DANIEL COLARES

POLINÔMIOS
01.Determine m ∈ R para que o polinomio:
DEFINIÇÃO p(x) = (m - 4)x3 + (m2 – 16)x2 + (m + 4)x + 4
seja de grau 2.
Dados um número natural n e os números
complexos an, an–1, ... a2, a1 e a0, denominamos 02.Sendo:
função polinomial ou polinômio na variável x C a p(x) = ax4 – bx- c
função:
determine os coeficientes a, b e c, sabendo que p(0)
n
P(x) = anx + an–1x n–1 2 1
+ ... + a2x + a1x + a0 = 0, p(-1) = 0 e q(1)= 2.

Os números an, an–1,..., a2, a1 e a0, são chamados 03. Determine os valores de m, n e p de modo que
coeficientes do polinômio e as parcelas anxn, an–1xn– se tenha: (m+n+p)x4 – (p+1)x3 + (n-p)x + n, igual á
1
,..., a2x2, a1x1 e a0 são os termos do polinômio. 2mx3 + (2p+7)x2 + 5mx = 2m.

OBSERVAÇÃO DIVISÃO DE POLINÔMIOS

an é o termo independente do polinômio
Sejam dois polinômios A(x) e D(x), com D(x) não
VALOR NUMÉRICO DE UM POLINÔMIO identicamente nulo. Ao dividir A(x) por D(x) obtemos
os polinômios Q(x) e R(x), veja:
Dado um polinômio:

P(x) = anxn + an–1xn–1 + ... + a2x2 + a1x1 + a0

e o número complexo α , dizemos que o valor
numérico de P para x = α é o número que obtemos
quando substituímos a variável x do polinômio pelo
número α; indicamos por P(α) (lemos: P de α) A(x) é o dividendo;
D(x) é o divisor;
P(α)= an(α)n + an–1(α)n–1 + ... + a2(α)2 + a1(α) + a0 Q(x) é o quociente;
R(x) é o resto.
Quando P(x) = 0 dizemos que α é uma raiz ou zero
do polinômio. EXEMPLO
GRAU DE UM POLINÔMIO Vamos efetuar a divisão do polinômio p(x) = x³ +x² -x
+1 pelo polinômio h(x) = x +4.
Dado um polinômio P(x) não-nulo, chamamos grau
de P, e indicamos por GP, o maior dos expoentes de x³ + x² - x + 1 x+4
x que tem coeficiente não-nulo. Quando o polinômio -x³ -4x² x² - 3x +11
é nulo, o seu grau não é definido. -3x² - x + 1
3x²+12x
IDENTIDADE DE POLINÔMIOS 11x+1
-11x-44
Dois polinômios P(x) e Q(x) são idênticos se os -43
coeficientes de seus termos correspondentes forem
iguais. Neste exemplo temos q(x)= x² - 3x +11 e r(x)= - 43.

A ( x ) ≡ B ( x ) ⇔ A ( x ) =B ( x ) , ∀ x ∈ C OBSERVAÇÕES

Dizemos que um polinômio é identicamente nulo a) O grau de Q(x) é a diferença entre os graus de
quando seus coeficientes são nulos. O grau do A(x) e D(x).
polinômio nulo não é definido.
EXERCÍCIOS

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b) O grau do resto R(x) é menor que o grau do 2 3 -5 1 -2
divisor D(x).
3 6+(-5) 2+1 6+(-2)
c) Quando o resto R(x) é nulo (R(x) = 0 ) dizemos 1 3 4
que a divisão é exata ou que A(x) é divisível por D(x).
Explicação passo a passo do que foi feito:
d) Pelo teorema fundamental da divisão podemos
escrever A(x) = Q(x).D(x) +R(x) . _ Repetimos o primeiro coeficiente do dividendo, no
caso 3.
TEOREMA DE D’ALEMBERT
_ Multiplicamos o termo repetido pelo divisor e
somamos o produto com o próximo termo do
Este teorema diz que o resto da divisão de um
dividendo, que resulta em 1.
polinômio:
p(x) por x – a é p(a)
_ Repetimos o processo para obter o novo termo do
quociente, e assim por diante, sempre repetindo o
Considerando que a divisão de p(x) por x – a resulta
processo, até chegar no ultimo coeficiente.
um quociente q(x) e um resto r, temos:
A partir desse algoritmo chegamos que:
p(x) = (x – a) q(x) + r
q(x) = 3x² +x +3 e r(x)= 4
Fazendo x = a, vem:
ou seja, temos que:
p(a) = (a – a)q(a) + r = 0. q(a) + r = r
3x³ -5x² +x -2 = (x - 2) .(3x² + x + 3) +4
r = p(a)
e que 2 é uma raiz do polinômio.Portanto através
Em resumo,
desse processo é possível também encontrar as
A divisão de um polinômio P(x) por x - a é exata se, e
raízes dos polinômios.
somente se, P(a) = 0 .

EXEMPLO EXERCÍCIOS
Vamos calcular o resto da divisão de:
01.Aplicando o algoritmo de Briot-Ruffini, calcule o
3 2
p(x) = 2x – x + 5x – 3 por h(x) = x- 4. quociente e o resto das divisões de:
a) p(x) = 2x³ -10x² +8x -3 por h(x) = x -5.
De acordo com o teorema D’Alembert:

p(4) = 2(4)3- (4)2 + 5(4) – 3 = 128 - 16 + 20 -3 = 129

Logo, o resto da divisão é 129.

DISPOSITIVO PRÁTICO DE BRIOT-RUFFINI

Este algoritmo permite efetuar as divisões por

polinômios do tipo x – a de uma maneira rápida e
simples. Esquema de algoritmo:
b) p(x) = x² -2x +1 por h(x) = 3x+1.

Termo Coeficientes de x Termo constante

constante do do dividendo p(x) do dividendo p(x)
divisor, com
sinal trocado
Coeficientes do resto
quociente

Apliquemos o algoritmo para entendermos melhor

como funciona, dividendo o polinômio p(x) = 3x³ -5x²
+x -2 por h(x) = x -2.

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02.Verifique se o polonômio p(x) = x2 – 3x+ 2 é
divisível por x+3. p(x) = (x – c)q(x) + p(c)

03.Calcule o resto da divisão : Se c é uma raiz de p(x), então p(c) = 0 e temos:

a) p(x)= 2x3 – 4x2 +x –1 por h(x)= x-1 p(x) = (x – c)q(x)

Portanto, x – c é um fator de p(x).

b) p(x)= x4 + 2x2 – x – 5 por h(x)= x+3. Como conseqüência, podemos dizer que p(x) é
divisível por (x – a) e por (x – b), com a ≠ b, se e
04. O resto da divisão do polinômio P(x) = x 3 – 2x2 + somente se, p(x) for divisível por (x – a).(x – b).
4 pelo polinômio Q(x) = x2 – 4 é:
a) R(x) = 2x – 2 DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS
b) R(x) = -2x + 4
c) R(x) = x + 2 Todo polinômio:
d) R(x) = 4x – 4
e) R(x) = -x + 4 P(x) = anxn + an–1xn–1 + ... + a2x2 + a1x1 + a0

05. O resto da divisão de 4x9 + 7x6 + 4x3 + 3 por x + 1 (com n ¿ 1 e an ¿ 0) pode ser decomposto num
vale: produto de n fatores de primeiro grau.
a) 0
b) 1 Naturalmente :
c) 2
d) 3 p(x) = 0 ⇒ an (x- x1) (x-x2) (x-x3) ...(x-xn) = 0
e) 4

06. A divisão de p(x) por x2 + 1 tem quociente x – 2 e EXERCÍCIOS

resto 1. O polinômio P(x) é:
a) x2 + x – 1
01. Mostre que x+4 é fator do polinômio p(x) = x3 – x2
b) x2 + x + 1
c) x2 + x – 18x + 8 e calcule o quociente de p(x) por x+4.
d) x3 – 2x2 + x – 2
e) x3 – 2x2 + x – 1 02. Qual é a forma fatorada do polinômio 3x 3 – 15x2 –
3x + 15, cujas raízes são 1, -1 e 5.
07.O quociente da divisão do polinômio P = x3 – 3x2 +
3x – 1 pelo polinômio q = x – 1 é:
a) x QUESTÕES
b) x – 1
c) x2 – 1 5 3 2
d) x2 – 2x + 1 1. (Espcex (Aman) 2015) O polinômio f(x)  x  x  x  1,
3
e) x2 – 3x + 3 quando dividido por q(x)  x  3x  2 deixa resto r(x).
Sabendo disso, o valor numérico de r( 1) é
08.(UEM-PR) – A divisão do polinômio 2x 4 + 5x3 –
12x + 7 por x – 1 oferece o seguinte resultado: a) 10.
a) Q = 2x3 + 7x2 + 7x – 5 e R = 2 b) 4.
b) Q = 2x3 + 7x2 – 5x + 2 e R = 2
c) Q = 2x3 + 3x2 – 3x – 9 e R = 16 c) 0.
d) Q = 2x3 + 7x2 – 5x + 2 e R = 0 d) 4.
e) Q = 2x3 + 3x2 – 15x + 22 e R = 2 e) 10.

TEOREMA DO FATOR 3 2
2. (Unicamp 2014) O polinômio p(x)  x  2x  9x  18 tem
Se c é uma raiz de um polinômio p(x), de grau n > 0, três raízes: r, –r e s.
então x – c é um fator de p(x).
a) Determine os valores de r e s.
b) Calcule p(z) para z = 1+i, onde i é a unidade imaginária.
Pelo teorema de D’Alembert, a divisão de p(x) por x –
c resulta um quociente q(x) e um resto p(c) tal que:

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 3
3. (Unesp 2014) O polinômio P(x)  a  x  2  x  b é 5 2
divisível por x – 2 e, quando divisível por x + 3, deixa resto –45. 9. (Espm 2013) O resto da divisão do polinômio x  3x  1
Nessas condições, os valores de a e b, respectivamente, são 2
pelo polinômio x  1 é:
a) 1 e 4. a) x – 1
b) 1 e 12. b) x + 2
c) –1 e 12. c) 2x – 1
d) 2 e 16. d) x + 1
e) 1 e –12. e) x – 2
4. (Pucrj 2014) Sabendo que 1 é raiz do polinômio 10. (Uepb 2013) Os valores de m e n para os quais a expressão
p(x)  2x3  ax 2  2x, podemos afirmar que p(x) é igual a: 5x 4  8x2  mx  n
2x 2  x  2  x2  2 seja um polinômio são respectivamente:
a)
a) 2 e – 4
2x  x  1  x  1
b) b) 0 e – 2

c)

2x x 2  2  c) 0 e – 4
d) 2 e 4
x  x  1  x  1 e) 8 e – 4
d)

e)

x 2x 2  2x  1  SOLUÇÕES E COMENTARIOS

Resposta da questão 1:
3 2
5. (Unesp 2014) Sabe-se que, na equação x  4x  x  6  0, [A]
uma das raízes é igual à soma das outras duas. O conjunto
solução (S) desta equação é x5  0x 4  x3  x 2  0x  1 x3  0x 2  3x  2
a) S = {– 3, – 2, – 1}
b) S = {– 3, – 2, + 1}  x5  0x 4  3x 3  2x 2 x2  2
c) S = {+ 1, + 2, + 3}
d) S = {– 1, + 2, + 3}
 2x3  x 2  0x  1
e) S = {– 2, + 1, + 3}
 2x 3  0x 2  6x  4
2
6. (Espm 2014) O trinômio x  ax  b é divisível por x  2 e
por x  1. O valor de a  b é:  x 2  6x  3
a) 0
b) 1 2
c) 2 Portanto, r(x)   x  6x  3 e
d) 3 r( 1)   ( 1)2  6( 1)  3  10.
e) 4

Resposta da questão 2:
7. (Uepg 2014) Ao dividir o Polinômio P(x) por x  2, obtém-
2 a) Fatorando p(x), obtemos
se o quociente 2x  5 e o resto 3. Nessas condições, assinale o
que for correto.
p(x)  x3  2x 2  9x  18
01) P(x) é divisível por x  1.
 x 2 (x  2)  9(x  2)
02) P(x) é um polinômio do 3º grau.
 (x  2)(x 2  9).
04) P(x)  7.
08) O termo independente de x no polinômio vale 11.
Portanto, r  3 e s  2.
8. (Uepg 2013) Considere os polinômios 2 2
P  x   x 3  ax 2  bx  2 Q  x   x 2  ax  b. b) Se z  1  i, então z  (1  i)  2i. Logo,
e Sabendo que
P  2   Q  1 Q  0   4, p(z)  (1  i 2)(2i  9)
e assinale o que for correto.
P  x   Q  x   x  2x  x  2.
3 2
 2i2  9i  2i  9
01)
Q x  0  7  11i.
02) As raízes de são reais.
04) 1 é raiz de P(x). Resposta da questão 3:
08) P(x) é divisível por x  1. [E]
16) P(x) é divisível por Q(x).

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De acordo com o Teorema do Resto e as informações do
problema, temos que: Tem-se que

P(2) = 0 e P(–3) = – 45. Resolvendo o sistema abaixo, temos: x 2  ax  b  (x  2)(x  1)

8a  4  b  0  x 2  x  2.
27a 6  b  45
Daí segue que a  1, b  2 e, portanto, a  b  1  ( 2)  3.
Multiplicando a primeira equação por –1 e somando com a
segunda temos: Resposta da questão 7:
–35a = –35, ou seja, a = 1. 02 + 04 = 06.

Substituindo a = 1 na primeira equação, temos: O polinômio P(x) é dado por

8 + 4 + b = 0, ou seja, b = –12.
P(x)  (x  2)  (2x 2  5)  3  2x 3  4x 2  5x  7.
Resposta da questão 4:
[B]
[01] Incorreto. Note que
P( 1)  2  ( 1)3  4  ( 1)2  5  ( 1)  7  18. Logo,
Se p(1)  0, então 2  1  a  1  2  1  0. Logo, a  0 e,
3 2

portanto, P(x) não é divisível por x  1.

p(x)  2x 3  2x
[02] Correto. De fato, o grau de P é P  3.
2
 2x(x  1)
 2x(x  1)(x  1). [04] Correto. Com efeito, tem-se que
P(0)  2  03  4  02  5  0  7  7.
Resposta da questão 5:
[B] [08] Incorreto. O termo independente de x vale 7.

3 2 Resposta da questão 8:
Sejam r, s e t as raízes da equação x  4x  x  6  0 e
01 + 04 = 05.
considere que r = s + t.
Utilizando a relação de soma de Girard, temos:
P  2   Q  1  8  4a  2b  2  1  a  b  3a  b  5.

rst  
4 Q  0   4  b  4, P  x   x3  3 x 2  4x  2 
portanto, e
1
r  r  4 Q  x   x2  3x  4.
r  2
[01] (Verdadeira). P(X) = Q(x) = x3 -2x2 + x + 2
Concluímos então que dois é uma de suas raízes.
[02] (Falsa), pois x2 - 3x + 4 = 0 não possui raízes reais.

Dividindo, agora x  4x  x  6 por (x  2)

3 2
[04] (Verdadeira), pois 13 – 3.12 + 4.1 – 2 = 0

[08] (Falsa), -1 não é raiz de p(x).

[16] (Falsa). O resto da divisão de P(x) por Q(x) dá resto – 2.

Resposta da questão 9:
[E]

5 2 2
Dividindo x  3x  1 por x  1, obtemos
x 3  4x 2  x  6  (x  2)  (x 2  2x  3)  0
x  2  0  x  2
x 2  2x – 3  x  3 ou x  1

Logo, S = {– 3, – 2, + 1}.

Resposta da questão 6:
[D]

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 x5  3x 2  1 x2  1
2
 x5  x3 x3  x  3 Na equação do 2º.grau: ax + bx + c = 0

x3  3x 2  1 −b
3 x'+ x' '=
x  x a
3x 2  x  1
c
3x 2  3 x' . x''=
a
x2
x’ e x’’ são raízes.

Portanto, o resto é x  2. 3 2
Na equação do 3º grau: ax + bx + cx + d = 0
Resposta da questão 10: (a ¿ 0) e sejam x’, x’’ e x’’’as suas raízes.
[C] −b
x ' + x ' ' + x ' ' '=
a
4 2 2
Dividindo 5x  8x  mx  n por x  2, encontramos
2 c
quociente q(x)  5x  2 e resto r(x)  mx  n  4. Logo, para x ' . x ' ' + x ' . x' ' ' + x ' ' . x' ' ' =
a
que a expressão dada represente um polinômio, deve-se ter
r(x)  0, ou seja, m  0 e n  4.
−d
x' . x'' . x' ''=
a
EQUAÇÕES ALGEBRICAS
EXERCÍCIOS
TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA
3 2
01. Resolver a equação x - 10x + 31x – 30 =
Toda equação polinomial de grau n, n ≥ 1, admite 0, sabendo que a soma de duas de suas raízes é 5.
pelo menos uma raiz complexa.
02. Resolver a equação x3 - 7x2 + 14x - 8 = 0,
TEOREMA DA DECOMPOSIÇÃO sabendo que a soma de duas de suas raízes é igual
a 3.
Admitamos que α1 é uma raiz da equação de grau n,
(n ≥ 1): 03.Resolva a equação x3 – 2x2 – 3x + 6 = 0, sabendo
que o produto de duas de suas raízes é -3.
Todo polinômio P(x) de grau n pode ser escrito da
forma fatorada: 04.Resolver a equação x3 - 3x2 - 4x + 12 = 0,
sabendo que duas raízes são opostas.
P ( x ) =a0 ( x−α 1 ) . ( x−α 2 ) … … ( x−α n )
05.Resolver a equação x3 - 15x2 + 66x – 80 = 0,
Onde: sabendo que suas raízes estão em progressão
ao → é o coeficiente de xn no polinômio p(x). aritmética.
α1, α2,....., αn são as n raízes de p(x).
TEOREMA DAS RAÍZES COMPLEXAS
OBSERVAÇÃO Raízes Complexas de Equações com Coeficientes Reais.
Toda equação polinomial de grau n admite n raízes
Se um número complexo z = a + bi (a ϵ R e b ϵ R), é
(reais ou imaginárias).
uma raiz de uma equação algébrica de coeficientes
reais, então o conjugado de z,
RELAÇÕES DE GIRARD
ź=a−bi
As relações de Girard (Albert Girard – Matemático
Francês (1595-1632) são relações entre os
Também é raiz dessa equação.
coeficientes de uma equação algébrica e as raízes
da mesma. OBSERVAÇÕES
1 - Numa equação algébrica de coeficientes reais e
Analisemos inicialmente essas relações para de grau ímpar, pelo menos uma de suas raízes é
equações de 2o e 3o graus e, de modo análogo, para real.
equações de grau n.

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2 - Numa equação algébrica de coeficientes reais, a Quando resolvermos uma equação pode acontencer
quantidade de raízes imaginárias é sempre um de todas as raízes serem diferentes ou não. Por
número par. exemplo,
EXERCÍCIOS x5 – x4 - 5x³ + x² + 8x + 4 = 0

01. O polinômio P(x) = x3 – x2 + x + a é divisível por x apresenta 5 raízes, sendo duas igual a 2 e três igual
– 1.Suas raízes são: a -1.
a) 1, i e – i X
b) -1, - i e i Dizemos, então, que 2 é a raiz múltipla da equação
c) 0, 1 e i ou com multiplicidade 2 e -1 é raiz tripla ou com
multiplicidade 3.
d) 1, - 1 e – i
Escrevendo a equação na forma fatorada, temos:
02. Qual o menor grau que pode ter uma
equação que tenha por raízes 2, 3i, 1+ i? (x – 2)² . (x + 1)³ = 0
03. a equação x4 - 4x3 + 12x2 + 4x – 13 = 0 sabendo Multiplicidade da raiz é o expoente do fator onde ele
que uma de suas raízes é (2-3i). aparece.
04. A equação: QUESTÕES
x3 + mx2 + 2x + n = 0
em que m e n são números reais, admite 1 + i  (i 3 2
sendo a unidade imaginária) como a raiz. 11. (Insper 2014) A equação x  3x  7x  5  0 possui uma
Então m e n valem, respectivamente: raiz real r e duas raízes complexas e não reais z1 e z2 . O
a) 2 e 2
módulo do número complexo z1 é igual a
b) 2 e 0
c) 0 e 2 a) 2.
d) 2 e -2 b) 5.
e) -2 e 0
c) 2 2.
05. Sabe-se que o número complexo i é solução da d) 10.
equação x4 - 3x2 - 4 = 0. Então: e) 13.
a)Essa equação tem uma solução de multiplicidade 2
b) as soluções dessa equação formam uma
12. (Mackenzie 2014) Se α, β e γ são as raízes da equação
progressão
c) a equação tem duas soluções reais irracionais; x3  x 2  px  q  0,
onde p e q são coeficientes reais e
d) a equação tem 2 soluções reais racionais; α  1  2i é uma das raízes dessa equação, então α  β  γ é igual
e) a equação não tem soluções reais.
a
a) 15
RAÍZES RACIONAIS
b) 9
Equações com Coeficientes Inteiros
c) – 15
d) – 12
Consideremos a equação: e) – 9

ax3 + bx2 + cx + d = 0 13. (Fgv 2014) O número 1 é raiz de multiplicidade 2 da

Com coeficientes a, b, c e d inteiros (a ≠ 0 e d ≠ 0). 4 3 2
equação polinomial x  2x  3x  ax  b  0. O produto
na equação ax3 + bx2 + cx + d = 0 as possíveis raízes a  b é igual a
racionais: a) -8
p b) -4
c) -32
q d) 16
e) -64
são tais que p é divisor do termo independente d,
e q é divisor do coeficiente do termo de maior 14. (Ita 2014) Considere o polinômio complexo
grau da equação. p(z)  z 4  a z3  5z2  iz  6, em que a é uma constante

OBSERVAÇÃO complexa. Sabendo que 2i é uma das raízes de p(z)  0, as

Multiplicidade de uma raiz outras três raízes são

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a) 3i,  1, 1.
d) 8.
e) 9.
b) i, i, 1.
c) i, i,  1.
d) 2i,  1, 1.
e) 2i,  i, i.
COMENTÁRIOS E SOLUÇÕES
15. (Fgv 2013) Sejam m e n números reais, ambos diferentes de
zero. Se m e n são soluções da equação polinomial Resposta da questão 11:
2
x  mx  n  0, na incógnita x, então, m  n é igual a [B]
a) –3.
Por inspeção, tem-se que r  1. Logo, pelo dispositivo prático de
b) –2.
c) 1. Briot-Ruffini, vem
d) 2.
e) 3. 1 1 3 7 5
1 2 5 0
  3 2
16. (Ufrgs 2013) As raízes do polinômio p x  x  5x  4x
são Daí, encontramos

a) 4,  1 e 0.
x3  3x 2  7x  5  (x  1)(x 2  2x  5)  0  (x  1)(x  1  2i)(x  1 
b)
4, 0 e 1.

c) 4, 0 e 4. | z |  12  ( 2)2  5.
Agora, se z1  1  2i, então 1 Por outro
d) 1, 0 e 1. 2 2
e) 0, 1 e 4. lado, se z1  1  2i, então | z1 |  1  2  5. Portanto, em
qualquer caso, o resultado pedido é 5.
17. (Ibmecrj 2013) Uma das raízes da equação
2x3  x2 – 7x – 6  0 é x  2. Pode-se afirmar que: Resposta da questão 12:
a) as outras raízes estão entre –2 e 0. [C]
b) as outras raízes são imaginárias.
Se α  1  2i é raiz, então β  1  2i. Logo,
c) as outras raízes são 17 e –19.
d) as outras raízes são iguais.
e) só uma das outras raízes é real.
x3  x 2  px  q  (x  1  2i)(x  1  2i)(x  γ )
18. (Insper 2013) A figura, feita fora de escala, representa a  (x 2  2x  5)(x  γ )
planta de uma sala de aula, que conta com uma área para
armários dos alunos (parte hachurada).  x3  ( γ  2)x 2  (2 γ  5)x  5 γ.

Desse modo, γ  2  1  γ  3 e, portanto, pelas Relações

de Girard, obtemos

q
α β  γ    (5 γ )  15.
1

Resposta da questão 13:

[C]

4 3 2
Seja o polinômio p(x)  x  2x  3x  ax  b. Sabendo que
1 é raiz de multiplicidade 2, tem-se que p(1)  0  a  b  4.
A sala está sendo projetada de modo que o teto fique a uma
3 2
distância de x metros do chão e, para que haja uma ventilação Além disso, sendo p '(x)  4x  6x  6x  a, deve-se ter
adequada, o volume total da sala mais o hall de entrada,
descontando-se o espaço dos armários (que vão até o teto), deve
ser de 280 m3. O menor valor de x que atende a todas essas p '(1)  0  4  13  6  12  6  1  a  0
condições é  a  8.
a) 5.
b) 6.
c) 7. Portanto, segue que b  4 e, assim, a  b  8  ( 4)  32.

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 O polinômio p pode ser escrito sob a forma
Resposta da questão 14:
[A] p(x)  x  (x 2  5x  4)
Dividindo p(z) por x – 2i, temos:  x (x  1)  (x  4).

Logo, as raízes de p são 4,  1 e 0.

Resposta da questão 17:

[A]

Pelo dispositivo prático de Briot-Ruffini, temos:

Como 2i é raiz temos:
2 2 1 7 6
– 8ai – 8 = 0, ou seja, a = – i. 2 5 3 0

Considerando a = – i, temos: Logo,


p  z   z 4  iz3  5z2  iz  6   z  2i  z3  3iz2  z  3i  2x3  x 2  7x  6  (x  2)  (2x 2  5x  3)  0

Observando que 1 também é raiz de p(z) (pois a soma dos 3

2 
coeficientes é nula), temos: e, portanto, como as raízes de 2x  5x  3  0 são 2 e 1,
segue-se que elas pertencem ao intervalo ]  2, 0[.

Resposta da questão 18:

[A]

2
Cálculo da área livre da sala: A  131– 20x  x .
Para determinar as outras duas raízes devemos resolver a
equação: Volume livre da sala:
V   131– 20x  x 2  x  V  x 3  20x 2  131x.
z2   3i  1 z  3i  0,
como a soma das raízes é –(3i + 1) e o
produto das raízes é 3i, concluímos que as outras duas raízes são 3 2
Fazendo x  20x  131x  280, temos:
–1 e –3i
x3  20x 2  131x – 280  0.
Portanto as outras três raízes pedidas são
O menor valor de x que atende a essa condição é 5, pois
53 – 20  52  131 5 – 280  0.
3i,  1, 1.

Resposta da questão 15:

[E]

Sabendo que m e n são as raízes da equação, pelas Relações de

Girard, obtemos

m
mn    n  2m
1
e
n
mn   n  (1  m)  0  m  1.
1

Portanto, n  2 e o resultado é m  n  1  ( 2)  3.

Resposta da questão 16:

[A]

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