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SUMÁRIO
MATEMÁTICA...................................................................................... pág. 19
Semana 1: Medidas de área............................................................. pág. 19
Semana 2: Medidas de área, volume e capacidade.......................... pág. 23
Semana 3: Medidas de capacidade e volume.................................. pág. 26
Semana 4: Grandezas, medidas e proporcionalidade...................... pág. 29
CIÊNCIAS................................................................................................ pág. 34
Semana 1: Previsão do Tempo........................................................ pág. 34
Semana 2: Mudanças Climáticas sob a ação humana...................... pág. 39
Semana 3: Fontes de Energia Renováveis....................................... pág. 42
Semana 4: Fontes de Energia Não Renováveis................................ pág. 47
GEOGRAFIA............................................................................................ pág. 51
Semana 1: Migrações...................................................................... pág. 51
Semana 2: Participação dos BRICS no cenário Internacional.......... pág. 56
Semana 3: Os Movimentos Sociais na América Latina.................... pág. 60
Semana 4: Conflitos e tensões na América Latina........................... pág. 64
HISTÓRIA............................................................................................ pág. 68
Semana 1: O Primeiro Reinado no Brasil.......................................... pág. 68
Semana 2: O Primeiro Reinado no Brasil......................................... pág. 71
Semana 3: Período Regencial no Brasil........................................... pág. 73
Semana 4: As revoltas no período regencial.................................... pág. 76
III
LÍNGUA INGLESA................................................................................ pág. 80
Semana 1: Práticas de compreensão e produção oral
de Língua Inglesa.......................................................... pág. 80
Semana 2: Práticas de compreensão e produção oral
de Língua Inglesa.......................................................... pág. 83
Semana 3: Práticas de compreensão e produção oral
de Língua Inglesa.......................................................... pág. 85
Semana 4: Práticas de compreensão e produção oral
de Língua Inglesa.......................................................... pág. 88
IV
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
1
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA:
Leitura.
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos; Caracterização do campo jornalís-
tico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital; Reconstrução das condi-
ções de produção e circulação e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero. (Lei,
código, estatuto, regimento etc.).
HABILIDADE:
(EF08LP01) Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e digitais e de sites noticiosos, de
forma a refletir sobre os tipos de fato que são noticiados e comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o
que não noticiar e o destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.
(EF69LP20A) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos norma-
tivos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome
e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e
incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação).
(EF69LP20B) Analisar, tendo em vista o contexto de produção, efeitos de sentido causados pelo uso de
vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como
advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefi-
nidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras
formas de regulamentação.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Diferentes propostas editoriais visando públicos distintos; Localização de informação, inferências e genera-
lizações, bem como apreciações valorativas.
2
ATIVIDADES
1 – Leia os textos a seguir e responda às questões.
TEXTO 1
3
TEXTO 2
01. De acordo com o texto 1, o que causou a piora na qualidade da água na baía de Guanabara?
02. O texto 2 menciona qual a quantidade de lixo foi retirada da baía. Que quantidade foi essa?
03. Segundo o texto, o que fez com que a quantidade de lixo aumentasse?
05. Qual a principal informação tratada no texto 2 que não foi abordada no texto 1?
4
2 – Leia o texto a seguir e responda às questões.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
5
01. Quem geralmente pesquisaria essa Lei? O que leva uma pessoa a pesquisar essa Lei?
03. Na parte superior do texto, encontramos um número de Lei e uma data. O que podemos per-
ceber sobre essa Lei a partir dessas informações?
04. Essa Lei é válida em todo território nacional ou somente para algumas regiões? Justifique.
6
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA:
Leitura.
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto; Efeitos de sentido.
HABILIDADE:
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências;
em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem; em entre-
vistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses
subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou o humor presente.
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários,
relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos uti-
lizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar
práticas de consumo conscientes.
(EF69LP42A) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divul-
gação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de
conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagra-
mas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações,
exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título,
contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos
verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos, etc.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identificar marcas de impessoalidade (mais esperada na notícia) e de subjetividade; Analisar como os recur-
sos das várias linguagens atuam na construção do discurso persuasivo.
7
ATIVIDADES
TEXTO 1
01. É possível perceber uma crítica nessa tirinha. O que se critica? Quais elementos da tirinha nos
fazem perceber a crítica?
TEXTO 2
03. Nesta tirinha também é possível perceber uma crítica. O que a tirinha critica?
8
04. Em que quadrinho percebemos a crítica na tirinha?
05. Quais os elementos que o autor utilizou para evidenciar sua crítica?
06. As duas tirinhas criticam aspectos de uma mesma questão social. Você conhece outras ti-
rinhas que também abordam esse tema? Qual é a importância desse gênero textual (tirinha)
para a sociedade?
Os textos publicitários são aqueles que têm o objetivo de vender e/ou tornar pública alguma
informação, anunciar algum produto ou serviço e/ou convencer os leitores.
O texto publicitário é composto, muitas vezes, por imagem, título, texto, assinatura e slogan.
A assinatura é o nome do produto/serviço e do anunciante.
A linguagem dos textos publicitários podem ser:
• REFERENCIAL - quando o texto tem o objetivo de divulgar uma informação real;
• EMOTIVA - quando o texto pretende alcançar seu objetivo por meio da emotividade dos
leitores;
• APELATIVA OU CONATIVA - quando o texto tem o objetivo de convencer alguém a fazer
ou comprar alguma coisa.
Para conseguir causar efeitos de sentido e seduzir, chamar a atenção dos interlocutores, os
autores das peças publicitárias fazem trocadilhos e trabalham as linguagens verbal e não ver-
bal de maneira criativa. Muitas vezes também há mistura de linguagens (referencial, emotiva,
apelativa ou outra).
Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo. Textos publicitários. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/redacao/
textos-publicitarios.htm>. Acesso em: 14/08/2020. (adaptado)
9
Leia o texto a seguir e responda às questões.
10
3 – Releia o texto da atividade anterior. Em seguida, leia o texto abaixo e responda às questões.
11
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA:
Análise linguística/semiótica.
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Coesão; Modalização.
HABILIDADE:
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, identificando o antecedente de um pronome relativo
ou o referente comum de uma cadeia de substituições lexicais.
(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de modalização e argumentatividade
(sinais de pontuação, adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, advérbios etc.).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conhecimentos prévios sobre pronomes relativos e sobre as categorias gramaticais a que essa classe de
palavras está associada; Efeitos de sentido produzidos por estratégias argumentativas e/ou de modalização.
ATIVIDADES
12
Leia o texto e responda às questões a seguir.
MOCINHO OU VILÃO?
Remédios para plantas, defensivos agrícolas, venenos contra pragas… Esses são alguns no-
mes pelos quais são conhecidos os agrotóxicos, produtos químicos que servem para prevenir,
destruir ou controlar diferentes tipos de praga em plantações. Se, por um lado, eles são um
escudo para as plantas, por outro, podem causar danos à saúde de animais.
Os agrotóxicos podem ser usados em vasos de planta, jardins, pequenas roças ou grandes
plantações com o propósito de evitar que microrganismos, e também plantas daninhas, preju-
diquem o crescimento dos vegetais.
Apesar de proteger as plantas contra pragas, os agrotóxicos podem ser muito perigosos
para os animais.
Então, vejamos, se os agrotóxicos agem pelo bem dos vegetais, eles são ótimos, certo?
Nem sempre. Muitas vezes você vê na feira aqueles legumes, frutas, verduras parecerem mais
bonitos para conseguir um preço melhor e, para isso, muitos usam agrotóxicos além da conta.
Os resultados disso são: dano à saúde do trabalhador rural, que, em geral, aplica o produto
sem proteção; dano à saúde do consumidor, que ingere vegetais contaminados; e dano ao
meio ambiente, pela poluição do solo e das águas, que prejudica das minhocas aos peixes.
Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/mocinho-ou-vilao-2/>. Acesso em: 15/08/2020.
01. Indique a quem se refere cada um dos pronomes relativos destacados nos trechos
a) “...dano à saúde do trabalhador rural, que, em geral, aplica o produto sem proteção...”
c) “...dano ao meio ambiente, pela poluição do solo e das águas, que prejudica das minhocas
aos peixes.”
02. Poderíamos substituir os pronomes destacados por outros pronomes relativos? Como fica-
riam as frases?
03. Os pronomes relativos destacados fazem referência a um conjunto de elementos que fazem
parte da cadeia produtiva dos alimentos. Qual seria o papel e a importância de cada um des-
ses elementos?
13
2 – Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir.
Para compreender como a prática de exercício físico está associada à memória, os pesqui-
sadores monitoraram a atividade cerebral de 36 participantes, com cerca de 20 anos de idade,
depois que alguns deles se exercitaram por 10 minutos — momento que o pico de consumo de
oxigênio está em 30%. O monitoramento também foi realizado nos indivíduos que não realiza-
ram a tarefa, sendo repetido em alguns voluntários para conferir os resultados.
O teste de memória foi realizado por uma apresentação de imagens cotidianas aos par-
ticipantes, que mais tarde eram testados para verificar o quão bem eles se lembravam do
que haviam visto. “A tarefa de memória realmente foi bastante desafiadora. Usamos ítens
semelhantes muito complicados para ver se eles se lembrariam exatamente se a cesta de
piquenique era a mesma ou era outra”, esclareceu Michael Yassa, da Universidade da Califór-
nia, nos Estados Unidos, a quem entrevistamos.
A observação mostrou que as pessoas que se exercitaram foram melhores em separar ou
distinguir as diferentes memórias. A explicação: o cérebro apresentou uma comunicação apri-
morada entre o hipocampo (área responsável pelo armazenamento das lembranças) e as regiões
corticais, associadas à função de recordar memórias. Além de analisar a capacidade de recorda-
ção, os pesquisadores verificaram que houve mudanças benéficas no humor dos participantes.
Os resultados do estudo impactaram até mesmo a rotina dos pesquisadores. “Eu tento fazer
reuniões enquanto caminho e todos nós tentamos nos levantar a cada 2 horas e dar uma boa
caminhada de 10 minutos. Com base em minha experiência, não apenas o grupo é mais produ-
tivo, mas estamos mais felizes”, revelou Yassa.
Da redação. Caminhadas curtas são benéficas para a memória, aponta estudo. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/
caminhadas-curtas-sao-beneficas-para-a-memoria-aponta-estudo/>. Acesso em: 15/08/2020. (adaptado)
01. Preencha o quadro indicando o pronome, se ele é variável ou invariável e a quem ele se refere.
14
3 – Leia a informação abaixo sobre os modalizadores discursivos.
O uso que fazemos da língua em nossas ações de comunicação é sempre mediado por intenções: ex-
plicitar certeza, dúvida, obrigatoriedade, sentimentos, entre outros. Esse propósito está tão presente
em nosso dia a dia que se materializa na estrutura de nossa língua. São várias as intenções que explici-
tamos em nossas interações diárias e, por isso, há tipos diversos de modalizadores discursivos. Como
afirmam estudiosos da língua, diferentes recursos linguísticos estão a serviço dessa ação argumenta-
tiva: modos verbais, verbos auxiliares, adjetivos, advérbios, entre outros. Alguns exemplos: certeza ou
possibilidade ou suposição (expressas por meio de “é possível que”, “tenho certeza que”, “é certo que”,
“ é claro que”, “talvez”); permissão ou obrigação (expressas por meio de “você pode”, “eu preciso”, “você
deveria”, “eu sugiro”); análise, afeto ou julgamento (expressas por meio de “felizmente”, “infelizmente”,
“pena que”, “lamentavelmente”, “ainda bem que”, “estranhamente”)
Mariana Pacheco. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-sao-modalizadores
-discursivos.htm>. Acesso em: 25/08/2020. (adaptado)
Com o início das competições, o clima olímpico pouco a pouco envolve a todos. E mesmo
os mais avessos ao esporte, inevitavelmente, são atingidos pelas mudanças na rotina, desde
as alterações no trânsito, passando pelos turistas, até o aparato de segurança, com soldados
fortemente armados nas ruas da cidade. Um clima que, inicialmente, até representaria tran-
quilidade; porém, essa sensação é parcial. Se por um lado há, sim, maior segurança, por outro
ela se concentra em determinadas áreas, ficando outras vulneráveis a ações de bandidos.
O esquema envolvendo mais de 80 mil agentes de segurança, segundo o Ministério da Jus-
tiça, entre polícias Militar, Civil, Federal e Forças Armadas, nos traz reflexões e até discussões
que merecem permanecer após os Jogos. A primeira é que a integração é um caminho a ser
considerado. Um planejamento integrado, contando com o setor de inteligência de cada insti-
tuição, certamente trará bons frutos não só para o Rio, mas para todas as capitais brasileiras.
Discute-se isso, pelo menos, há mais de 40 anos, mas já passou da hora de, efetivamente,
isso sair do campo das ideias e ir para a prática. Segurança não é algo simples, exemplo disso
é que, mesmo com todo esse aparato para os Jogos, vergonhosamente ocorreu um arrastão
no Flamengo, a poucos metros da sede do governo. Uma ousadia que nos sinaliza o ponto a que
chegamos e nos preocupa quanto ao que está por vir se não tomarmos sérias providências.
Nesse momento em que o mundo olha para o Brasil e para o Rio por conta de recordes e ouro
olímpico, devemos deixar claro que a medalha que mais almejamos é a da segurança.
Disponível em: <https://odia.ig.com.br/noticia/opiniao/2016-08-08/marcos-espinola-seguranca-e-a-medalha-mais-almejada.html>.
Acesso em: 15/08/2020. (adaptado)
15
01. Veja as expressões destacadas no texto e classifique a qual modalizador cada um pertence.
Inevitavelmente
Inicialmente
Se por um lado
Certamente
Efetivamente
Vergonhosamente
16
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA:
Produção de textos; Análise linguística/semiótica.
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Textualização de textos argumentativos e apreciativos; Fono-ortografia.
HABILIDADES:
(EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto
de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de
oposição, contraste, exemplificação, ênfase.
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e
concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etc.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Procedimentos de produção textual: definição de contexto de produção, planejamento, produção e revisão;
Mobilização de conhecimentos linguísticos e gramaticais específicos na produção de textos
ATIVIDADES
17
01. Agora que você já conhece mais sobre o gênero artigo de opinião, escolha um dos temas abai-
xo para que você possa escrever o seu artigo. Se possível, pesquise sobre o tema escolhido.
( ) Vidas negras importam: o movimento que mexeu com o mundo.
( ) A onda das fakenews e a influência dela na sociedade.
( ) O impacto da pandemia na vida dos brasileiros.
2 – Releia as informações sobre o gênero textual artigo de opinião, resgate todas as informações que
você possui sobre o tema escolhido e escreva seu texto. Não esqueça de utilizar os modalizadores
para enriquecer sua redação e fortalecer sua argumentação. Veja também exemplos desse gênero
textual em revistas e/ou jornais, como, por exemplo: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/
atualidades/artigo-opiniao.htm
18
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Grandezas e medidas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Área de figuras planas. Área do círculo e comprimento de sua circunferência.
HABILIDADE(S):
(EF08MA19A) Resolver problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expres-
sões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de
terrenos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Medidas de área, volume e capacidade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Relacionar os conhecimentos adquiridos com o cotidiano.
19
ATIVIDADES
GRANDEZAS E MEDIDAS
Algumas grandezas podem ser definidas pelo seu valor numérico e por sua medida, que depende da
unidade utilizada. Por exemplo, para medir a área de um terreno pode-se usar o metro quadrado. Se o
terreno tiver grandes extensões, utilizam-se as unidades agrárias (are, hectare e alqueire).
• 1 are é a área de um quadrado com 10 m de lado.
• 1 hectare é a área de um quadrado com 100 m de lado.
• O alqueire varia em diferentes locais do Brasil.
(1 alqueire mineiro = 48 400 m² e 1 alqueire paulista = 24 200 m² )
divide-se por 10
1 — Uma fazenda localizada em Minas Gerais possui 9,68 km² de área. Dessa área, 50% foram reserva-
dos para plantio de café e o restante foi reservado para de criação de gado. Responda:
b) Quantos hectares possui a fazenda? Lembre-se que 1 hectare corresponde a 10 000 m2.
d) Sabendo que para o dimensionamento do rebanho, o ideal é que cada hectare seja ocupado por,
no máximo, 20 bois, quantos bois poderiam ser criados na área reservada de 50% da fazenda?
20
2 — Observe a figura ao lado, formada pela justaposição de
um retângulo e um semicírculo.
d) Sabendo que o diâmetro do círculo é x metros, o seu raio (r) é a metade do diâmetro, o seu pe-
rímetro ou comprimento é 2πr metros e a sua área πr2 metros quadrados, considere o valor de
x encontrado anteriormente e 3 como aproximação para o valor de π para calcular o raio (r) e o
comprimento do semicírculo em metros e sua área em metros quadrados. Depois, transforme
o raio (r) e o comprimento do semicírculo em centímetros e sua área em centímetros quadra-
dos. Em seguida, calcule o perímetro, em metros e em centímetros, e a área total da figura, em
metros quadrados e em centímetros quadrados.
• raio do círculo ou semicírculo: m= cm.
• perímetro ou comprimento do semicírculo: m= cm.
• área do semicírculo: m =
2
cm . 2
21
a) Qual é a medida do perímetro e a da área do campo de futebol representado na figura?
• Perímetro = km = cm = mm.
• Área = km =
2
m =
2
cm .
2
22
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Grandezas e medidas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Área de figuras planas. Área do círculo e comprimento de sua circunferência.
HABILIDADE(S):
(EF08MA19A) Resolver problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões
de cálculo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Medidas de área, volume e capacidade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Relacionar os conhecimentos adquiridos com situações do cotidiano.
ATIVIDADES
UNIDADES DE MASSA
A massa é uma grandeza escalar não negativa que mede a quantidade de matéria presente num corpo.
A unidade padrão é o quilograma, que é representado, abreviadamente, por kg.
divide-se por 10
23
1 — No fundo de um lote de 30 metros de compri-
mento e 12 metros de largura, construiu-se um
galpão no formato quadrado de lado medindo a
metade da largura do terreno. Responda:
b) Qual é a porcentagem da área que o galpão ocupou em relação à área total do lote?
%.
c) O dono do lote deseja montar uma horta ao lado do galpão, que ocupa a outra metade do lote,
conforme mostra a figura. Qual é a medida do perímetro e da área da horta?
d) Escreva a expressão algébrica com X e Y para representar a medida do perímetro e da área livre
que sobra no lote (retângulo mostrado na figura acima). Depois, substitua X pela medida do lado
do galpão e encontre o valor de Y em metros para calcular a área e o perímetro da área livre.
e) Depois da terra pronta para ser plantada a horta, o dono separou um pacote de 100 gramas
contendo sementes de tomate. Se o peso de cada semente é de, aproximadamente, 0,05 g,
quantas sementes há no pacote?
24
2 — Existem diversas modalidades no esporte que contribuem para uma pessoa manter seu Índice de
Massa Corporal (IMC) dentro do padrão (peso ideal conforme mostra a figura abaixo). Calcule o IMC
dos indivíduos A, B e C. Depois classifique-os em peso ideal, acima do peso ou faixa de obesidade.
Fonte: http://www.educopedia.com.br
Acesso em: 15 ago. 2020.
d) Uma competição de atletismo foi disputada por três atletas em duas baterias. Na 1ª bateria,
o atleta A percorreu 5 690 m, o atleta o B percorreu 55 900 dm e o atleta C percorreu 5,7 km.
Na 2ª bateria, o atleta A percorreu 5,72 km, o atleta B percorreu 5 600 m e o atleta C percor-
reu 5 699 m. O vencedor foi aquele que obteve melhor média nas duas baterias. Qual foi o
atleta vencedor?
e) Ao final da última bateria, o atleta B passou mal e foi atendido pelo médico. Depois dos exames
clínicos, o médico receitou um antibiótico de 875 mg por comprimido, duas vezes ao dia por
um período de uma semana. Quantos gramas do antibiótico o atleta B vai consumir até o fim
do tratamento?
25
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Grandezas e medidas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Medidas de capacidade e volume.
HABILIDADE(S):
(EF08MA20) Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação entre litro e metro cúbico,
para resolver problemas de cálculo de capacidade de recipientes.
(EF08MA21A) Resolver problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um
bloco retangular.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Medidas de área, volume e capacidade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Relacionar os conhecimentos adquiridos com o cotidiano.
ATIVIDADES
UNIDADES DE CAPACIDADE
O litro (L) é a unidade fundamental de capacidade. Também pode ser usado o quilolitro (kL), hectolitro
(hL) e o decalitro (daL), que são seus múltiplos, ou ainda decilitro (dL), centilitro (cL) e o mililitro (mL),
que são os submúltiplos.
divide-se por 10
26
CAPACIDADE E VOLUME
27
1— (ENEM-2017) Em alguns países anglo-saxões, a unidade de volume utilizada para indicar o conteúdo
de alguns recipientes é a onça fluida britânica. O volume de uma onça fluida britânica corresponde
a 28,4130625 mL. A título de simplificação, considere uma onça fluida britânica correspondendo a
28 mL. Nessas condições, qual o volume de um recipiente com capacidade de 400 onças fluidas
britânicas, em centímetro cúbico?
2 — Um tanque tem a forma de um paralelepípedo reto retângulo com as seguintes dimensões: 1,80 m
de comprimento; 0,90 m de largura e 0,50 m de altura. Sabendo que o volume de um paralelepí-
pedo reto retângulo é dado pela multiplicação entre as medidas de comprimento, largura e altura,
calcule a capacidade desse tanque, em litros?
3 — Um reservatório de água, que tem o formato de um paralelepípedo reto retângulo, possui as se-
guintes dimensões: 7 m de comprimento, 4 m de largura e 1,5 m de altura. Quantos litros de água
serão necessários e suficientes para encher esse reservatório?
5 — Qual a profundidade de uma piscina, em formato de um paralelepípedo reto retângulo, cuja capa-
cidade é de 22 500 litros e que possui lados medindo 3 m e 5 m? Dê a resposta em centímetro.
7 — (OBMEP) Na casa de Manoel há uma caixa d’água vazia com capacidade de 2 m3. Manoel vai encher
a caixa trazendo água de um rio próximo em uma lata, cuja base é um quadrado de lado de 30 cm
e cuja altura é 40 cm. No mínimo, quantas vezes Manoel precisará ir ao rio até encher completa-
mente a caixa d’água?
28
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Álgebra.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Variação de grandezas: diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou não proporcionais.
HABILIDADE(S):
(EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais
ou não proporcionais, expressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no
plano cartesiano.
(EF08MA13A) Resolver problemas que envolvam grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, por
meio de estratégias variadas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Grandezas, medidas e proporcionalidade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Relacionar os conhecimentos adquiridos com o cotidiano.
ATIVIDADES
GRANDEZA E PROPORÇÃO
Algumas grandezas podem estar relacionadas e variarem proporcionalmente. A proporção está pre-
sente em muitas situações cotidianas, por exemplo, quando compramos 300 g de presunto, podemos
calcular o valor total a pagar, pois este corresponde, proporcionalmente, à quantidade do produto
em relação ao preço de 1 kg. Grandezas são diretamente proporcionais quando a variação de uma,
provoca a variação da outra numa mesma razão. Conforme o exemplo anterior, quando mais presunto
você comprar, mais você pagará, e esse aumento do valor a ser pago é proporcional à quantidade de
quilogramas que se aumenta na compra, ou seja, se você comprar 600 g de presunto, em vez de 300 g,
você pagará o dobro do que pagaria se comprasse somente 300 g. Quando uma grandeza aumenta e
a outra diminui na mesma proporção são inversamente proporcionais. Por exemplo, o tempo é uma
grandeza inversamente proporcional à velocidade e diretamente proporcional à distância percorrida.
Uma viagem de carro de Belo Horizonte (MG) para Vitória (ES) demanda um tempo menor para ser
realizada do que para Recife (PE). Se a velocidade média do carro for de 60 km/h, o tempo gasto na
viagem é maior do que seria, caso a velocidade média do carro fosse de 80 km/h.
29
1 — O preço de 1 litro de leite é R$ 3,00. Complete a tabela abaixo e responda se as duas grandezas
(quantidade do produto e preço total a pagar) são diretamente ou inversamente proporcionais.
QUANTIDADE
1 2 3 4 5 6 12 24
(LITRO)
PREÇO
3
(R$)
Resposta:
2 — A tabela abaixo relaciona duas grandezas inversamente proporcionais (velocidade média e tempo)
para uma distância percorrida de 600 km.
Velocidade
média 20 30 40 60 80 100 120 150
(km/h)
Tempo
30
(h)
De acordo com a Cinemática e a Física, a fórmula da velocidade (V) é igual a distância (d) per-
corrida dividida pelo tempo (t) gasto. No caso acima, o produto da velocidade pelo tempo, em
todas as colunas, resulta sempre no mesmo valor 600, que corresponde à distância percor-
rida, que é de 600 km. Na Matemática, você pode calcular o tempo (t), dividindo a distância
percorrida pela velocidade. Há uma fórmula que relaciona velocidade (V), distância percorrida
(d) e tempo gasto (t), permitindo expressar uma dessas grandezas em função das outras duas:
𝑑𝑑 𝑑𝑑
𝑉𝑉 = ⇒ 𝑑𝑑 = 𝑉𝑉×𝑡𝑡 ⇒ 𝑡𝑡 =
𝑡𝑡 𝑉𝑉
Agora é com você! Complete o tempo, em horas, na tabela acima e responda se as duas gran-
dezas (velocidade e tempo) são diretamente ou inversamente proporcionais.
Resposta:
3 — Escreva a expressão algébrica que representa a situação descrita a seguir, empregando a letra p
para representar o preço de 1 litro de leite: “Comprei 4 litros de leite, paguei com uma nota de 20
reais e recebi 4 reais de troco”. Encontre o preço do litro de leite e responda às perguntas abaixo.
• Expressão algébrica:
30
b) Considerando x (quantidade do produto) e y (preço total a pagar), preencha a tabela abaixo.
x y = 4x (x, y)
0 (0,___ )
1 (1,___ )
2 (2,___)
3 (3,___)
4 (4,___)
c) Marque os pontos (x,y) obtidos na tabela acima no plano cartesiano apresentado a seguir. Una os
pontos e responda: as duas grandezas (quantidade do produto e preço total a pagar) são direta-
mente ou inversamente proporcionais?
31
4 — Um veículo, viajando a uma velocidade constante de 120 km/h, gasta 3 horas em determinado per-
curso. Considerando que a velocidade de deslocamento seja constante, qual seria sua velocidade
se o tempo gasto nesse mesmo percurso fosse de 6 horas? km/h. As duas grande-
zas são diretamente ou inversamente proporcionais?
32
a) Para se fazer 2 bolos, utilizando essa receita, precisa-se de quantos copos de farinha de trigo?
.
b) Para servir 40 pessoas, precisa-se fazer quantos bolos seguindo essa receita?
.
c) Mamãe fez a receita do bolo para servir de lanche aos meus colegas. Ela usou 1 dúzia de ovos.
Quantos bolos ela fez? . Quantas pessoas podem ser servidas com os bolos
feitos pela minha mãe? .
d) Dispondo de todos os demais ingredientes em quantidade suficiente, com 1 litro de leite posso
fazer quantos bolos? .
LEIA E REFLITA:
· Diâmetro: qual o diâmetro da forma de bolo? Compare essa medida com a da forma de bolo se você
tiver em sua casa. As medidas são iguais ou tem diferença?
· 200 ml: verifique se você tem um copo de 200 ml em sua casa e compare com a medida usada para
medir a quantidade de leite da receita do bolo. Pegue uma caixa de 1 litro de leite vazia e tente colocar
1 litro de água, usando o copo de 200 ml. Quantos copos de água foram necessários para encher a
caixa de 1 litro de leite?
· Claras em neve: o que significa “claras em neve” na receita? Como você pode fazer isso?
· Homogênea: o que significa “massa homogênea” na receita? Como você pode fazer isso?
· 180° C: qual a medida da temperatura do forno que foi indicada na receita?
· Sopa: o que significa “colher de sopa” na receita? Quais são os ingredientes que você precisa medir
em com essa colher?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação, Instituto Reúna e Fundação Lemann. BNCC e currículo percurso
formativo anos finais matemática: pautas para formação continuada de professores. Brasília,
2018. Disponível em: < https://percursoformativobncc.org.br/downloads/ai/ciencias-humanas/
ai_ch_pauta-formativa.pdf >. Acesso em: 20/03/2020.
DEMARQUES, Eliana Antonia. Plano de Estudo Tutorado (PET) de Matemática. Programa Se
Liga na Educação do Estado de Minas Gerais. 2020. Disponível em: < https://estudeemcasa.
educacao.mg.gov.br >.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação e União dos Dirigentes Municipais de Educação
de Minas Gerais. Currículo Referência De Minas Gerais (CRMG). Belo Horizonte, 2019. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/1ac2_Bg9oDsYet5WhxzMIreNtzy719UMz/view. Acesso em:
20/03/2020.
33
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 01
UNIDADE TEMÁTICA:
Terra e Universo.
OBJETOS DO CONHECIMENTO:
Clima.
HABILIDADES
(EF08CI15) Identificar as principais variáveis envolvidas na previsão do tempo e simular situações nas quais
elas possam ser medidas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- O Tempo e o Clima.
- Previsão do tempo.
Recapitulando:
34
- Desenvolvendo o tema: Previsão do Tempo
A Meteorologia é uma ciência que estuda os fenômenos físicos da atmosfera cuja análise permite
a previsão do tempo. A consulta sobre essa previsão em determinada região ou dia específico auxilia
tanto em diversas situações do cotidiano das pessoas quanto nas atividades econômicas como a agri-
cultura, pecuária, turismo, lazer, comunicação, aviação e navegação. Por esses fatores, ela tem espaço
nos meios de comunicação, como em jornais, canais de televisão e internet.
O profissional que realiza tal estudo é o meteorologista, que por meio das análises de elementos como
a temperatura diária, a pressão atmosférica, a umidade do ar, a direção e a intensidade dos ventos, con-
segue realizar um cruzamento de dados desses elementos e fazer a previsão do estado da atmosfera em
curto prazo (de um dia até duas semanas) fornecendo informações de qualquer variação climática.
Com o auxílio de satélites artificiais que estão coletando dados sobre o deslocamento de grandes
massas de ar da atmosfera e das estações meteorológicas espalhadas pelo país, é possível obter in-
formações que, posteriormente, serão analisados por programas de computador e por uma equipe de
meteorologistas. Essas inúmeras estações estão dispersas por todo o mundo e recolhem esses dados
por meio do uso de aparelhos como o termômetro (mede as temperaturas), anemômetro (mede a velo-
cidade do vento), pluviômetro (mede quantidade de chuvas), higrômetro (mede a variação da umidade
relativa do ar) e barômetro (mede a pressão atmosférica).
No Brasil, os principais institutos de meteorologia são o Centro de Previsão de tempo e Estudos Cli-
máticos (CPTEC) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Figura 01, Satélite. Fonte: Space News, 20131 Figura 02, Anemômetro. Fonte: Deamstime, 20202
SAIBA MAIS...
35
ATIVIDADES
1 - Leia atentamente o texto a seguir:
A previsão para as cidades da Zona da Mata e Vertentes neste fim de semana é de céu parcial-
mente nublado a nublado, com possibilidade de pancadas de chuva isoladas, de acordo com o 5º
Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Ainda segundo o Inmet, as temperaturas devem ficar com mínima de 14ºC e com máxima de
25ºC. Já a umidade relativa do ar fica alta pela manhã, com 90%, e baixa no decorrer da tarde,
com 40%. A previsão indica que as temperaturas devem cair na madrugada de segunda-feira (21)
na região.
36
2 — Analise a charge a seguir:
3 — Quais elementos ambientais são necessários se analisar para poder prever as condições atmosfé-
ricas de uma determinada região?
37
4 — Cite 3 aparelhos necessários para se analisar as condições atmosféricas e suas respectivas funções.
a) O sistema de meteorologia consegue prever com precisão o clima com o prazo de até um mês.
b) O higrômetro, responsável pela medição da quantidade de chuvas, é um dos aparelhos pre-
sentes em uma estação meteorológica.
c) A previsão do tempo auxilia em atividades agrícolas como para o planejamento de plantio ou
para a colheita de uma lavoura.
d) A meteorologia é uma ciência extremamente desvalorizada, não encontrando espaço nos
meios de comunicação.
Referências:
EDUARDO, Freitas. Previsão do tempo. Goiânia. Mundo Educação, 2019. Disponível em: <https://
mundoeducacao.uol.com.br/geografia/previsao-tempo.ht>. Acesso em: 03 ago. 2020.
FREITAS, Michele Martinenghi Sidronio de. Previsão do tempo. Infoescola, 2017. Disponível em: <https://
www.infoescola.com/meteorologia/previsao-do-tempo/>. Acesso em: 03 ago. 2020.
38
SEMANA 02
UNIDADE TEMÁTICA:
Terra e Universo.
OBJETOS DO CONHECIMENTO:
Clima.
HABILIDADES:
(EF08CI16) Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identifica-
ção de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Equilíbrio ambiental.
- Alterações climáticas, regionais e globais provocadas pela ação humana.
— Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da iden-
tificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana.
39
Os gases do efeito estufa incluem o dióxido de carbono (gás carbônico), metano,
ozônio, óxido nitroso e os clorofluorcarbonetos.
O problema é que as atividades industriais e o aumento de veículos que emitem poluentes são res-
ponsáveis pela maior concentração de gases. Como esses gases absorvem calor e o aprisionam na
atmosfera terrestre ocorre o descontrole das temperaturas da Terra que, associado ao aumento dos
níveis de desmatamento e da poluição, provoca o que chamamos de aquecimento global.
Além do aumento das temperaturas, as principais mudanças no clima da Terra têm como consequên-
cias a intensificação dos eventos climáticos (tempestades e furacões), elevação do nível dos mares e
oceanos, derretimento das calotas polares, alterações no regime de chuvas, aumento dos períodos de
seca, extinção de espécies animais e vegetais, agravamento de problemas de saúde cardíacos e respi-
ratórios, além da facilitação da disseminação de doenças.
No Brasil, por exemplo, podemos citar como al-
terações ambientais os longos períodos de seca nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste que afetam a dis-
ponibilidade de água para consumo humano; chuvas
devastadoras causaram enchentes na região Sul e Su-
deste; ainda na região, Sul podemos citar o “Tornado
Bomba” que afetou os estados de Santa Catarina e do
Rio Grande do Sul no final do mês de junho de 2020
e as fortes chuvas no início do ano que trouxe sérios
problemas para a capital mineira e a Zona da Mata e
Campos das Vertentes.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Cli-
máticas (IPCC), organização criada pelas Nações Uni-
das (ONU) em 1988, refere-se às mudanças climáticas
como a variação do clima a longo prazo analisada es-
tatisticamente segundo fenômenos da atmosfera,
como temperatura, chuva e ventos. O objetivo desse
órgão é apresentar relatórios periódicos que mostrem
o que está ocorrendo com o planeta, nosso papel nesse processo e as perspectivas desse impacto.
De acordo com os últimos relatórios, o aumento da temperatura global até o ano de 2100 pode ficar en-
tre 1,8ºC e 4ºC, sendo esse último cenário uma catástrofe.
A preocupação com as questões referentes às mudanças climáticas e suas consequências resultou
em diversas conferências ambientais, cujo objetivo principal é reunir representantes de várias nações
para avaliar as pesquisas e relatórios de órgãos como o IPCC e propor ações que reduzam os impactos
ambientais e reprimam a elevação das temperaturas. Essas conferências resultaram em vários trata-
dos como, por exemplo, o Acordo de Paris e Protocolo de Kyoto, os quais exigiam respostas urgentes
para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Em nível regional, as consequências podem ser amenizadas com ações como a preservação da ve-
getação e dos recursos hídricos, arborização de centros urbanos e do uso racional da água, além de
decretos e leis municipais e estaduais que preservem o meio ambiente.
SAIBA MAIS...
40
ATIVIDADES
1 — O que é aquecimento global? Quais são suas causas?
2 — Fora o aumento das temperaturas, quais são as demais consequências do aquecimento global no
clima da Terra?
3 — Cite medidas que podem ser implementadas na região em que você mora que auxiliam na preser-
vação do meio ambiente.
REFERÊNCIAS
41
SEMANA 03
UNIDADE TEMÁTICA:
Matéria e Energia.
OBJETOS DO CONHECIMENTO:
Fontes e tipos de energia.
HABILIDADES:
(EF08CI01X) Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis), os tipos de energia utili-
zados em residências, comunidades ou cidades e analisar os impactos ambientais gerados.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Fontes e tipos de energia.
-Impactos socioambientais.
-Recursos renováveis e não renováveis.
42
2) Energia eólica: Processo pelo qual os ventos são conver-
tidos em energia cinética (de movimento) e, a partir dela, em
eletricidade. Essa conversão acontece por meio de grandes ca-
taventos instalados em áreas onde a movimentação das massas
de ar é muito grande e constante na maior parte do ano como
por exemplo em regiões costeiras. Os ventos giram as hélices,
que, por sua vez, movem as turbinas, acionando os geradores.
Apesar da eficiência do processo, ele apresenta algumas limi-
tações como dificuldade de armazenamento da energia produzi-
da e uma certa inconstância dos ventos ao longo do ano, o que
pode criar interrupções.
43
5) Energia geotérmica: é um tipo de energia obtida através
do calor que se origina do interior do planeta. As fontes termais
encontradas no Brasil são exemplos de água geotérmica. Muitas
usinas desse tipo injetam água no subsolo por meio de dutos. Essa
água vai absorvendo o calor das rochas aumentando sua tempe-
ratura e pressão. Ao evaporar, é conduzida até as turbinas, que
se movimentam e acionam o gerador de eletricidade. Após sair
das turbinas, o vapor é transportado para áreas em que conden-
sa, reiniciando o processo. Apesar de ter um impacto ambiental
reduzido e independe das condições climáticas, possui um custo
elevado para implantação e manutenção e , caso não haja o devi-
do cuidado, pode contaminar cursos d’água devido a presença de
muitos minerais no subsolo.
6) Energia maremotriz: É possível utilizar a água do mar para a produção de energia elétrica, tanto
pela aplicação da força das ondas, quanto pela das marés. Esse sistema funciona como uma hidrelétrica
onde a energia mecânica (energia cinética e potencial), ao movimentar turbinas produz eletricidade. As
vantagens incluem baixo risco ambiental e custo de manutenção baixo. Mas de desvantagens, há o alto
custo de instalação e a dependência de condições ambientais, como força do vento e condições do mar.
SAIBA MAIS...
ATIVIDADES
1 — Com base no que foi discutido na semana, elabore uma explicação para o termo Energias Renová-
veis. Em seguida, cite dois tipos de energias que contemplem a sua explicação.
44
3 — O que é biomassa? Dê exemplos.
A) Que tipo de energia está sendo esquematizado? Como você chegou a essa conclusão?
O Sol
Vitor Kley
45
Com base na letra da música, na imagem apresentada e nos estudos desta semana, responda:
C) Além de ser utilizado como fonte de energia, cite outras duas importâncias da luz solar.
REFERÊNCIAS
CIBIE. Como a biomassa se transforme em energia. Rio de Janeiro. CIBIE – Centro Brasileiro de
Infraestrutura, 2019. Disponível em: <https://cbie.com.br/artigos/como-a-biomassa-se-transforma-
em-energia-eletrica/>. Acesso em: 05 de ago. 2020.
CICLOVIVO. Energia solar ultrapassa nuclear em capacidade instalada no Brasil. Brasil Escola, 2019.
Disponível em: < https://ciclovivo.com.br/planeta/energia/energia-solar-ultrapassa-nuclear-brasil/>.
Acesso em: 05 de ago. 2020.
FRANCISCO, Luciana. Usinas hidrelétricas. São Paulo. Nova Escola, 2018. Disponível em: <https://
novaescola.org.br/plano-de-aula/2164/usinas-hidreletricas>. Acesso em: 05 de ago. 2020.
PENA, Rodolfo F. Alves. Energia geotérmica. Alunos Online, 2017. Disponível em: < https://alunosonline.
uol.com.br/geografia/energia-geotermica.html>. Acesso em: 05 de ago. 2020.
PENA, Rodolfo F. Alves. Energia geotérmica. Goiânia. Brasil Escola, 2019. Disponível em: < https://
brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-renovaveis-energia.htm>. Acesso em: 05 de ago. 2020.
PENA, Rodolfo F. Alves. Fontes renováveis de energia. Goiânia. Brasil Escola. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-renovaveis-energia.htm>. Acesso em: 05 de ago. 2020.
TECNOGERA. Confira as vantagens e desvantagens da energia das marés. Minas Gerais. Tecnogera,
2020. Disponível em: <https://www.tecnogera.com.br/blog/confira-as-vantagens-e-desvantagens-
da-energia-das-mares#:~:text=Confira%20as%20vantagens%20e%20desvantagens%20da%20
energia%20das%20mar%C3%A9s,-vantagens%20e%20desvantagens&text=Trata%2Dse%20de%20
uma%20fonte%20de%20energia%20renov%C3%A1vel%20e%20limpa%3B&text=O%20volume%20
de%20%C3%A1gua%20do,energia%20n%C3%A3o%20exige%20muitos%20investimentos.>. Acesso
em: 05 de ago. 2020.
46
SEMANA 04
UNIDADE TEMÁTICA:
Matéria e Energia.
OBJETOS DO CONHECIMENTO:
Fontes e tipos de energia.
HABILIDADES
(EF08CI01X) Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis), os tipos de energia utili-
zados em residências, comunidades ou cidades e analisar os impactos ambientais gerados.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Fontes e tipos de energia
-Impactos socioambientais
-Recursos renováveis e não renováveis
— Saber reconhecer os pontos positivos e negativos de cada fonte de energia não renovável
1) Combustíveis Fósseis:
Os combustíveis fósseis são matérias-primas encontradas na Natureza em quantidade limitada,
originados de gases e de restos orgânicos acumulados em camadas profundas da crosta terrestre ao
longo de dezenas de milhares de anos, caso do petróleo e do carvão mineral. A maior parte da energia
utilizada no mundo provém dessa fonte.
Tipos de Combustíveis Fósseis:
a. Carvão Mineral: O carvão mineral é uma rocha preta, porosa,
de rápida combustão e capacidade de gerar grandes níveis de
calor, formado a partir de um processo denominado incarbo-
nização. Este ocorre quando restos de vegetais acumulados
por milhões de anos são submetidos a pressão e temperatura
da crosta terrestre. O carvão passou a ser utilizado a partir da
Revolução Industrial e hoje é bastante usado em siderúrgicas,
para a produção de aço, e em alguns tipos de termelétricas.
O grande impacto do uso desse recurso está nos poluen-
tes liberados pela queima, que contribui para o aquecimen-
to global e em sua extração, que impacta severamente o
ecossistema.
47
b. Petróleo: O petróleo é uma substância espessa e oleosa
escura, formada principalmente por átomos de carbono e
hidrogênio. A formação do petróleo acontece por sedi-
mentação da matéria orgânica, animais e vegetais, depo-
sitada no fundo dos mares e oceanos durante milhões de
anos. Ele é, ainda hoje, uma das principais fonte energé-
tica do mundo. Os principais subprodutos do petróleo são
a gasolina, o querosene, alguns tipos de óleo, solventes,
asfalto e plástico. A queima dos combustíveis originários
desse recurso natural libera gases e poluentes na atmos-
fera que agravam o problema do efeito estufa. Por essa
razão, muitas nações e entidades têm buscado alternati-
vas, a exemplo dos biocombustíveis.
2) Energia Nuclear: Também chamada de Energia Atômica, é produzida por meio das Usinas Ter-
monucleares, que utilizam o urânio e outros elementos radioativos como combustível. Seus átomos,
através de reações nucleares como a fissão (divisão do núcleo atômico), transformam massa em ener-
gia. A base de funcionamento de uma usina termonuclear é a utilização do calor gerado pela fissão para
gerar eletricidade. O Brasil possui usinas nucleares no litoral do estado do Rio de Janeiro, em Angra dos
Reis, (Angra 1 e Angra 2).
Por um lado, as vantagens do uso desse tipo de ener-
gia incluem a não utilização de combustíveis fósseis, o que
evita o lançamento dos gases responsáveis pelo aqueci-
mento global, uso de áreas relativamente pequenas para
a implantação de usinas e uma produção elevada de ener-
gia. Por outro lado, as desvantagens são imensas como a
produção de armamento atômico, o problema do descarte
de lixo nuclear (resíduos gerados nos processos de produ-
ção de energia), riscos de acidentes nucleares como no
caso de Chernobyl e, se não fiscalizado, a contaminação
do meio ambiente que provoca danos irreversíveis à saúde.
SAIBA MAIS...
48
ATIVIDADES
1 — Explique, com as suas palavras, o processo de incarbonização.
2 — A economia de um país, como o Brasil, é muito favorecida pelas riquezas do subsolo. Calcário,
ouro, estanho, ferro, petróleo, carvão e gás natural são alguns dos compostos extraídos da terra e
muito valorizados por suas aplicações industriais.
Rosa de Hiroshima
Vinicius de Moraes
49
Com base na letra da música e nos seus estudos da semana, responda:
A) A energia nuclear pode ser considerada uma fonte de energia limpa? Justifique a sua resposta.
REFERÊNCIAS
50
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 01
UNIDADE TEMÁTICA:
O sujeito e seu lugar no mundo.
OBJETOS DO CONHECIMENTO:
Diversidade e dinâmica da população mundial e local.
HABILIDADES
(EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados,
assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Os conceitos de Estado, nação e estados nacionais, território e país relacionados a diferentes contextos his-
tóricos; Nova Ordem Mundial; As regionalizações do continente americano; As regionalizações do continente
africano; Movimentos migratórios, principais motivos: sobrevivência, catástrofes naturais, guerras, epide-
mias, melhores condições de vida, entre outros; Os refugiados no mundo: o papel da ONU através da OIM
(Organização Internacional para as Migrações) e das nações da América e da África; Leitura, interpretação e
elaboração de representações cartográficas (mapas, anamorfoses, croquis, entre outros).
TEMA: MIGRAÇÕES
DURAÇÃO: 2h40 (3 horas/aula)
Caro(a) estudante! Nessa semana você vai estudar sobre as movimentações de entrada (imigração) e
saída (emigração) de um país para outro ou dentro do mesmo país. Vai ver como essas migrações alte-
ram a dinâmica populacional de um local. Boas descobertas pra você!
51
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...
Os fluxos migratórios fazem parte da história da humanidade desde a Pré-História. Ao longo do tempo,
foram motivados pelas mais diversas razões, de acordo com o contexto histórico, social, político e territorial.
Um dos fluxos migratórios que mais se destacaram no contexto mundial nos séculos XIX e XX foi o de
europeus. Do fim do século XIX até as primeiras décadas do século XX, cerca de 60 milhões de pessoas
deixaram a Europa e se dirigiam para os Estados Unidos.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo se inverteu: a Europa se tornou um dos prin-
cipais destinos de imigrantes, provenientes das mais diversas partes do mundo, em busca de melhores
condições de vida e de emprego. Outros fluxos também ganharam destaque, como o de imigrantes
latinos, principalmente mexicanos, que se dirigiam para os Estados Unidos. Em 2015, o censo do país
estimou que cerca de 17% da população já era latina.
São vários os fatores que podem levar as pessoas a migrarem. Um deles é o êxodo rural, quando as
pessoas saem do campo em busca de emprego e melhores condições de vida nas cidades. As pessoas
podem mudar de país em busca de emprego e uma vida melhor. Conflitos internos e guerras também
são motivos que levam as pessoas a irem para mais longe.
Refugiados e deslocados internos
Atualmente, um fluxo que tem ganhado cada vez mais destaque e preocupado governos de países do
mundo todo é o de refugiados e deslocados internos.
Quando as pessoas se deslocam dentro do próprio país, fugindo de conflitos, são denominados pela
Organização das Nações Unidas (ONU) como deslocados internos. Quando saem do país, são chamados
de refugiados.
A ONU tem uma agência para os deslocados internos e os refugiados, conhecida como Alto Comis-
sariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Em 2016, segundo estimativa da Acnur, havia no
mundo mais de 36 milhões de deslocados internos, dos quais cerca de 7,5 milhões estavam na Colômbia,
7 milhões na Síria e 5,3 milhões no Iraque. O número de refugiados foi estimado em aproximadamente 17
milhões. O país que mais abrigava refugiados era a Turquia, com cerca de 3 milhões.
A condição social dos refugiados figura-se como um verdadeiro desafio ao ideal da solidariedade
internacional, defendido pela ONU e pelos mais diversos governos, movimentos sociais e outras en-
tidades civis ou políticas. Isso porque a situação desses grupos é extremamente delicada, sob vários
aspectos, a exemplo da nacionalidade, muitas vezes negada nos países de destino, onde permanecem
em áreas especiais, chamadas campos de refugiados.
O Brasil não possui campos de refugiados especializados em abrigar essas pessoas. Mas o país re-
cebe refugiados da Venezuela, Haiti, Colômbia, Síria e de alguns países africanos, principalmente de
Angola, cuja população também fala a língua portuguesa. Somam-se, na atualidade, mais de 10 mil re-
fugiados no Brasil, e, de modo geral, é relativamente tranquila sua integração na sociedade brasileira,
com problemas pontuais e esporádicos.
A maioria dos refugiados tem origem em países subdesenvolvidos, especialmente na Ásia e na África
Subsaariana. No continente americano, a Colômbia figura como o país de origem de grande quantidade
de refugiados, em razão da guerra civil que assola algumas regiões do país há mais de 40 anos. Existem
mais de 50 mil colombianos espalhados por vários países, principalmente Equador e Venezuela. Parte
dos refugiados recebe asilo em países em desenvolvimento e a maioria procura uma nação vizinha, na
esperança de retornar o quanto antes.
Os refugiados enfrentam muitos desafios: da perigosa fuga do país de origem, em razão de conflitos
internos ou guerras, a perseguições políticas, religiosas e étnicas.
SAIBA MAIS...
Veja o vídeo “Questão dos refugiados - Brasil Escola”, disponível no endereço eletrônico https://
www.youtube.com/watch?v=FOaUwhRufZ8 pelo canal Brasil Escola, com duração de 8 minutos.
52
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se de que as pesquisas e consultas são permitidas
e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades. Mãos à obra!
53
1 – Com o auxílio do mapa-múndi, identifique em quais continentes estão localizados os países de
origem dos maiores grupos de refugiados e anote em seu caderno.
2 – De acordo com o que você estudou, por que esses países provêm muitos refugiados? Quais são os
principais países de acolhida dos refugiados?
3 – De acordo com o mapa, quais os principais destinos dos emigrantes da América Latina?
Disponível em http://professormarcianodantas.blogspot.com/2013/06/os-fluxos-populacionais-na-globalizacao.html.
Acesso em: 10/08/2020.
54
4 – O terremoto que arrasou o Haiti em 2010 deu impulso extra ao grande fluxo de haitianos que, há
várias décadas, deixa o país caribenho em busca de melhores condições de vida em outras na-
ções. Qual crítica a charge abaixo apresenta?
5 – O município em que você vive se caracteriza como origem de fluxos migratórios em direção a ou-
tras localidades e outros países? Faça uma pesquisa com seus familiares e amigos, procurando
dados oficiais em sites da prefeitura e do IBGE, por exemplo, para indicar quais fluxos migratórios
partem da sua cidade.
55
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Conexões e escalas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
HABILIDADE(S):
(EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos
agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados
de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Países que compõem os BRICS (Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul) e suas características políticas e
econômicas no que se refere à produção, circulação e comercialização de produtos; BRICS função, impor-
tância, sentidos da organização mundial frente às questões políticas e econômicas; A situação dos BRICS
frente aos EUA no que se refere produtos agrícolas e industrializados.
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai aprofundar seus conhecimentos que foram iniciados no PET volume II
semana 3 e vai conhecer os países que compõem os BRICS e a importância desse grupo no cenário econômico
mundial. Boas descobertas pra você!
Nos últimos anos, a China vem despontando como uma das principais potências econômicas do
mundo. Com o acelerado processo de industrialização e crescimento verificado a partir da década de
1970, o país vem ampliando sua influência geoeconômica e geopolítica não só no próprio continente
asiático, mas também na África e na América Latina.
Buscando maior participação política e econômica no cenário mundial, o Brasil vem estabelecendo
relações com diferentes países, principalmente os considerados emergentes. Além de emergentes, os
países dos BRICS têm em comum as grandes dimensões dos seus territórios, o elevado número de ha-
bitantes e a crescente importância no cenário mundial. Juntos, os PIBs desses países correspondem a
24% do PIB mundial.
O aumento das relações entre os países-membros é bastante favorável à economia do Brasil. Além
do aumento das exportações, a aproximação com o BRICS reduz a dependência em relação às econo-
mias desenvolvidas, especialmente dos Estados Unidos. Em 2017, cerca de 12% das exportações brasi-
leiras tiveram como destino os Estados Unidos e 25%, aos países dos BRICS, dos quais 21% foram para
a China, tornando o país o nosso principal parceiro comercial.
Como integrante do BRICS, a China e as outras potências emergentes desse grupo (Índia, Rússia,
Brasil e África do Sul) vêm desempenhando um papel fundamental no equilíbrio das relações interna-
cionais, anteriormente lideradas por algumas potências, como os Estados Unidos, os países da União
Europeia e o Japão.
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Leia o texto abaixo sobre os principais desafios e potenciais dos países dos BRICS:
“Os BRICS não são um bloco ou aliança, mas sim um mecanismo de cooperação”, explicou Paulo No-
gueira Batista Junior, economista e ex-vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, ao iniciar
sua apresentação sobre o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “E com apenas
10 anos de existência, iniciado em 2008 por iniciativa da Rússia, a cooperação atua em diversas frentes,
em nível diplomático, ministerial, e também nos organismos internacionais”, disse.
O grupo sempre foi visto com certo ceticismo, salientou Paulo, alimentado pela heterogeneidade
entre os países, mas principalmente pela contestação ao poder dos EUA e da Europa. “Mas esse ceti-
cismo é exacerbado. Os quatro BRICS originais (Brasil, Rússia, Índia e China) estão entre os dez maiores
países do mundo em termos de área, população e Produto Interno Bruto (PIB). Esse traço em comum dá
a eles potencial de agir de forma independente, principalmente se juntarem esforços. E isso pode ser
aproveitado ou não. O Brasil aproveitou muito bem entre 2006-2013. Depois essa capacidade se desfez
em grande parte, mas pode ressurgir”, avaliou. Traço em comum entre esses países é também a insa-
tisfação com a hegemonia do Atlântico Norte que se estabeleceu no pós-Segunda Guerra. São países
grandes e importantes, mas com seu peso insuficientemente reconhecido nas regras internacionais.
“O grande momento dos BRICS foi logo após a crise que acometeu o sistema americano e europeu em
2008. Então a alternativa BRICS foi vista como algo interessante. Os melhores interlocutores para o
Brasil na época eram os países do grupo”, lembrou o economista.
A consolidação do mecanismo de cooperação viria com a criação de organismos próprios, como o
Novo Banco de Desenvolvimento e o Fundo Monetário. Apesar disso, Paulo salienta algumas fragilida-
des e limitações. Uma delas é o peso maior que a China sempre teve, e que aumentou com a crise no
Brasil e Rússia. A Índia, apesar de também crescer muito, tem taxas de desenvolvimento muito baixas,
então não diminui a hegemonia chinesa no grupo. “Apesar disso, eu não diria que o BRICS chega a ser
comandado pela China porque ele é um mecanismo de consenso”, salientou o palestrante. [...]
DESAFIOS e potenciais dos BRICS em meio à crise mundial. Carta Maior, 14 nov. 2017. Disponível em https://www.cartamaior.com.br/?/
Editoria/Politica/Desafios-e-potenciais-dos-BRICS-em-meio-a-crise-mundial/4/38853. Acesso em: 10/08/2020.
SAIBA MAIS...
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se de que as pesquisas e consultas são permitidas
e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades. Mãos à obra!
1 – Como os BRICS vêm desempenhando um importante papel nas atuais relações internacionais?
Como as antigas potências econômicas, como os Estados Unidos, têm sido afetadas?
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Observe o infográfico para responder as ATIVIDADES 2 e 3.
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Observe a tabela e responda às ATIVIDADES 4 e 5.
BRICS
População (milhões
Países-membros Área (km²) PIB (em US$)
de habitantes)
Brasil 208 494 8 815 759 2,1 trilhões
Rússia 143 990 17 098 242 1,7 trilhão
Índia 1 339 180 3 287 263 2,8 trilhões
China 1 409 517 9 326 410 14 trilhões
África do Sul 56 717 1 219 090 370,8 bilhões
Fonte: PAULA, Marcelo Morais; RAMA, Maria Angela Gomes; PINESSO, Denise Cristina Christov. Geografia espaço & interação
(manual do professor). 8° ano. 1.ed. São Paulo: FTD, 2018. p. 176.
*Elaborado com dados obtidos em: ONU.
4 – De acordo com os dados da tabela, qual dos países-membros tem maior peso econômico?
5 – O que você sabe sobre o nível de desenvolvimento econômico e social desses países? Por que a
formação do BRICS favorece a participação desses membros nas decisões políticas e econômi-
cas mundiais?
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Conexões e escalas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
HABILIDADE(S):
(EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade,
comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O movimento das fronteiras entre países da América-latina e suas tensões; Como vivem as populações nos
limites de fronteira; Movimentos sociais e as pautas de reivindicação por melhores condições de vida no
campo e na cidade na América Latina; Leitura, interpretação e elaboração de representações cartográficas
(mapas, anamorfoses, croquis, entre outros).
INTERDISCIPLINARIDADE:
História
(EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas
lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai estudar sobre os movimentos sociais da América Latina,
com ênfase aos movimentos sociais brasileiros. Esses grupos de pessoas lutam por igualdade nas mais
diversas esferas, como você vai ver no decorrer dos estudos. Boas descobertas pra você!
O conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que tem como ob-
jetivo alcançar mudanças sociais por meio do embate político, dentro de uma determinada sociedade e
de um contexto específico. Fazem parte dos movimentos sociais, os movimentos populares, sindicais
e as organizações não governamentais (ONGs).
Os movimentos sociais brasileiros ganharam mais importância a partir da década de 1960, quando
surgiram os primeiros movimentos de luta contra a política vigente, ou seja, a população insatisfeita
com as transformações ocorridas, tanto no campo econômico, quanto no social. Mas antes, na década
de 1950, os movimentos nos espaços rural e urbano adquiriram visibilidade.
As ações coletivas mais conhecidas no Brasil são o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST),
o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e os movimentos em defesa dos indígenas, negros
e das mulheres.
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Movimentos de inclusão dos povos indígenas
Um dos desafios da América Latina é buscar a igualdade e a inclusão dos povos indígenas na socie-
dade. A história dos movimentos sociais do continente perpassa pela luta a favor do reconhecimen-
to e dos direitos humanos de mulheres, crianças, jovens e idosos indígenas. Segundo a Declaração
das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007), os países latino-americanos devem
promover direitos fundamentais, como o direito coletivo de viver em liberdade, paz e segurança e
a autodeterminação.
No Brasil, o movimento social indígena ganhou força a partir da década de 1970, contestando as po-
líticas de desenvolvimento adotadas durante o governo militar. Nesse período, muitas comunidades
indígenas perderam seus territórios em decorrência da abertura de áreas destinadas ao cultivo agrí-
cola, à exploração de recursos minerais e energéticos e à implantação de obras de infraestruturas de
transporte e comunicação que tinham a finalidade de promover a integração do país.
Na América Latina, tal movimento social atua ativamente em países onde há o predomínio de popu-
lação indígena, como Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guatemala e México. Esses países registram
grandes avanços no reconhecimento dos direitos indígenas, como a participação política desses povos
em órgãos dos Poderes do Estado.
Estima-se que na América Latina existam mais de 800 povos indígenas, representando cerca de
8,3% da população total, isto é, 45 milhões de pessoas.
SAIBA MAIS...
Assista aos vídeos “MOVIMENTOS SOCIAIS | Prof. Leandro Vieira”, no endereço eletrônico
https://www.youtube.com/watch?v=ibXWCrMQ_3w, Canal ProEnem – Enem 2020. Nele você
saberá mais sobre os movimentos sociais da atualidade.
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se de que as pesquisas e consultas são permitidas
e bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades. Mãos à obra!
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Analise a tabela a seguir e responda às ATIVIDADES 2 e 3.
Total
Regiões
1991 2000 2010
Norte 42,4 29,1 37,4
Nordeste 19 23,2 25,5
Sudeste 10,4 22 12
Sul 10,3 11,5 9,2
Centro-Oeste 17,9 14,2 16
Fonte: IBGE. Os indígenas no Censo Demográfico 2010: primeiras considerações com base no quesito cor e raça.
Disponível em https://indigenas.ibge.gov.br/estudos-especiais-3.html. Acesso em: 05/08/2020.
2 – Qual é a região com maior população indígena em todos os períodos? Como você poderia explicar
essa divisão?
3 – Pesquise, se possível, quais fatores poderiam explicar o aumento da população autodeclarada in-
dígena no ano de 2010 nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“A misoginia é um sentimento de aversão patológico pelo feminino, que se traduz em uma prática
comportamental machista, cujas opiniões e atitudes visam o estabelecimento e a manutenção das de-
sigualdades e da hierarquia entre os gêneros, corroborando a crença de superioridade do poder e da
figura masculina pregada pelo machismo” [...]
Fragmento disponível em https://www.politize.com.br/misoginia/. Acesso em: 01/07/2020.
Dos cargos administrativos ou executivos (diretores, gerentes, presidentes de empresas), que geral-
mente são bem mais remunerados, as mulheres ocupam apenas cerca de 20% do total.
Com essa informação e com a leitura e interpretação do texto, qual a sua opinião sobre os movimen-
tos sociais de igualdade de gênero? Você concorda que o feminismo não é a tentativa de superioridade
e sim de igualdade entre homens e mulheres? Anote suas conclusões.
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SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Conexões e escalas.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
HABILIDADE(S):
(EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o
papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
O movimento das fronteiras entre países da América-latina e suas tensões; Como vivem as populações nos
limites de fronteira; Movimentos sociais e as pautas de reivindicação por melhores condições de vida no
campo e na cidade na América Latina; Leitura, interpretação e elaboração de representações cartográficas
(mapas, anamorfoses, croquis, entre outros).
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai estudar sobre alguns conflitos e tensões que envolvem povos
latino-americanos. Bons estudos!
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Muitos desses migrantes vivem no sul e na costa oeste dos Estados Unidos, onde são conhecidos por
braceros (trabalhadores) e atuam na colheita de produtos agrícolas, principalmente na região do Sun
Belt. Outros trabalham em indústrias, na construção civil, no setor de serviços, entre outras ocupações.
Na tentativa de conter a migração maciça de mexicanos para o seu território, os Estados Unidos
adotaram algumas medidas, como o amplo controle da fronteira com o uso de câmeras e sensores,
vigilância 24 horas com patrulhamento e imagens de satélite.
Atualmente, cerca de 30% do total da fronteira entre os dois países já tem muros e postos de con-
trole. Em 2017, Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos e iniciou o projeto de
extensão do muro para toda a faixa da fronteira, uma iniciativa muito criticada por políticos e pela so-
ciedade civil em razão dos custos envolvidos, de sua efetividade, além, é claro, da questão da criação
de uma barreira que impede a circulação de pessoas entre os dois países, esbarrando em questões
humanas e também ambientais.
SAIBA MAIS...
Assista aos vídeos “8º Ano - Geografia - Aula 002 - Conflitos e Tensões na América Latina”,
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gfAGg18dT2g com duração de 15 minutos,
pelo Canal WebAulas EAD SEE Acre. Nele você poderá observar esses e outros conflitos envolven-
do países latino-americanos.
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ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades. Mãos à obra!
Disponível em https://g1.globo.com/como-os-paises-vizinhos-tem-reagido-a-
chegada-de-milhares-de-imigrantes-da-venezuela.ghtml. Acesso em: 10/08/2020.
a- Explique por que a Venezuela, que tem as maiores reservas de petróleo do mundo, encontra-se
desde o início do século em uma grave crise econômica e social.
b- Por que, em sua opinião, os venezuelanos preferem ir para a Colômbia, Equador ou o Peru,
e não para o Brasil?
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2 – Leia a manchete da reportagem a seguir e responda às questões.
FERRER, Isabel. Tribunal de Haia analisará disputa de fronteira entre Bolívia e Chile. El País, 25 set. 2015. Disponível em
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/24/internacional/1443103573_103868.html. Acesso em: 10/08/2020.
b- Qual é a disputa travada entre Bolívia e Chile na região de fronteira desses países?
3 – Os conflitos causados por questões de limites políticos são uma realidade no cenário atual. Elabore
uma breve explicação relacionando os principais motivos que levam a esses conflitos.
5 – Em sua opinião, qual dos dois países teve a iniciativa de construir esse muro? Por quê?
66
REFERÊNCIAS
DELLORE, Cesar Brumini (Ed.). Araribá mais: Geografia (manual do professor). 8° ano. 1°ed. São Paulo:
Moderna, 2018.
PAULA, Marcelo Morais; RAMA, Maria Angela Gomes; PINESSO, Denise Cristina Christov. Geografia
espaço & interação (manual do professor). 8° ano. 1°ed. São Paulo: FTD, 2018.
VESENTINI, J.William; VLACH, Vânia. Teláris: Geografia (manual do professor). 8° ano. 1° ed. São Paulo:
Ática, 2018.
Caro (a) estudante! Finalizamos mais uma etapa de atividades. Esperamos que você tenha êxito nas
suas conquistas diárias. A proposta para este PET é valorizar os trabalhadores que mantêm a organiza-
ção da nossa cidade, mesmo em tempo de pandemia. Escreva uma carta como forma de agradecimento
para algum desses profissionais: você pode escolher funcionários de supermercados, garis ou algum
profissional da saúde. Tenho certeza que você deixará a vida de alguém mais leve e feliz.
Caso tenham surgido dúvidas e/ou questionamentos, anote-os e guarde-os para que, o mais próximo
possível, possam ser compartilhados com seu professor e com seus colegas quando esse período de
aulas remotas passar.
67
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
- O Brasil no século XIX.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
- Brasil: Primeiro Reinado. O Período Regencial e as contestações ao poder central.
HABILIDADE (S):
(EF08HI14X) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade bra-
sileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e
violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil, bem como para as populações quilombolas
e indígenas de Minas Gerais, e nas Américas.
(EF08HI15X) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro Reinado, Regências e o Segundo Reinado.
(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movi-
mentos contestatórios ao poder centralizado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- O primeiro Reinado.
- A Constituição de 1824.
- As disputas políticas no Primeiro Reinado.
- A crise política e econômica.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa.
68
O TURBULENTO PRIMEIRO REINADO NO BRASIL: A BATALHA DE JENIPAPO
E A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Ao imaginarmos o famoso “Grito do Ipiranga”, proferido pelo então Príncipe Regente do Brasil,
D. Pedro, em 07 de setembro de 1822, proclamando a Independência do Brasil em relação à Portugal,
geralmente somos remetidos a um cenário épico, heroico, com cidadãos orgulhosos de seus líderes
e feitos. Automaticamente, temos a impressão que toda a sociedade brasileira desejava com seus
profundos sentimentos sua libertação do laço lusitano e que festejaria a plenos pulmões o grito de in-
dependência. Entretanto, a história oficial traz um cenário bem mesmo romântico do que o imaginário
da sociedade aspirava.
É preciso lembrar que no Brasil residiam milhares de portugueses leais a coroa, desde comerciantes
que teriam mais lucro com a volta do país à condição de colônia à altos funcionários administrativos
ligados à Portugal e não eram favoráveis ao processo de independência do Brasil. Nas províncias de Ma-
ranhão, Pará, Piauí, Ceará e na Cisplatina, grupos favoráveis ao rei ofereceram resistência ao governo
de D. Pedro, não aceitando o rompimento dos laços com a metrópole.
Foi exatamente no Piauí que ocorreu o mais significativo embate entre os grupos de resistência à
Independência e aqueles que apoiavam D. Pedro. No dia 13 de março de 1823, na Batalha de Jenipapo,
tropas do Piauí com apoio de maranhenses e cearenses combateram os portugueses, resultando na
prisão do então governador da província que posteriormente foi deportado para Portugal. Ocorreram
batalhas também nas províncias da Bahia, Maranhão e Pará e ao final de 1823, a resistência foi finalmen-
te vencida.
A turbulência política continua com os crescentes embates de interesses entre a elite agrária e o
autoritarismo de D. Pedro I. Na câmara dos deputados as divergências entre apoiadores e opositores
do Imperador resultou na criação de dois grupos distintos a partir de 1.826. Os Liberais, formado por
desejosos do fim da escravidão, sistema educacional livre do controle religioso e maior autonomia as
províncias e os Conservadores, que apoiavam o sistema vigente.
Em 1824, após a nomeação de um novo presidente para a província
de Pernambuco, os idealistas liberais, Cipriano Barata e Frei Caneca
passam a condenar através da Imprensa o autoritarismo do Impera-
dor, propagando ideais republicanos e conclamando o povo para uma
revolução. Os revoltosos tomam o poder na província e com o apoio
de Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Paraíba proclamaram a Con-
federação do Equador, uma região republicana livre e independente
do Brasil Imperial. A reação do Império foi reprimir com violência a
revolta em Pernambuco, prendendo revoltosos e executando seus
líderes, inclusive Frei Caneca.
69
ATIVIDADES
3 - Qual era o posicionamento da maioria dos portugueses que residiam no Brasil sobre o Processo de
Independência de 1.822?
70
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
- O Brasil no século XIX.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
- Brasil: Primeiro Reinado. O Período Regencial e as contestações ao poder central.
HABILIDADE (S):
(EF08HI14X) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade bra-
sileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e
violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil, bem como para as populações quilombolas
e indígenas de Minas Gerais, e nas Américas.
(EF08HI15X) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro Reinado, Regências e o Segundo Reinado.
(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movi-
mentos contestatórios ao poder centralizado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- A Lei de Terras de 1850.
- Patrimonialismo.
- As Regências.
- As Revoltas Regenciais.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa.
Uma importante batalha para a consolidação do Brasil como estado independente travava-se nos
salões de uma Assembleia Constituinte. A elite agrária brasileira reunira-se em assembleia no intui-
to de elaborar a primeira Constituição do Estado brasileiro Independente, determinando os parâme-
tros políticos e sociais para a sociedade que a partir de 1822 não estava mais sob as ordens da Coroa
Portuguesa. Idealizada por Antônio Carlos de Andrada e Silva, um político nascido no Rio de Janeiro em
1773, essa assembleia só contaria com os votos daqueles possuíssem uma renda anual equivalente a
150 alqueires de farinha de mandioca. Demonstrando que esta elite agrária buscaria o protagonismo no
novo cenário político brasileiro, elaborando uma constituição que visava beneficiar essencialmente o
modelo censitário, esta constituição ficou conhecida como Constituição da Mandioca.
A divisão de interesses entre o Partido Português e o Partido Brasileiro, voltou a ficar evidente na
elaboração desta constituição. Os portugueses queriam poderes absolutos ao monarca D. Pedro, en-
quanto os brasileiros desejavam a anuência do parlamento sobre quaisquer decisões importantes do
Imperador. Ciente que grande parte da Assembleia desejava limitar os poderes do Monarca, D. Pedro
aplica um golpe em 12 de novembro de 1.823, dissolvendo a constituinte, no que foi chamado de Noite
71
da Agonia para determinar a elaboração de uma constituição que atendesse os desejos do Imperador.
A primeira constituição brasileira só foi promulgada em 1.824, conciliando os interesses de uma elite
agrária e o autoritarismo de D. Pedro, que passaria a ter o título de D. Pedro I. Dentre seus aspectos,
podemos destacar as seguintes determinações:
• O território foi dividido em Províncias, governadas por um presidente indicado por D. Pedro I;
• O Brasil torna-se um Império com a Divisão dos Poderes entre Legislativo, Executivo e Judiciário,
entretanto foi dada ao Imperador a prerrogativa do Quarto Poder, O Moderador, garantindo-lhe o direito
de intervir nos demais poderes;
• Os bens adquiridos pela elite no período colonial foram garantidos pela nova constituição,
incluindo terras e escravos;
• O catolicismo torna-se a religião oficial do Império;
• O direito a voto para o legislativo seria indireto e censitário, ou seja, de acordo com uma renda
mínima, favorecendo a elite agrária;
O processo de independência foi extremamente oneroso para o Império Brasileiro, pois o Brasil além
de ter que restabelecer seu sistema produtivo, ter suas despesas militares aumentadas para a defesa
do território, teve que pagar uma indenização aos portugueses para obter reconhecimento da Inde-
pendência, a economia brasileira entrou em grave crise durante o Primeiro Reinado. Isso associado as
medidas desastrosas de D. Pedro para recuperar a economia, aumentando impostos e emitindo mais
moedas, levaram vários falência, inclusive o Banco do Brasil.
Sem popularidade, abandonado pela elite agrária e pelos militares, D. Pedro abdica do trono em favor
de seu filho, Pedro de Alcântara, nascido no Brasil, mas há época com apenas 5 anos de idade, retor-
nando a Portugal em 1.831, onde assumiria o trono português. A saída de D. Pedro I representa a ruptura
definitiva do Brasil com Portugal.
ATIVIDADES
1 – O que foi a Constituição da Mandioca?
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
- O Brasil no século XIX.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
- Brasil: Primeiro Reinado. O Período Regencial e as contestações ao poder central.
HABILIDADE (S):
(EF08HI14X) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade bra-
sileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e
violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil, bem como para as populações quilombolas
e indígenas de Minas Gerais, e nas Américas.
(EF08HI15X) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro Reinado, Regências e o Segundo Reinado.
(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movi-
mentos contestatórios ao poder centralizado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- A Lei de Terras de 1850.
- Patrimonialismo.
- As Regências.
- As Revoltas Regenciais.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa.
Vimos na unidade anterior que o Primeiro Reinado no Brasil foi marcado pelo autoritarismo imposto
pelo Imperador D. Pedro I, refletindo em conflitos de interesses entre brasileiros e portugueses. O fim
deste breve e conturbado reinado é marcado pela abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, Pedro
de Alcântara, em abril 1.831. Entretanto, apesar de ser o herdeiro direto ao trono brasileiro, o Príncipe
herdeiro não pôde assumir o governo, uma vez que a legislação vigente afirmava que só após comple-
tar 18 anos de idade, poder-se-ia exercer o cargo no Brasil e naquele momento, tinha apenas 5 anos de
idade. Portanto, pela Constituição de 1.824, um governo transitório deveria ser realizado, sendo o país
governado por regentes, até que D. Pedro atingisse a idade necessária.
Neste momento, a sociedade política brasileira estava dividida em três grupos distintos com suas
próprias ambições de poder, tornando o período regencial extremamente volátil e turbulento. Existia o
grupo dos Restauradores, formado por comerciantes portugueses e funcionários públicos, apoiavam
a volta de D. Pedro I ao poder, não apoiavam reformas políticas e econômicas e não eram favoráveis à
ideia de brasileiros natos governarem o país. Eram remanescentes do Partido Português.
73
No campo da sociedade liberal, estavam os Liberais Moderados, formados por aristocratas rurais,
representando a elite dominante no Brasil. Desejavam um sistema de Monarquia constitucional, onde
poderiam exercer seu domínio sobre a sociedade mesmo com a presença de um imperador. Por outro
lado, existiam os Liberais Exaltados, formado por membros da sociedade urbana e desejavam uma
monarquia com maior autonomia as províncias, chegando em alguns casos, reivindicarem a República.
Devido a urgência em estabelecer um sistema de governo após a abdicação do Imperador, esta-
beleceu-se uma Regência Trina Provisória, que governaria o país até a instauração da Regência Trina
Permanente, que ocorreria ainda em 1831. Diante de um contexto político que estava atendendo direta-
mente os interesses da aristocracia rural brasileira, foi promulgado o Ato Adicional de 1.834, reforman-
do a Constituição de 1.824, conciliando o sistema de governo ao desejo de autonomia das províncias.
Em uma das determinações do Ato, a Regência Trina fora substituída pela Regência Una.
Após uma eleição com voto secreto, Diogo Antônio Feijó foi escolhido como líder da Regência Una no
Brasil, numa experiência liberal que desagradou profundamente a classe conservadora da sociedade bra-
sileira. Neste momento, passaram a existir dois novos grupos políticos, os Regressistas, desejosos da
volta do sistema conservador de governo e os Progressistas, favoráveis as reformas liberais constantes.
Sem apoio político para governar, com saúde debilitada e forte oposição da Igreja Católica, Feijó ab-
dica do posto de regente em 1.837 em favor de Pedro de Araújo Lima, iniciando a Regência Una Araújo
Lima. Desta vez, para conter as inúmeras revoltas sociais eclodidas pela instabilidade política da regên-
cia, é escolhido um conservador para governar o país, freando a ascensão dos liberais ao poder.
As elites liberais das províncias, temerosas em perder suas conquistas de autonomias política e eco-
nômica concedidas pelos governos liberais, começaram a formular um plano para deter o avanço con-
servador e a solução mais ousada estava numa figura que até então permanecia fora dos holofotes do
cenário político nacional: D. Pedro II. Diante de um cenário político instável, com várias revoltas sacu-
dindo o país, os liberais antecipam a coroação do jovem príncipe para o ano de 1.840, aos 14 anos, Pedro
de Alcântara tornava-se Imperador do Brasil, no que foi chamado Golpe da Maioridade.
74
ATIVIDADES
1 – Com base no texto estudado e com auxílio de seu livro didático, responda:
a) Quais grupos políticos disputavam o cenário nacional em 1.831 e quais eram suas aspirações?
c) Por que foi necessário a presença de governantes regentes uma vez que já havia um Príncipe herdeiro
no Brasil?
75
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
- O Brasil no século XIX.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
- Brasil: Primeiro Reinado. O Período Regencial e as contestações ao poder central.
HABILIDADE (S):
(EF08HI14X) Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade bra-
sileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e
violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil, bem como para as populações quilombolas
e indígenas de Minas Gerais, e nas Américas.
(EF08HI15X) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro Reinado, Regências e o Segundo Reinado.
(EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movi-
mentos contestatórios ao poder centralizado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- A Lei de Terras de 1850.
- Patrimonialismo.
- As Regências.
- As Revoltas Regenciais.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa.
A Regência Una de Feijó foi marcada pela incapacidade do regente em resolver as tensões sociais
que dividiam a sociedade do recém formado Estado Brasileiro. As elites locais, desejosas de manter a
autonomia conquistada no processo de independência e nos primeiros anos de regência, aproveitaram
a fragilidade governamental do Estado para promover rebeliões, algumas separatistas, visando exercer
governos locais que beneficiassem seus interesses políticos e comerciais. Em outros casos, grupos
sociais que passaram anos massacrados por um sistema opressor, buscavam reconhecimento de seus
desejos de autonomia dentro desta sociedade.
76
Em 1.837, na província da Bahia, o médico e jornalista Francisco Sabino liderou um grupo descon-
tente de militares, profissionais liberais, comerciantes, populares e negros livres. Os revoltosos não
aceitavam a falta de autonomia comercial da província baiana com o fato dos postos administrativos
mais importantes serem indicações do Governo Central. Em 6 de novembro de 1.837, rebeldes ocupam
o Forte de São Pedro e declaram o rompimento com o Governo Central no Rio de Janeiro. Foi decretada
a República da Bahia até a maioridade de D. Pedro II, datada para 1.844. Entretanto, a reação violenta
do Governo Central no ano seguinte, resultou em mais de 2 mil mortos e à prisão dos seus líderes, sufo-
cando o movimento. Este movimento recebeu o nome de Sabinada. Note que não desejavam separação
definitiva do Brasil e sim o rompimento com o Governo Regencial.
Em 1.835, também na cidade de Salvador, uma revolta de escravizados escancarou o problema gerado
pela manutenção da mão-de-obra escrava no Brasil. A chamada Revolta dos Malês, organizada por cerca
de 600 negros escravizados declarados como muçulmanos (malês, no idioma iorubá), buscou libertar es-
cravos nas proximidades da cidade, matando algozes ou seus traidores. O objetivo mais amplo era acabar
com a escravidão no Brasil, mas apesar do forte idealismo, a Revolta foi sufocada pelas tropas do governo.
No Maranhão em 1.838, um movimento liderado pelo artesão Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, o
Balaio, buscou acabar com a opressão imposta pelos grandes fazendeiros da região, responsáveis por
um sistema que deixou grande parte da população na mais profunda miséria. Na Balaiada, como ficou
conhecida, artesãos, vaqueiros, escravizados, camponeses que tomaram o poder central e decretaram
a expulsão dos portugueses da região. Com ajuda de tropas do Rio de Janeiro, o governo maranhense
combateu violentamente os revoltosos e sufocaram o movimento em 1.841, deixando um saldo de 12 mil
mortos, entre camponeses e escravizados.
Na província do Grão-Pará, havia um descontentamento por parte da sociedade local contra a pre-
sença de portugueses nos mais altos cargos públicos desde o Primeiro Reinado. Os comerciantes locais
buscavam livrar-se do controle imposto pelos comerciantes portugueses, que por controlar a admi-
nistração local, impediam o crescimento econômico dos nativos. O abismo social existente na região,
onde uma parcela de ricos comerciantes contrastava com uma massa gigantescas de camponeses e in-
dígenas que viviam com condições de miséria extrema, foi outro fator determinante para a deflagração
do movimento da Cabanagem, liderada pela população mais pobre residente em cabanas às margens
dos grandes rios. Entre 1.835 e 1.840, grupos de rebeldes combatiam tropas governamentais pelo poder
na província, terminando com a vitória do Governo e deixando um resultado estimado de 30 mil mortos.
Outro pequeno movimento de contestação ao domínio dos comerciantes portugueses na sociedade lo-
cal ocorreu em Cuiabá, Mato Grosso, em 1.834. Comerciantes locais reivindicam maior autonomia na pro-
víncia e passaram a realizar saques e assassinar portugueses, tomando o poder na região por três meses.
Entretanto, o movimento foi reprimido e seus líderes presos no que foi chamada de Rusgas Cuiabanas.
A mais duradoura rebelião regencial ocorreu na região Sul e recebeu o nome de Guerra dos Farra-
pos ou Revolução Farroupilha. Naquela época, estancieiros (fazendeiros) locais tinham como atividade
econômica a criação de gado para a produção de charque. Como tinham relacionamento estreito com
comunidades do Uruguai, onde possuíam grandes propriedade de terra, o estancieiros pediam ao Governo
Central a livre circulação de mercadorias e gado entre os dois países, facilitando o transporte de seus produ-
tos. Em contrapartida, pediam o aumento da taxação de produtos vindos da Argentina, pois a taxa cobrada
deixava o produto brasileiro com o valor mais alto do que os produtos importados.
A revolução começa quando o estancieiro Bento Gonçalves depõe o Governador da província, assu-
mindo o controle governamental. Três anos mais tarde, os rebeldes declaram a República de Piratini,
uma nação separada do Brasil e foram seguidos por estancieiros de Santa Catarina, proclamando a
República Juliana, com a liderança do italiano Giuseppe Garibaldi. Tropas governamentais partidas
do Rio de Janeiro foram enviadas para sufocar o movimento travando batalhas que durariam 10 anos
e um número elevado de mortes. Ao fim do movimento, Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias,
que futuramente foi chamado de Duque de Caxias, liderou um exército de 12 mil homens e venceram
os farrapos. Apesar de serem separatistas e persistirem por uma década, o Governo Imperial anistiou
os revoltosos, respeitando as patentes militares conquistadas no exército dos farrapos e atenderam
o desejo de aumentar a taxação de produtos estrangeiros, tudo isso em função daquela região ser de
importante estratégia para o Império Brasileiro.
77
Proclamação da República Piratini Por Antônio Parreiras, 1915 Museu Antônio Parreiras
Por Antônio Parreiras - [2], Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4597919 Acesso em: 15 Ago 2020.
ATIVIDADES
1 – Diante do que foi estudado sobre o período Regencial e as revoltas ocorridas no período, redija um
texto explicando como a instabilidade política da época favoreceu a eclosão de conflitos em prati-
camente todas as regiões do território brasileiro. Analise as causas de todos os conflitos estuda-
dos e busque achar um denominador comum entre os movimentos.
78
Querido (a) estudante! Estamos finalizando um trilha de aprendizagem que foi percorrida durante as
últimas quatro semanas. Nossas expectativas eram que vocês aprendessem muito com esse material
que foi preparado com todo o carinho. Esperamos que isso tenha acontecido. Caso tenham surgido
muitas dúvidas e questionamentos, anote-os e guarde-os para que, o mais próximo possível, possam
ser compartilhados com seu professor e com seus colegas quando todo esse período de crise passar.
Até lá, vamos continuar construindo conhecimento juntos! Até a próxima!
REFERÊNCIAS:
79
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Práticas de compreensão e produção oral de Língua Inglesa, em diferentes contextos discursivos presenciais
ou simulados.
Práticas de leitura e produção de textos verbais, verbo-visuais, multimodais em Língua Inglesa relacionada
ao cotidiano dos discentes, presentes em diferentes suportes e esferas de circulação.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
• Produção de textos orais e escritos com autonomia.
• Construção de repertório lexical.
• Usos de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral.
• Construção do sentido global de textos orais, relacionando suas partes, o assunto principal e infor-
mações relevantes.
• Utilizar formas verbais presente, passado ou futuro.
HABILIDADES:
(EF08LI01) Fazer uso da Língua Inglesa para resolver mal-entendidos, emitir opiniões e esclarecer informa-
ções por meio de paráfrases ou justificativas.
(EF08LI02) Explorar o uso de recursos linguísticos (frases incompletas, hesitações, entre outros) e paralin-
guísticos (gestos, expressões faciais, entre outros) em situações de interação oral.
(EF08LI09) Avaliar a própria produção escrita e a de colegas, com base no contexto de comunicação (finali-
dade e adequação ao público, conteúdo a ser comunicado e organização).
(EF08LI10) Reconstruir o texto, com cortes, acréscimos, reformulações e correções para aprimoramento,
edição e publicação final.
(EF08LI14) Utilizar formas verbais: presente, passado ou futuro para descrever planos e expectativas e fazer
previsões.
80
INTERDISCIPLINARIDADE:
Arte:
(EF69AR31P9) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, his-
tórica, econômica, estética e ética.
(EF69AR03P9) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audio-
visuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), ceno-
gráficas, coreográficas, musicais etc.
ACTIVITIES
Querido (a) estudante, o Inglês é extremamente importante nos dias de hoje. Portanto tudo que você ler
em Inglês, não ignore.
Why learn English? Because English is the most important international language in the world some
facts prove that: English is the international language of air and sea travels, of computing, of pop music,
of politics, of science and medicine, sports, TV, and films.
The world today is a very small place. Communication and travel are extremely quick: think of jet planes,
satellite TV, telephones, WhatsApp, internet, etc.
Because of this, we need a common language, and this language is English.
1 – Answer.
81
2 – Write Yes or No, according to your opinion. How can English be useful to you?
a) At school
b) At work
c) To read technical books
d) To know people from other countries
e) In travels
f) To get a good job
g) To understand song and film
h) To use computer _
i) For your personal progress
3 – Write in Portuguese.
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SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Práticas de compreensão e produção oral de Língua Inglesa, em diferentes contextos discursivos presenciais
ou simulados.
Práticas de leitura e produção de textos verbais, verbo-visuais, multimodais em Língua Inglesa relacionada
ao cotidiano dos discentes, presentes em diferentes suportes e esferas de circulação.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
• Produção de textos orais e escritos com autonomia.
• Construção de repertório lexical.
• Usos de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral.
• Construção do sentido global de textos orais, relacionando suas partes, o assunto principal e infor-
mações relevantes.
• Utilizar formas verbais: presente, passado ou futuro.
HABILIDADES:
(EF08LI01) Fazer uso da Língua Inglesa para resolver mal-entendidos, emitir opiniões e esclarecer informa-
ções por meio de paráfrases ou justificativas.
(EF08LI02) Explorar o uso de recursos linguísticos (frases incompletas, hesitações, entre outros) e paralin-
guísticos (gestos, expressões faciais, entre outros) em situações de interação oral.
(EF08LI09) Avaliar a própria produção escrita e a de colegas, com base no contexto de comunicação (finali-
dade e adequação ao público, conteúdo a ser comunicado e organização).
(EF08LI10) Reconstruir o texto com cortes, acréscimos, reformulações e correções para aprimoramento,
edição e publicação final.
(EF08LI14) Utilizar formas verbais: presente, passado ou futuro para descrever planos e expectativas e
fazer previsões.
ACTIVITIES
1 – Translate and answer the questions.
83
2 – How do you learn better English?
Alone
In group
In conversation classes
Out of school
In special course
When I read the words
When I write the words
Through films and songs
4 – Translate.
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SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Práticas de compreensão e produção oral de Língua Inglesa, em diferentes contextos discursivos presenciais
ou simulados.
Práticas de leitura e produção de textos verbais, verbo-visuais, multimodais em Língua Inglesa relacionada
ao cotidiano dos discentes, presentes em diferentes suportes e esferas de circulação.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
• Produção de textos orais e escritos com autonomia.
• Construção de repertório lexical.
• Usos de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral.
• Construção do sentido global de textos orais, relacionando suas partes, o assunto principal e as infor-
mações relevantes.
• Utilizar formas verbais: presente, passado ou futuro.
HABILIDADES:
(EF08LI 01) Fazer uso da Língua Inglesa para resolver mal-entendidos, emitir opiniões e esclarecer informa-
ções por meio de paráfrases ou justificativas.
(EF08LI02) Explorar o uso de recursos linguísticos (frases incompletas, hesitações, entre outros) e paralin-
guísticos (gestos, expressões faciais, entre outros) em situações de interação oral.
(EF08LI09) Avaliar a própria produção escrita e a de colegas, com base no contexto de comunicação (finali-
dade e adequação ao público, conteúdo a ser comunicado e organização).
(EF08LI10) Reconstruir o texto com cortes, acréscimos, reformulações e correções para aprimoramento,
edição e publicação final.
(EF08LI14) Utilizar as formas verbais: presente, passado ou futuro para descrever planos e expectativas e
fazer previsões.
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ACTIVITIES
Libras (Língua Brasileira de Sinais) no ensino de Inglês mediado pelas novas tecnologias: desafios
e possibilidades. Você já viu como é lindo uma pessoa saber a língua de sinais em Português? Imagine
em Inglês?
Alfabeto em LIBRAS
Além da profissão de intérprete, outros mecanismos e instrumentos de divulgação da linguagem aju-
dam a tornar a Língua Brasileira de Sinais mais acessível a todos, como o dicionário de LIBRAS, cursos
de formação e o alfabeto em LIBRAS, conforme mostra a imagem abaixo:
Números em LIBRAS
A seguir estão os sinais em LIBRAS para os números cardinais:
Para expressar os números ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto...), basta fazer os mesmos
sinais para os números cardinais, mas tremendo levemente com a mão.
Disponível em https://www.significados.com.br/libras/ Acesso em: 26 de agosto de 2020.
“Libras” (Brazilian sign language) in the technology-mediated teaching of English: challenges and
possibilities.
This exploratory study investigates teachers’, interpreters’ and students’ views about the teaching of
English with the mediation of new technologies and of Brazilian Sign Language (Libras) in an inclusive
public school in order to identify the challenges faced by the participants in such a context and point
out possible ways of overcoming them. Data were generated through questionnaires, interviews, focus
groups, research diaries, and video recordings of lessons. The analyzed lessons were taught to a se-
venth grade class in the school’s computer room. Through qualitative data analysis, the challenges and
possibilities observed were grouped in four meaning categories: (1) the mediation of three languages:
Libras, Portuguese, and English; (2) the mediation of the Libras interpreter; (3) the teacher and the use
of Libras; (4) the mediation of technology.
86
2 – Find out the following words:
a) HSLIGNE
b) ABZRIANLIS
c) TYUDS
d) NAELR
3 – Você descobriu as palavras do exercício anterior? Estes vocábulos formam uma frase em Inglês.
Qual é esta frase?
4 – De acordo com a figura, qual é a mensagem que está sendo transmitida? Escreva-a em Inglês.
Disponível em https://www.google.com/search
Acesso em: 26 de agosto de 2020.
87
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Práticas de compreensão e produção oral de Língua Inglesa, em diferentes contextos discursivos presenciais
ou simulados.
Práticas de leitura e produção de textos verbais, verbo-visuais, multimodais em Língua Inglesa relacionada
ao cotidiano dos discentes, presentes em diferentes suportes e esferas de circulação.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
• Produção de textos orais e escritos com autonomia.
• Construção de repertório lexical.
• Usos de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral.
• Construção do sentido global de textos orais, relacionando suas partes, o assunto principal e as infor-
mações relevantes.
• Utilizar formas as verbais: presente, passado ou futuro.
HABILIDADES:
(EF08LI01) Fazer uso da Língua Inglesa para resolver mal-entendidos, emitir opiniões e esclarecer informa-
ções por meio de paráfrases ou justificativas.
(EF08LI02) Explorar o uso de recursos linguísticos (frases incompletas, hesitações, entre outros) e paralin-
guísticos (gestos, expressões faciais, entre outros) em situações de interação oral.
(EF08LI09) Avaliar a própria produção escrita e a de colegas, com base no contexto de comunicação (finali-
dade e adequação ao público, conteúdo a ser comunicado e organização).
(EF08LI10) Reconstruir o texto com cortes, acréscimos, reformulações e correções para aprimoramento,
edição e publicação final.
(EF08LI14) Utilizar formas as verbais: presente, passado ou futuro para descrever planos e expectativas e
fazer previsões.
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ACTIVITIES
O aumento de doenças por causa da ação do homem é um problema grave e cada vez mais frequente na
vida da população, e agora surge o CORONAVÍRUS.
INFECTIOUS DISEASES
Infectious diseases are caused by pathogens (“germs”) including viruses, bacteria, fungi and
parasites, and are ranked as the second leading cause of death worldwide by the World Health
Organization. These infections can lead to temporary discomfort, serious tissue damage or even
result in death.
Disponível em https://www.benaroyaresearch.org/what-is-bri/disease-information/infectious-diseases
Acesso em: 26 de agosto de 2020.
a) Common cold
b) Diphtheria
c) HIV/AIDS
d) Influenza (flu)
e) Malaria
f) Measles
g) Meningitis
h) Mumps
i) Poliomyelitis (polio)
j) Pneumonia
89
k) Rubella (German measles)
l) Salmonella infections
90
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Artes Visuais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
- Contextos e Práticas;
- Processos de criação;
- Materialidades.
HABILIDADE(S):
(EF69AR05P8) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem,
quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.), explorando
práticas tradicionais (locais e regionais) de produção artística.
(EF69AR07P8) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e proces-
sos de criação nas suas produções visuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
História da Arte.
ATIVIDADES
ARTE INDÍGENA BRASILEIRA
A arte indígena está presente na essência do povo brasileiro, sendo um dos pilares para a cultura do
país, que é resultado da miscigenação de vários grupos, dentre eles os povos indígenas - os primeiros
habitantes do território nacional.
Atualmente, existem cerca de 3 centenas de etnias indígenas no Brasil, também conhecidos como
Povos da Floresta. Cada uma delas é detentora de saberes diferentes, por conta do desenvolvimento de
costumes próprios. Entretanto, existem várias características comuns encontradas em diversas tribos.
91
Desta forma, cerâmica, máscaras, pintura corporal, cestaria e plumagem resultam em uma arte tra-
dicional compartilhada: a arte indígena.
Vale lembrar que a utilização de partes de animais no artesanato é exclusiva dos povos das florestas,
mas sua comercialização é proibida.
Além disso, é preocupante constatar que tal arte - tão importante e de valor inestimável - vem sendo
destruída vertiginosamente, assim como a própria população indígena.
Cerâmica Indígena
A cerâmica é um exemplo de arte que não está presente em todas as tribos indígenas, sendo ausente
entre os Xavantes, por exemplo. É possível notar os costumes diversos dos povos indígenas através da
observação desse tipo de arte.
Importante referir também que os indígenas não utilizam a roda do oleiro e, ainda assim, conseguem
desenvolver impressionantes peças. Estas são produzidas como artesanato e como utensílios domésticos.
A cerâmica é produzida principalmente pelas mulheres, que criam recipientes, bem como escultu-
ras. Para torná-las mais bonitas, costumam usar a pintura com padrões gráficos próprios.
A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve origem (a Ilha de Marajó) é
conhecida no exterior e foi a primeira arte de cerâmica brasileira.
Máscaras Indígenas
As máscaras indígenas apresentam um simbolismo sobrenatural. Elas são feitas de cascas de ár-
vores ou outros materiais como palha e cabaças e podem ser enfeitadas com plumagem. Normalmente,
são utilizadas em ritos cerimoniais. Um exemplo é a tribo dos Karajá, que se serve das máscaras duran-
te a dança do Aruanã com o objetivo de representar heróis que conservam a ordem mundial.
92
Pintura Corporal Indígena
A pintura corporal é usada em certos rituais e de acordo com o gênero e a idade. Sua finalidade é
indicar os grupos sociais ou a função de cada indivíduo na tribo.
As tintas usadas nesta arte são naturais, ou seja, são feitas de plantas e frutos. O jenipapo é o fruto
mais utilizado para fazer tinta. Os indígenas o utilizam para escurecer a pele, enquanto o urucum, por
sua vez, dá o tom vermelho. Já o branco é conseguido através da tabatinga. São as mulheres que pintam
os corpos, cujos desenhos carregam valor simbólico, visando retratar um momento ou um sentimento
específico. Os padrões gráficos mais elaborados fazem parte da cultura Kadiwéu. Já em 1560, essa pin-
tura impactou os colonizadores, os quais ficaram deslumbrados com tamanha destreza e beleza.
93
Figura 5 - Exemplo de cocar indígena - ornamento decorativo para ser usado na cabeça.
Disponível em:<https://www.educamaisbrasil.com.br /artes/arte-plumaria> Acesso em: 10 ago. 2020.
Fonte do Texto:
MENEZES, Laura Aidar de. “Arte Indígena Brasileira”. Toda Matéria. Disponível em: <https://www.to-
damateria.com.br/arte-indigena-brasileira/> Acesso em: 10 ago. 2020.
2 – A arte indígena no Brasil é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida
que da personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos de seus trabalhos artísticos
variam significativamente de uma tribo para outra. A tendência indígena de fazer objetos bonitos
para usar na vida tribal pode ser apreciada principalmente:
3 – Cada cultura possui uma produção artística que a caracteriza, não há registro de culturas sem
manifestação artística. Sobre a cultura indígena pode-se afirmar que:
a) As peças de artesanato indígenas são de boa qualidade e muito importantes para conhecer a
cultura indígena.
b) Atualmente, não se considera arte a produção artesanal do indígena.
c) O trabalho artístico indígena é artesanato e sendo artesanato não é arte.
d) As peças indígenas não são representativas para a cultura brasileira.
94
4 – Quanto à arte plumária indígena e à pintura corporal dos indígenas brasileiros, assinale a opção correta.
5 – Com base no texto, faça uma análise das afirmações abaixo e marque ( F ) Falso e ( V ) Verdadeiro.
( ) A arte indígena está presente na essência do povo brasileiro, sendo um dos pilares para a
cultura do país, que é resultado da miscigenação de vários grupos, dentre eles os povos in-
dígenas - os primeiros habitantes do território nacional.
( ) A cerâmica é um exemplo de arte que está presente em todas as tribos indígenas.
( ) As plumas são utilizadas nos rituais e coladas diretamente no próprio corpo. Elas servem
também para ornamentar máscaras, colares, braçadeiras, brincos, pulseiras e cocares, os
quais são feitos de penas e de caudas de aves.
( ) Os cestos não são utilizados para uso doméstico, na manutenção e transporte de alimentos.
( ) A pintura corporal é usada em certos rituais e de acordo com o gênero e a idade. Sua finali-
dade é indicar os grupos sociais ou a função de cada indivíduo na tribo.
( ) As máscaras indígenas apresentam um simbolismo sobrenatural. Elas são feitas de cascas de
árvores ou outros materiais como palha e cabaças e podem ser enfeitadas com plumagem.
( ) A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve origem (a Ilha de
Fernando de Noronha) é conhecida no exterior e foi a primeira arte de cerâmica brasileira.
95
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Artes Integradas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Contextos e Práticas.
Processos de criação.
Materialidades.
Patrimônio Cultural.
HABILIDADE(S):
(EF69AR34P8) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em espe-
cial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favore-
cendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Diversidade Cultural.
INTERDISCIPLINAR:
História
ATIVIDADES
ARTE AFRICANA: A RIQUEZA CULTURAL DESSE GRANDE CONTINENTE
Compreende-se por arte africana a totalidade de expressões artísticas presentes no continente afri-
cano, sobretudo na região subsaariana.
A África é grandiosa, tanto em termos geográficos, como em diversidade cultural, pois são muitos
países que a compõe. Dessa forma, suas populações possuem particularidades e costumes diferentes,
o que, obviamente, se reflete na arte produzida por elas. De qualquer maneira, existem algumas carac-
terísticas que se mantém nas manifestações artísticas desses povos.
96
Figura 1 - Escultura em terracota da cultura Nok, na atual Nigéria.
Disponível em:<https://www.todamateria.com.br/arte-africana/> Acesso em: 10 ago. 2020.
Infelizmente, grande parte dessas peças se perdeu, devido às intempéries climáticas e também por
conta da intolerância religiosa por parte dos muçulmanos e cristãos, que entraram em contato com
essas civilizações e destruíram parte de seus acervos culturais.
Máscaras africanas
As máscaras são recorrentes na maior parte dos povos da África. Nas várias culturas que lá existem,
elas fazem parte do universo artístico e expressivo, além de serem fortes elementos de conexão entre
os seres humanos e o mundo espiritual.
Elas foram e são produzidas, na maior parte das vezes, como instrumento de rituais, de maneira que
se tornam também disfarces, representações de deuses, de forças da natureza, antepassados e de se-
res de outro mundo, além de animais.
Outro ponto importante é o fato de essas peças serem criações de uma pessoa especial na comuni-
dade. Lá, os artistas têm a responsabilidade de produzir máscaras que representem toda a coletivida-
de, e não apenas os anseios e inspirações individuais, como no Ocidente.
97
A influência da África na arte moderna
No final do século XIX e início do século XX, novas bases para a arte ocidental estavam sendo criadas,
foram as chamadas vanguardas européias. Alguns artistas se depararam nesse período com a arte produzi-
da pelos povos africanos e ficaram impactados, incorporando assim elementos afros em suas produções.
O artista que usou a arte africana mais intensamente foi o espanhol Pablo Picasso. Esse pintor in-
cluiu referências diretas dessa arte em suas obras, sobretudo de máscaras tribais.
Mas antes da fase cubista, o pintor esteve mergulhado em inspirações da arte da África e produziu
muitas obras com alusões africanas, o que o auxiliou a chegar às bases do cubismo. Certamente, o que
impressionou os europeus foi a liberdade, imaginação e capacidade dos povos africanos de relacionar
o universo profano com o sagrado, o que foi ao encontro dos interesses dos modernistas.
Figura 4 - Escultura produzida no século XVI pelo povo de Benin (sul da Nigéria),
que exibe um homem europeu empunhando uma arma.
Disponível em:<https://www.todamateria.com.br/arte-africana/> Acesso em: 10 ago. 2020.
98
Arte africana contemporânea
Quando falamos em “arte africana” normalmente pen-
samos na história da arte africana e nos artefatos pro-
duzidos pelas comunidades originárias há muitos anos.
Entretanto, assim como no resto do mundo, a Áfri-
ca continua produzindo arte e possui também artistas
contemporâneos com produções que trazem enorme
contribuição para o mundo atual.
Fonte do texto:
MENEZES, Laura Aidar. “Arte Africana”. Toda Matéria, 2018. Disponível em:<https://www.todamateria.com.br/
arte-africana/> Acesso em: 10 ago. 2020.
1 – Nesta semana aprendemos sobre a Arte Africana. Sabemos que este continente possui uma gran-
de riqueza cultural. Após fazer uma leitura detalhada do texto, faça uma produção de texto abor-
dando todos os assuntos apresentados ao longo desta semana. Não se esqueça de expressar sua
opinião e fazer reflexões. Tenho certeza que tanto na leitura, quanto nesta produção de texto vo-
cês vão ficar deslumbrados com a riqueza artística da África. Lembre-se que a cultura brasileira
tem muita influência da Arte Africana.
99
100
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Artes Integradas, Dança e Música.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
- Contextos e Práticas.
- Materialidades.
- Processos de criação.
HABILIDADE(S):
(EF69AR07P8) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e proces-
sos de criação nas suas produções visuais.
(EF69AR31P8) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, his-
tórica e econômica.
(EF69AR34P8) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a
brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a cons-
trução de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Espaço urbano.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia.
ATIVIDADES
O BRASIL SEGUNDO JEAN-BAPTISTE DEBRET
A interpretação do Brasil segundo Jean-Baptiste Debret pode ser de suma importância para a com-
preensão da história brasileira no século XIX.
O pintor francês Jean-Baptiste Debret foi um dos principais artistas que integraram a denomina-
da Missão Artística Francesa, isto é, uma expedição de artistas que veio para o Brasil em 1817 amparada
por D. João VI, que havia elevado o Brasil à condição de Reino Unido, em 1808, e aqui residia. Assim
como os outros artistas que aportaram, Debret contribuiu para o desenvolvimento das belas-artes no
Brasil e também soube construir uma interpretação bastante rica da vida nos trópicos, no século XIX.
Nesse sentido, pode-se falar de um “Brasil segundo Debret”, ou seja, um Brasil retratado por Debret em
suas telas.
Debret e seus conterrâneos que vieram para o Brasil faziam parte do Neoclassicismo francês,
um movimento artístico que entrou em franco declínio após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815.
Com a oportunidade de partir em direção ao Brasil, Debret viu também um horizonte de possibilidades
para as suas habilidades artísticas e intelectuais. Sua estadia nos trópicos foi tão profícua que resultou,
anos mais tarde, no livro “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, publicado em Paris, no ano de 1831.
101
As telas de Debret tinham variados temas, indo desde
o retrato de cenas do cotidiano até grandes eventos da
alta sociedade brasileira e da corte portuguesa no Brasil.
Além disso, Debret retratou também a vida dos negros es-
cravizados e dos índios, bem como reproduziu, em dese-
nhos, variedades da fauna e da flora. As telas com temas
do cotidiano geralmente estabelecem uma interpretação
especial da estrutura da sociedade brasileira do século
XIX. É o caso, por exemplo, do quadro em que aparece o Figura 1 - Cortejo de uma família brasileira do século XIX,
cortejo de uma família em direção à missa, como pode ser retratada por Debret.
observado na imagem ao lado: Disponível em:<https://br.pinterest.com/
pin/280278776788352277/> Acesso em: 10 ago. 2020.
Outro exemplo da apreensão da ambiência social brasileira novecentista está na imagem a seguir, em
que é retratado o segundo casamento de D. Pedro I. Percebe-se que todo o quadro possui uma disposi-
ção das figuras segundo a importância social. Vê-se, no centro, os noivos; à esquerda os membros da
corte e, à direita, em posição superior, os membros do clero da Igreja Católica, que selou o matrimônio.
Outros temas, como a vida dos escravizados negros, são retratados também de forma a capturar o
máximo do impacto das cenas. Na imagem a seguir, é possível ver o modo como Debret retratou um
escravizado sendo castigado por um feitor. Vê-se, em primeiro plano, o escravizado, amarrado em um
“pau de arara”, sendo açoitado com um pedaço de madeira. Ao fundo, vê-se outra pessoa escravizada
amarrada ao tronco de uma árvore, com a paisagem suntuosa contrastando com o cenário de violência.
102
Essa imagem datada de 1822 apresenta a dura rotina dos
negros nos engenhos de cana-de-açúcar. O escravizado par-
ticipava de todo o processo desde a derrubada das florestas
para o plantio da cana até a produção do açúcar. A utilização
da mão-de-obra negra garantia uma maior margem de lucro
dos senhores de engenho.
103
O desenho ao lado é de 1826, ele apresenta um momento
festivo dos negros. Debret buscou retratar também a cultura
e os rituais dos escravizados. Quando os africanos chegavam
ao Brasil muitos eram acometidos por uma doença chamada
de Banzo, enfermidade que acometia a alma, gerando uma
tristeza profunda por estar afastado da terra natal e dos en-
tes queridos. As manifestações culturais dos negros na co-
lônia era uma alternativa encontrada por eles para matar um
pouco da saudade do continente africano.
Na imagem a seguir pode ser observada uma tela de Debret que reproduz as formas das armas utili-
zadas pelos indígenas. É possível reparar que se trata, sobretudo, de flechas, que apresentam variados
modelos dispostos de acordo com a necessidade do tiro: caça, guerra, curta ou longa distância, tipo de
animal a ser abatido etc.
Debret conseguiu contribuir imensamente para a construção da imagem nacional do Brasil, haja vis-
ta que suas telas captaram a atmosfera de um período da formação da nação brasileira, estimulada pela
criação de instituições como a Academia Brasileira de Belas Artes, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro
e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
Fontes do texto:
“O Brasil segundo Jean-Baptiste Debret”. Mundo Educação UOL. Disponível em:<https://mundoeducacao.
uol.com.br/historiadobrasil/o-brasil-segundo-jeanbaptiste-debret.htm > Acesso em: 10 ago. 2020.
ALVES, Lorena Castro. “O Brasil Colonial de Jean-Baptiste Debret”. Escola Educação. Disponível em:
<https://escolaeducacao.com.br/brasil-colonial-de-jean-baptiste-debret/> Acesso em: 12 ago.2020.
104
Mostre que você aprendeu e responda:
1 – Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos, escreva com suas palavras quem foi
Jean-Baptiste Debret e a importância da sua produção artística para compreensão visual dos
processos históricos, culturais e sociais.
2 – “Debret contribuiu para o desenvolvimento das belas-artes no Brasil e também soube construir
uma interpretação bastante rica da vida nos trópicos, no século XIX”.
Leia o trecho acima. Identifique qual das alternativas abaixo está INCORRETA:
a) As telas de Debret tinham variados temas, indo desde o retrato de cenas do cotidiano até
grandes eventos da alta sociedade brasileira e da corte portuguesa no Brasil.
b) O livro “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, publicado no Brasil, no ano de 1831 é uma obra
de Debret.
c) A interpretação do Brasil segundo Jean-Baptiste Debret pode ser de suma importância para a
compreensão da história brasileira no século XIX.
d) Debret conseguiu contribuir imensamente para a construção da imagem nacional do Brasil.
3 – (CESPE – 2013) Chegou ao Brasil, no século XIX, a célebre Missão Francesa, constituída por um
grupo de artistas e artífices franceses, que criaram a Academia Real das Ciências, Artes e Ofícios,
considerada o marco inicial da educação artística brasileira. Assinale a opção em que é apresen-
tado o nome de um dos artistas participantes dessa missão.
105
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Teatro e Artes Integradas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
- Contextos e práticas.
- Processos de Criação.
- Patrimônio Cultural.
HABILIDADE(S):
(EF69AR25P8) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de
modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
(EF69AR06P8) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísti-
cos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos conven-
cionais, alternativos e digitais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Patrimônio Cultural do Teatro.
INTERDISCIPLINAR:
História.
ATIVIDADES
O TEATRO NO BRASIL
Uma das primeiras manifestações do teatro no Brasil ocorreu no século XVI como forma de cate-
quização. O teatro era utilizado pelos jesuítas para instruir religiosamente os índios e colonos. O padre
Anchieta é um dos principais jesuítas que utilizou estes tipos de representações que eram chamadas
de teatro de catequese. Esse teatro possuía uma preocupação muito mais religiosa do que artística, os
atores eram amadores e não existiam espaços destinados à atividade teatral, as peças eram encenadas
em praças, ruas, colégios entre outros.
Já no século XVII, além do teatro de catequese, emergem outros tipos de teatros que celebram
festas populares e acontecimentos políticos, alguns lembram muito o carnaval como conhecemos
hoje. As pessoas saíam às ruas para comemorações vestidas com adereços, desfilando mascaradas,
dançando, cantando e tocando instrumentos.
Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, o teatro dá um grande salto. D. João VI assinou um
decreto de 28 de maio de 1810 que reconhece a necessidade da construção de “teatros decentes” para a
nobreza que necessitava de diversão. Grandes espetáculos começaram a chegar ao Brasil porém, além
de serem estrangeiros e refletirem os gostos europeus da época, eram somente para os aristocratas e
o povo não tinha qualquer participação, o teatro não tinha uma identidade brasileira.
106
No século XIX o teatro brasileiro começa a se configurar e um grande marco foi a representação da
tragédia Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, de Gonçalves Magalhães, em 13 de março de 1838. Esse
drama foi encenado por uma companhia genuinamente brasileira, com atores e propósitos naciona-
listas formado pelo ator João Caetano. Nessa época, surgem as Comédias de Costume com o escritor
teatral Luíz Carlos Martins Pena, que buscava em fatos da época situações para arrancar da plateia
muitos risos. Muitos autores teatrais surgiram como Antônio Gonçalves Dias, Manuel Antônio Álvares
de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Luís Antônio Burgain, Manuel de Araújo Porto Alegre, Joa-
quim Norberto da Silva, Antônio Gonçalves Teixeira e Souza, Agrário de Menezes, Barata Ribeiro, Luigi
Vicenzo de Simoni e Francisco José Pinheiro Guimarães.
Em 1855 surge o teatro realista no Brasil. O teatro deixa de lado os dramalhões e visa o debate de
temas atuais, problemas sociais e conflitos psicológicos, tentando mostrar e revelar o cotidiano da
sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos. Um dos mais importantes autores dessa
época é Joaquim Manoel de Macedo, autor da obra-prima A Moreninha, de Arthur Azevedo.
A Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para as artes, não abrangeu o teatro, que ficou
esquecido, adormecido por longos anos. A renovação do teatro brasileiro veio em 1943, com a estreia de
Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, que escandalizou o público e mo-
dernizou, o palco brasileiro. Vestido de Noiva fez um grande sucesso, assim como o Auto da Compadeci-
da, de Ariano Suassuna. Com o golpe militar em 1964 veio a censura e um número enorme de peças foram
proibidas. Somente a partir dos anos 70 o teatro novamente ressurge mostrando produções constantes.
107
Figura 1 - Teatro Municipal Casa da Ópera, em Ouro Preto (Foto: Leo Homssi) Minas Gerais.
Disponível em:<https://br.pinterest.com/pin/371617406732530663/> Acesso em: 12 ago. 2020.
A Casa da Ópera de Vila Rica, sua antiga denominação, foi construída pelo coronel João de Souza
Lisboa, dentro da tradição arquitetônica luso-brasileira. Sua localização, no Largo do Carmo, não lhe dá
nenhum destaque entre o casario vizinho.
Fontes do texto:
“Teatro Municipal de Ouro Preto”. Guia das Artes,2011. Disponível em: <https://www.guiadasartes.com.br/
minas-gerais/ouro-preto/teatro-municipal-de-ouro-preto> Acesso em: 12 ago. 2020.
“O Teatro no Brasil”. Secretaria da Educação do Paraná, 2017. Disponível em:<http://www.arte.seed.pr.
gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196> Acesso em: 12 ago. 2020.
108
Mostre que você aprendeu e responda:
1 – Escreva com suas palavras: como eram as primeiras manifestações do teatro no Brasil? Qual eram
seus objetivos?
2 – No ano de 1808, o teatro no Brasil dá um grande salto. Explique com base no texto por que isso
aconteceu e quais foram as mudanças.
3 – Em 1855 surge o Teatro Realista no Brasil. Explique com suas palavras e com base na leitura do
texto, quais as características deste gênero. Cite uma obra de grande sucesso do período do
teatro realista.
4 – Agora que você já conhece a História da Casa da Ópera – Teatro Municipal de Ouro Preto em Minas
Gerais, faça a leitura das afirmações abaixo e identifique quais são as alternativas ( F ) Falsas e
(V) Verdadeiras. Lembre-se de voltar sempre à leitura do texto para realizar a atividade proposta.
( ) A Casa da Ópera de Vila Rica, hoje Teatro Municipal de Ouro Preto, é o mais novo teatro em
funcionamento das Américas.
( ) Casas de ópera existiram em quase todas as cidades da Minas barroca, mas a Casa da Ópera
de Vila Rica se diferenciou das demais.
( ) A Casa da Ópera é uma linda construção do século 17 com fachada singular, possui espes-
sas paredes de pedra e frontão triangular detalhado por elementos simbólicos esculpidos
em pedra.
( ) A Casa da Ópera apresenta empena frontal, de vaga inspiração neoclássica, em contraste
com aberturas em arco abatido, de tradição barroca, e elementos medievalizantes, óculo
quadrilobado e arcaturas acompanhando a cornija da empena.
( ) A Casa da Ópera de Vila Rica, sua antiga denominação, hoje Teatro Municipal de Ouro Preto
foi construída pelo coronel João de Souza Lisboa, dentro da tradição arquitetônica luso-
-brasileira.
109
( ) A localização do Teatro Municipal de Ouro Preto, no Largo do Carmo, lhe dá uma posição de
destaque entre o casario vizinho.
( ) O Teatro é um Patrimônio Cultural Material e faz parte do Conjunto Arquitetônico da Cidade
de Ouro Preto – MG que é Patrimônio da Humanidade tombado pela UNESCO.
Caro(a) estudante! Chegamos ao fim de uma trilha de aprendizagens composta por quatro semanas.
Espero que você tenha aprendido muito. Guarde suas anotações e atividades para compartilhá-las com
seu professor de forma virtual ou no retorno às aulas. Até a próxima...
110
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE TEMÁTICA:
Ginásticas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO :
HABILIDADE(S):
(EF89EF07P8) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências
corporais e objetivos de diferentes programas.
(EF89EF10P8) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização corporal, identificando
os possíveis benefícios para melhoria da qualidade de vida.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Atividade física.
111
ATIVIDADE FÍSICA NA PANDEMIA
http://lounge.obviousmag.org/cultivando_palavras/
assets_c/2014/02/Oi-58574.html, acesso em 04/08/2020
ATIVIDADES
1 – Após leitura do texto acima responda as questões a seguir:
112
Tranquilizante natural
Manter a rotina da prática regular de atividade física pode oferecer também benefícios psicológicos,
como promover a sensação de bem-estar. Esse é um fator importante a ser observado, uma vez que a
nova rotina proposta pela pandemia pode ser um fator estressante e gatilho para a ansiedade.
Nesse sentido, manter a prática de atividade física ajudará no retorno das atividades de vida diária,
após o período crítico de disseminação do novo Coronavírus. E as vantagens valem para crianças, adul-
tos e idosos. Então, empurre os móveis da sala e aproveite o espaço para se movimentar!
Aproveite também para convidar as pessoas que moram com você para sair do sofá. Assim, praticar
atividade física pode se tornar um momento familiar de entretenimento e socialização. Dessa forma,
a Coordenação-Geral de Promoção de Atividade Física e Ações Intersetoriais, do Ministério da Saúde,
orienta que para cada faixa etária existe um tipo de prática adequada.
Para as crianças, as atividades físicas ganham ainda mais intensidade e podem ser realizadas por
meio de jogos, brincadeiras e danças. Vale também brincar de esconde-esconde, de mímica, criar co-
reografias, pular corda, elástico e amarelinha. Videogames que estimulam os movimentos corporais
também são bem-vindos.
Para todas as faixas etárias das crianças, é essencial que o tempo em frente às telas (tablets, celu-
lares e televisão) seja reduzido ao máximo possível e seja substituído por atividades físicas, como as
citadas acima.
Para os jovens e adultos são recomendadas atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa,
que podem ser realizadas no tempo livre ou durante os afazeres domésticos. Vale dançar, pular cor-
da, subir escadas. Assim como para as crianças, os videogames que estimulam movimentos corporais
também podem ser opções divertidas para os adultos.
Para quem está em home office durante a pandemia, é importante evitar longos períodos sentado.
Levante-se de tempos em tempos para se movimentar, seja para buscar água, ir ao banheiro ou até
mesmo dar uma volta pela casa.
Para os iniciantes em qualquer atividade física, é recomendável começar pelas mais leves. Os exer-
cícios de alongamento e relaxamento podem ser realizados em casa, sem a necessidade de muito es-
paço, como no chão ou em pé.
Da mesma forma, podem ser feitos os exercícios de fortalecimento que envolvem grandes grupos
musculares, como se sentar e se levantar de uma cadeira ou agachar para levantar objetos com pouco
peso (1 a 2 kg). É importante sempre respeitar os limites do próprio corpo.
Para adultos que já têm contato com a atividade física, é hora de adaptar os exercícios em casa ou di-
versificar as atividades. Além disso, mantenha sempre o corpo hidratado e beba água várias vezes ao dia.
Os idosos podem realizar alongamentos simples e exercícios de fortalecimento muscular. Alguns
exemplos que podem ser feitos dentro de casa são: levantar-se e sentar-se na cadeira algumas vezes
seguidas, subir escadas, agachar para pegar objetos ou carregar sacolas com pouco peso. Sempre res-
peitando os limites do próprio corpo.
Por ser a faixa etária com maior risco, os idosos necessitam de mais atenção e devem ficar em casa
o máximo de tempo possível. Manter o corpo ativo ajudará a ter disposição para fazer as atividades ro-
tineiras após o período de isolamento.
https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/como-fica-a-pratica-de-atividade-fisica-durante-a-pandemia-de-
coronavirus. Acesso em: 11/08/2020
2 – RESPONDA
2 – Cite 3 exemplos de atividades físicas que podem ser realizadas no espaço da sala de nos-
sas casas.
113
3 – Agora, imagine que você será o incentivador de atividades físicas na sua casa. Crie uma
sequência de atividades físicas para realizar em família e descreva como seria.
Sequência:
Em anexo tem uma cartela do jogo de tabuleiro: EXERCITE A SUA SAÚDE, MOVIMENTE-SE.
REGRAS DO JOGO
OBJETIVO: Cumprir todo o percurso do tabuleiro, com o peão, executando todas as tarefas propostas.
NÚMEROS DE JOGADORES: Até 5 pessoas.
COMO JOGAR:
1 - Para iniciar é preciso de um dado.
2 - Cada participante precisará de um peão, que deverão ser colocados na primeira casa.
3 - Inicia a partida o participante que tirar o maior número.
4 - Cada participante poderá jogar o dado uma vez, a cada rodada, devendo avançar o número de
casas correspondentes ao número que tirou no dado.
5 - O participante deverá realizar a tarefa indicada na casa em que ele parou. Todos os participan-
tes tem que completar todo o circuito do jogo.
6 - Lembre-se! O importante não é quem chega primeiro! O importante é divertir-se e movimentar-se.
114
115
SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICA:
Lutas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Lutas do Mundo.
HABILIDADE(S):
(EF89EF17)Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas caracte-
rísticas técnico-táticas.
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou
mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Contextualização histórica da luta e suas modalidades.
Benefícios das lutas na Educação Física escolar.
Lutas X Artes Marciais.
Relação mestre e discípulo , professor e aluno.
Luta X Briga.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Português, História e Ensino Religioso.
Caro(a) estudante! Nesta semana você vai conhecer um pouco sobre as Lutas.
Reid e Croucher (2003) afirmam que, atualmente, são praticadas em torno de 350 modalidades de luta
em todo o mundo, dentre elas podemos citar: Boxe, Caratê, Jiu-jítsu, Kali, Kung fu, Nin Jitsu, Taekwondo,
Judô, Capoeira, etc.
Fonte: REID, H.; CROUCHER, M. O caminho do guerreiro. São Paulo: Cultrix, 2003.
116
SAIBA MAIS...
ATIVIDADES
Agora é hora de testar seus conhecimentos. Lembre-se que as pesquisas e consultas são permitidas e
bem-vindas para que você realize com sucesso as atividades.
c) Cite o nome de duas lutas que fazem parte dos jogos olímpicos.
2 – Segundo Preyer (2000, p.71) “além de desenvolver as capacidades físicas, as lutas auxiliam o aluno
na sua relação consigo mesmo e com o grupo, ao propiciar elementos que visam à socialização, a
competitividade, a disciplina e o respeito, característicos de sua tradição e filosofia”.
Fonte: PREYER, C. T. Educação física escolar: a importância da diversificação no ensino de seus conteúdos. Campinas, 2000.
Disponível em: <www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?view=000330320>. Acesso em: 10 agosto 2020.
1- Na sua visão, quais seriam os benefícios de se praticar as lutas nas aulas de Educação Física?
117
3 – Leia o texto a seguir:
Alguns aspectos podem ser utilizados para diferenciar luta e artes marciais. As artes mar-
ciais são práticas corporais de ataque e defesa, podendo ser também caracterizadas como lu-
tas. A principal diferença entre as duas é que os praticantes de artes marciais, principalmente
as de origem oriental, consideram que os conteúdos da cultura de origem da atividade teriam
uma orientação filosófica que determinaria a sua diferença com as lutas. As artes marciais
não compreendem somente um apanhado de técnicas (golpes com as mãos, pés, etc), mas
também um conjunto de filosofias e tradições de combate.
Atualmente, percebemos que em boa parte dos filmes a que assistimos sobre lutas de ori-
gem oriental é preservada a imagem do mestre, o qual, por sua vez, possui uma postura de
educador, e ensina aos seus “discípulos” vários preceitos que vão além da própria prática da
luta, ou seja, lições que serviriam para a vida.
Disponível em: http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-conceitos-basicos.html.
Acesso em: 10 agosto 2020.
CENA DO FILME KARATÊ KID (VERSÃO DE 2010) QUE VALORIZA A RELAÇÃO MESTRE E DISCÍPULO
Disponivel em: http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/lutas-conceitos-basicos.html. Acesso em: 10 agosto 2020.
Com base na leitura do texto e na imagem, podemos associar a imagem do mestre nas lutas à imagem
do professor na escola? Justifique sua resposta.
4–
Tanto na luta quanto na briga ocorrem ações agressivas, porém nas brigas não há regras nem limites
para a intensidade da agressividade. Além disso, prevalecem a raiva e o desrespeito ao oponente. No
caso das lutas, apesar da agressividade implícita, o contato físico se dá entre duas ou mais pessoas que
se enfrentam em uma constante troca de ações ofensivas e/ou defensivas, as quais são regidas por
regras, e têm como objetivo mútuo um alvo móvel personificado no oponente (GOMES, 2010).
Fonte: GOMES et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais. Revista Movimento, v. 16, n. 2.
Porto Alegre: UFRS, 2010. Acesso em: 10 agosto de 2020.
118
1- Preencha o quadro comparativo abaixo:
Luta Briga
Sentimento
Regras
Objetivo
5 – VAMOS PRATICAR...
LUTA DO TAPÃO
Objetivo: Introduzir conceitos gerais de lutas por meio de ataques e defesas utilizando tapas nas mãos
do oponente.
Posicionem em pé, um de frente para o outro. Coloque as mãos espalmadas sobre a do seu oponente,
de modo que as palmas fiquem em contato.
O movimento de ataque só pode ser feito por quem estiver com as palmas das mãos para cima, apoian-
do as mãos do oponente. O objetivo de quem ataca é acertar um tapa no dorso da(s) mão(s) do oponen-
te, e o de quem defende é evitar esse tapa retirando (esquivando) as mãos.
Caso não haja contato com as mãos do defensor durante o ataque, o defensor passa a ser atacante.
Apesar dos tapas relativamente fortes, ninguém sairá machucado. A principal capacidade física envol-
vida nesta prática é a velocidade de reação e deve-se usar estratégias diferenciadas nos ataques e nas
defesas.
A maioria das lutas requer capacidades físicas e estratégias peculiares.
Conte-nos como foi a sua experiência. Registre no seu caderno.
Fonte: DARIDO et al. Práticas Corporais: Educação Física. São Paulo, 2018.
SAIBA MAIS...
119
SEMANA 3
UNIDADE TEMÁTICA:
Práticas corporais de aventura.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Práticas corporais de aventura na natureza.
HABILIDADE(S):
(EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria
segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os
impactos de degradação ambiental.
(EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organi-
zação) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
As práticas corporais de aventura e as estruturas corporais que nos permitem realizar movimentos: ossos,
músculos, articulações, coração, pulmões e o cérebro e o sistema nervoso.
Práticas corporais de aventura: riscos e cuidados.
Práticas corporais de aventura: equipamentos de segurança, indumentárias, técnicas.
Capacidades físicas e suas importância para o dia a dia.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Para realização da atividade utilizaremos conhecimentos adquiridos em Geografia e Ciências.
Caro (a) estudante! Nessa semana você vai conhecer o slackline, identificando as capacidades físicas
desenvolvidas na prática desta modalidade, além de conhecer a importância do equilíbrio para as ativi-
dades diárias.
120
FIQUE POR DENTRO DOS CONCEITOS...
O slackline é um esporte que consiste em equilibrar-se sobre uma fita suspensa acima do solo e fixada
em dois pontos. O objetivo do atleta é atravessar a fita e, em alguns casos, realizar manobras sobre ela.
Equilíbrio: O equilíbrio é um fator de grande importância para o ser humano, pois sem ele seria difícil ou
até impossível a realização de algumas tarefas. Trata-se de habilidades das articulações que as fazem
retornar ao seu estágio inicial após a realização de um movimento que provoca instabilidade.
ATIVIDADES
Apesar de ser uma modalidade recente, o slackline teve grande aceitação social e fácil adaptação para
sua prática em diversos locais urbanos ou não.
1–
a) Você conhecia o slackline? Onde conheceu ou viu este esporte pela primeira vez?
b) Você já praticou essa modalidade? Onde praticou e qual seu sentimento ao praticar esta moda-
lidade?
d) Observando as figuras, relate quais as diferenças de ambientes entre elas na prática do slackline.
121
2–
Apesar do slackline ser uma modalidade esportiva, existem variações dentro de sua prática. Geral-
mente é praticado em três versões clássicas, Trickline, Highline, Waterline mas também existem outras
modalidades como: Longline Yogaline (SILVA, 2012, apud, PEREIRA, 2013)
Preencha o quadro abaixo com as principais características de cada modalidade do slackline .
Waterline
Highline
Trickline
Longline
Yogaline
Além dos benefícios de fortalecimento da musculatura, cite outros possíveis os benefícios proporcio-
nado pela prática desta modalidade.
4 – DESAFIO
O equilíbrio é um dos requisitos para o desenvolvimento e prática do slackline além de ser importante
para nossas atividades diárias. Realize as atividades abaixo e depois responda às questões.
122
https://br.freepik.com/vetores-premium/crianca-equilibrar-ligado-
um-corda_4972371.htm Acesso em: 07/08/2020
5 – VAMOS PRATICAR …
4– Desenhar uma linha no chão, de cerca de 2 metros, e saltar de um lado para o outro da linha com
apenas um dos pés . Lembrar de alternar os pés .
Após realizar esses exercícios, descreva em seu caderno, como foi o seu equilíbrio durante as ativida-
des e relate as facilidades e dificuldades.
123
SAIBA MAIS...
https://www.youtube.com/watch?v=IqIxKPqHQLU
https://blogeducacaofisica.com.br/tudo-sobre-o-slackline/
REFERÊNCIAS
SILVA, A. A. S.; POLI, J. J. C.; PEREIRA, D. W. Iniciação ao slackline: uma proposta de ensino. EFDeportes.
com, Revista Digital, Buenos Aries, v. 18, n. 184, Setembro 2013. Disponível em:https://www.efdeportes.
com/efd184/iniciacao-ao-slackline-uma-proposta.htm Acesso em: 08 ago. 2020.
PEREIRA, D. W. SLACKLINE: Vivências acadêmicas na educação física. Motrivivência, n. 41, p. 223-233,
2013. ISSN 2175-8042.
Figura2 https://www.google.com/search?q=slackline&tbm=isch&ved=2ahUKEwjQ6oDoxYvrAhXxL-
LkGHeipAC0Q2-cCegQIABAA&oq=slackline&gs_lcp=CgNpbWcQAzIFCAAQsQMyBAgAEEMyAggAMgII-
ADICCAAyAggAMgIIADICCAAyAggAMgIIADoGCAAQBxAeUMs1WMY7YIRLaABwAHgAgAG0AYgB8Aa-
SAQMwLjaYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ8ABAQ&sclient=img&ei=HJIuX9DsMfHZ5OUP6NOC6AI&-
bih=625&biw=1366&tbs=sur%3Af#imgrc=rq6iTEEQ9vS6BM. Acesso em: 08 de agosto 2020
Figura3 https://www.google.com/search?q=slackline+waterline&tbm=isch&ved=2ahUKEwiuqvPm-
04vrAhVWMLkGHd6CAlgQ2-cCegQIABAA&oq=sl&gs_lcp=CgNpbWcQARgCMgQIIxAnMgQIIxAnMgQIA-
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zCzYfXcHR7kM. Acesso em: 08 de agosto 2020
Figura4 https://www.google.com/search?q=slackline+highline&tbm=isch&ved=2ahUKEwjPr-
8PK35PrAhX9K7kGHXhYBIkQ2-cCegQIABAA&oq=slackline+hig&gs_lcp=CgNpbWcQARgAMg-
QIIxAnMgQIABAeMgYIABAIEB4yBAgAEBg6AggAUMvjBFjV7gRgk4EFaABwAHgAgAHPBIgB1Qe-
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P-LCRyAg&bih=625&biw=1366&tbs=sur%3Af#imgrc=O0Wft3D16ug_7M. Acesso em: 08 de agosto
2020
Figura 8 DARIDO, S. C. ; et al. Praticas Corporais : Educação Física : 6º e 9º anos: Manual do professor. - 1 ed.
– São Paulo/ Modera, 2018.
Figura 9 DARIDO, S. C. ; et al. Praticas Corporais : Educação Física : 6º e 9º anos: Manual do professor. - 1 ed.
– São Paulo/ Modera, 2018.
Figura 10 https://www.clinicadeckers.com.br/tornozelo_tendinite_calcanea.html acesso em: 13 de Agos-
to de 2020
124
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICA:
Esporte.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Esporte de Invasão.
HABILIDADE(S):
(EF89EF05P8) Identificar e interpretar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns
de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Origem do handebol.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Todas as disciplinas.
A bola é, sem dúvida, um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando
o homem há milênios. O jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de
uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas, é citado por Homero na Odisséia. Quando começaram a
praticá-lo, o campo foi aumentando para as medidas do futebol. Em 1919, o Prof. Alemão Karl Schelenz
reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” com as regras publicadas pela Federação
Alemã de Ginástica, para o jogo com 11 jogadores.
Em nosso país, o handebol como modalidade de campo, foi introduzido em São Paulo por imigrantes,
principalmente da colônia alemã, no início da década de 30, tendo a Federação Paulista sido fundada
em 1940, realizando competições desde então.
Hoje, a seleção brasileira de handebol já tem em seu histórico vários pan americanos e um campeo-
nato mundial feminino, tendo passado pelo seu elenco, inúmeros atletas eleitos entre os melhores do
mundo, dentre eles, Bruno Souza, Alexandra Nascimento e Eduarda Amorim.
Fonte: https://fphand.com.br/home/historia-do-handebol/ Acesso em: 15 ago. 2020
125
ATIVIDADES
1 – Na figura abaixo, temos o desenho de uma quadra de handebol da atualidade e suas respectivas
marcações nomeadas. Seguindo esse modelo, responda: No seu bairro e ou cidade há quantas
quadra com essas marcações? Quantas dessas quadras você já utilizou? Em quais dessas quadras
você presenciou a prática do handebol?
2 – O handebol é conhecido também como o esporte escolar pela sua grande aceitação devido a vá-
rios fatores, dentre eles a proximidade característica com o futebol, mesmo espaço físico, demar-
cação próxima e balizas similares. Utilizando seu conhecimento prévio, aponte qual dos jogadores
executam movimentos técnicos da modalidade.
A)
B)
C)
3 – Hora de praticar
Agora iremos retornar à Grécia antiga e reviver a simplicidade do movimento do lançar. Confeccione
uma bola de papel, meia ou plástico, posicione 3 sacolas em distâncias diferentes uma da outra.
Lance a sua bola repetidas vezes alternando os braços que lançam. Registre a experiência através de
um pequeno relato ou através de desenhos.
126
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Crenças religiosas e filosofias de vida.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Crenças, filosofias de vida e esfera pública.
HABILIDADE(S):
(EF08ER29MG) Identificar, reconhecer e valorizar os movimentos sociais e religiosos que contribuem para
promoção social e a inclusão.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Movimentos sociais e religiosos: promoção social e inclusão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia
(EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade,
comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
Olá estudante!
Essa semana, aprenderemos sobre movimentos sociais. Você já ouviu essa expressão alguma vez?
Sabe o que significa?
Leia o texto com bastante atenção, pois assim você terá as informações necessárias para fazer
as atividades.
Sua reflexão sobre o tema e suas respostas são muito importantes!
Vamos lá?
127
POR DENTRO DOS CONCEITOS
MOVIMENTOS SOCIAIS
Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da sociedade que visam
lutar por alguma causa social. Em geral, o grito levantado pelos movimentos sociais representa a voz de
pessoas excluídas do processo democrático, que buscam ocupar os espaços de direito na sociedade.
Os movimentos sociais são de extrema importância para a formação de uma sociedade democrá-
tica ao tentarem possibilitar a inserção de mais pessoas na sociedade de direitos. Os primeiros mo-
vimentos sociais visavam resolver os problemas de classes sociais e políticos, como a ampliação do
direito ao voto. Hoje, os movimentos sociais baseiam-se, em grande parte, nas pautas sociais e identi-
tárias que representam categorias como direitos humanos, gênero, raça e orientação sexual.
Podemos citar como exemplos de movimentos sociais:
• A Queda da Bastilha: deu origem à Revolução Francesa em 1789 e contribuiu para o fim da monar-
quia absolutista francesa em 1792.
• O movimento sufragista: organizado por mulheres que reivindicavam o seu direito ao voto e à
participação cidadã na política. Este movimento foi considerado parte da primeira onda feminista.
• Os sindicatos: surgidos na passagem do século XIX para o XX, com o intuito de defender os tra-
balhadores da exploração patronal.
• A luta contra a segregação racial: iniciada nos Estados Unidos e África do Sul, pois muitos direi-
tos eram tirados dos cidadãos negros em benefício dos brancos.
• Coletivos de mulheres: as mulheres também se organizaram em coletivos para lutar por seus
direitos, buscando a liberdade sexual e o tratamento igualitário entre os gêneros (essa ficou conhecida
como a segunda onda do movimento feminista).
• A população LGBTQ+ também entrou em cena para reivindicar o direito de se expressar livre-
mente e de não ser julgada ou segregada por isso. A Parada do Orgulho Gay, hoje chamada de Parada do
Orgulho LGBTQ+, é uma expressão dessa luta por direitos dessa comunidade.
O mundo passou por severas mudanças a partir da década de 1960, período em que as minorias saí-
ram às ruas para lutarem por seus direitos. A partir daí, vários movimentos sociais começam a eclodir
pelo mundo, sempre em busca de uma organização que visasse a inclusão de pessoas excluídas e sem-
pre se diferenciando de acordo com as especificidades de cada local.
E no Brasil?
Exemplos da luta social no Brasil são os movimentos MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto e MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, mais conhecido como Movimento dos
Sem-Terra. O Brasil é um país que, ao contrário dos países desenvolvidos, nunca produziu uma efi-
caz reforma agrária. O número de pessoas que não têm acesso à terra para o trabalho rural (o Censo
Agropecuário de 2006 mostra que 0,91% dos proprietários de terra, menos de 1%, ocupam 45% de toda
a área rural) ou não têm o seu direito à moradia garantido é gigantesco (em 2018, cerca de 7 milhões de
família não têm casa para morar), o que torna a pauta desses movimentos uma questão emergente por
aqui. Nesse sentido, tendo em vista as demandas específicas de nosso país, criaram-se movimentos
organizados para lutar-se pelas demandas que nosso povo enfrenta.
Outro exemplo é a CUFA - Central Única das Favelas. Ela é uma organização que atua nas áreas políti-
ca, social, esportiva e cultural. Existe há 20 anos. Um dos fundadores no Rio de Janeiro foi o rapper MV
Bill. Foi criada a partir do trabalho e da união de jovens de várias comunidades e favelas, principalmente
negros, que buscavam espaços de expressão e de atuação social.
128
Muitos movimentos sociais eclodem de movimentos e rebeliões de massa, como foi o caso do mo-
vimento LGBTQ+, de grupos do movimento negro, como os Panteras Negras, nos Estados Unidos, e do
MST, no Brasil.
Eles podem ser constituídos por diversos grupos que lutam pela mesma causa, como o movimento
feminista, que tem vertentes diferentes; o movimento negro, que é formado por um amplo conjunto de
coletivos. No entanto, cada grupo ou célula desses movimentos tem suas formas de se organizarem
para promover o trabalho e a militância social.
Os movimentos sociais unem as pessoas em torno de uma causa comum: reestruturar a sociedade e
incluir as pessoas que defendem a garantia de seus direitos de cidadãos.
FONTE: Adaptado de PORFíRIO, Francisco. Movimentos sociais. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm. Acesso em: 12 de ago. 2020.
ATIVIDADES
1 – Em geral, os movimentos sociais têm por objetivo garantir os direitos de uma parcela da popu-
lação que não tenha acesso aos mesmos direitos que os demais. Supondo que as figuras abaixo
sejam faixas em protestos de rua, pinte aqueles que expressam reivindicações de necessidades
básicas do ser humano.
129
2 – Explique por que cada faixa do exercício anterior pode ser considerada uma reivindicação de uma
necessidade básica do ser humano.
Vidas negras
importam
Em defesa
da educação
pública!
Menos alho
na merenda!
Pelo direito
ao trabalho!
Saúde de
qualidade!
Sem teto,
sem dignidade!
Abaixa o preço
do chocolate!
Celular novo
todo ano!
Lugar de mulher
é onde ela quiser!
130
3 – Observe a figura ao lado:
a) Na sua opinião, é possível se envolver com um movimento social sem estar comprometido com o que
ele reivindica? Por quê?
b) Uma pessoa que age como retratado na imagem pode alcançar algum benefício para a socie-
dade através de seu protesto? Por quê?
c) Na sua opinião, o que poderia levar uma pessoa a participar de um movimento social sem se
comprometer de verdade com o que ele reivindica? Escolha duas palavras para retratar isso:
1)
2)
131
SEMANA 2
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Crenças religiosas e filosofias de vida.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Crenças, filosofias de vida e esfera pública.
HABILIDADE(S):
(EF08ER29MG) Identificar, reconhecer e valorizar os movimentos sociais e religiosos que contribuem para
promoção social e a inclusão.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Movimentos sociais e religiosos: promoção social e inclusão.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Geografia
(EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade,
comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos.
Olá estudante!
Hoje, vamos estudar sobre a relação entre os movimentos sociais e a religião.
Leia o texto a seguir e responda as atividades com bastante dedicação.
Sua aprendizagem é o nosso sucesso!
VOCÊ SABIA?
132
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ATEUS E AGNÓSTICOS. Estatuto da Associação Brasileira de Ateus e Agnós-
ticos. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.atea.org.br/estatuto/>. Acesso em: 12 ago. 2020.
BATISTA, F. Capoeira e Candomblé – intimidade, religiosidade e cultura. Diário dos Orixás, 18 nov. 2010.
Disponível em: <http://www.diariodosorixas.wordpress.com/>. Acesso em: 12 ago. 2020.
COLUMÁ, J.F.; CHAVES, S.F. O sagrado no jogo de capoeira. Textos Escolhidos de Cultura e Arte Po-
pulares, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 169-182, maio 2013. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.
uerj.br/>. Acesso em: 12 ago. 2020.
MENEZES NETO, A.J. A Igreja Católica e os movimentos sociais do campo: a Teologia da Liberta-
ção e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Cadernos CRH, Salvador, v. 20, n. 50, p.
331-341, ago./2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0103-49792007000200010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 ago. 2020.
MOREIRA, A. S. Contribuições da Teologia da Libertação para os movimentos sociais. Caminhos, Goiâ-
nia, v. 10, n. 2, p. 37-55, jul./dez. 2012. Disponível em: <http://www.seer.oucgoias.edu.br/>. Acesso
em: 12 ago. 2020.
133
ATIVIDADES
1 – A frase a seguir foi escrita por Leonardo Boff, famoso teólogo da libertação, acerca da atual pan-
demia de Covid-19.
FONTE: BOFF, L. O Covid-19 nos faz descobrir espírito no cosmos, no ser humano e em Deus. Leonardo Boff,
Artigos, 12/08/2020. Disponível em: <http://leonardoboff.org>. Acesso em: 12 ago. 2020.
b) O autor aponta algum elemento religioso como necessário para vencer a pandemia? Qual? Por quê?
c) Na sua opinião, a religião pode ajudar as pessoas a acalmar seus corações nesse tempo de pandemia?
Por quê?
d) Na sua opinião, os grupos religiosos podem, de alguma forma, ajudar na luta contra o Covid-19? Como?
e) Na sua opinião, as religiões devem se limitar a questões espirituais, ou procurar soluções para proble-
mas do mundo em que vivemos? Justifique sua resposta.
134
SEMANA 3
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Crenças religiosas e filosofias de vida.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Crenças, filosofias de vida e esfera pública.
HABILIDADE(S):
(EF08ER27MG) Conceituar o que é laicidade e relação entre Estado Republicano e Religião.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conceito de laicidade. A laicidade e sua relação entre Estado Republicano e religião.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História
(EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos
e tensões.
Olá estudante!
Hoje, vamos discutir um tema novo: laicidade. Você já ouviu falar essa palavra? Tem ideia de por que ela
é importante?
Leia o texto com bastante atenção e aprenda mais sobre esse conceito. Depois, faça os exercícios.
Vamos lá?
O QUE É LAICIDADE?
Laicidade é uma forma de relação política entre o cidadão e o Estado, e entre os próprios cidadãos.
Ela permite que haja separação entre a sociedade civil e as religiões, de forma que o Estado não exerça
nenhum poder religioso e as igrejas não exerçam poder sobre o governo.
Em um país em que a laicidade existe de verdade, as pessoas têm liberdade para seguir a religião que
quiserem, para trocar de religião ao longo da vida, e até para não ter religião. Cada pessoa é responsável
por sua própria consciência religiosa, e sua escolha não pode afetar seus direitos de cidadão. Um Esta-
do laico deve encontrar meios para garantir que todas as pessoas, todos os grupos religiosos e todas as
filosofias de vida possuam direitos iguais e haja liberdade de expressão.
É importante ressaltar que um Estado Laico não sofre interferência de nenhuma religião, mas tam-
bém não deve interferir nos seus princípios, práticas e conceitos, não deve favorecer e nem atrapalhar
nenhuma delas. Dessa forma, cada religião deve ser respeitada em sua essência.
Laicidade não é sinônimo de antirreligiosidade. É possível para uma pessoa, ao mesmo tempo, ter fé
religiosa e ser laica. Porque a laicidade não combate as religiões, mas lhes oferece proteção e direitos
iguais. Esse cuidado deve ser especial com os grupos minoritários, que tendem a sofrer mais com o
preconceito e a intolerância. Aplicando essa ideia de laicidade em nossa disciplina de Ensino Religioso,
a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Referência de Minas Gerais dizem que ele tem uma
135
natureza “distinta da confessionalidade”, portanto é laico, não pode favorecer nenhuma crença e nem
desmerecer quem não tem fé religiosa.
REFERÊNCIAS
CORNEJO, J.L.L. Libertad de culto y instituciones publicas. Revista Oficial del Poder Judicial, Lima/
Peru, ano 8, n. 10, p. 63-98, 2016. Disponível em <http://www.pj.gob.pe/> . Acesso em: 12 ago. 2020.
RANQUETAT JÚNIOR, C.A. Laicidade à brasileira: estudo sobre a controvérsia em torno da presença de
símbolos religiosos em espaços públicos. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
ATIVIDADES
1 – A seguir, temos algumas frases que descrevem possíveis posturas de um Estado imaginário. Marque
com um X todas aquelas que são adequadas em um Estado laico.
( ) Cada pessoa tem a liberdade de escolher sua própria religião e não deve perder nenhum direito de
cidadão por causa dessa escolha.
( ) Somente poderão ser enterradas em cemitérios públicos as pessoas que, em vida, praticaram a
religião oficial do Estado.
( ) Fica terminantemente proibida qualquer forma de sincretismo religioso. Cada religião deve seguir
sua própria doutrina, sem incorporar conceitos de outras religiões ou filosofias de vida.
( ) Nas escolas públicas, o Ensino Religioso ensinará as doutrinas da religião da professora.
( ) A discriminação e a intolerância religiosas são crimes, previstos na legislação do país.
( ) Cada religião deve ser respeitada em sua própria essência, valorizando seus princípios, valores e
peculiaridades.
( ) Não existe registro civil dos cidadãos. O documento oficial é o batistério, obtido quando a família
batiza a criança em sua religião.
( ) As crianças que são filhas de pais que não são casados, receberão uma certidão de nascimento
diferente daquelas cujos pais são casados, pois não seguiram as normas religiosas.
( ) Uma pessoa que não possui religião não pode ser privada de seus direitos de cidadão.
( ) Em respeito às pessoas que praticam religiões sabatistas (que consideram o sábado um dia
sagrado), todos os concursos públicos serão realizados aos domingos, ou será disponibilizado um
horário alternativo para essas pessoas.
( ) Os cidadãos têm direito ao culto religioso, desde que não façam barulho e seja uma religião que o
governo autorize e julgue adequada.
( ) É terminantemente proibido que as pessoas saiam na rua vestindo trajes relacionados à sua prá-
tica religiosa.
( ) Toda instituição de internação (como quartéis, hospitais, presídios etc.) pode disponibilizar um
capelão (liderança religiosa) para atendimento dos internos, visto que estão impedidos de sair e
frequentar os espaços de culto de sua religião.
( ) Pessoas que se declaram religiosas não podem ter acesso aos serviços públicos, tais como: edu-
cação, saúde, transporte, etc.
( ) Nas escolas públicas, o Ensino Religioso ensinará sobre a diversidade cultural e religiosa e sobre a
liberdade de crença e o respeito às diferentes tradições religiosas e filosofias de vida, sem discri-
minar nenhuma atitude ou fazer proselitismo ou convencimento religioso.
136
SEMANA 4
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Crenças religiosas e filosofias de vida.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Crenças, filosofias de vida e esfera pública.
HABILIDADE(S):
(EF08ER27MG) Conceituar o que é laicidade e relação entre Estado Republicano e Religião.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conceito de laicidade. A laicidade e sua relação entre Estado Republicano e religião.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História
(EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos
e tensões.
Olá estudante!
Na última aula, discutimos sobre o que é laicidade e como ela afeta a vida das pessoas.
Hoje, vamos falar sobre situações em que podem surgir questionamentos acerca da melhor forma de
viver a laicidade.
Vamos lá?
ATIVIDADES
137
Na França, o conceito de laicidade adotado exige que os cidadãos sigam, nas instituições públicas, um
padrão de comportamento que não denote sua escolha religiosa. Por esse motivo, nas escolas é proibida
a utilização de hijab (véu) pelas garotas muçulmanas, bem como de crucifixos e solidéus grandes ou os-
tensivos pelos cristãos, ou de quipá (pequena cobertura para a cabeça em forma de cone) pelos judeus.
c) Na sua opinião, no Brasil todas as pessoas, de todas as religiões têm total liberdade de de-
monstrar sua religião através de sua forma de se comportar e vestir? Por quê?
2 – Você já prestou atenção em tudo que vem escrito na nossa moeda, o Real?
As notas de Real vêm com a inscrição “Deus seja louvado”, que já foi alvo de grande polêmica. Quando
foram impressas as primeiras notas de Real, em 1994, a frase não estava presente. Porém, como as no-
tas brasileiras mais antigas (Cruzeiro e Cruzado) continham a frase, não demorou para que as pessoas
dessem falta da frase e reclamassem.
Como a maioria da população é religiosa e monoteísta, essa frase faz sentido para muitas pessoas.
Porém, não devemos esquecer que também existem ateus e politeístas, que não se sentem represen-
tados nessa afirmação. Além disso, não é dito qual Deus está sendo louvado – o que pode criar uma
impressão de que alguma divindade foi referida nas notas, em detrimento de todas as outras.
Por esse motivo, já houve até mesmo processos judiciais de grupos de pessoas não religiosas exigin-
do que a frase fosse tirada das notas, pois vivemos em um Estado laico. Porém, os juízes decidiram que
não seria necessário fazer essa alteração, uma vez que a maior parte dos brasileiros acredita em Deus,
e não estava sendo restringido nenhum direito dos ateus. Assim, a presença da frase foi interpretada
como um ato de liberdade de expressão religiosa.
138
Em tempo, é importante observar que o Brasil não é o único país considerado laico que imprime seu
dinheiro com uma referência religiosa. As notas do dólar estadunidense contêm a frase “In God we trust”
(em Deus nós confiamos). Se observarmos a história dos Estados Unidos, profundamente marcada pela
imigração de indivíduos vinculados a grupos religiosos protestantes, compreenderemos que naquele
país o monoteísmo cristão também foi o grande influenciador dessa prática.
a) Na sua opinião, a presença da frase “Deus seja louvado” nas notas de Real fere a laicidade de
Estado? Por quê?
A oferta de Ensino Religioso nas escolas públicas é um dos temas mais polêmicos desde a Procla-
mação da República. Isso porque, antigamente, o objetivo do conteúdo era ensinar uma religião para
os estudantes. Como o Brasil é um país de grande diversidade cultural e religiosa, sempre havia algum
estudante que não era da religião que estava sendo ensinada na escola. E isso é um problema muito
sério, pois fere a laicidade e afeta um dos direitos básicos do cidadão, que é a educação.
Por esse motivo, o Ensino Religioso sofreu muitas transformações. Hoje, todos os documentos cur-
riculares brasileiros (que definem o que deve ser ensinado nas escolas) defendem um modelo de Ensino
Religioso que valoriza a diversidade cultural e religiosa, falando sobre as religiões, filosofias de vida e
narrativas de sentido, ao invés de ensinar uma religião como correta, pois se deve respeitar as escolhas
pessoais e das famílias. As escolas públicas devem seguir esse princípio ao ofertar o Ensino Religioso.
É importante lembrar que existem também escolas privadas, que podem ser vinculadas a uma con-
fissão religiosa. Essas escolas têm a liberdade de ensinar os princípios de sua religião – desde que isso
seja feito de uma forma que não discrimine e nem humilhe os possíveis alunos de outras confissões
religiosas, ou até aqueles que não têm fé religiosa, que estejam ali matriculados. O melhor mesmo seria
seguir o que se faz na escola pública.
a) Na sua opinião, aprender sobre outras religiões e filosofias de vida, diferentes da sua opção e
de sua família, pode ser importante? Por quê?
139
4 – Leia a tirinha a seguir:
Sabemos que cada religião possui seus próprios princípios e costumes, que são característicos
de sua forma de crer, de estabelecer contato com o sagrado, e de se portar no mundo. Esse sistema de
regras também inclui restrições, que às vezes são características de um pequeno grupo de fiéis
de uma religião, enquanto que a maioria das pessoas julga diferentemente aquela mesma prática
como normal e comum.
A Constituição Federal brasileira reconhece essa particularidade das religiões. O artigo 5º garan-
te que ninguém será privado de seus direitos de cidadão por motivo de crença religiosa ou convic-
ção filosófica ou política, sendo possível estabelecer uma alternativa que não ofenda a consciência
dos indivíduos.
É por esse motivo que muitos concursos públicos oferecem as provas aos domingos ou disponibili-
zam um horário alternativo para as pessoas que consideram o sábado um dia sagrado, como por exem-
plo os adventistas e judeus, possam realizar seus exames sem se sentirem constrangidos.
a) Na sua opinião, o direito a uma alternativa que não viole a consciência é importante? Por quê?
140