Elenco Sensacional

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ELENCO SENSACIONAL

Ainda que com características de apresentação bem diferentes do Passeio por Mares
Distantes, a técnica Elenco Sensacional presta-se para trabalhar nossa aparente
facilidade de julgamento, mas desta vez de forma mais concreta e na caracterização de
elementos do grupo. Por trabalhar esse maior conhecimento, não é recomendado para
aplicação em grupos que não se conheçam bem ou em início de atividades de
relacionamento. A duração da técnica não ultrapassa vinte minutos, é inteiramente
válida com alunos em sala de aula, em treinamentos de lideranças, ou na caracterização
de personalidades empenhadas em tarefas comuns, como por exemplo, em sessões de
empresas de serviços.

Etapas do Elenco Sensacional


Para o cumprimento da técnica, todos os participantes, não divididos ou organizados em
subgrupos, deverão estar reunidos e participar com sugestões verbais das soluções aos
problemas apresentados pelo monitor.

Explicada a finalidade da técnica o monitor inicia narrativa que pode ser mais ou menos
a seguinte: Sou diretor de cinema de méritos internacionalmente reconhecidos e
pretendo fazer um grande filme. Para essa atividade convoquei vocês, famosos atores e
atrizes internacionais. Vou agora atribuir-lhes diferentes papéis no filme. Mas, como
exijo que cada ator em sua conduta pessoal revele características que o identifiquem
melhor com o papel, peço de vocês para sugerirem, em voz alta e com muita liberdade e
franqueza, quem entre os presentes possa assumir o papel proposto. Os papéis podem
ser assumidos indistintamente por homens e mulheres, e não apenas é válido mais de
um papel por ator, como papéis sem atores. Só não pode, entre todos os presentes,
alguns permanecerem em seus próprios papéis.

Feita a narrativa, passa a apresentar e solicitar o empenho e a participação de todos na


distribuição dos papéis. Recebendo respostas em consenso ou de uma maioria, anota o
nome do papel e o ator a quem foi atribuído. A critério do monitor algumas idéias para
papéis a serem discutidos poderiam ser:
 Alguém muito tímido;
 Alguém muito falante;
 Alguém muito vaidoso, que poderia ser um Rei;
 Uma Rainha;
 Um hippie ou punk;
 Um mestre;
 Um cientista;
 Um policial;
 Um sacerdote;
 Um bobo da corte;
 Um fofoqueiro;
 Alguém extremamente simpático;
 Um milionário.
E, naturalmente, muitos outros, eventualmente sugeridos pelo próprio grupo ao monitor.
Concluído o quadro dos atores, seria absolutamente indispensável o fechamento da
técnica, ouvindo-se em plenário cada um dos integrantes dizer como se sentiu no papel
que lhe foi atribuído pelo grupo e que papel seria mais condizente com sua ação
pessoal. Na discussão desse item é importante a habilidade do monitor, falando sempre
pouco e ouvindo muito, não dividindo o grupo, nem discordando de proposições
pessoais, criando, principalmente, um clima de diálogo que se afaste radicalmente do
julgamento de pessoas, permitindo um exercício de interação onde todos busquem ajuda
e todos possam ajudar. Dependendo da evolução do debate pode até mesmo propor
indagações dessa natureza, sugerindo aos presentes que, se assim o pretenderem,
solicitem ao grupo colaborações ou opiniões.

É absolutamente indispensável reconhecer que a sensibilização só se justifica se o


monitor for suficientemente hábil para não aparecer e capaz de levar os participantes a
se sentirem bem com as atividades propostas. Desnecessário afirmar que se deve
respeitar sempre o direito de não participação de quem quer que seja.

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