Manual - Cuidados Na Alimentação Hidratação
Manual - Cuidados Na Alimentação Hidratação
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UFCD / Domínio: Nª: 6575 – Cuidados na alimentação e hidratação Formador: Marlyn Campos
Tema: Cuidados na alimentação e hidratação Data: UFCD Pág.: 1
ÍNDICE GERAL
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Ao longo da história dos homens, a alimentação foi mudando e hoje, graças a conhecimentos
mais aprofundados das ciências como a medicina, biologia, a química, etc., conhecemos muito melhor
os alimentos e a sua composição, dispomos de mais formas de os confecionar e conservar, e
possuímos informações que nos permitem escolher uma alimentação adequada e saudável.
A forma como uma pessoa se alimenta ao longo da vida também é diferente, consoante as fases
de desenvolvimento (bebé, criança mais crescida, adolescente, adulto ativo ou adulto idoso).
A natureza, qualidade e quantidade dos alimentos que consumimos também vai depender, entre
outras, das condições socioeconómicas, da cultura de origem, da atividade profissional desempenhada
e das diferenças do metabolismo individual.
Assim, a tarefa de quem, em apoio domiciliário, confeciona e serve refeições será, além de
adequar os alimentos às condições físicas e de saúde, transformar também essa atividade num período
de descontração e de bem-estar, tendo em conta os gostos alimentares da pessoa idosa, apresentando
com cuidado os alimentos, respeitando o ritmo individual e dando tempo para que se resolvam por si
algumas dificuldades, tornando a refeição numa experiência agradável.
NECESSIDADES ALIMENTARES
A alimentação é um dos fatores que mais influencia a qualidade e a duração da vida humana,
desempenhando um papel de primordial importância na promoção da saúde e na prevenção da doença.
Assim, uma alimentação equilibrada é essencial para se sentir bem e em forma.
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Para facilitar a escolha dos alimentos que devemos consumir diariamente, em que proporções e
quais as possíveis combinações, não existe nada mais simples do que a Roda dos Alimentos.
Desde há muito tempo que o homem associa a nutrição à saúde preocupando-se com a
influência dos alimentos no nosso organismo. Atualmente, a alimentação (relativamente à saúde)
adquiriu um papel fundamental na qualidade de vida dos cidadãos. Neste sentido, a alimentação, os
avanços na nutrição e a tecnologia dos alimentos desempenham um papel muito importante permitindo
o estudo da relação da dieta saudável e a prevenção das doenças cardiovasculares, cancro, obesidade,
entre outras doenças.
Genericamente, um alimento é tudo aquilo que, sólido ou líquido, se pode utilizar para o
consumo e a alimentação humana. Os nutrientes são os componentes dos alimentos que o organismo
utiliza para obter energia, construir e reparar as suas estruturas, bem como regular as várias funções
vitais. Existem 6 tipos de nutrientes nos alimentos:
Hidratos de carbono
Proteínas
Gorduras
Vitaminas
Minerais
Água
Hidratos de carbono simples ou açúcares (açúcar, mel, marmelada, bolos, a fruta etc.)
Hidratos de carbono complexos ou amidos (pão, massa, arroz, as batatas, os legumes etc.)
Fibras (verduras, hortaliças, legumes).
As gorduras ou lípidos são os nutrientes que mais energia fornecem ao organismo. Entre as
gorduras distinguem-se os seguintes tipos:
Gorduras saturadas (vaca, porco, cordeiro, produtos lácteos gordos, manteiga, enchidos etc.)
Gorduras insaturadas (óleos de sementes, azeite, frutos secos, peixes etc.)
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As proteínas têm uma função plástica e reguladora. Estas substâncias são necessárias para a
formação da maioria das estruturas do nosso corpo. Estes nutrientes podem classificar-se em:
Proteínas de origem animal (carne, enchidos, vísceras, peixes, mariscos, ovos, leite e seus
derivados)
Proteínas de origem vegetal (legumes, cereais, etc.)
As vitaminas são nutrientes essenciais, que atuam como elementos reguladores no organismo.
Os nutrientes essenciais só se podem obter através da alimentação, ou seja, o organismo é incapaz de
os produzir por si mesmo. As vitaminas podem ser de dois tipos:
Os minerais são os elementos inorgânicos da dieta e caracterizam-se por serem de dois tipos:
Nenhum alimento possui todos os nutrientes (proteínas, gorduras, hidratos de carbono, minerais
e vitaminas) em quantidades suficientes para satisfazer as necessidades do organismo, daí a
importância de fazer uma alimentação variada e equilibrada.
NUTRIENTES
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Os Nutrientes dividem-se em:
Nutrientes Energéticos
Nutrientes Não Energéticos
NUTRIENTES ENERGÉTICOS
Hidratos de Carbono
Dum ponto de vista estrutural quando falamos de hidratos de carbono podemos estar a referir
tipos diferentes de açúcares:
Generalizando, chamam-se aos monosacáridos e aos disacáridos açúcares simples (apenas uma
ou duas moléculas) e aos polisacáridos, açúcares complexos (muitas moléculas).
Existe uma enorme diferença entre ingerirmos açúcares simples ou complexos e devemos comer
maioritariamente açúcares complexos.
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Para além disso, se comemos os hidratos de carbono com fibra (como por exemplo nos cereais
integrais e nos vegetais), a assimilação é ainda mais lenta, criando um fornecimento constante de
açúcar na corrente sanguínea.
Assim, podemos também classificar os hidratos de carbono segundo a velocidade com que são
absorvidos nos intestinos:
Funções
Gorduras
Podem-se distinguir basicamente dois tipos de gorduras: as gorduras saturadas, que são de
origem animal, e as não-saturadas (ou insaturadas), que provêm dos óleos vegetais e de peixe. As
fontes de gordura mais saudáveis são as de origem vegetal, especialmente as que são extraídas por
pressão a frio.
Fontes
Proteínas
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quimioterapia e/ou radioterapia, pode aumentar o risco de infeção, pelo que é muito
importante que durante este período de tratamento duplique as suas necessidades
normais de proteínas.
O Homem obtém com a sua alimentação as diferentes proteínas provenientes das plantas e dos
animais. A qualidade da proteína varia com os alimentos. A forma mais fácil de obter uma proteína de
alto valor biológico, é comer diariamente as quantidades dos seguintes alimentos:
Ovos
Carne
Peixe
Fibras
As fibras são hidratos de carbono indigeríveis provenientes das paredes celulares dos vegetais. Não
têm por isso valor energético, mas contribuem para a regulação de vários processos metabólicos que
incluem a redução dos riscos de doença aterosclerótica. Destaca-se o facto de contribuírem para a
redução dos níveis de colesterol circulante; tornar mais lenta a digestão dos alimentos e a absorção dos
nutrientes principalmente a glicose e ainda facilitarem o trânsito intestinal.
Vitaminas
As vitaminas são substâncias essenciais para o nosso bem-estar – sem elas desenvolver-se-ão
sintomas de deficiência e a nossa saúde ficará comprometida. Apesar de nós próprios conseguirmos
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sintetizar algumas vitaminas, a quantidade em que o fazemos é insuficiente para a manutenção da
nossa saúde, pelo que temos que assegurar as necessidades destas mediante a nossa dieta.
Apesar de necessitarmos de pequenas quantidades de vitaminas na nossa dieta, nem por isso
são menos essenciais. Interferem em processos decisivos como:
Crescimento
Desenvolvimento
Libertação de energia dos alimentos
O uso de energia pelos músculos e outros órgãos
Proteção de células e tecidos dos efeitos dos radicais livres (ver vitaminas antioxidantes).
São ainda necessárias para a formação de várias enzimas (as proteínas que regulam as reações
químicas) do nosso organismo, são vitais para a produção de diversas hormonas – os mensageiros
químicos que coordenam reações no organismo.
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Minerais
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Macrominerais
(*) Há aqui claramente uma diferença relativamente à capacidade de utilização e à quantidade. O leite e derivados têm,
claramente, muito mais cálcio e, além disso, a capacidade de utilização do cálcio dos outros alimentos é francamente baixa
comparada com a do leite e derivados.
Oligoelementos
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Como é constituída?
A nova Roda dos Alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os
quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária:
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4. Lacticínios: 2 a 3 porções
5. Carnes, pescado e Ovos: 1,5 a 4,5 porções
6. Leguminosas: 1 a 2 porções
7. Gorduras e Óleos: 1 a 3 porções.
A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois faz
parte da constituição de quase todos os alimentos. Sendo a água imprescindível à vida, é fundamental
que se beba em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar entre 1,5 e 3 litros por
dia.
Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos
eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si.
GRUPOS ALIMENTARES
De acordo com a sua composição nutricional semelhante, os alimentos dividem-se nos seguintes
grupos:
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Cereais, seus derivados e Tubérculos
Deste grupo fazem parte os cereais (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada), seus derivados
(farinha, papo massas, cereais de pequeno-almoço), batata, outros tubérculos e, também, a castanha.
A composição química e o valor nutritivo dos grãos completos dos cereais são semelhantes em
todos. O grão é constituído por 4 camadas principais:
Endocarpo
Pericarpo
Escutelo
Germe
Endosperma ou amêndoa, que representa cerca de 85% do grão total e é formado por grãos
de amido contidos numa rede de cavidades e celulose com os interstícios formados por partículas de
proteínas (glúten), concentradas na camada mais externa do endosperma, correspondente apenas a
2% do total. Entre o pericarpo esta camada do endosperma há uma camada chamada aleurona,
formada inteiramente por uma fiada de células de grande tamanho contendo uma rede de partículas de
proteínas e muito pouca celulose. É removida com o farelo nas operações de moagem e peneiração.
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Escutelo, camada membranosa que separa o endosperma do germe e que contém elevada
quantidade de vitaminas B1, B2, PP e Ferro, correspondendo a cerca de 1,5% do peso total.
Germe, representando menos de 1,5% do grão total, consiste numa massa de pequenas células
ricas em proteínas, vitaminas, minerais e gorduras ricas em ácidos gordos polinsaturados (60% ou
mais).
Aspetos Nutricionais
Os alimentos deste grupo caracterizam-se por serem a principal fonte de hidratos de carbono
(glícidos) da nossa alimentação e, consequentemente, os mais importantes fornecedores de energia
para as atividades diárias. São constituídos essencialmente por hidratos de carbono complexos (em
especial o amido), para além de vitaminas do complexo B, sais minerais e fibras alimentares.
Arroz
O arroz é o mais pobre dos cereais em proteínas, minerais e celulose, tal como se consome,
mas fornece ligeiramente mais calorias do que o trigo, graças à maior quantidade de hidratos de
carbono. Depois de cozido, a composição modifica-se muito por absorver grande quantidade de água,
que lhe faz perder por dissolução na água de cozedura nutrientes solúveis (vitaminas e minerais).
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Não contém glúten, pelo que pode ser usado na doença celíaca sem inconveniente
Farinha
A farinha, que resulta da moenda dos cereais, classifica-se em função daquele que lhe deu
origem (arroz, aveia, centeio, trigo, milho) e quanto ao modo de extração, de acordo com a maior ou
menor malha de peneiração (tipo 55, 75, 105…). É o grau de peneiração que interfere na qualidade final
de nutrientes. Assim, quanto maior o número do tipo da farinha, menor o grau de peneiração, o que
significa que é mais rica em nutrientes.
Pão
Quanto mais baixo for o grau de extração, mais branca é a farinha e menor quantidade contém
da parte periférica do grão.
A farinha branca só contém 60 a 65% do grão, tendo-se separado 40 a 35% deste, sob a forma
de farelo. Ela é constituída principalmente pelo endosperma
Em troca, as farinhas de alto grau de extração (82 a 90%) conservam a camada de aleurona e
parte ou todo o escutelo, para além das camadas mais externas do endosperma.
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A farinha integral (100%) contém todo o invólucro e é muito rica em resíduos fibrosos e celulose,
o que a torna má para a panificação, de difícil digestibilidade e perturbadora da absorção intestinal de
vários nutrientes (cálcio e outros minerais, proteínas), apesar da sua maior quantidade de todos os
constituintes do grão.
As farinhas de taxa de extração de 80 a 85% são as que possuem maior valor alimentar,
compatível com uma boa panificação, que permite obter pão de boa apresentação, digestível e não
muito desequilibrado.
O Pão pode ser proveniente de diferentes tipos de cereais ao qual se dá o respetivo nome: trigo,
milho, centeio, integral de centeio, triticale ou mistura de farinha. Existem “tipos” especiais, que
incorporam outros ingredientes ou têm alguma particularidade, de que são exemplo o pão enriquecido
em nutrimentos, sem sal, de ovos, de leite e o tostado.
O pão e outros produtos obtidos a partir de farinhas com maior grau de peneiração (pão de cor
branca) são ricos em amido, possuem algumas proteínas e poucas gorduras, mas perderam muitas das
suas vitaminas, minerais e fibras alimentares. De um modo geral, deve preferir-se o pão mais escuro,
de mistura de trigo e centeio ou do tipo caseiro.
O valor alimentar do pão está muito dependente do tipo de farinha e da quantidade em que é
consumido, assentando em cinco fatores dominantes:
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3. Vitaminas do Complexo B, que devem representar contribuição significativa na alimentação,
estando muito dependentes do tipo de farinha. São principalmente as vitaminas do Complexo B a
considerar.
4. Minerais, representados pelos oligoelementos, em que o ferro deverá corresponder a mais de 10%
do valor total da alimentação.
5. Celulose e substâncias insolúveis, como o ácido fítico, que desempenham papel importante na
digestibilidade. Absorção e funcionamento do intestino. Sabe-se como a celulose e pequena
quantidade de linhina do pão aparecem como indispensáveis e praticamente insubstituíveis na
alimentação. O ácido fítico, pelo contrário, atua como agente de fixação do cálcio e de outros
elementos minerais no intestino, impedindo a sua absorção.
Na base destes fatores, a defesa do pão integral assenta nas seguintes ideias:
É mais rico em proteínas, vitaminas (especialmente B1), todos os minerais (sobretudo ferro) e
em celulose;
Os seus hidratos de carbono, particularmente o amido, são mais facilmente utilizados pelo
organismo, pelo equilíbrio em que se encontram com todos os outros constituintes naturais do
grão farinado;
A quantidade elevada de ácido fítico da farinha integral pode ser diminuída por fermentação
adequada, fazendo desaparecer este fator negativo.
O aspeto mais agradável, o sabor mais atrativo e a maior facilidade de digestão, a que se
associa a absorção mais completa de todos os constituintes;
O conteúdo menor de gordura (ausência de ranço) e de ácido fítico e de celulose grosseira
(farelo), com a correspondente melhoria de utilização de todos os nutrientes da alimentação;
As melhores propriedades de panificação das farinhas brancas, de que resulta maior facilidade
técnica no fabrico do pão;
A facilidade de correção, por enriquecimento, das possíveis deficiências do pão branco em
nutrientes considerados necessários e a fornecer por seu intermédio, ou, como parece ser a
solução, complementando o seu consumo por alimentos correntes adequados, sobretudo leite e
vegetais verdes.
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Entre o pão branco e o pão integral parece haver uma solução intermédia, melhor do que
qualquer das que correspondem a estes tipos, por eliminar os seus principais fatores negativos há
pouco analisados, e que consiste na preparação de uma farinha de taxa de extração entre 82 e 85%,
com características de cor e composição capaz de dar um tipo de pão de boa apresentação e ótimas
características de sabor e digestibilidade.
Massas
Sendo obtidas a partir das farinhas, tal como o pão, o seu valor nutricional irá depender do tipo
de farinha utilizado. Todas elas são elaboradas a partir de farinha de trigo. No entanto, encontramos
atualmente as massas coloridas que sofreram da adição de ingredientes (ovos, espinafres, tomate), o
que condiciona o seu valor nutricional.
Cereais de Pequeno-Almoço
Tubérculos
A batata, assim como a batata-doce e o inhame são designados por tubérculos, por constituírem
as partes subterrâneas do caule. Do seu valor nutricional destaca-se a riqueza em amido e vitaminas,
em especial a vitamina C.
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depois de cozida. A fritura da batata não lhe faz perder praticamente vitamina C, nem a assagem com
pele, enquanto a preparação em puré leva à destruição total ou quase.
A batata, pela quantidade de hidratos de carbono, tem um apreciável valor energético, mas é
pobre em todos os outros constituintes, exceto potássio, e praticamente desprovida de cálcio.
Castanha
Fruto do castanheiro, denominado amiláceo pela sua riqueza em amido, possui ainda
quantidades apreciáveis de minerais (potássio, ferro e magnésio), vitaminas (C, B1 e B2) e fibras
alimentares.
Hortícolas
Incluímos neste grupo as hortaliças (ramas, folhas e flores) e os alimentos a que chamamos
“legumes”: raízes (cenouras, rabanetes, beterraba), bolbos (cebolas, alhos) e frutos (abóbora, pepino e
tomate)
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Aspetos Nutricionais
Fruta
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Incluímos neste grupo todo o tipo de fruta fresca, tal como a maçã, pêra, morangos, ameixa,
pêssego, citrinos (limão, laranja) e frutos tropicais (kiwi, manga, papaia) entre outros de consumo
corrente.
Aspetos Nutricionais
Fornecem vitaminas, sais minerais (cálcio, ferro, potássio), fibras alimentares e, ainda,
quantidades variáveis de hidratos de carbono (glícidos). Alguns frutos destacam-se pela apreciável
quantidade de água que fornecem, como melão, melancia, morangos e citrinos.
Os frutos secos (figos secos, passas de uvas) e frutos gordos (pinhões, amendoins, azeitonas,
coco, pêra-abacate), porque possuem diferente valor nutricional, não se incluem neste grupo por esse
motivo. O seu elevado valor energético deve-se, no que respeita aos secos, à maior concentração de
todos os nutrientes e, quanto aos gordos, à sua riqueza em lípidos/gorduras e proteínas de baixo valor
biológico.
Verificar o seu aspeto geral: cor, cheiro e textura, se transportam terra ou parasitas.
Rejeitar fruta tocada, pisada ou com bolor.
Preferir a fruta da época, pois esta é mais rica em vitaminas e minerais.
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Este grupo é constituído pelo leite, iogurte e outros leites fermentados, queijos e requeijão.
Excluem-se a manteiga e as natas por terem características nutricionais muito diferentes.
Aspetos Nutricionais
Caracterizados pelo seu conteúdo em proteínas de elevado valor biológico, são também ricos
em cálcio e fósforo, os que os torna importantes para a formação e manutenção dos ossos e dentes.
Possuem vitaminas A, B2 e D, em quantidades apreciáveis.
Leite
Existem vários tipos de leite que se classificam de acordo com a espécie do animal produtor, o
tratamento térmico ou de higienização, o teor em matéria gorda (quantidade de gordura) e os processos
tecnológicos/características apreciadas no produto final. É um alimento rico em cálcio, fósforo, vitaminas
A e D, e possui uma gordura de fácil digestibilidade. O principal hidrato de carbono que o constitui é a
Lactose.
Durante o processo tecnológico pelo qual se retira a gordura do leite para obter leite magro,
perde-se também a vitamina A (vitamina lipossolúvel). Tendo este facto em atenção, só é recomendado
o consumo de leite magro em situações particulares (colesterol elevado, por exemplo). O leite gordo é
aconselhável para crianças até aos dois anos de idade. A partir dessa altura, a criança irá certamente
ingerir outros alimentos que contribuem para atingir as necessidades diárias de vitaminas lipossolúveis
e lípidos/gorduras.
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Os iogurtes e outros leites fermentados podem ser classificados de acordo com a sua
composição final (natural, açucarado, aromatizado, com pedaços de fruta e/ou cereais), com o processo
tecnológico que sofrem (sólido, batido ou líquido) ou com o teor em matéria gorda. São ótimos para
substituir o leite em caso de intolerância à lactose.
Queijo
Este alimento possui toda a riqueza nutricional do leite que lhe deu origem, apresentando os
nutrimentos de uma forma mais concentrada.
A sua composição pode ser muito variável, nomeadamente quanto à quantidade de gordura.
Requeijão
Pertencem a este grupo, tal como indica a própria designação, as carnes, o pescado (incluindo o
peixe e marisco) e os ovos.
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Aspetos Nutricionais
Caracterizam-se pela sua riqueza em proteínas de elevado valor biológico. Contém uma
quantidade de gordura variável, cuja qualidade é diferente entre os membros do grupo. Possuem
vitaminas do complexo B e sais minerais, tais como ferro, fósforo e iodo.
A quantidade de gordura é muito variável com as diversas espécies e tipos de carnes e com as
espécies de peixe, e difere também na composição de ácidos gordos. A gordura da carne dos
ruminantes contém mais ácidos gordos saturados e menos ácidos gordos polinsaturados, do que a do
porco, aves e coelho, igualmente, do que as gorduras do peixe e dos ovos.
Carnes
A carne engloba as várias partes do animal incluindo, além da carcaça, algumas miudezas e
vísceras. Pode distinguir-se quanto ao modo de conservação, em carne fresca, congelada, fumada os
seca.
Independentemente da sua origem (bovina, caprina, suína…) possuem proteínas de elevado
valor biológico, ou seja, são bem aproveitadas pelo organismo, tal como os lacticínios. São ricas em
vitaminas do complexo B (em especial B2), sendo variável a quantidade e tipo de gordura presente.
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predomina na pele ou noutros locais em que é fácil de remover, sendo também de
melhor qualidade (menos ácidos gordos saturados).
Por este motivo, recomenda-se a diversificação no consumo dos vários tipos de carne e o
consumo moderado destes alimentos.
Pescado
Existe muitas semelhanças na composição e valor alimentar do peixe e da carne, que reside
principalmente nas proteínas, que são apenas em quantidade ligeiramente mais baixa no peixe, mas
que têm constituição em ácidos aminados essenciais semelhante ou ligeiramente mais equilibrada.
O valor alimentar dos peixes de mar e de água doce não apresentam diferenças importantes. Tal
como a carne, os hidratos de carbono do peixe são em quantidade diminuta.
Os produtos em conserva têm sensivelmente o mesmo valor dos frescos, com as diferenças
resultantes do óleo ou molhos que contêm.
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Sendo de fácil digestão, o peixe possui proteínas de elevado valor biológico, é rico em vitaminas
do complexo B e sais minerais (fósforo, iodo, sódio, potássio, ferro e cálcio). Os minerais encontram-se
especialmente nas vísceras e espinhas. A quantidade de gordura do peixe varia com a espécie e a
época do ano. O tipo de gordura do peixe é de melhor qualidade (com maior proporção de ácidos
gordos insaturados) que a da carne. Os peixes “gordos” são mais ricos em lípidos/gorduras essenciais.
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vitamina A, cálcio e ferro. A clara é rica em proteínas (albumina) e apresenta pequena
quantidade de minerais e vitamina B2.
A digestibilidade dos ovos depende da forma como são ingeridos, mas é para todas as
preparações culinárias relativamente fácil. Sabe-se que os ovos não devem ser consumidos crus, visto
serem de difícil digestão no estômago e de não permitir a absorção de vitaminas.
A cor da casca depende da raça da galinha e não esta relacionada com o valor nutricional. A cor
da gema depende da alimentação da galinha.
CARNES
PEIXE
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Leguminosas
Incluímos neste grupo as leguminosas frescas (ervilhas, favas) e as secas (grão de bico, feijão,
lentilhas) uma vez que, depois de demolhadas estas últimas, o valor nutricional de ambas é muito
semelhante.
Aspetos Nutricionais
São ricas em hidratos de carbono (amido) sendo bons fornecedores de energia, tal como os
cereais. Além disso possuem um elevado teor proteico, embora de menor valor biológico que o das
carnes. As leguminosas são também uma boa fonte de algumas vitaminas (B1, B2), minerais (ferro e
cálcio) e fibras alimentares.
Devido às suas proteínas serem de valor biológico, em que faltam alguns dos aminoácidos
essenciais (não produzidos pelo organismo), é recomendável que se combinem entre si vários tipos de
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leguminosas. Desta forma, conseguem obter-se os aminoácidos em falta e proteínas mais completas, à
semelhança das fornecidas pelos lacticínios, carnes, pescado e ovos.
A digestibilidade da casca das leguminosas é difícil e muitas pessoas sentem flatulência, por
vezes com grande excesso de gases.
Gorduras e Óleos
Grupo constituído pelo azeite, óleos comestíveis, banha de porco, natas e manteigas gordas
para barrar, tais como a margarina/cremes para barrar.
Aspetos Nutricionais
Azeite
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Contém também inúmeros compostos numa pequena percentagem, mas que são de grande
importância para a sua qualidade. Estes compostos são diferentes de acordo com as diversas
variedades de azeitona e torna os azeites diferentes entre si. Neste conjunto incluem-se as vitaminas
lipossolúveis e outros compostos naturais de ação antioxidante.
Óleos Vegetais
Os mais comuns são os de milho, girassol, cártamo, amendoim e soja. Podem ser
comercializados extremes ou em mistura, sendo neste último caso denominados “óleos alimentares”. O
óleo de amendoim destaca-se pela sua constituição de ácidos gordos monoinsaturados que lhe
permitem resistir a temperaturas mais altas, tal como o azeite.
Manteiga
Produto de origem animal obtido a partir do leite de vaca ou da sua nata. Pode classificar-se
quanto à sua maturação e ao teor de sal (com/sem sal). Quanto ao teor em gordura, encontramos
atualmente as manteigas magras que diferem das correntes pelo seu menor valor energético, devido à
quantidade de água adicionada. Qualquer tipo de manteiga deve ser consumida com moderação.
Contêm uma quantidade de água superior à da manteiga e, por vezes, também vitaminas A, D e
E, adicionadas durante o processo de fabrico. Não existe qualquer vantagem nutricional em substituir
manteiga por margarina, a não serem caso de doenças especiais. Qualquer uma delas deve ser
consumida com moderação.
Banha de Porco
Produto obtido por fusão de gorduras existentes em partes específicas do porco. Apresenta na
sua composição uma proporção de ácidos gordos semelhante ao azeite, o que a torna adequada para
preparações culinárias que exijam temperaturas elevadas.
Natas
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A nata é obtida a partir da concentração da matéria gorda contida no leite. São classificadas
quanto à sua maturação, o que vais implicar diferentes utilizações culinárias. As não maturadas são
mais doces e indicadas para molhos e cozinhados. As maturadas são mais ácidas, sendo mais
indicadas para fazer chantilly, pois são também mais espessas.
AZEITE E ÓLEOS
• Adquirir embalagens intactas e armazena-las em local fresco; ao abrigo da luz e do ar, a uma
temperatura entre 10 a 18 °C.
MANTEIGA E MARGARINAS
As refeições na terceira idade devem ser pouco abundantes e repartidas, para que cada uma
não sobrecarregue demasiado o estômago do idoso. À medida que aumenta a idade, a tendência será
para que as refeições se tornem isocalóricas e com intervalos de cerca de 2,30 a três horas. Estas
refeições devem ser preparadas para facilitarem a mastigação e permitirem uma fácil digestão, evitando
a utilização de condimentos fortes e de gorduras em excesso e muito aquecidas.
Para além disso, as refeições devem ser atrativas em termos de aspeto, de paladar e de
consistência a fim de que estimulem o apetite.
Em termos de nutrientes, para idosos, deve preparar refeições pobres em gorduras sólidas e de
origem animal e ricas em proteínas de origem animal, metade das quais devem ser provenientes de
produtos lácteos.
O idoso deve ir buscar as vitaminas e minerais aos alimentos do GRUPO V da roda dos
alimentos (vegetais, hortícolas, batatas, frutos), pois estes alimentos são facilmente digeríveis. As fibras
podem ser adquiridas à custa do pão de mistura e de alimentos do GRUPO IV (vegetais secos, cereais
e derivados, leguminosas secas, açúcar e cacau)
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Tenha também em conta que, no idoso, é muito frequente a obstipação, ocasionada, por um
lado, pela atonia do tubo digestivo e pela diminuição das secreções digestivas e, por outro lado, pela
falta de fibra. Esta falta de fibra obriga ao cálculo da quantidade de fibra fornecida pelos GRUPOS IV e
V e dos alimentos mais indicados (pão de mistura, vegetais verdes, e frutos) para se conseguir um
equilíbrio em fibra.
O idoso pode consumir cinco a seis refeições diárias. O processo de preparação mais indicado é
a cozedura, sob a forma direta ou estufado em cru, bem como grelhados ou ainda assados. A sopa
deve manter-se insubstituível à semelhança do indicado para a idade adulta.
O planeamento de ementas que atendam às necessidades dos idosos apresenta problemas que
são tão variados quanto as circunstâncias nas quais estas pessoas vivem. Seja quem for o responsável
pelo planeamento e preparação das suas refeições, deve atender aos gostos do paciente e às suas
necessidades e limitações.
Neste planeamento, tenha em conta fatores como a ignorância dos factos relacionados à
nutrição, os preconceitos alimentares, o temor de alimentos desconhecidos, a falta de dinheiro e a
dificuldade na preparação dos alimentos.
Embora possam necessitar de uma alimentação e preparação especial das refeições, os idosos
devem, sempre que possível, participar nas refeições e comer os alimentos preparados para toda a
família.
O aspeto visual da comida é muito importante. Até uma comida simples e bem apresentada
poderá fazer com que o idoso sinta prazer em comer.
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Se a capacidade digestiva é limitada, as refeições devem ser planeadas de modo que a pessoa
idosa evite certos alimentos. Uma bebida quente à noite pode ser agradável para o idoso, ajudando
mesmo a induzir ao sono.
Para encorajar o idoso a comer, prepare refeições que despertem o apetite, sirva-as num
ambiente descontraído e certifique-se que ele dispõe de utensílios que lhe permitam comer sozinho.
Para que o idoso aprecie a refeição, certifique-se que ele está confortável e que tem tudo de que
precisa. Deve ter espaço suficiente para comer – esteja sentado numa cadeira ou usar um tabuleiro ou
mesa de cama – e a comida deve ter bom aspeto e ser o mais saborosa possível.
Atente às vontades do idoso: ele poder querer música, televisão ou rádio ligado durante a
refeição. Pergunte se quer ir à casa de banho antes de comer e dê-lhe oportunidade de se arranjar.
Pense em alegrar o quarto ou a sala com flores ou um potpourri. É mais agradável comer acompanhado
do que sozinho, por isso, se for possível, acompanhe você ou outro membro da família.
Sempre que possível, o idoso deve ajudar a decidir o que vai ser cozinhado e, se ele for capaz,
deve encorajá-lo a ajudar na preparação da refeição.
Pense no que lhe vai dar. Prepare pratos que ele aprecia – e que pode comer – em proporções
pequenas e manejáveis.
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Se o idoso tem uma deficiência física, isso não significa necessariamente que não é capaz de
comer sozinho ou apreciar às refeições. Pode estimular a independência ao adquirir utensílios especiais
que respondem às suas necessidades.
Se o idoso não consegue usar dentaduras, terá dificuldade em mastigar e precisará de uma
dieta à base de alimentos moles. Prepare alimentos que possam ser esmagados ou use uma picadora
ou um liquidificador.
Doentes acamados
Se o idoso está preso à cama, tente encontrar uma posição o mais confortável possível usando
almofadas para o ajudar a sentar-se. Pouse as coisas num tabuleiro ou nas mesas de cama e proteja os
lençóis.
Ajudar um invisual
Um invisual pode comer sozinho se for feita uma preparação cuidada para lhe facilitar a tarefa.
Pense no que lhe vai oferecer – alimentos como ervilhas, por exemplo pode criar dificuldades pois rolam
pelo prato.
O método do relógio. Algo tão simples como arrumar a comida no prato numa certa ordem,
permite a o invisual controlar o que está a comer. Se lhe disser a posição dos alimentos no prato – por
exemplo, as batatas estão às 12 h – ele será capaz de comer sem a sua ajuda.
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Utensílios especiais podem permitir que uma pessoa com os movimentos de um braço ou de
uma mão limitados prepare uma refeição para si própria e coma e beba sem ajuda. Estes utensílios
podem ir desde objetos que ajudam a abrir as latas ou frascos e a preparar comida; até louça e cutelaria
adaptadas para servirem necessidades especiais.
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Princípios:
São baseados nas modificações de componentes nutricionais integrantes de uma dieta normal,
considerando as condições que uma doença em particular possa requerer. Essas alterações podem ser
quantitativas ou qualitativas, nas quais deverão ser utilizados apenas os alimentos permitidos.
Finalidades:
Oferecer ao organismo debilitado nutrientes adequados da forma que melhor se adapta ao tipo
de doença e condições físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo o estado nutricional do
indivíduo ou recuperando-o.
Segundo Behar e Icaza, a dieta modificada é aquela que, em qualquer de suas características
física – químicas, deve ser ajustada a uma alteração e processo digestivo ou de funcionamento geral do
organismo.
Energia: é modificada de acordo com o excesso ou deficit ponderal apresentado pelo paciente
ou é adotado como forma preventiva.
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Textura: a modificação na consistência da alimentação tem como objetivo melhorar a aceitação
do paciente.
Prevenção de doenças;
Crenças religiosas;
Quanto a Consistência:
Dieta Normal
Deve ser flexível e fornecer os nutrientes em quantidades necessárias aos processos normais do
metabolismo que seja adequada e balanceada, não apresenta restrições específicas a alimentos.
Destina-se a paciente cuja condição clínica não exige modificações dietoterápicas. É portanto,
uma dieta suficiente, completa e adequada, sem nenhuma restrição.
Preparações Indicadas
Gelado
Dieta Branda
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Indicações: pós – operatório, afeções gastrointestinais (quando a motilidade e ação química do trato
gastrointestinal está debilitada), problemas de mastigação e em casos de diminuída absorção.
Evitar: frituras, alimentos que fornecem resíduos não digeríveis e flatulentos, vegetais crus, a maioria
das frutas cruas, cereais integrais e condimentos.
Preparações Indicadas
Torradas
Biscoito.
Sopas
Dieta Pastosa
Inclui alimentos moídos e em forma de puré ou pastas, as fibras são diminuídas ou modificadas
pela cocção. Os purés podem ser substituídos por vegetais cozidos mais com poucas fibras.
Indicações: pacientes com falta de dentes, dificuldade de deglutição, fases críticas de doenças crónicas
como insuficiência cardíaca e respiratória.
Preparações Indicadas
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Leite e derivados (queijo cremoso, natural ou congelado)
Arroz empapado.
Sobremesa: gelado simples, geleia, doce em pasta, pudins, cremes, arroz-doce, fruta cozida,
bolo simples.
Dieta Semi-mole
Alimentos liquidificados.
Propicia repouso digestivo ou quando alimentos sólidos não são bem tolerados pelo paciente.
Pouco resíduo. Teor calórico diminuído.
Preparações Indicadas
Puré de vegetais;
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Dieta Mole
. Recomendada para pacientes que necessitam de alimentos de fácil digestão e que sejam
isentos de agentes mecânicos, que tenham dificuldade de mastigação ou uma restrição severa de
material não digerível pelo trato gastrointestinal por uma diminuição da sua função.
Fundamentalmente a base de leite e bebidas a base de leite (em casos de intolerância utiliza-se
o leite de soja).
Preparações Indicadas
Leite,
Iogurte,
Leite-creme,
Queijos cremosos;
Gemada,
Ovo;
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Alimentos espessantes: farinha pré–cozida de arroz, trigo, milho, isolados proteicos, clara de
ovo, etc.
A boca ou a garganta com feridas põem problemas especiais quando se tenta comer uma dieta
nutritiva. Um triturador pode ser uma ajuda valiosa, pois ao triturar os alimentos ele torna-os de modo a
que os possa tolerar melhor. Isto é, pode dar-lhes uma consistência líquida, semilíquida ou mole.
Uma dieta mole deve ser equilibrada e lembre-se que está a comer os mesmos alimentos que
qualquer pessoa, somente a forma é que é diferente. Quer isto dizer que pode utilizar um triturador ou
pode utilizar alimentos para criança (Bledine, Nutribom), principalmente se está fora de casa. Tanto com
a trituradora como com os alimentos para crianças, pode conseguir uma grande variedade.
A refeição deve conter cada um dos grupos de alimentos de maneira a ser equilibrada;
Coma pequenas refeições com frequência e lembre-se que os líquidos, em relação aos
alimentos sólidos, são os que mais saciam, mas só por um curto período de tempo;
Escolha alimentos de diferentes cores e temperaturas, para assim aumentar o seu interesse,
pois as dietas moles têm pouca variedade na textura.
Quando misturar os alimentos não se esqueça de juntar líquidos de modo a humedecer os vários
componentes e a obter uma consistência mole. Evite, se possível, alimentos que tenham um conteúdo
elevado de fibras. Estes alimentos são difíceis de triturar. É por isso que as carnes dos alimentos para
crianças (boiões), são uma fonte rápida e fácil de proteínas, calorias e de sabores.
Uma vez que a dieta mole é pobre em fibras, é provável que a obstipação possa constituir um
problema. O sumo de ameixa ou de uva, farelos, iogurte e exercício regular podem ser um precioso
auxílio para combater a obstipação.
Para obter calorias extras e sabores, junte manteiga, margarina, óleo, maionese, salada
temperada, geleia, açúcar, mel, natas, café.
Dieta Líquida
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Preparações Indicadas
Águas e infusões adocicadas (chá, café, mate) com açúcar e bebidas carbonatas.
Exemplos:
Quanto à Temperatura:
O corpo humano transporta bactérias que podem causar doença alimentar e que se encontram
na pele e, principalmente, nas mãos, debaixo das unhas, na boca, na garganta, no nariz e no intestino,
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podendo o indivíduo apresentar-se saudável. Por esta razão, é fundamental que todos os colaboradores
que trabalham em locais onde são manipulados alimentos, evitem hábitos descuidados de higiene e
disseminem bactérias.
Fardamento
A troca da roupa exterior pela farda de trabalho terá que ser realizada apenas nas instalações
apropriadas para o efeito, e antes do funcionário do Sector de Alimentação e Bebidas iniciar o
seu serviço;
Todo o vestuário e calçado exterior à unidade deve ser colocado em armários individuais
específicos para o efeito, de preferência com chave;
Todo o trabalhador deverá usar a farda definida para a sua categoria e adequada à sua função;
A farda deve ser de cor clara, lavável e apresentar-se sempre em boas condições de higiene e
conservação;
Do vestuário de trabalho faz parte uma touca ou barrete que deve cobrir todo o cabelo, sem
deixar qualquer parte desprotegida;
A touca ou barrete deverá ser a primeira peça a ser colocada, para evitar que caiam cabelos
sobre a farda;
Se houver necessidade de completar o fardamento com casacos, estes deverão ser, igualmente,
de cor clara e exclusivos do local de trabalho.
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O calçado deve ser antiderrapante e lavável: não deve ser usado calçado com salto, em tecido
ou aberto;
Mãos
O número de bactérias presentes nas mãos pode ser minimizado com uma boa higiene, pelo
que a sua lavagem e desinfeção deve ser frequente e efetuada corretamente, da seguinte maneira:
Unhas
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Deverão ser usadas curtas e limpas, e devem ser lavadas frequentemente com a escova
própria;
É essencial manter a escova das unhas lavada e desinfetada entre as utilizações pois, caso
contrário, poderá transferir microrganismos. A escova deverá ser bem lavada com detergente,
colocada numa solução de água e desinfetante e, seguidamente, deverá ser deixada a secar ao
ar, com as cerdas para cima;
Não é permitido o uso de verniz, mesmo o transparente, porque além de impedir a visualização
de sujidades, descasca e passa para os alimentos.
Cabelos
O cabelo está continuamente em mudança, descama, cai e contém bactérias. Ao cair nos
alimentos pode contaminá-los devendo, por isso, tomar-se determinadas precauções:
Deverá ser lavado com frequência (e com champô específico ou de tratamento, se aplicável), de
modo a que se apresente sempre limpo;
Deverá estar sempre completamente coberto com a touca;
Dever-se-á pentear o cabelo ou arranjar a touca ou barrete apenas nos locais apropriados, como
os vestiários ou a casa de banho;
O uso de barba e/ou bigode são desaconselhados. Caso existir, a barba deve ser feita todos os
dias ou, em casos especiais (ex.: problema de pele), de dois em dois dias.
Adornos (joias, relógio, bijutarias, etc.)
Não é permitido o uso de qualquer adorno (relógio, anéis, pulseiras, colares, brincos, etc.),
porque muitos destes adornos possuem ranhuras, fendas ou orifícios onde as bactérias se
acumulam e, ao entrarem em contacto com os alimentos, podem contaminá-los. Além disso,
mesmo que sejam lisos, podem soltar-se e cair nos alimentos. Se ninguém se aperceber da
queda, o objeto pode mesmo ser engolido por um dos clientes.
Outras regras
É proibido comer ou mascar pastilha elástica no Sector onde são preparados e confecionados os
produtos alimentares;
É proibido fumar no local onde são preparados e confecionados os produtos alimentares;
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Luvas Descartáveis
Na manipulação direta de alimentos que não sofram mais nenhum processamento antes do
consumo, ou seja, alimentos que estejam prontos a consumir, por exemplo: fatiar sobremesas;
preparar sandes; manipular alimentos após confeção;
Em caso de cortes, queimaduras ou outras feridas nas mãos. Devem ser colocadas sobre os
pensos coloridos que cobrem as feridas.
Cuidados a ter:
Realizar a tarefa sem interrupção -caso tal não aconteça, deve rejeitar-se as luvas, lavar
novamente as mãos e colocar-se novo par de luvas.
Todas as pessoas que trabalham na restauração em geral devem efetuar um exame médico
completo no inicio da atividade profissional e, pelo menos, uma vez por ano segundo as indicações
especificas da legislação de Higiene, Segurança e Saúde no trabalho.
Sempre que algum dos manipuladores de alimentos apresente diarreia, vómitos, febre,
expetoração, processos inflamatórios do nariz, garganta, ouvidos ou olhos, ou qualquer outra situação
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suspeita de doença, tem o dever e a obrigação legal de o comunicar ao seu superior. Em caso de
dúvida, o superior deve enviar o funcionário aos serviços médicos.
Nas situações anteriormente descritas, e caso o médico considere que o funcionário deve estar
afastado das suas funções temporariamente, é vedada a permanência do funcionário nos locais onde
se manipulem alimentos. O manipulador poderá retomar a sua atividade após apresentação de parecer
médico favorável.
HIGIENE DA COZINHA
As limpezas nem sempre são uma tarefa popular entre os manipuladores de alimentos. Contudo,
uma cozinha limpa, além de ser um local de trabalho muito mais agradável, previne a contaminação dos
alimentos e reduz o risco de pragas.
É importante estabelecer rotinas de limpeza. A regra “Limpar à medida que se suja” é essencial
nas superfícies de preparação e equipamentos que contactam diretamente com os alimentos.
Todos os colaboradores devem ser responsáveis pelas superfícies e equipamentos que estão a
usar.
Produtos de Limpeza
Numa cozinha os três principais produtos de limpeza são a água quente, os detergentes e os
desinfetantes.
Agua quente – No processo de higienização deve ser usada a água quente, pois remove mais
facilmente as sujidades, do que a água fria,
Detergentes – São produtos químicos que, juntamente com a água, ajudam à remoção de gorduras,
sujidades e resíduos de alimentos. No entanto, não destroem as bactérias.
Desinfetantes – São produtos químicos que eliminam a maioria das bactérias, mas não destroem os
seus esporos. Embora possam não eliminar a totalidade das bactérias, o seu número ficará reduzido a
um nível seguro, nas superfícies desinfetadas. No entanto, a ação do desinfetante só é eficaz se a
limpeza inicial com detergente e água tiver sido bem efetuada.
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Processo de Higienização
Esta operação realiza-se da seguinte forma, sendo que os pontos 1, 2, 3 e 6 dizem respeito
apenas ao processo de limpeza, enquanto 1, 2, 3, 4, 5 e 6 se referem à combinação dos dois
processos:
1. Remoção dos resíduos com aplicação de água sob pressão para arrastamento de sujidades;
2. Lavagem com detergente adequado, na dose conveniente e por"' um período de tempo necessário à
sua ação;
3. Enxaguamento com água corrente;
4. Aplicação de uma solução desinfetante na dose conveniente e por um período de tempo necessário à
sua ação;
5. Enxaguamento com água corrente;
6. Secagem natural ou recorrendo ao uso de papel descartável – não é recomendável o uso de panos.
O termo limpeza significa a remoção de sujidade, quer restos de alimentos, quer outro tipo de
detritos como a gordura. A desinfeção é a redução do número de microrganismos até níveis seguros.
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Procurar limpar a fundo. Utilizar para este efeito bons detergentes. Respeitar as dosagens e o
tempo de ação prescritos;
Enxaguar abundantemente com água e evacuar a água de enxaguagem;
Escolher um bom desinfetante. Ter em conta a eficácia do produto e a sua forma de
conservação;
Respeitar as indicações de dosagem, de tempo de contacto e modo de aplicação do
desinfetante;
Enxaguar as superfícies e aparelhos tratados com água limpa e em quantidades suficientes para
eliminar os restos de desinfetantes;
Desinfectar após as atividades de lavagem e material de limpeza e outros acessórios.
Superfícies e/ou equipamentos que entram em contacto direto com os alimentos, em qualquer
fase do processamento (receção, armazenagem, preparação, confeção, distribuição);
Superfícies que entram em contacto direto com as mãos dos manipuladores (ex. utensílios,
manípulos das portas, etc.);
Recipientes para lixos.
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Devem estar fisicamente separados dos produtos alimentares e dos utensílios que contactam
com eles;
Devem ser conservados nas suas embalagens de origem. É interdita a utilização de embalagens
de produtos alimentares para armazenar produtos de limpeza (pelo risco de acidentes
provocados pela troca de produtos) e vice-versa (pela contaminação que os produtos químicos
podem causar ao alimento);
Devem possuir rótulos bem visíveis, para que se possa perceber de imediato qual o conteúdo da
embalagem;
Devem ser armazenados de acordo com a indicação da rotulagem, caso exista essa indicação.
Conselhos Práticos
Para evitar a contaminação dos alimentos, assim como a contaminação cruzada é muito
importante assegurar uma correta limpeza das instalações e de todos os equipamentos e
utensílios;
Não se deve varrer a seco o pavimento das áreas de manipulação de alimentos;
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De preferência devem ser utilizados materiais descartáveis para a limpeza e desinfeção das
bancadas, de forma a evitar focos de contaminação;
A limpeza deve iniciar-se sempre pelos lugares mais altos até chegar ao chão, tendo o cuidado
de não salpicar as zonas que já foram limpas;
Nunca utilizar para limpar superfícies de trabalho, mesas e paredes, equipamentos que se
utilizem para limpar o chão.
De uma forma geral, na conservação de alimentos, deve ser tida em consideração a avaliação
de fatores ambientais que vão ter influência sobre as características dos alimentos, podendo também
influenciar as embalagens em que estes se encontram armazenadas. Nestes fatores incluem-se:
A temperatura;
A humidade relativa do ar;
As condições de circulação do ar em torno do produto;
A possibilidade de transmissão de odores aos alimentos;
A ação direta da luz solar.
A conservação dos alimentos e o método mais adequado para essa mesma conservação,
depende igualmente e de forma significativa, de características internas do próprio alimento, tais como:
A água disponível;
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A acidez;
A composição química e a estrutura biológica do alimento;
Os aditivos ou substâncias anti-microbianas naturais presentes nos alimentos.
Em função das suas características, os alimentos podem ser classificados em diferentes grupos,
de acordo com a sua resistência aos processos de alteração, principalmente os de origem microbiana.
Assim poderão ser classificados de acordo com a seguinte figura:
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São alimentos de consistência seca, como arroz, massa, farinhas, açúcar, farinhas e feijão, entre
outros. A grande razão da capacidade de conservação dos alimentos não perecíveis, é o seu baixo ter
de água. Apresentam menos dificuldades de conservação, por períodos mais alargados. Recomenda-se
no entanto o armazenamento em condições que não favoreça o desenvolvimento microbiano (resultante
de condensações superficiais) ou qualquer outra forma de contaminação. Assim, devem ser
armazenados em locais secos e frescos, longe de qualquer foco de contaminação e da presença de
insetos e roedores.
Alimentos semi-perecíveis
As semi-conservas têm uma menor durabilidade e requerem certas normas para a sua
conservação, até ao momento de serem consumidas. Dentro deste grupo incluem-se determinados
produtos que precisam de refrigeração, como por exemplo as anchovas. Pertencem ainda ao grupo de
alimentos semi-perecíveis a beterraba, batata, cenoura, nabo e algumas frutas maduras.
Alimentos perecíveis
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A sua deterioração pode ter inicio no ato da sua aquisição, ou mesmo antes, não prescindindo
estes produtos de serem conservados a baixa temperatura. A facilidade com que se deterioram deve-
se, em grande parte, ao seu alto teor de água e à inexistência de quaisquer outros fatores intrínsecos a
estes alimentos que sejam inibidores do crescimento microbiano.
Para que possam ser ingeridos com segurança, os alimentos têm que ser armazenados sob
condições adequadas. Estas condições dependem não só da natureza do produto, mas também do
tempo de conservação que se pretende.
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Deve manter-se uma vigilância periódica de todos os produtos armazenados (ex.: prazos de
validade, cheiros estranhos, embalagens opadas, etc.);
Antes do armazenamento todos os produtos devem ser retirados das embalagens exteriores
(sejam de cartão, papel ou plástico), tendo em atenção os seguintes casos particulares:
Congelados: pode manter-se a caixa exterior, por facilidade de arrumação
na câmara de congelação;
Bacalhau: depois de verificado deve ser mantido na embalagem de
origem;
Produtos de pequenas dimensões (ex.: pacotinhos de açúcar, manteiga ou
compota de 15 g etc.): podem ser mantidos na embalagem de origem.
Despensa
Idealmente, deverá existir uma despensa para os produtos de mercearia, e uma outra para
armazenar os produtos de limpeza. Desta forma, os produtos deverão ser armazenados apenas na
despensa correspondente e destinada a esse fim.
Desta forma, o armazenamento no economato (que deve ser uma zona fresca e seca) deve
respeitar as seguintes normas:
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Zona de Frio
A medida que a temperatura desce, diminui a atividade dos microrganismos, sendo que abaixo
dos 4 °C a maioria dos microrganismos deixa de se multiplicar ou crescem muito lentamente, apesar de
não morrerem. Mesmo abaixo dos 0 °C os microrganismos permanecem viáveis durante muito tempo.
Deste modo, os alimentos que favorecem o crescimento bacteriano devem ser armazenados a baixas
temperaturas, para assim prolongar a sua vida útil e assegurar a sua salubridade. Os processos de
conservação a baixas temperaturas mais utilizados na restauração são o armazenamento em câmaras
frigoríficas e em arcas de manutenção de congelados.
Todos os alimentos que necessitem de frio para a sua conservação devem ser colocados em
câmaras frigoríficas ou de manutenção de congelados, respeitando os seguintes princípios:
O equipamento de frio deve estar localizado em áreas bem ventiladas, longe da zona de
confeção propriamente dita ou luz solar direta;
A cadeia de frio dos alimentos nunca deve ser interrompida, ou seja, os alimentos refrigerados e
congelados devem manter-se à mesma temperatura;
As câmaras não devem estar demasiado cheias, de modo a permitir uma boa circulação de ar à
volta dos produtos. Encher no máximo até dois terços da sua capacidade;
Todos os alimentos conservados no frio devem estar devidamente acondicionados, isto é,
tapados e identificados de forma a reduzir o risco de contaminação cruzada e facilitar o consumo
prioritário dos alimentos que se adquiriram há mais tempo. Não são permitidos alimentos sem
rótulo ou desprotegidos;
As portas das câmaras devem permanecer o mínimo de tempo possível abertas. É também
importante verificar se as borrachas estão em bom estado e se vedam bem;
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Refrigeração
Os alimentos que necessitem de refrigeração devem ser conservados a uma temperatura entre
1ºC e 5 °C.
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As câmaras devem ser higienizadas pelo menos uma vez por semana, tendo o cuidado de
serem limpas imediatamente no caso de derrames.
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No caso de existir mais do que uma câmara de refrigeração, é possível ajustar as temperaturas
recomendadas de refrigeração por categorias de produto, conforme sinalizado no seguinte quadro:
Conservação de Congelados
O tempo de vida comercial dos alimentos congelados, geralmente é recomendado pelo produtor
e vem indicado na embalagem. Casos essas indicações não estejam disponíveis, podem ser seguidos
os seguintes tempos recomendados:
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As câmaras devem ser higienizadas pelo menos uma vez por mês;
As embalagens devem apresentar-se íntegras sem gelo solto no interior e devidamente
rotuladas;
Todos os alimentos congelados apresentam um prazo de validade;
Os alimentos devem estar devidamente acondicionados de forma a evitar processos de
deterioração;
A arrumação deve ser feita de modo a respeitar o carregamento limite do equipamento e sem
comprimir demasiado as embalagens;
A descongelação deve ser efetuada regularmente, de modo a prevenir a formação de gelo no
interior do equipamento;
Uma vez descongelados, os produtos não podem ser novamente congelados.
Para assegurar uma adequada conservação de alimentos congelados, para além das regras
gerais quer para alimentos refrigerados quer para alimentos congelados anteriormente descritas, deve
ser observado um outro conjunto de regras específicas para este tipo de produtos:
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Apenas poderá congelar-se carne e peixe (exceto se picados), que deverão estar em perfeito
estado aparente de frescura;
A tarefa deverá ser realizada com a máxima higiene, visto que a congelação não destrói as
bactérias – as mãos deverão estar lavadas e os utensílios bem higienizados;
Os produtos a congelar deverão ser divididos em peças pequenas, com peso não superior a 2,5
kg;
Todos os alimentos devem ser colocados em sacos de plástico transparentes bem fechados ou
em recipientes de plástico cobertos com tampa ou película aderente;
É proibido empilhar os alimentos a congelar – estes deverão ser espalhados pelas prateleiras da
câmara para que haja uma maior circulação de frio, e a congelação seja mais rápida e eficaz;
Preparação de Alimentos
Organização
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Preparação de Carnes
Preparação de Pescado
Preparação de Hortícolas
1. Lavar os hortícolas em água fria corrente, para remover todas as poeiras ou outros
contaminantes;
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2. Mergulhá-los numa solução de água e pastilha desinfetante apropriada, seguindo as indicações
recomendadas no rótulo relativamente à dosagem e tempo de ação;
3. Passar os hortícolas novamente por água fria corrente.
Todos os vegetais a servir crus, incluindo ervas aromáticas (ex.: salsa, coentros, hortelã, etc.),
têm que ser bem lavados e desinfetados (apenas os frutos podem dispensar a desinfeção, mas
devendo ser cuidadosamente lavados);
Devem ser retiradas todas as partes velhas, pisadas, etc., aproveitando-se as restantes;
É essencial ter as mãos cuidadosamente higienizadas na preparação de hortícolas já lavados e
desinfetados;
Depois de lavados, desinfetados e preparados, os hortícolas a servir crus devem ser guardados
no frigorífico, devidamente cobertos com película aderente, até ao momento de servir.
Preparação de Ovos
Os ovos, devido à sua estrutura física e à casca coberta por uma fina camada protetora,
encontra-se relativamente protegida de contaminantes. Contudo, quando a porosidade da casca é
fragilizada, os microrganismos podem facilmente passar para o seu interior.
De notar que os ovos para cozer devem ser lavados antes de serem colocados na água de
cozedura.
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BIBLIOGRAFIA
Fundação Portuguesa de Cardiologia. Aromas e Sabores que Fazem Bem. Fundação Portuguesa de
Cardiologia.
Esteves P, Macedo S, Luz C, Soares P, Vaz de Almeida MD. Higiene e Segurança Alimentar.
INATEL.
www.min-saude.pt
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