muitos minutos e estávamos ao lado do agonizante, cuja situação preocupava o
clínico espiritual. Era um cavalheiro de sessenta anos presumíveis, que a leucemia aniquilava
morosamente.

– Há muitos dias se encontra em coma – explicou o facultativo –, mas temos necessidade de mais
forte auxílio magnético, para facilitar o desprendimento.

No aposento, além de duas senhoras desencarnadas – a mãe do agonizante e uma parenta


próxima –, viam-se familiares encarnados, dando mostras de grande aflição.

Nosso orientador examinou o enfermo detidamente e sentenciou:

– Nada resta senão a necessidade de concurso para o desligamento final.

Aniceto, a seguir, recomendou observássemos o moribundo com atenção. Concentrando todas as


minhas possibilidades, fixei o enfermo prestes a desencarnar. Notei, com minúcias, que a alma se
retirava lentamente através de pontos orgânicos insulados. Assombrado, verifiquei que, bem no
centro do crânio, havia um foco de luz mortiça, candelabro aceso às ondulações brandas do vento.
Enchia toda a região encefálica, despertando-me profunda admiração.

– A luz que você observa – disse o instrutor amigo – é a mente, para cuja definição essencial não
temos, por agora, conceituação humana.

Notando minha estranheza, Aniceto colocou-me a destra na fronte, transmitindo-me vigoroso influxo
magnético, e acentuou:

– Repare a máquina divina do homem, o tabernáculo sagrado que o Senhor permitiu se formasse
na Terra para sublime habitação temporária do espírito. Agora, André, não está você diante duma
demonstração anatômica da ciência terrestre, examinando carne morta e músculos enrijecidos.
Observe agora! O olho mortal não poderá contemplar o que se encontra à sua vista neste instante.
O microscópio é ainda pobre, não obstante representar uma nobre conquista para a limitada visão
humana.

A cooperação magnética do querido mentor modificara a cena e fui compelido a concentrar todas as
minhas energias, a fim de não inutilizar a observação pelo golpe do espanto.

A luz mental, embora fosca, tornara-se mais nítida e o corpo do moribundo agigantou-se,
oferecendo-me espetáculo surpreendente aos olhos ansiosos. Parecia-me o corpo, agora,
maravilhosa usina nos mais íntimos detalhes. O quadro científico era simplesmente estupefativo.
Identificava, em grandes proporções, os nove sistemas de órgãos da máquina humana; o arcabouço
ósseo, a musculatura, a circulação sanguínea, o aparelho de purificação do sangue
consubstanciado nos pulmões e nos rins, o sistema linfático, o maquinismo digestivo, o sistema
nervoso, as glândulas hormonais e os órgãos dos sentidos. Tal revelação histológica era diferente
de tudo que eu poderia sonhar nos meus trabalhos de medicina. A circulação do sangue
semelhava-se a movimento de canais vitalizadores daquele pequeno mundo de ossos, carne, água
e resíduos. Milhões de organismos microscópicos iam e vinham na corrente empobrecida de
glóbulos vermelhos. Presenciava a passagem de formas esquisitas, à maneira de minúsculas
embarcações carregadas de bactérias mortíferas. Elementos maiores da flora microbiana
transformavam-se em pequeninos barcos hospedando feras minúsculas, às centenas. Invadiam
todos os núcleos organizados. Os órgãos, como os pulmões, o fígado e os rins, estavam sendo
assaltados, irremediavelmente, por incalculável quantidade de sabotadores infinitesimais. E à
medida que se consolidavam os micróbios invasores, em determinadas regiões celulares, alguma
coisa se destacava, lentamente, da zona atacada, como se um molde sempre novo fosse expulso
11
da forma gasta e envelhecida, reconhecendo eu, desse modo, que a desencarnação se operava
através de processo parcial, facultando-me ilações preciosas. Reparei que algumas glândulas
faziam desesperado esforço para enviar aos centros invadidos determinadas porções de hormônios,
que eram incontinenti absorvidos pelos elementos letais. O plasma sanguíneo figurava-se líquido
estranho e gangrenoso.

Pela excessiva movimentação da onda mental, observei que o moribundo tentava readquirir a
direção dos fenômenos orgânicos, mas em vão. Todos os complexos celulares atritavam entre si e
as bactérias pareciam gozar o direito de multiplicação crescente e festiva.

– Está vendo a máquina divina, formada pelo molde espiritual preexistente? – perguntou Aniceto,
compreendendo-me a profunda admiração. – O corpo do homem encarnado é um tabernáculo e
uma bênção. Nesta hecatombe angustiosa de uma existência, pode você reparar que todos os
movimentos do corpo estão subordinados à administração da mente. O organismo vivo, André,
representa uma conquista laboriosa da Humanidade terrestre, no quadro de concessões do Eterno
Pai. Pode você, agora, identificar os movimentos da matéria viva. Cada órgão é um departamento
autônomo na esfera celular, subordinado ao pensamento do homem. Cada glândula é um centro de
serviços ativos. Há muita afinidade entre o corpo físico e a máquina moderna. São ambos
impulsionados pela carga de combustível, com a diferença de que no homem a combustão química
obedece ao senso espiritual que dirige a vida organizada. É na mente que temos o governo dessa
usina maravilhosa. Não possuímos, aí, tão somente o caráter, a razão, a memória, a direção, o
equilíbrio, o entendimento; mas, também, o controle de todos os fenômenos da expressão corpórea.
Na sede mental e, consequentemente, no cérebro, temos todos os registros de distribuição dos
princípios vitais aos núcleos celulares, inclusive a água e o açúcar. Os centros metabólicos são
grandes oficinas de trabalho incessante. A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação
científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação vital no planeta. Cada órgão, cada
glândula, meu amigo, integra o quadro de serviço da máquina sublime, construída no molde sutil do
corpo espiritual preexistente e, por isso mesmo, chegará o tempo em que a ciência reconhecerá
qualquer abuso do homem como ofensa causada a si mesmo. A usina humana é repositório de
forças elétricas de alto teor construtivo ou destrutivo. Cada célula é minúsculo motor, trabalhando ao
impulso mental.

Aniceto calou-se por momentos e, enquanto eu via, aterrado, os mais estranhos fenômenos
microbianos no corpo do moribundo, volveu ele à palavra educativa:

– Vemos aqui um irmão no momento da retirada. Repare a incapacidade dele para governar as
células em conflito. A corrente sanguínea transformou-se em veículo de invasores mortíferos, que
não encontraram qualquer fortificação na defensiva. Observe e identificará milhões de unidades da
tuberculose, da lepra, da difteria, do câncer, que até agora estavam contidos nos porões da
atividade fisiológica, pela defesa organizada, e que se multiplicam assustadoramente, de par com
outros micróbios tão prolíferos quão terríveis. A nutrição foi interrompida. Não há possibilidade de
novos suprimentos hormonais. O agonizante retrai-se aos poucos e ainda não abandonou
totalmente a carne, por falta de educação mental. Vê-se pelo excesso de intemperança das células,
sobre as quais não exerce nem mesmo um controle parcial, que este homem viveu bem distante da
disciplina de si mesmo. Seus elementos fisiológicos são demasiadamente impulsivos, atendendo
muito mais ao instinto que ao movimento da razão concentrada. A falar verdade, este nosso amigo
não se está desencarnando, está sendo expulso da divina máquina, onde, pelo que vemos, não
parece ter prezado bastante os sublimes dons de Deus.

Os Mensageiros- André Luiz – Francisco Cândido Xavier

O corpo humano pode ser subdividido em:

1-Sistema respiratório: os órgãos usados para inspiração e o pulmão.


2-Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com músculos e
articulações proporciona mobilidade ao corpo

3-Sistema urinário: os rins e estruturas envolvidas na produção e excreção da urina.

4-Sistema digestório: processamento do alimento com a boca, estômago e intestinos.


5-Sistema circulatório: circulação do sangue como coração e vasos sanguíneos.
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6-Sistema imunológico: defesa do corpo contra os agentes patogênicos.
7-Sistema tegumentar: pele, cabelo e unhas.
8-Sistema muscular: proporciona a força necessária ao movimento do corpo.
9-Sistema nervoso: coleta, transfere e processa informação com o cérebro e nervos.
10-Sistema endócrino: comunicação interna do corpo através de hormônios.
11-Sistema reprodutor: os órgãos sexuais.
_______________________________________________________________

1. SISTEMA RESPIRATÓRIO

A respiração é um
processo que se realiza
dentro de todas as células
vivas do organismo e se
caracteriza pela liberação
de energia, a partir do
alimento e do oxigênio.

 Sangue é o líquido
encarregado de
levar o alimento e o
oxigênio para as
células. O alimento
é cedido ao sangue
pelo sistema
digestivo, e o
oxigênio é cedido
pelo sistema
respiratório.
 O sangue, rico em alimentos e oxigênio, chega às células.
 Os alimentos e o oxigênio passam do sangue para as células, através da linfa.
 Nas células, ocorre uma reação entre os alimentos e o oxigênio: é a respiração
propriamente dita.
 Em consequência dessa reação, a célula liberta energia e gás carbônico.
 A energia é utilizada pela célula e o gás carbônico passa para o sangue, através da
linfa.
 O gás carbônico é levado pelo sangue até o sistema respiratório.
 O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que
conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas
nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os
três últimos localizados nos pulmões. (Fig. 12)
 - Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam
na faringe.
 - Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se
com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa
necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
 - Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte
superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que
aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.
 - Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros
de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na
sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.
13
 - Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25
cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura.
Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez
mais finos, os bronquíolos.

 - Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo que


separa o tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente
com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.

_______________________________________________________________

2 - Sistema Esquelético (de sustentação)


Além de dar sustentação ao corpo, o
esqueleto protege os órgãos internos e
fornece pontos de apoio para a fixação
dos músculos. Ele constitui-se de peças
ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo
adulto) e cartilaginosas articuladas, que
formam um sistema de alavancas
movimentadas pelos músculos. (Fig.13)

Fig. 13 – sistema esquelético


humano

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3 - Sistema Urinário

O sistema urinário é formado por um conjunto de órgãos


que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o
principal líquido de excreção do organismo. É constituído
por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária
e pela uretra. (Fig.14)

- Rins - situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo


do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa
posição estão protegidos pelas últimas costelas e também
por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de
feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege
o córtex - mais externo, e a medula - mais interna.
O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que
possui, em uma das extremidades, uma expansão em
forma de taça,.
14
- Ureter - os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada
vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o
rim em direção à bexiga urinária.
- Bexiga - A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja
função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼
de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.

- Uretra - A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no
homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por
anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a
musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos.

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4- SISTEMA DIGESTIVO

Os seres humanos, para manterem as


atividades do organismo em bom
funcionamento, precisam captar os
nutrientes necessários para construir
novos tecidos e fazer manutenção dos
tecidos danificados, necessitam de
extrair energias vindas da ingestão de
alimentos. A transformação dos
alimentos em compostos mais
simples, utilizáveis e absorvíveis pelo
organismo é denominado Digestão.
O Sistema Digestório nos seres
humanos é constituído de: Boca, Faringe,
Esôfago, Estômago, Intestino delgado,
Intestino grosso, Ânus. (Fig. 6) Fig. 6 - Sistema digestório

Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar,
dentes e língua.

- Boca - É a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestivo. Ao


ingerir alimentos, estes chegam à boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados
pela língua. Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto em
moléculas de glicose e maltose.
- Glândulas Salivares - A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e
mucina, que dá a saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é
uma enzima que inicia o processo da digestão do glicogênio.
- Faringe - É um tubo que conduz os alimentos até o esôfago.
- Esôfago - Continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago,
devido aos seus movimentos peristálticos (contrações involuntárias).
- Estômago - No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar, continua as
contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco gástrico, realizando a
digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido claro, transparente e bastante
ácido produzido pelo estômago.
4.6 - Intestino Delgado – O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno,
jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção
15
responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do estômago, denominado
quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem
secreções antiácidas.
- O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático, constituído de íons
bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo. O Fígado fornece a bile, que é
secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar.
Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material escuro e
pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de proteínas, carboidratos
e lipídios.
As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal longo onde
são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna, vilosidades que são
vários dobramentos.
- Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco, cólon e reto,
onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e potássio), decomposição
e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes.
- Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por acumular as
fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante todo esse
processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até
sua eliminação.
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5-SISTEMA CIRCULATÓRIO

É um conjunto de órgãos responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para o corpo. O


coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A
circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, oxigênio e hormônios
para as células de vários órgãos. O sangue também
transporta resíduos do metabolismo para que
possam ser eliminados do corpo. - Vasos sanguíneos

Principais componentes:
- Coração: é o “motor” do sistema circulatório.
Sua função é bombear o sangue, de forma que
chegue a todo o corpo. Com isso, o sangue que
contém oxigênio pode alimentar a células do corpo.
Uma circulação completa inclui duas passagens pelo
coração: uma em direção ao corpo e a outra em
direção ao pulmão.

- Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e


capilares. Sendo que as artérias são mais largas e
flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente
resistentes. Os capilares são os menores vasos
sanguíneos e servem de canal de transição das
artérias para as veias.

- Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e


oxigenação para as células e tecidos do corpo. É bombeado
pelo coração e é amplamente rico em nutrientes.

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Fig. 9 - componentes do sistema
imunitário

- Sistema Nervoso Autônomo


Está relacionado com os movimentos involuntários dos músculos como não-estriado e
estriado cardíaco, sistema endócrino e respiratório.

É divido em simpático e parassimpático. Eles têm função antagônica sobre o outro. São
controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da adrenalina e da
acetilcolina.

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10-SISTEMA ENDÓCRINO

É conjunto de órgãos (glândulas) que


apresentam como atividade característica a
produção de secreções denominadas
hormônios, que são lançados na corrente
sanguínea e irão atuar em outra parte do
organismo, controlando ou auxiliando no
controle de sua função. Os órgãos que têm
sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo.
Glândulas

Alguns dos principais órgãos produtores de


hormônios no homem são a hipófise, o
hipotálamo, a tireoide, as paratireoides, as
suprarrenais, o pâncreas e as gônadas.

- Hipófise ou pituitária - A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso


corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras
glândulas, como a tireoide, as suprarrenais e as
glândulas-sexuais (ovários e testículos).

- Tireoide - Localiza-se no pescoço (fig. 8), estando


apoiada sobre as cartilagens da laringe e da
traqueia. Seus dois hormônios, tri-iodotironina (T3) e
tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos
de oxidação e de liberação de energia nas células
do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de
calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a
síntese de proteínas, estando relacionados ao
crescimento, maturação e desenvolvimento. A
calcitonina, outro hormônio secretado pela tireoide,
participa do controle da concentração sanguínea de
cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a
saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando
sua incorporação pelos ossos.

- Paratireoides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na


região posterior da tireoide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade
de cálcio e fósforo no sangue.
- Adrenais ou suprarrenais - São duas glândulas que se situam acima dos rins, produzem
adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de emergência”. A adrenalina
prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos, para atacar ou fugir.
Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:
- Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e pernas, dando-
nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação tensa, como uma
briga);
- Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso permite que as
células produzam mais energia);
- Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue para os músculos
esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também “gelados de medo”!
18
- Pâncreas - O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da taxa de glicose
(açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada da glicose nas
células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na
forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das
células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no
sangue. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada
pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).

Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas
sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia,
que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a
hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o
glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então enviada para o sangue, normalizando
a taxa de açúcar. Além de hormônios, o pâncreas produz também o suco pancreático, que é
lançado no intestino delgado e desempenha um papel muito importante no processo
digestivo.

- Glândulas sexuais - As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os testículos


(masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela
hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os testículos produzem
testosterona.

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11 - Sistema Reprodutor

- Sistema Reprodutor Feminino - O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas


(ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até
o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja

– Ovários - Nos ovários ocorre a produção


de hormônios, como, por exemplo, os
hormônios sexuais femininos (estrógenos
e progesterona) e ovócitos secundários
(células que se tornam óvulos, ou ovos,
caso haja fertilização).

- Trompas de Falópio - Através da


trompas de falópio, também conhecidas
como tubas uterinas, o óvulo é coletado da
cavidade abdominal, após ser expelido do
ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é
conduzido em direção ao útero.
Normalmente a fertilização ocorre ainda
em seu interior.
– Útero - É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o desenvolvimento da
gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto.

– Vagina - É através da vagina que os espermatozoides são introduzidos no sistema


reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de nascimento.

- Sistema Reprodutor Masculino - Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os


gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes
19
gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e continuidade da espécie.
(Fig. 11)
– Testículos - Nos testículos ocorre a produção de espermatozoides e também a produção
de testosterona (hormônio sexual masculino).
– Epidídimo - É no ducto epidídimo que ocorre a maturação dos espermatozoides, além
disso, este ducto também armazena os espermatozoides e os conduzem ao ducto deferente
através de movimentos peristálticos (contração muscular).
- Ductos deferentes - Os ductos deferentes têm a função armazenar os espermatozoides e
de transporta-los em direção à uretra, além disso, ela ainda é responsável por reabsorver
aqueles espermatozoides que não foram
expelidos.
- Vesícula Seminal - As vesículas seminais
são glândulas responsáveis por secretar um
fluído que tem a função de neutralizar a
acidez da uretra masculina e da vagina, para
que, desta forma, os espermatozoides não
sejam neutralizados.
– Próstata - A próstata é uma glândula
masculina de tamanho similar a uma bola de
golfe. É através da próstata que é secretado
um líquido leitoso que possui
aproximadamente 25% de sêmen.
– Pênis - É através do pênis (uretra) que o
sêmen é expelido. Além de servir de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina
também é expelida.

– Uretra - Canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função de conduzir e


expelir o esperma durante o processo de ejaculação.

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20
5- SERVIÇO DE PASSES
Atravessamos a porta e fomos defrontados por ambiente balsâmico e luminoso.

Um cavalheiro maduro e uma senhora respeitável recolhiam apontamentos em pequeno livro de


notas, ladeados por entidades evidentemente vinculadas aos serviços de cura.
Indicando os dois médiuns, o Assistente informou:
— São os nossos irmãos Clara e Henrique, em tarefa de assistência, orientados pelos amigos que
os dirigem.
— Como compreender a atmosfera radiante em que nos banhamos? — aventurou Hilário, curioso.
— Nesta sala — explicou Aulus, amigavelmente — se reúnem sublimadas emanações mentais da
maioria de quantos se valem do socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos
uma espécie de altar interior, formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos
procuram trazendo o melhor de si mesmos.
Não dispúnhamos, todavia, de muito tempo para a conversação isolada.
Clara e Henrique, agora em prece, nimbavam-se de luz.
Dir-se-ia estavam quase desligados do corpo denso, porque se mostravam espiritualmente mais
livres, em pleno contato com os benfeitores presentes, embora por si mesmos não no pudessem
avaliar.
Calmos e seguros, pareciam haurir forças revigorantes na intimidade de suas almas. Guardavam a
ideia de que a oração lhes mantinha o espírito em comunicação com invisível e profundo manancial
de energia silenciosa.
Ante a porta ainda cerrada, acotovelavam-se pessoas aflitas e bulhentas, esperando o término da
preparação a que se confiavam.
Os dois médiuns, porém, afiguravam-se-nos espiritualmente distantes.
Absortos, em companhia das entidades irmãs, registravam-lhes as instruções, através dos recursos
intuitivos.
Pelas irradiações da personalidade magnética de Henrique, reconhecia-se-lhe, de imediato, a
superioridade sobre a companheira. Era ele, dentre os dois, o ponto dominante.
Por isso, decerto, ao seu lado se achava o orientador espiritual mais categorizado para a tarefa.
Aulus abraçou-o e no-lo apresentou, gentil.
O irmão Conrado, nosso novo amigo, enlaçou-nos acolhedor.
Anunciou que o serviço estaria à nossa disposição para os apontamentos que desejássemos.
E o nosso instrutor, colocando-nos à vontade, autorizou-nos dirigir a Conrado qualquer indagação
que nos ocorresse.
Hilário, que nunca sopitava a própria espontaneidade, começou, como de hábito, a inquirição,
perguntando respeitosamente:
— O amigo permanece frequentemente aqui?
— Sim, tomamos sob nossa responsabilidade os serviços assistenciais da instituição, em favor dos
doentes, duas noites por semana.
— Dos enfermos tão-somente encarnados?
— Não é bem assim. Atendemos aos necessitados de qualquer procedência.
— Conta com muitos cooperadores?
— Integramos um quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores
da Esfera Superior.
— Quer dizer que, numa casa como esta, há colaboradores espirituais devidamente fichados, assim
como ocorre a médicos e enfermeiros num hospital terrestre comum?
— Perfeitamente. Tanto entre os homens como entre nós, que ainda nos achamos longe da
perfeição espiritual, o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade
do servidor fiel aos compromissos assumidos. A Lei não pode menosprezar as linhas da lógica.
— E os médiuns? são invariavelmente os mesmos?
— Sim, contudo, em casos de impedimento justo, podem ser substituídos, embora nessas
circunstâncias se verifiquem, inevitavelmente, pequenos prejuízos resultantes de natural desajuste.
Meu colega passeou o olhar inquieto pelos dois companheiros encarnados, em oração, e continuou:
— Preparam-se nossos amigos, à frente do trabalho, com o auxílio da prece?
— Sem dúvida. A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por
ela, Clara e Henrique expulsam do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade
comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras
de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo,
ajudam e acabam por ser firmemente ajudados.
— Isso significa que não precisam recear a sua exaustão...

21
— De modo algum. Tanto quanto nós, não comparecem aqui com a pretensão de serem os
senhores do benefício, mas sim na condição de beneficiários que recebem para dar. A oração, com
o reconhecimento de nossa desvalia, coloca-nos na posição de simples elos de uma cadeia de
socorro, cuja orientação reside no Alto. Somos nós aqui, neste recinto consagrado à missão
evangélica, sob a inspiração de Jesus, algo semelhante à singela tomada elétrica, dando passagem
à força que não nos pertence e que servirá na produção de energia e luz.
A explicação não podia ser mais clara.
E enquanto Hilário sorria satisfeito, Conrado afagou os ombros de Henrique, como a recordar-lhe o
horário estabelecido, e o médium, apesar de não lhe assinalar o gesto no campo das sensações
físicas, obedeceu, de pronto, encaminhando-se para a porta e descerrando-a aos sofredores.
Pequena multidão de encarnados e desencarnados aglomerou-se à entrada, todavia, companheiros
da casa controlavam-lhes os movimentos.
Conrado entregou-se ao trabalho que lhe competia e, em razão disso, tornamos à intimidade do
Assistente.
Ambos os médiuns atacaram a tarefa.
Enfermos de variada expressão entravam esperançosos e retiravam-se, depois de atendidos, com
evidentes sinais de reconforto. Das mãos de Clara e Henrique irradiavam-se luminosas chispas,
comunicando-lhes vigor e refazimento.
Na maioria dos casos, não precisavam tocar o corpo dos pacientes, de modo direto. Os recursos
magnéticos, aplicados a reduzida distância, penetravam assim mesmo o «halo vital» ou a aura dos
doentes, provocando modificações subitâneas.
Os passistas afiguravam-se-nos como duas pilhas humanas deitando raios de espécie múltipla, a
lhes fluírem das mãos, depois de lhes percorrerem a cabeça, ao contacto do irmão Conrado e de
seus colaboradores.
O quadro era efetivamente fascinador pelos jogos de luz que apresentava.
Hilário sondou o ambiente e, em seguida, indagou de nosso orientador:
— Por que motivo a energia transmitida pelos amigos espirituais circula primeiramente na cabeça
dos médiuns?
— Ainda aqui — disse Áulus —, não podemos subestimar a importância da mente. O pensamento
influi de maneira decisiva, na doação de princípios curadores. Sem a idéia iluminada pela fé e pela
boa-vontade, o médium não conseguiria ligação com os Espíritos amigos que atuam sobre essas
bases.
— Entretanto — ponderei —, há pessoas tão bem dotadas de força magnética perfeitamente
despreocupadas do elemento moral!...
— Sim — redarguiu o Assistente —, refere-se você aos hipnotizadores comuns, muita vez
portadores de energia excepcional. Fazem belas demonstrações, impressionam, convencem,
contudo, movimentam-se na esfera de puro fenômeno, sem aplicações edificantes no campo da
espiritualidade. É imperioso não esquecer, André, que o potencial magnético é peculiar a todos,
com expressões que se graduam ao infinito.
— Mas semelhantes profissionais podem igualmente curar! — frisou meu companheiro,
completando-me as observações.
— Sim, podem curar, mas acidentalmente, quando o enfermo é credor de assistência espiritual
imediata, com a intervenção de amigos que o favorecem. Fora disso, os que abusam dessa fonte de
energia, explorando-a ao seu bel-prazer, quase sempre resvalam para a desmoralização de si
mesmos, porque interferindo num campo de forças que lhes é desconhecido, guiados tão-somente
pela vaidade ou pela ambição inferior, fatalmente encontram entidades que com eles se afinam,
precipitando-se em difíceis situações que não vêm à baila comentar. Se não possuem um caráter
elevado, suscetível de opor um dique à influenciação viciosa, acabam vampirizados por energias
mais acentuadas que as deles, porquanto, se considerarmos o assunto apenas sob o ponto de vista
da força, somos constrangidos a reconhecer que há imenso número de vigorosos hipnotizadores
espirituais, nas linhas atormentadas da ignorância e da crueldade, de onde se originam os mais
aflitivos processos de obsessão.
E, sorrindo, acrescentou:
— Recordemos a Natureza. A serpente é um dos maiores detentores de poder hipnótico.
— Então — disse Hilário —, para curar, serão indispensáveis certas atitudes do espírito...
— Indiscutivelmente não prescindimos do coração nobre e da mente pura, no exercício do amor, da
humildade e da fé viva, para que os raios do poder divino encontrem acesso e passagem por nós, a
benefício dos outros. Para a sustentação de um serviço metódico de cura, isso é indispensável.
— Entretanto, para o esforço desse tipo precisaremos de pessoas escolhidas, com a obrigação de
efetuarem estudos especiais?
— Importa ponderar — disse Aulus, convicto — que em qualquer setor de trabalho a ausência de
estudo significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desistam de aprender, incorporando
novos conhecimentos, condenam-se fatalmente às atividades de subnível, todavia, em se tratando
do socorro magnético, tal qual é administrado aqui, convém lembrar que a tarefa é de solidariedade
pura, com ardente desejo de ajudar, sob a invocação da prece. E toda oração, filha da sinceridade e
22
do dever bem cumprido, com respeitabilidade moral e limpeza de sentimentos, permanece tocada
de incomensurável poder. Analisada a questão nestes termos, todas as pessoas dignas e
fervorosas, com o auxílio da prece, podem conquistar a simpatia de veneráveis magnetizadores do
Plano Espiritual, que passam, assim, a mobilizá-las na extensão do bem. Não nos achamos à frente
do hipnotismo espetacular, mas sim num gabinete de cura, em que os médiuns transmitem os
benefícios que recolhem, sem a presunção de doá-los de si mesmos. É importante não esquecer
essa verdade para deixarmos bem claro que, onde surjam a humildade e o amor, o amparo divino é
seguro e imediato.
O ministério da cura, porém, a desdobrar-se eficiente e pacífico, reclamava-nos atenção.
Os doentes entravam dois a dois, sendo carinhosamente atendidos por Clara e Henrique, sob a
providencial assistência de Conrado e seus colaboradores.
Obsidiados ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de frios verdugos, no entanto, como
toque dos médiuns sobre a região cortical, depressa se desligavam, postando-se, porém, nas
vizinhanças, como que à espera das vítimas, coma maioria das quais se reacomodavam, de pronto.
Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve
melhoria.
As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico.
Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não se fez esperar.
— Por quê?
— Falta-lhes o estado de confiança — esclareceu o orientador.
— Será, então, indispensável a fé para que registrem o socorro de que necessitam?
— Ah! sim. Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto
em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens
espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão
decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas
sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja
sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não
conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a
dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas do gelo sobre o templo da alma.
A lição fora simples e bela.
Hilário calou-se, talvez para refletir sobre ela, em silêncio.
Sem descurar dos nossos objetivos de estudo, Aulus considerou a conveniência de nosso contato
direto com o serviço em ação. Seria interessante para nós a auscultação de algum dos casos em
foco.
Para isso, aproximou-se de idosa matrona que acabava de entrar, à cata de auxilio e, com
permissão de Conrado, convidou-nos a examiná-la com cuidado possível.
A senhora, aguardando o concurso de Clara, sustentava-se dificilmente de pé, com o ventre
volumoso e o semblante dolorido.
— Observem o fígado!
Utilizamo-nos dos recursos ao nosso alcance passamos a analisar.
Realmente, o órgão mencionado demonstrava a dilatação característica das pessoas que sofrem de
insuficiência cardíaca. As células hepáticas pareceram-me vasta colmeia, trabalhando sob enorme
perturbação. A vesícula congestionada impeliu-me a imediata inspeção do intestino. A bile
comprimida atingira os vasos e assaltava o sangue. O colédoco interdito facilitava o diagnóstico.
Ligeiro exame da conjuntiva ocular confirmava-me a impressão.
A icterícia mostrava-se insofismável.
Após ouvir-me, Conrado reafirmou:
— Sim, é uma icterícia complicada. Nasceu de terrível acesso de cólera, em que nossa amiga se
envolveu no reduto doméstico. Rendendo-se, desarvorada, à irritação, adquiriu renitente hepatite,
da qual a icterícia é a consequência.
— E como será socorrida?
Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e
inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.
Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância luminosa que, descendo em fios
tenuíssimos, alcançou o campo visceral.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio, na expressão fisionômica, retirando-se
visivelmente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.
Hilário fixou os olhos interrogadores no Assistente que nos acompanhava, solícito, e indagou:
— Nossa irmã estará curada?
— Isso é impossível — acentuou Áulus, paternal —; temos aí órgãos e vasos comprometidos. O
tempo não pode ser desprezado na solução.
— E em que bases se articula semelhante processo de curar?
— O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria
ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele,
encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desses
23
princípios, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da Natureza.
Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos
espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela
ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do
corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição
para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
— E pode, acaso, ser dispensado a distância?
— Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. Nesse caso,
diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a
prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.
O serviço, em torno, prosseguia intenso.
Aulus considerou que a nossa presença talvez sobrecarregasse as preocupações de Conrado, e
que não seria lícito permanecer junto dele por mais tempo, já que havíamos recolhido os
apontamentos rápidos que nos propúnhamos obter e, à vista disso, despedimo-nos do supervisor,
buscando o salão central para a continuidade de nossas abençoadas lições.

Nos domínios da mediunidade – André Luiz

6- . O Magnetismo e Suas Origens


Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa viagem aos
tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa técnica de cura
está presente em toda a história do homem. "Desde essa época remota, o homem e os
animais já conviviam com o acidente e com a doença. Pesquisas destacam que os
dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período
paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".

" ...o passe nasceu nas civilizações antigas, como um ritual das crenças primitivas. A
agilidade das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos, praticamente
comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor. As bênçãos foram
as primeiras manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava, mas
experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as ações, com o poder
das mãos"

Herculano Pires.

No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a expectativa de Naamá: "pensava eu que


ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão
sobre o lugar da lepra, e restauraria o leproso".

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do


olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí
acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a
imposição das mãos.

Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Heródoto destaca, em


suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções
magnéticas.

Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Galeno, um dos pais
da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus
pacientes à inspiração que recebia durante o sono. Hipócrates também vivenciou esses
momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...

24
Baixos relevos descobertos na Caldéia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em
atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente
terapêuticas.

"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis
(Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques
reais".

Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da influência
magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus,
quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos. Em o
Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em ação: E Jesus,
estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da
lepra. "Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galileia são ainda uma
incógnita. O talita kume! ecoando através dos séculos, causa espanto e admiração. A uma
ordem do Mestre, levanta-se a menina dada como morta, pranteada por parentes e amigos".

"No século XVIII, Mesmer, após estudar a cura mineral magnética do astrônomo jesuíta
Maximiliano Hell, professor da Universidade de Viena, bem como os trabalhos de cura
magnética de J.J. Gassner, divulgou uma série de técnicas relativas à utilização do
magnetismo humano, instrumentalizado pela imposição das mãos. Tais estudos levaram-no a
elaborar a sua tese de doutorado - De Planetarium Inflexu, em 1766 - de cujos princípios
jamais se afastou. Mais tarde, assumiram destaque as experiências do Barão de Reichenbach
e do Coronel Alberto de Rochas".

Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da atuação
de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos nervos e dava,
ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob controle, poderia ser
usado como finalidade terapêutica".

Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das suas
proposições: A memória 50bre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em seguida, a
ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de terapia,
conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-se em
tema de discussões e estudos.

"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os
que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".

Enquanto a Faculdade de Medicina de Paris "proibia qualquer médico declarar-se partidário


do Magnetismo Animal, sob pena de ser excluído do quadro dos doutores da época", um
movimento favorável às ideias de Mesmer levava à formação das Sociedades Magnéticas,
sob a denominação de Sociedades de Harmonia, que tinham por fim o tratamento das
moléstias.

Em França, por toda a parte, curava-se pelo novo método. "Nunca, diria Du Potet, a medicina
ordinária ofereceu ao público o exemplo de tantas garantias", em face dos relatórios
confirmando as curas, que eram impressos e distribuídos em grande quantidade para
esclarecimento do povo.

Como destacamos, o Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo


designadas Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a
atenção de leigos e sábios. Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os

25
fenômenos, reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica. Em 1837, porém,
retrata-se da decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.

Deduz-se que essa atitude dos relatores teria sido provocada pela forma adotada pelos
magnetizadores para tornar popular a novel Doutrina: explorando o que se chamou A Magia
do Magnetismo, utilizando pacientes sonambúlicos, teatralizando a série de fenômenos que
ocorriam durante as sessões, e as encenações ruidosas, que ficaram conhecidas como a
Câmara das Crises ou O Inferno das Convulsões, tendo como destaque central a Tina de
Mesmer - uma grande caixa redonda feita de carvalho, cheia de água, vidro moído e limalha
de ferro, em torno da qual os doentes, em silêncio, davam-se as mãos, e apoiavam as hastes
de ferro, que saiam pela tampa perfurada, sobre a parte do corpo que causava a dor. Todos
eram rodeados por uma corda comprida que partia do reservatório, formando a corrente
magnética.

Todo esse aparato, porém, não era apropriado para convencer os observadores do efeito
eficaz e positivo das imposições e dos passes.

Ipso facto, as Comissões se inclinaram pela condenação do Magnetismo, considerando que


as virtudes do tratamento ficavam ocultas, enquanto os processos empregados estimulavam
desconfiança e descrédito.

Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.

"O Marquês de Puységur descobre, à custa de sugestões tranquilizadoras aos magnetizados;


o estado sonambúlico do hipnotismo; seguem os seus passos Du Potet e Charles Lafontaine".

No sul da Alemanha, o padre Gassner leva os seus pacientes ao estado cataléptico, usando
fórmulas e rituais, admitindo a influência espiritual.

Em 1841, um médico inglês, o Dr.James Braid, de Manchester, surpreendeu-se com a


singularidade dos resultados produzidos pelo conhecido magnetizador Lafontaine, assistindo
uma de suas sessões públicas, ao agir sobre os seus pacientes, fixando-lhes os olhos e
segurando-lhes os polegares.

Braid, em seus trabalhos e escritos científicos, procurou explicar o estado psíquico especial,
que era comum nos fenômenos ditos magnéticos, sonambúlicos e sugestivos. Em seus
derradeiros trabalhos passou a admitir a hipótese de dois fenômenos de efeitos semelhantes:
um hipnótico, normal, devido a causas conhecidas e um magnético, paranormal, a exemplo
da visão a distância e a previsão do futuro.

Outros pesquisadores seguiram-no: Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet e outros.

Em 1875, Charles Richet, então ainda estudante, busca provar a autenticidade científica do
estado hipnótico, que segundo ele, mais não era que um estado fisiológico normal, no qual a
inteligência se encontrava, apenas, exaltada".

Antes, porém, em Paris, o Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de


ciências, Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail. Consoante o Prof. Canuto Abreu, em sua
célebre obra O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, Rivail integrava o
grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet (1796-1881), adepto de Mesmer, editor
do Journal du Magnétisme e dirigente da Sociedade Mesmeriana. À página 139 dessa
elucidativa obra, depreende-se que o Prof. Rivail frequentava, até 1850, sessões
sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de enfermidades a ele confiados, embora
se considerasse modesto magnetizador.
26
Os vínculos, do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam
evidenciados nas suas anotações intimas, constantes de Obras Póstumas, relatando a sua
iniciação no Espiritismo, quando em 1854 interessa-se pelas informações que lhe são
transmitidas pelo magnetizador Fortier, sobre as mesas girantes, que lhe diz: "parece que já
não são somente as pessoas que se podem magnetizar"..., sentindo-se à vontade nesse
diálogo com o então pedagogista Rivail. São dois magnetizadores, ou passistas, que se
encontram e abordam questões do seu íntimo e imediato interesse.

Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano após o
lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O Magnetismo
preparou o caminho do Espiritismo(...). Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do
êxtase às manifestações espíritas(...) sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível
falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: “Devíamos aos nossos leitores esta
profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos homens de convicção que,
enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-se corajosamente à defesa de
uma causa tão humanitária”.

É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos passes,


e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A Gênese,
abordaria ele a "momentosa questão das curas através da ação fluídica", destacando que
todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo apenas pela potência
e rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que desempenha o papel de
agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e circunstâncias especiais.

Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como prática
terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas
Terapêuticas Espiritualistas.

Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações mentais
e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis nomenclaturas, a
exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos, tratamento
magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua qualidade terapêutica,
destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias dos Espíritos), Passe
Magnético (energias do médium) e Passe Mediúnico (energias dos Espíritos e do médium),
constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia praticada largamente nas Instituições
Espíritas.

Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia ou


efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às novas
descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição de
profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a excelência
do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece amplas
possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a ação terapêutica da
Psicoterapia moderna.

Além das forças eletromagnéticas, gravitacional e atômica existe outra ainda


desconhecida pela ciência: O PRINCÍPIO VITAL. Ele mantém a vida de todos os
seres.(...) Os Espíritos da Codificação explicam que ele é uma força natural que
animaliza, ou dá vida á matéria. O princípio vital, assim como a eletricidade, o
magnetismo, e outras forças naturais, é uma transformação especial do fluido
cósmico universal (FLC), formador de toda a matéria. De acordo com a doutrina
espirita, o princípio vital é um só para todos os seres orgânicos, todavia
modificado segundo as espécies. É ele que dá movimento e atividade e os
distingue da matéria inerte. Os espíritos explicam que o conjunto dos órgãos
corporais constitui uma espécie de mecanismo que recebe impulsão desse
27
princípio.(...) Portanto, a manutenção da harmonia do funcionamento do
organismo pelo fluido vital, garante a saúde. A vida orgânica dos seres é mantida
pela absorção do fluido vital. Mas a quantidade dele não é absoluta em todos os
seres orgânicos. “Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada
individuo de uma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer, saturados
deste fluido, enquanto os outros o possuem em quantidade apenas suficiente.
Daí, para alguns, vida mais ativa, mas tenaz e, decerto modo, superabundante.”
( Livro dos Espíritos).Por outro lado, a quantidade de fluido vital pode esgotar.
Para que ela não se torne insuficiente para a conservação da vida, precisa ser
renovada por sua absorção e assimilação. Assim, não é somente pelos alimentos
que absorvem o fluido vital. “Ele também se transmite de um individuo a outro.
Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha menos e em
certos casos prolongar a vida prestes a se extinguir-se.

Quem dá vida aos seres orgânicos – Universo Espírita- Macedo Sarra.

28
7- Os Fluidos
“... e quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo
ou de qualquer outra semente. Mas Deus dá o corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das
sementes, o seu corpo apropriado. Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos
homens, outra a dos animais, outra a das aves, outra a dos peixes. Também há corpos
celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais e outra, a dos
terrestres. Uma é a glória do sol, outra a glória da lua, outra a das estrelas; porque até entre
as estrelas há diferenças de esplendor” - (I Coríntios, cap. 15 - 37 a 41).

CONSIDERAÇÕES

Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da existência de uma
matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para a origem dos elementos
físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo tenham se empenhado no
estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se conseguiu encontrar esse elemento
básico primitivo. Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada
aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no princípio
todos os elementos materiais estavam reunidos num só “ponto”, sob uma pressão
incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando matéria pelo
espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e aos astros. O
Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe até quando
continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento material primitivo,
estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das coisas. No século XIX,
29
quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram uma teoria onde
explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e espirituais. Diziam que havia
por toda a Criação um elemento primitivo etéreo, denominado “fluido universal”, e que todos
os elementos materiais conhecidos seriam formas modificadas deste fluido. Alguns cientistas
no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada “éter”, mas não conseguiram
convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência não podia compreender a
presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse detectada pelos instrumentos
existentes. O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência
do fluido universal, base de todos os elementos materiais.

FLUIDO UNIVERSAL

30
O fluido universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo material e espiritual, a
matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo pensamento (que é uma forma de
energia), podendo se modificar, assumir formas e propriedades particulares. A ação do
Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos sistemas estelares,
aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador executa o plano existencial. O
fluido universal preenche todo o espaço existente entre os mundos. Por meio dele viajam as
ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na camada
atmosférica.

Em torno dos planetas, o fluido universal apresenta-se modificado. A presença da vida no


orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado pela atividade mental dos
habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido universal que os circunda apresenta-
se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é mais leve e
luminosa. Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois
estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização (estado normal primitivo), e o de
ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os fenômenos do mundo
invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os dois pontos existem
inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em matéria tangível. No estudo
deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas afeções do ser humano e
os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na profilaxia e
tratamento das enfermidades físicas e espirituais.

“No estado de eterizarão, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser etéreo, passa
por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez, do que no estado de
matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que, se bem sejam procedentes
do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais, e dão lugar aos fenômenos
particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo, esses fluidos têm para os
Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência material quanto a dos objetos
tangíveis para os encarnados, e são para eles o que para nós são as substâncias do mundo
terrestre; eles as elaboram, as combinam para produzir efeitos determinados como o fazem os
homens com seus materiais, embora usando processos diferentes” - (Allan Kardec - A
Gênese, cap. XIV, item 3).

O que são fluidos?

Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto


desencarnados. Todos estamos mergulhados no Fluido Cósmico Universal, substância básica
da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos espirituais estão
impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito. A
atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes.

“Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas


moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando
retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si
mesmas.”(André Luiz – Evolução em Dois Mundos)

“A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das
formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível)

“No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um
fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista
semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador,
esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade,
31
para influenciar na Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio
pensamento contínuo, gerando potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz –
Evolução em dois mundos)

Origem dos Fluidos

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

(LE – 1ª Parte, Cap.1 Q1)

Princípio Espiritual (Princípio Inteligente Universal) - “O Princípio Inteligente Universal é o


elemento primitivo espiritual, cuja a natureza desconhecemos. É suscetível de elaboração e
desenvolvimento evolutivo, para a formação de individualidades inteligentes, em união com a
matéria”.

Princípio Inteligente - O Princípio Inteligente provém do Princípio Espiritual e sua


individualização resulta na formação do espírito, que em contínuo processo evolutivo, virá a
ser o Espírito Imortal.

Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria elementar


primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos
da Natureza”.
Fluido Cósmico - O Fluido Cósmico é a primeira e maior decorrência do Fluido Universal, o
qual, além de gerar todos os universos, macros e micros contém os demais campos que dão
origem às matérias mais densas (Jacob Melo).

“O Fluido Cósmico Universal é a substância primitiva (matéria elementar)


onde residem todas as forças e a partir do qual são feitas todas as coisas,
pois é suscetível de inúmeras combinações.” (GE, VI- 7, 10 e 17).

“Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse
fluido é o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI –
10)

32
A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos sistemas
estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador executa o plano
existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os mundos. Por meio
dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na
camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal apresenta-se modificado.

A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado pela
atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido universal que os
circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é
mais leve e luminosa.

Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois estados
distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig 2), e o de
ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os fenômenos do
mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os dois pontos existem
inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em matéria tangível.
No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas afecções do ser
humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na
profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais.
"

Fluido Vital (Magnético, Ectoplasma, Animal)

“É uma das diferenciações do Fluido Cósmico Universal. É responsável,


quando combinado com o Fluido Cósmico ou com outras de suas derivações,
através do agente chamado PRINCÍPIO VITAL segundo padrões muito
especiais, pela vida.” (Fig. 3)
33
Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem
ele, a matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela
animalização da matéria, pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da
ação de um agente sobre a matéria. Esse agente é o fluido vital. É ele que dá
vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. A matéria sem ele não
tem vida assim como ele sem a matéria não é vida. Quando os seres
orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se decompõe
formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para
novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade
de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de
uma série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos
Espíritos, pergunta 70:

"A quantidade de fluido vital não é a mesma


em todos os seres orgânicos: varia segundo
as espécies e não é constante no mesmo
indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma
mesma espécie. Há os que estão, por assim
dizer, saturados de fluido vital, enquanto
outros o possuem apenas em quantidade
suficiente. É por isso que uns são mais ativos,
mais enérgicos, e de certa maneira, de vida
superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode


tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for
renovada pela absorção e assimilação de
substâncias que o contêm. O fluido vital se
transmite de um indivíduo a outro. Aquele que
o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que
tem menos e em certos casos fazer voltar uma
vida prestes a extinguir-se".

Princípio Vital –

“É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a interligação de


um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s) proveniente(s) de
outro “campo” (Princípio Espiritual).” (Jacob Melo)

“Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá
àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre
si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente
perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos
estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente
para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre”.

Qual a diferença entre princípio vital e fluido vital?

De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o
principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio vital
está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a eletricidade. Ou

34
seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta energia está em ação
(movimento).

Propriedades Físicas

1- Os fluidos possuem qualidade nula.


2- O fluido magnético, que se nos escapa continuamente, forma em torno do nosso corpo
uma atmosfera.
3- A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos.
4- A quantidade de fluido vital se esgota.
5- O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
6- O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados.
7- Possui um odor e coloração, que varia segundo o estado de saúde física do indivíduo, dos
seus dotes morais e espirituais, e do seu grau de evolução e pureza.
8- É visto pelos sonâmbulos como um vapor luminoso, mais ou menos brilhante.
9- Se propagam a grandes distâncias, o que depende, entretanto, da qualidade e da força do
magnetizador, e igualmente da maior ou menor sensibilidade magnética do paciente.
10- O fluido está também sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade.
11- Varia de indivíduo para indivíduo.
12- Os efeitos da ação fluídica variam sobre os doentes.

Os Espíritos afirmam que uma das modificações mais importantes do fluido universal é o
fluido vital. Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a
matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria, pois,
segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria. Esse agente
é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. A matéria
sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida. Quando os seres orgânicos
perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se decompõe formando novos corpos e
o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para novas combinações e utilizações no
Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As
variações dependem de um série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O
Livro dos Espíritos, pergunta 70:

“A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos?:

Varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos
de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto
outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais
enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for
renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm.

O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior


quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em certos casos fazer voltar uma vida
prestes a extinguir-se”.

Estudando esses fundamentos à luz do Espiritismo, chegamos à compreensão de muitas


coisas simples que nos pareciam complicadas e irreais, como por exemplo a citação de
Moisés na Bíblia sobre a origem do homem. Diz ele: “ Deus formou o corpo do homem do limo
da terra e lhe deu uma alma vivente à sua semelhança”. Ele estava certo, pois queria dizer
que o corpo material era formado dos mesmos elementos que tinham servido para formar o

35
pó da terra. A “alma vivente à sua semelhança” é o princípio inteligente ou espiritual retirado
da essência divina, fazendo grande distinção entre o material e o espiritual.

O homem pode manter o equilíbrio de sua saúde vital através da alimentação, da respiração
de ar não poluído e, acima disso, mantendo uma conduta mental sadia. O Princípio vital é a
lei que rege a existência do fluido vital.

Atmosfera Fluídica
"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas
deletérios corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando
suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações
elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os
pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos
ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.
Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de
uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente,
segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica associam-se seres
desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos
superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada
possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em
volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A
angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico
deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância
direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o
veículo do pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é
evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos
pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza
dos sentimentos" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto
físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que ele pode
mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias
espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera
fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.

Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o
planeta atualmente.

36
RELEMBRANDO:

OS FLUIDOS

CONCEITO: designação genérica de gases e líquidos (Sólido-líquido-gasoso) (Constituição


da matéria-átomo-elétrons-núcleos-próton-nêutron-quarks-top quarks...)

FLUIDO UNIVERSAL: é a matéria elementar primitiva. Pode apresentar-se:

a. Eterilizado, imponderável;
b. Estado intermediário, no qual ocorrem fenômenos psíquicos;
c. Materializado, fenômenos materiais.

LEMBRETES SOBRE OS FLUIDOS:

 Todo universo é constituído desse fluido;


 O fluido cósmico universal é energia condensada em estado muito sutil;
 Em todos os estágios, os fluidos sofrem modificações, as mais variáveis;
 O perispírito reveste o Espírito; é constituído de fluido cósmico universal, retirado da
matéria do planeta onde o Espírito vive;
 São a atmosfera dos seres espirituais;
 São o veículo do pensamento, assim como o ar é o veículo do som;
 São modificados pela vontade e pelo pensamento;
 Determinam as vestes e aparências dos Espíritos (transfiguração);
 Os pensamentos manipulam os fluidos, produzindo formas-pensamento, as quais
se refletem no corpo espiritual e deste para o corpo material do homem;
 Maus pensamentos corrompem os fluidos;
 Bons pensamentos purificam os fluidos;
 Perispírito - fluido condensado - plasticidade - (velho, multilaso, lobo, ovóide e
transfiguração);
 Espírito - foco inteligente;
 Pensamento - matéria que pode ser vista por Espíritos evoluídos;
 Jesus via criações fluídicas dos pensamentos;
 Várias combinações resultam em energia elétrica, magnética, princípio vital e fluido
vital. (Gênese, cap.14)

CURAS:

A manipulação do Fluido Cósmico Universal – elemento reparador do corpo períspiritual e


do corpo carnal – substitui a molécula doente por uma sã, infiltrando elementos reparadores e
processando a cura.

A potência curadora depende:

a. Pureza da substituição inoculada;


b. Energia da vontade - força de penetração;
c. Intenção.

37
Efeitos:

a. Lento - tratamento continuado;


b. Rápido - cura instantânea.

Os fluidos podem ser originários de:

a. Encarnado - magnetismo humano;


b. Espírito - magnetismo espiritual - atua diretamente e sem intermediário;

c. Misto - magnetismo misto – interligam-se o fluido humano e o espiritual.

A FACULDADE DE CURAR ATRAVÉS DOS FLUIDOS É


COMUM, E PODE SE DESENVOLVER PELO EXERCÍCIO; A DE

CURAR ESPONTANEAMENTE É RARA E EXCEPCIONAL.

38
8- O Espirito e seus corpos

Espírito - Seres inteligente da criação. Não tem forma determinada, a não ser para eles
próprios. Uma chama, uma centelha, um clarão podem definir o espírito. É abstrato , não pode
agir sobre a matéria, por isso necessita se revestir de corpos que o liguem a matéria. Estes
envoltórios fazem de um ser abstrato, o espírito, um ser concreto e definido.

Corpo mental - Onde se localizam a memória, a inteligência, mentalidade, a associação de


ideias, reflexão, raciocínio, percepção.

Perispírito – ( Corpo Astral ) onde está a sensibilidade geral – instinto, emoções, desejos,
paixões e sentimentos. É o Modelo Organizador Biológico (MOB)

Duplo Etérico – campo energético apropriado entre o perispírito e o corpo físico; semi-
material, formado de uma matéria mais grosseira que o perispírito mais sutil que o corpo
físico. É por onde as energias espirituais se ‘condensam” em direção ao corpo. É a cópia
duplicada do corpo físico, uma espécie de capa fina, sobre a pele, de matéria etérica, que
forma o magnetismo humano.

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Corpo - O homem está no mundo, mas não é do mundo. Há a sua corporeidade, mas
também a sua espiritualidade, que o faz transcender o mundo da matéria. Além de ser
cultural, social, familial, o homem é único e uno. O ser-único pode ser vislumbrado na
impressão digital, no tom de voz, no estilo literário etc. Não há outro igual. O ser-uno diz
respeito à sua constituição física e espiritual. Ele é um corpo que tem um espírito, de modo
que ele não é só corpo nem só espírito, mas a junção dos dois.

3- UM MODELO ELETROMAGNÉTICO PARA O PERISPÍRITO

É fato cientifico comprovado que cargas elétricas em movimento sempre produzem os


chamados campos magnéticos. Considerando que o movimento de cargas elétricas –
correntes elétricas – podem ocorrer em minerais, vegetais e animais, além do próprio tecido
do perispírito, podemos referir-nos, conforme sua origem, a:

 Magnetismo mineral

 Magnetismo vegetal

 Magnetismo animal ( aí incluindo o humano); e

 Magnetismo espiritual

É também fato cientifico comprovado que o magnetismo (campo magnético) provoca, por sua
vez, ações magnéticas sobre cargas que se movimenta na região em que ele se verifica. De
tudo o que foi exposto, pode-se concluir que todos os seres e todas as coisas do nosso
planeta acham-se, permanentemente, submetidos á ação magnética, ação esta que pode ser
mais ou menos intensa.

O nosso Espírito de alguma forma exterioriza um padrão magnético característico que o


envolve, de modo semelhante ao que se observa com um imã qualquer. A diferença é que, no
caso do espírito, o padrão é extremamente mais complexo e varia bastante de espírito a
espírito, em função, principalmente, do seu estágio evolutivo, podendo ainda sofrer
modificações temporárias, embora que superficiais, por ação da sua própria mente.

Este padrão magnético gerado pelo Espírito age sobre a matéria do ambiente em que se
encontra, aglutinando-a em torno de si, de modo semelhante ao que ocorre com limalhas de
ferro em torno de um imã.

Como a frequência vibratória do padrão magnético do Espírito pode variar caso a acaso,
temos como consequência que os tipos de elementos sensíveis á ação deste padrão
magnético também variam bastante, residindo aí a razão fundamental das diferenças
constitutivas entre o corpo espiritual de um dado Espírito e o de outro.(...) Uns apresentam-se,
por exemplo, mais luminosos, enquanto outros só adquirem esta condição temporariamente e
de forma imperfeita, e outros ainda em nenhum momento conseguem apresentar tal
característica.

O perispírito, embora extremamente plástico, é praticamente indestrutível. (...) Os campos


magnéticos que formam o nosso perispírito interagem com aqueles gerados nos níveis
superiores do nosso cérebro, de modo que informações são trocadas entre eles nos dois
sentidos. O cérebro envia ao espírito, via perispírito, mensagens que dão conta das

40
percepções colhidas do próprio organismo e do meio ambiente em que o corpo se encontra.
O Espírito, por sua vez, envia ao cérebro comandos a serem executados pelo organismo.

Os nossos pensamentos nada mais são que “moldes magnéticos” relativamente voláteis, que
se originam no nosso espírito e que, agindo sobre o envoltório fluídico que nos envolve, ali
plasmam as “formas pensamentos” que continuamente interiorizamos. (...) Há, contudo, uma
diferença fundamental, pois, enquanto o perispírito tem uma estrutura estável, estas formas
pensamentos, ao contrario, modificam-se progressivamente, a partir do momento em que são
criadas, pela ação dos campos magnéticos do ambiente. Estas
modificações são de tal ordem que as levam, após algum tempo,
invariavelmente, a uma desagregação completa. (...)

O PERISPÍRITO
Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há
corpo natural, há também corpo espiritual” - (Coríntios I,
cap. 15, versículo 44).

Sabe-se que a alma é revestida por um envoltório ou corpo fluídico,


chamado perispírito, constituído das modificações do fluido
universal. É, por assim dizer, uma condensação do fluido cósmico
em redor do foco de inteligência ou alma, deduzindo-se daí que o
corpo períspiritual e o corpo humano têm sua fonte no mesmo
fluido, posto que sob dois estados diferentes. O perispírito, ou
corpo astral, pode ser definido como um veículo intermediário entre
o Espírito e a matéria. É o agente das sensações externas. Paulo
de Tarso, na Bíblia, chamou-o corpo espiritual. O Espírito, quando encarnado, não age
diretamente sobre os corpos materiais. Sua natureza abstrata não o permite. O perispírito é o
laço que serve de elo entre ambos, pois, enquanto de um lado sofre a influência do
pensamento, do outro exerce contato com a matéria. É o perispírito quem transmite as ordens
conscientes e inconscientes do Espírito para a atuação do corpo físico. No sentido contrário, o
corpo astral leva as sensações captadas pelo corpo físico à apreciação da alma. a)
Constituição do perispírito O corpo espiritual é de natureza semimaterial, constituído de uma
modificação do fluido universal do orbe onde o Espírito está encarnado. A estrutura do
perispírito varia de mundo para mundo. Quanto mais evoluído é o planeta, mais sutil é o corpo
fluídico dos que nele vivem. O perispírito modifica-se de acordo com a evolução do Espírito.
Isso se dá por causa da influência do pensamento da entidade, na estrutura molecular do
corpo espiritual. Diz Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, pergunta 182: “À medida que o
Espírito se purifica o corpo que o reveste aproxima-se igualmente da natureza espírita”.

O perispírito não é uma massa homogênea. Possui órgãos como o corpo físico e centros
vitais, por onde são absorvidas as energias espirituais. Segundo as provas que certos
Espíritos devem passar em suas encarnações, o corpo astral poderá exercer influência na
formação do corpo carnal, dando origem a enfermidades ou anomalias orgânicas. O
perispírito é altamente plasmável. Quando o Espírito está em liberdade, pode mudá-lo de
forma pela ação da sua vontade. Esta propriedade explica as frequentes referências às
aparições de seres angelicais e demoníacos, narradas na história da humanidade.

As aparições de Espíritos são chamadas “materializações”. Nesses fenômenos, o que se vê é


o perispírito da criatura manifesta e não o Espírito, como pensam alguns. Quando migra de
um mundo para outro, o Espírito troca de perispírito como se trocasse de roupa, pois seu
corpo espiritual é formado de uma variação do fluido universal, existente em torno do planeta
onde encarna. O corpo fluídico reflete as experiências da entidade, mas não é a sede da
memória. O perispírito registra as experiências vividas pela criatura e as envia ao “sensorium
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comune” do Espírito (que é o próprio Espírito), arquivo definitivo de todas as passagens da
entidade pelo processo evolutivo. Sabe-se que os fluidos são o veículo do pensamento do
Espírito e que este pode imprimir naqueles as características que lhe aprouver, com a força
de sua vontade, exercendo sobre a matéria a ação resultante desta atuação. É através do
perispírito que se dá essa ação na matéria. Funciona, portanto, como uma esponja que
absorve do meio as emanações fluídicas boas ou más existentes nele. Deduz-se daí a origem
de certos processos de enfermidades, como também compreende-se os mecanismos da cura
através da fluidoterapia. O perispírito tem importante papel nos fenômenos psicológicos,
fisiológicos e patológicos. Quando a Medicina humana der abertura aos conhecimentos da
Ciência Espírita, ela abrirá novos horizontes para uma abordagem e um tratamento mais
completos das moléstias orgânicas e psíquicas. O Espiritismo contribuirá com as técnicas de
manipulação das energias para revitalizar o corpo astral e fornecerá elementos morais
educativos, necessários ao equilíbrio definitivo do ser.

“O perispírito dos encarnados é de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, e por


isso os assimila com facilidade, como a esponja se embebe de líquido. Esses fluidos
têm sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e por
sua irradiação, se confunde com eles” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 18).

Propriedades do Perispírito

O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos produtos mais importantes do


fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência
ou alma. Já vimos que o corpo carnal tem igualmente seu princípio nesse mesmo
fluido transformado e condensado em matéria tangível; no perispírito, a
transformação molecular se opera diferentemente; pois o fluido conserva sua
imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo períspiritual e o corpo carnal,
pois, têm sua fonte no mesmo ele mento primitivo; um e outro são matéria, embora
sob dois estados diversos.

Os Espíritos extraem seu perispírito do ambiente onde se encontram, o que quer


dizer que esse envoltório é formado dos fluidos ambientais; daí resulta que os
elementos constitutivos do perispírito devem variar segundo os mundos. Sendo
Júpiter indicado como um mundo muito adiantado, em relação com a Terra, onde a
vida corporal não tem a materialidade da nossa, os envoltórios Perispirituais ali
devem ser de uma natureza infinitamente mais quintessenciada que na nossa Terra.
Ora, do mesmo modo que não poderíamos existir naquele mundo com nosso corpo
carnal, nossos Espíritos ali não poderão penetrar com seu perispírito terrestre. Ao
deixar a Terra, o Espírito aí deixa seu envoltório fluídico, e reveste um outro,
apropriado ao mundo onde deve ir.

A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de


adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudá-lo à sua
vontade, e por conseguinte não podem se transportar à vontade de um mundo para
outro. É o caso em que o envoltório fluídico, se bem que etéreo e imponderável em
relação à matéria tangível, ainda é muito pesado, se assim se pode exprimir, em
relação ao mundo espiritual, para lhes permitir saírem de seu ambiente. Será preciso
classificar nesta categoria aqueles cujo perispírito é bastante grosseiro para que eles
o confundam com o corpo carnal, e que, por esta razão, acreditam estar sempre
vivos. Estes Espíritos, cujo número é grande, permanecem na superfície da Terra, tal
42
como os encarnados, acreditando sempre ocupar-se com o que estão habituados;
outros, um pouco mais desmaterializados, entretanto não o são o suficiente para se
elevar acima das regiões terrestres.

Formação e propriedades do Perispírito - A Gênese" – cap XIV

1) Plasticidade – É o espelho da alma, moldando-se de acordo com seu comando


plasticizante, graças à porosidade que o caracteriza.
2) Densidade – Agente da alma, não deixa de ser matéria, ainda que de natureza
quintessenciada. Como tal, apresenta uma certa densidade, que se relaciona com o grau e
evolução da alma.
3) Ponderabilidade – Na dimensão espiritual, cada organização perispirítica tem o seu peso
específico, que varia de acordo com a sua densidade.
4) Luminosidade – Como a densidade, desponta como uma característica muito pessoal do
Espírito.

Em mensagens coletadas por Kardec, lê-se;

“Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o
influxo da atividade e das qualidades da alma (...) A luz irradiada por um Espírito será tanto
mais viva, quanto maior o seu adiantamento.” (O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap IV)

5) Penetrabilidade – “Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo” (Allan Kardec)

6)Visibilidade – O períspirito é invisível aos olhos físicos. Não o é para os Espíritos. Pode ser
percebido pelos médiuns videntes, no entanto torna-se necessário saber distingui-lo entre as
projeções que formam a aura.
7) Corporeidade – É aglutinador de recursos da natureza terrestre, é o corpo sutil da alma,
matriz que, de sua vez, molda o corpo físico. Assim, quando encarnado, o Espírito tem seu
corpo físico e finalmente, quando desencarnado, o períspirito mostra um corpo de natureza
quintessenciada, semi-material que é o seu períspirito.
8) Tangibilidade – Com o suporte ectoplasmático que lhe dê expressão física, pode tornar-se
materialmente tangível.
9) Sensibilidade Global – Quando encarnado, o Espírito recolhe impressões por meio de
vias especializadas que compõem os órgãos dos sentidos. Desencarnado, o Espírito vê,
ouve, sente com o seu corpo espiritual inteiro.
10) Sensibilidade Magnética – Apresenta-se, particularmente sensível á ação magnética.
Graças a isso, o espírito torna-se suscetível às influências da energia ambiental que o envolve
(psicosfera) e é essa propriedade que lhe permite absorver, assimilar e também transmitir a
energia espiritual que capta ou recebe.
11) Expansibilidade – Pode conforme suas condições, ampliando o seu campo de
sensibilidade e, pois, de percepção, viver, eventual e temporariamente, a realidade do mundo
espiritual. Esta propriedade está na base de todos os processos mediúnicos.
12) Bicorporeidade – Termo criado por Kardec, se relaciona com o fenômeno de
desdobramento, define-se particularmente, como notável faculdade do períspirito, que
possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento (fazer-se em dois).
13) Unicidade – A estrutura perispirítica, como reflexo da alma, é única como esta. Não há
períspiritos iguais, como, a rigor, inexistem almas idênticas.
14) Perenidade – o corpo espiritual é indestrutível como a própria alma. (Gabriel Delanne).
15) Mutabilidade – O períspirito, no decorrer do processo evolutivo, se não é suscetível de
modificar-se no que se refere á sua substância, o é com relação à sua estrutura e forma.
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16) Capacidade Refletora – Reflete contínua e instantaneamente os estados mentais. O
períspirito, nas palavras de André Luiz, é suscetível de refletir,

“em virtude dos tecidos rarefeitos de que se constitui”, a “glória ou a viciação” da mente. Por
isso, a atividade mental “nos marca o períspirito, identificando a nossa real posição evolutiva”.
( Libertação, cap IV)

17) Odor – Caracteriza-se também por odor particular, facilmente perceptível pelos espíritos.
18) Temperatura – No desenvolvimento mediúnico, há registros de percepções térmicas.

Funções do Perispírito

– Instrumental - A função primordial do perispírito é servir de instrumento à alma, em sua


interação com os mundos espiritual e físico.
– Individualizadora - Identificação e individualização da alma, assegurando-lhe a identidade
exclusiva. Não se trata de uma identidade de características periféricas, refere-se à sua
própria história, às suas particulares características evolutivas.
– Organizadora - Aparece especialmente notável no processo de reencarnação, em que o
ritmo morfogenético, obedecendo aos impulsos psicossômicos de crescimento, leva à
formação de um novo corpo físico, que se estrutura rigorosamente de acordo com as
características que marcam o corpo espiritual.
– Sustentadora - Impregnando-se de energia vital (“neuropsíquica”) e transferindo-a
paulatinamente, ao impulso da alma, para o veículo físico, sustenta-o desde a formação até o
completo crescimento, conservando-o, depois, na vida adulta, durante o tempo necessário. A
ação sustentadora (conservadora) surge bem patente no delicado e complexo processo da
renovação celular. Todas as células físicas são substituídas a cada ciclo de 7 a 8 anos, sem
que, entretanto, seja alterada qualquer parte do corpo, conservando a pessoa.

Funções do Perispírito no Passe

 Pela sua expansão põe-nos em relação mais direta com os Espíritos.


 O períspirito assimila com facilidade os fluidos espirituais.

A natureza do períspirito é idêntica a dos fluidos espirituais. (Allan Kardec – A Gênese)

É o intermediário da ação transmissão fluídica do passe. (Jacob Melo)

Funções do Perispírito na Reencarnação

 No momento da concepção, ocorre a ligação do laço fluídico com o gérmen.


 O perispírito se liga molécula a molécula ao corpo físico. (Allan Kardec – A Gênese).

Funções do Perispírito na Desencarnação

 O períspirito se desprende molécula a molécula do corpo.


 Mantém a individualidade o espírito após a morte.

Funções do Perispírito na Memória

 Retém todos os estados de consciência.


 É o reservatório de todos os conhecimentos e ideias da alma. Nada se perde.
 É o acervo imperecível do nosso passado pois nele reside a memória. (Gabriel Dellane –
Evolução Anímica).
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Elementos do Perispírito

1) Cordão de Prata - Substância semi-material que liga e mantém o psicossoma ou


perispírito ligado ao corpo físico ou soma.
2) Corpos Sutis (camadas) - Marlene Nobre nos informa que as informações confluem para
o modelo composto de camadas, tipo “cebola”. Neste seu modelo de cebola, ele engloba
vários corpos, como o vital (também conhecido como duplo etérico), o astral e o causal. (O
Passe como cura Magnética)

DUPLO ETÉRICO ou CORPO VITAL

Constituído de Princípio vital. Parece mais uma duplicação do corpo físico que do perispírito,
propriamente, mas como ele se organizaria simultaneamente, aglutinando-se no campo
ensejado pelo psicossoma, como um revestimento do perispírito, ainda que em caráter
provisório – ao menos, em se tratando de Espírito encarnado na Terra. . (O termo
revestimento foi empregado num sentido didático, pois, em verdade, perispírito, duplo
etéreo e corpo físico interpenetram-se dinamicamente, distinguindo-se aos olhos dos
Espíritos Superiores por sua qualidade energética e densidade). Essencial para o equilíbrio
Espírito-corpo. De importância fundamental na conservação da vida orgânica. 
       
“O equilíbrio fisiológico reflete a harmonia que reina no cosmo e o corpo
etérico tem por função estabelecer a saúde automaticamente, sem
intergerência da consciência.  Promove, assim, as cicatrizações de
ferimentos, a cura de enfermidades localizadas etc...”

Sua função primordial é servir de ligação entre o perispírito e o corpo carnal, funcionando
como um filtro das energias que chegam e saem do físico, protegendo o ser de cargas
negativas que podem gerar desequilíbrios e doenças.

Neste corpo é que circulam as forças radiantes também conhecidas como ectoplasma ou
fluido magnético. (Marlene Nobre – O Passe como cura Magnética)

Campo energético entre o períspirito e o corpo físico. Seu campo energético se entrelaça nas
irradiações do corpo físico. Isto explica as curas pelo passe magnético. (Jorge Andréa –
Forças Sexuais da Alma))

É a ponte, a plataforma que dá passagem às intercomunicações dos dois mundos. (Antônio


Freira - da Alma Humana)
É formado por emanações neuropsíquicas. (...)

“Não consegue um grande afastamento do corpo”. (André Luiz – Nos Domínios da


Mediunidade)

Funções:
1- Veículo e reserva de nossa energia vital (absorve o fluido vital e o distribui para o corpo)
2- Elaborar energias sutis e transferir para o períspirito.
3- Produção de ectoplasma.
4- Exteriorização de energia nos processos de irradiação, passes e similares.
5- Programação do tempo de vida
6- Fixação do corpo astral ao físico.
7- Vitalização das formas-pensamento (emanações mentais nossas ou de desencarnados)
possui vida vegetativa temporária.
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“De feito, segundo se compreende, é através do duplo etérico, com seus recursos vitais
disponíveis, “emanações neuropsíquicas”, que os centros de força do perispírito, compondo
um complexo sistema de redes de intercomunicação e interação energética, sustentam a
organização somática, possibilitando que cada célula física receba da respectiva célula
psicossômica, sua matriz anatômica e fisiológica, a energia necessária à sua sustentação.”
(André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade)

Quando os elementos espiritual, períspiritual e físico se contataram, observou-se a


necessidade de haver um filtro que absorvesse e reciclasse as energias vitalizadoras que
passariam a percorrer essas três entidades. Assim, criou-se o filtro conhecido como "duplo
etérico", que é a sede dos centros de captação de energia, o elo mais tênue, que liga o corpo
ao seu perispírito, ou o mais denso, que une o perispírito e o espírito ao seu corpo físico
momentâneo.

O duplo etérico, composto por energias bastante densas, quase materiais, mas ainda ocultas
da visão humana, é o responsável pela repercussão vibratória direta do perispírito sobre o
corpo carnal. Sua atividade principal é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o corpo
físico todas as energias que deverão alimentá-lo. Esta comunicação é feita através dos
chacras, que captam as vibrações do espírito e as transferem para as regiões
correspondentes na matéria física.

As obras complementares, sobretudo as de autoria de André Luiz, trouxeram mais dados


sobre a especificação dos invólucros dos espíritos. Ele afirma que o corpo mental é o
envoltório sutil da mente e que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que
reveste o corpo físico do homem. Diz ainda que o corpo mental preside a formação do corpo
espiritual, que, por sua vez, comanda a formação do corpo físico juntamente com o corpo
vital.

Natureza e Características

O duplo etérico é permanentemente acoplado ao corpo físico, sendo responsável por sua
vitalização. Portanto, morrendo o corpo físico, imediatamente morrerá o correspondente corpo
etérico. É constituído por éter físico emanado do próprio planeta Terra e funciona com êxito
tanto no limiar do plano espiritual como do plano físico. Sua textura varia conforme o tipo
biológico humano, ou seja, será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas
criaturas primitivas.

Ele funciona como um mediador na ligação entre o corpo físico e o perispírito, não sendo,
portanto, um veículo separado da consciência. É um campo mais denso que o perispiritual,
condensando as energias espirituais que seguem para o físico, mas, ao mesmo tempo,
recebe os impulsos físicos, converte-os e direciona-os aos arquivos perispiríticos, mentais,
inconscientes e espirituais. Atua como uma proteção natural contra investidas mais intensas
de habitantes menos esclarecidos do plano espiritual, defendendo também do ataque de
bactérias e larvas que podem invadir não só a organização física durante a encarnação, mas
a própria constituição períspiritual.

No entanto, o duplo etérico é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia


ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de idênticos contornos. Apesar dele ser
um corpo invisível aos olhos carnais, apresenta-se aos videntes e aos desencarnados como
uma capa densa e algo física. De aparência violeta-pálida ou cinza-azulada, o duplo etérico,
em condições normais, estende-se cerca de 6mm além da superfície do corpo denso
correspondente.

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As energias que entram no organismo físico, como o fluido vital, passam pelas regiões do
duplo etérico responsáveis pela absorção e circulação destas: os centros de força conhecidos
como chacras. Os chacras do duplo etérico são temporários, durando o tempo que este
existir, ao contrário dos chacras Perispirituais, que são permanentes. Cada chacra conta com
uma localização e função principal, correspondente a uma região de plexos nervosos do
corpo físico. São sete os principais chacras, ligados entre si por condutos conhecidos como
meridianos, por onde flui a energia vital modificada pelo duplo etérico.

Sensibilidade do Duplo Etérico

O duplo etérico acusa de imediato qualquer hostilidade ao corpo físico e ao perispírito, através
dos centros sensoriais correspondentes na consciência períspiritual e física. O perispírito, por
sua vez, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do espírito imortal, ao
manifestar seu pensamento, seus desejos ou sentimentos em direção à consciência física,
também obriga o duplo etérico a sofrer os impulsos bons e maus, tal qual os espíritos
desencarnados quando atuam no mundo oculto, inclusive acusando aos sentidos físicos os
ataques dos espíritos malfeitores.

Algumas criaturas que sofreram mutilação de um ou mais membros do seu. corpo Sê queixam
de dores nesses órgãos físicos amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operação
cirúrgica não foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo
material. Assim, é comum às pessoas sem pernas ou braços ainda conservarem uma
sensibilidade reflexa por algum tempo, a qual é transmitida para sua consciência pelos
correspondentes membros etéricos.

Apesar do duplo etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade


consciente, ele não é apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo
carnal, reagindo de forma instintiva às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam
o perispírito e, depois, causam efeitos enfermiços no corpo carnal. Este automatismo instintivo
lhe possibilita deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do perispírito para
o corpo físico, pois, do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o
organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando no desencarne do ser.

Deve-se considerar que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas,


gerando ondas, raios ou dardos violentos que se lançam da mente incontrolada para o
cérebro físico por meio do duplo etérico, destrambelhando o sistema nervoso do homem sob
esse mar revolto de vibrações antagônicas. Em seguida, perturba-se a função delicada dos
sistemas endócrino, linfático e sanguíneo, podendo ocorrer consequências físicas na forma de
patologias, como apoplexia, decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela
cólera, síncope cardíaca, em virtude da contenção súbita da corrente sanguínea alterada
pelos impactos do ódio, ou a repressão violenta da vesícula, devido a uma explosão de
ciúme.

Algumas emoções afetam o duplo etérico em sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o
corpo físico. No entanto, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o
duplo etérico baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que descem da
consciência períspiritual afetem o corpo carnal, promovendo uma espécie de barreira
vibratória. Assim, faz com que haja uma imunização contra a frequência vibratória violenta do
perispírito, contraindo sua densidade no sentido de evitar o fluxo dessas toxinas mortíferas,
deixando o impacto psíquico de ódio, cólera ou ciúme impossibilitado de fluir livremente e
atingir o sistema fisiológico do corpo físico.

Afastamento compulsório

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Entretanto, quando o duplo etérico não consegue reagir com seus recursos instintivos de
modo a proteger o corpo físico contra uma explosão emocional do perispírito, recebe um
impulso de afastamento compulsório. Neste caso, a vitalidade orgânica do homem cai
instantaneamente, fazendo com que desmaie ou tenha o que chamamos de "ataques".

Ante os impactos súbitos e violentos do perispírito, o chacra cardíaco é o centro de forças


etéricas que mais sofre os efeitos de tal descarga, por ser o responsável pelo equilíbrio vital e
fisiológico do coração. É por isso que, nestes casos, há o risco de enfartes cardíacos de
consequências fatais. No entanto, o duplo etérico, por seu instinto de defesa, mobiliza todos
os recursos no sentido de evitar que os centros de força etérica se desintegrem por completo.

Agora, caso a descarga violenta do perispírito não consiga atingir o corpo físico devido à
reação defensiva do duplo etérico, as toxinas emocionais sofrem um choque de retorno e
voltam a se fixar no perispírito, ficando nele instaladas até que sejam expurgadas na atual ou
em uma futura encarnação. Isto porque a única válvula de escape para esses venenos
psíquicos é o corpo físico, que, para propiciar essa "limpeza", sofre o traumatismo das
moléstias específicas inerentes às causas que lhes dão origem.

Aliás, os desajustes morais são uma fonte crescente de distúrbios psíquicos, gerando um
número cada vez maior de indivíduos neuróticos, esquizofrênicos e desesperados, tudo isso
como consequência da intensa explosão de emoções alucinantes que destrambelham o
sistema nervoso. Isto resulta em um aumento cotidiano do índice de vítimas, pois o duplo
etérico torna-se impotente para resistir ao bombardeio incessante das emoções tóxicas e
agudas vertidas pela alma e alojadas no perispírito até que sejam transferidas ao corpo físico.
Se a carga deletéria acumulada em vidas anteriores for aumentada com desatinos da
existência atual, essa saturação pode gerar afecções mórbidas mais rudes e cruciantes, como
o câncer e outras enfermidades.

O transe mediúnico, a anestesia total, os passes, os ataques epilépticos, a hipnose, a


catalepsia e os acidentes bruscos são fatores que afastam o perispírito e o duplo etérico.
Quando este se separa do corpo carnal, provoca no homem uma redução de vitalidade física
e queda de temperatura, pois o corpo físico se mantém com reduzida cota de fluido vital para
se nutrir, esteja adormecido ou em transe.

Epilepsia e hipnose

O epiléptico é uma pessoa cujo duplo etérico se afasta com frequência de seu corpo físico. O
ataque epiléptico e o transe mediúnico do médium de fenômenos físicos apresentam certa
semelhança entre si, com a diferença de que o médium ingressa no transe de forma
espontânea, enquanto o epiléptico é atirado ao solo assim que seu duplo etérico fica saturado
dos venenos expurgados pelo perispírito e se afasta violentamente, a fim de escoá-los no
meio ambiente sob absoluta imprevisão de seu portador. Em certos casos, verifica-se que o
epiléptico também é um médium de fenômenos físicos em potencial, já que a incessante
saída de seu duplo etérico pode lhe abrir uma brecha medi única que o sensibiliza para a
fenomenologia mediúnica.

Todo ataque epiléptico é um estado de defesa do corpo físico, que expulsa o duplo etérico e o
perispírito para que estes se recomponham energeticamente, trocando energias negativas por
positivas. Os epilépticos são pessoas que tiveram ação com energias muito densas em
encarnações passadas. Assim, os psicotrópicos utilizados pelos médicos dificultam o
desprendimento do duplo etérico, evitando os ataques.

48
Já o hipnotizador atua pela sugestão na mente do hipnotizado, Induzindo-o ao estado de
transe hipnótico. Resulta daí o afastamento parcial do duplo etérico, que fica à deriva,
permitindo a imersão no subconsciente. Com isso, o hipnotizado abre uma fresta no plano
espiritual que lhe permite até mesmo manifestar e dar vivência aos estágios de sua infância e
juventude ou mesmo de alguns acontecimentos e fatos de suas vidas pretéritas.

Quando o duplo etérico se distancia por alguns centímetros do corpo físico, a ação física
diminui e a abertura para a atuação do perispírito se amplia, tornando-se um catalisador das
energias espirituais. Por isso, favorece o despertar de seu subconsciente e a imersão ou
exteriorização dos acontecimentos arquivados nas camadas mais profundas do ser.

As anestesias operatórias, os antiespasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos


hipnóticos, o óxido de carbono, óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o
ácido lisérgico e certos alcaloides como a mescalina são substâncias que operam
violentamente nos interstícios do duplo etérico. Embora a necessidade obrigue o médium a se
utilizar por vezes de algumas destas substâncias em momentos imprescindíveis, é sempre
imprudente exagerar no uso delas sob qualquer pretexto ou motivo. O médium que abusa de
entorpecentes que atuam com demasiada frequência em seu duplo etérico se transforma em
um alvo mais acessível ao assédio do mundo inferior.

Rompimentos do duplo etérico

A estrutura íntima do duplo etérico fica seriamente afetada quando, por meio de
desregramentos e vícios, a pessoa utiliza substâncias corrosivas como álcool, fumo, drogas
em geral e certos medicamentos cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos.
Ocorre um bombardeio à constituição do duplo etérico, queimando e envenenando as células
etéricas e formando buracos semelhantes às bordas queimadas de um papel, criando brechas
por onde penetram as comunidades de larvas e vírus do subplano espiritual, utilizados
comumente por inteligências sombrias como uma maneira de facilitar seu domínio sobre o
homem.

Acontece que sem a proteção dessa tela, que os mantém naturalmente afastados dos
habitantes dos subplanos espirituais, os médiuns começam a perceber formas horripilantes,
criadas e mantidas pelos seres infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano
umbralino, ocorrendo os mais diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio físico-
psíquico do ser humano. Falta aos médiuns a proteção etérica que violentaram pelo uso de
substâncias químicas tóxicas que lhes destruíram parte do escudo que a natureza lhes dotou
para sua segurança, a fim de impedir a abertura prematura da comunicação entre o plano
espiritual e o físico. Embora essa destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou
brechas, sua falta é verdadeiramente nociva, pois o duplo etérico é de suma importância para
o equilíbrio do ser humano.

As lesões do duplo etérico são difíceis de serem recompostas. Para restabelecer o equilíbrio
em tais casos, além dos recursos terapêuticos utilizados com frequência nos centros espíritas,
deve-se promover a doação e a transfusão de fluido vital ectoplasmático, suprindo a falta ou
revitalizando a parte afetada do duplo etérico.

Camada protetora

O duplo etérico é, para o ser encarnado, como um manto protetor, protegendo a pessoa
contra o ataque e a multiplicação de bactérias e larvas espirituais que, sem a proteção da tela
etérica, invadiriam a organização não somente do corpo físico como a constituição
períspiritual durante a encarnação.

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Corpo Causal
No livro Nosso Lar (cap 12) aprendemos que o corpo causal é um dos constituintes do
períspirito, formado da roupa imunda, tecida nossas mãos nas vidas anteriores . A esse
respeito Elzio F. Souza comenta no livro Saúde e Espiritismo, em seu artigo Perispírito e
Chacras: “verificamos que o corpo causal é o ponto de registro, o banco divino, onde se
encontram os nossos débitos e os nossos créditos” e que se presentemente, é ainda uma
roupa imunda, isso ocorre por desídia nossa, pois a tarefa reencarnatórias se destina a “nos
purificarmos pelo esforço da lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não
empreendemos.

Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do


ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios espirituais,
Lísias procurou tornar a lição mais clara:

- Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos


portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa
imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores.

Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre,


esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo
esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e
encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao
mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação
com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores
condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de
resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o
material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando
o sublime ensejo de uma existência terrena.

Nosso Lar – Cap XII - Umbral

Os desequilíbrios circulam nesse envoltório e são responsáveis pelo aparecimento de


doenças, segundo a lei de ação e reação.

Aura
A alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças
eletromagnéticas em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.
A aura é o nosso cartão de visitas. Por ela somos visitados, conhecidos e examinados pelas
inteligências superiores, do mesmo modo que somos sentidos e reconhecidos por nossos
afins e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados por irmãos que caminham em posição
inferior ou superior à nossa.

André Luiz também tem importantes lições sobre o tema;

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“Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes
atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas
que correspondem à lei dos quanta de energia e aos princípios da mecânica
ondulatória, que lhe imprimem frequência e cor peculiares”. (Mecanismos da
Mediunidade - Matéria Mental- Corpúsculos Metais- Cap IV)

9 - CENTROS DE FORÇA ou CHAKRAS:

CENTROS DE FORÇA: são receptores e transmissores de energia cósmica ou fulcros


energéticos, localizados no perispírito. Os Centros de Força entrelaçam-se mutuamente com
os Plexos, localizados no corpo físico. O Espírito André Luiz denomina-os de Centros Vitais.

MANIPULAÇÃO DOS FLUIDOS: quando no auxílio a doentes


físicos, realizado conjuntamente por médicos e enfermeiros
espirituais, plasmando renovações e transformações no
comportamento celular, mediante intervenções no perispírito dos
assistidos encarnados. Por isso aconselha-se aos médiuns
passistas, o conhecimento do funcionamento do corpo humano,
facilitando o trabalho conjunto com os amigos espirituais.

Muito embora existam centenas de CENTROS DE FORÇA, os


principais são:

1. CORONÁRIO - localizado no cérebro, sede da mente,


orienta o metabolismo orgânico e a consciência,
supervisiona os outros centros. Possui as cores
violeta, lilás e dourado e gira com 960 pétalas
voltadas de fora para dentro.

É responsável pelas energias oriundas do plano espiritual


(liga os planos espiritual e material). Relacionando-se materialmente com a epífise,
também chamada de Glândulal Pineal, ou Corpo Pineal situa-se no centro da
cabeça e contêm 12 pás no centro e 960 pás na periferia. É chamado por isso de
“Lótus de mil pétalas”. Sua cor e brilho variam de acordo com o desenvolvimento da
criatura.

Relaciona-se: com a glândula pineal.

No campo mediúnico: propicia a sintonia, a aproximação e o contato com os Espíritos.


No magnetismo: percebe e capta os fluidos espirituais e sutiliza os fluidos mais densos
emitidos para o mundo espiritual.

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Prejudicam-lhe a harmonia: os excessos de preocupação, a estafa mental, sono insuficiente
ou em excesso, guardar ódios, mágoas e rancores, auto-compaixão, desejo e vibração do
mal, egoísmo, ideias de vingança, negativismo.
Favorecem-lhe a harmonia: o equilíbrio das emoções, o repouso e refazimento naturais,
praticar e desejar o bem, a compaixão, o altruísmo, piedade, oração frequente e o otimismo.

Epífise: “Também denominada Glândula Pineal ou Corpo Pineal, está situada na região
denominada Epitálamo , tem a forma de uma pinha, e é pouco conhecida pela ciência,
embora desde Galeno (130 a 201 A . C.) e na antigüidade grega já fosse descrita. Os
neurologistas situam-na à frente de Cerebelo, acima dos Tubérculos Quadrigêmeos e por
baixo do Corpo Caloso. As funções do Corpo Pineal são desconhecidas, porem, a verificação
de casos de puberdade precoce (acrogenitosomia precoce) e de tumor da Epífise levou os
cientistas a concluírem que a glândula tem papel importante no controle sexual no período
infantil”. (Semiologia de lãs glândulas de secresion interna – Enrique Del Castillo).

O Espírito André Luiz, no entanto, no seu livro “Missionários da Luz”, traduzindo a palavra do
Instrutor Alexandre, trouxe preciosíssimas informações a respeito da Epífise:

“...Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me


das forças magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no
médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz
crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em
núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes...”
“...Sobre o núcleo, semelhante agora a flor resplandecente, caíam luzes suaves, de
Mais Alto, reconhecendo eu que ali se encontrava em jogo vibrações delicadíssimas,
imperceptíveis para mim...”

“Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual do


período infantil. Não passava de velador (1. adj. Que vela; que está vigilante;faz velar. – velar:
1. v. tr. dir. Vigiar; passar sem dormir, em vigília. (fig.) dispensar cuidados a; interessar-se
muito por; proteger; patrocinar (Do lat. vigilare.) dos instintos, até que as rodas da experiência
sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois,
decrescia em força, relaxava-se quase desaparecia, para que as glândulas genitais a
sucedessem no campo da energia plena...”

“Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições – prosseguiu Alexandre. É a


glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças
criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de
elementos psíquicos da criatura terrestre...”

“Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão
no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as
existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa
entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida. “...

“As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, mas glândula Pineal, se me posso
exprimir assim, segrega “hormônios psíquicos” ou “unidades-forças” que vão atuar, de
maneira positiva, nas energias geradoras...”

“... Segregando delicadas energias psíquicas – prosseguiu ele – a glândula Pineal conserva
ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligado à mente, através de princípios
eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda
as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade... Na qualidade de
controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta.”

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“...No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais
importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de
emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o
sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles a potência divina dorme
embrionária”.
(Missionário da Luz – André Luiz – Cap. I e II)

2 - FRONTAL - contíguo ao coronário ou terceiro olho, envolve os órgãos dos sentidos e


raciocínio, regula as glândulas endócrinas, administrando o sistema nervoso. Possui as cores
rosa, azul e amarelo e gira com 96 pétalas voltadas de fora para dentro, e são mais
desenvolvidos nos médiuns clarividentes e/ou videntes.

Centro de força com 96 pás, localizado entre as sobrancelhas; relaciona-se materialmente


com os lobos frontais do cérebro. É responsável pelo funcionamento dos centros superiores
da inteligência e do sistema nervoso. Governa o intelecto (cérebro), com todos os seus
neurônios. Assim, comandam os cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).É
responsável pela vidência, audiência clareza de raciocínio e percepção intelectual. Gira para
fora, e, por isso, segundo a vontade do indivíduo, poderá girar rapidamente, emitindo
irradiação que pode ser dirigida às pessoas com diversos objetivos (calma, conforto,
equilíbrio, coragem, etc.).

Relaciona-se: com a glândula pituitária (hipófise)


No campo mediúnico: é o centro ativado nos fenômenos da vidência, audiência e intuição,
além de ter a função de exteriorizar os fluidos ectoplásmicos para as materializações e efeitos
físicos. Responde pelo controle e descontrole das gesticulações na incorporação.
No magnetismo: tem forte presença nos processos hipnóticos e, de regressão de memória.
Por ele se estabelece a relação de domínio e a quebra de vínculo exercida por outrem.
São prejudicias: Ter olhos maus, importar-se e disseminar fofocas e mexericos, alimentar
inveja e orgulho, descontroles físicos e emocionais, pessimismo, hipocondria, leituras nocivas.
São positivos: ver sempre positivamente, falar bem de coisas e pessoas, abolir preconceitos,
equilibrar atividades físicas, acreditar-se bem e bom sem se envaidecer ou orgulhar-se, boas
leituras e divertimentos sadios sem excessos.

3 - LARÍNGEO - na altura da garganta, controla respiração e fonação, possui a cor azul e


prata e gira com 16 pétalas voltadas de fora para dentro. Atua sobre a comunicação e seus
respectivos órgãos: pulmão, nariz, boca, etc. O espírito desencarnado utiliza esse centro de
força para que haja psicofonia.

Corresponde-se: com as glândulas tireóide e paratiróide.


No campo mediúnico: tem presença marcante nos fenômenos de psicofonia e de indução e
exteriorização de ectoplasma.
No magnetismo: responde pelas insuflações.
São negativos: falar mal, dar maus conselhos, alimentar mono-idéias, fechar-se sobre os
próprios sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios em geral.
São positivos: falar bem, dar bons conselhos, alimentar-se de bons estudos e boas
conversas, ter diálogos construtivos, ver sempre o lado positivo das pessoas, ausência de
vícios.

4. CARDÍACO - localizado na altura do coração, dirige a emotividade, possui a cor amarela


(dourado nos espíritos evoluídos) e gira com 12 pétalas voltadas de dentro para fora. Não é
atingido pelo passe.

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Responsável pelas energias das emoções superiores e sentimentos. Atua na área do coração
e da circulação. Relaciona-se materialmente com o plexo cardíaco. É o chakra que vibra
fortemente quando sentimos simpatia, amor, piedade, compaixão por nossos irmãos. Bem
desenvolvido, leva ao amor universal a todas as criaturas.

Corresponde-se: com a glândula timo.


No campo mediúnico: atua na assimilação dos campos emocionais dos comunicantes. No
magnetismo: usina fluidos sutis e dota os fluidos espirituais de “cola psíquica”. Nos
processos de cura, atua como atenuador das vibrações dos fluidos mais densos (materiais) e
como condensador em relação aos fluidos espirituais.
São perniciosos: emoções fortes, vícios que mexam com sentimentos, preguiça,
comodismo, rancor, mágoa, ódio, vingança, violência, impaciência, irritabilidade.

São saudáveis: A busca pelo auto-conhecimento, domínio de si mesmo, ausência de vícios,


atividades físicas e intelectuais compatíveis, amizade, compreensão, humildade, perdão,
esquecimento do mal, tranquilidade, vibração de amor pelas criaturas, altruísmo.

5 - ESPLÊNICO - Localizado na altura do baço, (lado esquerdo região das costelas), determina
todas a atividades do sistema hemático ou seja produção do sangue, possui as cores
amarelo, roxo e verde e gira com 6 pétalas, de fora para dentro. Vida sexual desregrada
intensa, capta energias negativas de parceiros diversos, e essa ativação desequilibra. É o
responsável pela eliminação das energias descartáveis do nosso perispírito. Atua em todas as
áreas das defesas orgânicas através do sangue. Relaciona-se materialmente com o plexo
mesentérico (intestino inferior) e o baço. É um dos responsáveis pela vitalização do nosso
organismo.

É também o mencionado centro “que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem hemática,


controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade, na manutenção da
vida.” (Estudos espíritas – Joana de Ângelis pág. 43)

Localiza-se sobre o baço.


Interfere diretamente sobre as funções biliares, renais e de excreção... Atua diretamente no
baço.
No campo mediúnico: responde pelas atividades de doação fluídica a Espíritos muito
fragilizados ou com graves afecções perispirituais.
No magnético: usina muitos fluidos vitais para a recomposição orgânica, principalmente na
reconstituição de órgãos e ossos.
São negativos: pouca ingestão de líquidos, alimentação muito condimentada, exercícios
físicos excessivos, mágoas não resolvidas, irritabilidade.
São positivos: ingestão de muita água, alimentação natural com mínimo de condimentos,
exercícios físicos regulares e dentro dos limites individuais, superação de mágoas, paciência
e bondade.

6- GÁSTRICO - também chamado de solar, na altura do estômago, regula a digestão e


absorção dos alimentos, possui as cores roxa e verde e gira com 10 pétalas de fora para
dentro. Este centro é comum sofrer interferências de espíritos inferiores, necessitados das
emanações energéticas dos alimentos. Coordena as emoções em estado bruto: medo, raiva,
entusiasmo, impulso de poder, de sobressair-se pessoalmente.

Corresponde-se: pâncreas.
No mediúnico: fornece campo de atração a Espíritos sofredores e de densa vibração. No
magnético: usina a maior quantidade de fluido vital que o organismo normalmente produz
para a auto-manutenção, doação e exteriorização.

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São ruins: a gula, o aguçamento do apetite, alimentos de difícil digestão, jejum continuado,
vícios, disfunções digestivas, descontroles emocionais; hipocondria, elevado índice de
açucares.
São bons: educação alimentar, alimentação regular, natural e equilibrada, digestão normal,
ausência de vícios.

7. GENÉTICO OU BASICO - localizado na altura dos órgãos genitais, responsável pela guia e
modelagem das formas entre os homens, possui as cores roxo e laranja e gira com 4 pétalas,
de fora para dentro. Regula as atividades ligadas a sexo, recebendo influencia direta do
Básico. A reativação aumenta a libido em grau imprevisível, podendo levar ao esgotamento e
ao desequilíbrio, provocando muitas vezes vampirismo, sendo, portanto, desaconselhável.

É responsável pela captação de energias materiais primárias, possui as cores e pétalas iguais
ao genético. Na contenção deliberada, as forças que transitam por este órgão se
transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos, age sobre o sexo. Capta e
distribui a força primaria e serve para reativação dos demais centros. Essa reativação, se for
feita assiduamente sobre o mesmo centro, aumenta a animalidade. Cores básicas: roxo e
laranja forte.

É o responsável pelas energias oriundas da reprodução, da sexualidade e da criatividade.


Relaciona-se materialmente com o plexo sacro e o hipogástrico. Quando contrariamos as leis
Naturais, no nível do perispírito, ficam registradas energicamente (lesões Perispirituais),
influenciando de forma decisiva a encarnação atual, bem como as posteriores. Esses
registros são energéticos e constituídos de cargas negativas ligados a determinados centros
de força. Estão relacionados com a Lei de Causa e Efeito, como consequência do uso do
livre-arbítrio. O Fluído Cósmico Universal ao ser absorvido por um destes centros de força é
metabolizado em fluído vital e canalizado, para todo o organismo, com maior ou menor
intensidade, de acordo com o estado emocional da criatura, irradiando-se posteriormente em
seu derredor, formando o que poderíamos chamar de aura psíquica. É fácil compreender que
pela tonalidade de nossa aura psíquica, pela sua forma, pelo seu brilho e pela sensação que
causa (devido aos seus fluídos serem mais ou menos densos, escuros, desagradáveis),
seremos facilmente identificáveis.

Corresponde-se: com as gônadas.


No campo mediúnico: libera fluidos de grande atração magnética.
No magnetismo: é grande usinador de fluidos densos.
São lamentáveis: abusos sexuais, uso de afrodisíacos, excitantes e estimuladores sexuais
de qualquer ordem, fixação sexual, ideias criminosas, fumo, álcool, tóxicos.
São recomendados: controle e educação sexual, suas funções e usos adequados, ideias
criativas, ausência de vícios.
Umeral: Embora pouco conhecido é um campo fluídico classificado de centro vital
secundário. Tem sido usado frequentemente em reuniões de desobsessão.
Localiza-se às costas, entre a nuca e as omoplatas. Tem influência acentuada nos
fenômenos de psicofonia (incorporação).
Relaciona-se: com a medula espinhal e exerce influência sobre as tensões musculares e na
estrutura óssea.

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Ouvíamos as preciosas explicações, enlevados, mas Clarêncio, reparando
que não nos cabia fugir do quadro ambiente, voltou- se para a garganta
enferma de Júlio e continuou:

– Não nos afastemos das observações práticas, para estudar com clareza
os conflitos da alma. Tal seja a viciação do pensamento, tal será a
desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela
classe de influxos mentais.
Apliquemos

à nossa aula rápida, tanto quanto nos seja possível, a


terminologia trazida do mundo, para que vocês
consigam fixar com mais segurança os nossos
apontamentos. Analisando a fisiologia do perispírito,
classifiquemos os seus centros de força, aproveitando
a lembrança das regiões mais importantes do corpo
terrestre. Temos, assim, por expressão máxima do
veículo que nos serve presentemente, o “centro
coronário” que, na Terra, é considerado pela filosofia
hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o
mais significativo em razão do seu alto potencial de
radiações, de vez que nele assenta a ligação com a
mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro
recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito,
comandando os demais, vibrando todavia com eles
em justo regime de interdependência. Considerando
em nossa exposição os fenômenos do corpo físico, e
satisfazendo aos impositivos de simplicidade em
nossas definições, devemos dizer que dele emanam
as energias de sustentação do sistema nervoso e
suas subdivisões, sendo o responsável pela
alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos
indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares
e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma. Logo após,
anotamos o “centro cerebral”, contíguo ao “centro coronário”, que ordena as percepções de
variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o
tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte,
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ao saber. É no “centro cerebral” que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente
aos poderes psíquicos. Em seguida, temos o “centro laríngeo”, que preside aos fenômenos
vocais, inclusive às atividades do timo, da tireoide e das paratireoides. Logo após, identificamos
o “centro cardíaco”, que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. Prosseguindo
em nossas observações, assinalamos o “centro esplênico” que, no corpo denso, está sediado
no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os
escaninhos do veículo de que nos servimos. Continuando, identificamos o “centro gástrico”,
que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização e, por fim,
temos o “centro genésico”, em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de
formas e estímulos.

O instrutor fez pequena pausa de repouso e prosseguiu:

– Não podemos olvidar, porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é
criação mental no caminho evolutivo, tecido com recursos tomados transitoriamente por nós
mesmos aos celeiros do Universo, vaso de que nos utilizamos para ambientar em nossa
individualidade eterna a divina luz da sublimação, com que nos cabe demandar as esferas do
Espírito Puro. Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de
formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina.

Entre a Terra e o Céu – Clarêncio – Cap 19 – André Luiz

A Visão Espírita
Os Centros de Força não constituem parte intrínseca da estrutura do Espírito, pois, são instrumentos
desenvolvidos no corpo espiritual com o fim de realizar as adequações devidas entre os aspectos
exteriores e interiores da realidade espiritual do ser imortal.
Segundo Jorge Andréa, “Vários estudos têm demonstrado a existência, no perispírito, de discos
energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energias, centrífugas (do
Espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o Espírito), que aí se instalam como
manifestações da própria vida. Esses discos energéticos comandariam, com as suas “super funções”,
as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos
genes e código genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendócrina”.
O Espírito Clarêncio nos diz que
“... o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de
força, eu se conjugam nas ramificações dos plexos que, vibrando em sintonia uns
com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso,
um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo
eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição
mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e,
consequentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão
vibratório... Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de
força, que reage em nosso corpo a essa ou aquela classe de influxos mentais”.
Estabelecendo, em definitivo, o assunto, segundo a visão espírita, André Luiz nos diz que
“Cada centro de força exigirá absoluta harmonia perante as Leis Divinas que nos
regem, a fim de que possamos ascender no rumo do perfeito equilíbrio...”
Ratificando as palavras de André Luiz, Clarêncio afirma que
“... nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores
de natureza gravitante no campo eletromagnético de nossa organização,
compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas iniciantes às quais nos
imantamos”.

André Luiz - Entre a Terra e o Céu)

Nadis (Meridianos)

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São vasos energéticos que conduzem os fluidos, semelhante aos vasos sanguíneos que
conduzem o sangue por todo o corpo físico. Estes vasos são muito estudados pela medicina
tradicional chinesa, principalmente pela acupuntura, que considera as alterações na condução
da energia como a causa das várias doenças.

Os nadis fazem também a comunicação entre os centros de força, entre os centros e o


sistema nervoso e entre este e as glândulas (Fig 17).

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Desequilíbrio ou Desarmonias dos Centros de Força
Chamamos de desarmonia o estado de desequilíbrio funcional em que se encontra um ou
mais centros de força. Este estado é causado por excessos ou abusos de toda sorte que
praticamos no nosso cotidiano. Estes excessos, sejam físicos ou psíquicos causam um mal
funcionamento dos chakras que acabam por não assimilar ou absorver corretamente a
energia circundante. Esta situação ocasionará uma alteração no equilíbrio natural do centro
de força, o qual denominamos de desarmonia.
Para compreender como os centros de força estão envolvidos no processo saúde/doença é
preciso entender que eles são passíveis de serem desequilibrados dependendo do teor de
nossos pensamentos e sentimentos. Quando vivemos de forma hedonista, apenas para obter
prazer, hiperestimulando os centros de força fisiológicos em detrimento dos espirituais,
tornando-os congestionados. Da mesma forma quando reprimimos os centros de força
fisiológicos devido ao puritanismo criamos desequilíbrios nos quais hipoestimulamos os
centros de força, de modo que a energia se torne inibida.

Tipos de Desarmonias

1. Inibição – é o resultado de um processo de bloqueio das energias do corpo fluídico que


não são absorvidas corretamente. Leva a uma hipoatividade dos chacras, que repercute nos
órgãos e glândulas, gerando um estado de inércia, hipotonia, astenia e redução energética
que vão produzir no organismo físico hipoglicemia, hipotensão, hipotireoidismo, cansaço,
sonolência, desânimo, depressão, etc.

2. Congestão – ocorre quando há um acúmulo de energias nos centros de força, fazendo


com que elas não sejam utilizadas de forma adequada. Haverá uma hiperatividade dos
chakras, que irá produzir um congestionamento do corpo fluídico, em um processo
semelhante às inflamações que ocorrem no corpo físico. Vão produzir hiperatividade dos
órgãos ou glândulas do corpo físico, resultando em doenças como a hipertensão arterial,
hipersecreção de ácidos no sistema digestivo que, por sua vez, gera gastrites e úlceras
pépticas, hipertireoidismo, hiperglicemia, artrites, cefaleias, enfim, doenças geradas pela
excessiva estimulação dos órgãos.

Com relação ao funcionamento psíquico e emocional dos centros de força podem acontecer a
inibição e a congestão quando há um desequilíbrio das energias, gerando, respectivamente a
hipoatividade pelo, bloqueio e inibição das energias, e a hiperatividade, pelo excesso de
energia. (Fig 18)

Reequilíbrio ou Rearmonia dos Centros de Força


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Desde que podemos assimilar a ação dos centros de força até mesmo por força das ações
orgânicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia, sua
disfunção, repercutirá diretamente nos veículos somático e períspiritual, pelo que importa
tenhamo-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento. Ou seja, nosso agir e
nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centos de força que, para se
restabelecerem, carecem do restabelecimento de seu portador. E para isso, um simples
passe não resolverá; ou mesmo uma oração balbuciada pelo reflexo condicionado de juntar
palavras. O passe e a prece são veículos intercessórios poderosos e indispensáveis, mas não
são a base do reequilíbrio e da rearmonização, às quais se estribam na reforma moral, pelo
“carregar a própria cruz” sem blasfêmias, sem alvoroços e sem temeridade.

Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira


cristã em todos os momentos da vida. Mas como isso não é comum às nossas ampliadas
comodidades, a nós, espíritos devedores e falíveis, nos cabe exercitar por possuí-las pelo
perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando
por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo
valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o
equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria.

10- TRABALHADORES
 

PERFIL DO MÉDIUM PASSISTA: este colaborador deve ter consciência que estará
transmitindo parte de seu magnetismo. Sendo assim, deve cuidar para que este magnetismo
seja salutar. Sempre que possível, chegar 15 minutos antes do início dos trabalhos,
permanecendo em prece, a fim de melhor captar as energias dos mentores espirituais. Evitar
as rusgas, as discussões acaloradas, os excessos de trabalho e de alimentação. Isto auxilia o
bem-estar físico e emocional.

Orientações aos passistas – Condições para doar e receber fluidos


É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo. No
entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os
pacientes e nem em relação ao mesmo médium.
Esta diversidade de resultados se deve a influencia de vários fatores que estão relacionados
tanto ao médium quanto ao próprio paciente que procura a assistência espiritual.

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Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras
preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo
restabelecimento.

1- Fé: Através dela é possível agir sobre os fluidos, modificar e direcionar.

O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio,
o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma
impulsão por assim dizer irresistível.

Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ, pode só pela
força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e
outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas que não passam de efeitos de
uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a seus apóstolos:

"Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O Evangelho
Segundo o Espiritismo, cap. 7).
Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas queremos aqui
ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da força de vontade. Torna-se
desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do passista, é a anulação prática de
seu poder fluídico e, no paciente é a falta do catalisador fundamental do restabelecimento.
Conforme Kardec nos assevera :
"Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de
atingir determinado fim."

Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz muito importante
no resultado das atividades fluidoterápicas.

Fé que transporta montanhas

Grupo Espírita Apóstolo Paulo

Fé que transporta montanhas


Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa
daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)

Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às
necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo,
XIX, 12)

Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para
crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)

Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode
salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)

Acima, colocamos um exemplo de como o tema pode ser apresentada em uma lousa. A
seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.

Este tema visa esclarecer ao público qual o verdadeiro sentido da fé e o que ela significa para
as nossas vidas. Como a Doutrina Espírita compreende este sentimento e de que forma
colocá-lo em prática frente às dificuldades da existência.
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Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.
(Mateus, XVII: 14-19)

Explique esta passagem, onde Jesus diz que quem tiver fé do tamanho de um grão de
mostarda, ou seja, muito pequeno, terá capacidade para remover montanhas. Com isso, o
Mestre nos faz refletir sobre quanto somos descrentes nos momentos difíceis. Que temos
muita teoria, mas na hora da prova, fraquejamos. E que uma pequena dose de fé já nos faria
maravilhas.

É necessário deixar claro que as montanhas que serão transportadas são um simbolismo dos
nossos problemas, dificuldades. São também as nossas limitações, os nossos defeitos e
imperfeições.

Jesus nos deixa claro o poder deste sentimento tão falado e tão pouco compreendido e
praticado, pois ele esclarece que nada nos será impossível se soubermos usar esta poderosa
força espiritual.

Fé humana e fé divina - A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem


der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações
celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)

No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo
uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E
esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o
objetivo proposto.

No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir
objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a
melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação. Todos nós temos que ter esta
fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve
ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento
este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.

No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em
uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do
material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a
fraternidade e a melhoria interior.

Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força
material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.

Fé cega e fé racional - A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão


daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)

Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que
conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de
crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão. É ela
quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a
qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também
necessário compreender. Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a
prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita.
Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante
compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual.
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Reafirme o que diz o E.S.E., que é necessários compreender antes de ver.
Deixe claro o perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois
ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve
ser combatida com serenidade e racionalidade

Fé ativa e fé passiva - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as
obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em
si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)

Saliente que a Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento
não salva ninguém. É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos,
mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras
complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para
melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos. É o benefício que
podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.

2- Merecimento: neste caso devemos considerar os aspectos cármicos e os atuais dos


pacientes assistidos.

Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário recorrer à teoria


da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos volumes e não é o nosso
objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de Kardec, simples e por demais
objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a
pensar e reconhecer, logicamente que sua possibilidade é mais racional e justa que sua
negação pura e simples. "Por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa,
tais misérias (doenças incuráveis ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna,
pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus
justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta
não se encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa
existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5).
Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada aos débitos do
passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que vimos empreendendo
para nos melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente.
Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados delitos, tendo
comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir também as consequências
de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual comparado a uma esponja que a tudo
absorve, seguramente transferirá ao novo corpo as deficiências localizadas, as quais,
dependendo da extensão e gravidade das faltas, demorarão para se harmonizar, envolvendo-
nos no aprendizado de valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e devido a esse
fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não largamos o cigarro, por
mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para o restabelecimento, tudo
redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso acontece, com os problemas psíquicos
(cármicos), e não nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório,
nosso campo psíquico, dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais,
vulgarmente chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos
tratamentos fluidoterápicos.
Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com nossa inferioridade,
poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade, pois, mesmo sendo quem
somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o somos e, por isso mesmo queremos
"driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e curtas e diria também sem sentimentos boas
ações, com isso imaginando adquirir a "senha" do merecimento. E aí, verificamos algumas
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opiniões sobre os passistas, no sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados
pelos espíritos", que não "servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos
esquecemos que às vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável.
Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez, animo, força de
vontade, crescimento moral, fé são também disposições que permitimos a nós mesmo para
uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando a máxima de Jesus que "a fé transporta
montanhas".

3-Pensamento e vontade: a vontade sincera de ajudar, aliviar, de curar é capaz de agir


sobre os fluidos, dando-lhes características específicas e direcionamento.

Jean - Paul Sartre, filósofo existencialista francês, disse que “l’enfer, c’est les autres,” ou
seja, “o inferno são os outros.” Dentro da visão espírita, porém, o inferno é construção de
nossa responsabilidade, tal como o é o paraíso : “O reino de Deus está dentro de vós”, já nos
avisava o Mestre Divino.
Herdeiros da divindade, possuímos uma varinha de condão : o pensamento. Nosso poder
mental criador, centelha da mente de Deus, permite-nos edificar a paz ou o desespero; a
escolha depende de nós.
No Além - Túmulo, a situação não muda. Despojado do corpo carnal, o Espírito vive
intensamente as suas criações mentais, em regiões fluídicas, não obstante parecerem essas
mais concretas e materializadas do que as construções terrenas.
Dependendo do seu grau de evolução, a entidade desencarnada gravita para o endereço
de suas afinidades. Empregando o PENSAMENTO e a VONTADE, o ser atua sobre os fluidos
espirituais, construindo o  seu mundo particular, valendo-se do laboratório vivo do astral. Por
meio das vibrações do perispírito, pode provocar fenômenos luminosos, acústicos ou olfativos
agradáveis ou desagradáveis. Entidades superiores, por exemplo, podem produzir aromas
perfumados, como relata Yvonne A× Pereira (no livro Devassando o invisível) : Frederic
Chopin revela sua presença por um suave perfume de violeta; “espíritos sofredores e
inferiores costumam fazer-se notados pelo cheiro de bebidas alcoólicas, de fumo, de podridão
e até de decomposição cadavérica.”
As edificações do mundo invisível revelam uma grande semelhança com as de Terra, uma
vez que são elaboradas a partir do gosto estético ou das recordações dos seus
construtores .Em regiões elevadas moralmente, onde reina o Belo e o Bem, desfilam criações
inimagináveis, cidades, jardins, bosques, cuja beleza ultrapassa a dos toscos parâmetros
terrenos.
Por outro lado, infestam o invisível inferior ambientes de horror indescritível, produtos das
mentes enlouquecidas pelo ódio, pelo sofrimento, pelo remorso, gerando cenas macabras que
atormentam sobretudo assassinos e suicidas. Pela lei de similitude, reúnem-se ali grupos ou
falanges de espíritos, alimentando, assim, seus próprios infernos, fortalecendo as algemas
que os escravizam a esses antros ignóbeis. Dante Alighieri, o genial poeta da Divina
Comédia, mesclando seu talento à inspiração mediúnica, descreveu, com mestria, os mundos
invisíveis, visitando o que ele denomina Inferno, Purgatório e Paraíso.
Mesmo nós, espíritos encarnados, vivemos envolvidos por nossas criações mentais.
Como no cinema, essas edificações exibem nossos pensamentos, sentimentos, tendências e
caráter, atraindo as companhias espirituais com as quais tenhamos afinidade. Daí a
necessidade de educar nossas mentes, elevando-lhes o padrão vibratório, vigiando o
pensamento contra o assalto das trevas, instaurando, assim, a nossa própria paz.
Maria Nazaré de Carvalho Laroca

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No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados;

1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas condições
de saúde. As pessoas com estejam se sentindo doentes, cansadas, estressadas ou que
sejam portadoras de doenças graves, não deverão aplicar passes. Aquelas que tomem
medicamentos com ação no Sistema Nervoso Central (SNC).

Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: " Um corpo sem saúde
não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva
do que útil, para si e para o doente".
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da que é apenas
atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc., embora de caráter
crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7).
“Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática. Especialmente em se
tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam o passista extremamente
combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da psique. Quem esteja acometido de
alguma doença que o impossibilite de realizar tarefas que exijam esforço, também deve estar
muito atento. Insuficiências cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem
como estados depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica
seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais (as
obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar superar os
vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de medicamentos controlados
(especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no sistema nervoso central). Estas pessoas
vibram negativamente.” (Jacob Melo).
Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema nervoso
esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou degenerativas, como a
anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica, porque o próprio médium está
necessitado de repor suas energias desgastadas. É preciso lembrar que o fluido vital circula
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no sangue e que o fluido magnético está diretamente implicado no sistema de defesa do
corpo físico.
No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode impedir a emissão
ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos. Esta situação é a mesma para
outras drogas.

“O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios


nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores
esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz nos
diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19)

O passista deve tomar certas providências em relação à sua própria conduta, pois a mente
influi, poderosamente, sobre todos os seus centros de forças, os quais canalizam as energias
que os seus pensamentos, somados aos seus sentimentos, direcionam.
É bom não esquecer que o passista é doador de fluidos aos que sofrem.
A troca de fluidos entre as pessoas é lei do equilíbrio. Todavia, é indispensável saber o que
estamos recebendo e ofertando, e quais os valores que oferecemos e que nos são oferecidos.
Não basta ter vontade – que é o primeiro passo para esse trabalho no bem -, é preciso
compreender o que deve e como deve ser feito, para melhor fazer, mantendo a consciência
harmoniosa e pacificada.
André Luiz ensina que,
"assim como na medicina terrena é necessária uma assepcia para realizar
um trabalho, o médium passista também necessitará de vigilância no seu
campo de ação, porquanto a sua higiene espiritual resultará o reflexo
naqueles que se proponha socorrer." (Mecanismos da Mediunidade,
Cap.XXII)
O passista é um sensitivo de energias circulantes afins, pelo que, no momento do passe, não
pode alimentar sentimentos vis. Precisa entregar seu coração e sua inteligência à influência
do amor, à sintonia com os bons Espíritos, consciente de que, se doarmos luz, ficamos
inundados de claridade; mas, se oferecermos trevas, sofremos as conseqüências
decorrentes.
 

A CONDUTA MORAL DO PASSISTA


 
O passista, abraçando a moral crística, sabe que tem o dever da renúncia aos prazeres
desgastantes, da vigilância de sua sensualidade e da disciplina dos seus impulsos ainda
inferiores, para manter a saúde integral, que significa equilíbrio e harmonia, servindo para que
nos transformemos em agentes estimuladores da paz, fugindo das contendas, preferindo
ambientes com boa psicosfera, educando-nos para a existência do Bem, conquistando a
humildade dinâmica, aquela que faz o bem sem reparar a quem. Assim, por evidente, o
passista deve se abster do contato com as forças que operam a perturbação e a desordem.
O magnetizador comum e o passista, para manterem a postura que se espera das pessoas
responsáveis, têm de assimilar tudo o que amplie sua capacidade de realização. Para tanto,
importante a iniciativa de estudos amplificadores dos recursos que facilitem a recepção das
orientações dos Instrutores Espirituais. O asseio mental lhes ensejará autoridade moral,
auxiliando o despertar do enfermo para aderir ao processo de auxílio e reagir.
Como estímulo, vale saber que ajudar, através da irradiação da energia magnética, disponível
a todos os espíritos que realmente desejam servir, emprestando força à sua vontade e
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atraindo o auxílio divino, é também assegurar as melhores possibilidades de auto-
reajustamento e de verdadeira compreensão do poder do amor.
a - Cuidados com a alimentação - Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação, pois
conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19: "O excesso de
alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas dos pulmões e
do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias que geram no
aparelho gastrointestinal.
b - Cuidado com os excessos - “O Espiritismo (...) aconselha que preservemos o nosso
corpo dos elementos ou fatores que lhe diminuam a capacidade de resistência, e assim
teremos que nos alimentar, sóbria, mas suficientemente; não podemos perder a noite em
prazeres inúteis ou os dias em maus contubérnios e em vícios; não devemos entregar-nos à
ociosidade; não usaremos vestes impróprias ao clima; não procuraremos exagerar o recato
até o ridículo.(...)” (Carlos Imbassahy)
A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho do passe.
Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-la? Os
fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de mazelas
segundo a situação de que o médium se encontre.

Fazendo uso das palavras do Codificador em o Livro dos Médiuns, cap 20, compreenderemos
de uma maneira mais alargada a função da moral em torno do passe:
"Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce,
todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito
livre uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente
entre eles. As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a
bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o
desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o
egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que
escravizam o homem à matéria. Além disso, a porta que os espíritos imperfeitos
exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos
confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas
faculdades".
Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade Príncipe
de Hohenlohe muito interessante:

"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se


Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou
ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as
vossas imperfeições . Mas Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos
homens da terra. A esse título, ninguém entre vós seria digno de ser médium
curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais esforços constantes para vos
purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai-vos pela prece, pelo
amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo-Poderoso não vos dê
as ocasiões frequentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá orai, progredi
pela caridade moral, pela influência do exemplo".

Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que formos
mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens espirituais
em detrimento das coisas materiais.

"As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as


qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um
corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades
morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo
ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão

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ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das
qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865).

Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:

"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera,


necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos,
acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda
confiança no Poder Divino".

Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave fundamental
para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com os bons olhos
da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de virtudes
enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W. Meek,
em As Curas Paranormais ).
Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é muito
importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes sejam
sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agiram ao nosso
"estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e sobretudo,
moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter importância
preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são processados é
basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a vibração fluídica a partir
da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões psíquicos dos emissores;
estes fluidos serão mais consistentes e harmonizados quanto mais equilíbrio tiver a moral dos
doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final (paciente), a emissão
fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que vibram os emissores.

Condições Mentais (Psíquicas) –


“Cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda,
que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de enfraquecimento das faculdades
mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição, evidente para a loucura.”
(Allan kardec – LM cap 18, item 222)

“Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível


fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático desperdício das
irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é um canal que não
responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a
inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias
auxiliadoras. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz , cap. 19, pp. 322 a 324.)

A perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico?


R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe
intoxicam os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de
degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células
materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das
emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a
qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem
convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes,
semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância;
todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres
orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de oração,
cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental é,

68
pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários
da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.).
Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se adquirem com
muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração ou repulsão,
conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta presente como
ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro é um aparelho
emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo
espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado constante de reforma mental,
na construção de pensamentos melhores, seguramente estaremos também prejudicando esta
manifestação de amor através do passe. Pois atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo
da mente pura é nosso dever, ela é o filtro por onde passam as benesses que favorecerão
nosso próximo e, por conseguinte, a nós mesmos.

As diferenças de efeitos fluídicos nos doentes se devem ao chamado Potencial Fluídico

Allan Kardec nos informa:


“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo
com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado,
como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica”.
(A Gênese, Os fluidos, cap 14 item 32)

“Como quem doa tem, que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para
doá-lo”.
(Jacob Melo, O Passe- pag. 137)
Podemos considerar o potencial fluídico como sendo a capacidade que um fluido tem de agir
de forma mais ou menos intensa e/ou rápida sobre um corpo. Alguns fatores influenciam no
potencial fluídico, são eles:

Afinidade Fluídica

- Afinidade X Potencial Fluídico – “A cura é devida às afinidades fluídicas, que se


manifestam instantaneamente, como um choque elétrico, e que não podem ser pré-julgadas”
(Jacob Zuavo – RE 1867)
- Receptividade do Paciente – Paciente deve sentir confiança no tratamento se colocando
na condição de receptor dos fluidos.

Moral

- Moral X Potencial Fluídico - “Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro
for o seu coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder
de sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual)

“O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.”


(Emmanuel – Seara de Médiuns) 

A INFLUÊNCIA DO PASSISTA NO PASSE


 
69
Torna-se didático enumerar os principais itens de influenciação por parte do passista na tarefa
do passe, para os quais deve ele atentar, já que se incluem nos questionamentos de
responsabilidade pessoal.
1. HIGIENE PESSOAL – Duas razões básicas impõem cuidados quanto à higiene
corporal: a) os desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são refletidos no
perispírito, contribuindo para uma má qualidade dos fluidos a serem transferidos; b) os
odores próprios da falta de higiene desarticulam a capacidade de concentração mental
necessária ao receptor do passe.
2. VESTUÁRIO – Boa parcela dos encarnados ainda enfrenta problemas relacionados à
área da sexualidade, pelo que o uso de determinadas roupas funciona como
catalizador de pensamentos abusivos que distoam completamente da serenidade
requerida para a câmara de passe, o que conduz à recomendação para observarmos a
cautela quanto ao vestuário a ser utilizado no dia-a-dia.
3. ALIMENTAÇÃO - Pela questão 723 de "O Livro dos Espíritos", deduz-se que "permitido
é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde". Neste capítulo,
cada um deve observar-se detidamente, sabendo já que todo excesso é tão mais
prejudicial ainda que a relativa escassez alimentar.
4. INGESTÃO DE CARNES E CONDIMENTOS – É útil abstermo-nos dos alimentos mais
condimentados e mais pesados, porque afetam os fluidos a serem doados. Além disso,
quando menor a atividade do sistema digestivo, melhor será a possibilidade de contato
com a Espiritualidade. Na questão 724 de "O Livro dos Espíritos", aprendemos que a
abstinência de carne será meritória se a praticarmos em benefício dos outros
5. USO DE REMÉDIOS – Sendo o medicamento considerado "simples", tais como os
para dor de cabeça, cólica, azia, resfriado e afins, a parcela sutilizada do mesmo que
venha a ser transferida para o paciente é desprezível. O problema é a classificação de
"remédio simples". Na dúvida, o recomendável é deixar de dar passe pelo período em
que estiver                                                        sendo medicado. No rol dos
medicamentos considerados impeditivos da participação do passista na tarefa, estão
todos os que afetam o Sistema Nervoso Central.
6. ADOENTADO - O organismo doente apresenta maior dispêndio de energia para a sua
manutenção e/ou maior dificuldade em absorção da mesma. Via de regra, com as
exceções antes mencionadas, tal como ocorre com algumas doenças congênitas e
permanentes, o ideal é o passista se afastar da tarefa até o restabelecimento
adequado. Nos seguintes casos, a interrupção da atividade de passe é aconselhável:
a) gripes fortes, bronquites, estados febris e doenças infecciosas em geral; b) período
de gestação; c) diabete descompensada; d) período mestrual com dores ou
sangramento exagerado; e) desequilíbrio emocional; f) esgotamento nervoso; g)
esgotamento ou cansaço físico acentuado; h) deficiências graves do aparelho
circulatório; i) dor de cabeça ou cólica intensa; j) mal-estar físico de qualquer origem; l)
uso de medicação tóxica.
7. FUMO – Os resíduos do fumo no organismo desarmonizam o campo vibratório e
lesionam o perispírito do passista e, por consequência, repercutem no corpo material.
A responsabilidade do passista tem de levá-lo a reduzir ao máximo seu vício, se ainda
não conseguir total abstinência, fazendo com que não fume ao menos três (3) a quatro
(4) horas antes do trabalho no passe.
8. TÓXICOS - O usuário de quaisquer tóxicos não deverá participar das tarefas de
doação de fluidos.
9. ATMOSFERA FLUÍDICA – A qualidade da atmosfera fluídica que envolve o passista é
sempre elemento dos mais determinantes quanto aos resultados que se obtém através
do passe. O passista deve, por isso, buscar permanentemente a melhoria de sua
psicosfera, através de todos os meios ao seu alcance. O estudo, o trabalho, o exercício
70
da caridade, a vigilância e a prece são algumas das ferramentas ao seu dispor para
alcançar esse objetivo.
10. SEXO – A vida sexual a nível mental influencia o desempenho do passista, pois o
pensamento atrai energias positivas ou negativas, conforme o que se pensa. A grosso
modo, seria muito bom, principalmente, no dia da tarefa, manter a "casa mental"
adequadamente limpa e organizada. Nenhum artificialismo, porém, há de impor-se
como regra de uso. Há circunstâncias especiais para atender, porém, desde que o
sexo seja fundamentado no amor, no respeito e na responsabilidade pelos sentimentos
e pela individualidade do parceiro, não pode haver qualquer incompatibilidade entre a
sua prática e o exercício do passe.
11. AGITAÇÃO – Quando a pessoa abarca mais compromissos do que pode dar conta,
deve se conscientizar de fazer o que lhe é mais importante, para fazer bem. A tarefa do
passe exige presença assídua e dedicação. Normalmente é preferível não contar com
um passista do que raramente contar com ele.
12. TRABALHO E REPOUSO – O trabalho diário do passista deve ser metodizado, sob
pena de prejudicar a reserva dos bons fluidos. O repouso para dormir precisa ser no
mínimo de seis (6) a sete (7) horas por noite, para que o organismo não se ressinta de
fadigas não reparadas, levando em conta também que o excedente desse tempo pode
ser considerado supérfluo e prejudicial.
13. IDADE - Durante o passe, há um acentuado desgaste energético do passista e,
embora em um corpo saudável e equilibrado a recuperação seja rápida, é
desaconselhável o trabalho do passe para pessoas muito jovens ou muito idosas. Não
é possível estabelecer limites muito rígidos, já que cada organismo tem suas
peculiaridades, mas como regra geral desaconselha-se a atividade para menores de
dezoito (18) e maiores de setenta (70) anos.
14. MÉDIUM OSTENSIVO – Desde que observados os períodos de descanso para
reposições fluídicas, o médium que participa de reuniões mediúnicas pode dar passes.
No entanto, como a tarefa do passe não exige qualquer tipo de mediunidade ostensiva,
é sempre um gesto de amor dar preferência a tarefeiros que não apresentem os
requisitos para o mediunato.
15. OBSESSÃO – A condição de passista não isenta da possibilidade de desequilíbrios e
muito menos das obsessões. Diante das primeiras evidências de uma situação dessas,
é imperiosa a interrupção dos trabalhos de passe, ocasião em que o passista passa à
condição de paciente, devendo submeter-se então ao tratamento reequilibrante e
desobsessivo. É grande a responsabilidade do passista, porque, se não evitar o
exercício do passe, insistindo em executá-lo, poderá transferir para o paciente
aspectos de seu desequilíbrio.
16. QUANTIDADE E FREQÜÊNCIA – Durante o passe, o passista sujeita-se a significativo
dispêndio de energia, liberando grande quantidade de fluido vital, facilmente
recuperada, desde que se trate de um organismo saudável. A capacidade de doação
fluídica tem sempre limites que devem ser atendidos, para não comprometer o
equilíbrio e a saúde do organismo, porém ela varia bastante de pessoa para pessoa,
sendo que cada um deve aprender até onde é capaz de ir, evitando com isso de
prejudicar a si próprio e ao trabalho. Não estará o passista praticando um ato de
caridade ao exceder à sua capacidade física. Isto pode até representar o oposto, na
medida em que o trabalhador esgotado deixará de proporcionar energias restauradoras
de que tanto necessitam aqueles que batem à porta da Casa Espírita.

OS FLUIDOS, O PENSAMENTO E A PRECE


 

71
Aprendemos sobre fluidos para entender o mecanismo do passe. Sabemos, então, que os
fluidos não têm qualidade, no seu estado natural, ou seja, são neutros, não são bons nem
ruins, pesados ou leves, etc.. No momento em que pensamos, os fluidos à nossa volta se
transformam, adquirindo características conforme o tipo de pensamento. É a partir daí que se
tornam bons ou maus, conforme a destinação que lhes damos. "Seria impossível fazer uma
enumeração ou classificação dos bons ou maus fluidos, nem especificar suas qualidades
respectivas, tendo em vista que sua diversidade é tão grande quanto a dos pensamentos" ("A
Gênese", Cap. XIV, item 14). Como Sabemos, os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais,
não que os manipulem como os homens manipulam os gases, mas com o auxílio do
pensamento e da vontade. Usando do próprio pensamento, eles produzem diversas
modificações nos fluidos, para os fins que desejam: "aglomeram, combinam ou dispersam..."
(ibidem, item 7).
A prece é pensamento e, quando sincera e feita para beneficiar alguém, não deixa de ser um
tipo de passe, que também depende da nossa vontade, elevando sempre o padrão vibratório
da criatura.
"O Espiritismo proclama a sua utilidade não por espírito de sistema, mas porque a observação
permitiu constatar a sua eficácia e modo de ação. Desde que, pela lei dos fluidos,
compreendemos o poder do pensamento, também compreendemos o da prece, que é,
também, um pensamento dirigido para um fim determinado" ("Revista Espírita 1866" – p. 5)
A prece tem um outro papel importantíssimo, que é o da higienização do ambiente fluídico em
que se encontra aquele que a faz. No momento da oração, recebe-se fluidos de qualidade
superior, pelo processo de sintonia com Espiritualidade Maior, passando-se simultaneamente
à condição de repulsor dos fluidos inferiores do ambiente, os quais são progressivamente
substituídos pelos que estejam sendo recebidos. A prece representa, assim, um benefício
geral, funcionando como uma lâmpada que acende e afasta as trevas.
Allan Kardec, em comentário à questão 662 de "O Livro dos Espíritos", leciona que
"possuímos, em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se
estende além dos limites da nossa esfera corporal. A prece por outros é um ato dessa
vontade. Se ela é ardente e sincera, pode chamar em sua ajuda os bons Espíritos, a fim de
sugerir-lhe bons pensamentos e dar-lhe a força do corpo e da alma de que necessita. Mas aí
ainda a prece do coração é tudo, a dos lábios não é nada."
Em síntese, a prece é onda mental acionando os fluidos, fazendo-os envolver a própria
pessoa e também beneficiar aos necessitados, atraindo bons Espíritos e aumentando o poder
de sua irradiação.

72
 

11- Passes
Em todas as reuniões do grupo, junto ao qual funciona Alexandre, com atribuições de orientador,
vários são os serviços que se desdobram sob a responsabilidade dos companheiros
desencarnados. Nem sempre me foi possível estudá-los separadamente; todavia, respeito a alguns
deles, não me furtei ao desejo forte de receber elucidações do respeitável instrutor. Um desses
serviços era o de passes magnéticos, ministrados aos frequentadores da casa.
73
O trabalho era atendido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros
vigilantes. Falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas, vindas ao recinto,
recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorro
eficiente às entidades infelizes do nosso plano, principalmente as que se constituíam em séqüito
familiar dos nossos amigos da Crosta.

Indagando de Alexandre, relativamente àquela secção de atividade espiritual, indicando-lhe os


companheiros, em esforço silencioso, esclareceu o mentor, com a bondade de sempre:

- Aqueles nossos amigos são técnicos em auxílio magnético que comparecem aqui para a
dispensação de passes de socorro. Trata-se dum departamento delicado de nossas tarefas, que
exige muito critério e responsabilidade.

- Esses trabalhadores - interroguei - apresentam requisitos especiais?

- Sim - explicou o mentor amigo -, na execução da tarefa que Lhes está subordinada, não basta a
boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam revelar determina, das
qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. O servidor do bem, mesmo
desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço, se ainda não conseguiu manter um
padrão superior de elevação mental continua, condição indispensável à exteriorização das
faculdades radiantes. O missionário do auxilio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera,
necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado
amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder
Divino. Cumpre-me acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem
exigências a que não se pode fugir, quando, na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos
casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada
pelos benfeitores de nossos círculos de ação ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das
qualidades desejáveis.

Ouvindo as considerações do orientador, lembrei-me de que, de fato, vez por outra, viam-se nas
reuniões costumeiras do grupo os médiuns passistas, em serviço, acompanhados de perto pelas
entidades referidas vali-me então, do ensejo para intensificar meu aprendizado.

- Os amigos encarnados - perguntei -, de modo geral, poderiam colaborar em semelhantes


atividades de auxilio magnético?

- Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno, nesse sentido
respondeu o orientador -, porquanto, revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do próximo,
por esse ou aquele trabalhador, as autoridades de nosso meio designam entidades sábias e
benevolentes que orientam, indiretamente, o neófito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-
lhe o próprio valor. São muito raros, porém, os companheiros que demonstram a vocação de servir
espontaneamente. Muitos, não obstante bondosos e sinceros nas suas convicções, aguardam a
mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e não um
serviço do bem, que pede do candidato o esforço laborioso do começo. Claro que, referindo-nos aos
irmãos encarnados, não podemos exigir a cooperação de ninguém, no setor de nossos trabalhos
normais; entretanto, se algum deles vem ao nosso encontro, solicitando admissão às tarefas de
auxílio, logicamente receberá nossa melhor orientação, no campo da espiritualidade.

- Ainda mesmo que o operário humano revele valores muito reduzidos, pode ser mobilizado?
interroguei, curioso.

- Perfeitamente - aduziu Alexandre, atencioso. - Desde que o interesse dele nas aquisições
sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupação transitória, deve esperar incessante
progresso das faculdades radiantes, não só pelo próprio esforço, senão também pelo concurso de
Mais Alto, de que se faz merecedor.

Não longe de nós, permaneciam os técnicos espirituais do auxílio magnético, em atividade


metódica. Reconhecia-lhes nos trabalhos silenciosos um mundo novo de ensinamentos,
convidando-me a experiências proveitosas; todavia, anotando as explicações do instrutor, ponderei
quanto à possibilidade de contribuição pelo esclarecimento de algum amigo encarnado, em face do
assunto, e perguntei:

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- Quando na Crosta, envolvidos pelos fluidos mais densos, como poderemos desenvolver a
capacidade radiante, depois da edificação de nossa boa vontade real, a serviço do próximo?

O orientador percebeu-me a intenção e elucidou, de pronto:

- Conseguida a qualidade básica, o candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua


elevação urgente, para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. Falaremos tão-só das
conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo. Antes de tudo, é
necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém,
ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações
vitais Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções
havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que
impedem a passagem das energias auxiliadoras. Por outro lado, é preciso examinar também as
necessidades fisiológicas, a par dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos
destinados aos armazéns celulares é indispensável, por parte do próprio interessado em atender as
tarefas do bem. O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das
saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca
dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a intimidade
das células. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos,
modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de
elementos regeneradores e salutares.

O mentor fez uma pausa mais longa, observando em mim o efeito de suas palavras, e concluiu:

- Levada a efeito a construção da boa vontade sincera, o trabalhador leal compreende a


necessidade do desenvolvimento das qualidades a que nos referimos, porquanto, em contato
incessante com os benfeitores desencarnados, que se valem dele na missão de amparo aos
semelhantes, recebe indiretas sugestões de aperfeiçoamento que o erguem a posições mais
elevadas.

As observações de Alexandre não podiam ser mais claras; contudo, aventurei-me ainda a ponderar:

- Consideremos, todavia, que surja a necessidade imediata de socorrer alguém, no círculo dos
encarnados, e examinemos a hipótese da imprescindibilidade dum instrumento humano.
Imaginemos que não exista, de pronto, em derredor de nossa tarefa, o órgão completo e adequado
a influenciação das potências superiores. Existirá, certamente, porém, ao nosso lado, um
companheiro em condições comuns, que, mergulhado na ignorância, ainda não percebe os perigos
a que expõe o próprio corpo, mas que se deixará aproveitar pelo nosso esforço espiritual em
benefício de outrem. Será crível que não possa ser aproveitado?

O instrutor sorriu bondosamente, e considerou:

- Seria demasiado rigor. Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos
que auxiliam, podemos ministrar o benefício espiritual com relativa eficiência. Todos os enfermos
podem procurar a saúde; todos os desviados, quando desejam, retornam ao equilíbrio. Se a prática
do bem estivesse circunscrita aos Espíritos completamente bons, seria impossível a redenção
humana. Qualquer cota de boa vontade e espírito de serviço recebe de nossa parte a melhor
atenção.

Imprimiu Alexandre pequeno intervalo à palestra, e, depois de pensar um minuto, esclareceu:

- Quando nos referimos às qualidades necessárias aos servidores desse campo de auxílio, a
ninguém desejamos desencorajar, mas orientar as aspirações do trabalhador para que a sua tarefa
cresça em valores positivos e eternos.

Nesse momento, aproximou-se um dos companheiros em serviço, pedindo a cooperação de


Alexandre em determinado setor.

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Ele atendeu gentil. No entanto, antes de separar-se de mim, conduziu-me ao reduzido grupo de
entidades que se encarregavam dos passes e, apresentando-me ao amigo que chefiava o trabalho,
explicou, generoso:

- Anacleto: nosso irmão André Luiz, que exerceu funções de médico na última experiência terrestre,
estimaria receber alguns esclarecimentos, quanto aos serviços de sua especialidade. Desde já,
agradeço tudo o que você fizer por ele.

O diretor daquele departamento de auxílio acolheu-me fraternalmente e, fosse porque estava em


trabalho ativo ou porque se dava a poucas palavras, convidou-me, sem perda de tempo, às
observações diretas das atividades sob sua chefia. Delicadamente, colocou-me ao lado de uma
senhora respeitável, que se localizara à mesa, não longe do orientador da casa.

- Vejamos esta irmã - exclamou Anacleto, prontificando-se ao auxilio afetuoso -, observe-lhe o


coração e, principalmente, a válvula mitral.

Detive-me em acurado exame da região mencionada e, efetivamente, descobri a existência de


tenuíssima nuvem negra, que cobria grande extensão da zona indicada, interessando ainda a
válvula aórtica e lançando filamentos quase imperceptíveis sobre o nódulo sino-auricular. Expus ao
novo amigo minhas observações, ao que me respondeu:

- Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também
o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de
força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu
a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a
qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se
encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. As vezes, semelhantes absorções constituem
simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar
perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de
oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.

Indicou o coração de carne da irmã presente e continuou:

- Esta amiga, na manhã de hoje, teve sérios atritos com o esposo, entrando em grave posição de
desarmonia íntima. A pequena nuvem que lhe cerca o órgão vital representa matéria mental
fulminatória. A permanência de semelhantes resíduos no coração pode ocasionar-lhe perigosa
enfermidade. Atendamos ao caso.

Sempre sob minha observação, Anacleto assumiu nova atitude, dando-me a entender que ia
favorecer suas expansões irradiantes e, em seguida, começou a atuar por imposição. Colocou a
mão direita sobre o epigástrio da paciente, na zona inferior do esterno e, com surpresa, notei que a
destra, assim disposta, emitia sublimes jatos de luz que se dirigiam ao coração da senhora enferma,
observando-se nitidamente que os raios de luminosa vitalidade eram impulsionados pela força
inteligente e consciente do emissor. Assediada pelos princípios magnéticos, postos em ação, a
reduzida porção de matéria negra, que envolvia a válvula mitral, deslocou-se vagarosamente e,
como se fora atraída pela vigorosa vontade de Anacleto, veio aos tecidos da superfície, espraiando-
se sob a mão irradiante, ao longo da epiderme. Foi então que o magnetizador espiritual iniciou o
serviço mais ativo do passe, alijando a maligna influência. Fez o contato duplo sobre o epigástrio,
erguendo ambas as mãos e descendo-as, logo após, morosamente, através dos quadris até aos
joelhos, repetindo o contato na região mencionada e prosseguindo nas mesmas operações por
diversas vezes. Em poucos instantes, o organismo da enferma voltou à normalidade.

Eu estava admirado. E como o assunto envolvia problemas espirituais de elevada significação,


assim que o instrutor terminou o trabalho, indaguei:

- Perdoe-me a pergunta, mas, na hipótese de não se socorrer esta irmã, da colaboração de uma
casa espiritista, como se haveria com a doença oculta? Estaria ao abandono?

- De modo algum - respondeu Anacleto, sorrindo. - Há verdadeiras legiões de trabalhadores de


nossa especialidade amparando as criaturas que, através de elevadas aspirações, procuram o
caminho certo nas instituições religiosas de todos os matizes. A manifestação de fé não se limita a
simples afirmação mecânica de confiança. O homem que vive mentalmente, visceralmente, a
religião que lhe ensina a senda do bem, está em atividade intensa e renovadora, recebendo, por isto
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mesmo, as mais fortes contribuições de amparo espiritual, por quanto abre a porta viva da alma
para o socorro de Mais Alto, através da oração e da posição ativa de confiança no Poder Divino.

O novo companheiro indicou a irmã que se libertara da desastrosa influenciação e esclareceu,


depois de uma pausa:

- Nossa amiga está procurando a verdade, cheia de sincera confiança em Jesus. Ovelha fustigada
pela tempestade do mundo e inexperiente na esfera do conhecimento, volta-se para o Divino
Pastor, como a criança frágil, sequiosa do carinho materno. Estivesse orando numa igreja católica
romana ou num templo budista, receberia o socorro de nossa Esfera, por intermédio desse ou
daquele grupo de trabalhadores do Cristo. Naturalmente aqui, no seio de uma organização indene
das sombras do preconceito e do dogmatismo, nosso concurso fraternal pode ser mais eficiente,
mais puro, e as suas possibilidades de aproveitamento são muito mais vastas. É preciso assinalar,
porém, que os auxiliadores magnéticos transitam em toda parte, onde existam solicitações da fé
sincera, distribuindo o socorro do Divino Mestre, dentro da melhor divisão de serviço. Onde vibre o
sentimento sincero e elevado, aí se abre um caminho para a Proteção de Deus.

A elucidação fez-me grande bem pela revelação de imparcialidade na distribuição dos bens de
nosso plano. Entretanto, outra pergunta ocorreu-me, de imediato.

- Todavia, meu amigo - considerei -, admitamos que esta nossa irmã fosse estranha a qualquer
atividade de ordem espiritual. Imaginemo-la sem fé, sem filiação a qualquer escola religiosa e sem
qualquer atestado de merecimento na prática da virtude. Ainda assim, receberia o benefício dos
passes libertadores?
Anacleto, com aquela bondade paciente que eu conhecia em Alexandre, observou:

- Se fosse uma criatura de sentimentos retos, embora infensa à religião, em suas meditações
naturais receberia auxílio, não obstante menor, pela sua incapacidade de recepção mais intensa
das nossas energias radiantes; mas, se ficasse integralmente mergulhada nas sombras da
ignorância ou da maldade, permaneceria distante da colaboração de ordem superior e as suas
forças físicas sofreriam desgastes violentos e inevitáveis, pela continuidade da intoxicação mental.
Quem se fecha às idéias regeneradoras, fugindo às leis da cooperação, experimentará as
consequências legítimas.

Satisfeito com as elucidações recebidas, reconheci que não me competia interromper o curso dos
trabalhos, tão-somente para satisfazer minha curiosidade pessoal.

O novo companheiro dirigiu-se a diferente setor.

Postávamo-nos, agora, ao lado de um cavalheiro idoso, para cujo organismo Anacleto me reclamou
atenção.

Analisei-o acuradamente. Com assombro, notei-lhe o fígado profundamente alterado. Outra nuvem,
igualmente muito escura, cobria grande parte do Órgão, compelindo-o a estranhos desequilíbrios.
Toda a vesícula biliar permanecia atingida. E via-se, com nitidez, que os reflexos negros daquela
pequena porção de matéria tóxica alcançavam o duodeno e o pâncreas, modificando o processo
digestivo. Alguns minutos de observação silenciosa davam-me a conhecer a extrema perturbação
de que o órgão da bile se sentia objeto. As células hepáticas pareciam presas de perigosas
vibrações.

Enderecei ao amigo espiritual meu olhar de admiração.

- Observou? - disse ele, bondosamente toda perturbação mental é ascendente de graves processos
patológicos. Afligir a mente é alterar as funções do corpo. Por isso, qualquer inquietação intima
chama-se desarmonia e as perturbações orgânicas chamam-se enfermidades.

Colocou a destra amiga sobre a fronte do cavalheiro e acrescentou:

- Este irmão, portador dum temperamento muito vivo, está cheio dos valores positivos da
personalidade humana. Tem atravessado inúmeras experiências em lutas passadas e aprendeu a
dominar as coisas e as situações com invejável energia. Agora, porém, está aprendendo a dominar
a si mesmo, a conquistar-se para a iluminação interior. Em semelhante tarefa, contudo, experimenta
choques de vulto, porquanto, dentro de sua individualidade dominadora, é compelido a destruir
várias concepções que se lhe figuravam preciosas e sagradas. Nesse empenho, os próprios
ensinamentos do Cristo, que lhe serve de modelo à renovação, doem-lhe no íntimo como
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marteladas, em certas circunstâncias. Este homem, no entanto, é sincero e deseja, de fato,
reformar-se. Mas sofre intensamente, porque é obrigado a ausentar-se de seu campo exclusivo, a
caminho do vasto território da compreensão geral. No circulo dos conflitos dessa natureza, vem
lutando, desde ontem, dentro de si mesmo, para acomodar-se a certas imposições de origem
humana que lhe são necessárias ao aprendizado espiritual, e, no esforço mental gigantesco, ele
mesmo produziu pensamentos terríveis e destruidores, que segregaram matéria venenosa,
imediatamente atraída para o seu ponto orgânico mais frágil, que é o fígado. Ele, porém, está em
prece regeneradora e facilitará nosso serviço de socorro, pela emissão de energias benéficas. Não
fosse a oração, que lhe renova as forças reparadoras, e não fosse o socorro imediato de nossa
esfera, poderia ser vítima de doenças mortais do corpo. A permanência de matéria tóxica,
indefinidamente, na intimidade deste órgão de importância vital, determinaria movimentos
destruidores para os glóbulos vermelhos do sangue, complicaria as ações combinadas da digestão
e perturbaria, de modo fatal, o metabolismo das proteínas.

Anacleto fez uma pausa mais longa, sorriu cordialmente e acentuou:

- Isto, porém, não acontecerá. Na luta titânica em que se empenha consigo mesmo, a vontade firme
de acertar é a sua âncora de salvação.

Permanecia tão surpreso com o ensinamento, que não ousei dirigir-lhe qualquer interrogação.

Anacleto continuou de pé e aplicou-lhe um passe longitudinal sobre a cabeça, partindo do contacto


simples e descendo a mão, vagarosamente, até à região do fígado, que o auxiliador tocava com a
extremidade dos dedos irradiantes, repetindo-se a operação por alguns minutos. Surpreendido,
observei que a nuvem, de escura, se fizera opaca, desfazendo-se, pouco a pouco, sob o influxo
vigoroso do magnetizador em missão de auxílio.

O fígado voltou à normalidade plena.

Mais alguns minutos e nos encontramos diante de uma senhora grávida, em sérias condições de
enfraquecimento.

Anacleto deteve-se mais respeitoso.


-
Aqui - disse ele, sensibilizado - temos uma irmã altamente necessitada de nossos recursos
fluídicos. Profunda anemia invade-lhe o organismo. Em regime de subalimentação, em virtude das
dificuldades naturais que a rodeiam de longo tempo, a gravidez constitui para ela um processo
francamente doloroso. O marido é parcamente remunerado e a esposa é obrigada a vigílias, noite
adentro, a fim de auxiliá-lo na manutenção do lar. A prece, porém, não representa para este coração
materno tão-somente um refúgio. A par de consolações espontâneas, ela recolhe forças magnéticas
de substancial expressão que a sustentam no presente drama biológico.

Em seguida, indicou a região do útero e ponderou:

- Observe as manchas escuras que cercam a organização fetal.

Efetivamente, aderindo ao saco de liquido amniótico, viam-se microscópicas nuvens pardacentas


vagueando em várias direções, dentro do sublime laboratório de forças geradoras.

Dando-me a perceber seu fundo conhecimento da situação, Anacleto continuou:

- Se as manchas atravessarem o liquido, provocarão dolorosos processos patológicos em toda a


zona do epiblasto. E o fim da luta será o aborto inevitável.

Comovidíssimo, contemplei o quadro divino daquela mãe sacrificada, unida à organização espiritual
daquele que lhe seria o filho no porvir. Foi o chefe da assistência magnética que me arrebatou
daquela silenciosa admiração, explicando:

- Não obstante a fé que lhe exorta o caráter, apesar dos seus mais elevados sentimentos, nossa
amiga não consegue furtar-se, de todo, à tristeza angustiosa, em certas circunstâncias. Há seis dias
permanece desalentada, aflita. Dentro de algum tempo, o esposo deve resgatar um débito
significativo, faltando-lhe, porém, os recursos precisos. A pobre senhora, contudo, além de suportar
a carga de pensamentos destruidores que vem produzindo, é compelida a absorver as emissões de
matéria mental doentia do companheiro, que se apóia na coragem e na resignação da mulher. As
vibrações dissolventes acumuladas são atraídas para a região orgânica, em condições anormais e,
78
por isso, vemo-las congregadas como pequeninas nuvens em torno do órgão gerador, ameaçando,
não só a saúde maternal, mas também o desenvolvimento do feto.

Estupefato, ante os novos ensinamentos, reparei que. Anacleto chamou um dos auxiliares,
recomendando-lhe alguma coisa.

Logo após, muito cuidadosamente, atuou por imposição das mãos sobre a cabeça da enferma,
como se quisesse aliviar-lhe a mente. Em seguida, aplicou passes rotatórios na região uterina. vi
que as manchas microscópicas se reuniam, congregando-se numa só, formando pequeno corpo
escuro. Sob o influxo magnético do auxiliador, a reduzida bola fluídico - pardacenta transferiu-se
para o interior da bexiga urinária.

Intensificando-me a admiração, o novo companheiro, dando os passes por terminados, esclareceu:

- Não convém dilatar a colaboração magnética para retirar a matéria tóxica de uma vez. Lançada no
excretor de urina, será alijada facilmente, dispensando a carga de outras operações.

Foi então que se aproximou de Anacleto o servidor a quem me referi, trazendo-lhe uma pequenina
ânfora que me pareceu conter essências preciosas.

O orientador do serviço tomou-a, zeloso, e falou:

- Agora, é preciso socorrer a organização fetal. A alimentação da genitora, por força de


circunstâncias que independem de sua vontade, tem sido insuficiente.

Anacleto retirou do vaso certa porção de substância luminosa, projetando-a nas vilosidades
uterinas, enriquecendo o sangue materno destinado a fornecer oxigênio ao embrião.

Expressando minha profunda admiração pelo concurso eficiente de que fora testemunha,
considerou o generoso auxiliador:

- Não podemos abandonar nossos irmãos na carne, ao sabor das circunstâncias, mormente quando
procuram a cooperação precisa através da prece. A oração, elevando o nível mental da criatura
confiante e crente no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita nossa
tarefa de auxilio fraternal. Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em
toda parte, em nome de Nosso Pai. Em vista disto, meu irmão, o homem de bem encontrará, depois
da morte do corpo, novos mundos de trabalho que o esperam e onde desenvolverá, infinitamente, o
amor e a sabedoria, de que possui os germens no coração.

Em seguida, Anacleto passou a atender um cavalheiro, cujos rins pareciam envolvidos em crepe
negro, tal a densidade da matéria mental fulminante que os cercava. Aplicou-lhe passes
longitudinais, com muito carinho, e, finda a operação, observou-me:

- Um dia, compreenderá o homem comum a importância do pensamento. Por agora, é muito difícil
revelar-lhe o sublime poder da mente.

O chefe da assistência magnética ia estender-se, talvez, em considerações educativas, mas um dos


cooperadores do serviço aproximou-se e notificou-lhe, atencioso:

- Estimaria receber a sua orientação num caso de «décima vez». Trata-se do nosso conhecido, que
apresenta graves perturbações no baço.

Extremamente surpreendido, acompanhei Anacleto, que se dirigiu para um dos recantos da sala.

à nossa frente estava um cavalheiro idoso, que o orientador examinou com atenção. Por minha vez,
observei-lhe o fígado e o baço, que acusavam enorme desequilíbrio.

- Lastimável! -- exclamou o chefe do auxilio, depois de longa perquirição. - Entretanto, apenas


poderemos aliviá-lo. Agora, após dez vezes de socorro completo, é preciso deixá-lo entregue a si
mesmo, até que adote nova resolução.

E, dirigindo-se ao auxiliar, acentuou:

- Poderá oferecer-lhe melhoras, mas não deve alijar a carga de forças destruidoras que o nosso
rebelde amigo acumulou para si mesmo. Nossa missão é de amparar os que erraram, e não de
79
fortalecer os erros.

Percebendo-me o espanto, Anacleto explicou:

- Nosso esforço é também educativo e não podemos desconsiderar a dor que instrui e ajuda a
transformar o homem para o bem. Nas normas do serviço que devemos atender, nesta casa, é
imprescindível ajuizar das causas na extirpação dos males alheios. Há pessoas que procuram o
sofrimento, a perturbação, o desequilíbrio, e é razoável que sejam punidas pelas consequências de
seus próprios atos. Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos
deletérios em que se envolvem por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a titulo de
benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os
interessados, temos instruções superiores para entregá-los à sua própria obra, a fim de que
aprendam consigo mesmos. Poderemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.

Depois de ligeira pausa e sentindo que eu não me atreveria a interromper-lhe os preciosos


ensinamentos, Anacleto prosseguiu:

- Este homem, não obstante simpatizar com as nossas atividades espiritualizastes, é portador dum
temperamento menos simpático, por extremamente caprichoso. Estima as rixas frequentes, as
discussões apaixonadas, o império de seus pontos de vista. Não se acautela contra o ato de
encolerizar-se e desperta incessantemente a cólera e a mágoa dos que lhe desfrutam a companhia.
Tornou-se, por isso mesmo, o centro de convergência de intensas vibrações destruidoras. Veio ao
nosso grupo em busca de melhoras, e, desde há muitas semanas, buscamos orientá-lo no serviço
do amor cristão, chamando-lhe a consciência à prática de obrigações necessárias ao seu próprio
bem-estar. O infeliz, porém, não nos ouve. Adquire ódios com facilidade temível e não percebe a
perigosa posição em que se confina. Frequenta-nos há pouco mais de três meses e, durante esse
tempo, já lhe fizemos as dez operações de socorro magnético integral, alijando-lhe as cargas
malignas, não só dos pensamentos de angústia e represália que ele provoca nos outros, mas
também dos pensamentos cruéis que fabrica para si. Agora, temos de interromper o serviço de
libertação, por algum tempo. A sós com a sua experiência forte, aprenderá lições novas e ganhará
muitos valores. Mais tarde, receberá, de novo, o socorro completo.

Profundamente edificado com o processo educativo, ousei perguntar:

- Qual a medida de tempo estipulada para os casos dessa natureza?

O interlocutor, porém, assumindo atitude discreta, contornou a pergunta e respondeu:

- Varia de acordo com os motivos. O efeito obedece à causa.

Anacleto prosseguiu auxiliando, enquanto eu' me perdia em profundas considerações de ordem;


superior. Depois de partir os laços carnais, compreendemos, com mais clareza e intensidade, a
função da dor no campo da justiça edificante. Aquela permanência de minutos, junto ao serviço de
assistência magnética, renovava-me as concepções referentemente a socorros e corrigendas. O
Senhor ama sempre, mas não perde a ocasião de aperfeiçoar, polir, educar...

Foi Alexandre que, ao reaproximar-se de mim, chamou-me à realidade. Os trabalhos haviam ter-'
minado.

Abraçando-me, às despedidas, Anacleto acentuou:

- Será sempre bem-vindo. Volte ao nosso setor, quando quiser. Seu concurso ser-nos-á valioso
estimulo!...

Não encontrei expressões para corresponder-lhe à generosidade humilde, mas creio que o
devotado auxiliar compreendeu-me o olhar de profundo reconhecimento.

E, acompanhando o meu instrutor, de volta à nossa colônia espiritual, reconheci que meu
entendimento se dilatava, como se nova fonte de luz me borbulhasse no coração

Missionários da Luz- André Luiz (Espírito)

80
12- Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes

Passe

Definição: O Magnetismo, Passe ou Fluidoterapia, possui várias definições.

”É a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do


exercício” (KARDEC, Allan. Curas. In “A Gênese”)

“(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos
sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O
magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182)

“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o
passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos
orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são
do reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão
98)

O “passe” é a transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade.”


(Emmanuel: Segue-me, p. 99.)

“O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal


da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.” (André Luiz: Opinião Espírita)

Objetivos do Passe

Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e
procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio
orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.

Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males
orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a
cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas. Assim
sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos tratamentos
espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse sentido, a
Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio
transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater
os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada
sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa forma ela
consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com
a mudança de sua ótica em relação a elas.
Jacob Melo, relaciona os objetivos do Passe, segundo:

a) Em Relação ao paciente

O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual do


paciente

b) Em Relação ao médium

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Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar por
melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de melhor favorecer
aos objetivos do Passe.

c) Em relação ao Centro Espírita

Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços do passe,
mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos, simpósios e
treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se eximindo da
limitação.
O Centro Espírita, "para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de estudo, de
fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina
Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretende servir”.
(Reformador de 1992, editorial)
A aplicação do passe deve, portanto, guardar coerência com as orientações doutrinárias,
fundamentadas na Codificação Kardequiana.

Tipos de Passe

Podemos classificar o Passe:

A) Quanto à fonte do fluido

1 – Magnético - É o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os seus próprios


fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do corpo do médium diretamente para o
corpo do enfermo, sem que os fluídos sofram interferência ou modificação. Nesse tipo de
passe normalmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem os mais
necessitados.

2 – Espiritual - É o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance de nossa
vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo tempo. No passe espiritual o
necessitado não recebe fluídos magnéticos do médium, mas outros, mais finos e puros,
trazidos dos planos superiores, pelo espírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não estar
misturado ao fluído animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras
modalidades de passe. Com isso, pode-se compreender que os resultados conseguidos nas
reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e
desencarnados, são bem maiores do que aqueles conseguidos em nossas residências,
contando somente com a ajuda do nosso anjo guardião.

3 - Misto - É o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da espiritualidade. A


combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus efeitos bem mais
salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda
de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.

Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos encarnados e também


ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluídos.

B) – Quanto ao Alcance do Fluido

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1 – Magnético - Objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou perispirituais, aí
se incluindo os passe espirituais praticados pelos espíritos diretamente em desencarnados
com o fim de recuperar deficiências ou limitações “físicas” naqueles.

2 - Passe Espiritual - Destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual,


principalmente daqueles cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes de
desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas reuniões de
desobsessão.

3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do ser, ou
seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não apenas a nível
perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão igualmente a intimidade
do espírito, ainda que por via perispiritual.

C) Quanto à técnica

1 – Passe Magnético – entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do


magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos nem para que fins se destinam,
nem quem o aplique.

É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética
existente no próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-
lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua capacidade de doar
fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os
Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos
mais carentes.

Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passista ou
magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec,
em "O Livro dos Médiuns", questão 176 : "...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o
bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

2 – Passe Espiritual – é aquele onde o médium utiliza, como técnica, apenas a prece, a
irradiação (a distância) ou, no máximo, a imposição de mãos sem movimentos e sobre a
cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele em que o médium não necessitaria ter tantos
conhecimentos de técnicas pois sua ação seria essencialmente mental.

É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente
no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não
recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos
superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-lo.

Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado
que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos
oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de
encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos
contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.

a) Captação;

b) Imposição da mão direita sobre o coronário;


83
c) Transversais cruzados;

d) Transversais simples;

e) Longitudinais;

f) Imposição (final).

Obs.: os fluidos devem ser direcionados, por três vezes consecutivas, aos Centros de Força
FRONTAL, GÁSTRICO E GENÉTICO. Os dirigentes de trabalho devem observar atentamente
as posições de tais centros e os possíveis erros de energização, principalmente com relação
aos transversais cruzados e aos transversais simples, no sentido de corrigir a posição
irregular dos médiuns passistas.

3 – Passe Misto – é aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição de mãos
seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de uma passe com técnicas variadas
após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do entendimento, diríamos que
tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica antes e/ou após a imposição de mãos,
intercalada por técnicas outras.

É uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos do passista com os da


Espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus
efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos
necessitados.

Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos encarnados e


também ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles agem
aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluidos.

Mas para que se possa contar sempre com a ajuda dos bons Espíritos, é necessário observar
os cuidados já ditos anteriormente sobre a depuração íntima de cada um dos que estão
imbuídos do desejo de fazer o bem.

"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais
saudáveis; desde que esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores,
então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a evocação
são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé.
Para que a prece seja escutada é preciso que seja feita com humildade e
dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade. Ora, não há
verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse" -
(Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).

Outra classificação muito usada, diz respeito à forma de aplicação considerando o tamanho
da equipe de médiuns e a quantidade de pacientes, desse modo o passe pode ser:

1 – Passe Individual – é aquele em que o paciente recebe o passe individualmente. Nesta


modalidade, o médium pode utilizar as técnicas específicas de acordo com as necessidades
de cada paciente, enquanto os Espíritos manipulam os fluidos com o mesmo objetivo.

2 - Passe Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à


multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados, recorre-se ao
passe coletivo. Uma vez que o principal neste processo de ajuda espiritual é a sintonia do
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candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas durante a palestra ministram
bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na ocorrência
deste fenômeno enquanto beneficiado.

Tipos de Pacientes
Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo o mais
que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e
desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos
para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são
injustificáveis.
Como homens, sabemos que a administração do patrimônio orgânico é tarefa pessoal e
intransferível, estando não apenas sua manutenção sobre nossa responsabilidade, mas,
igualmente sua conservação dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza nos
indica. Emmanuel em o Consolador salienta que: “Quando, porém, o homem espiritual
dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na
excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de
forças e possibilidades espirituais juntos das almas”.
As Casas Espíritas que possuem o trabalho de passe ou de tratamento pelo magnetismo,
costumam ser muito procuradas por vários tipos de pacientes com os mais variados tipos de
problemas, de modo que se torna necessário procurar entender a origem da problemática de
cada um deles. É por este motivo que podemos classificar os pacientes que procuram este
serviço. Jacob Melo classifica da seguinte maneira.

A) Pacientes com problemas físicos - Incluem os pacientes que apresentam problemas


orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja puramente físico. Subdividiremos este
grupo de pacientes em três:

1 – Doenças contagiosas - O passista não deve negar atendimento a essa categoria por
medo de contágio, todavia devemos ter o bom senso de não expor alguém que venha em
busca de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será cristão dispor o contagiante que
igualmente busca ajuda, ao ridículo da execração de outrem. A prudência nos sugere
discernimento e tato.

Certos cuidados devem ser observados no tocante aos pacientes portadores de doenças
contagiosas. O atendimento deverá realizado em um ambiente separado dos demais
pacientes, principalmente se houver no recinto crianças, gestantes ou idosos ou ainda
pessoas com baixa imunidade.

2 – Doenças não contagiosas - O paciente aqui enquadrado não expõe outros a risos de
contágio, seu atendimento poderá ser feito tanto de forma individualizada quanto em grupo,
dependendo do tratamento e das técnicas a serem usadas.

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3 – Doenças desconhecidas – Buscar informações via receituário da Casa Espírita bem
como junto ao próprio paciente ou acompanhantes, ou ainda através da intuição espiritual e
do tato magnético.

Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que deverão
continuar indo às consultas normalmente. Da mesma forma, se estiverem fazendo uso de
qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, deverá ser mantido, pois jamais devemos
sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias medicamentosas.

B) Pacientes com problemas espirituais

Origem perispiríticas - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem sempre ser
possível grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia.
Origem obsessivas – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida, estando
a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do paciente, deve
envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue.
Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento seu
veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra, extremamente
refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas desarmonias que são
geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe favorece uma
mentalização equilibrada e constante no bem.
Pacientes com ambos problemas - Verificamos aqui, os pacientes com problemas físicos
(orgânicos) e psíquicos (espirituais)

Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca, descartar
o tratamento da medicina convencional para alguns casos.
Através do estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos avaliar a maior valência
do problema do paciente para bem direcionar o tratamento.

A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta, por
parte do paciente e do passista.

A POSTURA DO PACIENTE DO PASSE


 
O receptor do passe precisa ser colocado em estado de confiança e de simpatia com o
tratamento fluidoterápico, em adequada sintonia vibratória com o passista.
O primeiro cuidado que o paciente precisa, antes de ser levado ao passe, é o da preparação
evangélica, até onde possam penetrar os ensinos do Mestre Jesus, para que o processo
fluidoterápico encontre melhor ressonância. Esse estudo pode ser individual e também
durante as sessões da Casa Espírita.
É preciso incutir-lhe uma posição mental de reequilíbrio. No entanto, quando se depara com
um estado mental impenetrável, face ao desequilíbrio do paciente, recorramos ao auxílio
espiritual, até que se abra uma possibilidade de intervenção direta.
Está confirmado pela experiência que o passe será tanto mais eficiente quanto maior for a
adesão do doente, convencido da força moral de seu benfeitor, sem esquecer a questão do
86
merecimento. Nesse aspecto, verifica-se o determinante nas leis de justiça e de amor,
vinculado tanto ao presente quanto ao passado espiritual de cada um.
O Ministro Clarêncio, no capítulo inicial do livro de André Luiz "Entre o Céu e a Terra",
afiança-nos que
"em nome de Deus, as criaturas, tanto quanto possível, atendem às criaturas. Assim
como possuímos em eletricidade os transformadores de energia para o adequado
aproveitamento da força, temos igualmente, em todos os domínios do Universo, os
transformadores da bênção, do socorro, do esclarecimento..."
Os transformadores energéticos precisam estar devidamente conectados com seus
receptores, para fluir a energia e dar vazão aos seus efeitos. Para que essa conexão
aconteça e a adesão se consolide é preciso que o assistido elimine pensamentos negativos,
abstendo-se da ironia, da descrença, das vibrações anti-fraternas, das preocupações
meramente materiais e outras situações do gênero, para que não ofereça obstáculos à
recepção dos fluidos benfazejos que lhe serão ministrados.
Para o bem do próprio necessitado, é importante alimentar uma conduta mental de
compenetração respeitosa, de recolhimento reflexivo, de respeito a todos os que estão
envolvidos na mesma intenção de benefício, de fé racionalizada nas possibilidades daquilo
que busca.
Se alguns tratamentos não produzem os frutos que seriam almejados, é porque a lei de causa
e efeito é uma lei justa; mas, mesmo sem a recomposição orgânica, é comum, pela
evangelização, alcançarmos verdadeiros prodígios no campo da harmonia interior, com
renovação de ânimo que, por si só, nos projeta à condição de beneficiados.
 

Assistência Espiritual
a) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – A1:

Para os casos de natureza leve (1.º grau) - angústia; desvios da


personalidade do indivíduo; erros de educação; pessoas que acham que o mundo tem
obrigação de resolver seus problemas; inibição; inquietação. (Não há influência de Espíritos:
são erros e falhas pessoais; o próprio indivíduo precisa corrigir-se).

b) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – A2:

Para os casos de natureza espiritual mais profunda (2.º grau) – perturbações e envolvimentos
de fundo mediúnico; desespero; melancolia; cólera; revolta; problemas de mediunidade
(visões, arrepios etc.); melindres; constante depressão nervosa; diversas fobias (medos);
indefinição religiosa. ASSISTÊNCIA RECOMENDADA: Palestras evangélicas; higiene mental
(melhorar o pensamento); reforma íntima (mudança de hábitos). Assim, o obsessor e
obsedado terão ajuda recíproca.

c) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – A3:

Destinada aos casos de natureza ainda mais profunda (3.O grau): - Influências espirituais
intensas; tensão nervosa; stress; chamamentos; dores intensas no bulbo e no frontal;
pesadelos; mania de perseguição; ódio; confusão doutrinária; inconformação com a vida.
ASSISTÊNCIA RECOMENDADA: Choque Anímico ou choque de amor, para o
encaminhamento de obsessores.

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d) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – P1/P2

Destinada aos casos de enfermidades materiais e espirituais.

P1 - Tratamento material orgânico (para doenças em geral que lesam o organismo);


P2 - Tratamento de enfermidades espirituais (perseguição e obsessão).

e) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – P3A

Destinada ao tratamento material orgânico. Muito mais profunda que a Assistência P-1.
Promove o refazimento do organismo depauperado por enfermidades longas, principalmente
no pós-operatório.

f) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL – P3E

Destinada aos casos de natureza espiritual bem mais profunda e é composto da doutrinação
dos Espíritos e o reequilíbrio orgânico, através do reforço áurico.

g) ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL À CRIANÇA – P4

A assistência espiritual P4, divide-se em:

P4/1: destina-se a crianças com problemas de perturbações leves (ambiente familiar),


doenças próprias da idade, problemas de educação etc.
P4/2: destina-se a crianças com problemas espirituais oriundos de vidas passadas,
perturbações materiais e espirituais, doenças graves, distúrbios psicológicos etc.

13- TIPOS DE PASSE E AS TECNICAS

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As Técnicas

“O Passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança,


não só a quem o dá, como a quem o recebe”- Emmanuel.

Desde o inicio da civilização até os dias atuais criamos mitos para nos sustentarmos e
atender o comodismo arraigado que trazemos em nossa imperfeição. Quem não pensou um
dia que remédio para ser bom é aquele que é amargo ? E quem não ouviu dizer que passe
bom é aquele cujo passista sua, chia, estala e faz ahhh no final ? São verdadeiros mitos e
equívocos.

O passe tem sim, algumas técnicas, não gesticulações exageradas e encenações que visam
impressionar o paciente ou encobrir um falso saber.

Para Divaldo Pereira Franco algumas técnicas são válidas, mas não podem ser condições
ultra necessárias onde se troca os valores do Espírito pelas preocupações das fórmulas;
criamos rituais em que o sentimento cede lugar a aparência. A preocupação maior deve ser
com nossa saúde moral para transmitirmos o que temos de melhor.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda nos brinda com seu raciocínio e conhecimento,
dizendo-nos que “Conhecendo (...) o látego demorado da aflição, saiba que a primeira
providência ante o desespero é a do socorro que restaura o equilíbrio, para depois auxiliar na
técnica de remover-lhe a causa danosa ou, pelo menos, enfrentá-la”.

Daí inferirmos que, para o socorro imediato, de urgência, nada é tão superior quanto o
atendimento emergencial, sem maiores ligações com as técnicas da especialização; todavia,
os passos seguintes requerem-nas para tornar o atendimento completo. Por isso, revistamo-
nos da humildade e analisemos o valor das técnicas com isenção de ânimos a fim de
assumirmos, neste terreno, a parte que nos cabe : “Espíritas, instruí-vos.

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1. Duas regras importantes:

a) 1ª regra : Os passes magnéticos que pela origem do fluido ou da técnica empregada,


pedem seja observado o sentido das passagens das mãos sobre o corpo do paciente. Devem
ser executados sempre de cima para baixo, da cabeça aos pés, dos órgãos que estiverem
mais acima aos que estão mais abaixo. A ação contrária em vez de provocar uma
desmagnetização, provoca uma congestão fluídica generalizada com graves consequências,
inoportunas e prejudiciais. Sempre que houver movimentações de mãos sobre o corpo do
paciente, no final de cada percurso devemos afastá-las do mesmo, fechá-las sem fazer força
(sem necessidade de contração muscular, nem ficar a sacudi-las) e voltar ao ponto onde vai
ser reiniciado o percurso e só então, reabri-las para seguir novo caminho ou mudar de
técnica.

Mesmo sabendo que é a mente, o pensamento que organiza, libera e orienta os fluidos, é
pelas mãos que fluem sem parar, durante o trabalho do passe, os fluidos que estão sendo
manipulados. O fechar a mão por reflexo fisiológico, interrompe a perda ou fuga fluídica. O
retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo natural cria bloqueios
e/ou concentrações congestivas em vários setores dos centros de força que transmitidos ao
corpo causam vários tipos de mal-estares e outras consequências.

Quanto à “congestão fluídica”, lembremos que os Centros de Força são estruturas do


perispírito com a função de receberem e liberarem energia. Como os fluidos magnéticos
(animais ou espirituais) são de origem externa ao paciente e seu ingresso se dá no sentido
dos campos magnéticos criados pelos centros de força, isso nos faz concluir que a corrente
magnética percorre o corpo de cima para baixo. Como as captações fluídicas por ocasião do
passe se verifica no sentido cabeça/pés, o retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no
sentido contrário ao fluxo natural, congestiona os vários setores dos centros de força,
transmitindo ao corpo desconforto e sensação incômodo ou mal estar. Para solução de
problemas de congestão fluídica, temos os passes dispersivos que, na maioria das vezes, são
suficientes para restabelecerem o fluxo natural dos fluidos e o campo energético dos
pacientes.

b) 2ª regra: O Passista deve entrar em sintonia com o paciente (relação fluídica) pela oração
e por uma imposição de mãos procura combinar suas vibrações fluídica, psíquica e mental
com o mundo espiritual que o assiste para melhor absorver as energias daquele plano, ao
mesmo tempo em que deve nutrir o desejo sincero e a vontade firme de ajudar o seu
paciente. A empatia é muito importante neste relacionamento e muitas vezes, a grande
responsável pela melhora do assistido.

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IMPOSIÇÃO DE MÃOS

Trata-se de técnica concentradora de fluidos, dependendo da distancia da aplicação efetuada,


funcionará como concentradora e bastante ativante se aplicado de perto do paciente - e
calmante se aplicado de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos pesados,
facilitando a circulação sangüínea.

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Esta é a técnica mais comum e universal de se aplicar um passe. É igualmente tão simples
que não há muito o que se aprender: basta estender os braços para a frente do corpo, pondo
as mãos sobre a cabeça do paciente, ou sobre outra parte que se deseja magnetizar, ficando
as mãos espalmadas para baixo, sem contração ou enrijecimento muscular, sem se fazer
força ou se posicionar tipo estátua. A partir daí, manter-se firmemente em oração, pedindo ao
Senhor bênçãos para o paciente, acionando a vontade de ajudar, de transmitir bons fluidos,
de favorecer à fluidificação espiritual e esquecer qualquer vaidade, orgulho, rancor ou
problemas materiais. Existe também a imposição de mãos localizada, que é uma derivação
das técnicas do magnetismo, é usada sobre órgãos afetados ou sobre os centros de força.

Como, via de regra, o paciente está com seu campo fluídico desequilibrado ou
desarmonizado, quase sempre é conveniente fazer-se, antes, uma dispersão fluídica. Mesmo
na imposição de mãos este recurso é muito válido, pois com a dispersão extraímos ou
reordenamos os fluidos desequilibrantes ou desarmonizadores. Os passistas digitais, que
acima explicamos vão tender a deixar os dedos levemente baixos em direção ao ponto de
será fluidificado, e os passistas palmares concentrarão melhor as palmas das mãos, com os
dedos sem qualquer arqueadura.

Observações importantes:

As imposições, quando se tratando de inflamações, infecções e cânceres, requerem a


aplicação de passes dispersivos ou de distribuição na localidade onde foi efetuada a
fluidificação:

Mas qual a função neste particular dos passes de distribuição ou dispersivos?

1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos pelo a área afetada pela infecção ou
inflamação e

2 evitar que algumas emanações fluídicas desarmonizadas da área afetada impregnem as


mãos do passista, sobretudo lembrando que a concentração por imposição gera um elevado
campo magnético, com isso uma grande corrente de energia circulando entra as mãos do
passista e a região onde se esta fluidificando.

A imposição carrega de fluidos e por ser caracteristicamente concentradoras esta técnica,


sendo praticada onde se demora muito sobre o coronário podem provocar tonturas dores de
cabeça no paciente, ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar sérios
embaraços magnéticos, neste caso também recomendamos, os dispersivos intercalados com
as imposições nas áreas fluidificadas, buscando evitar essas sensações, pois como veremos
abaixo os dispersivos ou como é costumeiramente chamado os passes de limpeza ou
distribuição, auxiliam realmente na maior assimilação e distribuição energética por todo o
corpo, como também na retirada dos excessos.

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PASSES LONGITUDINAIS

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental
desta aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passista e
veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo
vibratório.

Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os distribuem, mas quando ultrapassam as


extremidades ( pés e mãos), os descarregam.

Conforme o nome sugere a direção de sua movimentação: ao longo de - é também


chamado passe de extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos com movimentos e
não com as mãos fixas sobre um só ponto.

Esta técnica é muito rica entre todas as outras técnicas. Dependendo da velocidade e da
distância com que são aplicados, os longitudinais atendem todos os padrões e técnicas
estabelecidas pela combinação desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e próximo
terá características concentradoras de ativantes e se lento e distante, funcionará como
concentrador de calmante. Os movimentos do passe, através da força mental, é que irão
conduzir, ou melhor dizendo, direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas
concentradoras acumularam.

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Os longitudinais, quando usados como dispersivos ou passes de distribuição geral, são
excelentes para promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo
vibratório do paciente para absorção do mesmo, restabelece a harmonia das vibrações
anímicas e físicas, auxiliando nas dores, todavia na resolução de problemas de transe
mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz necessária muita
movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para
estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso
desta técnica para atender a praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as
especialidades que solicitam técnicas mais objetivas.

Ao finalizar cada movimento as mãos se fecham e procede-se à sua descarga fluídica com
movimentos vigorosos para baixo, abrindo e fechando as mãos como se quisessem livrá-las
de algo que a elas tivesse aderido. Dedos unidos, voltar as mãos, com rapidez, à imposição
inicial; recomeçar a aplicação do passe.
Quando aplicados lentamente (média de 30 segundos da cabeça aos pés) e a uma distância
média de 5 a 15 cm, saturam o paciente de fluidos e, por isso mesmo, são muito ativos e
excitantes; quando aplicados lentamente a uma distância de 15 cm até mais de 1 metro, se
tornam calmantes.
Os passes longitudinais, também conhecidos como de grande corrente, quando feitos
rapidamente (cerca de 5 segundos para o percurso cabeça/pés) e a uma distância de 15 cm a
mais, tem notável poder dispersivo e sua ação também é calmante além de regularizar a
circulação sanguínea.

Apesar dos longitudinais serem feitos, geralmente, da cabeça aos pés, também podem ser
executados apenas em certas partes do corpo. Podemos, assim, usar os longitudinais só para
as pernas, só para os braços ou tronco.

O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é composto de três movimentos:

O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é estabelecido o contato
entre as correntes magnéticas, do passista e do receptor.

Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e


com a necessária flexibilidade para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve
ser rigorosamente observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às
correntes, isto é, de baixo para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir, uma
verdadeira "desmagnetização", verificando acima de tudo que este movimento, digo, de baixo
para cima, causaria uma força contrária a rotação natural dos chacras dificultando a
assimilação e levando os chacras a não absorverem e manterem os fluidos nas suas
periferias. Todavia acontecendo tais movimentos errôneos, é necessário aplicar alguns
dispersivos ou comumente chamado os passes de distribuição, movimentando os fluidos
presos nas periferias dos chacras devido os movimentos terem sido de baixo para cima.

Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito
apressado, até o ponto terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o
cuidado de fechar as mãos e afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao
ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos
arrastados pelas mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a
eliminação dos fluidos negativos da mesma, para baixo ou para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das
mãos, se realiza a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário
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imprimir força ao mesmo. Com relação a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte
comparação: Na frente do paciente existe uma linha contendo gotas de orvalho que descerão
sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de doação.

Poderemos verificar que existe uma mescla acima do Passe Longitudinal com as
Imposições.

Normalmente este modalidade, onde encontramos a imposição com os longitudinais, servem


para os pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito
fluídico pelos centros vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio das funções
nervosas, quando necessita de reforço fluídico para uma maior harmonização entre todos os
centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como poderemos ver: com uma das mãos
fazemos uma imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a outra iremos fazer um
longitudinal, a partir do centro vital onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim,
dispersivos gerais. Ressaltamos, ainda que ao final dessa técnica de conjugação, devemos
fazer dispersivos localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o mesmo poderá reter uma
carga grande de fluidos, pois, enquanto uma mão faz o longitudinal a outra é fixada sob o
chacra desarmonizado. Depois do dispersivo localizado no chacra desarmonizado
aconselhamos um dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.

PASSE COLETIVO

Caracteriza-se esta modalidade, quando o número de passistas é insuficiente para atender a


todos os frequentadores individualmente, pode-se lançar mão deste recurso como medida de
emergência. Realiza-se esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção evangélica,
pedindo a todos os passistas presentes que doem fluidos aos trabalhadores do plano
espiritual e mentalizem as aplicações dos passes necessários a cada paciente.

Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente, imaginando os passistas aplicando os


passes através das projeções mentais sob os pacientes no recinto.

PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES

Mais conhecidos como irradiações, são emissões fluídicas feitas à distância, sem a presença
física do paciente. Muita gente usa fazer relação de nomes de pessoas a serem atendidas e
entrega, coloca ou a envia para que “os outros” façam as irradiações, assim desvencilhando-
se de uma responsabilidade mais direta no processo de ajuda e permuta fluídica. A eficiência
das irradiações nesse método é deveras questionável. O ideal é que o paciente saiba do
atendimento à distância e que na hora marcada também esteja em sintonia, sobretudo,
“queira receber” os fluidos, o atendimento, o passe à distância.

Nesta modalidade, comumente verificamos uma equipe de médiuns que visitam hospitais e
que na busca do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a distância para aqueles
enfermos visitados nos hospitais.

O médium sintonizado com o necessitado, a distância canaliza igualmente fluidos salutares e


benéficos. Os doentes são beneficiados não somente em virtude dos fluidos dirigidos
conscientemente pelos encarnados como pelas energias extraídas dos presentes pelos
cooperadores espirituais.

O passe a distância entretanto é praticado da seguinte maneira :

Concentração e prece

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Idealizar a figura material do doente – se for conhecido – dando como presente; ou, então,
imaginar sua figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.

Fazer sobre essa figura, imaginada ou ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com
uma prece.

À pergunta se o passe pode ser ministrado à distância, o Espírito Áulus ("Nos Domínios da
Mediunidade", Cap. 17) responde:
- "Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que
recebe. Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam no
trabalho de auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o
melhor veículo da força curadora."

Quando não for possível cumprir a tarefa nas condições consideradas ideais, a caridade
determina que se promova a irradiação da nossa vontade em favor do enfermo, transferindo
os fluidos terapêuticos através da prece de intercessão, a fim de poder contar com o apoio
indispensável dos bons Espíritos, para o sucesso do empreendimento.
 

MAGNETIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO: observa-se que a magnetização do paciente, mesmo


a estimulada, independe da "técnica" ou da "gesticulação" do operador. Depende
essencialmente da forma pela qual o cliente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa
sugestionar. A padronização da FEESP foi criada sob a orientação dos Espíritos Benfeitores,
de acordo com conhecimentos científicos do corpo físico e do corpo espiritual, para
proporcionar maior vantagem e melhor aproveitamento de tempo e espaço, além da
necessidade de atender a um número cada vez mais elevado de pessoas.

TRANSVERSAL
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Técnica essencialmente dispersiva, por este fato muito eficiente quando aplicada com
conhecimento.

Técnica essencialmente dispersiva. Requer um jogo de mãos e braços mais rápidos e pede
bastante espaço lateral para sua execução. Funciona com os braços estendidos
paralelamente e as mãos voltados para o ponto que se deseja dispersar, abrindo-os em,
seguida com rapidez e vigor. Depois dos braços abertos recomenda-se fechar as mãos
voltando ao ponto onde se deseja fazer nova dispersão. É ação efetiva para dispersão de
fluidos acumulados e interromper transes do paciente.
.

Como a maioria das Casas Espíritas são pequenas e suas salas de passes apertadas, já aí
temos um grande inconveniente; além do que, seria um risco ter-se outro passista por perto,
pelo risco de impacto entre eles ou mesmo entre o passista e o paciente.

Funciona basicamente, com os braços paralelamente esticados sem enrigecimento dos


mesmos e as mãos voltadas em direção ao ponto que se deseje aplicar o transversal,
abrindo-os com rapidez e vigor. Tendo bastante cautela quanto a distância tomada entre as
mãos e o corpo do paciente, para não batermos no mesmo.

Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama de um companheiro e jogássemos para


longe, de forma que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à
altura da cabeça, peito e ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de dispersão das
energias maléficas impregnadas no campo vibratório do paciente. Depois de abertos os
braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde se deseje fazer nova
dispersão.

Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de
introjetar fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se
estamos fluidificando.

Podemos ainda, verificar uma ramificação da técnica ora estudada é o :

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Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo procedimento, só que em vez dos braços
ficarem estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do paciente, sempre em direção
ao ponto que se deseje dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos dispersivos que
produzem como que um choque que desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o
doente, movimentando as agregações fluídicas obsessor-doente.

Interessante salientar, que pelo vigor com que é praticada, essa técnica deveria cansar muito
o passista, mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o efeito positivo dos
dispersivos no paciente traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.

No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar, ou que esteve sob efeito de
hipnose ou sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria
consciência e até as vezes do próprio corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra
frontal, com bastante vigor e atenção por parte do passista. Geralmente o efeito desta prática
é muito rápida. Os braços como acima vimos devem se estender completamente no sentido
lateral.

PERPENDICULAR

Também prática geralmente usada para dispersar, onde o seu poder é mais consistente, pode
também ser útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu funcionamento solicita
que o paciente esteja formando um ângulo reto com o passista, no campo das concentrações
fluídicas deve ser aplicado com velocidade muito lenta.

O passista passará as mãos simultaneamente , uma pela frente e outra pelas costas,
perpendicularmente, sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no sentido de
dispersar.

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O passista faz um giro em torno do paciente para formar o ângulo adequado da aplicação e
posiciona uma mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela parte de trás, descendo
as duas juntamente de cada lado do corpo, até os pés

Lamentavelmente, como bem se percebe, oferece inconvenientes quando incorporados à prática do


passe espírita, principalmente pelo fato de ficar mudando, o passista, de posição, e da conveniência
de essa técnica requerer estejam, preferencialmente, os dois, passista e paciente, em pé.

Observações:

1 Quando formos usar o perpendicular como concentrador de fluidos, deveremos movimentar


as mãos ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito lenta, conforme algumas
experiências, em torno de 8 segundos, da cabeça aos pés.

2 Verificamos patentemente a existência de sub-chacras em nosso em nosso corpo fluídico,


pois, conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma forma patente de se verificar
esta técnica é o fato de nas reuniões mediúnicas os passistas atenderem os companheiros
em trabalho mediúnico pelas costas, com resultados sempre satisfatórios, indicando acima de
tudo o interligamento dos chakras.

Verificamos algo mais, que sempre as imposições feitas para facilitar as manifestações
mediúnicas são, quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral. (região localizada
entre a nuca e as omoplatas). O umeral também esta em relação com a medula espinhal,
exerce influência sobre as tensões musculares, atua também na parte do sistema nervoso.
Verificamos, ai, que dispersivos localizados nas costas através dos perpendiculares, são
extremamente eficientes.

CIRCULAR OU ROTATÓRIO

Como podemos deduzir, é a técnica definida que usa de movimentos circulares.

Esta técnica é definida como concentradora, mesmo quando feitos em giros mais rápidos.

100
Mas. Por quê? Ë bastante simples.

Como os centros de força, conforme tivemos a oportunidade de estudar, giram no sentido


horário e as mãos, quando operando esta técnica de circulares ou rotatórios, giram nesse
mesmo sentido, contribuem para um tempo maior de captação, de forma que o incremento de
velocidade das mãos nos circulares tornarão esses passes mais concentradores.

É verdade, conforme nos dizem os grandes estudiosos da matéria como Jacob Melo (O
Manual do Passista), “que existe um limite para o aumento deste poder concentrante, todavia
não sabemos definir ainda com precisão até que ponto o incremento de velocidade repercute
no aumento do efeito concentrador”. O que na verdade verificamos, é que a ponderação
deverá seguramente ser a diretriz para qualquer passista, principalmente sabendo que poderá
causar danos magnéticos ao paciente, no caso da demora.

Veremos dois grupos de aplicação nesta modalidade:

1 Circulares normais - são executados com as mãos, com os braços sem movimentos.

Como esses passe são além de concentradores, muito ativantes, deverão ser aplicados muito
próximos ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam levemente arqueados em
direção a esse ponto, com a palma girando, sempre em sentido horário.

Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a mesma, fechando-a, suspendendo-a na


amplitude que a munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e reinicia-
se o círculo outra vez, repetindo o processo até que a fluidificação esteja concluída.

Estes passes são executados com a palma das mãos ou com os dedos, com movimentos rotatórios
palmares e digitais lentamente, operando-se movimentos circulares no sentido horário, de maneira
localizada e a uma altura (distância) de aproximadamente 10 a 15 cm. Quando aplicados com os
dedos, estes deverão estar voltados ao ponto que se deseja magnetizar, sem rigidez ou contração
muscular. São muito ativantes e, por isso mesmo, muito utilizados quando se pretende tratar
ingurgitamentos, abcessos, obstruções, irritações intestinais, cólicas, supressões e males em geral do
baixo ventre.

2 As aflorações - esta solicita o movimento do braço e do antebraço. Normalmente, as mãos


ficam espalmadas, sem contrações, ou com o dedos levemente arqueados.

Como esta técnica é mais utilizada para grande regiões, pratica-se movimentando o braço no
sentido de giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido horário e a pequena distância.
Normalmente o giro é feito de forma contínua, mas se houver por alguma motivo interrupções,
as mãos deverão ser afastadas, fechadas e depois, no reinicio do passe, repousadas no
mesmo ponto em que a floração será reiniciada.

Uma variação desses passes, conforme nos observa Michaelus, são conhecidos como “fricções sem
contato” ou “afloração”. A diferença entre estes e os circulares é que aqui fazemos uma espécie de
massagem psíquica e não apenas rotações. Por isso estes podem ser palmares, digitais, longitudinais
e rotatórios, e têm finalidades idênticas aos circulares propriamente ditos. No caso dessas fricções, as
palmares são feitas com as palmas das mãos, em cheio, os dedos ligeiramente afastados, sem
crispações e sem rigidez. As digitais, com a mão aberta, ficando os dedos ligeiramente afastados e um
pouco curvados, evitando-se contração e rigidez, com o punho erguido. As longitudinais são
executadas com a mão aberta, como nas fricções palmares, ou somente com as pontas dos dedos,
como nas fricções digitais, ao longo dos membros do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um
minuto da cabeça aos pés), e no sentido das correntes, isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto
dos nervos e dos músculos. As rotatórias são feitas igualmente com as palmas das mãos ou com a
ponta dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros do relógio. Não

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devemos esquecer que, ao retornar as mãos ao ponto de partida, o operador a conservará fechada e
afastada do corpo do paciente.

“Os passes circulares, são muito eficientes em processos de inflamações em pequenas


regiões, problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.

No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar muito atento ao sentido do giro, pois
nosso automatismo fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o sentido horário e
a outra o anti-horário. Em caso de dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo em
seguida, adicione a outra, que deverá seguir o mesmo sentido da anterior. Lembrando que os
circulares em sentido anti-horário causas congestões fluídicas, provocando mal-estares. E
dependendo do tempo da magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.

As aflorações também podem ser aplicadas como se fossem longitudinais. Neste caso, os
círculos seriam feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça aos pés, com os
braços girando em sentido horário”. (Jacob Melo – O manual do Passista)

Passes de Dispersão Circular


Por serem muito excitantes e na maioria das vezes atuarem em regiões físicas muito restritas,
normalmente, após a aplicação de quaisquer das variedades dos circulares, se verifica uma
concentração fluídica localizada muito forte, requerendo, por isso mesmo, uma dispersão também
localizada e muito ativa. Para tanto, uma dispersão muito própria existe: põe-se a mão sobre o ponto
que se quer dispersar, à mesma distância que se usou para o passe ou até mais próximo, com a
palma voltada ao ponto que quer dispersar, arcando-se os dedos para cima, inteiramente abertos,
firmes e imóveis, como se se quisesse dobrá-los para trás. Nessa hora perceberá nitidamente os
fluidos vindos do ponto observado como que penetrando no meio da palma da mão e a esvaírem-se
por seus dedos, em direção ao espaço.
Além de dispersiva, esta técnica é excelente para fazer cessar dores localizadas, resolver tumores e
inflamações.

Atentemos, porém, para a nossa posição mental, pois não é o simples arcar de dedos que fará fluir
fluidos dispersáveis; nossa disposição e comando mentais nesse sentido são indispensáveis.

SOPRO ou INSUFLAÇÃO

Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes
afetadas do paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é
necessário que o passista aspire ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá
Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo obtê-la através de exercícios de
respiração profunda.

André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O Sopro, nos diz

“Nossos técnicos não se forma de pronto. Exercitam-se longamente,


adquiririam experiência a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar.
São servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganharam
remunerações de vultos e gozam de enorme acatamento mas, precisam
conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos
carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o
homem tenha estômago sadio, a boca habituada a falar o bem, com
abstenção do mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a
esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e
curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na Crosta, a saúde, o
conforto e a vida”.

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Divide-se em dois grande grupos:

1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força
que se imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a uma relativa
distância da região que se deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que se queira
apagar.

O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é
acalmar) e rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente
de um sono magnético, sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de
espírito). Poderemos verificar, que nesta aplicação o centro laríngeo será o grande usinador
de fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou desarmonia.

2 Quentes - ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de ativantes. São


aplicadas o mais próximo possível da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma
lâmina que quiséssemos embaçar.

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É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os
lentamente, até esgotar o ar.

Findando a insuflação, afasta-se a boca do local, respira-se normalmente algumas vezes e


depois, com os pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.

Verificamos que esta modalidade de insuflação deverá ser é extremamente desgastante para
o passista, podendo até causar tonturas leves.

Cuidados na Aplicação:

Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais principais; após um máximo de duas
insuflações quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo
exceções, nunca faça mais de 5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito
grande.

Além da boca sadia, tenha um hálito mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz
acima.

Antes dos passes evite alimentos pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e
evite fazer insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.

Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar falso.

Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de
eficiência em tratamentos de inflamações e infeções em pequenas regiões (tumores
localizados, feridas com dificuldade de cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito
concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno de cargas fluídicas densas para a
fonte.

Assim é muito importante fazer sempre uma intercalação com dispersões localizadas,
inclusive algumas delas sendo feitas por insuflações frias à pequena distância, como também

104
o uso de flanela fina para melhores cuidados (com essas precauções evitamos possíveis
agregações fluídicas desarmonizadas à boca do passista)

Distância e Velocidade
Em termos de prática e de técnicas, as condições de distâncias e velocidade com que são aplicados
os passes repercutem, sensivelmente para os efeitos do alcance dos fluidos.
a) Quanto mais perto (dos imites da aura) passarmos as mãos, mais energizantes, mais ativantes
serão os passes.
b) Quanto mais distantes, mais calmantes serão os efeitos
c) Quanto mais lentos, mais concentradores de fluidos
d) Quanto mais rápidos, mais dispersivos.

Para escolher a técnica mais apropriada a cada caso, portanto, é importante saber estabelecer a
distância e a velocidade ideal do passe.

Desse modo teremos:

Quanto à distância os passes podem ser:


1 – Ativantes
2 – Calmantes
Quanto à velocidade:
1 – Dispersivos
2 – Concentradores
Combinação entre eles
1- Dispersivos ativantes
2- Dispersivos calmantes
3- Concentrador ativante
4- Concentrador calmante

O AUTO PASSE
O auto-passe

É uma prática muito conhecida, mas que merece reflexões. Enquanto técnica geral de magnetismo,
sua justificativa é questionável. Para ser magnetizador é necessário estar harmonizado, porém se
necessita receber passes é porque está desarmonizado. Logo, um caso exclui o outro. Mais
importante o uso de técnicas de auto-passe é a postura mental e até psico-fisiológica da pessoa,
voltada ao equilíbrio e à harmonização de si mesmo.

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Edgar Armond, no Livro Passes e Radiações nos informa que esta é uma modalidade
bastante útil porque permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua própria
cura e utilizarem os recursos imensos que estão a disposição de todos pela misericórdia de
Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto Passe para limpeza psíquica de si
mesmo e o recarregamento de energias dos plexos e centros de força.

Todavia, se analisarmos que como médiuns passistas, somos verdadeiros filtros e que
colaboramos ou dificultamos e até mesmo contaminados as aplicações fluídicas da
espiritualidade no enfermo, deveremos crer a partir destas informações que devemos estar
cientes de nossa postura em relação a nossa conduta moral, sabendo também que o passe é,
via de regra, uma via de mão dupla.

Então somos levados a crer que se estamos descompensados, não estaríamos também
incapacitados de aplicar o passe?

Nestes casos bastaria uma prece sincera para restabelecermos nossa harmonização.

Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da mediunidade curadora, nos assevera:
“A prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de
uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente
uma salutar corrente fluídica”. E como somos transmissores desta corrente, seguramente
ficaremos também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.

Não descartamos e respeitamos todas as opiniões dadas a respeito deste item, concordamos
que a prece é sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-passe. Concluindo que
nossa conduta moral mesclada com o trabalho no bem e o amparo a outros através do passe,
sempre nos facultará recursos imensuráveis de auxílio em busca de nosso próprio
crescimento.

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PASSE COLETIVO –

DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE

Enquanto estamos no trabalho de aplicação do passe, deveremos estar voltados para


concentrações em coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar harmônico, em fim:

1 Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar, todo condicionado na Providência Divina,


ou melhor dizendo, fé, amor e humildade

2 Estar sereno, para assim poder registrar pela intuição, as orientações espirituais para a
fluidificação a ser desempenhada.

3 Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do enfermo, sob a ação dos mensageiros do
Senhor; sempre condicionando esta recuperação a vontade Divina e direcionamento moral do
paciente.

4 Conhecer a localização dos centros de força, pois com isso os espíritos que trabalham
nesta atividade poderão através de sua intuição, direcionar as cargas fluídicas benéficas para
os chakras que influenciam as localidades enfermas.

5 Silencio não somente exterior todavia interior localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.

6 Reflexos das impressões dos pacientes, é bastante comum os passistas sentirem as


sensações que os pacientes experimentam. Ora nosso campo fluídico absorve com facilidade
as emanações do paciente, nestes casos são recomendados dispersivos gerais
primeiramente antes das aplicações fluídicas. É comum, também, os passes em pessoas sob
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a atuação de espíritos em desequilíbrio, o passista poderá registrar reflexos negativos desde
a hora em que se propões a ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe. Sabendo
que somos ainda imperfeitos, somos também criados pela mesma matéria elementar e que
nosso campo vibratório assimila com facilidade outras emanações exteriores que conosco se
afinizem, verificaremos a grande facilidade de as absorver, pois ainda somos pequenos, daí a
grandiosa frase deixada pelo Divino Amigo “Orai e Vigiai”, só assim, através do altruísmo, da
moralização do ser, paulatinamente modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.

É compreensível que os espíritos envolvidos na trama obsessiva, conhecendo a disposição


do passista em colaborar, pretendam também mexer com o seu bom ânimo, afastando-o do
caminho do enfermo. Perseverança e conhecimento das responsabilidades são porções
medicamentosas para tais afecções.

DISPERSIVOS E SUAS IMPORTÂNCIAS

A Importância do Dispersivo

Quando um paciente vai ser atendido por um médico em seu consultório, normalmente ele se
prepara, se higieniza, seria o termo. Se o atendimento é de urgência, antes de qualquer outro
cuidado, é providenciada a assepsia do enfermo para só depois iniciar o atendimento
propriamente dito. Trazendo a imagem para o passe, sabemos que quando o paciente vai à
Casa Espírita para receber tal recurso, se assemelha àquele que vai ao consultório, e que,
por extensão, deve se preparar devidamente, ou seja: cuidar do seu comportamento moral,
orgânico, e psíquico. Entretanto, mesmo que essas providências sejam tomadas, é comum
restarem alguns fluidos nocivos nos campos fluídicos do paciente, tal como, apesar do asseio,
aquele, antes de ser atendido no consultório, muitas vezes ainda precisa ser assepsiado.
No passe espírita, isso equivaleria à primeira necessidade de dispersão, notadamente quando
se vai fazer a diagnose. Seguindo com o exemplo, os casos de emergência seriam similares
no passe. Nesses casos, é indispensável que seja feita uma dispersão, à qual corresponderia
à antissepsia hospitalar. Disso tudo ressalta-se que, quase sempre, antes da aplicação efetiva
do passe, é necessário um dispersivo pois dessa forma se eliminará (ou se ordenará), no
paciente, uma camada fluídica nociva que lhe está agregada, facilitando, assim, o acesso das
energias renovadas do agente doador.
Entendido isto, o leitor deverá estar se perguntando sobre a recomendação de se aplicar
dispersivo também ao final dos passes. Quando aplicamos passes em alguém, quase sempre
fazemos transfusões de fluidos em grande quantidade e, como consequência, é comum haver
sobras de fluidos no paciente, daí advindo certos mal-estares. Aplicando-se um dispersivo,
esses excessos são eliminados, reestabilizados ou melhor distribuídos, pois, associado à
vontade do paciente de se curar, propiciará para que ele retenha apenas o suficiente ou da
maneira correta. O dispersivo propiciará o equilíbrio fluídico. Tão maior seja a prática do
passista, maior domínio ele terá na distribuição dos fluidos, o que fará com que o dispersivo
final seja mais restrito, mas nunca indispensável.
Segundo Michaelus, “Invariavelmente no fim de cada magnetização, há necessidade de
dispersar os fluidos (...) acumulados”.
Os fluidos dispersados são desintegrados, redirecionados ou reestabilizados e não provocam
prejuízos quando assim orientados.
Isto tudo é apenas um retrato da primeira imagem do dispersivo, ou seja: retirar, suprimir,
espargir fluidos. Mas o dispersivo não se limita a apenas isto. Ao contrário, suas objetividades
e funcionalidades excedem em muito tal atributo; exerce ele o papel de reordenador das
camadas fluídicas do paciente, dando a elas a estabilidade devida; comportando-se como um
eliminador de fluidos que, mesmo sem serem maus ou impuros, podem ser inconvenientes ao
estado fluídico do paciente.

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Já falamos bastante em dispersivos ou passes de distribuição e limpeza, todavia gostaríamos
de dar alguns destaques breves sobre suas funções bem como a importância nas técnicas
dos passes já utilizadas por nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também
conhecido por alguns como limpeza fluídica.

Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar entre outras coisas significa - fazer ir para
diferentes partes, pôr em debandada, espalhar.

A primeira significação desta palavra em foco , na cabeça de muitos médiuns tem o sentido
de dissipar, desfazer.

Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos levará, seguramente, a melhores
compressões desta técnica.

Os dispersivos:

Aqui seguem algumas características dos passes de distribuição ou dispersivos:

1. Filtram os fluidos, refinando-os para os atendimentos;


2. Introjetam os fluidos que ficam, por motivos vários, armazenados nas periferias dos
centros vitais para consumo gradual do paciente;
3. Catalisam fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, fazendo uma
assepsia no campo vibratório do paciente facilitando a penetração dos mesmos, facilita
também o alcance e transferência entre os centros vitais; quando em grande circuito,
faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4. Esparge as camadas fluídicas superficiais, deixando mais visíveis e sensíveis os focos
de desarmonias; elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião do passe,
assim favorecendo ao paciente uma sensação de equilíbrio e ao passista uma
recompensação fluídico-magnética que dificulta a possibilidade de uma fadiga;
5. Resolve desarmonias causadas por fadigas, embora nestes casos seja quase sempre
requerida a ingestão simultânea de água fluidificada;
6. Corrige eventuais equívocos no uso de técnicas de passe; redireciona cargas fluídicas
entre os centros vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem excessos fluídicos
redirecionando-os mesmo, para regiões mais necessitadas, mas não extraem ou
arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns, nem muito menos
joga-os fora.

Quando doamos fluidos através do passe, o organismo vital do paciente os absorve e retêm,
por um processo de afinidade, não permitindo que fluidos retidos a partir de então, sejam
retomados por um simples dispersivo.

Os excessos são extraídos exatamente porque não estão retidos pela combinação ou
afinidade, daí a maleabilidade em seus manuseios.

PASSE NOS CHAKRAS

São aconselháveis para a reativação para os centros de força nos casos de desenvolvimento
mediúnico, no campo das curas, levando-se em consideração a localização de cada um e sua
repercussão nos plexos do organismo físico. Aplicam-se os passes acima mencionados
relativos e direcionado aos pontos onde se encontram os chacras refletido em nosso
organismo físico pelos plexos. Levando sempre em consideração o tempo de sua aplicação
para ao invés de reativar, sobrecarregar.

109
14- Aplicando o Passe
Relação Fluídica

É uma das fases mais importantes do passe, seja ele espiritual, misto ou magnético, é a do
estabelecimento de uma relação fluídica entre o passista e o paciente.
O princípio em que se baseia essa necessidade é para que trocas fluídicas harmoniosas e
sem embaraços ocorram entre os campos fluídicos do médium e do paciente é necessário
que esses tenham, no mínimo, zonas comuns de bom contato, de boa relação.
O passista, ao se aproximar do paciente, pode sentir forte repulsão, forte atração, indiferença,
distância, ausência, inapetência de aplicar o passe, um bem-querer súbito, uma piedade filial,
vontade de acariciar, além de reações estranhas como tremores, calafrios, arrepios
generalizados, sudorese instantânea, ânsia de vômito, peso na cabeça, braços leves ou
pesados, etc.
As causas dessas sensações têm várias explicações, mas uma delas é exatamente o choque
fluídico que se dá entre campos com afinidades variáveis. Quando o passista insiste em
aplicar o passe sem antes tentar superar essas situações – que variam de paciente para
paciente – normalmente não se sente bem ao final do passe nem o paciente se restabelece,
convenientemente, daquilo que o fez buscar o benefício – se é que não o leva a sentir-se
mais desarmonizado ainda.
Para a superação dessas sensações desagradáveis é a criação de um bom estado
psicológico e moral do passista, obtido principalmente por meio do exercício da boa vontade,
da vibração positiva, do envolvimento fraterno e da pureza de sentimentos.
Quanto ao paciente, se ele estiver fortalecido pela fé, sintonizado com boas ideias e em
oração sincera, muito contribuirá para uma troca fluídica mais efetiva, diminuindo
consideravelmente as dificuldades de relacionamento fluídico.

Técnica

Vá impondo as mãos sobre algum centro vital superior ( de preferência o coronário ou o


frontal), baixando-as ou levantando-as lentamente, a partir de uma distância aproximada de
um metro do centro vital escolhido. Você perceberá que à medida em que as mãos se
aproximam do centro vital, algo de muito sutil vai sendo percebido, até que a partir de
determinado ponto você registrará mais nitidamente uma espécie de “barreira fluídica” muito
tênue, como a definir uma diferenciada e mais determinante zona fluídica (sobre esse local, a
sensação de falta de simpatia ou desarmonia será mais fortemente sentida).

Repita a operação, para ter certeza de que o ponto localizado é sempre o mesmo.

110
Tato Magnético (diagnose)
È uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo ser
desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício. Com ele e por ele podemos precisar locais
em desarmonias (Fig.19) facilitando a aplicação de uma fluidificação mais objetiva, além de
permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe, evitando
que ele saia da sala de passes ou do atendimento com deficiências, acúmulos, desarmonias
ou descompensações que depois lhe provocarão mal-estares. Por fim, o tato magnético não
descarta a intuição nem elimina a ação ou a presença espiritual.
Técnica
- Passemos as mãos lentamente sobre todo o corpo do paciente, conservando sempre a
mesma distância e seguindo até o final do circuito vital (cabeça aos pés).
Aplicando o tato magnético

- Quando realizando o tato magnético, qualquer impulso de doação fluídica deve ser
dominado.
- Aumentemos nossa atenção, percepção e acuidade para registrar os locais onde seja
percebidas mudanças na camada fluídica sob nossas mãos.
- São várias as mudanças fluídicas sentidas pelos passistas. Em virtude da característica
individual de cada passista, não se pode definir o que cada mudança ou sensação fluídica
significa. Portanto, o tato magnético guarda muito da experiência e da percepção pessoal e
individual, pelo que o estudo, a atenção e a prática é a chave mestra para a segurança da
diagnose.
- Localizado(s) o(s) ponto(s) que esteja(m) em desarmonia com o todo, inicia-se o tratamento,
sempre repetindo o tato magnético para perceber como está(ão) reagindo ao tratamento. –

- Havendo uma desarmonia generalizada (Fig 19), ou de difícil percepção, é bom fazer uma
série de dispersivos e, logo após, repetir o tato
magnético. Normalmente, após essa dispersão,
os pontos ou focos se sobressaem, pois
momentaneamente, os dispersivos “apagam” as
desarmonias induzidas em consequência dos
focos. Pode acontecer também que, depois dos
dispersivos, não seja percebida mais qualquer
desarmonia. Isso ´-e indicativo de que o paciente,
provavelmente, estava apenas com seu campo
vital desarmonizado, sem causas mais
consistentes, pelo que os dispersivos já trataram.
Mas, veja-se bem, quando isso ocorre, nunca é
demais fazer mais alguns dispersivos gerais – da
cabeça aos pés – e repetir-se o tato magnético
mais uma vez. Assim evita-se o “mascaramento”
dos focos além de proceder à alocação da psi-sensibilidade.

111
Psi –sensibilidade

Geralmente, mesmo fazendo todo o procedimento fluídico da melhor maneira possível, tanto
em termos de técnicas como de vibrações harmoniosas, ainda assim, algum paciente da sala
de passe sentindo-se mal.
Quando um foco de desarmonia, localizado pelo tato magnético, é tratado via magnetismo,
não significa dizer que os demais centros vitais estejam, automaticamente, reequilibrados. Se
o tratamento não levar em consideração a necessidade de reequilíbrio dos demais centros,
estes se demorarão a retornar aos seus pontos de equilíbrio, podendo, inclusive, por força
disso, diminuir a eficiência do tratamento fluídico localizado.
Na grande maioria das vezes, isso pode ser evitado com passes dispersivos gerais ao final do
tratamento.

Ocorre que o reequilíbrio obtido com poucos dispersivos, embora constatado pelo tato
magnético, nem sempre é suficiente. È que ele guarda uma “lembrança psíquica” – (psi-
sensibilidade) – das anteriores sensações de desequilíbrio dos centros vitais, as quais, a
depender do tempo em que estes se demoraram desalinhados, favorecem a que haja uma
aclimação àquela situação.

“Cola psíquica”

É um incremento fluídico, doado pelos passistas durante o passe espiritual.


Isto ocorre porque alguns elementos fluídicos desempenham o papel de catalisadores dos
fluidos como um todo, aprimorando e fazendo aprimorar seus ‘circuitos de vitalidade e
também alguns componentes se apresentam como campos de “imantação”, os quais se
responsabilizam pelo “aprisionamento” de determinadas cargas fluídicas que, sem esses
campos, facilmente se desestabilizariam e se disseminariam aleatoriamente no cosmo
orgânico-perispiritual, onde por não encontrar campos próprios e equivalentes para atender às
leis das afinidades fluídicas, se perderiam.
O que se verifica é que os passistas, por sua disposição de doador e pela ação da doação e
transferência magnética, esgarçam seus campos de “imantação” donde o poder de
impregnância; o paciente, por sua posição passiva de recebedor, normalmente está carente
desse poder, pelo que o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido espiritual
um incremento no seu campo de afinidade fluídica, favorecendo a estabilidade e a
manutenção dos fluidos espirituais que lhe são doados.

Sentido da aplicação

A aplicação de passes necessita a observância correta do sentido de aplicação.


Como os fluidos que o paciente recebe são assimilados, transferidos e somatizados segundo
o sentido dos centros vitais de maior fre quência para os de menor, os passes, por isso
mesmo, quando aplicados ao longo de uma determinada região, devem ser feitos no sentido
da cabeça para os pés.
No caso dos passes circulares, devemos lembrar que o sentido natural do giro dos centros
vitais é o horário. Dessa forma, esse é o sentido que fará o centro acionar sua componente
centrípeta (para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente de forma circular, o
sentido da doação do passe é o horário.
O passe aplicado no sentido contrário aos indicados acima acarreta uma séria de mal-estares
no paciente. Se o paciente for muito sensível à fluidificação, ele acusará o mal-estar tão logo
o passe seja concluído, ou até antes, Sendo pouco sensível registrará os desconfortos horas
depois, quando já não teremos como avaliar os resultados da “caridade” feita.
Por força da aplicação no sentido contrário ao correto, muitos pacientes “ganham” insônia,
dores de cabeça, enjoos, sérios problemas digestivos, azia, cefaleia, ardor nos olhos, cansaço
e moleza generalizada, dentre outros.
112
Todavia, tendo ocorrido inadvertidamente a aplicação no sentido contrário, a maneira correta
de corrigir os malefícios é fazer bastante dispersivos (localizados) sobre a(s) região (ões)
onde houve a aplicação e, depois, dispersivos gerais, ou seja, ao longo de todo o corpo do
paciente. Isto elimina quase que totalmente os efeitos das desarmonias decorrentes do
equívoco, já que tal ação repõe os centros vitais na inter-relação natural.

Fadiga Fluídica

Há passistas que dizem não se fatigarem nunca, por maior que seja o número de passes que
apliquem, já outros passistas, em número consideravelmente alto, são mais do que explícitos
quanto às suas limitações nesse mister. Para efeito de raciocínio e levando em conta apenas
as origens dos fluidos espirituais e humanos, se considerarmos dois passistas em condições
físicas semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada um como numa das
colocações acima propostas, restarão poucas hipóteses para explicar o fenômeno, são elas;
1- O que não se cansa está funcionando como “canal” de energias espirituais enquanto o
segundo estará doando primordialmente o seu magnetismo.
2- O primeiro, mesmo quando doando energias próprias, o faz em pequenas dosagens
enquanto o outro em larga escala.
3- Aquele que não se fatiga tem a capacidade de se recompor rapidamente, o outro não tem
essa facilidade natural – diga-se de passagem, é muito raro esse poder de pronta
recuperação fluídica organo-magnética.
4- Mesmo os dois doando em igualdade de condições, o primeiro deve ter um potencial
fluídico muito maior que o segundo.

Analisando essas situações, podemos concluir:


 Ratifica-se o que os Espíritos vêm ensinando: a doação ou a transmissão dos fluidos
espirituais não cansam nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação das
energias anímicas, além disso, o ato de transmissão dos fluidos espirituais geralmente
reconfortam fluidicamente os passistas.
 Confirma-se que o desgaste é proporcional à quantidade de energia gasta, o que, inclusive
é uma das leis da própria física – e que a doação de energias fluídicas anímicas é,
literalmente alando, um efeito físico, não há como negar.
 Nos deparamos com uma situação pouco comum: como o organismo físico é o grande
responsável pela recuperação das energias anímicas consumidas, através de uma
“usinagem” própria – e essa “usinagem” normalmente depende de condições temporais,
alimentares e de respiração – torna-se pouco provável o reabastecimento energético em
regime de imediatismo.
 Voltamos a uma consideração semelhante a de número 2, mesmo doando muito, se se tem
muita reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga.

Sintomas prováveis da fadiga

Para sabermos o quanto estamos doando de energias magnéticas (anímicas), como de


ordinário, em tudo o que envolve a fluidoterapia, a observação é imprescindível. Mas, além do
fator atenção acurada, dois bons sinalizadores, de ordem prática, se interpõem:
1- Se, após uma sessão de aplicação de passes e um comportamento alimentar e de repouso
normal, no dia seguinte amanhecermos com uma sensação de “ressaca”, com ânsias,
desgastes musculares, dores nas articulações, enxaquecas, câimbras, sonolência excessiva,
falta de apetite e / ou outros sintomas correlatos, é provável que tenha havido um dispêndio
de fluidos além do recomendado, tanto que o organismo não conseguiu se recompor (lembrar
também que essas sensações também podem ser devidas a doações bastante concentradas
sem os dispersivos correspondentes).

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2- Mesmo não tendo esse registro mais imediato, se após algum período – semanas ou
meses – de prática de passes, começar a sentir dores nas articulações e plexos, como se
fossem dores reumáticas, ou cãibras e dores musculares que vão aumentando e aparecendo
com uma frequência acima do normal, é forte indicativo de que está havendo um acúmulo de
perdas fluídicas indevido, carecendo o passista, portanto, de um imediato refazimento.

O controle da emissão fluídica se adquire com a prática. Para o neófito, entretanto,


recomendo nunca se aventurar a aplicar mais que cinco passes por sessão durante um
determinado período.
Recuperação Energética de passistas com fadiga fluídica
Pode ocorrer de diversas maneiras, sendo que em casos mais graves há de se conjugar
esforços. Todos os casos têm na prece e na confiança no auxílio espiritual um pronto
primordial para uma recuperação mais rápida.
Casos simples – são controlados por caminhadas ao ar livre, exercícios respiratórios,
alimentação natural, repouso e meditação.
Casos moderados – devem contar, além dos elementos citados, com a ajuda de água
fluidificada – especialmente ao levantar-se em jejum e ao deitar-se, sempre em “estado de
oração”.
Casos mais graves – dosagens complementares de soro, sendo aí soba a orientação médica
devida.
Para os não diabéticos, água de coco é um bom auxiliar na recuperação de fadigas fluídicas e
para os pouco sensíveis à cafeína, o café também pode servir como tonificante fluídico.
Recomenda-se que quando o passista se sentir muito “sugado” pelo paciente, usar técnicas
dispersivas em bastante profusão, pois isso tanto defende o paciente de eventuais mal-
estares após o passe como literalmente protege o passista por predispô-lo a auto
rearmonização à medida em que assim age.
Uma outra observação é de que passes para recuperar passista em fadiga fluídica devem ser
apenas dispersivos porque, devido à fadiga, os centros vitais não conseguem absorver e
introjetar os fluidos, os quais só vedariam ou “sufocariam” mais ainda os centros em
deficiência. Quando já recuperados os centros de força, os passes concentradores serão
aplicados em pequenas dosagens, sempre intercalados com dispersivos. O tato-magnético
deve ser bem usado nesses casos para que se analise com segurança as reações ás
doações fluídicas.

Os passistas e as dores do paciente

Sabemos, pela experiência e como fruto da observação, que um bom número de passistas,
após o serviço dos passes, fica descompensado e, muitas vezes, sentindo as dores, os
problemas e/ou as perturbações do paciente. A maioria das explicações dadas ao fato é
ingênua: “é por causa de sua invigilância”, “é para testar sua perseverança no bem”,, “é
porque o paciente estava muito carregado”, é porque você precisa” trabalhar mais”, etc.
A reflexão mais acurada permite perceber que três explicações sensatas existem:
1 – O passista “absorveu” e/ou serve reteve certa quantidade de emanações fluídicas
advindas do paciente quando o correto seria tê-las dispersado por ocasião do passe.
2 - O passista doou fluidos em excesso
3 – Pelo semi transe, facultado na hora do passe, o passista assimilou partes do campo
fluídico de alguma(s) Entidade(s) Espiritual(is) que acompanhava(m) o paciente. Pelo impacto
fluídico percebido houve uma desarmonia em seu campo vital, ocasionando sensações
desagradáveis que, por vezes, chegam a ser intensas e demoradas. Neste caso, a educação
mediúnica deverá falar mais alto. Apesar de o fenômeno ter origem no fator mediúnico, o uso
de dispersivos pelo passista no paciente que está trazendo aquela companhia minimiza e até
elimina os efeitos desse “risco”.

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A solução desse problema se encontra, em termos de técnicas, no uso que se faça dos
dispersivos. No caso de grandes doações fluídicas a um mesmo paciente, o uso intercalado
das técnicas – após pequenas concentrações, usar os dispersivos – é fundamental.
Aplicando Passes em Crianças
Nas crianças devem evitar concentrados fluídicos demorados para não congestioná-las. Isso
porque as crianças tem campos vitais proporcionalmente reduzidos (Fig.20) , os quais, por
esse fato, se “encharcam” com facilidade, entrando em congestão fluídica rapidamente ou
chegando num verdadeiro colapso por falta de “respiração fluídica”. Não é outra a causa dos
chamados “maus-olhados”, “quebrantos”, “olho gordo”, “espinhela caída”: congestões fluídicas
advindas de concentrados fluídicos densos (não necessariamente maus).

Fica, portanto uma recomendação de alto valor a fim de se evitar transtornos para as
crianças, qualquer que tenha sido a quantidade e/ou quantidade de fluidos que lhe foi
depositada, terminar os passes com vários dispersivos.

O centro vital da criança em formação ou amadurecimento. O campo da criança, inteiramente


aberto, é vulnerável á atmosfera em que vive.
Aplicando Passe em idosos
Também solicitam atenção especial porque, via de regra, eles precisam de passes
concentradores. Apesar disso, esses devem ser seguidos ou intercalados por repetidos
dispersivos, para que lhes sejam facultados os processos de introjeção.
Aplicando Passe em Gestantes
Igualmente requisitam um cuidado todo especial. Além delas estarem precisando receber
concentrados fluídicos para reforço da própria manutenção vital e do ciclo de alimentação
fluídica ao filho em gestação, também precisam se desvencilhar de eventuais
“desaguamentos fluídicos” (que provém de descargas perispirituais do reencarnante) oriundos
do processo reencarnatório em desenvolvimento em seu ventre, desaguamentos esses que,
geralmente, transmitem ao ambiente uterino e gástrico da mamão, cargas fluídicas
desarmonizantes e, por vezes, incompatíveis com o clima fluídico desta – essa, inclusive, é
uma das principais causas dos enjôos durante a gravidez. Assim ao aplicar passes em
gestantes é de bom alvitre iniciar fazendo dispersivos sobre a região uterina, envolvendo o
feto em suas vibrações de muita harmonia e carinho. Depois, envolve-se a mãe em longos
dispersivos gerais para, só então, percebendo-se pelo tato-magnético as necessidades
especificas, fazer os concentrados devidos.
As incorporações durante o passe

Devem ser evitadas. Os passistas, para fazerem transitar por seus organismos os fluidos do
Mundo espiritual, não necessitam da incorporação, posto que a captação dos fluidos
espirituais pelos passistas se dá por seus centros vitais principais superiores, notadamente o
coronário e frontal. Além disso, há sempre o risco de manifestar-se, pelo passista, eventuais
desafetos espirituais do paciente. E quando isso ocorre, quase sempre são lamentáveis as
consequências. Se a incorporação começar a se dar no paciente, o passista deve usar das
melhores técnicas dispersivas, ao tempo em que tentará demover o paciente da
115
manifestação, chamando-o à consciência desperta, recomendando-lhe abrir os olhos, respirar
naturalmente, evitar concentrar-se no que lhe ocorre e não contrair nem retesar os músculos.
Se, apesar dos esforços, a manifestação acontecer, tratar evangelicamente o visitante,
sempre fazendo dispersivos, pois essa técnica irá arrefecendo o campo de atração magnética
e, dessa forma, mais rapidamente o Espírito comunicante se afastar é. Finda a manifestação,
faz-se uma série de dispersivos gerais no paciente a fim de que ele não guarde resquícios
fluídicos do envolvimento espiritual. Isso porque esses resquícios podem ser “movimentados”
posteriormente pela própria Entidade comunicante, favorecendo a que nova imantação se
estabeleça e o fenômeno se repita.

116
15- QUANDO E ONDE DOAR?
“Nossa missão é de amparar os que erram e não fortalecer os erros.”
(Espírito Anacleto)

“Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios


em que se encontram por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título
de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito
para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à própria obra a
fim de que aprendam consigo mesmos. Podemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.”
(André Luiz – Missionários da Luz)

Em Relação ao Paciente

Podemos Aplicar o Passe Quando


1 - O paciente procura ou solicita tal serviço, se esforçando por consegui-lo.
2 - O paciente se encontra hipnotizado ou em estado sonambúlico, quer por força material,
anímica, quer por força espiritual, quer de forma natural ou provocada e é necessário tirá-lo
desse estado.
3 – Como recurso terapêutico total, complementar, reparatório ou preparatório.
4 – Receituário espiritual ou da casa espírita.

Não é Conveniente Aplicar o Passe Quando


1 – O paciente é refratário por decisão própria, provocando desgaste fluídico para os
médiuns. Indicar: Evangelho, estudo, diálogo fraterno, nome para as irradiações.
2 – O paciente não quer tomar o passe
3 – A procura do passe é simples curiosidade, comodidade ou teste.
4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias, evitar
bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao tratamento, etc.)

Em Relação ao Médium

O Médium Pode Aplicar


1 – Quando estiver moral e emocionalmente equilibrado e se sentir em condições físicas.
2 – Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes
3 – Quando estiver ou for indicado para tal tarefa.
4 – Quando em condições ambientais e fluídicas propícias
5 – Quando dispuser de fluidos magnéticos próprios e suficientes para o trabalho
6 – Quando conhecer, ao menos, a dispersão fluídica, a concentração de fluidos e a
imposição de mãos; tiver vontade firme e desinteressada e boa intuição e/ou tato magnético.
7 - Não portar doenças infecto-contagiosas.

O Médium Não Deve Aplicar Quando


1 – Não se sentir confiante.
2 – Estiver nutrindo sentimentos negativos e não conseguir superá-los.
3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente ou
usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários.
4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada.
5 – Estiver usando medicamentos controlados.
6 – Em idade avançada e com visível esgotamento fluídico e deficiências físicas.
7 – Quando se é criança ou adolescente.
8 – Estive estafado física e/ou mentalmente.

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Em Relação à Casa Espírita

O Passe deve ser aplicado

1 – Nos encarnados:
O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto aos
necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada no
mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e
conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de auto melhoramento e de
reeducação espiritual, utilizados normalmente.
1.1 – No atendimento aos necessitados nas reuniões de assistência social e espiritual da casa
espírita.
1. 2 – Após as reuniões doutrinárias.
1. 3 – Em horários previamente estabelecidos para tal serviço.

2 – Nos desencarnados:

- Nas reuniões mediúnicas.

Com o Passe podemos mais facilmente alcançar-lhes o centro da emoção, transmitindo-lhes


diretamente ao coração as vibrações do nosso afeto.
O Passe ajuda a dispersar/desintegrar os acessórios que costumam trazer, como armas,
símbolos, vestimentas especiais, objetos, couraças, etc...
O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito realisticamente
em pontos específicos de seus períspiritos.

Com o passe os adormecemos, para provocar fenômenos de regressão de memória ou


projeções mentais, com as quais os mentores do grupo compõem os “quadros fluídicos”, tão
necessários, às vezes, ao despertamento de Espíritos em estado de alienação. A moderação
é necessária, para que, ao tentarmos acalmar um Espírito agitado, não o levemos a um
estado de sonolência que dificulte a comunicação com ele, justamente o que mais se
necessita para o diálogo, para ajudá-lo, é não entorpecê-lo ao ponto de levá-lo ao sono
magnético. Sendo que às vezes é justamente necessário a utilização deste expediente, ou
seja, é necessário adormecê-lo, a fim de que possa ser retirado pelos mentores, seja
recolhido a instituições de repouso para tratamento mais adequado, ou trazido na sessão
seguinte, em melhores condições de acesso.

Não Convém Aplicar

1 – Quando não houver médiuns preparados.


2 – Em casos de obsessões violentas e subjugações, principalmente fora do centro. Só
aplicar contando com o apoio espiritual e material indispensável.
3 – No lar.
4 – Em lugares públicos. Só aplicar quando necessário, com a autorização da casa espírita e
nunca ir sozinho, sempre em equipe.
5 – Quando o bom senso não recomendar e a prudência não o determinar.
118
Onde Aplicar o Passe na casa espírita

1- Cabine de Passes (Passes Individuais)


“Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do
socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar
interior formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram trazendo
o melhor de si mesmos.” (Espíritp Áulus – Nos Domínios da Mediunidade)

2- No salão das reuniões doutrinárias (Passe Coletivo)

- Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o passe.
- Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mão. Ou ainda em mães
gestantes.

- Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual.

- Possui o inconveniente de que as técnicas não poderão variar para atender as diferentes
necessidades dos pacientes.

119
16- Algumas Recomendações Gerais

Nunca se esgotarão as dúvidas dos que realmente pesquisam, assim como nunca deixarão de
aprender os que se empenham na busca da verdade. Aqui colocaremos algumas recomendações:

Para os pacientes

 Explicar, de forma pública, sistemática e claramente, os benefícios do passe e os tipos aplicados


pela casa. Não temer recomendações que direcionem pacientes a tratamentos em outras casas
espíritas ou mesmo pela Medicina, pois em nada desmerece o fato de uma casa não dispor de
determinado tipo de atendimento, bem como, o reconhecimento da necessidade da interferência da
Medicina.
 Sugerir boas leituras, reflexões morais e frequência a boas evangelizações, esclarecendo que a
preparação prévia não se limita à oração mental na sala de passes, mas a uma postura mental
equilibrada e fé interior constantes.
 Não se deve estipular prazo para cura nem definir número absoluto de passes.
 Por medida de cortesia, também pode-se facultar a idosos, portadores de deficiências e dificuldades
de locomoção, gestantes ou algum outro caso excepcional, a oportunidade de serem atendidos em
caráter de preferência.
 Vontade de rir, chorar, correr, respirar ofegante, debater-se ou apavorar-se são indícios de
envolvimento espiritual. Orientar os pacientes portadores dessas sensações sobre como proceder
para evita-las na hora do passe.
 Após o passe, sensação de tontura e/ou mal-estar deve ser informada ao setor responsável, a fim
de sejam tomadas as providências cabíveis. Normalmente, esses mal-estares são resolvidos com
aplicação de passes dispersivos, de preferência pelo mesmo passista que aplicou o passe.
 Mudanças muito bruscas como curas instantâneas ou agravamento repentino – merecem
acompanhamento e análise mais detida, Não convém interromper tratamentos fluídicos só por motivo
dessas evidências – As curas instantâneas por vezes são traiçoeiras, já que é comum debelar-se
sensações desagradáveis sem que o foco tenha sido, de fato, resolvido.
 A postura das mãos sobre as pernas (quando sentado) não é relevante.

Aos passistas

 A alimentação deve ser leve, especialmente nos dias de atividades.


 Vícios não combinam com passistas, mesmo aqueles chamados sociais.
 Sexo antes do passe não é proibido, embora não seja recomendável. Quando há uma excitação
sexual, verifica-se uma ativação do centro vital genésico. Este centro
usina fluidos muito densos. Pela interdependência entre os centros vitais, a exacerbação desse centro
vital fará com que os demais busquem harmonizar-se com ele, provocando uma densificação no tônus
fluídico da pessoa. Por isso, a aplicação de passes após relações sexuais tendem a diminuir a
qualidade radiante dos fluidos e a dificultar a usinagem dos elementos mais sutis dos mesmos.
 Uso de medicamentos precisa se observado com atenção. Principalmente, para quem faz doação
de magnetismo humano, remédios controlados, notadamente os que se destinam ao sistema nervoso,
são inibidores de usinagens produtivas além de, conforme comprova a experiência, ser comum a
transferência de substâncias dos medicamentes pelos fluidos exteriorizados no passe.
 Pensamento do passista deve estar sempre voltado às boas idéias e grandes e nobres ideais.
Pensar bem e pensar no bem é dever constante do passista. Boas leituras são excelentes
coadjuvantes nesse preparo.
 Exercícios de respiração são recomendados aos passistas, principalmente aos que usinam seus
próprios fluidos para exteriorização.
 Pés descalços e gestos exóticos, sem fundamentação teórica ou racional, devem sr evitados a fim
de não desnaturar os passes.

120
Recomendações Gerais

 Gravidez – Recomenda-se à grávidas que evitem aplicar passes magnéticos, já que, por seus
estados, são elas doadoras magnéticas 24 horas ao dia, durante todo o período gestacional.
 Menstruação – Em condições normais, a mulher menstruada não sofre restrições na aplicação ou
na recepção do passe. O que pode impedir a mulher de aplicar o passe são os desconfortos que
muitas sentem nesses períodos.
 Idosos – Se o idoso já aplica passes há certo tempo, não será a idade que o impedirá de continuar
na prática e sim uma eventual perda de tônus vital. Essa perda é verificada pela tendência a entrar em
fadiga fluídica e pela necessidade de largos períodos para recuperação após participação numa
atividade de aplicação de passes. Pra aqueles que até a terceira idade nunca fizeram doação de
fluidos magnéticos, convém não se iniciar na prática, até porque, nessa idade, o mais óbvio é que a
pessoa esteja carecendo de complementos fluídicos.
 Crianças e adolescentes – Não é recomendável às crianças e aos adolescentes a prática da
doação fluídica regular, já que eles ainda estão assomando cargas fluídicas perispirituais para sua
própria estruturação fisio-psiquico-fluídica.
 Impedimentos diversos – Além dos já considerados, problemas nas faculdades mentais, severas,
desarmonias psicológicas, doenças infecto-contagiosas, insuficiências vitais, estados obsessivos,
depressão e fadiga fluídica são causas impeditivas. Pessoas em violentos estados de tensão ou sob o
impacto de fortes emoções, precisam antes entrar em harmonia para poderem exercer a contento as
funções de passista,
 Comportamento – Tudo se pode estudar, tudo se pode aprender, tudo se pode ouvir, tudo se pode
debater. Sem dúvida, comportamento pesquisador, de análise e de aprofundamento em questões são
atitudes extremamente positivas para o engrandecimento intelectual da criatura. A postura de vivência
cristã, de fraternidade, humildade, compreensão, carinho e perdão, de auto-doação, de servir e,
sobretudo, de amar, é que é o mais importante de tudo.

17- A importância da PRECE

 Poderíamos dizer que a prece é uma projeção do pensamento, a partir do qual irá se
estabelecer uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor vibratório de
quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o
homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons pensamentos.
Por que pensamentos? Porque são a origem da quase totalidade de nossas ações.
(Primeiro pensamos depois agimos).
 Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação e que por meio dela pomos o
pensamento em contato com o ente a quem nos dirigimos.
 A prece é a expressão de um sentimento que sempre alcança a Deus, quando ditada
pelo coração de quem ora.

121
Eficácia da Prece

Existem aqueles que contestam a eficácia da prece, alegando que, pelo fato de Deus
conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o
Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do
Criador. No entanto, o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é
inflexível a ponto de não atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem determinadas
leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um. Porém, isso
não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade. O homem desfruta do
livre-arbítrio para compor a trajetória de sua encarnação, pois Deus não lhe concedeu a
inteligência e o entendimento para que não os utilizasse.

Existem acontecimentos na vida atual aos quais o homem não pode furtar-se; são
conseqüências de falhas e deslizes de passado que necessitam de reajustes; é a aplicação
da Lei de Causa e Efeito e isto explica porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus,
mas que nunca são concedidos; o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus
citado em Marcos C11:V24 “O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis,
e vos será concedido”.

Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a felicidade do homem,
poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas não lhe são concedidas. Contudo, o
egoísmo e o imediatismo não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece.

Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos: A curto prazo na medida em que
consola, alivia os sofrimentos, reanima e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo
pensamento edificante dá-se a aproximação das forças do bem a restaurar as energias de
quem ora.

Àquele que pede, Deus está sempre pronto a conceder-lhe a coragem, a paciência, a
resignação para enfrentar as dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com
idéias que lhes são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-nos contudo o mérito da
ação, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providencia
Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o Mestre: “Ajuda-te e
o céu te ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7).

Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente, podemos concluir que a eficácia da prece está
na dependência da renovação íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do
amor, do perdão e da humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos
negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.

“Vigiai e Orai” nos recomendou o Mestre (Mateus C26:V41).

122
18- A Água Fluidificada
“A água é o melhor e o mais poderoso condutor de fluidos de qualquer natureza”
(Espírito Lísias – Nosso Lar)

A água fluidificada, também chamada água magnetizada, de forma alguma pode ser considerada
como uma variante da água benta dos católicos e muito menos uma panaceia que a tudo se aplica.
Tomá-la pelo simples fato de “adquirir bênçãos” ou porque “ingerir fluidos” faz bem, é não perceber a
gravidade que o processo envolve nem como atuam as trocas, renovações e estabilizações fluídicas
por ele patrocinadas.
Via de regra, a água fluidificada tem sido empregada como complemento de terapias fluídicas,
psíquicas e/ou mediúnicas.
Como coadjuvante das terapias fluídicas, sua ação é de fundamental importância. Seja pelo processo
de assimilação pelos órgãos, de uma forma mais direta de suas cargas fluídicas, seja pela
manutenção ou complementação de cargas fluídicas entre os períodos que intermedeiam os retornos
aos passes, a ingestão da água fluidificada corrobora para uma elevação bastante significativa nos
níveis de melhora dos tratamentos em relação àqueles outros que não a empregam.
No livro Nos Domínios da Mediunidade capítulo 12 que aborda o processo de fluidificação da água,
vemos a informação do Benfeitor espiritual Áulus; “O líquido simples receberá recursos magnéticos de
subido valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes”. (...) “por intermédio da água fluidificada –
continuou Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências
no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética
consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura”.
A água absorverá toda a energia, conforme André Luiz descreve, tornando-se um medicamento de
alto potencial curativo, cujo objetivo é aliviar as lesões que produzimos em nosso períspirito.

Tipos de Fluidificação
Temos duas grandes fontes de fluidificação de água;

1- Espiritual – os fluidos aí considerados são os que, predominantemente, vem ou provém do Mundo


Espiritual, com ou sem a intermediação de médium, magnetizador ou passista.

Neste caso, o passista pouco tem a ofertar de si mesmo, a não ser as vibrações de paz, amor e
harmonia, todo um processo de oração favorável a uma boa fluidificação e da cola-psíquica.

123
Ano livro O Consolador, de Emmanuel, questões 103 e 104, que abordam especificamente sobre a
água fluidificada:

103. No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o
mesmo efeito em outro enfermo?
- “A água pode ser fluidificada, de modo geral em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter
particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e
exclusivo.”

104. Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar a água pura, como
sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários elementos, etc.?
- “A caridade não pode atender a situações especializadas, A presença de médiuns curadores , bem
como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do benefício aos doentes,
porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do concurso
medianímico, considerando o problema dos méritos individuais.”
Emmanuel coloca muito claro que para fluidificar a água não há necessidade de médiuns curadores,
pois os Benfeitores espirituais, irão colocar os fluidos salutares na água para que ela sirva de
medicamento para as pessoas.
Basta que se coloque o(s) recipiente(s) com a água para fluidificar, em lugar determinado para tal
tarefa, e se solicite aos Espíritos, por prece sincera, que providenciem a fluidificação da água ali
depositada.
“Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades físico-
psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água
cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido,
com raios de amor em forma de bênçãos e estará, então, consagrando o sublime ensinamento de
água pura, abençoado nos Céus.” (Emmanuel – Segue-me, cap intitulado A Água Fluida)

2- Magnética (humana) – Aqui os fluidos são oriundos basicamente do(s) magnetizador(es) ou


passista(s). Também se incluem aqui o caso das fluidificações mistas, até porque, por tudo que
aprendemos no estudo atento à Codificação, “quando operamos no sentido do bem, bons Espíritos
nos secundam os esforções.”

Na fluidificação magnética, a participação do passista é bem mais efetiva que no caso anterior. Ele
usinará fluidos para exteriorização e perceberá, com muito maior nitidez, o fluir desses fluidos por seus
pólos de exteriorização, geralmente as mãos.

“O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma
transmutação por meio do fluido magnético que (...) é a substância que mais se aproxima da matéria
cósmica, ou elemento universal. Ora desde que ele pode operar uma modificação nas propriedades
da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito
curativo da ação magnética, convenientemente dirigida”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, cap 8,
item 131).

Objetivos dos Passes

1) Geral – é aquele que não tem uma particularidade a ser tendida que não seja a de renovar ou
fortalecer o campo fluídico do paciente. A água fluidificada, segundo essa adjetivação, usualmente,
pode ser sorvida, por qualquer pessoa fazendo melhor efeito naquela que absorver os fluidos ali
contidos com mais fé e confiança no tratamento.

Recomendações
 Tome-a com fé e em estado de oração.
 Não abuse para que, de futuro, o descaso ou desrespeito ao benefício não o torne inócuo.
 Havendo recomendação (posologia) de uso, siga-a corretamente, em não havendo, dê preferência a
bebê-la pela manhã, ao despertar e à noite, ao deitar, sempre em oração.

124
 Se a água faz parte de um tratamento, não convém desperdiça-la com quem não precisa desse
importante elemento de terapia fluídica.

2) Específico – é aquele que tem destino e objetivos bem específicos, tanto em termos de paciente
como para atendimento de determinados problemas. Na maioria das vezes, essa fluidificação é
magnética, mas o Mundo Espiritual está sempre presente.

A água fluidificada específica, salvo as exceções, não dever ser sorvida por quem não esteja
diretamente indicado para tal. Esse cuidado é recomendado por não sabermos exatamente que
substâncias ou psi-sensibilidades ali estão depositadas e, portanto, desconhecemos até que ponto o
concentrado fluídico poderá ou não desaguar em desarranjos ou desarmonias de variada performance
a quem, inadvertidamente, bebê-la.

Recomendações
 Guardá-la de forma a não confundi-la com a contida em outros vasilhames.
 Seguir. O mais rigorosamente possível, a posologia indicada.
 Evitar que a água esteja ou venha a estar contaminada com impurezas.

Observações Complementares
 As imposições sobre os vasilhames com água também atendem aos princípios da naturalidade de
exteriorização fluídica do passista.
 Não há necessidade de se fazer técnicas dispersivas em vasilhames com água fluidificadas.
 Lembrar sempre de agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas, inclusive, pelos benefícios
que serão auferidos pela ingestão daquela água.
 No caso da fluidificação nos lares, por ocasião do culto do Evangelho no Lar, reconhecer que aos
Espíritos não cabe a obrigação da fluidificação, por isso mesmo, devemos ter sempre a humildade de
solicitar-lhes a interferência fluídica a nosso favor.
 Não estranhar eventuais rações como enjôos ou tonturas, pois sendo consequência da água,
rapidamente o organismo se adaptará ao novo estado fluídico. Caso permaneça, ir diminuindo as
quantidades ingeridas. Persistindo os mal-estares, retornar ao Centro Espírita, onde deverá ser
aplicados dispersivos. Outro vasilhame deverá ser fluidificado.

É importantíssimo que o paciente tenha consciência dos efeitos da água fluidificada, até mesmo para
que ele valorize mais seriamente o tratamento a que está submetido.
 A água tanto será fluidificada em vasilhames de plástico como de vidro ou qualquer outro material;
em recipientes claros ou escuros; com eles tampados ou abertos; com água fria, morna ou natural;
pela manhã, tarde ou noite. O mais importante é que o vasilhame esteja livre de elementos de
contaminação e que a água seja potável.

Pesquisas que comprovam as transformações da água

A prática do Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas não espíritas que o
vêm comprovar. Vamos estudar algumas experiências científicas que provam a eficácia da
fluidoterapia, prática comum nas associações espíritas, que engloba o passe espírita (transmissão do
magnetismo humano mais energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por
essas mesmas energias.
A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas
industriais Robert N. Miller e o físico Prof. Philip B. Reinhart inventaram quatro instrumentos
independentes, para demonstrar que um pouco de energia emanada das mãos de um curador pode
dar início a uma alteração da ligação molecular entre o hidrogênio e o oxigênio das moléculas de
água. Considerando que o corpo é composto de água na sua maior parte, e desde que descobrimos
que a água é extraordinariamente sensível às irradiações de um amplo espectro de energias;
considerando, ainda, que estamos a aumentar a nossa possibilidade para detectar e medir
instrumentalmente o fluxo de várias energias que emanam do corpo do curador, podemos enxergar as
inferências disso como sendo de grande projeção.
("As curas Paranormais", George Meek, Ed. Pensamento, 1995).

125
O Dr. Bernard Grad, bioquímico e pesquisador de geriatria no «McGill University's Allen Memorial
Institute», no Canadá, fez experiências muito interessantes na Universidade de McGill, Montreal,
Canadá na década de 1960. O trabalho do Dr. Grad a respeito da cura pelo toque das mãos foi
reconhecido e Grad recebeu um prémio da Fundação CIBA, uma fundação científica fundada por um
grande laboratório farmacêutico. Ele efectuou experiências com sementes de cevada, com ratos e
análise da estrutura molecular da água.

1. Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad fez o seguinte: substituiu humanos por
plantas e animais, para evitar o efeito placebo. Colocou sementes de cevada de molho em água
salgada (retarda o crescimento), com objetivo de criar plantas doentes. Pediu a um curador psíquico
(um passista) que fizesse imposição das mãos sobre a água salgada (água tratada), num recipiente,
que seria usada para a germinação das sementes. As sementes foram colocadas em água salgada
(tratada pelo passista e não tratada). Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de
germinação e crescimento foi acompanhado. Bernard Grad verificou que as sementes submetidas à
água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras. Depois de
germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições semelhantes de
crescimento. Após várias semanas, e de acordo com uma análise estatística, as plantas regadas com
a água tratada eram mais altas e tinham um maior conteúdo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed.
Cultrix, Richard Gerber, 1997).

Bernard Grad efetuou outra experiência muito interessante:

Grad lembrou-se de dar a água para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa mesma água foi depois
usada para tratar as sementes de cevada. A água energizada pelos pacientes que estavam
seriamente deprimidos, produziu um efeito inverso ao da agua tratada pelo passista: ela diminuiu a
taxa de crescimento das plantinhas novas (Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W.
Meek, Ed. Pensamento, 10ª edição, 1995, Cap. 13, pp. 158-159).

O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o campo celular,
contribuindo assim para a saúde física e psíquica da pessoa necessitada.
Ainda numa outra experiência: G rad analisou a água quimicamente para verificar se a energização
(através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma alteração física mensurável.
Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a ocorrência de significativas alterações na
água tratada pelo passista... o ângulo de ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado...
bem como diminuição na intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de
água... e significativa diminuição na tensão superficial.» (Gerber, 1997).
Masaru Emoto, um pesquisador japonês publicou um livro importante, “A mensagem da água”,
baseado em seus achados nas pesquisas que fez em todo o mundo.
Com o trabalho de Emoto, temos evidências factuais de que a energia humana vibracional, os
pensamentos, as palavras, as idéias e a música afetam a estrutura molecular da água, a mesma água
que compõe 70% do corpo humano maturo e cobre a mesma porcentagem do nosso planeta. A água
é a fonte de toda a vida neste planeta e sua qualidade e integridade são vitalmente importantes para
todas as formas de vida. O corpo é semelhante a uma esponja e é composto de trilhões de células
que contém líquidos. A qualidade de nossa vida está diretamente ligada à qualidade da nossa água.
A água é uma substância muito maleável. Sua forma física se adapta facilmente a qualquer ambiente.
Mas sua aparência física não é a única coisa que muda: sua forma molecular também se altera. A
energia ou as vibrações do meio ambiente mudarão a forma molecular da água. Neste sentido, não
somente a água tem a capacidade de refletir visualmente o meio ambiente, mas ela reflete este meio
ambiente também a nível molecular.

Emoto tem documentado visualmente estas modificações moleculares através de suas técnicas
fotográficas. Ele congela gotículas de água e as examina em fotomicroscópio de campo escuro. Seu
trabalho demonstra claramente a diversidade da estrutura molecular da água e o efeito do ambiente
nessa estrutura.

126
19- Questões a serem estudas:

01. O que é FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL?

02. Os Espíritos são fluidos?

03. Existe Fluido Espiritual? Por que?

04. O Espírito e o Perispírito são a mesma coisa? Justifique.

05. Como se processa a CURA?

06. Diferencie PLEXO de CENTRO DE FORÇA.

07. Cite 3 tipos de PASSE, dando o nome e letra empregada. Para que servem?

08. Há necessidade de preparo individual do Médium para o trabalho na Casa Espírita? Por
que?

09. O Corpo Humano é formado por células, que agrupadas formam os tecidos. Estes,
quando se reúnem para uma função específica, formam os órgãos. Os órgãos, reunidos para
funções determinadas, formam os sistemas. Qual é o SISTEMA de fundamental importância
para a saúde física?

10. Relacione os principais CENTROS DE FORÇA com os seus respectivos PLEXOS.

11. Por que os PASSES devem ser padronizados? Explique.

12. Como se processa as alterações da AURA?

13. O PASSE ESPIRITUAL é constituído de movimentos padronizados. Explique cada um


deles.

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20. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AUTORES DIVERSOS. Centros e Dirigentes Espíritas. São Paulo, USE, 1994.
SOARES, J. L. O Corpo Humano. 3 ed., São Paulo, Moderna, 1989.
PETRONE, M. Assistência Espiritual. São Paulo, FEESP, 1996.
Apostila Prática sobre Trabalhos Espirituais. São Paulo, CEI, 1997.
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Passes e Radiações – Métodos espíritas de Cura – Edgard Armond – São Paulo/SP1950
- KARDEC Allan. O Livro dos Espíritos, 1ª ed. São Paulo, PETIT, 1999
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- _________, A Gênese, 36ª ed. São Paulo, IDE, 2003
- MELO Jacob, O Passe Seu Estudo Suas Técnicas Suas Práticas, 11ª ed. Rio de Janeiro, FEB, 2000
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- NOBRE Marlene. O Passe Como Cura Magnética, 3ª ed. São Paulo, FE
- FILHO A. de C. Fluidoterapia Espírita Passes e Água Fluidificada, Cuiabá, ESPIRITIZAR 2012
- ARMOND Edgar. Passes e Radiações Métodos Espíritas de Cura, 5ª ed. São Paulo, ALIANÇA 2013
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- MEEK George. As curas Paranormais, PENSAMENTO 1995
- XAVIER F. C. Missionários da Luz, FEB
- XAVIER F. C. Entre a Terra e o Céu, FEB
- XAVIER F. C. Mecanismo da Mediunidade, FEB
- XAVIER F. C. Evolução m Dois Mundos, FEB
- XAVIER F. C., FEB
- Apostila do Curso de Passe e Atendimento Fraterno - GEFABEM – Grupo Espírita e Filantrópico Adolfo
Bezerra de Menezes
- Apostila do Curso de Passe – Centro Espirita Ismael - RJ
- _________, O Consolador, FEB
Sites:
www.camilleflammarion.org.br
www.espirito.org.br
www.cvdee.org.br
www.infoescola.com

 Elaborado por :

José Pinto Quezado Neto.


Maria Esmeralda U dos Santos
Luiz Karimai

Juazeiro do Norte/Ce, 02 de maio de 2006

OBSRVAÇÃO – A PRESENTE APOSTILA FOI ATUALIZADA EM MARÇO DE 2015

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