R E P Departamento de F & B: Elatório de Stágio Rofissional
R E P Departamento de F & B: Elatório de Stágio Rofissional
R E P Departamento de F & B: Elatório de Stágio Rofissional
Mindelo, 2015
Relatório de Estágio Profissional - Departamento de F & B
Agradecimentos
Agradeço primeiramente, a Deus pela dádiva que é a vida. Em segundo lugar agradeço aos meus
pais, João Dias Fonseca e Ana Maria Pires por todo o amor, carinho e compreensão que
demostraram durante esses anos, em que as dificuldades encontradas não foram poucas, e
principalmente por terem acreditado em mim.
Um agradecimento especial a minha orientadora Vera Monteiro, ao meu ex-coordenador João
Henrique Rego, pela atenção dedicada, ao meu atual coordenador Juscelino Dias e aos docentes
em geral por terem partilhado dos seus conhecimentos, enfim por tudo o que eles conseguiram
transmitir durante o meu percurso académico.
Agradeço do fundo do coração os meus colegas, os meus amigos, e o meu namorado, que
estiveram do meu lado, e que acreditaram em mim, quando eu mesma parecia não acreditar. Sem
eles a batalha travada durante esses anos teria sido muito mais difícil, ou até mesmo impossível.
Agradeço também a Universidade do Mindelo, a todos os funcionários do Resort Hotel Foya
Branca, por terem possibilitado a realização do estágio.
Por fim, agradeço também as outras entidades que permitiram a realização de outros estágios,
como é o caso da Agência de Viagens e Turismo Barracuda Tours, ASA-Aeroporto de Segurança
Aérea, Electra-Empresa de Eletricidade e Água.
Muito obrigado!
ÍNDICE
Agradecimentos ...................................................................................................................... 3
Resumo ................................................................................................................................... 7
Abstract .................................................................................................................................. 8
Introdução ............................................................................................................................... 9
Parte I – Apresentação da Entidade Acolhedora .....................................................................11
1.1 Breve historial .............................................................................................................11
1.2 Estrutura organizativa do Resort Hotel Foya Branca ....................................................13
Parte II – Atividades Desenvolvidas .......................................................................................14
2.1 Metodologia .................................................................................................................14
2.2 História da Hotelaria ....................................................................................................15
2.3 Caracterização Científica do Departamento de F&B ....................................................16
2.4 Tarefas práticas realizadas durante o estágio. ...............................................................22
2.4.1 Restaurante ...........................................................................................................24
2.4.2 Bar........................................................................................................................33
2.4.3 Cozinha ................................................................................................................42
2.4.4 Compra .................................................................................................................55
2.4.5 Economato............................................................................................................61
2.5 Controlo em F&B ........................................................................................................69
2.6 Atividade comercial/Marketing ....................................................................................73
2.7 Planeamento e gestão de Eventos .................................................................................81
2.8 Gestão e Administração dos Recursos Humanos ..........................................................84
2.9 Gestão e Tratamento de Reclamações ..........................................................................88
2.10 Relação Interdepartamental ......................................................................................89
Parte III – Apreciação Crítica .................................................................................................90
3.1 Áreas de Identificação com o Curso .............................................................................90
3.2 Análise Crítica do F&B ................................................................................................90
3.3 Dificuldades Encontradas.............................................................................................91
3.4 Recomendações / Sugestões .........................................................................................91
Conclusão ..............................................................................................................................93
Bibliografia ............................................................................................................................94
ANEXOS ...............................................................................................................................96
Índice de Organogramas
Organograma 1: Hotel Resort Foya Branca ................................................................................13
Organograma 2: Restaurante do Hotel Resort Foya Branca ........................................................24
Organograma 3: Bar do hotel Resort Foya Branca ......................................................................33
Organograma 4: Cozinha do Resort Hotel Foya Branca ..............................................................42
Organograma 5: Economato do Resort Hotel Foya Branca .........................................................61
Índice de Tabelas
Tabela 1: Quadro de Cores dos materiais...................................................................................53
Tabela 2: Análise do Indice de Rentabilidade e Popularidade .....................................................70
Tabela 3: Quadro de R. Humanos do Dep. F&B .........................................................................87
Índice de Fórmulas
Formula 1: Custo médio ponderado ............................................................................................66
Formula 2 : Receita Total ...........................................................................................................69
Formula 3 : Rácios .....................................................................................................................69
Formula 4 : Índice de Popularidade ............................................................................................70
Formula 5 : Índice de Rentabilidade ...........................................................................................71
Índice de Anexos
Anexo 1: Ficha de Controlo Diario de Bebidas do Restaurante/Bar ............................................97
Anexo 2: Ficha Técnica .............................................................................................................98
Anexo 3: Comanda ....................................................................................................................99
Anexo 4: “Check List”............................................................................................................. 100
Anexo 5: Lista de Fornecedores do Hotel ................................................................................. 103
Anexo 6: Ficha de avaliação do funcionario ............................................................................. 104
Anexo 7: Mapas de Horas Extras ............................................................................................. 106
Siglas e Abreviaturas
F&B = Food and Beverage (Alimentos e Bebidas)
A&B = Alimentos e Bebidas
HACCP = Hazard Analysis and Critical Control Point (Análise dos Perigos e Pontos Críticos de
Controlo)
ISO = International organization for standardization
FIFO = First in First out
LIFO = Last in First out
NIFO = Next in First out
EX = Exemplo
POS = (pdv) Point of Sale
RT = Receita Total
IP = Índice de Popularidade
IR = Índice de Rentabilidade
Resumo
Para a conclusão do curso de Gestão Hoteleira e Turismo na Universidade do Mindelo são
conferidas duas opções ao aluno finalista do curso: três meses de estágio profissional numa área
em que o aluno manifeste interesse em aprofundar os conhecimentos ou desenvolvimento de uma
monografia e um mês de estágio profissional numa área de interesse para o aluno.
O estágio profissional foi o percurso escolhido. O objetivo principal deste é o aprofundamento de
todas as questões operacionais relacionadas com o funcionamento do departamento, que neste
caso é o Departamento de Food and Beverage (F&B), que abrange as seguintes áreas: Bar/
Restaurante, Economato, Cozinha. Permitiu também obter conhecimentos práticos de
Planeamento e Gestão de Eventos, Gestão e Administração dos Recursos Humanos, Controlo de
Vendas e as Políticas Comerciais/ Marketing.
O estágio teve lugar no Resort Hotel Foya Branca, com uma carga horária de 480h, em que
durante este tempo foram desenvolvidas certas atividades onde tivemos como suporte um Plano
de Estágio elaborado pelo antigo orientador e supervisionada pela Assistente de Direção de F&B.
No decorrer do estágio em cada área houve o reconhecimento físico das secções, staff,
equipamento e organização, coordenação das práticas operacionais, ou seja, o conhecimento
detalhado das áreas já mencionadas, através da realização de todas as tarefas.
Abstract
To complete the course of Hotel Management and Tourism at the University of Mindelo is
conferred two options to the finalists students of the course: three-month internship in an area
where the student expresses interest in deepening knowledge or development of a monograph and
a month of work experience in an area of interest to the student.
The professional stage was the way chose. Tthe main objective is the deepening of all operational
matters related to the functioning of the department, which in this case is the Food Department
and beverage (F & B), which covers the following areas: bar /restaurant, stationery, kitchen. It
allowed also have a working knowledge of planning and event management, management and
administration of human resources, sales control and commercial/marketing policies.
The stage took place at the Resort Hotel Foya Branca, with a hourly load 480h, in that during
this time were developed certain activities where we had to stand a stage plan drawn up by
former mentor and also was supervised by the assistant director of F & B.
During the stage in each area there was the physical recognition of sections, staff, equipment and
organization, coordination of operational practices, ie the detailed knowledge of the areas already
mentioned, by performing all tasks.
Introdução
O estágio é um elo entre a vida universitária e a vida no mercado de trabalho. É um dos
momentos mais importantes para a formação profissional pois é nesse momento que o futuro
profissional tem oportunidade de entrar em contato direto com a realidade profissional na qual
será inserido, além de concretizar pressupostos teóricos adquiridos pela observação de
determinadas práticas específicas e do diálogo com profissionais mais experientes. No decorrer
do estágio, o profissional em formação tem a oportunidade de investigar, analisar e intervir na
realidade profissional específica, enredando-se com a realidade educacional, organização e o
funcionamento da instituição educacional e da comunidade.
No curso de Gestão Hoteleira e Turismo o estágio afigura-se como um instrumento de
consolidação das diversas componentes teóricas e práticas, cuja finalidade é de dotar os futuros
profissionais de competências e valências que lhes permitam ter uma melhor interacção no
mercado de trabalho visto que para além de já dispormos de uma forte bagagem teórica, temos
também a possibilidade de colocá-la prática. Esta foi um dos motivos que se teve em conta ao
escolher o estágio pois já se entra no mercado de trabalho com alguma experiência.
O estágio em questão teve a duração de 3 meses e decorreu no Resort Hotel Foya Branca mais
especificamente no departamento de Food and Beverage (F&B),que é um dos departamentos
mais complexos e uma parte fundamental na estrutura de qualquer hotel, pois complementa todas
as áreas, contribuído assim para um serviço de excelência.
O presente relatório retrata as atividades desenvolvidas durante o estágio e as informações
adquiridas através de observações, análises, pesquisas, entre outras. Para uma melhor
estruturação e compreensão dos leitores, este foi dividido em três partes. Na Parte I faz-se uma
breve apresentação do Hotel Resort Foya Branca, onde também é apresentado a sua estrutura
organizacional.
Na Parte II apresenta-se a metodologia utilizada para realizar este relatório, e também é
apresentada as atividades desenvolvidas no decorrer do estágio mais propriamente nas áreas que
dividem o departamento de F&B neste caso a cozinha, restaurante/bar, economato.
Na Parte III faz-se uma abordagem crítica sobre o estágio, apresentação de algumas sugestões
para melhoria deste departamento, as dificuldades encontradas para sua realização, as áreas do
estágio que se identificam com o curso, e por último a conclusão onde será demostrada a
importância do estágio, a apresentação de alguns anexos e por fim um glossário técnico de termos
utilizados em Hotelaria.
Objetivos
Objetivo Geral
Aprofundar os conhecimentos no departamento de F&B e adquirir uma visão ampla e detalhada
da gestão de Alimentos e Bebidas de forma a ter bagagem suficiente de ordem teórica e prática
para que se possa enfrentar os desafios e obstáculos que poderão surgir no mercado de trabalho.
Objetivos Específicos:
Aprimorar habilidades e obter experiências úteis para o futuro exercício profissional;
Procurar ter um ótimo relacionamento interpessoal a fim de entender como funciona uma
organização;
Vincular as atividades realizadas com conteúdos do curso, tendo senso crítico sobre as
informações teóricas recebidas no contexto da sala de aula;
Planear diferentes tipos de serviços em função da demanda;
Eleger e aplicar as melhores formas de controlo inerentes ao departamento de F&B;
Desenvolver capacidades por forma a resolver problemas futuros intrínsecas ao
departamento de F&B;
Visão
Proporcionar aos clientes um serviço, eficiente, rápido e com elevada qualidade, de modo a
destacar face a concorrência e alcançar a liderança do mercado.
Missão
Disponibilizar serviços de alojamento e restauração, de modo a atender às necessidades e
expectativas dos clientes/hóspedes, parceiros e empresas, tendo em conta sempre a qualidade e o
preço.1
1
www.foyabranca.com
2
http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh
A metodologia é o estudo dos métodos, especialmente dos métodos das ciências. É um processo
utilizado para dirigir uma investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um
fim determinado. Uma explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação
desenvolvida na elaboração de um trabalho de pesquisa. 3
Para a realização de um trabalho de conclusão de curso, é a parte em que é feita uma descrição
minuciosa e rigorosa do objeto de estudo e das técnicas utilizadas nas atividades de pesquisa.
Os trabalhos académicos pressupõem a utilização da metodologia que dá sentido à forma como o
pesquisador vai investigar, conhecer, buscar os caminhos que o levarão a responder os seus
objetivos.
O presente trabalho descreve as atividades que foram realizadas durante o estágio de uma forma
detalhada e aprofundada. Neste trabalho foi utilizado como procedimento metodológico a técnica
de coleta de dados como a observação direta extensiva e documentação indireta.
A observação consiste em examinar com atenção e minúcia as realizações práticas das tarefas,
evidenciando as várias fases de cada operação acompanhado de explicações que permite de forma
eficaz e eficiente maior aprendizagem.
Segundo Quivy “observação direta é aquela que o próprio investigador procede diretamente à
recolha das informações”.
Outro método utilizado foi a execução das tarefas inerentes as áreas de estágio que consiste no
desenvolvimento prático das tarefas.
Para além da observação e da execução das tarefas foi feito também uma revisão bibliográfica
que permitiu expor as ideias de forma organizada, os conhecimentos adquiridos durante o curso,
como também a consulta de sites na internet, que ajudaram na elaboração deste relatório.
3
http://www.significados.com.br/metodologia-cientifica/
A hotelaria é uma das mais antigas atividades humanas, tendo uma significativa evolução através
dos tempos. Segundo consta, as hospedarias apareceram por volta do séc. IV a.C. e tinham como
objetivo prestar serviços correspondentes às mais elementares necessidades humanas tais como
alimentação e abrigo.
O surgimento da Indústria Hoteleira no mundo tem algumas teorias diferenciadas. Para muitos
autores, o marco inicial da hospedagem, coincide com os Jogos Olímpicos, que teria sido de
imprescindível importância ao desenvolvimento do Turismo Mundial. Considerado um dos mais
importantes eventos da época, este tinha força até mesmo para interromper as guerras em
andamento e atrair milhares de pessoas.
O grande deslocamento do povo romano seria outro marco de extrema importância para o
desenvolvimento dos meios de hospedagem.
No início da expansão do seu Império, os Romanos iniciaram a construção de estradas entre as
cidades conquistadas que eram utilizadas especialmente como meio de comunicação.Com o
passar dos anos, essas vias foram-se expandindo, fazendo a ligação de cidades cada vez mais
distantes, gerando em consequência a necessidade de hospedagem.
O mercado hoteleiro também teve grande expansão através do Cristianismo, visto que o
Imperador Constantino, após várias guerras civis, unifica mais uma vez o Imperio Romano. O
Cristianismo trouxe consigo os novos preceitos de amor ao próximo, fazendo com que os
moradores de muitos lugares do mundo oferecessem melhor tratamento aos peregrinos, tornando-
os hóspedes especiais ao dar-lhes pousada. Esse episódio gerou uma proximidade entre hóspedes
e donos de hospedarias, passando a ter especial importância histórica na trajetória do setor. A
qualidade no atendimento começou a ser considerada de extrema importância.
Hoje, no mercado hoteleiro a qualidade no atendimento é tratada como um aspeto mercadológico,
enquanto nesse período esse diferencial estava mais ligado à religião e as suas pregações. Mesmo
com essa diferença conceitual, a qualidade, pode-se dizer, passou a ser estudada e empregada. O
produto hoteleiro é estático. O consumidor deve ir até ele. Já nas empresas industriais ou
comerciais fazem chegar o produto até o cliente.
De acordo com citações anteriores há de se observar, entretanto, que esses meios de hospedagem
não possuíam como função principal a hospedagem. Os primeiros estabelecimentos de
hospedagem com o propósito exclusivamente comercial surgiram no final da Idade Média na
Europa. Eram as tabernas e as pousadas, sendo públicas com fins lucrativos, localizadas em
povoados onde ofereciam alimentos, bebidas e albergues aos viajantes.
Com a chegada das ferrovias os hotéis e pousadas foram construídos nas redondezas das estações
de trens com o objetivo de dar alojamento e alimentação aos passageiros.
Um dos marcos mais importante da história da hotelaria e para sua evolução, e consequentemente
para o desenvolvimento do departamento de F&B foi a construção, em 1870, do primeiro
estabelecimento hoteleiro em Paris, considerado o início da hotelaria planeada. As inovações
foram as casas de banho privativas em cada quarto e a uniformização dos empregados. O
pioneiro foi o suíço César Ritz. Porém, com estudos mercadológicos e de aperfeiçoamento no
atendimento, os Estados Unidos passaram a ser a nova referência da Hotelaria Mundial. No final
do século XIX, a expansão da economia norte-americana provocou aumento no turismo de
negócios e no de lazer.
Em 1525 foi fundado o primeiro hotel no continente Americano. Em 1794, foi construído o New
York’s City Hotel. Em 1828, surge o Tremont House, considerado o primeiro hotel de 1ª classe .
4
O modernismo tem seu início em 1908, com a inauguração do "Statler Hotel" em Búfalo.
4
http://www.vitrineturismo.com.br/images/arquivos/Historico_da_Evolucao_Hoteleira.pdf
O volume das vendas constitui o termómetro de qualquer negócio. É um aferidor que obriga a
mudanças, sempre que tal volume se torna insatisfatório.
Entre as causas mais usuais da diminuição do nível de vendas podem citar-se:
Preços fora da concorrência;
Monotonia das ementas;
Fraca qualidade da alimentação servida;
Serviço lento e ineficiente;
Falta de condições sanitárias;
Ambiente pouco atrativo e ruidoso;
Localização inadequada;
Promoção deficiente;
O custo das matérias-primas e as despesas com o pessoal constituem, por outro lado, as
componentes principais dos custos elevados das operações de alimentação e bebidas. Das
variadas causas de custos elevados das matérias-primas, podem mencionar-se:
A compra ineficiente;
O desperdício e a deterioração;
A produção excessiva;
O desvio dos produtos;
A incorreta fixação dos preços de ementa;
5
http://gestaohoteleira.blogs.sapo.pt/
Para além dos desperdícios deste departamento que requer um controlo para minimização dos
custos, é muito importante também manter um alto nível de qualidade, tendo sempre em conta os
perigos e pontos críticos de controlo, ou seja, fazer uso das regras do HACCP (Hazard Analysis
and Critical Control Points) – Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo).
O HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Points – Análise dos Perigos e Pontos Críticos
de Controle - é um sistema de segurança alimentar concebido para prevenir a ocorrência de
potenciais problemas durante operações com alimentos. Baseia-se em analisar as diversas etapas
da produção de alimentos, analisando os perigos potenciais à saúde dos consumidores,
determinando medidas preventivas para controlar esses perigos através de pontos críticos de
controlo. Um dos principais problemas relacionado com o processamento de alimentos é a
segurança alimentar, ou seja, o controle de perigos de contaminação dos alimentos devido a
perigos físicos, químicos ou microbiológicos. Estes podem ocorrer durante todas as fases do
processo, desde a receção de matérias-primas, durante o seu armazenamento, na preparação e por
fim na confeção do produto final que chega ao consumidor.
6
http://gestaohoteleira.blogs.sapo.pt/
7
http://vomservicos.pt/haccp.asp
8
http://pt.slideshare.net/JooVilhena/manual-de-gestao-de-fb-francisco-moser
Diariamente, o gerente de F&B coordena muitos funcionários. Verifica o andamento dos serviços
nos pontos-de-venda, atenta principalmente ao atendimento dispensado aos clientes. Na cozinha,
confere os trabalhos da área central, sob o comando do chefe, e de setores específicos. Também
atende às preparações e serviços de eventos. Recebe as requisições de compras de matérias-
primas e ingredientes, examina e faz os pedidos. Semestralmente avalia e inova os cardápios,
junto com a equipa da cozinha. 9
A gerência de F&B tem como prioridade motivar a equipa para trabalhar com dedicação e
carinho, para que atenda com excelência todos os tipos de clientes. Diariamente, o hotel recebe
executivos, famílias, turistas em férias; enfim, públicos com diferentes aspirações.
Deste modo o Assistente de F&B do Hotel Foya Branca tem a responsabilidade de:
Planear, supervisionar, coordenar e controlar as atividades na área de comidas e bebidas;
9
http://pt.slideshare.net/JooVilhena/manual-de-gestao-de-fb-francisco-moser
Zelar pelas boas condições de higiene nos locais que oferecem comidas e bebidas;
Zelar pela perfeita condição de higiene e segurança dos produtos nos locais onde são
estocados;
Zelar pelas condições dos uniformes, pelo asseio pessoal e pela boa apresentação de todos
os funcionários;
Supervisionar o processo de elaboração dos alimentos e bebidas nos diversos pontos de
produção, analisando a sua qualidade e quantidade;
Rever as fichas técnicas, propondo alterações, quando for o caso;
Supervisionar o procedimento de atendimento ao público nos diversos pontos de venda do
hotel, mantendo a boa qualidade dos serviços;
Supervisionar o recebimento de mercadorias, verificando a sua qualidade e quantidade;
Analisar periodicamente os preços de venda, tendo em vista as variações de custo;
Emitir ordens-de-serviço aos diferentes setores sob a sua responsabilidade;
Supervisionar e participar do inventário de matérias estocadas;
Supervisionar as escalas de trabalho;
Coordenar a programação anual de férias dos seus subordinados;
Assessorar no recrutamento, na seleção e no treinamento do pessoal afeto à sua área;
Manter-se informada sobre as determinações emanadas da gerência geral ou diretoria;
Fazer a análise da rentabilidade e popularidade dos pratos da ementa;
Atender eventualmente a fornecedores que desejam apresentar novos produtos;
Elaborar propostas dos menus dos serviços especiais.
A área escolhida para realização do estágio profissional foi o departamento de F&B que se ocupa
das operações de alimentos e bebidas. Este departamento engloba 3 setores\ áreas específicas,
sendo eles, o Bar \ Restaurante, Cozinha, Economato. Durante o decorrer do estágio nessas
respetivas áreas houve a realização de várias tarefas sendo elas:
Restaurante/ bar
Preparar o mise-en- place do pequeno-almoço;
Obter informações sobre a previsão dos clientes;
Receber os clientes que vão tomar pequeno-almoço;
Controlar o buffet e ver se não falta nada, e se no caso estiver a faltar fazer o pedido na
cozinha;
Buscar e arrumar os produtos que foram requisitados no economato;
Preparar o mise-en-place do jantar;
Recolher as toalhas e guardanapos usados, para lavar;
Lavar as loiças do restaurante e colocar nos seus devidos lugares;
Preparar o mise-en-place do almoço no snack-bar;
Atender aos clientes, tomar nota do pedido e entregar na cozinha;
Arrumar prateleiras sempre que necessário;
Limpar e arrumar os frigoríficos;
Cozinha
Ajudar no Preparo do pequeno-almoço;
Preparar as saladas;
Fazer o empratamento;
Ajudar no preparo do almoço dos clientes;
Transportar os utensílios para cozinha do snack-bar;
Ajudar na preparação de refeição para os funcionários;
Ajudar na preparação dos doces e sobremesas;
Ajudar na preparação dos pratos de serviços especiais;
Ajudar na arrumação das compras como (peixe, hortaliças, saladas frutas, carnes);
Compras
Fazer compra juntamente com o pessoal de compras;
Conferir os produtos comprados;
Armazenar os produtos;
Economato
Fazer as contagens das bebidas existentes no restaurante e snack-bar;
Fazer a contagem física dos produtos existente no economato;
Entregar os produtos requisitados pelas outras secções;
Conferir os tickets de venda do dia anterior;
Repor as bebidas consumidas do dia anterior;
Realizar inventario de todo departamento de F&B;
Planeamento e Gestão de Eventos
Organizar os serviços especiais como buffet e rodizio;
Indicar os clientes as suas mesas;
Gestão e Administração dos Recursos Humanos
Fazer horários mensais para os funcionários;
Fazer as contas das horas extras;
Nas páginas seguintes pretende-se demonstrar de forma mais complexa todas tarefas práticas
realizadas durante o decorrer do estágio no hotel.
2.4.1 Restaurante
Restaurante
O restaurante, de acordo com Castelli (2003, pag.297), “trata-se de um estabelecimento que
fornece ao público alimentação mediante a um pagamento.”
Consideram-se restaurantes todos os estabelecimentos vocacionados para a venda de comidas e
bebidas, para serem consumidas no próprio local mediante remuneração, podendo ser apêndice
de um hotel ou outros centros comerciais.
Chefe de Restaurante
Sub- Chefe
Empregado de mesa 1
Empregado de mesa 2
Estagiário
Localização
A localização do restaurante deve permitir uma maior rapidez na execução dos serviços. Por isso
temos de levar em conta alguns pormenores tais como:
Facilitar ao máximo a comunicação com a cozinha, o que permite uma maior rapidez na
execução dos serviços, é muito importante para a qualidade dos mesmos, isto é, estar no
mesmo nível e próximo da cozinha;
Evitar que os odores da cozinha penetrem no restaurante;
Proporcionar temperatura, iluminação e ventilação agradáveis;
Evitar degraus entre a cozinha e o restaurante;
No que se refere à classificação dos restaurantes, estes podem ser classificados de várias
maneiras: agrupando-os por categoria (luxo, primeira categoria, segunda categoria e terceira
categoria), classificando-os pelo sistema de serviço oferecido (à la carte ou sistema de buffet),
pelo seu tamanho (pequeno, médio e grande porte), ou ainda pela tipicidade da culinária:
internacional (pratos de vários lugares do mundo), contemporâneo (pratos internacionais mais a
culinária do pais e que se encontra), de especialidades (que pode ser típico de um país ou região,
ou trabalhar uma determinada comida como massas, ou um determinado tipo de modo de cocção
como grelhados), coffee shop (preparos rápidos e menos elaborados) e ainda de degustação ou
O ambiente do restaurante
Para além do fornecimento de comida e bebida, há vários outros fatores que contribuem para o
prazer de uma refeição num restaurante; estes incluem a atmosfera dentro da sala, a iluminação, a
cor das decorações o lay-out e o mobiliário.
Cada estabelecimento é projetada para satisfazer as exigências de uma classe particular de cliente
e a impressão geral que se tem á entrada deve refletir a necessidade particular do consumidor.
(G.Nobis, 1996)
O lay-out do Restaurante
O lay-out deve estar de harmonia com as suas características porque a maneira como o mobiliário
e os acessórios são instalados tem muita influência no ambiente, que por sua vez tem efeito sobre
o tipo de cliente que ira frequentar o lugar.
O tamanho e a forma de um restaurante são frequentemente resultados das limitações estruturais
que por seu turno estabelecem o número de pessoas que se podem acomodar de uma só vez; o
género de mobiliário escolhido tem o seu peso sobre isto, assim como o estilo de serviço, porque
este dita quantos aparadores é preciso instalar.
O lay-out do restaurante é detido por os limites do edifício; as exigências dos clientes; o tipo e
constituição da ementa; a organização e política da direção encarregada.
A organização de um restaurante
Um restaurante deve ser gerido de maneira eficiente e prática para dar satisfação aos clientes e ao
pessoal. Um controlo apertado sobre todo o processo que envolve cada pormenor terá como
resultado uma atmosfera de trabalho calma e suave conducente ao bom relacionamento entre o
pessoal, o que por seu turno deve proporcionar inteira satisfação aos clientes.
10
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANUUAK/area-abrangencia-restaurantes
Gerência do Restaurante
Os gerentes dos restaurantes de hotel são responsáveis pelas seguintes metas e funções:
Superação das expectativas dos hóspedes em relação aos serviços.
Contratação,
Treinamento e aperfeiçoamento de seus colaboradores,
Estabelecimento e manutenção de padrões de qualidade,
Marketing,
Serviços de quarto, frigobares ou coquetéis.
Apresentação de previsões e orçamentos semanais, mensais e anuais de seus restaurantes
ao diretor de A&B.
A execução dos serviços de mesa é caracterizada de cinco formas distintas: à Russa, à Inglesa
direta e indireta, à Francesa e à Americana.
É possível caracterizar cada tipo de serviço, da seguinte forma:
Serviço à Francesa - Dá a possibilidade ao cliente de se servir a si próprio. O serviço é iniciado
quando o empregado de tronco inclinado, apresenta ao cliente, pelo lado esquerdo a travessa,
segurando-a com a mão direita, com o respetivo talher de serviço. Quando se trata de uma mesa
com o máximo de quatro pessoas é aceitável colocar a iguaria principal sobre a mesa.
Serviço à Inglesa Directo -O empregado, recolhe o serviço na cozinha, verifica se o mesmo está
de acordo com o pedido feito pelo cliente, em seguida transporta-o para a sala, passando a
apresenta-lo pelo lado esquerdo do cliente. O empregado utilizando o talher de serviço em jeito
de pinça com o qual passa os alimentos da travessa para o prato segundo as normas previstas.
Serviço à Inglesa Indirecto - O empregado transporta a iguaria seguindo os mesmo cuidados
atrás mencionados, coloca-a na mesa de serviço ou carro de apoio (guéridon), começando aí a
executar o serviço de empratamento. Depois de empratado é servido ao cliente pelo lado direito.
Serviço à Russa - Tipo de serviço pouco utilizado, pois é bastante moroso. As peças vêm da
cozinha, geralmente inteiras e são apresentadas ao cliente. De seguida são trinchadas de novo ao
cliente. Serve-se à francesa, ou à inglesa direto.
Serviço à Americana - O mais simples de todos, pois as iguarias são empratadas na cozinha e daí
transportadas pelo empregado e servidas pelo lado direito do cliente. Este é o serviço utilizado no
restaurante do Resort Hotel Foya Branca.
Serviço self serviçe – serviço pelo qual o cliente serve a si próprio. Neste serviço é preparado
uma mesa onde se coloca uma variedade de comidas incluindo as sobremesas. Nesta mesa tem de
ter pratos e talheres. Na mesa do cliente só fica o guardanapo e copo de água.
Serviço á la carte
Este serviço é feito no almoço e jantar, consiste na escolha dos pratos através do menu ou
cardápio do estabelecimento.
A carta de menus é composta por um prato do dia, entradas quentes e frias, pratos de carne,
peixe, mariscos, massas, fondue e sobremesas. E nesta mesma carta contém as bebidas como
aperitivos, cervejas, aguas, refrigerantes, digestivos e bebidas quentes. A outra carta existente é a
carta de vinhos.
O Fondue faz parte da carta de menus do restaurante, é um serviço que é a especialidade da casa.
Uma das principais características desse prato é facto de ser preparado pelos próprios clientes
dentro de um recipiente que contém um 1.5 l de água a ferver onde se adiciona dois caldos de
carne knorr. A carne e o peixe crus são confecionados dentro desse preparado, no final da
refeição o cliente pode tomar o caldo, que resulta desta preparação com uma pequena dose de
martini tinto, que o torna um bom digestivo. Ainda esse serviço vem acompanhado de molhos e
das guarnições. No equipamento tem disponíveis dois espetos para cada cliente com cores
diferentes.
Batatas fritas
Molhos:
Maionese natural
Cocktail
Alho
Queijo
Mostarda
Caril
Tártaro
Escolha de quatro variedades dos molhos pelos clientes.
Rodizio
O rodízio, que é um serviço exclusivo do hotel (na ilha), consiste em apresentar ao cliente uma
variedade de carnes e enchidos. É um serviço realizado á frente do cliente e é servido a todo o
momento até que o cliente se sinta satisfeito. É feito aos Sábados à noite a partir das 20h, e é
acompanhado de música cabo-verdiana que é muito apreciada pelos turistas como também pelos
residentes.
Buffet ou self-service
O serviço “buffet”, é um serviço onde são os clientes que vão servir o seu próprio alimento e
escolhem o que desejam a partir do menu do serviço, realiza-se aos domingos das 13 às 15horas,
com direito a café expresso e a sobremesas durante o almoço.
Durante o estagio houve a oportunidade de participar neste serviço, ajudando os funcionários na
preparação dos pratos, na mise en place da sala e noutras atividades afetos ao serviço.
Menus
Menu significa em francês “detalhe num minuto”, e tem por objetivo informar o cliente das
comidas e bebidas que pode escolher a determinado preço.
Os menus são um importantíssimo instrumento e ferramenta de marketing dado que estes
refletem o conceito, a imagem, o ambiente, o tipo de cozinha, serviço entre outros.
Independentemente do tipo de menu ou carta, estes devem contemplar os seguintes requisitos
básicos:
Ser atrativo;
Estar limpo;
Ser de fácil leitura;
Estar em sintonia com o local ou evento, isto é, os menus de um estabelecimento de
restauração rápida será mais colorido que os de um restaurante clássico;
Satisfazer as necessidades do cliente;
Ter um design adequado;
Planeamento de menus
Os menus devem ser pensados e elaborados com particulares cuidados e atender a muitas
especificidades. Os pratos que fazem parte do menu são de planificação das instruções que
estabelecem as obrigações do chefe da cozinha e do chefe de mesa, o que significa que a
qualidade da ementa determina o alcance de todo o processo e também ainda a tornar mais
agradável a tarefa do empregado de mesa apresentando bons pratos para vender.
Estes deverão ser capazes de transmitir a informação relativa à oferta gastronómica, por forma a
esclarecer e a persuadir os diversos tipos de clientes.
Elaboração de um menu
No hotel Foya Branca os menus são elaboradas pelo Diretor Geral do estabelecimento, e há que
ter em mente quando se compõe a lista, como é o estilo; disposição e conteúdo da ementa
precisam ser compatíveis com toda a vivência da refeição.
O menu é escrito de acordo com a sequência habitual dos pratos que constitui uma refeição,
começando com entradas frias (couvert) ou quentes (sopa) peixes, mariscos, carnes, massa,
sobremesas, queijo e doce seguido do café. Esta sequência é universal exceto em relação aos
ingleses que preferem comer doce antes do queijo.
A elaboração de um menu deverá obedecer a determinados requisitos, de forma a satisfazer o
mercado onde está inserido bem como assegurar a máxima rentabilidade operacional. Deste
modo á que considerar determinados aspetos como:
Perfil da clientela e a categoria do estabelecimento hoteleiro;
Análise da concorrência;
Capacidade da zona de produção e serviço;
Competências técnicas do pessoal;
Rácios de custos;
Ordenação dos diversos pratos;
Alternativas ao modo de confeção dos pratos (cozido, grelhado, assado, frito);
Aproveitamento integral dos produtos
Pratos do dia;
Facilidade na aquisição dos produtos (Produtos locais);
Apresentação do menu.
O equipamento de cozinha e de serviço disponível no local;
2.4.2 Bar
O bar é um local público, onde se vende bebidas alcoólicas, muitas vezes acompanhadas de
alguns petiscos. As bebidas são servidas num balcão ou em mesa onde o próprio desempenho do
“barman” se constitui num dos componentes essenciais do ambiente. (CASTELLI, 2003, PAG.
467).
No Hotel Foya Branca existem três bares. Um dos bares é utilizado para servir o almoço (Snack
bar), alguns alimentos rápidos e bebidas. O segundo fica dentro do restaurante e o terceiro na
piscina no fundo do hotel.
Chefe de Bar
Sub- Chefe
Empregado de mesa 1
Empregado de mesa 2
Estagiário
O Bar do hotel deverá dispor de vários utensílios, isto para garantir o bom funcionamento, e para
que os serviços sejam bem desempenhados garantindo assim a satisfação dos clientes; entre os
quais podem-se destacar:
Abridor de garrafas e latas;
Coador;
Bandejas;
Pinças de gelo;
Colher bailarina;
Tigela e pires, para salgadinhos;
Baldes para gelo;
Facas diversas;
Colheres diversas (chá, café, sobremesa.);
“Mixing – glass” (copo de misturas);
Copos diversos (vinho, conhaque, whisky, refrigerante, cerveja, sucos);
Porta – copos;
“Shaker” (utensilio de fazer coquetel);
Jarras;
Espremedor de frutas;
Amassador de limão;
Pratos diversos;
Saca- rolhas;
Tábua para cortar frutas;
Paliteiro;
Cinzeiro;
Panos de serviços;
Toalha de mão;
Guardanapo de papel;
Panos de prato;
Pinça para gelo;
Entre outros.
Além dos utensílios referenciados, o bar necessita dos seus equipamentos, como qualquer
outra secção, nomeadamente:
A brigada do restaurante/bar
Brigada é a totalidade dos elementos do pessoal empregado num restaurante para servir refeições
a clientes. Na forma atual a estrutura da brigada data de 1889 quando César Ritz começou a
trabalhar Savoy hotel de Londres e fez dos seus restaurantes os mais famosos do mundo. Levou o
ato de comer fora ao seu apogeu empregando uma equipe de pessoal habilitado que treinou
segundo os seus próprios padrões, conforme o praticado pelo seu pessoal em muitos
estabelecimentos que havia dirigido na Europa.
Cortesia/educação – agir sempre com delicadeza, boa educação, bem como ter
conhecimento de línguas.
Cooperação e espírito de equipa – realizar um trabalho com participação de outras
pessoas, ajudar os colegas quando for necessário.
Honestidade – servir uma dose de bebida com várias “ choradinhas” para com isso obter
do cliente uma gorjeta maior, participar de intimidades isso também demonstra falta de
honestidade.
Empregado de mesa 2ª
Fazer serviços de bebidas, couvert e levantar pratos sujos dos clientes;
Executar a colaboração na preparação da sala e arranjos de mesa.
Mise en place
A expressão “mise en place” significa ter tudo pronto para o começo do serviço à hora
estabelecida para a abertura do restaurante.
O trabalho de mise-en-place bem estruturado deve ser considerado, entre outros trabalhos diários
do profissional de hotelaria, dos mais úteis para o bom desempenho do serviço. As tarefas que o
compõem são diversificadas e a eficiência nesta área dá ao empregado que as executa a garantia
de tranquilidade.
O Resort Hotel Foya Branca segue as tarefas de mise-en-place. O empregado que a efetua tem
que ter todo o cuidado e rigor na sua execução.
Tarefas para o pequeno-almoço (restaurante):
A primeira coisa a se fazer é conferir o fundo de caixa na receção;
Solicitar ao rececionista a listagem dos hóspedes em casa, para saber a taxa de ocupação;
Verificar se a sala está devidamente preparada para o pequeno-almoço;
Montar o buffet de pequeno-almoço;
Limpar as mesas e cadeiras que ficam expostos ao vento na esplanada, e que estão
sempre cheias de pó;
Dar uma última vista de olhos para ver se está tudo em ordem e aguardar pela chegada dos
hóspedes.
Abrir o restaurante às 07:30, e fazer a receção dos clientes;
A medida que os hóspedes, terminam de tomar o pequeno-almoço, o papel dos
funcionários é recolher os copos e pratos sujos, e limpar as mesas.
Ter uma atitude atenciosa com os clientes para poder ajudar no que precisarem,
principalmente os hóspedes mais distraídos (indicar o que eles procuram).
Estar sempre atenta a mesa de buffet para evitar rutura desnecessária;
Depois do período reservado para o buffet, desmonta-se a mesa de pequeno-almoço, o
mais rápido possível;
Efetuar requisições;
Arrumar requisições;
Limpar mesas e cadeiras da esplanada;
Preparar couvert;
Obter informações acerca da previsão dos hóspedes fornecidas pela receção;
Informar junto da cozinha quais os produtos que não têm disponível;
Verificar se a sala está limpa e arrumada na perfeição e às 19:30 abre-se o restaurante;
Fazer receção dos clientes;
Efetuar o serviço de mesa, desde a carta ate o pagamento da conta;
Ter uma atitude atenciosa e prestável com os clientes para poder ajudar no que
precisarem;
Preparar a sala para o pequeno-almoço, após o serviço de jantar;
Fechamento do caixa e entregar na receção.
vem substituir. No caso de ainda haver clientes com contas em aberto, o responsável do caixa
deve entregar as contas ao substituto e passar todas as informações acerca desta conta.
No término do trabalho, faz o fechamento do movimento do dia, e estes (cheques, moedas
estrangeiras, moedas nacionais, os talões de cartão de crédito) e faturas são todos entregues na
receção mediante assinatura do funcionário para a confirmação de todas as contas e faturas.
2.4.3 Cozinha
Segundo Castelli (2003, pag. 385), a cozinha é “um conjunto ordenado de equipamentos e
instalações, perfeitamente integrados para a produção de refeições”
A cozinha é o local onde se prepara a refeição dos clientes, dos hóspedes, e dos funcionários por
isso neste local deve-se ter muita atenção visto ser um local muito sensível.
Chefe de Cozinha
Sub- Chefe
Cozinheiro de 1ª
Cozinheiro de 2ª
Cozinheiro de 3ª
Pasteleiro
Ajudante de Cozinha
Copeiro
O layout
Os cuidados a ter em relação a cozinha de um estabelecimento devem ser discutidos visto que a
cozinha de um hotel deve estar em consonância com o tipo e o tamanho do estabelecimento, com
a quantidade e variedade de alimentos que se pretende oferecer, com a modalidade de serviços a
ser adotado como também, deve proporcionar ao cliente um serviço adequado à sua categoria.
Assim na construção da cozinha do resort hotel levaram em consideração os seguintes aspetos:
a) Sectores ou zonas
De pré-preparo
De cocção
De lavagem
De lixo – este é retirado todos os dias e os baldes são lavados e desinfetados, de seguida é
lhes introduzidos bolsa para lixo.
Pessoal:
Local para vestuário, sanitário, refeitório e sala para repouso;
Local para a sala do chefe de cozinha;
Mercadorias:
Local para a receção e controle das mercadorias;
Local para armazenamento das mercadorias separadas por tipo de produto;
b) Aspetos construtivos
Espaço – este é amplo, permitindo uma boa circulação dos funcionários.
Localização – está bem localizada, pois esta próxima do restaurante, possuindo duas
portas vai-vem, sendo que uma é para sair da cozinha para o restaurante e a outra é de
entrar na cozinha através do restaurante, evitando assim que os funcionários esbarrem um
no outro. E essas portas não deixam que os odores da cozinha passem para o restaurante.
Paredes – são revestidas de azulejos de cor branca, o que facilita a limpeza dos mesmos.
Iluminação – possui uma boa iluminação natural, pois tem janelas e estas tem redes para
evitar a entrada de insetos e roedores.
Serviço de Almoço
O almoço é pré preparado na cozinha central do hotel, mas o acabamento é na cozinha do snack-
bar onde será servido. Os funcionários da cozinha têm que informar com o seu chefe dos
produtos que efetivamente existem, no sentido de poder informar os clientes no acto do
atendimento de forma a prestar um serviço de qualidade.
Preparar acompanhamentos;
Preparar o couvert;
O prato do dia diferencia-se todos os dias de 1 a 15, de modo a evitar repetições de pratos e
também tendo em conta os ingredientes que o hotel dispõe visto que o hotel faz as compras
semanalmente.
Fichas Técnicas
A ficha técnica é o precioso documento de gestão onde é estandardizado a comida ou a bebida,
garantido a qualidade, modo de confeção e apresentação. Desta forma a estandardização das
fichas técnicas permite assegurar que os pratos deverão ser feito sempre de igual forma, evitando
que um dia seja feito de uma forma, e no outro dia, de outra completamente diferente. Na
realidade os clientes esperam receber aquilo que encomendaram e que será pago no final.
Além disso, a ficha técnica, deve descrever os custos das matérias-primas necessárias para a
elaboração de uma ou diversas doses. Como se sabe, o sector da hotelaria e restauração apresenta
uma elevada rotação dos seus recursos humanos. Assim, importa garantir que a ausência ou saída
No hotel Foya Branca quando existem sobras, estes são servidos aos funcionários de modo a
evitar desperdício de comidas, também quanto as frutas quando esses já se encontram num estado
viçoso são aproveitados para fazer sobremesas, bolos, doces, etc.
Quando fazem a compra por exemplo de Carnes e Peixes, ou seja este é o produto bruto, têm que
ser pesados para saber o peso antes de os tratar mas depois tem de os tratar, tem que se verificar
realmente a quantidade do produto limpo que foi aproveitado e apurar a quantidade do
desperdício.
Ficha de Controle
A cozinha tem de fazer o controlo de tudo o que sai dela e para isso, usa uma “fichas de
controlo”, como o nome diz esta ficha serve para fazer o controlo das saídas dos alimentos:
No refeitório, a ficha de controlo serve para contabilizar quantas pessoas comeram no refeitório,
essas pessoas tem de assinar, mesmo porque no hotel tem os seus funcionários e muitos
estagiários, desta forma é mais fácil conhecer os custos da alimentação do pessoal.
Pesagem de pão, com a referida ficha é possível saber as quantidades de ingredientes gastos na
confeção do pão, e com isso apurar os custos.
Pequeno-almoço, nesta ficha consta todos os produtos e as suas quantidades que foram utilizadas
no pequeno-almoço, mesmo porque todos os dias não fazem a mesma quantidade visto que tem
que ter em conta os hóspedes em casa.
Todos esses documentos devem ser assinados pelo chefe de cozinha, e de seguida entregue ao
Assistente de Direção de F&B, e este por sua vez deve fazer a contabilização e controlo.
Comanda
No hotel utiliza a comanda para tomar nota os pedidos de alimentos e bebidas solicitadas pelos
clientes nos diversos pontos de venda do hotel.
Tendo em conta que nada deve ser entregue sem a referida comanda, cabe a cada garçom trazer
sempre consigo o comanda e caneta para tomar nota dos pedidos.
A comanda tem três vias em que a 1ª vai para cozinha, a 2ª vai para caixa e a 3ª fica com o
garçon. (Ver Anexo 3 Exemplo de uma comanda).
Método “Check-List”
Uma metodologia que pode ser utilizada na cozinha e em outras áreas do hotel, visando à
eliminação dos riscos de contaminação alimentar, pode ser denominado de “Check-list” que
consiste na verificação do comprimento de um conjunto de normas que nos ajuda a ter certeza de
que estamos a funcionar corretamente. (Ver Anexo 4 de “Check-list”).
11
http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=20009
Colocar todo o lixo e detritos em sacos apropriados de utilização única dentro de recipientes
tapados munidos de tampas e de utilização exclusiva da cozinha, esses recipientes serão
lavados e desinfetados antes de serem reutilizados na cozinha.
Esterilizar periodicamente todas as bancadas da cozinha.
Regras de Segurança
Esconder os cordões do avental de maneira que estes não se prendam.
Não utilizar panos húmidos.
Verificar o interior dos fogões antes de os acender.
Verificar a chama do fogão quando um liquido se derramar.
Não transportar tapados os recipientes com líquidos.
Quando se deslocar segurando uma faca, o bico desta deverá sempre estar virado para o
chão.
Antes de abandonar a cozinha, verificar que todos os focos de calor estão apagados e que as
saídas de gás estão fechadas.
A contaminação dos alimentos ocorre devido a falta de higiene ambiental por isso é necessário
conhecer os desinfetantes e métodos adequados para higienização de pisos, tetos, equipamentos e
utensílios. Nesta óptica na cozinha do Resort Hotel Foya Branca, fazem uso de materiais
distinguindo-os por cor, para de preparação dos alimentos no hotel.
Definições:
Refrigerar é um processo de conservação de alimentos num frigorífico, por tempo
limitado, em temperaturas compreendidas entre +1º C e +7º C.
Gelar é um processo que ocorre entre – 4º C e + 2º C, quando os líquidos existentes nos
alimentos solidifiquem lentamente, formando grandes cristais que rompem as paredes
celulares, modificando a aparência, textura e qualidade dos alimentos. É conhecido como
o período crítico e perigoso para os alimentos, não oferecendo quaisquer garantias para a
sua conservação.
Congelar é um processo no qual as temperaturas dos alimentos baixam muito
rapidamente fazendo com que a água existente nos produtos congele em pequenos
cristais, de forma a não danificar os alimentos. As temperaturas de serviço deverão ser
sempre abaixo dos – 2º C, sendo necessárias duas a 4 horas para que o núcleo do alimento
atinja aquela temperatura. A partir daqui, cessam as ações enzimáticas e bacterianas.
2.4.4 Compra
Compra é a aquisição de um bem ou serviço mediante pagamento; ato ou efeito de comprar, e
tem como objetivo de eficiência a obtenção dos materiais certos, em quantidades corretas,
com entregas atempadas e preços vantajosos. 12
A fase de compra é um elemento essencial em qualquer empresa ou unidade hoteleira, pois
abastece-o de produtos nas melhores condições de preço e qualidade, atendendo aos meios
necessários para desempenhar a atividade pretendida. É portante necessário saber escolher os
fornecedores e os produtos.
12
www.cmc.ifam.edu.br/usr/portage/distfiles/.../guia-orientacoes-dap.pdf
realçar que durante o estágio este foi um dos momentos que os estagiários tiveram uma forte
participação, tanto na compra das mercadorias como na receção, distribuição e por ai adiante.
Política de Compras
A política de compra baseia-se na orientação que deve ser seguida em relação à qualidade/ preço
pretendida, assim como à política de pagamentos estabelecida e o tipo de especificidade em
determinados artigos, tais como a sua origem, denominação de origem ou estado (fresco,
congelado, vácuo).
Aspetos a considerar:
1) Ponto de Encomenda- é o momento exato de compra de uma mercadoria. É estipulado
um stock mínimo para cada produto em função do seu consumo médio e tempo de
aprovisionamento, desde a sua encomenda ate a sua entrada em armazém.
2) Quantidade a comprar- este depende da previsão de ocupação e do histórico de consumo
dos produtos, ou seja, se o produto e muito consumido.
3) Rotação das existências em armazém- a eficácia no controlo de custo de F&B é a
manutenção de um nível de rotatividade o mais elevado possível. Este nível de rotação
permite o pagamento aos fornecedores uma vez por mês e a utilização desse dinheiro,
equivalente ao número de rotação do produto (mercadoria).
4) Prazo de Pagamento- a grande vantagem do pagamento a prazo prende-se simplesmente
com o facto de a mercadoria ser paga ao fornecedor apos a sua utilização. Isto significa
que parte do lucro gerado com a venda do produto, é posteriormente utilizado no
pagamento desse mesmo produto ao fornecedor,
5) Escolha do fornecedor- na escolha do fornecedor temos de ter em conta:
Qualidade dos produtos,
Relação entre qualidade e preço aplicado,
Frequência das entregas e sua pontualidade,
Disponibilidade para entregas em dias festivais e fins-de-semana,
Manutenção dos “standards” dos produtos pedidos,
As condições higiénicas de transporte dos produtos alimentos e sua correta
temperatura,
Os métodos de pagamento.
Fornecedores
Na escolha dos fornecedores devem ser feito uma escolha geográfica alargada, dado que hoje em
dia, com as facilidades de distribuição, importa conhecer quais as condições e preços que
diversos fornecedores apresentam.
Critérios para Selecionar os Fornecedores
Notoriedade e prestígio do fornecedor no mercado;
Conhecer as suas instalações (higiene, organização, controlo, recursos humanos, meios de
transporte disponíveis etc.);
Relação quantidade/preço dos artigos disponíveis;
Assiduidade e pontualidade nas entregas;
Prazos de pagamentos;
O contacto com os fornecedores é feito geralmente pessoalmente ou por telefone, em caso de
telefone as chamadas são feitas a partir da receção. Também é importante salientar que caso
houver alguma alteração no mercado o fornecedor, informa imediatamente o estabelecimento,
isso quando se sabe que vai ter rutura de um determinado produto, o fornecedor avisa o hotel para
que reserve o produto, isso devido a boa relação que tem com os fornecedores e a carteira de
contactos.
Em caso de outras alterações como novos produtos, alteração de preço; os fornecedores
comunicam ao estabelecimento e posteriormente enviam uma correspondência, comunicando por
escrito (formalmente), e este é anexado a ficha de preço. Isso para dizer que não é de grande
Processo de Compras
As compras no hotel Foya Branca são feitas uma vez por semana, caso houver a necessidade de o
fazer mais do que uma vez, poderá ser feito. Isso acontece devido a necessidade de ter sempre
produtos frescos como hortaliças, peixes e frutas, com intuito de vender sempre produtos mais
frescos possíveis e com qualidade. Os produtos frescos como hortaliças, verduras, frutas, peixe,
entram diretamente para cozinha onde são armazenados nas câmaras frias pelo chefe de cozinha.
O Processo de compra começa com a necessidade sentida de adquirir volume de produtos
necessários para o funcionamento normal do estabelecimento. As compras serão feitas tendo em
conta o número de hóspede no hotel, os serviços a serem realizados (buffet, rodízio e cozido á
portuguesa), a realização de um evento especial e a rutura ou não dos produtos no mercado e
ainda a rotação dos clientes e o stock existente.
Assim cabe ao chefe de compras analisar o seu nível de stock para saber se as quantidades
existentes, são ou não suficientes. Todas as terças feiras o chefe de compra elabora a requisição
(pedido de compra) com base nas necessidades que se verificou e na conversa com o chefe de
cozinha.
O Chefe de Compras
O chefe de compras é o elemento responsável por todas as aquisições no estabelecimento
hoteleiro, para além disso, este cargo implica uma vasta experiência profissional, pois deverá
conhecer as exigências do serviço e da clientela, bem como estar familiarizado com os
fornecedores e com os preços do mercado.
O aparecimento de novos produtos e de novos fornecedores no mercado deve merecer um
cuidado especial. É também importante fazer visitas regulares aos principais mercados e
fornecedores.
1- O hotel faz compra semanalmente com o stock mínimo de mercadorias.
2- A requisição de compras é feita conforme a taxa de ocupação, rotação dos clientes e
também dos serviços especiais efetuados durante a semana.
3- A encomenda é feita no momento da compra exceto alguns fornecedores que tem que
fazer um dia antes por causa das condições de armazenamento.
O chefe de compras faz uso de uma ficha de preço, onde consta a designação do produto, a
quantidade de venda e o respetivo preço. Permitindo ao chefe de compras quantificar
aproximadamente quanto capital irá precisar para a realização das respectivas compras.
Após a elaboração das requisições, estes são apresentados ao Diretor Geral que tem a última
palavra se é possível ou não disponibilizar o montante pedido. Depois o chefe de compra dirige a
contabilidade, onde disponibilizam o montante solicitado, que geralmente é um cheque com a
assinatura de dois administradores.
Após a aquisição do cheque, o chefe de compras dirige aos bancos e faz o levantamento do
montante e de seguida dá-se o ato da compra propriamente dito, tendo sempre em atenção o
estado dos produtos e a sua data de validade. Outra preocupação do chefe de compra é definir os
produtos que devem ser comprados em primeiro lugar, isto porque em relação aos produtos
congelados, peixes, frutas, legumes e os ovos, estes ao serem comprados devem ser
encaminhadas logo para o hotel para evitar a sua deterioração, visto que a empresa não tem um
veículo apropriado para estes tipos de produtos.
No ato da compra o chefe de compras deve conferir os produtos, ou seja fazer a contagem física
para verificar se a quantidade solicitada e discriminada na fatura / recibo é igual as quantidades
que lhe são entregue, verificar o estado de conservação e a validade dos produtos, no local da
compra, visto que alguns fornecedores não aceitam devolução.
A empresa defende que a entrada dos produtos devem ser feita sempre por outra pessoa, ou seja
alguém que não participou na compra, evitando assim desvios de mercadoria.
Deste modo os produtos ao chegarem ao hotel, são descarregados e de seguida as faturas são
entregues a uma pessoa da contabilidade que vai efetuar a contagem e pesagem dos produtos de
acordo com as quantidades compradas, depois essas faturas são assinadas pelo responsável da
contabilidade comprovando assim a sua conformidade, e só depois desse procedimento é que
sucede a entrega desses produtos a ecónoma para a sua arrumação.
Na compra dos produtos como carne, peixe, ovos, frutas e legumes o chefe deve certificar-se que
os produtos são frescos e de qualidade. Ainda o chefe de compras tem a responsabilidade de
lançar as faturas no programa informático “PDV”. Quando terminar de lançar os produtos,
transcreve o código de lançamento para a respetiva fatura.
Depois faz-se a verificação das contas, a soma dos montantes das faturas - recibo com o
excedente (troco) é igual ao montante disponibilizado pela contabilidade.
O chefe de compra faz uma cópia das faturas dos produtos que foram adquiridos á crédito e fica
com as cópias e entrega todas as faturas - recibo na contabilidade e caso houver troco, também
deve o entregar.
Na contabilidade as faturas são confrontadas com os lançamentos no programa (feito pelo chefe
de compra) e é dado baixa, aos produtos que foram comprados a cash (dinheiro vivo).
Ficha de preços
Esta ficha é elaborada a partir de uma pesquisa de preço feito junto aos fornecedores. Depois da
recolha de dados, o chefe de compra transcreve as informações obtidas para o computador, pois é
uma forma de melhor conservação das informações, assim sempre que se precisa dessas
informações é só aceder a página e se for o caso ter esse documento em duas vias, no formato
digital e também no papel. Quando houver alterações é só mudar o formato digital, imprimindo
de novo, poupando assim tempo. Nessa ficha consta a designação do produto, a quantidade de
venda e o respetivo preço.
2.4.5 Economato
O economato é a secção responsável no que diz respeito a alimentos e mercadorias, desde a sua
compra até à receção, à distribuição pelas diferentes secções requisitantes, assegurando sempre
uma boa conservação dos produtos armazenados. É da responsabilidade do economato a compra
de artigos alimentares de primeira qualidade, pois um produto inferior, mesmo que com um preço
mais baixo, não permite nem garante um produto final de qualidade.
Chefe de Compra
Ecónoma
Na secção dos géneros alimentícios - para além dos produtos enlatados, ensacados, enfrascado,
engarrafados e empacotados também são armazenados os produtos deterioráveis tais como:
Carnes, Peixe, Mariscos, Produtos congelados e todos aqueles que carecem de frio para sua
conservação esses produtos são armazenados em dois arcas frigoríficas em que não deverão haver
misturas de produtos de características diferentes, de forma a ser evitado, por um lado, a transição
de cheiros, e por outro lado pela circunstância de cada tipo de alimentos que necessita de
temperaturas diferentes para sua conservação.
Na secção de bebidas - estão armazenadas todas as bebidas exceto os vinhos, como por exemplo
Aguas sem gás, Sumos, Refrigerantes e Cervejas.
Cave de Vinhos - é o local em que estão armazenados todos os vinhos: brancos, Tintos,
Espumantes e Champanhes.
A característica mais importante da cave de vinho é a temperatura. Esta não deverá ter
oscilações, devendo situar-se entre 8º e os 13ºC pois este afeta o desenvolvimento e o processo de
maturação do vinho tinto. Recomenda-se que o vinho branco fique armazenado perto do chão
onde está mais fresco.
Todo o vinho em garrafas é armazenado na posição horizontal para manter a rolha molhada para
que ela possa respirar, ajudando assim a conservar o vinho em boas condições. O grau de
humidade deve ser de 70 a 75%,um grau mais elevado podia danificar a rolha e o rótulo. Não se
devem guardar outros produtos na cave de vinhos porque o vinho pode ser afetado pelo contato
com um odor forte.
Os Artigos de Higiene e Limpeza/ Reserva de Materiais - estão no mesmo sector por causa da
dimensão da empresa, embora esse espaço está dividido em 2 partes, uma para artigos de higiene
e outra para reservas de materiais.
Inventario
O inventário consiste na contagem individualizada e periódica de todo o stock existente no
armazém e nos demais setores do hotel. Podem ser considerados físicos ou perpétuos. Os físicos
são realizados no final, de determinado período, no mínimo um més, valorizando nessa altura
todos os produtos em stock, os perpétuos vão atualizando o inventário à medida que são efetuadas
as entradas e saídas em stock.
O objetivo do inventário é:
Controlar toda a mercadoria,
Controlar custos,
Apurar desvios.
Mensalmente, o ecónomo do Hotel Foya Branca efetua um inventário físico de todas as
mercadorias armazenados no economato, com o objetivo de apurar os desvios verificados. No
final imprime um relatório do sistema, onde discrimina os produtos e as quantidades que devem
existir no economato, de seguida deve-se fazer a contagem física para verificar se está tudo a
bater certo, Caso não estiver há que haver uma justificativa comprovada com respetivo
documento.
O referido inventário deve ser apresentado a contabilidade em formato digital. E compete a este
verificar se tudo bate certo, pois também tem acesso ao programa informático existente no hotel.
O controlo das bebidas do bar e do restaurante, é feito diariamente, através da contagem de todas
as bebidas existentes, e têm de preencher uma ficha para verificar se a soma das quantidades
vendidas e as existências, correspondem ao stock fixo.
Requisição Interna
A requisição interna é um documento muito utilizado no estabelecimento hoteleira, como não
podia deixar de ser é também o documento que se utiliza no hotel Foya Branca para requisitar
qualquer produto do economato para outras secções da unidade hoteleira.
Em regras não é permitido entregar nenhum produto sem a referida requisição, o pessoal das
outras secções tem de cumprir rigorosamente os horários estabelecidos para levantar as
requisições no economato.
A requisição interna deverá ser emitida em duplicado, ficando o original na posse do armazém
(economato) e o duplicado na posse do chefe da secção requisitante, para conferência da
mercadoria.
Gestão de Stocks
Antes de mais nada importa definir o que é um stock e gestão de stock. Segundo Zermati (1986)
Stock é uma provisão de produtos destinados ao consumo, enquanto que gestão de stocks é uma
área de administração de uma empresa, em que o desempenho desta área tem de ser o melhor
possível visto que reflete diretamente nos resultados comerciais e financeiros de qualquer
empresa. Gerir um stock é fazer com que ele esteja constantemente apto a responder ás
encomendas do clientes, dos utilizadores dos artigos em stock.
O objetivo principal é garantir que, à partida, e de acordo com o histórico de venda, determinado
produto não entre em rutura de stock. Assim por uma correta rotação de produtos em armazém,
importa definir o stock mínimo de cada produto, para assegurar a satisfação dos clientes.
Ao conhecer o stock mínimo, estamos também a definir o ponto de encomenda, ou seja, o
momento em que se deve efetuar a encomenda, tendo em conta quanto se deve encomendar.
Independentemente da entidade ser ou não hoteleira, estes partilham a seguinte dificuldade: como
efetuar a manutenção e controle do stock. Apesar de este problema existir desde sempre, apenas
no século XX se começaram a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta
questão, que se tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde a incerteza era
constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou menos secreta, os primeiros passos
na gestão de stocks. Se teoricamente, a gestão de stocks é a área das operações organizacionais
mais desenvolvida, a prática mostra precisamente o contrário .
Stock de segurança
O stock de segurança é determinado diretamente através de previsões. Não conseguindo serem
estas previsões absolutamente exatas, o stock de segurança irá funcionar como uma proteção
quando a procura atinge valores superiores ao esperado. As principais variáveis a ter em conta
são a procura e o tempo de aprovisionamento designado também por prazo de entrega. É nestas
variáveis que o stock de segurança irá desempenhar um papel fundamental na medida em que a
satisfação da procura terá que ser garantida.
Critérios Valorimétricos
A valorização de qualquer elemento do Ativo do Balanço de uma empresa tem reflexos naturais
ao nível dos seus Resultados pelo que os critérios de valorização dos stocks têm de ser
ponderados com toda a prudência.
Os critérios de valorização correntemente utilizados são os seguintes:
1 Custo médio ponderado
A utilização deste critério faz distribuir por todos os artigos em stock com o mesmo código, as
alterações de custo resultantes de novas entradas. Obtendo-se assim uma Valorização ao mesmo
custo de todos os artigos desse código. É um critério correntemente utilizado e bem aceite pelo
Fisco.
2 Custo standard
É fixado um valor standard para cada artigo de stock. Todos os movimentos se processam com
base no valor estabelecido para o período de referência (normalmente 1 ano).
Os desvios, entre os valores reais e o standard fixado, vão a contas de desvios e são regularizados
no final do exercício.
É um método também muito utilizado e bem aceite pelo Fisco.
3 LIFO – Last in First Out
Este critério assume que o último lote que entrou será o primeiro a sair.
Os artigos iguais são valorizados de acordo com o lote que esteve na origem da sua entrada.
As saídas são valorizadas em função do lote movimentado na ordem inversa da sua entrada
(último a entrar - primeiro a sair).
Este critério conduz a uma tendência de inflacionamento do custo dos produtos produzidos, uma
vez que se utilizam sempre os lotes mais recentes existentes em stock.
Em contrapartida as existências são tendencialmente subavaliadas, uma vez que se mantém os
lotes mais antigos que integram o stock.
4 FIFO – First in First Out
Ficha de Stock
A ficha de stock é importante documento do economato, pois é elaborado individualmente por
cada produto. Destina-se a registar-se as entradas, saídas dando qualquer momento informação
das existências bem como, os preços médios e ainda permite observar o nº de rotação num dado
período.
O responsável por está área terá que ter em consideração as políticas pré-estabelecidas no que
respeita às compras e à armazenagem dos produtos.(Lopes, 2012)
Quanto menor for o rácio, maior será o lucro obtido pelo hotel. Esses cálculos permitem verificar
se há prejuízos ou ganhos nesses serviços. Após o apuramento desses resultados, este é entregue
ao diretor do hotel para verificar e analisar esses resultados. Os resultados de todas as semanas
são arquivados numa pasta no economato.
Este processo de controlo é realizado todas as Segundas ou Terças-feiras de cada semana.
Esta análise assume especial importância na avaliação do desempenho dos vários pratos que
constituem o menu do restaurante, permitindo saber aqueles que realmente interessam vender e
aqueles que devem ser substituído, isso num período de operação de 6 meses.
Para a análise de popularidade e da rentabilidade dos pratos há que ter em conta os seguintes
itens:
Ementa (Prato) – Indica a designação dos itens de vendas.
Quantidades vendidas – Indica a quantidade de doses vendidas e o respetivo peso percentual no
período em análise conforme os registos em P.O.S.
Índice de popularidade (IP) – este índice é dado pela seguinte forma:
Desta forma, todos os itens cujas vendas representam valores percentuais de vendas, acima do
índice da popularidade diz-se que tem alta (A) popularidade, quando sucede o inverso diz-se que
tem baixam (B) popularidade.
Preço unitário de venda – preço de venda de cada dose sem IVA Preço unitário de custo –
valor do custo de cada dose, obtida através da respetiva ficha técnica de produção
atualizada.
Margem de contribuição (MC) – preço unitário de vendas líquido menos preço unitário de
custo (representa a margem de lucro de cada dose)
Total de custo – quantidade de doses vendidas multiplicado pelo preço unitário de custo.
Pratos Star (AA) têm alta rentabilidade e alta popularidade. Há que manter
constante a qualidade, a quantidade, a apresentação e o preço de cada prato, de
forma a garantir a manutenção da procura. É necessário investir na produção, para
manter um bom índice de rentabilidade. Estes pratos contribuem de uma forma
decisiva para a rentabilidade do negócio. Caso esta iguaria seja um exclusivo do
estabelecimento e não exista nos estabelecimentos concorrentes deverá aumentar
ligeiramente o preço.
Pratos Plowhorses (AB), têm alta popularidade e baixa rentabilidade. Estes pratos
devem ser mantidos no cardápio, embora haja que diminuir os seus custos e
aumentar ponderadamente o preço de venda, com intuito de tornar esses pratos
mais rentáveis. Estes são objetos de grande procura, no entanto revelam baixos
níveis de rentabilidade. Deve-se analisar com detalhe a ficha técnica da iguaria de
modo a verificar se existe alguma possibilidade de trocar algum dos ingredientes
por outros com menor custo.
Pratos Dog (BB), têm baixa rentabilidade e baixa popularidade. Estes pratos
devem ser excluídos do cardápio, mas há que ter atenção se falta ou há rutura de
algum produto no mercado que faz parte da composição do prato durante algum
tempo e por isso obteve essa classificação, assim deverá ser mantido até a sua
procura aumentar.
O melhor para o hotel é que a maioria dos pratos tenham a classificação de pratos Star e os pratos
Puzzle, porque isso significa que os pratos estão a ser muito consumidos, são rentáveis e as
pessoas conhecem esses pratos, logo o hotel vai lucrar com esses pratos.
A Estratégia Comercial
A estratégia comercial do departamento de F&B, esta virada para a captação dos clientes da
cidade que vão fazer suas refeições no hotel e também costuma usufruir dos serviços especiais
que o hotel oferece.
A estratégia comercial depende muito do mercado que querem atingir, mas este mercado tem que
ser escolhido quando pensam em construir o hotel, tendo em mente a cultura dos países. Esta área
só pode ser proactiva se tiver um bom gestor.
Para os clientes nacionais o hotel pratica uma política de preços que se adequa a esse
determinado segmento, e para isso o hotel utiliza os seguintes canais de distribuição:
Através de Operadores Turísticos;
Agência de Viagem;
Internet;
Empresas Diversas.
O hotel Foya Branca tem vários tipos de contratos que faz com os operadores turísticos no
sentido de trazer mais turistas com refeição completa e oferecer os serviços especiais do
departamento de F&B.
Estudo do mercado
Mercado significa o espaço de transações, o contexto de trocas e intercâmbios entre aqueles que
oferecem um produto ou serviço e aqueles que procuram um produto ou serviço. (Chiavenato,
2004)
Tendo em conta que há muita concorrência as organizações procuram desenvolver serviços de
excelência para uma maior satisfação dos seus clientes que se tornam cada vez mais exigentes, e
por isso o estudo de mercado constitui uma mais-valia para o empreendedor na medida em que
permite diminuir as incertezas, possibilitando o conhecimento e análise das possíveis fraquezas e
forças da empresa, bem como as possíveis oportunidades e ameaças do mercado. Assim o estudo
de mercado consiste em obter dados importantes que possibilitam a análise dos clientes,
concorrentes, e outros destinos, de forma a ajudar na tomada de decisões
Deste modo o hotel procura conhecer ao máximo possível o mercado para tentar analisar pontos
como:
Tendências de mercado;
Possíveis modificações na estrutura do mercado decorrente da evolução económica;
Manobras da concorrência;
Inovações, capazes de criar novas necessidades;
Comportamentos e hábitos de compra;
Distribuição espaço / temporal da procura;
Procedência e estrutura económica dos clientes;
Eficácia da comunicação;
Aceitação dos produtos / serviços;
Necessidades não satisfeitas;
Segmento de Mercados
Segmentação do mercado é a divisão do público em agrupamentos homogéneos, com uma ou
mais referências mercadologicamente relevantes, sendo assim uma técnica que permite descobrir
e explorar novas oportunidades mercadológicas. (Vaz, 1999)
Através do estudo de mercado, pode-se ainda identificar os segmentos de mercado que podem
enquadrar no perfil do resort hotel, ou seja, permite escolher a própria clientela oferecendo-lhe
Preços
Os preços deverão ser estudados de acordo com a qualidade das instalações, serviços prestados e
mercado em geral. No que tange aos preços das comidas e bebidas são elaborados de forma a
estarem em linha com outras unidades da zona, consideradas concorrentes:
Carta de bar;
Carta de vinhos;
Carta do restaurante;
Carta de snacks;
Carta do mini bar;
Dado tratar-se de um Hotel Resort é aconselhável fazer uma segmentação das tarifas de
alojamento, o mais alargado possível, para facilitar a sua comercialização e melhor rentabilizar os
serviços.
Aquando da elaboração de packages é sempre incluída no mínimo uma refeição no hotel.
Seguidamente são indicados alguns packages que são elaborados como forma de promover os
períodos baixos e atrair clientela segmentada:
Dia de São Valentim;
Carnaval;
Páscoa;
Pausa de fim-de-semana;
Lua-de-mel;
Programa de Natal e de Fim de Ano
Tarifas de preços:
Para estipular os preços de venda no Hotel Foya Branca deve-se ter em conta:
Os custos fixos;
Custo de investimento;
A qualidade das instalações;
A qualidade dos serviços prestados;
A categoria do hotel;
Preços da concorrência;
Contexto económico.
Vendas
A venda é uma das principais prioridades de qualquer organização com fins lucrativos, assim
sendo, obriga o gestor a fazer uso dos mecanismos de marketing adequados de forma a cativar o
consumidor a comprar o produto.
Promoção Interna de Vendas
Os hóspedes são os primeiros potenciais clientes dos diversos pontos de venda existentes na
unidade hoteleira. Sendo que durante a estadia do hóspede poderá consumir uma ou mais vezes
no restaurante, bar ou no minibar. Logo a promoção interna surge como um instrumento
fundamental para catalisação e maximização das vendas.
Na ótica do resort hotel as secções de bar e restaurante podem e devem ser locais privilegiados de
ponto de encontro dos clientes, contribuindo assim para:
Criar vida própria, fazendo com que os clientes “vivam o hotel”;
Ajudar, através de clientes satisfeitos, na divulgação do hotel;
Criar uma maior receita para a empresa.
Dada a dispersão e compartimentação destes serviços, os hóspedes nem sempre se apercebem ou
não sentem necessidade de utilizá-los, por não estarem na sua rota normal de circulação. Haverá
que despertar / informar os clientes de forma a aderirem às iniciativas e ofertas que lhes são
dirigidas para frequentar estes locais, promovendo, para o efeito ações especiais, assim o hotel
procura oferecer ao cliente:
Serviços animados, em termos de atendimento;
Assistência personalizada;
Manter sempre as instalações limpas e arrumadas de acordo com a decoração original;
Criar noites temáticas, com menus, decorações e animação adequados aos temas;
Animação ao vivo em casos pontuais;
Informar os clientes, dos serviços que existem à sua disposição, através de placares, carta
de boas vindas assinadas pelo diretor, com oferta de uma bebida no restaurante, sempre
que utilizem estes serviços, durante a sua estadia no hotel (mencionar sempre o nome do
restaurante em horários de funcionamento);
Comunicar pessoalmente com os clientes.
Convém ter presente que cada serviço terá de ser rentável por si próprio. Quanto maior número
de clientes aderirem aos serviços, maior animação haverá e mais fácil será desenvolver outras
iniciativas.
Os chefes procuram dar toda a atenção à organização e coordenação dos serviços, para que tudo
decorra normalmente, de maneira que o cliente sinta bem e tenha um serviço de qualidade,
sempre que utiliza os serviços.
Cada vez mais os não fumadores são pessoas intolerantes em relação ao seu bem-estar, perante os
fumadores. Neste sentido o restaurante tem uma área específica reservada para não fumadores.
Marketing
Marketing é sem dúvida, uma função primordial em torno do qual todos os outros devem girar.
Com efeito o diretor de F&B deve participar ativamente na elaboração do plano de marketing de
F&B, bem como acompanhar as vendas de grupos e serviços especiais de alimentação e bebida
na unidade hoteleira, assumindo, por isso, um papel de responsabilidade em todas as vendas de
F&B. (Moser, 2002)
O marketing surge como um instrumento fundamental na análise do mercado, na conceção do
produto e na promoção das vendas. Para o hotel a gestão da crescente globalização da economia,
tentam abordar aspetos tais como: tendências de mercado; os clientes têm acesso a diferentes
mercados e a uma variada gama de opções de escolha de produtos e serviços, tornando-os cada
vez mais exigentes e seletivos para se conseguir gerir e vencer num mercado cada vez mais
incerto e dinâmico. É necessário ter capacidade de antecipar essas mudanças, analisar o seu
impacto e criar nestes momentos, novas oportunidades de negócio.
E para que isso acontece a empresa tem que ter em mente:
Marketing Externo – é quando a empresa procura ter uma boa imagem perante a sociedade,
através da publicidade.
Marketing Interativo- este tipo de marketing é ter em conta o trabalho do outro e para isso a
empresa deve proporcionar aos funcionários a possibilidade de executar por alguns dias as tarefas
dos colegas, por forma a compreender melhor as dificuldades, e assim criar um espirito de equipa
e facilitar o relacionamento funcional.
Estratégias de Marketing
Intangibilidade: o serviço não tem forma física, logo não pode ser visto, tocado ou armazenado,
mas sim percebido este facto torna mais difícil a tarefa do marketing.
Os eventos remontam os princípios das civilizações, tento as suas raízes na natureza social do ser
humano, visto que o homem por ser um ser social sempre procurou formas de interação, assim os
eventos surgiram de forma natural.
O evento é portanto toda a atividade onde uma determinada organização interage com os públicos
diversos e específicos, com o objetivo de divulgar, capacitar, educar, promover ou interagir. 14
Assim o evento não deixa de ser de grande importância para o departamento de F&B, pois serve
para rentabilizar o mesmo, fortalecendo também a imagem da instituição.
O evento em geral para o seu pleno sucesso precisa antes da sua realização passar por um
planeamento de forma detalhada e organizada abrangendo todas as etapas de sua programação,
desde a sua idealização até sua conclusão.
Fases do evento
1ª Fase Solicitação do evento – é quando o cliente entra em contacto com o hotel para solicitar o
evento, pode ser feito através de correio eletrónico, telefone, ou pessoalmente.
2ª Fase Elaboração e apresentação das propostas – depois de saber qual o tipo de evento que o
cliente pretende, deve-se ainda saber algumas informações sobre, o número de pessoas, a data
que pretende realizá-lo bem como a hora, em que espaço aberto ou fechado, tipo de decoração,
conhecer o carácter do evento se é (familiar, social, profissional, politica, religioso e outros), e
tomar nota de algum pedido em especial e importante para executar o evento. A assistente de
Direção de F&B apresenta a proposta ao cliente já com o respetivo orçamento.
A proposta do menu geralmente é composta por entradas, prato de peixe, prato de carne,
acompanhamento, sobremesa. Compete ao cliente decidir se quer um orçamento com bebidas já
incluídas ou se prefere que as bebidas sejam faturadas ao consumo.
3ª Fase Negociação da proposta - após a aceitação da proposta passa-se as condições de
pagamentos. Deve ser feito um pré pagamento de 50 % três dias antes do evento e o restante
depois do evento e caso as pessoas estipuladas não apareçam, não é da responsabilidade do hotel,
portanto o cliente pagará a totalidade do que foi acordado.
4ª Fase Planeamento do evento - é nessa fase que se faz a distribuição da brigada e a coordenação
interdepartamental e também as compras para elaboração dos pratos pretendidos.
14
http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-um-evento/29848/
Planeamento de eventos
Planeamento é o ponto de partida, criação de estratégias ou táticas para alcançar os objetivos do
evento. Consiste em delinear o que será feito e como será feito, com intuito de minimizar o
máximo possível o risco de ocorrer imprevistos.
Assim, ao fazer o planeamento, há que levar em conta a disponibilidade dos produtos, dos
recursos humanos e materiais, distribuição da brigada, pois deverá saber o número de
funcionários que será necessário para suportar o evento, caso for necessário deve-se adquirir
pessoal que trabalha em part-time, o evento não deverá abalar o funcionamento normal das
atividades do Hotel. Por isso não se pode desfalcar a brigada.
Assim para melhor coordenação, a brigada é escolhida pelo responsável máximo desse
departamento e pelos chefes dos setores abrangente. Há que definir os sistemas de trabalho a ser
adotado durante o desenvolvimento do evento.
Para que o serviço seja impecável é necessário que haja uma coordenação interdepartamental ou
seja tem a ver com a comunicação entre os departamentos, mais propriamente comunica-los a
realização de evento.15
Realização do evento
É a execução do evento, para isso é necessário montar o serviço e coordena-lo.
Os setores envolvidos devem estar previamente informados, para que possam fazer o mise-en-
place. A lavandaria fornece as rouparias necessárias se for o caso, a cozinha e o bar e restaurante
devem requisitar os produtos necessários para a realização do evento. Esta fase consiste em
colocar em prática o que se tinha delineado, ou seja a cozinha encarrega da preparação dos
alimentos, o bar ou restaurante trata das bebidas e do espaço, esperando apenas pelos clientes
15
http://www.gtaa.com.br/empresa/organizacao_de_eventos_lilianenavarro.pdf
para começar o serviço. O serviço tem de ser o mais perfeito possível para ir de encontro com as
expetativas/ solicitação dos clientes.
Avaliação
Esta fase consiste em analisar se os resultados definidos tanto pelo o hotel como pelo o cliente se
foram ou não alcançados, ou seja se empresa conseguiu ir de encontro as expetativas dos clientes.
Segundo Varão (2009) Recursos Humanos trata-se de todos os indivíduos a cargo de uma
organização por meio de vínculo laboral, tendo deveres e direitos, e sendo objeto de gestão, ou
também pode-se dizer que são indivíduos que trabalham nas organizações e que nelas
desempenham uma determinada função com fins a alcançar objetivos determinados pela
organização.
A gestão de Recursos Humanos tem por objetivo planear, organizar, desenvolver, coordenar, e
controlar técnicas capazes de promover desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em
que a organização representa o meio que permite as pessoas que com ela colabora, alcançar
objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. Objetivos esses, para
que sejam alcançados, primeiramente a empresa tem que fazer um planeamento dos recursos
humanos da empresa que deve calcular e planear tendo em conta quantas pessoas sao necessários
para satisfazer as necessidades dos seus planos de atividade,e também desenvolver políticas de
recursos humanos mais adequadas a sua filosofia e as suas necessidades. 16
O planeamento dos recursos humanos, por outras palavras pode-se dizer que é um diagnóstico ou
um prognóstico. É ter as pessoas certas, nos lugares certos, nas ocasiões certas, enquanto politica
de recursos humanos referem as medidas pelas quais a organização pretende lidar com os seus
membros e por intermedio deles atingir os objetivos organizacionais permitindo condições para o
alcance de objetivos individuais.
A gestão dos recursos humanos diz respeito a todas as decisões e ações de gestão que afetam a
relação entre as organizações e os seus empregados. Envolve, por isso, todas as ações relativas a
seleção, formação, desenvolvimento, recompensas e relações com os empregados. Também
envolve a conceção e a implementação de um conjunto de políticas e práticas com coerência
interna, que garantem que as pessoas contribuem para alcançar os objetivos da organização. Por
isso, a gestão estratégica de recursos humanos deve ser a gestão de e pela cultura, vista esta como
um conjunto de normas, valores e crenças partilhadas pelos membros da comunidade
organizacional. (Bilhim, 2011)
16
http://ipps.iscte-iul.pt/attachments/article/123/Programa%202013%20-
%20Gest%C3%A3o%20de%20Recursos%20Humanos
Gerir recursos humanos é uma tarefa inerente a todas as chefias sendo assim cabe ao responsável
do departamento de F&B fazer o controlo e gestão do mesmo. No hotel este ocupa-se dos
assuntos de recursos humanos do respetivo departamento. Assim é responsável para o
recrutamento do pessoal, de avaliação de desempenho, do fornecimento de dados para o
processamento da folha de salários e do mapa de férias, relativamente às áreas inerentes a esse
departamento.
O recrutamento e Seleção
O recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai candidatos para abastecer
seu processo seletivo. Funciona como um processo de comunicação: a organização divulga e
oferece oportunidades de trabalho, enquanto que a seleção de pessoas funciona com uma espécie
de filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar na organização. (Chiavenato,
2004)
O processo de recrutamento no Hotel Foya Branca é constituído por diferentes etapas, entre as
quais, a necessidade de recrutamento, a análise, a definição da função, a prospeção interna e
externa, a triagem das candidaturas, as entrevistas e a decisão.
No que tange ao recrutamento de pessoal, o assistente de direção de F&B ao verificar a
necessidade de recrutamento, comunica essa necessidade á sua hierarquia e esta analisa a referida
necessidade e dá a autorização de recrutamento. O hotel dá prioridade ao recrutamento interno;
que atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização, mas caso não houver
nenhum funcionário dentro da empresa que se enquadra ao cargo, este escolhe o recrutamento
externo que atua sobre candidatos fora da organização, para submete-los ao seu processo seletivo.
A triagem das candidaturas é feita com base nas cartas de candidatura e do curriculum vitae. É
nesta etapa que seleciona os candidatos que melhor se enquadra no perfil do cargo. A etapa
seguinte é a entrevista que permite informar o candidato sobre as características do cargo e da
empresa, bem como permite a empresa captar o máximo de informações sobre o candidato. Após
a entrevista passa-se a próxima etapa que é a decisão, ou seja, é determinar o candidato que
melhor se enquadra no perfil que o hotel estava a procura.
O funcionário desse departamento é-lhes exigido o cartão de sanidade, que deve ser renovado de
3 em 3 meses.
Avaliação de desempenho
Segundo Chiavenato (2004) a avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do
desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e
resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. É um processo que serve
para julgar e estimar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, qual é a
sua contribuição para o negocio da organização.
Toda a pessoa precisa receber retroação a respeito do seu desempenho para saber como fazer seu
trabalho. Também a organização precisa saber como as pessoas desempenham suas atividades
para ter uma ideia de suas potencialidades.
O desempenho de cada funcionário é de extrema importância para o bom funcionamento de
qualquer organização, pois a organização depende dos seus recursos humanos; é a forma como o
serviço e executado; que os clientes são tratados pelos funcionários, que vai determinar se a
organização oferece um serviço excelente ou não. Por isso cabe ao chefe de cada departamento,
neste caso o chefe do departamento de F&B avaliar seus colaboradores, vendo se existe lacunas,
e tomando decisões acertadas para que sejam corrigidos no tempo certo, como por exemplo,
aumentos salariais, promoções, transferências, e muitas vezes, demissões de funcionários.
No hotel foya branca os chefes de cada departamento avaliam seus funcionários, através de uma
ficha de avaliação (ver anexo 6), realçando a assiduidade, pontualidade, empenho, criatividade,
comportamento.
Horário de Trabalho
Os horários de trabalho são estipulados conforme as férias do pessoal, tendo em conta a previsão
da ocupação, há quatro períodos diferentes de forma a cobrir todas as necessidades do serviço.
Por exemplo:
Horário A- 7h00 às 15h00- destina-se a cobrir o serviço de pequenos-almoços, mise-en-place
para o almoço e o serviço de mesas.
Horário B- 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 24h00 – abrange o serviço de almoço e jantar.
Também é função da assistente de direção de F&B processar o mapa de horas extras (ver anexo
7), onde constam as horas extraordinárias de cada funcionário nos respetivos dias, contabilizando
o total de horas extras do mês, entregando o mapa de horas extras a contabilidade, pois cabe a
este fazer o processamento do salário. A escala de serviço é feita juntamente com os chefes de
cada secção, respeitando sempre os critérios determinados pela legislação laboral em vigor.
Após o período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho os funcionários têm o direito de
usufruir de férias. O mapa de férias é elaborado pela assistente de direção e F&B, que procura
conhecer as preferências dos funcionários. Caso a preferência do funcionário coincidir com a
conveniência de disponibilidade para o hotel, este funcionário poderá obter as suas férias na data
desejada, mas se não coincidir então cabe a assistente de direção do F&B decidir a melhor data
para férias, sendo que nos meses como Julho e Agosto, o estabelecimento não atribui férias aos
funcionários visto que é um período de época alta.
Descrição Quantidade
Assistente de Direção de F&B 1
Chefe de compras -
Ecónomo 1
Chefe restaurante -
Sub. Chefe restaurante 1
Empregado de mesa 1 2
Empregado de mesa 2 1
Estagiário 3
Chefe cozinha 1
Sub chefe cozinha 1
Cozinheiro 2 1
Cozinheiro 3 3
Ajudante de cozinha 1
Pasteleiro 1
Copeira 2
Um dos grandes problemas de gestão de F&B é a noção de que a qualquer momento estamos
sujeitos a uma reclamação, para que isso não aconteça são tomadas medidas de higiene e
segurança, controlo de qualidade e qualidade do serviço.
No entanto pode sentir a necessidade de ocorrer a um instrumento legal que é o “livro de
reclamação”.
Livro de Reclamação
Como todo estabelecimento, o hotel Foya Branca dispõe de um livro de reclamação, este deverá
permanecer única e exclusivamente na receção. No departamento de F&B podemos ter
reclamações sobre a demora das refeições, refeições em mau estado de cozedura e apresentação,
as refeições chegarem frios á mesa, etc. Quando o cliente apresenta uma reclamação o
rececionista de serviço deve inteirar do motivo da reclamação e tentar resolver o problema. Nos
casos de maior complexidade, este deverá chamar o seu superior, de forma a solucionar os
problemas e com isso encontrar as melhores soluções para o cliente.
No último caso se não for bem-sucedido deve apresentar o livro de reclamação ao cliente, para
que este possa escrever a sua reclamação, que é um direito exclusivamente do cliente. O uso do
mesmo implica informar as entidades responsáveis pela fiscalização dos estabelecimentos
hoteleiros.
O cliente preenche então a folha de reclamação, que tem três vias, em que a primeira via deve ser
enviado para o Ministério de Economia acompanhada de uma explicação do acontecido que deve
ser escrito pelo responsável da unidade hoteleira. A segunda via é do cliente e a terceira, via fica
no livro de reclamação para controle posteriores da tutela.
A reclamação é sempre um ato e um momento crítico, tanto para quem o faz como para quem a
recebe. Devemos ter a capacidade de saber ouvir uma e outra.
As empresas só podem ser certificadas em relação às normas contractuais, pode-se dizer que a
ISO série 9000 é um modelo de três camadas em que a ISO 9001 engloba a ISO 9002 que por sua
vez engloba a ISO 9003. A ISO 9000 é um modelo de padronização.
ISO 9002, artigo 4ª alinha 13 e 14- esta norma é um modelo de garantia da qualidade que
engloba a produção e a instalação. É a mais apropriada para a maioria das fábricas baseadas em
processos de manufatura bem estabelecidos.
O hotel é uma organização que deve funcionar como um todo ou seja os departamentos, as
secções devem funcionar em conjunto para que possam satisfazer os seus hóspedes e clientes
superando as suas espetativas. E no departamento de F&B (Food and Beverage) isto não podía
ser diferente.
As secções do restaurante e bar têm relações com quase todas as secções do hotel nomeadamente
com a Cozinha, é desta secção que os bares e restaurantes dependem mais, pois é através dela que
os empregados sabem de qualquer particularidade dos pratos, como o acompanhamento, ou
mesmo o que engloba o prato. É aos elementos da cozinha que os empregados de mesa
transmitem os pedidos dos clientes, e outras informações.
A receção é a secção que fornece as informações ao departamento de F&B, nomeadamente as
listas de hóspedes para que as secções organizarem o serviço; a existencia de meias-pensões ou
pensões completas; pedidos especiais e reservas feitas pelos hóspedes nos restaurantes.
A direção, supervisiona todos os departamentos, não sendo exceção as atividades do F&B.
A lavandaria, visto que esta é responsável pela roupa das secções de restaurante/bar, cozinha,
tanto das secções em si, como das fardas dos empregados.
Quanto a manutenção, quando existe algum problema ou necessidade de manutenção, seja de
mudança de uma lâmpada, ou mesmo do arranjo de uma mesa.
A secção das limpezas, no que diz respeito à limpeza das salas de restaurante e bar, que vai
desde o chão até as janelas.
O departamento financeiro no que refere a entrega dos dados para processamento de salários e
inventário, disponibilização de verbas para as compras, entrega das faturas e entrada dos produtos
nesse departamento.
O estágio realizado neste departamento se identifica muito com o curso de gestão hoteleira e
turismo visto que quase toda a teórica de algumas disciplinas foi colocada em prática no decorrer
do estágio. No que tange as cadeiras lecionadas a que referir a Gestão Financeira, Gestão de
Recursos Humanos, Marketing Turístico e Hoteleiro, Relações Publicas e eventos, Manutenção,
Operações Turísticas, Gestão de alojamentos e principalmente a Gestão de F&B pois este refere-
se diretamente ao departamento no qual se realizou o estágio.
Durante os estágios tentou-se conjugar o que nos foi transmitido dentro da sala de aula, com as
atividades desenvolvidas durante o estágio, onde tentou-se tirar o melhor proveito, pois estes
estágios são oportunidades para adquirimos experiências úteis para o nosso futuro exercício
profissional e principalmente descobrir qual a área em que nós nos adaptamos melhor.
De forma a compreender melhor a situação do departamento de F&B do hotel vai ser apresentado
uma pequena análise, que visa dar a conhecer alguns aspetos que devem ser eliminados ou
melhorados e também alguns aspetos considerados positivos, de entre os quais passa-se a citar
alguns:
Pontos Fortes
O hotel possui uma variedade de serviços que se apresentam como um diferencial
competitivo em relação aos outros hotéis da ilha como por exemplo o rodizio e alguns
serviços especiais realizados em épocas festivas e feriados;
Também este possui um ambiente agradável, sendo uma mais-valia para este
departamento visto que atrai muitos clientes que gostam de um lugar tranquilo, onde
desfrutam dos seus serviços, principalmente aos fins-de-semana;
Outro ponto que se deve salientar é facto de o hotel preocupar-se com os gastos
relativamente a eletricidade e a água, visto que este possui uma estação de tratamento de
águas residuais (ETAR), também usa o sistema de cartão nos quartos, - explica como
funciona e dispõe de painéis solares.
Pontos Fracos
Falta de profissionalismo dos empregados;
Antipatia de muitos empregados pois levam os problemas de casa para o trabalho;
Falta de pessoal qualificado;
Desmotivação dos empregados;
No que tange as dificuldades, não há muito para dizer, pois os objetivos traçados tanto a nível
pessoal e profissional foram atingidos, visto que já havia um certo conhecimento das áreas em
que se realizou o estágio através dos estágios curriculares, e devido a isto a relação com os
funcionários foi a melhor possível. Para além disso não se pode deixar de referir algumas
dificuldades encontradas na área de Recursos Humanos e de gestão financeira onde não houve
oportunidade de inteirar-se por inteiro de como estas áreas funcionam, visto que o hotel não
dispõe de um departamento próprio para tratar dos assuntos referentes a estas duas áreas.
Os funcionários dessa área estão bem uniformizados, pois possuem vestuários de cor branca
adequada e chapéus, apesar de alguns funcionários insistirem em não usar o chapéu, mas isso
compete ao chefe de cozinha supervisionar e controlar. Outra inconformidade é o facto de não
utilizarem sapatos adequados. Pois esta área requer o uso de sapatos fechados, preferencialmente
de couro para uma maior proteção contra os acidentes de trabalho (queimaduras e queda de
objetos cortantes).
O hotel deve apostar na formação dos seus colaboradores, principalmente na forma como estes
devem tratar os clientes, e reconhecer o esforço de alguns colaboradores, sabendo a hora que os
deve recompensar, para que estes estejam dedicados e motivados dentro do ambiente de trabalho.
CONCLUSÃO
A realização deste estágio permitiu conhecer a dinâmica e o funcionamento do departamento de
F&B. Foi bastante produtivo e benéfico pois pôde alargar os conhecimentos e ter contacto com a
realidade diária do departamento.
Ao longo deste período teve-se a oportunidade de adquirir experiências enriquecedoras tanto a
nível pessoal como profissional, que só com a prática não se consegue. Permitiu reforçar os
conhecimentos já adquiridos e compreender a interligação que existe entre os diversos
departamentos do hotel e a necessidade de haver uma boa comunicação entre os mesmos, para
que assim se possa, realmente, ser prestados serviços de excelente qualidade.
No que abrange o hotel para além de não possuir conhecimentos dos departamentos de F&B dos
outros hotéis da ilha, pode-se dizer que a satisfação do estágio profissional se ter realizado neste
hotel é enorme, isto devido ao clima acolhedor do local e também da diversidade de serviços que
este departamento oferece, em que os conhecimentos adquiridos na execução destes foram muito
enriquecedores, e que serão aproveitados da melhor forma, colocando-os em prática quando
houver a inserção no mercado de trabalho que se apresenta cada dia mais competitivo.
BIBLIOGRAFIA
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http://www.vitrineturismo.com.br/images/arquivos/Historico_da_Evolucao_Hoteleira.pdf,
Consultado no dia 11 de abril de 2013 as 15horas e 57 minutos
ANEXOS
Data __________/_________/________
FICHA DE COZINHA
PRATO:
APLICAÇÃO: Restaurante FOTOGRAFIA
Nº DE DOSES: 01
PREÇO DE VENDA:
LIQUIDO DOSE:
PREÇO
QUANTIDADE PESO PRODUTOS UNID. TOTAL
CUSTO TOTAL:
CUSTO DOSE:
RÁCIO%:
PREPARAÇÃO:
FORMA DE SERVIR:
Anexo 3: Comanda
Comanda Restaurante
Apart:___________ Nº:
Data:______/_______/____ Horas:__________
Mesa:_________ Nº de pessoas:_________
cortês.
alimentos.
prateleira superior.
necessitam.
especiais de manipulação.
visual bonito.
devidamente identificados.
panelas no chão.
Fornecedores Produtos
Serradas
de Limpeza
PACKAGES =Pacotes
LAYOUT =Projeto
HAPPY HOUR= Tempo criado pelos hotéis para forçar a venda com base em descontos
promocionais