Ivanilton R. Soares Eng.

Civil CREA 5069716884

Rua José Bonifácio, 27 – Centro – Araçatuba-SP / (18) 3304-2444
e-mail : [email protected]
Site : www.masterhousesolucoes.com.br

LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA DE ENGENHARIA

Ivanilton Ribeiro Soares, Engenheiro Civil, Registro Nacional no CONFEA/CREA SP Nº
506971688-4, contratado por MÁRCIO CLARINDO, portador do CPF: 061.670.118-77, com o
objetivo de realizar uma Vistoria Técnica de Engenharia, após ter comparecido ao local, em
19/03/2019, acompanhado pelo contratante e do Sr. Carlos Roberto dos Santos, assistente
técnico deste profissional que assina o Laudo Técnico, vem apresentar o relatório do seu
Laudo Técnico de Vistoria, na forma que se segue.

IMÓVEL VISTORIADO
Residência Unifamiliar

Endereço
Rua Chile, 1247 – Jardim Icaraí – Araçatuba – SP

ÁREAS VISTORIADAS
Casa – área 350 m²

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1.0– OBJETIVO

Relatar as patologias, danos e vícios construtivos observados durante a Vistoria Técnica,

realizada em 19/03/2019, em todas as áreas da casa. Analisar a estrutura em geral para
verificar se houve algum tipo de comprometimento de ordem estrutural. Apontar as
possíveis causas que deram origem aos danos. Recomendar as obras e reparos necessários.

2.0– DESCRIÇÃO DA RESIDÊNCIA

Constituída por garagem, sala de estar, sala de Tv, cozinha, três suítes, varanda, área de
serviço e área de lazer, ocupando uma área total de 355 m² (Metros quadrados). A
Residência possui portão automático, entrada privativa com interfone, infraestrutura e
serviços públicos necessários à habitabilidade, compatível com a época atual. A localidade é
dotada de toda a infraestrutura necessária à vida moderna.

FOTO 01

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DA CASA

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FOTO 2- PLANTA BAIXA

FOTO 3 - VISÃO DA FACHADA DA CASA

3.0- DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADOS

A patologia é entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas e

mecanismos, as causas e origens dos defeitos e vícios construtivos. É, portanto, o estudo das
partes componentes do diagnóstico do problema observado. As patologias ou defeitos
podem, também, ser definidos como degradações inesperadas no desempenho dos imóveis

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devido à falta de qualidade, provocando perda de vida útil e desconforto aos moradores,
além do aspecto estético.

Os principais danos e patologias observados, durante a Vistoria Técnica realizada em

19/03/2019, foram:

3.1- Muro lateral esquerdo

 Ausência de impermeabilização em viga baldrame;

 Ausência de chapisco e emboço;
 Ausência de junta de dilatação;
 Ausência de cinta de amarração na parte superior;
 Constatado desaprumo de 5,5 centímetros;
 Pontos de umidade na base do muro devido à ausência de impermeabilização
recomendada;
 Desprendimento da textura devida a ausência de aplicação de selante;
 Trincas devido à falta de juntas de dilatação;

Intervenção:

 Revestimentos devem ser executado conforme NBR 7200/98;

 Executar junta de dilatação a cada 10 metros lineares de muro;
 Executar cinta de amarração na parte superior do muro com bloco canaleta, concreto
25 MPa e dois ferros CA50 de 8 mm na seção.
 Afastar o solo que esta adjacente ao muro e aplicar solução impermeabilizante em
três demão a base de solução asfáltica.
 Raspar todo revestimento que esta desprendendo, aplicar selador acrílico e refazer a
textura.
 Proceder a aplicação de sela trincas, conforme recomendação do fabricante e
posterior repintura de toda alvenaria com qualidade da tinta, no mínimo, com tipo
fachada (tintas com maior grau de elasticidade). As fissuras não ativas, com maiores
espessuras, (superiores a 0,1 mm) e profundidade (superior a 25mm) devem sofrer
um processo de grampeamento ou curativo, com produtos resistentes à tração,
decorrentes das movimentações dos materiais.

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FOTO 4 - MURO LATERAL ESQUERDO – EXTERNO

FOTO 5 - MURO LATERAL ESQUERDO INTERNO COM PONTOS DE UMIDADE E

DESPRENDIMENTO DA TEXTURA

3.2- Calçada

 Trinca com espessura de 3 mm, devido à ausência de tela de aço embutida no

concreto que tem a função de combater os esforços de tração;
 Ausência de tubo PVC de 100 mm para vazão de água pluvial;
 Rampa entre o nível da rua e o nível da calçada inadequada;

Intervenção:

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  Refazer contrapiso com instalação de uma tela de aço com espaçamento de 10 cm
prosseguindo com a instalação do piso.
 Embutir tubo de 100 mm para escoamento de águas pluviais na rampa.

FOTO 6 - CALÇADA

3.2 – Garagem

 Trinca na horizontal com espessura de 3 milímetro em toda extensão da fachada,

acima do portão da garagem, devido à falta de ancoragem entre viga e laje;
 Trinca na vertical com espessura de 3 milímetro, entre pilar e alvenaria, devido à falta
de amarração entre alvenaria e pilar;

Intervenção:

 Proceder a aplicação de sela trincas, conforme recomendação do fabricante e

posterior repintura de toda alvenaria com qualidade da tinta, no mínimo, com tipo
fachada (tintas com maior grau de elasticidade). As fissuras não ativas, com maiores
espessuras, (superiores a 0,1 mm) e profundidade (superior a 25mm) devem sofrer
um processo de grampeamento ou curativo, com produtos resistentes à tração,
decorrentes das movimentações dos materiais.

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FOTO 7 – TRINCA HORIZONTAL

FOTO 8 – TRINCA NA VERTICAL

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3.3 – Paredes internas

 Trincas superficiais em paredes devido a desalinhamento na execução do emboço;

 Trincas na diagonal acima de portas e janelas, indicando ausência de verga e contra
verga em vãos de janelas e portas;
 Pontos de umidade na base de paredes devido à ausência de impermeabilização
recomendada no baldrame;

Intervenção:

 Remover todo revestimento até chegar a alvenaria e refazer o emboço alinhado e

com o traço adequado segundo NBR 7200/98
 Remover portas e janelas, assentar verga e contra verga e prosseguir com a
reinstalação de portas e janelas.
Observação: Umidade proveniente da fundação devido à falta de impermeabilização do
baldrame não é possível executar uma solução definitiva, apenas soluções que retardaria
o problema utilizando impermeabilizante asfáltico na face das paredes.

FOTO 9 – TRINCAS NA DIAGONAL ACIMA DE PORTAS

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FOTO 10 – TRINCAS NA DIAGONAL ACIMA DE JANELAS

FOTO 11 – UNIDADE NA BASE DE PAREDES

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3.4- ÁREA EXTERNA

 Piso e rodapé desprendendo.

 Recalque na parte aterrada para execução da área de lazer.
 Paredes fora de prumo.
 Borda da piscina soltando.
 Trinca na vertical entre pilar e alvenaria. Trinca na vertical com espessura de 3
milímetro, entre pilar e alvenaria, devido à falta de amarração entre alvenaria e pilar;
 Muro de divisa (Lado esquerdo) não foi executado;

Intervenção:

 Piso e rodapé desprendendo e recalques: Devem prosseguir com a compactação do

aterro conforme NBR7182/2016.
 Paredes fora de prumo não apresenta solução.
 Bordas de piscina devem ser assentadas com argamassa apropriada AC III.
 Proceder a aplicação de sela trincas, conforme recomendação do fabricante e
posterior repintura de toda alvenaria com qualidade da tinta, no mínimo, com tipo
fachada (tintas com maior grau de elasticidade). As fissuras não ativas, com maiores
espessuras, (superiores a 0,1 mm) e profundidade (superior a 25mm) devem sofrer
um processo de grampeamento ou curativo, com produtos resistentes à tração,
decorrentes das movimentações dos materiais.
 Executar muro de divisa com valeta de 15 cm x 30 cm, preenchida com
concreto fck 25 e aço CA50 com 2 ferro de bitola de 10 mm na seção. Os
pilares devem ser executados a cada 2,5 metros com estacas de 2,0 metros
de profundidade, deixando uma junta de dilatação a cada 10 metros entre
pilares. Alvenaria com blocos 9 cm x 19 cm x 19 cm e argamassa com traço
1:2:9, chapisco com traço 1:3 e emboço 1:1:6. Executar cinta de amarração
com bloco canaleta preenchido com concreto fck 25 e dois aços Ca50 de 8
mm na seção.

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FOTO 12- RECALQUE EM ATERRO, DESPRENDIMENTO DE RODAPÉ E PISO.

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FOTO 13- TRINCA ENTRE PILAR E ALVENARIA

FOTO 14- BORDA DA PISCINA SOLTANDO.

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3.5 –Telhado

 Pontos de infiltração em trincas entre contrarufo e platibanda.

 Rufo e contrarufo executados de maneira incorreta, não atendendo a função para
que é destinado.
 O telhado não possui tesouras.
 O telhado está apoiado diretamente nas lajes aumentando o efeito da punção
podendo comprometer a estrutura da casa.
 Telhado desnivelado com vibração excessiva.
 A execução do telhado não atende as normas executivas da NBR 7196/2014 e
7190/1997.
 Telhas trincadas.
 Uso de madeira inapropriada.

Intervenção:

 O telhado deve ser desmontado e refeito conforme especificações normativas (NBR

7196/2014)

FOTO 15 – TRINCAS ENTRE CONTRARUFO E PLATIBANDA.

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FOTO 16 – ESTRUTURA DA COBERTURA INAPROPRIADA, APOIADA DIRETAMENTE SOBRE A
LAJE.

FOTO 17 – APOIO DA ESTRUTURA DA COBERTURA

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FOTO 18- TELHAS TRINCADAS

3.6 Banheiros

 Banheiros empoçando água no box.

 Revestimento com variação de tonalidade no mesmo material.

Intervenção:

 Demolir o piso, refazer contrapiso com a caída devida para os ralos e prosseguir com
a instalação do piso.

FOTO 19 – VARIAÇÃO DE TONALIDADE EM REVESTIMENTO

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4.0– CONCLUSÃO
Diante das inconformidades técnicas construtivas e da falta de desempenho nos sistemas
verificados no imóvel vistoriado, classifico, de uma maneira global, como de GRAU CRÍTICO,
principalmente no que diz respeito às condições encontradas na coberta e teto da
edificação, que possuem em vista o impacto de desempenho tecnicamente irrecuperável,
sendo necessária a intervenção imediata para sanar os problemas apontados no laudo de
inspeção.
Diante de todas as patologias analisadas na residência e principalmente na cobertura, faz-
se necessária a intervenção urgente nas estruturas de madeira, telhas e alvenarias de forma
a promover sua estabilidade e garantia de estanqueidade imediata.
Caso esses reparos não sejam executados, com a urgência devida, pode-se chegar a um
estado de maior deterioração, inclusive estético-funcional, comprometendo a qualidade de
vida e habitabilidade dos moradores, e diminuindo o tempo de vida útil da residência.

5.0– ENCERRAMENTO

Concluo o presente Laudo Técnico de Vistoria Predial, em duas vias de igual teor, contendo
16 (dezesseis) folhas de papel A4, digitadas de um só lado, 19 (dezenove) fotografias
coloridas e digitalizadas. Todas as folhas, devidamente, rubricadas pelo Engenheiro Perito
que assina este Laudo Técnico de Engenharia.

Araçatuba, 03 de abril de 2019

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Ivanilton Ribeiro Soares

Engenheiro Civil

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