Artigo Iaquinto (2018) - A Sustentabilidade e Suas Dimensões

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DOI: http://dx.doi.org/10.14295/revistadaesmesc.v25i31.

p157

A SUSTENTABILIDADE E
SUAS DIMENSÕES
SUSTAINABILITY AND ITS DIMENSIONS

Beatriz Oliveira Iaquinto1

Resumo: A sustentabilidade está cada em obras dos principais doutrinado-


vez mais presente na vida de todos os res ambientalistas. Em linhas gerais, é
indivíduos, ainda que esses não perce- nesse universo que será desenvolvida
bam, em razão da sua grande aborda- a pesquisa, restando, assim, caracteri-
gem no mundo todo como uma forma zada a sua relevância social e contri-
de amenizar os problemas ambientais buição à ciência jurídica.
que o próprio ser humano causa ao
Palavras-chave: Sustentabilidade.
planeta Terra. Assim, surgem as “di-
Desenvolvimento Sustentável. Di-
mensões da sustentabilidade”, as quais
mensões da Sustentabilidade.
tratam justamente da forma como a
sustentabilidade aparece nas mais di- Abstract: Sustainability is increasin-
versas relações humanas. Logo, o ob- gly present in the lives of all indivi-
jeto do presente artigo é analisar a sus- duals, even if they do not perceive it,
tentabilidade e a importância que ela because of its great approach in the
exerceem diversas áreas da sociedade. whole world as a way to soften the
O objetivo geral é explicar e definir environmental problems that the hu-
a sustentabilidade e suas dez dimen- man being itself causes to the planet
sões, quais sejam: dimensão ecológica Earth. Thus, the “dimensions of sus-
ou ambiental, dimensão econômica, tainability” arise, which deal precisely
dimensão social, dimensão espacial with the way in which sustainability
ou territorial, dimensão cultural, di- appears in the most diverse human re-
mensão política (nacional e interna- lations. Therefore, the purpose of this
cional), dimensão jurídico-política, article is to analyze the sustainability
dimensão ética, dimensão psicológica and the importance it exerts in several
e dimensão tecnológica. O método a areas of society. The general objective
ser utilizado é o indutivo, com base is to explain and define sustainability
em pesquisa bibliográfica, bem como and its ten dimensions: ecological or

1 Bacharela em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, pós-graduanda


em Direito Público pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina
– ESMESC. Residente Judicial no Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.
Email: [email protected].

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environmental dimension, economic works of the main environmentalist
dimension, social dimension, spatial indoctrinators. In general, it is in this
or territorial dimension, cultural di- universe that the research will be de-
mension, political dimension (national veloped, thus remaining characterized
and international), legal-political di- its social relevance and contribution to
mension, ethical dimension, psycho- legal science.
logical dimension and technological
Keywords: Sustainability. Sustainab-
dimension. The method to be used is
le Development. Dimensions of Sus-
the inductive one, based on biblio-
tainability.
graphical research, as well as in the

1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objeto a análise da sustenta-
bilidade e a verificação da sua importância em diversas áreas
da sociedade, tendo em vista que a sustentabilidade se mostra
como uma alternativa para a amenização da destruição am-
biental e recuperação do meio ambiente, bem como uma nova
forma de conscientização das pessoas com relação ao modo
que devem agir em busca de um bem maior, qual seja, a pre-
servação da mãe Terra e, consequentemente, a garantia de con-
dições de existência para todos os seres vivos.
Dessa forma, o grande objetivo do trabalho em apreço é o
de conceituar o termo sustentabilidade e, principalmente, ana-
lisar as suas dimensões, ou seja, as diversas áreas em que a
sustentabilidade exerce influência.
Para tanto, serão abordadas dez dimensões da sustentabili-
dade, quais sejam: dimensão ecológica ou ambiental, dimen-
são econômica, dimensão social, dimensão espacial ou territo-
rial, dimensão cultural, dimensão política (nacional e interna-
cional), dimensão jurídico-política, dimensão ética, dimensão
psicológica e dimensão tecnológica.
Assim, a partir do estudo de cada uma das dimensões da sus-
tentabilidade será possível verificar e compreender como a sus-
tentabilidade está em praticamente todas as relações humanas

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e o quanto a sua presença é de suma importância para que seja
possível atingir um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

2. CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE
A palavra sustentabilidade tem ao longo dos anos ganhado
um grande destaque no cenário nacional e internacional, devido
à eclosão de grandes problemas ambientais no planeta Terra.
Tais problemas nada mais são do que consequências das ati-
tudes agressivas do ser humano para com a natureza, que busca
cada vez mais retirar recursos do meio ambiente para satisfazer
suas necessidades, sem possuir a consciência de que os referidos
recursos são finitos e necessários para a sobrevivência humana,
o que acaba por criar uma verdadeira crise ambiental.
Todo esse caos ambiental pode ser descrito da seguinte
forma:
A situação atual se encontra, social e ecologicamente, tão
degradada que a continuidade da forma de habitar a Ter-
ra, de produzir, de distribuir e de consumir, desenvolvida
nos últimos séculos, não nos oferece condições de salvar
a nossa civilização e, talvez até, a própria espécie humana;
daí que imperiosamente se impõe um novo começo, com
novos conceitos, novas visões e novos sonhos, não excluí-
dos os instrumentos científicos e técnicos indispensáveis;
trata-se sem mais nem menos, de refundar o pacto social
entre os humanos e o pacto natural com a natureza e a Mãe
Terra. (BOFF, 2012, p. 15).

Assim, a sustentabilidade se mostra a solução para que uma


nova consciência seja criada em cada indivíduo e para que haja
uma melhora gradativa no meio ambiente.
Para entender melhor a sustentabilidade, pode-se dizer que
tal termo significa:
[...] o conjunto dos processos e ações que se destinam a
manter a vitalidade e a integridade da Mãe Terra, a preser-

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vação dos seus ecossistemas com todos os elementos físi-
cos, químicos e ecológicos que possibilitam a existência e
a reprodução da vida, o atendimento das necessidades da
presente e das futuras gerações, e a continuidade, a expan-
são e a realização das potencialidades da civilização huma-
na em suas várias expressões. (BOFF, 2012, p. 14).

E ainda:
[...] princípio constitucional que determina, com eficácia
direta e imediata, a responsabilidade do Estado e da so-
ciedade pela concretização solidária do desenvolvimento
material e imaterial, socialmente inclusivo, durável e equâ-
nime, ambientalmente limpo, inovador, ético e eficiente, no
intuito de assegurar, preferencialmente de modo preventivo
e precavido, no presente e no futuro, o direito ao bem-estar.
(FREITAS, 2012, p. 41).

Neste contexto, cabe realizar algumas ressalvas acerca da


diferença existente entre os termos sustentabilidade e desen-
volvimento sustentável, bem como sobre a evolução dos con-
ceitos dessas expressões ao longo do tempo.
Em primeiro lugar, no que tange ao desenvolvimento sus-
tentável, tem-se que tal terminologia surgiu na Conferência
Mundial de Meio Ambiente, que ocorreu no ano de 1972, em
Estocolmo, e após este evento, passou a ser utilizada nas de-
mais conferências relativas ao meio ambiente. (FIORILLO,
2013, p. 56).
O conceito de desenvolvimento sustentável foi apresentado
pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento, em 1987, na Noruega, oportunidade em que foi formu-
lado o Relatório de Brundtland, também chamado de “Nosso
Futuro Comum”. (SCHRAMM; CORBETTA, 2015, p. 34-35).
Como conceito então para desenvolvimento sustentável,
adotou-se o seguinte:
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades

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da geração atual, sem comprometer a capacidade das ge-
rações futuras de satisfazerem as suas próprias necessida-
des, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro,
atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e
econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao
mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e pre-
servando as espécies e os habitats naturais. (SCHRAMM;
CORBETTA, 2015, p. 35).

Atualmente, é possível encontrar a consagração dessa ex-


pressão como princípio na Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988, em seu artigo 225, caput: “Todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso co-
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e pre-
servá-lo para as presentes e futuras gerações”. (BRASIL, 1988).
Entretanto, deve-se ter em mente que desenvolvimento
sustentável e sustentabilidade não são sinônimos.
Pode-se dizer que o “[...] desenvolvimento sustentável é
uma locução verbal em que se ligam dois conceitos. O con-
ceito de sustentabilidade passa a qualificar ou caracterizar o
desenvolvimento”. (MACHADO, 2015, p. 61). Ou seja, é pos-
sível afirmar que sustentabilidade é o processo que tem por fi-
nalidade atingir o desenvolvimento sustentável e, por sua vez,
o desenvolvimento sustentável é o objetivo a ser alcançado.
(SARTORI; LATRÔNICO; CAMPOS, 2012).
Neste cenário, surgiu o Triple Botton Line (a linha das três
pilastras) criada por John Elkington (ELKINGTON, 2012, p.
107), que ensina que para que haja o desenvolvimento sustentá-
vel, esse deve ser economicamente viável, por exemplo, quan-
do ocorrem as criações de empreendimentos, ambientalmente
correto na interação de processos com o meio ambiente, a fim
de não causar danos irreversíveis, e socialmente justo para a so-
ciedade em geral para, por conseguinte, ocorrer a garantia e o

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alcance da sustentabilidade. (OLIVEIRA, 2012, p. 70-82).
Contudo, é imprescindível também anotar que muitos au-
tores consideram que as palavras “desenvolvimento” e “sus-
tentabilidade” são antagônicas e, por isso, impossíveis de ca-
minharem juntas, rumo a um “desenvolvimento sustentável”,
senão vejamos:
[...] desenvolvimento e sustentabilidade obedecem a lógicas
diferentes e que se contrapõem. O desenvolvimento, como
vimos, é linear, deve ser crescente, supondo a exploração
da natureza, gerando profundas desigualdades – riquezas
de um lado e pobreza do outro – e privilegia a acumulação
individual. Portanto, é um termo que vem do campo da eco-
nomia política industrialista/capitalista. A categoria susten-
tabilidade, ao contrário, provém do âmbito da biologia e da
ecologia, cuja lógica é circular e includente. Representa a
tendência dos ecossistemas ao equilíbrio dinâmico, à coo-
peração e à coevolução, e responde pelas interdependências
de todos com todos, garantindo a inclusão de cada um, até
dos mais fracos. Se esta compreensão for correta, então fica
claro que sustentabilidade e desenvolvimento configuram
uma contradição nos próprios termos. Eles têm lógicas que
se autonegam: uma privilegia o indivíduo, a outra o coleti-
vo; uma enfatiza a competição, a outra a cooperação; uma a
evolução do mais apto, a outra a coevolução de todos juntos
e inter-relacionados. (BOFF, 2012, p. 45).

Por fim, analisando o que foi exposto acerca do concei-


to e aplicação da sustentabilidade nos dias atuais, conclui-se
que esta é indiscutivelmente essencial em todas as áreas da
sociedade e em todas as atividades humanas, porquanto, sig-
nifica uma verdadeira interação entre o ser humano e o meio
ambiente, de forma a se alcançar um equilíbrio ambiental e um
verdadeiro amor àquilo que mantém o homem vivo.

3. DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE
Como visto no tópico anterior, diante dos problemas eco-

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lógicos que o planeta Terra tem enfrentado, é imperioso que a
sustentabilidade seja enquadrada no modo de vida de todos os
indivíduos para, assim, tentar-se reverter os danos até então
causados à mãe natureza e também impedir que ela seja ainda
mais agredida pelas devastadoras ações humanas.
Diante desse quadro, foram criadas várias “dimensões”
da sustentabilidade, que têm por objetivo realizar o estudo e
compreensão da sustentabilidade em diversas áreas existen-
tes nas relações humanas, como, por exemplo, econômica e
social, para fomentar a sua prática e a incorporar de forma
definitiva e, principalmente, efetiva na sociedade. (BRAUN;
ROBL, 2015, p. 77).
Na pesquisa em apreço, serão retratadas dez dimensões da
sustentabilidade, quais sejam, ecológica, econômica, social,
cultural, espacial, política (nacional e internacional), jurídi-
co-política, ética, psicológica e tecnológica, que serão con-
ceituadas e analisadas a seguir.

a) Dimensão ecológica ou ambiental


Inicialmente, analisar-se-á a dimensão ecológica, também
chamada de dimensão ambiental, da sustentabilidade, a qual:
[...] configura-se crescentemente como uma questão que
envolve um conjunto de atores do universo educativo, po-
tencializando o engajamento dos diversos sistemas de co-
nhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade
universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sen-
tido, a produção de conhecimento deve necessariamente
contemplar as inter-relações do meio natural com o social,
incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel
dos diversos atores envolvidos e as formas de organização
social que aumentam o poder das ações alternativas de
um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize
novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabi-
lidade socioambiental. (JACOBI, 2003, p. 190).

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A partir desse primeiro entendimento, é possível verificar
que a dimensão ambiental da sustentabilidade busca a pre-
servação do meio ambiente, não sob uma concepção indivi-
dualista, mas de forma transindividual. (ANJOS; UBALDO,
2015, p. 287).
Nesta dimensão, deve-se compreender que a grande ques-
tão é assegurar a criação de condições que tornem viável a vida
no planeta Terra. (PÓVOAS, 2015, p. 49).
Destarte:
Considera-se, portanto, em dimensão ambiental, as inú-
meras intervenções da sociedade na construção do espaço
em que a prudência na utilização dos recursos naturais, tais
como o solo, a água, dentre outros, sinaliza a importância
de precaver as formas de ocupação em determinadas áreas
suscetíveis a modificações provocando riscos diversos ao
ambiente e à vida em um sentido amplo. (SILVA; SOUZA;
LEAL, 2012, p. 31).

Sachs (1993, p. 26), por sua vez, enfatiza que para que a
dimensão ora estudada seja posta em prática concretamente
é necessário o uso de algumas alavancas, como a redução da
quantidade de resíduos e de poluição, por meio da conserva-
ção e reciclagem de energia e recurso; o estabelecimento de
regras para uma adequada proteção ambiental, assim como
uma adequada escolha do conjunto de instrumentos econô-
micos, legais e administrativos necessários para assegurar o
cumprimento das regras.
Sem demora, para que a dimensão ambiental faça parte da
realidade de toda a população, é necessária:
[...] a preservação dos recursos naturais na produção de re-
cursos renováveis e na limitação de uso dos recursos não-
renováveis; limitação do consumo de combustíveis fósseis
e de outros recursos esgotáveis ou ambientalmente prejudi-
ciais, substituindo-os por recursos renováveis e inofensivos;
redução do volume de resíduos e de poluição, por meio de

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conservação e reciclagem; autolimitação do consumo ma-
terial; utilização de tecnologias limpas; definição de regras
para proteção ambiental. (MENDES, 2017, p. 51).

Finalmente, para Freitas (2012, p. 64-65), a dimensão eco-


lógica pode ser resumida da seguinte forma:
Quer-se aludir, com a dimensão propriamente ambiental
da sustentabilidade, ao direito das gerações atuais, sem
prejuízo das futuras, ao ambiente limpo, em todos os as-
pectos (meio ecologicamente equilibrado, como diz o art.
225 da CF).[...] Em suma, (a) não pode haver qualida-
de de vida e longevidade digna em ambiente degradado
e, que é mais importante, no limite, (b) não pode sequer
haver vida humana sem o zeloso resguardo da sustentabi-
lidade ambiental, em tempo útil, donde segue que (c) ou
se protege a qualidade ambiental ou, simplesmente, não
haverá futuro para a nossa espécie.
Portanto, por meio da dimensão ecológica ou ambiental,
compreende-se que a existência da espécie humana depende
da preservação e cuidado com o meio ambiente, a fim de que
sejam garantidas condições mínimas de sobrevivência e bem-
estar tanto para a presente geração, quanto para as futuras.
(BOFF, 2012, p. 47).

b) Dimensão econômica
A próxima dimensão da sustentabilidade a ser averiguada
é a dimensão econômica, na qual, basicamente, busca-se um
real equilíbrio entre a contínua produção de bens e serviços e a
justa distribuição da riqueza. (PÓVOAS, 2015, p. 49).
FREITAS (2012, p. 65-67) sustenta que:
Dimensão econômica da sustentabilidade evoca, aqui a per-
tinente ponderação, o adequado “trade-off” entre eficiência
e equidade, isto é, o sopesamento fundamentado, em todos
os empreendimentos (públicos e privados), dos benefícios
e dos custos diretos e indiretos (externalidades). A econo-
micidade, assim, não pode ser separada da medição de con-

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sequências, de longo prazo. Nessa perspectiva, o consumo
e a produção precisam ser reestruturados completamente,
numa alteração inescapável do estilo de vida.

Assim, para o autor, a sustentabilidade tem o poder de criar


uma nova economia, reestruturando as categorias e comporta-
mentos, permitindo o surgimento de oportunidades com o pla-
nejamento de longo prazo e um sistema competente de incenti-
vos e a eficiência norteada pela eficiência, não podendo, assim,
ignorar-se a relação essencial entre a economia e sustentabili-
dade, pois, caso contrário, significaria deixar de ver o princípio
numa de suas dimensões vitais. (FREITAS, 2012, p. 65-67).
No mesmo sentido, Sachs (1993, p. 25) reitera que a sus-
tentabilidade econômica é possibilitada por uma alocação e
gestão mais eficientes dos recursos e por um fluxo regular do
investimento público e privado.
A dimensão estudada neste tópico também tem o condão de
asseverar a finitude dos recursos naturais e, por conseguinte,
buscar a sua preservação para que seja possível permitir para
as gerações presentes e futuras as condições ideais para sua
sobrevivência. (ANJOS; UBALDO, 2015, p. 287).
Logo, constata-se que:
[...] a sustentabilidade econômica extrapola o acúmulo de
riquezas, bem como o crescimento econômico e engloba
a geração de trabalho de forma digna, possibilitando uma
distribuição de renda, promovendo o desenvolvimento das
potencialidades locais e da diversificação de setores. Ela é
possibilitada por alocação e gestão mais efetivas dos recur-
sos e por um fluxo regular do investimento público e privado
nos quais a eficiência econômica deve ser avaliada com o
objetivo de diminuir a dicotomia entre os critérios microeco-
nômicos e macroeconômicos. (MENDES, 2009, p. 53).

Nesta perspectiva, Boff (2012, p. 46) aponta que a causa


da pobreza e da degradação da natureza se dá, principalmen-

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te, pelo tipo de desenvolvimento capitalista praticado, motivo
pelo qual existe a necessidade de rever o ideal de economia
utilizado, o qual tem sido o motivo da semeação de grandes
problemas sociais e ambientais.
À vista disso, a dimensão econômica da sustentabilidade
sustenta a ideia de que miséria e a pobreza extrema não são
sustentáveis e se tornam problemas ambientais complicadís-
simos (FERRER; CRUZ, 2017, p. 25), por isso, a necessida-
de de redistribuição das riquezas de cada local do mundo e de
cada setor da economia.

c) Dimensão social
Passa-se a tratar a respeito da dimensão social da susten-
tabilidade, a qual, em suma, atua na proteção da diversidade
cultural, garantia do exercício pleno dos direitos humanos e
combate à exclusão social. (PÓVOAS, 2015, p. 49).
Nesta dimensão da sustentabilidade:
O objetivo é construir uma civilização do “ser”, em que
exista maior equidade na distribuição do “ter” e da renda,
de modo a melhorar substancialmente os direitos e as con-
dições de amplas massas de população e a reduzir a dis-
tância entre padrões de vida de abastados e não-abastados.
(SACHS, 1993, p. 25).

Nesta perspectiva, objetiva-se maior equidade na distri-


buição da renda, de tal forma que possam ocorrer melhoras
nos direitos e nas condições da população e, consequente-
mente, haja a ampliação da homogeneidade social, bem como
a criação de oportunidades de empregos que garantam qua-
lidade de vida e igualdade no acesso aos recursos e serviços
sociais. (MENDES, 2009, p. 54).
Pondera-se, entretanto, que, para Boff (2012, p. 46), é extre-
mamente complicado haver a construção de uma dimensão so-
cialmente justa dentro do atual cenário de produção e consumo
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capitalista, o qual não propicia uma justiça social, tendo em vista
a deficiência dos programas que os governos criam com repas-
ses insuficientes de dinheiro para as grandes maiorias pobres.
Dessa forma, o grande destaque nesta dimensão é que as
políticas públicas devem estar voltadas para a execução dos
direitos sociais, porquanto o ser humano só irá respeitar a na-
tureza e os seus recursos naturais se ele também for respeitado,
for tratado com dignidade. (ANJOS; UBALDO, 2015, p. 287).
Acerca da abordagem da dimensão social da sustentabili-
dade, colaciona-se o seguinte conceito:
Dimensão social, no sentido de que não se admite o modelo
do desenvolvimento excludente e iníquo. De nada serve co-
gitar da sobrevivência enfastiada de poucos, encarcerados no
estilo oligárquico, relapso e indiferente, que nega a conexão
de todos os seres vivos, a ligação de tudo e, desse modo, a
natureza imaterial do desenvolvimento. [...] Válidas são ape-
nas as distinções voltadas a auxiliar os desfavorecidos, me-
diante ações positivas e compensações que permitam fazer
frente à pobreza medida por padrões confiáveis, que levem
em conta necessariamente a gravidade das questões ambien-
tais. Nesse ponto, na dimensão social da sustentabilidade,
abrigam-se os direitos fundamentais sociais, que requerem
os correspondentes programas relacionados à universaliza-
ção, com eficiência e eficácia, sob pena de o modelo de go-
vernança (pública e privada) ser autofágico e, numa palavra,
insustentável. (FREITAS, 2012, p. 58-59).
Para finalizar, verifica-se que por meio da dimensão social
da sustentabilidade, é necessário criar novas regras que regu-
lem os processos sociais, com o objetivo de se ter uma so-
ciedade mais justa, mais inclusiva e mais humana. (FERRER;
CRUZ, 2017, p. 25).

d) Dimensão espacial ou territorial


A dimensão espacial da sustentabilidade, norteia-se em
uma configuração rural-urbana mais equilibrada com uma me-
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lhor distribuição territorial de assentamentos humanos e tam-
bém das atividades econômicas. (SACHS, 1993, p. 26).
Desta maneira, nesta dimensão ocorre a:
[...] busca de equilíbrio na configuração rural-urbana e
melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos
e atividades econômicas; melhorias no ambiente urbano;
superação das disparidades inter-regionais e elaboração de
estratégias ambientalmente seguras para áreas ecologica-
mente frágeis a fim de garantir a conservação da biodiver-
sidade e do ecodesenvolvimento. (MENDES, 2009, p. 52).

Sendo assim, nota-se que a sustentabilidade além de estar


presente no setor econômico, onde se busca a distribuição justa
de riquezas, conforme visto no tópico 1.2.2, manifesta-se, igual-
mente, na distribuição de áreas ocupadas pelos seres humanos,
assim como a organização desses espaços, com o escopo de criar
regras para melhor conservação e recuperação do meio ambien-
te em cada espaço, principalmente, nos mais degradados.

e) Dimensão cultural
Quanto ao aspecto da dimensão cultural, segundo entendi-
mento do autor Sachs (1993, p. 27), essa se caracteriza como
uma evolução do processo de desenvolvimento cultural, pró-
prio de cada região, contemplando, assim:
[...] a busca das raízes endógenas dos modelos de moder-
nização e dos sistemas rurais integrados de produção, pri-
vilegiando processos de mudança no seio da continuidade
cultural e traduzindo o conceito normativo de eco desen-
volvimento em uma pluralidade de soluções particulares,
que respeitem as especificidades de cada ecossistema, de
cada cultura e de cada local.

Nesta conjuntura, a dimensão cultural deve promover,


preservar e divulgar a história, tradições e valores regionais,
acompanhando sempre suas transformações e, claro, garantin-
do a toda a população o acesso à informação e ao conhecimen-
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to para que possam investir na construção, reforma ou restau-
ração de equipamentos culturais. (MENDES, 2009, p. 55).
Segundo Boff (2012, p. 50):
Aqui se deixa para trás a obsessão pelo lucro e pelo cres-
cimento material, abrindo espaço para uma forma de habi-
tar a Terra que condiz melhor com a natureza humana que
sempre produz cultura, também na área da produção e do
consumo. Esta dimensão da cultura, entretanto, não pode
ser tomada em separado das outras dimensões, mas será
seguramente uma das fontes a partir das quais beberá um
novo paradigma de convivência. Então, sim, o desenvolvi-
mento poderá ser considerado sustentável.

Dessa forma, pode-se dizer que a dimensão cultural da sus-


tentabilidade contribui para instruir a qualidade de vida pelo
exercício da cidadania cultural, sendo que a oportunidade de
exercer tal papel deve ser colocada à disposição de toda a so-
ciedade de forma igualitária, a fim de que todos tenham acesso
à essa garantia. (SILVA; SOUZA; LEAL, 2012, p. 36).

f) Dimensão política (nacional e internacional)


Neste tópico, tratar-se-á acerca da dimensão política nacio-
nal e internacional da sustentabilidade.
Sobre a dimensão política nacional da sustentabilidade, ve-
rifica-se que essa está baseada na democracia e na apropriação
universal dos direitos humanos, bem como no progresso da
capacidade de cada Estado em executar o seu projeto nacional
em cooperação com os empreendedores e em coesão social.
(MENDES, 2009, p. 52-56).
Ou seja, a dimensão supramencionada tem como objetivo
fazer com que ocorra a efetiva atuação da população e tam-
bém das empresas nas decisões políticas que envolvam os pro-
blemas ambientais de seus territórios, bem como na busca de
meios para solucioná-los.

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Em outra vertente, tem-se a dimensão política internacio-
nal da sustentabilidade, cuja abrangência atende às necessida-
des ambientais em âmbito global, sendo imprescindível a coo-
peração mútua de todas as nações para com eficácia atuarem:
[...] na prevenção de guerras, na garantia da paz e na pro-
moção da cooperação internacional e na aplicação do
princípio da precaução na gestão do meio ambiente e dos
recursos naturais; prevenção da biodiversidade e da diver-
sidade cultural; gestão do patrimônio global como herança
da humanidade; cooperação científica e tecnológica inter-
nacional. (MENDES, 2009, p. 52).

Assim, verifica-se que tanto no âmbito nacional, quanto no


âmbito internacional, a participação e cooperação de todas as
pessoas é essencial para o desenvolvimento da sustentabilida-
de em todas as áreas, principalmente, através da política, por-
quanto ela exerce grande influência e poder sobre a sociedade.

g) Dimensão jurídico-política
No que concerne à dimensão jurídico-política da sustenta-
bilidade, apura-se que essa se relaciona com a seara constitu-
cional, no que tange ao direito ao meio ambiente, pois, como
visto anteriormente, a proteção e preservação ambiental é um
direito previsto na Carta Magna que deve ser garantido a to-
dos os indivíduos.
Partindo dessa premissa, é imprescindível mencionar a co-
nexão que a sustentabilidade possui com a tutela jurídico-polí-
tica quanto ao aspecto ambiental. Nestes termos:
[...] ecoa no sentido de que a sustentabilidade determina,
com eficácia direta e imediata, independentemente de regu-
lamentação, a tutela jurídica do direito ao futuro e, assim,
representa-se como dever constitucional de proteger a li-
berdade de cada cidadão (titular de cidadania ambiental ou
ecológica), nesse status, no processo de estipulação inter-
subjetiva do conteúdo intertemporal dos direitos e deveres

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fundamentais das gerações presentes e futuras, sempre que
viável diretamente. (FREITAS, 2012, p. 67).
Pode-se afirmar, então, que a sustentabilidade, como visto,
é um princípio constitucional, pois está disposta no artigo 225,
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e,
sendo assim, tem o poder de determinar, sem prejuízo das dis-
posições internacionais, a eficácia dos direitos fundamentais
de todas as dimensões. (FREITAS, 2012, p. 71).

h) Dimensão ética
O conceito de ética é extremamente amplo e complexo de
se categorizar, devido à abstração quanto à multiplicidade de
significados criados de acordo com o entendimento de cada
indivíduo.
Porém, no que tange à dimensão ética da sustentabilidade,
verifica-se que ela é conceituada do seguinte modo:
Dimensão ética, no sentido de que todos os seres possuem
uma ligação intersubjetiva e natural, donde segue a empá-
tica solidariedade como dever universalizável de deixar o
legado positivo na face da terra, com base na correta com-
preensão darwiniana de seleção natural, acima das limita-
ções dos formalismos kantianos e rawlsianos. (FREITAS,
2012, p. 67).

E mais:
A dimensão ética da sustentabilidade, desse modo, recla-
ma, sem subterfúgios, uma ética universal concretizável,
com o pleno reconhecimento da dignidade intrínseca dos
seres vivos em geral, acima dos formalismos abstratos e
dos famigerados transcendentalismos vazios. Ademais,
uma concepção ética consistente da sustentabilidade é,
por definição, a de longe espectro. Permite perceber o en-
cadeamento de condutas, em lugar do mau hábito de se
deixar confinar na teia do imediato, típico erro cogniti-
vo dos que não entendem o impacto retroalimentador das
ações e das omissões. [...] Em síntese, a ética da sustenta-

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bilidade reconhece (a) a ligação de todos os seres, acima
do antropocentrismo estrito, (b) o impacto retroalimenta-
dor das ações e das omissões, (c) a exigência da univer-
salização concreta, tópico-sistemática do bem-estar e (d)
o engajamento numa causa que, sem negar a dignidade
humana, proclama e admite a dignidade dos seres vivos
em geral. (FREITAS, 2012, p. 68-71).
Assim, em síntese, “[...] a dimensão ética preocupa-se em
preservar a ligação intersubjetiva e natural entre todos os se-
res, projetando-se aí os valores de solidariedade e coopera-
ção, que afastam a ‘coisificação’ do ser humano.” (SOUZA;
GARCIA, 2016, p. 137).
Portanto, denota-se que a sustentabilidade não tem sua
perspectiva limitada apenas ao meio ambiente, mas abrange
também os indivíduos que interagem com esse complexo, ana-
lisando-os sob a ótica das características inerentes a cada pes-
soa. Diante disso, depreende-se que o ser humano só irá tratar
o meio ambiente com a dignidade que lhe é devida quando esse
for compreendido como parte de todo esse sistema.

i) Dimensão psicológica
O termo “psicologia” é usualmente compreendido como
“[...] uma ciência que trata da mente e dos fenômenos, esta-
dos e processos mentais; e ciência do comportamento humano
e animal em suas relações com o meio social e físico.” (MI-
CHAELIS, 2017).
No âmbito da sustentabilidade, o referido termo é usado
para designar o estudo do ser humano nas suas relações com as
demais dimensões, como a cultural, a social, a política e a eco-
nômica. À vista disso, a dimensão psicológica é indispensável
para o entendimento e compreensão da sustentabilidade, pois,
por meio da psicologia, pode-se constatar e averiguar a relação
do ser humano com o meio ambiente. (MENDES, 2009, p.52).

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j) Dimensão tecnológica
A última dimensão a ser abordada é a dimensão tecnológica
da sustentabilidade. Como dito anteriormente, a preocupação
com o meio ambiente tem sido cada vez maior, frente aos inú-
meros problemas ambientas que o planeta Terra tem enfrenta-
do e, por isso, várias soluções têm sido encontradas para alcan-
çar uma sociedade mais sustentável por meio das tecnologias.
Isso porque, “[...] efetivamente, não se pode descrever a
sociedade atual sem levar em conta a influência que a tecnolo-
gia exerce sobre a sua estrutura e sobre as relações que nela se
estabelecem.” (FERRER; CRUZ, 2017, p. 39).
Logo, considerando que a tecnologia está extremamente
presente nos dias atuais, na vida de todas as pessoas, em todas
as classes sociais, bem como em todos os setores da economia,
verifica-se que:
Se a Sustentabilidade pretende a construção de um modelo
social viável, já foi visto que, sem atender ao fator tecno-
lógico, não se pode sequer imaginar como será essa socie-
dade. As clássicas dimensões da Sustentabilidade estão
indefectivelmente determinadas por esse fator. (FERRER;
CRUZ, 2017, p. 40).

A exemplo de como a tecnologia ajudará na propagação


da sustentabilidade, tem-se que “[...] as soluções deverão che-
gar por caminhos que unicamente a ciência poderá oferecer,
adotando um novo modelo energético baseado em tecnologias
limpas, produzindo sem resíduos e revertendo alguns dos efei-
tos nocivos já causados [...]”. (FERRER; CRUZ, 2017, p. 41).
Outrossim, a dimensão tecnológica da sustentabilidade
pode também ser definida da seguinte forma:
Os processos de eficiência que podem economizar ener-
gia e recursos, diminuir poluição, aumentar produtividade
com distribuição equitativa de renda e evitar desperdício

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de capital, passam pela Educação e Inovação Tecnológica
norteadas pela conservação ambiental. Mudanças em de-
sign de produto, a aplicação da tecnologia da informação
em controle e medição, a utilização de novos materiais de
baixo impacto ambiental, o aproveitamento de materiais
reciclados, a agregação de valor a resíduos (emissão zero),
o uso de substâncias de base natural e capacitação de traba-
lhadores conscientes do processo em que estão inseridos,
são a plataforma de um desenvolvimento tecnológico am-
bientalmente saudável que podem diminuir nossa “pegada
ecológica”. (CASAGRANDE, p. 03).

Finalmente, não se pode deixar de asseverar que todas as


dimensões da sustentabilidade são incindíveis entre si e, des-
te modo, considerando o fato de que, atualmente, vive-se uma
“tecno sociedade”, o fator tecnológico permeia todas as dimen-
sões apresentadas e estudadas. (FERRER; CRUZ, 2017, p. 45).

4. CONCLUSÃO
Na pesquisa em apreço, foi abordado o tema da sustenta-
bilidade, tendo essa sido conceituada, em síntese, como a so-
lução para a preservação do meio ambiente, a fim de que seja
possível a manutenção da existência dos seres vivos no planeta
Terra, isso, por meio de novas atitudes a serem implementadas
no cotidiano de todos os indivíduos.
Neste sentido, analisou-se a presença de dimensões da sus-
tentabilidade em várias áreas das relações humanas, sendo cons-
tatado a existência de dez dimensões, quais sejam: dimensão
ecológica ou ambiental, dimensão econômica, dimensão social,
dimensão espacial ou territorial, dimensão cultural, dimensão
política (nacional e internacional), dimensão jurídico-política,
dimensão ética, dimensão psicológica e dimensão tecnológica.
A dimensão ecológica ou ambiental está diretamente ligada
com a preservação e cuidado com o meio ambiente. A dimen-

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são econômica traz a ideia de que é necessário a redistribuição
das riquezas de cada local do mundo e de cada setor da eco-
nomia, a fim de que sejam criadas condições para a existência
da sustentabilidade. Já a dimensão social, está voltada para a
execução de direitos sociais, pois, para esta, o ser humano só
irá respeitar o meio ambiente se também for respeitado. En-
quanto a dimensão espacial ou territorial está relacionada com
a distribuição de áreas ocupadas pelos seres humanos, a fim de
que o meio ambiente seja preservado.
Por sua vez, a dimensão cultural está ligada a garantia de
acesso à cultura por todos, tendo em vista que a sustentabili-
dade está presente nesse meio também. A dimensão política
nacional e internacional prevê a participação dos indivíduos
na política, devido a influência desta na sociedade, a fim de
que seja alcançada a sustentabilidade. A dimensão jurídico-
-política prega que a proteção ao meio ambiente é uma garan-
tia constitucional. A dimensão ética trata a sustentabilidade
sob a óptica do ser humano. A dimensão psicológica estuda
a relação do ser humano com as demais dimensões. E, por
fim, a dimensão tecnológica trata da ajuda da tecnologia na
disseminação da sustentabilidade.
Assim, diante do presente estudo, foi possível observar que
a sustentabilidade está presente em áreas de nossas vidas que
não imaginamos e se pudermos parar e analisá-la com mais
atenção, veremos que com a realização de pequenas práticas
em cada relação que possuímos no dia a dia, é viável sim a
preservação e recuperação do meio ambiente.

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Recebido em: 09/05/2018


Aprovado em: 16/08/2018

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