A Escola Francesa No Estudo Do Solo
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A Escola Francesa No Estudo Do Solo - Carlos Roberto Espindola
A escola francesa no estudo do
solo
Carlos Roberto Espindola
Paulínia
2020
©2020 Carlos Roberto Espindola
Todos os direitos reservados
Ficha catalográfica elaborada por Nirlei Maria Oliveira -CRB8 – 6192 E77e Espindola, Carlos Roberto
A escola francesa no estudo do solo / Carlos Roberto Espindola. - 1. ed. Paulínia,SP: Do Autor, 2020.
E-book : il. color.
Formato: pdf
ISBN: 978-65-00-13360-8
1. Pedologia. 2. Pedogênese. 3. Taxonomia pedológica. 4. ORSTOM. I.Título.
CDD- 631.4
Fundamentação do conteúdo
O texto em pauta visa dar continuidade a um resgate bibliográfico que o autor vem desenvolvendo sobre solos há algum tempo, agora focalizando a pedologia praticada na escola francesa, reconhecidamente qualificada no trato com os solos tropicais. Tal como em publicações anteriores do autor, trata-se de um resgate bibliográfico
voltado àqueles que desenvolvem pesquisas, dissertações, teses e atividades de
ensino. Sempre que possível, foram inseridas situações estudadas ou pesquisadas no Brasil, convergentes ou divergentes das fontes originais. No CADERNO I são oferecidos informes sobre a carreira acadêmica do autor, ligada ao conteúdo da obra como um todo.
No CADERNO II o assunto está centrado no advento da pedologia
na França, pelo eminente pesquisador V. Agafonoff, também o primeiro a empregar aquele termo no Brasil, para referir-se a solos aqui investigados, um pouco antes de Theodureto de Camargo ter
formalizado o ingresso dessa ciência em nossa terra.
O CADERNO III aborda exclusivamente a gênese dos solos pela escola francesa de pedologia, inigualável na riqueza de informes, particularmente sobre os solos do mundo tropical, de nosso interesse especial.
No CADERNO IV o assunto tratado é sobre a taxonomia pedológica praticada na França, com recomendações enriquecedoras a sistemas classificatórios em geral e, particularmente, ao nosso meio
científico.
O CADERNO V traz três traduções de artigos franceses tratando de aspectos agronômicos ligados aos solos, com suas rupturas ao longo dos séculos, julgados de importância para o ensino e à pesquisa.
Ao final foi inserida uma Bibliografia adicional recomendada
sobre a história da ciência do solo, de natureza complementar, a maioria em inglês e francês, pela dificuldade no domínio do alemão, nem
sempre traduzido para línguas mais familiares ao autor. Fragmentos isolados dessas histórias nos diversos países, até meados do século 20, são encontrados em Espindola (2018), menção encontrada no Caderno I
(Item I.2).
Conteúdo sintético
Caderno I............................................................................... 7
O autor e os propósitos do tópico......................................... 9
Caderno II............................................................................ 17
O ingresso da ciência pedologia
na França e no Brasil..... 19
Caderno III........................................................................... 39
A gênese e evolução dos solos pela escola francesa ......... 41
Caderno IV........................................................................... 93
A taxonomia dos solos na pedologia francesa .................... 95
Caderno V ......................................................................... 131
Traduções de artigos franceses ....................................... 133
Bibliografia adicional recomendada................................. 185
Agradecimentos................................................................ 187
Caderno I
O autor e os propósitos
do tópico
O estudo da ciência do solo pela escola francesa é muito
instigante nos seus diversos aspectos. Sua história é cultuada a partir de documentos científicos seculares, passando pelo longo período
em que imperou a teoria do húmus
na nutrição vegetal, adentrando a teoria mineral
que veio substituí-la, e finalmente incorporando os ditames da pedologia, que se consagrou com ciência autônoma,
contemplando os avanços que os modernos recursos propiciam. Conforme Boulaine (1997), estudos históricos sobre a ciência
do solo são raros, a ponto de, em 1982, no Congresso Internacional
de Ciência do Solo, em Nova Delhi, a Associação Internacional de Ciência do Solo ter criado o grupo "História, Epistemologia e
Sociologia da Ciência do Solo", com alguns trabalhos então publicados sobre o assunto, mencionados ao longo da presente matéria. Todavia, retraçar o desenvolvimento de um ramo da ciência
é uma tarefa ingrata e complicada, pelas diferentes vias de se efetuá- la, mas o trabalho é absolutamente necessário, porque a sua realização correta ilumina não apenas o caminho já percorrido, mas torna mais fácil definir as direções futuras (Boulaine, 1989).
Pela importância que o autor atribui ao conteúdo do presente resgate bibliográfico, julgou-se oportuno inserir alguns detalhes de suas atividades acadêmicas na ciência do solo, ao ter atuado como
A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
professor, pesquisador e orientador, além de haver publicado
matérias sobre o assunto. Com essa iniciativa, de certa forma inusitada para começar uma obra, cujos informes dessa natureza
geralmente se encontram nas orelhas
de um livro, no prefácio
, ou na apresentação
por algum especialista ou pelo editor, acredita- se justificar melhor o desenrolar do assunto.
Passos na carreira acadêmica
O ingresso na carreira acadêmica deu-se no Curso de Agronomia de Botucatu em 1970, na área de Solos, onde um dos professores era o reconhecido pesquisador Dr. José Elias de Paiva Netto, que lá se
instalara após aposentar-se do Instituto Agronômico de Campinas. Muitas idas e vindas ao campo foram por ele promovidas com os professores nessa época inicial das atividades, ainda com suas baixas titulações de ingresso.
A necessidade de relacionar solos e geomorfologia, ou pedogênese-morfogênese, foi suprida junto ao emérito Prof. Dr. José
Pereira de Queiroz Neto, da Geografia Física/ USP. Esse profícuo vínculo científico e amical propiciou um aprimoramento científico na Office de la Recherche Scientifique et Technique Outre-Mer –
ORSTOM, França, sob a orientação do eminente pesquisador Pierre Ségalen, com apoio da FAPESP (1976-1977), para uma investigação sobre a gênese de solos basálticos da região paulista de Jaú-Barra Bonita.
Os resultados obtidos prestaram-se à realização da Livre Docência, em 1979, na Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (UNESP). A seguir, foi convidado a integrar o Curso de Pós Graduação em Geografia Física do Campus de Rio Claro, onde
permaneceu até inícios dos anos 2.000, com a temática dos Solos Tropicais. Ao ministrar aulas no recém-criado curso de Agronomia da Universidade de Taubaté (1980-1982), substituiu, por um semestre, o Prof. Dr. Adolfo José Melfi na pós-graduação do Instituto de
Pesquisas Espaciais – INPE.
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
Transferiu-se para o Campus de Ilha Solteira, onde se tornou
Professor Titular em 1984, e em 1987 afastou-se para dirigir a Faculdade de Tecnologia de Americana – FATEC, e depois para o
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, em São Paulo. Em 1988 e 1989 ocupou-se da disciplina Solos Tropicais na pós-graduação do Curso de Geografia da FFLCH/USP, e em seguida
transferiu-se para a Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP, onde atuou nos cursos de graduação e pós-graduação, incluindo também o Instituto de Geociências.
Aposentou-se em 1999, mas continuou a participar da pós- graduação do Instituto de Geociências por mais alguns anos, quando
voltou a prestar assessoria técnica e científica ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, onde ajudou a viabilizar a criação de um Curso de Pós-Graduação Profissional na área ambiental, na
qual também lecionou e orientou alunos. Após cerca de 10 anos, desligou-se para ocupar da produção de matérias científicas até o presente momento.
Publicações sobre a história da ciência dos solos
Desde o início da carreira, o interesse do autor por registros históricos sobre os solos foi despertado. Verificou que apenas no
século 20 começaram a surgir informes mais consistentes, e que, até então, o conhecimento de nossas paisagens se dava com a colaboração de cientistas estrangeiros - climas, geologia, relevos e vegetações, ou
seja, os fatores de formação dos nossos solos (Espindola, 2018). Inquietações dessa natureza foram transformadas em órgãos de divulgação, em diferentes ocasiões, palestras em eventos científicos, notas em boletins informativos e, mais tarde, já aposentado, em livros,
conforme as citações a seguir.
Espindola, C.R. 1992a. Memórias pedológicas. Os primórdios dessa ciência. Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, 17: 11-12.
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
Espindola, C.R. 1992b. Memórias pedológicas. O estudo de solos brasileiros por um discípulo de Dokuchaiev. Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, 17: 76-77.
Espindola, C.R. 1993. O estudo dos solos em ciências agrárias no Brasil. In: Cortez, L.A. & Magalhães, P.S.G. (coords.) – Introdução à Engenharia Agrícola, Cap. 2. Campinas: Editora da Unicamp, p. 21-36.
Espindola, C.R. 2007a. Jubileus comemorativos na Ciência do Solo. Viçosa, Boletim Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Espindola, C.R. 2007b. História da pedologia: um resgate bibliográfico. In: Simpósio de Pesquisa em Ciências da Terra, 1, e Simpósio Nacional sobre Ensino de Geologia no Brasil, 3, Campinas ... Anais, p. 349-352.
Espindola, C.R. 2008. Retrospectiva crítica sobre a pedologia – um repasse bibliográfico. Campinas: Editora da UNICAMP, 397 p.
Espindola, C.R. 2010a. A pedologia e a evolução das paisagens. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 31: 67-92.
Espindola, C.R. 2010b. Descompassos entre a geomorfologia e a pedologia no estudo da evolução das paisagens. In: Simpósio Nacional de Geomorfologia – SINAGEO, 8, Recife. Palestra na Mesa Redonda Relação morfogênese x pedogênese
... Anais em CD Rom.
Espindola, C.R. 2010c. Histórico sobre o ensino do solo no Brasil. In: Simpósio Brasileiro de Educação em Solos, 5, Curitiba ... Palestra em Resumos Expandidos , p.2-4.
Espindola, C.R. 2014. A institucionalização da pedologia como ciência
por Friedrich Albert Fallou. o caso brasileiro. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 35: 61-70.
Espindola, C.R. 2016. A história da pedologia no Brasil. In: Simpósio Brasileiro de Educação em Solos, São Paulo, USP, Palestra ... Programa Impresso .
Espindola, C.R. 2018. Histórico das pesquisas até meados do século XX, com ênfase no Brasil. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 39: 27-70.
Artigos franceses traduzidos
O contato anual com pesquisadores franceses que participavam do Acordo CAPES/COFECUB, entre Brasil e França, propiciou
interrelações científicas propícias à produção de artigos franceses de interesses específicos, além da elaboração de dissertações e teses na
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
própria USP ou na França, por vários pós-graduandos e professores universitários.
A coordenação nacional do Acordo esteve por 10 anos com o Prof. Dr. José Pereira de Queiroz Neto, e, numa segunda etapa, com a Profa. Dra. Selma Simões de Castro. Os pesquisadores franceses mais constantes foram os Drs. A. Ruellan, M. Dosso, P. Curmi, R. Boulet e
Joel Pellerin. Do interesse específico por algumas matérias francesas*, surgiram as traduções referidas a seguir**, por ordem das datas das originais.
*Ruellan, A. 1971. L’histoire des sols: quelques problèmes de définition et d’interprétation. Cahiers ORSTOM, série Pédologie, 9: 335-343.
**Ruellan, A. 1985. A história dos solos – alguns problemas de definição e interpretação. Geografia, Rio Claro, 10: 183-191.
*Boulet, R.; Chauvel, A.; Lucas, Y. 1984. Les systèmes de transformation en Pédologie. In: Association Française pour l’Étude
du Sol, Livre Jubilaire du Cinquantenaire, p. 167-179.
**Boulet, R.; Chauvel, A.; Lucas, Y. 1990. Os sistemas de transformação em Pedologia. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, 20: 45-63.
*Ruellan, A. 1985. Les apports de la connaissance des sols
intertropicaux au developpement de la Pédologie: la contribution des pédologues français. Catena, 12: 87-98.
**Ruellan, A. 1986. Aplicações do conhecimento dos solos
intertropicais no desenvolvimento da Pedologia: a contribuição dos pedólogos franceses. Geografia, Rio Claro, 11: 95-108.
*Boulet, R.; Lucas, Y.; Fritsch, E.; Paquet, H. 1983. Géochimie des paysages: le rôle des couvertures pédologiques. In: Colloque
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
Sédimentologie et Géochimie de la Surface, à la Mémoire de Georges Millot. Paris, Académie des Sciences et du CADAS, p. 55-76.
**Boulet, R.; Lucas, Y.; Fritsch, E.; Paquet, H. 2016. Geoquímica das paisagens tropicais: o papel das coberturas pedológicas. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 37: 1-23.
Referências introdutórias
Boulaine, J. 1987. Histoire abregée de la Science des Sols. Étude et Gestion des Sols , 4: 141-151.
Boulaine, J. 1989. Histoire des pédologues et de la Science des sols. Paris: INRA, 285 p + Index matières et des personnages.
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
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Caderno II
A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
O CADERNO II focaliza um artigo histórico para a pedologia brasileira, quando o termo "pedologia" ainda não ingressara no nosso meio científico. Seu autor, Valerian Agafonoff, o utilizara na França
em 1926 e em 1929a; em 1931 ele publicou "Sur quelques sols latéritiques rouges et jaunes du Brésil – um
estudo pedológico", com fez questão de frizar. Consta como sendo a primeira menção ao termo em nosso meio científico.
Na mesma década, o visionário brasileiro Theodureto de Camargo introduziu formalmente aquele vocábulo na ciência brasileira, ao trazer da Europa conhecimentos atualizados com os alemães Emil Ramann e Paul Vageler, com amplo domínio científico
sobre os solos tropicais e familiarizados com a pedologia instituída pelo russo Dokuchaev.
Apenas alguns dados foram extraídos do trabalho original de Agafonoff, cotejando-os com os de pesquisas em solos análogos de outros continentes, mas o objetivo principal foi o enfoque sobre o
ingresso da pedologia nos meios científicos francês e brasileiro por dois grandes nomes que se eternizaram na nossa literatura pedológica.
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Oingresso da ciência pedologia
na França e no Brasil
Carlos Roberto Espindola
Origem da pedologia como ciência autônoma
O estudo científico dos solos remonta há séculos, desde a
preocupação inicial com o sustento
às plantas, de natureza nutricional, cujo assunto foi durante muito tempo abordado em
conteúdos de Agricultura Geral, Agrologia, Agrogeologia, Química Agrícola e outros que nem sempre explicitavam o vocábulo SOLO, o que em alemão estava sempre presente no termo Bodenkunde
.
Até meados do século 19 não existia uma sistematização para se difundir esse conhecimento, tal como nas ciências clássicas como Botânica, Geologia, Zoologia etc. Recomendações técnicas para as práticas agrícolas contavam geralmente com as rotineiras análises
químicas e granulométricas de solos a profundidades pré-fixadas (0- 20 cm, 20-40 cm...). Até os anos 1930, no então Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em Campinas, essas análises eram realizadas em Wageningen, na Holanda.
O russo V.V. Dokuchaev instituiu uma ciência autônoma para estudar o solo a partir dos fatores e processos responsáveis pela
A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
formação do seu perfil - corpo com as três dimensões do espaço, com a profundidade exibindo camadas interconectadas – os horizontes (Dokuchaev, 1879). Essa ciência, Pedologia, denominação criada
anteriormente pelo alemão F.A. Fallou, foi muito bem recebida pelos agrônomos, que não mais se acostumados às tradicionais análises laboratoriais rotineiras.
A equipe russa contou com pesquisadores nacionais e estrangeiros renomados em seus países de origem - Alemanha, França, Bélgica, Suíça e outros, integrados ou não à União Soviética, com diversas especialidades, além dos agrônomos - geólogos, geógrafos, químicos, naturalistas e outros. Concluídas suas
participações, após minucioso reconhecimento pedológico de extensas áreas, os estrangeiros levaram para suas origens os princípios assimilados, e alguns nacionais emigraram para outras nações. Nos Estados Unidos, a distribuição dos solos já vinha ganhando destaque nos levantamentos geológicos em franca expansão, com Coffey (1912), ainda sem contar com o ingresso formal da pedologia, que eles se referiam apenas como ciência do solo
(soil science); mesmo a denominação perfil
foi apenas oficializada em 1924, na
representação de Solos Brunos dos estados centrais do País (Tandarich et al., 2002).
Agafonoff e o ingresso da pedologia na França
Valerian Konstantinovitch Agafonoff (1863-1955), russo de nascimento, era mineralogista, cristalógrafo, pedólogo e professor. Participou da expedição de pedologia na equipe de Dokuchaev pela Província de Poltava, e em 1903 defendeu tese no Departamento de Mineralogia da Universidade de São Petersburgo. Refutava as repressões sangrentas no País, e em 1905 mudou-se para Paris, onde
se tornou presidente da Associação de Refugiados Russos. Cessada a Revolução Russa em 1917, retornou em 1919, como ativista na criação da Universidade de Tauride, em Simferopol, onde se ocupou das relações entre os professores locais e os da Sorbonne, em Paris.
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A escola francesa no estudo do solo Carlos Roberto Espindola
Retornou em definitivo à capital francesa, em 1920, fixando-se no laboratório da Faculdade de Ciências da Geografia Física (Tchoumatchenco et al., 2016).
Sua obra La pédologie
(Agafonoff,1929a) notabilizou-o, insistindo no emprego do vocábulo pedologia, em vez de termos