Direito Empresarial - Aula 02
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 2
2 SOCIEDADES .......................................................................................................................... 2
2.1 REQUISITOS COMUNS PARA CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES ................................................ 3
3 SOCIEDADES PERSONIFICADAS ................................................................................................ 4
4 ASPECTOS COMUNS À SOCIEDADE EM NOME COLETIVO E ÀS SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES
4
5 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO .............................................................................................. 5
6 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES ....................................................................................... 9
7 SOCIEDADES COOPERATIVAS ................................................................................................. 12
7.1 REGISTRO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS ....................................................................... 15
8 SOCIEDADES SIMPLES ........................................................................................................... 16
8.1 DAS FORMAS ADOTADAS PELAS SOCIEDADES SIMPLES ......................................................... 16
8.2 REGISTRO DAS SOCIEDADES SIMPLES E NOME UTILIZADO .................................................... 17
8.3 O CONTRATO SOCIAL DAS SOCIEDADES SIMPLES ................................................................. 18
8.4 MODIFICAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL .................................................................................. 19
8.5 SÓCIOS DA SOCIEDADE SIMPLES ........................................................................................ 20
8.6 PONTO AVANÇADO – A INTANGIBILIDADE DO CAPITAL SOCIAL ............................................... 21
8.7 SÓCIO REMISSO ................................................................................................................ 22
8.8 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES SIMPLES ............................................... 23
8.9 CESSÃO DE QUOTAS NAS SOCIEDADES SIMPLES .................................................................. 24
8.10 DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS NAS SOCIEDADES SIMPLES ...................................................... 25
8.11 FILIAIS, SUCURSAIS OU AGÊNCIAS DAS SOCIEDADES SIMPLES .......................................... 26
8.12 ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE SIMPLES ........................................................................ 27
8.13 DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS ........................................................................................... 30
8.14 DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE SIMPLES ............................................................................. 31
9 SOCIEDADE LIMITADA ........................................................................................................... 33
9.1 APLICAÇÃO DAS NORMAS DAS SS OU LEI DAS SAS ............................................................... 33
9.2 NOME EMPRESARIAL DAS SOCIEDADES LIMITADAS ............................................................... 34
9.3 ASPECTO MAIS COBRADO EM PROVAS .................................................................................. 35
9.4 CAPITAL SOCIAL DA LTDA ................................................................................................... 35
9.5 REDUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL ............................................................................................ 37
9.6 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS NAS LTDAS ...................................................................... 38
9.7 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL DOS SÓCIOS POR ATOS ILEGAIS, OU COM EXCESSO
DE PODERES ................................................................................................................................ 39
9.8 CESSÃO DE QUOTAS NAS SOCIEDADES LIMITADAS ............................................................... 39
9.9 ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE LIMITADA .......................................................................... 40
9.10 CONSELHO FISCAL NAS SOCIEDADES LIMITADAS .............................................................. 43
9.11 DELIBERAÇÕES NAS SOCIEDADES LIMITADAS ................................................................... 44
9.12 EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL DE SÓCIO MINORITÁRIO .......................................................... 45
9.13 SOCIEDADE LIMITADA DE GRANDE PORTE ........................................................................ 46
9.14 REPOSICÃO DE LUCROS .................................................................................................. 47
10 RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA .................................................................. 47
11 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................... 51
11.1 SOCIEDADES (GERAL) ..................................................................................................... 51
11.2 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO E COMANDITA SIMPLES ................................................... 52
11.3 SOCIEDADES SIMPLES .................................................................................................... 58
11.4 SOCIEDADES LIMITADAS ................................................................................................. 61
11.5 COOPERATIVAS .............................................................................................................. 75
11.6 SOCIEDADES ESTRANGEIRAS .......................................................................................... 75
12 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................. 76
13 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .......................................................... 83
1 APRESENTAÇÃO
CRONOGRAMA
11 Sociedades Empresárias: classificação, características, distinções:
sociedades não personificadas, sociedade comum e em conta de participação;
sociedades personificadas, sociedade simples, em nome coletivo, em comandita
simples, limitada, anônima, em comandita por ações, cooperativa e coligadas –
liquidação, transformação, incorporação, fusão e da cisão das sociedades
dependentes de autorização.
Forte abraço!
GABRIEL RABELO
Periscope: @gabrielrabelo87
2 SOCIEDADES
II - as sociedades;
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº
12.441, de 2011) (Vigência)
Portanto, embora sejam pessoas jurídicas, cumpre lembrar que nem todas as
sociedades possuem personalidade jurídica (já estudamos os exemplos da
sociedade em comum e em conta de participação).
Por exemplo, dois médicos se reunem para constituir uma sociedade simples,
mas querem limitar a responsabilidade a responsabilidade pelos atos sociais.
Nesta hipótese, o objeto é simples, mas a sociedade poderá adotar a forma de
sociedade limitada. Ok?
- Agente capaz,
- Objeto lícito, possível, determinado ou determinável,
- Forma prescrita ou não defesa em lei.
Não há uma definição legal sobre o que vem a ser objeto lícito, possível,
determinado ou determinável. A Lei 8.934/94 dispõe:
Ademais, sobre a forma, o contrato ou estatuto deve ser escrito (pois deve ser
registrado, solene (distinta de outros documentos) e plural (pois não há forma
estabelecida por lei).
3 SOCIEDADES PERSONIFICADAS
- São sociedades de pessoas, isto implica dizer que a cessão de cota social
condiciona-se à concordância dos demais sócios.
- O nome empresarial deve ser formado por firma social, em que somente
poderá transparecer nome dos sócios com responsabilidade ilimitada. Se
determinado sócio possui responsabilidade limitada (no caso da sociedade em
comandita simples), e oferece o nome à composição da firma, passará a
responder ilimitadamente pelas obrigações sociais.
- Somente sócios com responsabilidade ilimitada poderão administrar a
sociedade, inexistindo a possibilidade de uma pessoa jurídica ser sócia de
sociedade em nome coletivo ou sócia comanditada em sociedade.
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo
e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente.
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art.
997, a firma social.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas
enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da
falência.
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome
coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas
obrigações sociais.
Vamos exemplificar.
O tema foi cobrado pelo CESPE, no concurso para Defensor Público Federal,
em 2015, com a seguinte assertiva (item correto): Os sócios de sociedade em
nome coletivo devem ser pessoas físicas e podem, sem prejuízo da
responsabilidade perante terceiros, limitar entre si a responsabilidade de cada
um.
Continuemos...
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo
e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente.
Outro aspecto deveras importante é que a Lei de Falência (Lei 11.101/05) diz
que:
Com efeito, se uma sociedade em nome coletivo vir a falir, todos os seus sócios
também incorrem na mesma conduta, juntos.
Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode
o comanditário receber quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele.
O principal artigo cobrado em provas sobre esse tipo societário é sem dúvidas o
seguinte:
Sócios comanditários:
Sócios comanditados:
7 SOCIEDADES COOPERATIVAS
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio
poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade,
ainda que por herança;
V - quórum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número
de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a
sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações
efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital
realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de
dissolução da sociedade.
Com efeito, uma vez que o capital social é dispensado, podemos dizer que os
sócios podem perfeitamente contribuir tão-somente com prestação de serviços.
Outra regra importante é a insculpida no inciso IV, do artigo 1.094, que prega a
intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à
sociedade, ainda que por herança. Tal asserção faz com as cooperativas sejam
classificadas como sociedades de pessoas.
Vejam que a FCC abordou este tema do seguinte modo (item correto):
Cumpre, por fim, salientar, que, nas cooperativas a responsabilidade dos sócios
pode ser limitada ou ilimitada.
8 SOCIEDADES SIMPLES
Exemplificamos, com o artigo 966, parágrafo único do Código Civil, que fala
sobre as sociedades formadas por profissionais intelectuais, de natureza
científica, literária ou artística. Por exemplo, uma sociedade de médicos,
arquitetos, dentistas, artistas. A condição, contudo, é que o exercício da
profissão não configure elemento de empresa.
Sociedade simples
Sociedade simples pura
Sociedade limitada
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Veja como isso foi cobrado na prova de Procurador da AGU, pelo CESPE, em
2010 (item incorreto): Marcelo e Antônio decidiram constituir sociedade simples
adotando a forma de sociedade limitada. Nessa
situação, o registro de seus atos deverá ser feito
no Registro Público de Empresas Mercantis a cargo
das juntas comerciais.
Detalhes importantes:
Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria
indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as
demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato
não determinar a necessidade de deliberação unânime.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de
votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Capital social:
- Moeda corrente.
- Qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária.
O contrato social deve mencionar o que cada sócio vai entregar para a
sociedade e como vai fazê-lo (CC, art. 997, IV). O código permite que nas
sociedades simples os sócios integralizem sua parte até mesmo com
prestação de serviços (CC, art. 997, V), regra diametralmente oposta
àquela vigente para as sociedades limitadas.
Como dito, a integralização do capital social pode ser feita através de dinheiro,
créditos, bens ou serviços. Se feita em bens o sócio responderá pela evicção,
indenização e custas judiciais que dela decorram. Evicção é o desapossamento
do bem por causa jurídica. Se o bem for reivindicado por terceiro,
posteriormente à integralização, por direito anterior a ela (integralização) este
responderá pelos danos sofridos pela sociedade (CC, artigo 1.005).
Gabarito C.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir,
à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante
já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no § 1o do art.
1.031.
Fica assim:
E mais...
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
1) Os bens da sociedade são suficientes para pagamento das dívidas? Sim? Ok!
Tudo resolvido (CC, art. 1.024).
2) Há cláusula que prevê que os sócios não respondem subsidiariamente? Se
houver, a responsabilidade estaria limitada ao montante do capital social.
3) Não há! Acabaram os bens da sociedade e ainda perduram dívidas. O que
fazer? Aplica-se o artigo 1.023. Como cada sócio subscreveu uma cota de R$
1.000,00, assim, todos participam de forma igual das perdas e ganhos sociais.
Assim, a dívida de R$ 30.000,00 deverá ser dividida entre os três, constituindo-
se três frações no valor de R$ 10.000,00.
4) Se houvesse cláusula de responsabilidade solidária, a dívida poderia ser
cobrada de qualquer um deles, ao qual caberia a restituição do valor pago em
excesso a sua proporção do capital social, em ação de regresso.
O cônjuge não pode ingressar na sociedade sem a anuência dos demais, pois
nas sociedades simples é possível a cessão das quotas sociais, desde que haja
concordância dos demais sócios e que seja averbado o respectivo registro.
Assim, para que um sócio de uma sociedade simples ceda sua parte do capital
social a outro sócio precisará da anuência dos demais, além do registro no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Isso por que as sociedades simples têm
natureza de sociedades de pessoas.
Portanto, pela inteligência do artigo supra, vejam que cabe ao contrato social
estipular a participação de cada um dos sócios nos lucros e nas perdas,
a forma como se dará.
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das
perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição
consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do
valor das quotas.
Vejam, pois, que cabe ao contrato social estabelecer a forma pela qual será
distribuído os lucros e absorvidas as perdas.
O sócio de serviço não tem participação no capital social. Por isso o Código Civil
dispõe que ele somente participa dos lucros na proporção da média do valor das
quotas. A sociedade teve um lucro de R$ 10.000,00. Como será a divisão? Cada
sócio de capital tem 25% do capital social. Portanto, esse será o percentual do
lucro a que terá direito o sócio de serviço. Os outros R$ 7.500,00 serão
divididos entre os sócios de capital, dividindo-se em 4, já que a proporção deles
no capital é igualitária.
Atenção: Veja que o sócio de serviço, por não participação no capital social,
não arca com as perdas eventualmente existentes.
A administração das sociedades simples está prevista nos artigos 1.010 a 1.021
do Código Civil.
Um belo conceito geral para o assunto foi explorado na prova para Auditor
Fiscal da SEFAZ RJ (item correto): São os administradores da sociedade
que, no dia-a-dia, expõem sua vontade, por terem poderes gerenciais.
Art. 1.011. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas
por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o
acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou
suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema
financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as
relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os
efeitos da condenação.
Continuemos...
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de
votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções,
sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato
social.
Conjuguemos esse dispositivo com o art. 1.019, cujo teor é o que se segue:
Ainda,
Todavia, para que essa teoria ultra vires ocorra, a sociedade deve provar a
ocorrência de pelo menos uma das seguintes hipóteses, previstas no artigo
1.015, par. único, do CC:
Um outro ponto com o qual devemos tomar cuidado diz respeito à fiscalização
da sociedade pelo sócio. Segundo o Código Civil:
Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a
qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da
carteira da sociedade.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de
votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Ora, o sócio de serviços não possui quotas de capital, logo não participa das
decisões quando o Código se contenta com a maioria absoluta do capital (art.
1.010 do NCC).
Veja como este tema foi cobrado no concurso para Auditor Fiscal do Trabalho,
pela ESAF, em 2006 (item incorreto):
a) judicial; e
b) extrajudicial.
Dissolução:
Sobre as sociedades simples, esse era o principal. Passemos a falar agora sobre
as sociedades limitadas.
9 SOCIEDADE LIMITADA
Esse assunto é, junto das sociedades anônimas, sem dúvida, o mais cobrado
em concursos quando o tema é direito societário. Até por que a sociedade
limitada é, disparado, o tipo mais utilizado na praxe brasileira. Vamos estudá-lo
em suas minúcias!
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.
Fica assim:
Apenas para confirmar o que digo, vejam que esta questão foi cobrada no
concurso para Auditor Fiscal da Receita Estadual, da SEFAZ RS, em 2014
(item correto):
O capital social pode ser definido como o montante total de recursos que os
sócios se comprometem a transferir do seu patrimônio pessoal para a formação
do patrimônio da sociedade.
Vejam que o caput prevê que as quotas podem ser iguais ou desiguais.
Todavia, não há definição do que vem a ser uma quota desigual. Fato é que não
A quota social representa a unidade do capital social. Uma quota pode ter um
ou mais de um dono (co-propriedade de quotas), hipótese em que o
representante exercerá o direito de sócio. A quota dividida entre os sócios,
contudo, não é divisível em relação à sociedade. Para a sociedade, será
apenas uma única quota. É o que se extrai da leitura do seguinte artigo:
Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será feita
restituindo-se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensando-se as
prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os casos, do
valor nominal das quotas.
Esse ponto deve estar claro. Se a sociedade Alfa Comércio de Alimentos LTDA
tem capital social de 100.000,00, estando somente R$ 80.000,00
integralizados. Os sócios são João, capital de R$ 50.000,00, totalmente
integralizado, e José, capital de R$ 50.000,00, com somente R$ 30.000,00
integralizado. A sociedade foi executada por uma dívida de R$ 100.000,00, e
conseguiu receber os R$ 80.000,00. Poderá cobrar dos sócios o restante? Sim!
Tanto de José, como de João, pois todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social. A responsabilidade dos sócios, porém, não é
ilimitada, está restrita ao valor que falta integralizar no capital. Ok?
Cada sócio responde pelo valor de sua quota e todos terão responsabilidade
solidária pela integralização do capital social. Após esta integralização do
capital, se a sociedade vier a sofrer perdas irreparáveis em razão das operações
efetivadas, proceder-se-á à redução do capital social, diminuindo-se
proporcionalmente o valor nominal das quotas de cada sócio. Segundo o
Código:
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros,
ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do
capital social.
ADMINISTRAÇÃO
SOCIEDADE SÓCIO NÃO SÓCIO
Limitada Pode Pode
Simples Pode Ponto polêmico
Nome coletivo Pode Não pode
Comandita simples Pode Não pode
O Código Civil prevê, em seu artigo 1.061, dois quóruns distintos para a eleição
de administradores não-sócios (independentemente de a nomeação ser feita no
contrato social ou em ato separado):
Fica assim:
Capital social
Eleição
Integralizado Parcialmente integralizado
Administrador não sócio 2/3 Unânime
* Fábio Ulhoa diverge nesse ponto, entendendo que o quórum é de ¾ do capital social.
Para a prova:
- 3 ou mais membros.
- Sócios ou não.
- Residentes no país.
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios,
representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou
mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de
atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração
do contrato social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa.
A exclusão de um sócio, em regra, será feita pela via judicial (como preleciona
o art. 1.030).
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o
sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais
sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por
incapacidade superveniente.
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias
retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais
lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.
Vê-se, pois, que aqui temos a regra de que os dividendos (remuneração dos
sócios pelo capital empregado na sociedade) não pode se dar em prejuízo do
capital social. Ou seja, não podemos reduzir o capital social para pagar
dividendos aos sócios.
5) Sociedades simples:
Sociedade simples
Sociedade simples pura
Sociedade limitada
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
- Sócio remisso:
1) Os bens da sociedade são suficientes para pagamento das dívidas? Sim? Ok!
Tudo resolvido (CC, art. 1.024).
2) Há cláusula que prevê que os sócios não respondem subsidiariamente? Se
houver, a responsabilidade estaria limitada ao montante do capital social.
3) Não há! Acabaram os bens da sociedade e ainda perduram dívidas. O que
fazer? Aplica-se o artigo 1.023. Como cada sócio subscreveu uma cota de R$
1.000,00, assim, todos participam de forma igual das perdas e ganhos sociais.
Assim, a dívida de R$ 30.000,00 deverá ser dividida entre os três, constituindo-
se três frações no valor de R$ 10.000,00.
4) Se houvesse cláusula de responsabilidade solidária, a dívida poderia ser
cobrada de qualquer um deles, ao qual caberia a restituição do valor pago em
excesso a sua proporção do capital social, em ação de regresso.
ADMINISTRAÇÃO
SOCIEDADE SÓCIO NÃO SÓCIO
Limitada Pode Pode
Simples Pode Ponto polêmico
Nome coletivo Pode Não pode
Comandita simples Pode Não pode
11 QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
O item está incorreto, haja vista que falamos na existência de sociedades não
personificadas, como a sociedade em comum e a sociedade em conta de
participação.
Gabarito Errado.
Comentários
As limitadas podem reger-se tanto pelas normas das sociedades simples como
pelas normas das SAs, se assim previsto expressamente (CC, art. 1.053, caput
e parágrafo único).
Gabarito B.
Comentários
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome
coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas
obrigações sociais.
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Esta é uma adequação bem simplória (e até grosseira) para explicar, mas acho
que ficou claro.
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Dissemos que:
Assim, a assertiva a está incorreta. Somente pessoas físicas podem ser sócias
nas sociedades em nome coletivo.
Gabarito B.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
GRAVEM!!!
Gabarito Errado.
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Gabarito Errado.
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Gabarito Correto.
Comentários:
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Conforme já dissemos:
Gabarito D.
Comentários
O item está incorreto. Segundo o artigo 998 do Código Civil: Nos trinta dias
subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do
contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito B.
Comentários
Com efeito, a letra e, que assevera que a matéria pode ser deliberada pela
diretoria, desde que com a presença de alguns sócios, está incorreta.
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de
votos, contados segundo o valor das quotas de cada um.
Gabarito A.
Comentários
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das
perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição
consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do
valor das quotas.
Gabarito Correto.
Comentários
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da
sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentário
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros,
ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do
capital social.
Gabarito Errado.
Comentários
Cada sócio responde pelo valor de sua quota e todos terão responsabilidade
solidária pela integralização do capital social.
Gabarito Correto.
Comentários
Para a prova:
Gabarito Errado.
Comentários
Nenhum sócio pode ser excluído de participar dos lucros, ou seja, é vedada a
chamada cláusula leonina.
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou
parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros,
ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do
capital social.
Gabarito Errado.
Comentários
Todavia, para que essa teoria ultra vires ocorra, a sociedade deve provar a
ocorrência de pelo menos uma das seguintes hipóteses, previstas no artigo
1.015, par. único do CC:
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Gabarito Errado.
Comentários
Gabarito Errado.
11.5 COOPERATIVAS
Comentários
Gabarito Correto.
Comentários
Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode,
sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por
estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos
expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.
Gabarito Errado.