Apostila Comandos - Set-2010 NOVA PDF

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SENAI-PE

Comandos Elétricos

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SENAI-PE

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco


Presidente
Jorge Wicks Côrte Real

Departamento Regional do SENAI de Pernambuco


Diretor Regional
Antônio Carlos Maranhão de Aguiar

Diretor Técnico
Uaci Edvaldo Matias

Diretor Administrativo e Financeiro


Heinz Dieter Loges

Ficha Catalográfica

537 SENAI.DR.PE. Comandos Elétricos.


S474c Recife, SENAI.PE/DITEC/DET, 2002. 170p. il.
1. ELETRICIDADE
2. MAGNETISMO
3. ELETROMAGNETISMO
I. Título

Direitos autorais exclusivos do SENAI. Proibida a reprodução parcial ou total, fora do Sistema,
sem a expressa autorização do seu Departamento Regional.

Reformulada em setembro de 2010.

SENAI – Departamento Regional de Pernambuco


Rua Frei Cassimiro, 88 – Santo Amaro
50100-260 - Recife – PE
Tel.: 81.3416-9300
Fax: 81.3222-3837

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SUMÁRIO

Eletrotécnica 5

Características de Rede de Alimentação 6

Magnetismo e Eletromagnetismo 8

Sistema Trifásico 9

Potência em CA 10

Fator de Potência 11

Tipos de Carga 17

Instrumentos de Medida 19

Transformadores para Instrumentos 30

Dispositivos de Proteção 32

Motor Elétrico 49

Chaves Magnéticas para Motores Trifásicos 64

Partida Estática (Soft Starter) 145

Partida com Inversor de Freqüência 146

Bibliografia 148

Anexos 149

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ELETROTÉCNICA

CONCEITOS BÁSICOS

Corrente: É o movimento ordenado de elétrons no interior dos condutores.


• Símbolo é o ( I ) - Intensidade de corrente
• A unidade é o Ampére ( A )
• Instrumento de medida é o amperímetro, ligado em série com a carga.

Tensão: É a força que movimenta os elétrons, também conhecida como


Diferença de Potencial (d.d.p.) ou Força Eletromotriz (f.e.m.)
• Símbolo é o ( V ), podendo também ser o ( U ) ou ( E )
• A unidade é o Volt ( V )
• Instrumento de medida é o voltímetro, ligado em paralelo com a carga.

Resistência: É a força que se opõe ao movimento dos elétrons.


• Símbolo é o ( R )
• A unidade é o Ohm ( Ω )
• Instrumento de medida é o ohmímetro, ligado a cargas desenergizadas.

Potência: Capacidade do elétron de realizar trabalho na unidade de tempo.


• Símbolo é o ( P )
• A unidade é o Watt ( W )
• Instrumento de medida é o wattímetro, ligado em série-paralelo com a
carga.

Energia: Capacidade do elétron de realizar trabalho com o passar do tempo


• Símbolo é o ( E )
• A unidade é o Watt-hora ( Wh )
• Instrumento de medida é o wattímetro-hora, ligado em série-paralelo com a
carga.

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CARACTERÍSTICAS DA REDE DE ALIMENTAÇÃO

TIPOS DE SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO ALTERNADA

a) Monofásico – Utilizado em sistemas residenciais (domésticos), comerciais


e rurais com tensões padronizadas no Brasil de 115V, 127V e 220V,
freqüência de 60 Hz.
No sistema monofásico uma tensão alternada V (volt) é gerada e aplicada entre
dois fios aos quais se liga a carga, que absorve uma corrente.

b) Trifásico - Utilizado em sistemas industriais, também com freqüência de 60


Hz. Em baixa tensão temos como valores trifásicos comuns, 220V, 380V,
440V, 660V e 760V.
O sistema trifásico é formado pela associação de três sistemas monofásicos,
os quais são interligados entre si de forma a eliminarmos três fios, os três
neutros.

Corrente de linha (Il): a corrente em quaisquer um dos três fios L1, L2 e L3,
que correspondem aos condutores fase da rede de alimentação.
Corrente de fase (If): ou de bobina: correntes de cada uma das cargas.
Tensão de linha (Vl): ou trifásica: tensão medida entre dois quaisquer dos
condutores fase da linha, L1, L2, L3.
Tensão de fase (Vf): ou monofásica: tensão medida entre fase e neutro ou
fase e terra.

Valor eficaz da corrente (ou tensão) alternada, corresponde ao valor da


corrente contínua que produz, no mesmo intervalo de tempo, a mesma
quantidade de calor num resistor elétrico.
Ao ligar um resistor por um tempo “t” qualquer, a uma fonte de corrente
alternada de 12 VCA eficaz, ele dissipará uma quantidade de calor igual àquela
dissipada se fosse ligado a uma fonte de 12 VCC, durante o mesmo tempo “t”.
Esta afirmação não é verdadeira para indutores e capacitores, pois a
freqüência influência o funcionamento destes equipamentos, embora não
influencie o funcionamento do resistor.
Os instrumentos de medida convencionais, lêem os valores eficazes da tensão
e da corrente.
A relação entre valor eficaz e valor máximo é 2 , ou seja, I
max = 2 .xI ef

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Em um sistema trifásico, para eliminação dos neutros, pode-se ligar os


condutores de duas formas.

Ligação em triângulo ou delta:

Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:

Elinha = E fase I linha = 3 xI fase onde, 3 é chamado " fator do sistema trifásico "

Ligação em estrela ou ipsilon:


Onde, pela própria disposição das bobinas temos as seguintes características:

Elinha = 3xE fase I linha = I fase onde, 3 é chamado " fator do sistema trifásico"

SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Padrão CELPE, 3 fases com neutro aterrado.

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MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO

Ímãs Naturais
Magnetita, encontrada na natureza em estado bruto. Tem o poder de atrair
metais ferrosos.

Eletroímãs
Ímãs fabricados através de indução eletromagnética. Tem a vantagem de
poderem ser desligados e de terem o poder de atração ou repulsão regulável.

Lei de Faraday
Só existe fenômeno induzido se o fenômeno indutor variar, ou seja, só há
indução em tensão alternada ou contínua pulsante.

Lei de Lenz
Toda corrente induzida cria um campo magnético induzido que se opõe ao
campo magnético indutor.

Correntes de Foucault
Corrente induzida sem sentido definido que surge em superfícies metálicas que
sofrem variação de fluxo perpendicular a sua área. Provocam aquecimento do
núcleo ferroso de máquinas de indução. Não circula no cobre.
Na maioria dos casos este aquecimento é prejudicial ao bom funcionamento da
máquina.
Exemplo de exceção: Forno de indução de metalúrgica.

Técnicas para atenuar os efeitos desta corrente:


• Laminar o núcleo metálico paralelamente a variação de fluxo.
• Isolar as lâminas antes de reuní-las. Com este objetivo é comum o uso de
verniz.
• Utilizar na confecção do núcleo Ferro + Silício (maior resistência elétrica)

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SISTEMA TRIFÁSICO

Definição: Sistema elétrico composto por três fases defasadas entre si de 120º
elétricos no espaço.

Sistema Trifásico Equilibrado: Sistema trifásico onde as correntes de fase


são iguais em amplitude, ou seja, tem o mesmo valor máximo.
• A característica deste sistema é que o somatório geométrico das três
correntes em qualquer momento é sempre ZERO, sendo assim não há
necessidade de um condutor neutro.
• Cargas trifásicas, como motores trifásicos, são exemplo deste tipo de
sistema equilibrado.

Sistema Trifásico Desequilibrado: Sistema trifásico onde as correntes de


fase não são iguais em amplitude, ou seja, não tem o mesmo valor máximo.
• A característica deste sistema é que o somatório geométrico das três
correntes em qualquer momento não será ZERO, sendo assim há
necessidade de um condutor neutro. Quanto maior este desequilíbrio maior
será a corrente fluindo pelo neutro. Este neutro será aterrado para garantir
tensão zero.
• O desequilíbrio é característico de sistemas trifásicos que alimentam cargas
monofásicas. O sistema público da concessionária, por exemplo.

Obs.: Em um sistema trifásico desequilibrado, a falha no aterramento do neutro


poderá gerar flutuação no valor das tensões trifásicas e monofásicas. Isto significa
dizer que poderemos ter três valores diferentes para as tensões no sistema.

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POTÊNCIA EM CA

Em um sistema alimentado em corrente contínua podemos calcular a potência


da seguinte forma:
P = V .I (W)

Porém em um sistema alimentado em CA precisamos considerar o fator de


potência e o rendimento:
P = V . I .η .cos ϕ (W)

E sendo este sistema trifásico:


P = 3 . V . I . η . cosϕ (W)
Onde 3 é uma constante para o sistema trifásico, η (êta) é o rendimento da
máquina e cosϕ (cosseno fi) é o fator de potência.

Em um sistema CC só existe potência ativa (P), mas em um sistema CA devido


a freqüência, temos três tipos de potência.

Potência Ativa (P), medida em watts (W), cavalo vapor (CV) ou horse
power (HP):
Esta potência é a que foi efetivamente transformada em trabalho útil pela
máquina.

Esta potência multiplicada pelo tempo em horas representa a energia ativa


consumida pela carga e faturada pela concessionária.
E = P. t (Wh)
Obs.:
1 CV = 736 W
1 HP = 746 W

Potência Reativa (Q), medida em volt ampére reativo (var):


Esta potência é armazenada em um campo magnético (reativa indutiva) ou em
um campo elétrico (reativa capacitiva). Ela é necessária para preparar a
máquina para funcionar de forma efetiva.

Esta potência multiplicada pelo tempo em horas representa a energia reativa


armazenada pela carga e não pode ser faturada pela concessionária, pois não
há consumo. Embora não haja faturamento, o fornecimento deste tipo de
energia por parte da concessionária é controlado pela ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica), e estando fora de limites determinados poderá
gerar multa para o consumidor.

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E = Q. t (varh)

Obs.: Veja correção de fator de potência.

Potência Aparente (S), medida em volt ampére (VA):


O nome aparente deve-se ao fato de que esta não é a potência realmente
transformada em trabalho na máquina, mas apenas aparentemente.
Esta potência é o somatório geométrico das duas anteriores.
Sendo as potências ativa e reativa os catetos de um triângulo retângulo, e a
potência aparente a hipotenusa, usando o teorema de Pitágoras teremos:

S = P2 + Q2

FATOR DE POTÊNCIA

Fator de Potência: É a relação entre a potência ativa e a potência aparente.


Indica qual o percentual de potência ativa existe na potência aparente.

É definido pelo cosseno do ângulo formado entre os vetores que representam


as potências aparente e ativa respectivamente.

P
cos ϕ =
S

Onde: P é a potência ativa em watts (W)


S é a potência aparente em volt ampére (VA)

Triângulo das Potências

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O fator de potência é motivo de preocupação, pois seu baixo valor pode causar
sérios problemas nas instalações elétricas, entre os quais podemos citar:
• sobre carga nos cabos e transformadores
• crescimento da queda de tensão
• redução do nível de iluminamento
• multa prevista na legislação para fator de potência abaixo de 0,92.

Existem equipamentos que transformam energia elétrica diretamente em outra


forma de energia útil (térmica, luminosa etc.), sem necessitar de energia
intermediária na transformação, já outros equipamentos (motores,
transformadores, reatores etc.) necessitam de energia magnetizante como
intermediária na utilização da energia ativa. Esta energia é chamada reativa.

A energia reativa é uma energia trocada entre a fonte e a carga, não sendo
propriamente consumida como o é a energia ativa, mas sim apenas
armazenada em um campo magnético no motor e em um campo elétrico no
capacitor. O capacitor é o principal fornecedor desta energia reativa, ao passo
que o motor é o principal receptor.

Até 1992 o fator de potência exigido no Brasil era 0,85, passando então para
0,92. Além do novo limite, foi definido que:
das 6h às 24h o fator de potência tem que ser no mínimo 0,92 para potência
reativa indutiva fornecida pela concessionária ao motor, e das 24h às 6h no
mínimo 0,92 para potência reativa capacitiva recebida pela concessionária dos
capacitores da empresa.

As principais causas de um baixo fator de potência são:

a) Nível de Tensão Elevado (acima do nominal): A tensão aplicada


influencia o FP de operação dos motores de indução. A potência ativa (kW) nos
motores de indução (e transformadores) praticamente só depende da carga e
não da tensão, mas a reativa é praticamente proporcional ao quadrado da
tensão aplicada. Daí a grande variação do fator de potência em função da
tensão;
b) De uma maneira geral, todo equipamento que possui enrolamentos,
tais como transformadores, reatores, motores etc., exige potência reativa da
rede de forma quase independente do carregamento, para manter o campo
magnético, porém a potência ativa varia com a variação da carga. Sendo assim
o fator de potência, ou seja, a relação entre ativo e reativo cai quando a
máquina indutiva está subutilizada;
É também comum deixar um transformador ligado a vazio como reserva
quente, evitando com isto degradação do óleo pela ação da umidade, etc. Este
procedimento também reduz o FP.
c) Lâmpadas fluorescentes instaladas sem reator de alto F.P.
Etc.

Consequências de um baixo fator de potência:

a) Menor intensidade luminosa das lâmpadas;


b) Maior corrente de partida nos motores de indução;

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c) Menor corrente nos equipamentos de aquecimento e conseqüente


queda na temperatura de operação
d) Funcionamento das máquinas com menor rendimento.

Objetivos principais da melhoria do fator de potência:

a) Diminuição da potência aparente exigida da fonte, liberando


capacidade para ligação de cargas adicionais;
b) Redução dos custos da energia;
b) Crescimento do nível de tensão, por diminuição das quedas de tensão.

Instalação de capacitores em derivação para correção do fator de


potência

É o método mais prático e econômico para instalações existentes. Os


capacitores usados são caracterizados por sua potência reativa nominal,
fabricados em unidades 1ø e 3ø, para BT e AT, com valores padronizados de
potência reativa, tensão e freqüência.

TIPOS DE CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA

TRANSFORMADOR

CONTROLADOR

M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3

CORREÇÃO INDIVIDUAL CORREÇÃO POR CORREÇÃO GERAL


GRUPO DE CARGA

Obs.: os capacitores deverão ser desligados quando não estiverem em uso, de


tal maneira que o limite do fator de potência capacitivo mencionado
anteriormente seja respeitado, evitando, entre outros problemas, a elevação de
tensão no barramento da concessionária.

Para que utilizemos ao máximo as vantagens da correção do fator de potência,


os capacitores devem ser instalados o mais perto possível das cargas. Esta
opção é tecnicamente a ideal, porém muitas vezes operacionalmente inviável.

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0,74
0,72
0,70
0,68
0,66
0,64
0,62
0,60
0,58
0,56
0,54
0,52
0,50
Atual
Fator de

Potência
0,289 0,344 0,400 0,458 0,518 0,581 0,464 0,713 0,785 0,860 0,939 1,023 1,112 0,85

0,316 0,371 0,427 0,485 0,545 0,608 0,673 0,740 0,812 0,887 0,966 1,050 1,139 0.86

0,342 0,397 0,453 0,511 0,571 0,634 0,699 0,766 0,838 0,913 0,992 1,076 1,165 0,87

0,369 0,424 0,480 0,538 0,598 0,661 0,726 0,793 0,865 0,940 1,019 1,103 1,192 0,88
capacitores em paralelo.

0,397 0,452 0,508 0,566 0,626 0,689 0,754 0,821 0,893 0,968 1,047 1,131 1,220 0,89
Capacitores de Potência”.

0,425 0,480 0,536 0,594 0,654 0,717 0,782 0,849 0,921 0,996 1,075 1,159 1,248 0,90

0,453 0,508 0,564 0,622 0,682 0,745 0,810 0,877 0,949 1,024 1,103 1,187 1,276 0,91

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I F ≅ 1,65 xI nC
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0,483 0,538 0,594 0,652 0,712 0,775 0,840 0,907 0,979 1,054 1,133 1,217 1,306 0,92

0,514 0,569 0,625 0,683 0,743 0,806 0,871 0,938 1,010 1,085 1,164 1,248 1,337 0,93

0,546 0,601 0,657 0,715 0,775 0,838 0,903 0,970 1,042 1,117 1,196 1,280 1,369 0,94
Fator de Potência Desejado (F)

0,580 0,635 0,691 0,749 0,809 0,872 0,937 1,004 1,076 1,151 1,230 1,314 1,403 0,95
CÁLCULO DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

0,617 0,672 0,728 0,786 0,846 0,909 0,974 1,041 1,113 1,188 1,267 1,351 1,440 0,96

0,658 0,713 0,769 0,827 0,887 0,950 1,015 1,082 1,154 1,229 1,308 1,392 1,481 0,97

0,706 0,761 0,817 0,875 0,935 0,998 1,063 1,130 1,202 1,277 1,356 1,440 1,529 0,98

0,766 0,821 0,877 0,935 0,995 1,068 0,123 1,190 1,262 1,337 1,416 1,500 1,589 0,99
Obs.: A NBR 5060 tem como título: “Guia para Instalações e Operação de
retardada. Podemos usar o mesmo grupo de fusíveis para até três grupos de
A proteção de capacitores em BT, é normalmente feita por fusíveis NH de ação
0,98
0,96
0,94
0,92
0,90
0,88
0,86
0,84
0,82
0,80
0,78
0,76

0,026 0,078 0,130 0,182 0,235

0,000 0,053 0,105 0,157 0,209 0,262

0,026 0,079 0,131 0,183 0,235 0,288

0,000 0,053 0,106 0,158 0,210 0,262 0,315

0,028 0,081 0,134 0,186 0,238 0,290 0,343

0,000 0,056 0,109 0,162 0,214 0,266 0,318 0,371

0,028 0,084 0,137 0,190 0,242 0,294 0,346 0,399

15
SENAI-PE

0,000 0,058 0,114 0,167 0,220 0,272 0,324 0,376 0,429

0,031 0,089 0,145 0,198 0,251 0,303 0,355 0,407 0,460

0,000 0,063 0,121 0,177 0,230 0,283 0,335 0,387 0,439 0,492

0,034 0,097 0,155 0,211 0,264 0,317 0,369 0,421 0,473 0,526

0,000 0,071 0,134 0,192 0,248 0,301 0,354 0,406 0,458 0,510 0,563

0,041 0,112 0,175 0,233 0,289 0,342 0,395 0,447 0,499 0,551 0,604

0,000 0,089 0,160 0,223 0,281 0,337 0,390 0,443 0,495 0,547 0,599 0,652

0,060 0,149 0,229 0,283 0,341 0,397 0,450 0,503 0,555 0,609 0,659 0,712
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Para correção de fator de potência de motores, utiliza-se a seguinte


fórmula:
(%.c arg a ) xPxF
Qcapm
η

Onde:
• %.carga = Fator relativo a potência do motor:
motor operando a 50% de P = 0,5 x P
motor operando a 75% de P = 0,75 x P
motor operando a 100% de P = 1,0 x P
• P = Potência ativa em kW
• F = Fator de multiplicação, conforme tabela apresentada anteriormente
• η = Rendimento do motor em função do percentual em que está operando
• Qcapm = Potência reativa do capacitor em kvar, necessária para corrigir o
fator de potência do motor.

Para se calcular o valor da potência reativa necessária para elevar o fator de


potência ao valor desejado, utilizam-se os valores do fator de potência atual, da
potência ativa consumida (recomenda-se realizar a média dos últimos 12
meses) e o fator encontrado na tabela apresentada anteriormente.

Exemplo:
Potência ativa consumida (PA) = 1000 kW
Fator de potência atual (FPA) = 0,80
Fator de potência desejado (FPD) = 0,92
• Cruzando estes dois fatores de potência na tabela dada chegamos ao
Fator F
F = 0,324
Qcapacitor = PA x F = 1000 x 0,324 = 324 kvar.

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TIPOS DE CARGA

Obs.: As cargas mostradas isoladamente a seguir são ideais. Na prática a


carga sempre será uma composição de tipos de carga, embora uma das
características se destaque.

Carga Resistiva: Carga que realiza trabalho útil, ou seja, consome potência
ativa em watts.
A tensão e a corrente estão em fase (o zero, o valor máximo e o valor mínimo,
ocorrem no mesmo instante), gerando o produto P (potência), sempre positivo,
o que caracteriza consumo.
Exemplo: Aquecedores em geral, lâmpadas incandescentes, etc.

Carga Indutiva: Não realiza trabalho útil, ou seja, não consome potência ativa.
Apenas ocorre armazenamento de energia em um campo magnético.
A corrente está atrasada da tensão de 90º elétricos (o valor máximo da tensão
ocorre quando a corrente é zero), gerando o produto QL (potência reativa
indutiva) alternadamente positivo e negativo, o resultado líquido é sempre
ZERO, o que caracteriza não haver consumo.
Exemplo: Reatores, Transformadores, motores, etc.

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Carga Capacitiva: Não realiza trabalho útil, ou seja, não consome potência
ativa. Apenas ocorre armazenamento de energia em um campo elétrico.
A corrente está adiantada da tensão de 90º elétricos (o valor máximo da
corrente ocorre quando a tensão é zero), gerando o produto QC (potência
reativa capacitiva) alternadamente positivo e negativo, o resultado líquido é
sempre ZERO, o que caracteriza não haver consumo.
Exemplo: Basicamente Capacitores.

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INSTRUMENTOS DE MEDIDA

Tipos:

1. INSTRUMENTO INDICADOR

Indica o valor instantâneo da grandeza: Amperímetro, voltímetro, termômetro,


etc.

Analógico (De Ponteiro)

Digital

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2. INSTRUMENTO REGISTRADOR

Registra o valor da grandeza em gráfico (tipo eletromecânico) ou em memória


(tipo eletrônico), durante um determinado tempo: Qualímetro, eletro-encefalo-
grama, sismógrafo, etc.

Registrador Eletromecânico

Registrador Eletrônico Programável

obs.: a concessionária de energia usa um equipamento chamado RDTD


(registrador de demanda por tarifa diferenciada), para o faturamento de
consumidores de médio e grande porte.

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3. INSTRUMENTO ACUMULADOR OU TOTALIZADOR

Acumula o valor da grandeza lida desde a instalação do equipamento.


Normalmente usado para medir energia elétrica para efeito de faturamento:
Wattímetro-hora, odômetro, etc.

Wattímetro-hora monofásico

MULTÍMETRO

Equipamento multifuncional que reúne as funções de amperímetro, voltímetro,


ohmímetro entre outras funções. Podem ser analógicos (de agulha) ou digitais.

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CUIDADOS NO USO DO EQUIPAMENTO

• Nunca deixá-lo ligado quando fora de uso. Se não existir o botão desliga,
deixar o equipamento na maior escala de tensão CA existente (VCA ou
VAC).
• Sempre zerar o ohmímetro antes da leitura unindo as pontas de prova e
girando o botão de ajuste de zero. Se não conseguir zerar, trocar as pilhas.
• Sempre usar a maior escala possível para efetuar uma leitura de
grandeza desconhecida. Após ter noção da ordem de grandeza, ajustar a
escala de forma a que a leitura seja feita no último terço do mostrador.
Quanto mais próximo do fim de escala for feita a leitura, melhor será sua
exatidão.
Obs.: melhor leitura do ohmímetro é feita no centro da escala.
• Existe um erro de leitura provocado pelo operador chamado PARALAXE.
Este erro pode ser evitado quando o instrumento possui um espelho dentro
do mostrador. A leitura deverá ser feita quando a agulha cobrir seu reflexo
no espelho. sendo possível ver a agulha e o reflexo, haverá erro para mais
ou para menos.
• Alguns instrumentos analógicos possuem trava de agulha, enquanto
alguns digitais possuem recurso para congelamento da leitura (data hold).
Estes recursos podem ser usados para possibilitar leituras em lugares altos
ou escuros. No caso dos analógicos este recurso é importante ainda para
travar a agulha durante uma viagem, evitando que empene.

CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

1. Natureza do instrumento: De acordo com a natureza da grandeza a


medir: Amperímetro, voltímetro, etc.
2. Natureza do conjugado motor: De acordo com o princípio físico de
funcionamento: Térmico, ferro-móvel, etc.
3. Calibre do instrumento: Valor máximo que o mesmo pode medir,
também chamado fim de escala.
obs.: escolha o calibre de forma que o valor que deseje ler esteja o mais
próximo possível dele, sendo assim, a leitura será realizada na terça parte
final do mostrador .
4. Classe de exatidão: Limite de erro garantido pelo fabricante, que se
pode cometer em qualquer medida. É dada em percentual do calibre em
uso.
5. Discrepância: Diferença entre valores medidos para a mesma grandeza.
6. Sensibilidade: Relação entre o valor da grandeza medida e o
deslocamento da agulha produzido pela indicação.
7. Perda própria: Potência consumida pelo instrumento correspondente à
indicação final da escala.
8. Rigidez dielétrica: Isolação entre a parte ativa e a carcaça do
instrumento. Ensaio de tensão de prova (kV), máxima tensão aplicada
entre as partes ditas anteriormente, sem danificar o instrumento.

22
SENAI-PE

Exatidão: Afastamento entre a medida efetuada pelo instrumento e o valor de


referência.

Precisão: Afastamento mútuo entre as diversas grandezas em relação à media


aritmética destas medidas.

Ex.: valor de referência 220V


leituras: 115V, 116V 114V e 115,5V; todas próximas entre si porém distantes
do valor de referência. Instrumento Exato porém impreciso.

leituras: 115V, 220V, 225V e 230V; todas distantes do valor de referência e


distantes entre si.. Instrumento inexato e impreciso.

leituras: 220V, 221V, 219,5V e 220,5V; todas próximas entre si e do valor de


referência. Instrumento exato e preciso.

obs.: é possível ser preciso e não exato, embora o contrário não seja possível.

Resolução: Quantidade de subdivisões entre as medidas do mostrador do


instrumento, o que determinará o grau de exatidão na determinação da leitura.

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SENAI-PE

SÍMBOLOS COMUMENTE ENCONTRADOS EM INSTRUMENTOS DE


PAINEL

SÍMBOLO SIGNIFICADO

Corrente Contínua

Corrente Alternada

Corrente Contínua e Alternada

Corrente Alternada Trifásica

Corrente Alternada Trifásica


Desequilibrada

Tensão de ensaio 500V na


frequência industrial

Tensão de ensaio acima de 500V na


frequência industrial; no caso 2 kV.

Instrumento não sujeito a tensão de


ensaio na frequência industrial.

Utilização do instrumento com o


mostrador na vertical

Utilização do instrumento com o


mostrador na horizontal

Utilização do instrumento com o


mostrador inclinado; no caso a 45º.

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SENAI-PE

Retificador

Instrumento de bobina móvel

Instrumento de ímã móvel

Instrumento de ferro móvel

Instrumento de lâminas vibráteis

Instrumento bimetálico

Terminal de terra

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SENAI-PE

ALICATE MULTÍMETRO (conhecido como alicate amperímetro)

Em determinados circuitos torna-se impossível, ou pelo menos inconveniente,


incluir um amperímetro em série. Esta impossibilidade deu origem ao alicate
amperímetro. Este equipamento, que é um transformador de corrente, usa o
princípio da indução eletromagnética, possibilitando a leitura de corrente
alternada sem o seccionamento do circuito. Pela definição da indução
eletromagnética, este equipamento só lê CA.
Alguns modelos mais modernos de alicate, mediante a utilização do efeito Hall
(fundamentado em campos elétricos), já é capaz de ler corrente contínua.
Os alicates modernos utilizam ponta de prova para ler tensão, resistência, etc,
daí serem denominados alicates multímetro.

FREQUENCÍMETRO

Mede a frequência de um sistema elétrico.


O modelo que trabalha sobre o princípio
da ressonância mecânica é o mais
comum, também conhecido como
frequencímetro de lâminas. Neste
instrumento um conjunto de lâminas de
comprimento igual, mas com freqüência de
vibração diferente é montado em um
suporte comum, com suas extremidades
livres visíveis na parte frontal do medidor.
Quando o eletroímã interno é energizado Frequencímetro Digital
pela tensão de alimentação da instalação
na qual será feita a medida, a lâmina cuja freqüência de vibração é mais
próxima da freqüência desta tensão, vibra com amplitude considerável, o que
permite identificar a freqüência da rede no visor. Este tipo de equipamento só é
disponível para baixas freqüência, e em uma faixa limitada.
26
SENAI-PE

Frequencímetro de Lâmina

Instrumentos destinados a medir o ângulo de fase entre a tensão e a corrente


de uma carga “ Z “ . Podem ser para circuito monofásico, circuito trifásico
equilibrado ou para laboratório.
Em função desta medição podemos definir um circuito como sendo resistivo,
indutivo, capacitivo ou misto, sendo este último caso, como já vimos, o mais
comum.

FASÍMETRO

Sua função principal é determinar a seqüência de fase


em um circuito trifásico. Esta informação é útil na
determinação do sentido de giro de uma máquina
trifásica.

TACÔMETRO

Sua função é medir, normalmente em RPM (rotações


por minuto), a velocidade de uma máquina girante.
Pode ser eletromecânico, eletrônico ou ótico.

27
SENAI-PE

MEGÔMETRO

Tem como função medir a


rigidez dielétrica, ou seja,
o isolamento de
equipamentos elétricos,
como por exemplo:
Motores, transformadores,
etc.

Podem ser a magneto ou eletrônicos

TERRÔMETRO

Usado para medir resistência de terra. Esta


informação é usada no projeto de uma
malha de terra, por exemplo. O
equipamento é semelhante ao megômetro.

obs.:
Ohmímetro: mede resistência de um
equipamento, ou continuidade de um
circuito.
Megômetro: mede resistência de isolamento.
Terrômetro: mede resistência de terra.

Todas as medições são feitas em ohms, variando apenas a ordem de grandeza


(µΩ, kΩ, MΩ, etc)

ESTETOSCÓPIO

Equipamento semelhante ao estetoscópio clínico,


usado para ouvir ruídos, particularmente ruídos
causados pelos rolamentos dos motores. O
eletricista experiente pode fazer uma avaliação do
estado dos rolamentos pelo ruído.
Este tipo de estetoscópio comumente tem a
extremidade aguda como uma agulha, esta
extremidade é pressionada sobre o ponto onde se
quer ouvir o ruído.

28
SENAI-PE

SACA-POLIA
As polias e os rolamentos montados no eixo dos motores podem ser retirados
usando esta ferramenta.

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SENAI-PE

TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS

CONCEITO

São “trafos” que permitem aos instrumentos de medição e proteção


funcionarem adequadamente, sem que seja necessário possuírem corrente ou
tensão de acordo com a corrente ou tensão da carga do circuito que estão
medindo ou protegendo.

TRANSFORMADORES DE CORRENTE ( TC)

Seu enrolamento primário é ligado em série com o circuito principal estando o


secundário ligado ao instrumento de medida ou proteção. A interligação entre
primário e secundário é feita através de indução eletromagnética.

Obs.: na figura, onde está ligado o amperímetro, poderia ser ligado um relé de
proteção.

Obs.: O alicate multímetro, conhecido como alicate


amperímetro, é um TC portátil do tipo janela, como se vê na
figura.

Os TC’s são transformadores destinados a reproduzir em seus secundários a


corrente de seus circuitos primários em uma proporção definida, conhecida, e
adequada para o uso em instrumentos de medição, controle e proteção. A
finalidade dos TC’s é isolar os instrumentos de medição, controle e proteção e
reduzir as altas correntes dos circuitos de força, tornando mais econômica a
construção dos sistemas.

São componentes de circuito-série, isto é, o primário é ligado em série com o


circuito, (a carga) e no seu secundário todos os elementos são também ligados
em série.

30
SENAI-PE

Os transformadores de corrente em sua grande maioria, são encontrados


somente com o enrolamento secundário, sendo o primário o próprio condutor
do circuito onde será conectado.

Quando o primário do TC está alimentado, o seu secundário nunca deve ficar


aberto. No caso de necessitar retirar a carga do secundário do TC, este
enrolamento deve ser curto-circuitado através de um fio de baixa resistência,
um fio de cobre, por exemplo.
Como a corrente do primário é fixada pela carga que está ligada ao circuito
externo, se a corrente do secundário for nula, isto é secundário aberto, não
haverá o efeito desmagnetizante desta corrente e a corrente do secundário
será a própria corrente de excitação do TC, originando em conseqüência um
fluxo magnético muito elevado no núcleo. Isto tem como conseqüências:
a) Aquecimento excessivo, causando a destruição do isolamento, podendo
provocar contato do circuito primário com o secundário e com a terra.
b) Uma tensão induzida no secundário de valor elevado, com iminente perigo
para o operador.
c) Mesmo que o TC não se danifique, a este fluxo elevado corresponderá uma
magnetização forte no núcleo, o que alterará as suas características de
funcionamento e precisão.

Normalmente a corrente secundária é 5 A.

TRANSFORMADORES DE POTENCIAL (TP)

De forma análoga aos TC’s, os TP’s


reproduzem em seus secundários a tensão
que é aplicada a seus primários através de
uma relação de proporção conhecida e
adequada ao funcionamento de voltímetros e
relés de proteção.
A tensão secundária comumente é da ordem
115
de 115 V, V , ou 220V.
3
São ligados em paralelo ao circuito que se
deseja medir ou proteger.
Em caso de manutenção do equipamento
ligado a seu secundário, este deve
permanecer em aberto, e nunca em curto
como se faz com o TC.

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SENAI-PE

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

FUSÍVEL

Conceito

Equipamento construtivamente simples, para proteção de condutores e


equipamentos elétricos contra curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.
Constituído de um material condutor de baixo ponto de fusão, chamado de elo
fusível, envolto por um material isolante, e ligado a dois contatos que facilitam
sua conexão aos componentes da instalação elétrica. Com o acréscimo da
corrente no momento do curto-circuito, há um aumento de temperatura, com
isto o elo fusível se funde (rompe), daí o nome.

Simbologia

O símbolo é identificado por uma letra minúscula “ e “, acompanhado por um ou


mais algarismos, identificando o circuito que ele protege, é comum acompanhar
o valor nominal de corrente em ampéres.

e1, e2, ... : protege circuito principal, (circuito de alimentação)


e11, e12, ... : protege circuito com instrumento de medida
e21, e22, ... : protege circuito de comando auxiliar
e91, e92, ... : protege circuito de aquecimento (com cargas resistivas:
forno elétrico, aquecedor)

Classificação

• Segundo a tensão de alimentação


Para Baixa Tensão ou para Alta Tensão
• Segundo a velocidade de atuação
Rápido ou normal, Ultra-Rápido e Retardado
• Segundo classe de serviço, que é composta de faixa de interrupção ou
classe de função e categoria de utilização ou classe de objeto
protegido.
Faixa de interrupção ou classe de função – letras minúsculas
g Fusíveis que suportam a corrente nominal por tempo indeterminado e são
capazes de operar a partir do menor valor de sobrecorrente até a corrente
nominal de desligamento. Eles atuam na menor intensidade de
seobrecorrente, sendo considerados fusíveis de faixa completa.
a Fusíveis que suportam a corrente nominal por tempo indeterminado e são
capazes de desligar a partir de um determinado múltiplo do valor da
32
SENAI-PE

corrente nominal até a corrente nominal de desligamento. Eles tipo de


fusível reage a partir de um valor elevado de sobrecorrente, sendo
considerado fusível de faixa parcial.
Categoria de utilização ou classe de objeto protegido – letras maiúsculas
L-G Cabos e linhas – proteção geral
M Equipamentos eletromecânicos
R Semicondutores
B Instalações em condições pesadas (minas)

Exemplos:
gL Proteção total de cabos e linhas
aM Proteção parcial de equipamentos eletromecânicos. Indicado para
motores onde é necessário retardo na atuação, devido a elevada
corrente de partida.
aR Proteção parcial de equipamentos eletrônicos
gR Proteção total de equipamentos eletrônicos
gB Proteção total de equipamentos em minas

Na imagem um fusível gG
Proteção total: Suporta corrente nominal
por tempo indeterminado e atua na menor
intensidade de sobrecorente.
Usado em proteção geral – cabos e
linhas.
http://www.multicasa.com.br/catalogo

33
SENAI-PE

Características básicas de funcionamento

Funcionamento Elétrico
Baseado no princípio de que em curto-circuito ou numa sobrecarga, aumenta-
se a temperatura dos condutores e consequentemente do fusível, até provocar
a queima do elo fusível. No instante em que ocorre a fusão surge um arco
elétrico, que no caso dos fusíveis com areia, provoca a fundição da areia,
formando uma borra, que extingue o arco, evitando incêndios. Quando o elo é
de cobre com zinco a borra fundida torna-se altamente isolante, cortando a
passagem de corrente.

Características de desligamento

• Atuação rápida ou normal


Destina-se a circuitos onde entre a corrente de partida e a corrente de
regime normal não existe variação considerável. Ex.: cargas resistivas,
circuitos com semicondutores.

• Atuação ultra-rápida
Destina-se a proteger circuitos com cargas eletrônicas, quando os
dispositivos são semi-condutores. Estes componentes são sensíveis por isto
a atuação contra curto-circuitos tem que ser imediata.

• Atuação retardada
Onde a corrente de partida é várias vezes superior a corrente de regime.
Seu uso ocorre em circuitos indutivos ou capacitivos, como
transformadores, motores e capacitores. O retardo é conseguido por meio
do acréscimo da massa na parte central do elo, onde este apresenta menor
seção condutora, e onde consequentemente se dará a fusão. Este
acréscimo de massa absorve por certo tempo parte do calor que se
desenvolve na seção reduzida do elo, retardando a elevação da
temperatura e com isto o rompimento do elo.

34
SENAI-PE

Tipos de fusíveis, características e acessórios

• Fusível Rolha
A tempos atrás muito usado pela concessionária de
energia elétrica em instalações residenciais, associado
a chaves seccionadoras de faca
bipolares. Hoje substituído pelos
disjuntores termomagnéticos.

• Fusível Cartucho
Pode ter contato tipo virola (fusível menor) ou faca
(fusível maior). O corpo pode ser de papelão, fibra,
cerâmica ou vidro, neste último caso sendo
conhecidos como fusíveis de vidro. São sempre
cilíndricos lembrando um cartucho, daí o nome.

A diferença está no elo fusível de cada tipo.

Cartucho com corpo de papelão


Contatos em forma de virola, elo em forma de fio ou lâmina de chumbo,
com seção reduzida (podendo ser substituído após a queima), ação rápida,
baixa capacidade de ruptura, tensão nominal de 250V, corrente nominal
entre 15 A a 60 A.

Cartucho com corpo de fibra


Contatos em forma de virola ou faca de latão estanhado, elo fusível de
lâmina de chumbo com seção reduzida (podendo ser substituído após a
queima), ação rápida, baixa capacidade de ruptura, tensão nominal de
500V, corrente nominal entre 60 A e 200 A.

Cartucho com corpo de cerâmica


Contatos virola de cobre prateado, elo fusível de lâmina de cobre, com
seção reduzida por janelas. Neste tipo o corpo é preenchido por areia de
fina granulação para atuar na extinção do arco elétrico no momento da
fusão do elo. Pode ter ou não indicador da queima do elo fusível, e ter ou
não percutor que é um pino preso por um fio muito fino, ligado em paralelo
35
SENAI-PE

com o elo fusível por uma mola, que empurra o pino para fora do fusível
quando há a sua queima.

A fixação é feita por garras quando os contatos são do tipo virola ou por
mandíbulas quando os contatos são do tipo faca.
Base feita de Ardósia podendo ser mono, bi ou tripolar.

Cartucho corpo de vidro


Corrente nominal entre 0,2 A até 10 A para
fusíveis com elo de fio de cobre e 15 A a
30 A quando o elo for uma lâmina de
chumbo. Baixa capacidade de ruptura, tensão nominal 250V, fusão rápida
para o elo em forma de lâmina e fusão ultra-rápida para o elo em forma de
fio. Base pode ser aberta multipolar, fechada ou base para painel.
Obs.: Ambos, cartucho e rolha, não oferecem segurança, seu uso sendo
desaconselhado nos dias de hoje.

• Fusível tipo D - Diazed


A norma NBR 11844 se refere a estes fusíveis como tipo “D “, o nome
diazed é específico do fabricante Siemens (DIA: diâmetro, Z: bipartido, ED:
rosca tipo Edson). Usado para proteger condutores nas instalações
elétricas ou circuitos de comando. Encontrado com atuação normal,
retardada, rápida ou extra rápido.

Constituído de um corpo cerâmico cilíndrico e cônico, dentro do qual está


montado o elo fusível, preenchido com areia especial de quartzo de fina
granulação, que tem a função de extinguir o arco elétrico no momento que o
elo se rompe por fusão.

Os contatos elétricos são em forma de virola, no interior de um destes


contatos o fusível possui uma espoleta colorida, cuja cor identifica a
capacidade nominal do fusível em ampéres. A citada espoleta é presa por
um elo indicador de queima, que é ligado em paralelo com o elo fusível,
quando ocorre a fusão do elo fusível, este outro também se funde liberando
a espoleta do seu compartimento, indicando que o fusível está queimado
devendo ser substituído.

36
SENAI-PE

Da esquerda para direita:


1. Elo indicador de queima, acoplado a espoleta colorida.
2. Elo fusível, que é ligado em paralelo com o elo indicador de queima.
3. Areia de quartzo, que extingue o arco elétrico no interior do fusível.

Elo fusível é a parte principal do fusível, pois é através de sua fusão que a
corrente de curto-circuito é interrompida e o circuito protegido.

Cor da Espoleta In Base


Rosa 2A E 27
Marrom 4A E 27
Verde 6A E 27
Vermelho 10 A E 27
Cinza 16 A E 27
Azul 20 A E 27
Amarelo 25 A E 27
Preto 35 A E 27
Branco 50 A E 33
Laranja 63 A E 33
Prata 80 A R1/4
Vermelho 100 A R1/4

Os elos fusíveis são normalmente feitos de chumbo, prata (alemã), cobre puro
ou cobre com zinco. Podem ter forma de fio com seção constante ou forma de
lâmina, neste último caso podendo ter seção constante, seção reduzida normal,
seção reduzida por janelas (ação rápida ou normal), ou seção reduzida por
janelas com um acréscimo de massa no centro do elo (ação retardada). O
artifício de usar a redução de seção na parte central do elo fusível, fará com

37
SENAI-PE

que ele rompa sempre no mesmo ponto, evitando o aquecimento nos contatos
do fusível. Tem uma alta capacidade de ruptura com tensão nominal de 500V,
corrente entre 2 A e 100 A.

Acessórios para montagem

Tampa
Peça na qual o fusível é encaixado, permitindo colocar e
retirá-lo da base, mesmo sob tensão. Esta não pode estar
quebrada nem mesmo trincada, e sempre bem apertada
garantindo um bom contato elétrico. Nela existe uma
janela de inspeção por onde se pode checar se o fusível
está ou não queimado, através da presença ou não da
espoleta.

Obs.: A resistência de contato que se apresenta entre a


base e o fusível é a responsável por eventuais
aquecimentos, devido à resistência oferecida na
passagem da corrente. Sendo assim a tampa deve
sempre estar bem ajustada, assim como os contatos bem
firmes.

Anel de proteção
Cobre a rosca metálica da base, evitando choques
acidentais na troca dos fusíveis. Este anel também não
pode estar quebrado ou trincado.

Parafuso de ajuste
Construído em diversos tamanhos de acordo com a
capacidade do fusível, coincidindo a cor com a espoleta
indicadora de queima, colocado no interior da base não
permite a substituição do fusível por outro de maior valor,
o que deixaria desprotegido o circuito ou equipamento.
Existe uma chave apropriada para colocação e extração
dos parafusos de ajuste. O parafuso não deve ficar
folgado na base, pois isto acarretará mau contato e
aquecimento.

Base
É a peça que reúne todas as anteriores. Pode ser
fornecida para fixação por parafusos ou para fixação em
trilho DIN de 35mm.

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SENAI-PE

Extrator para parafuso de ajuste

Capa de proteção
Cobre todo o conjunto deixando a mostra apenas a janela
de inspeção da tampa, através da qual é possível ver se a
espoleta foi ejetada ou não. A capa dispensa o uso do anel
de proteção.

Obs.: Os fusíveis diazed podem ser montados em seccionadoras fusíveis


monopolares, bipolares e tripolares.

Fusível tipo D - Silized

Idênticos aos diazed comuns, porém tem característica de atuação ultra-rápida


e são marcados com uma faixa amarela no corpo isolante. São ideais para
proteção de aparelhos com semicondutores (tiristores e diodos), em
retificadores e conversores, devido a estes componentes serem delicados, não
suportando a intensidade de um curto-circuito por muito tempo.

Fusível tipo D - Neozed


Também idênticos aos diazed comuns, sendo de menores dimensões e de
característica de atuação retardada, sendo encontrados até 63 A. Utilizados
para proteção de redes elétricas e circuitos de comando. Possuem acessórios
como tampa, capa de proteção, base e um anel de ajuste que atua de forma
semelhante ao parafuso de ajuste do diazed. Possuem alta capacidade de
ruptura. Pode ser montado em base unipolar ou em seccionadora-fusível sob
carga Minized até 63 A, que pode ser unipolar, bipolar e tripolar.

39
SENAI-PE

Fusível NH
NH são as iniciais de duas palavras alemães, Niederspannung
= Baixa Tensão e Hochleistung = Alta capacidade. Tem tensão
nominal 500VCA / 250 VCC com capacidade de interrupção de
120kA até 500VCA e 100kA até 250 VCC.

Fusível que possui seu elo envolto em um corpo isolante


cerâmico quadrado ou retangular, preenchido por areia isolante, e com
contatos em forma de faca e prateados, o que proporciona perdas muito
pequenas no ponto de ligação. Estes fusíveis reúnem as características de
fusível retardado para correntes de sobrecarga, e de fusível rápido para
correntes de curto-circuito. São também próprios para proteger circuitos
sujeitos a sobrecargas de curta duração, como por exemplo partida de motores
de indução.

Possui indicador de queima, uma espoleta vermelha. Ela é presa de forma


idêntica as espoletas dos fusíveis diazed, através de um elo indicador de
queima.

Corrente nominal de 6 A a 1000 A, alta capacidade de ruptura, fusão retardada.

Acessórios para montagem

Base
Possui contatos prateados que garantem contato
perfeito e alta durabilidade. Uma vez retirado o
fusível, a base constitui uma separação visível das
fases, por vezes tornando dispensável um chave
seccionadora.

Punho
Destina-se a colocação e retirada dos fusíveis,
mesmo sob tensão, porém nunca sob carga.

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SENAI-PE

Placa Divisória
Compensado de fibra resinada ou Celeron, colocada
entre os fusíveis quando fixados na base. Impede que
corpos estranhos coloquem os terminais dos fusíveis
em curto, e protege a mão do eletricista por ocasião da
colocação ou retirada do fusível sob tensão, nunca
sob carga.

Fusível SITOR
São especialmente indicados para a proteção contra curto-circuitos de diodos e
tiristores, em retificadores e conversores. Tem como função desconectar rápida
e seletivamente o semicondutor do circuito quando este perde sua
característica reversa, protegendo o retificador sem contudo causar
sobretensões elevadas.

Em caso de sobrecorrente ou curto-circuito externo, a sua atuação é tal que


evita danos mecânicos ou elétricos ao semicondutor.

Obs.: Os retificadores de alta corrente possuem diversos semicondutores,


diodos ou tiristores conectados em paralelo. Cada semicondutor é ligado ao
circuito de retificação através de um fusível.
Dados Técnicos:
• Tensão nominal: 600 V a 900 V em CA
• Corrente nominal: 710 A a 1250 A
• Potência dissipada: 150 W a 210 W
• Corrente de curto-circuito: 200 kA

Para que o fusível possa ser conectado tanto a barramentos de cobre como
alumínio seus contatos são estanhados. Uma das extremidades deve ser
conectada a barramento fixo e a outra a barramento flexível com seção no
mínimo de 400mm2, de tal forma a dissipar com eficiência as perdas originadas
no fusível.

Na ligação em paralelo de dois fusíveis deve-se observar uma distância entre


eixos longitudinais maior que 90mm.

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SENAI-PE

SECCIONADORA FUSÍVEL PARA MÉDIA TENSÃO (CANELA)

A chave seccionadora fusível de distribuição, conhecida como canela, é


utilizada para manobra e proteção de redes de distribuição, transformadores,
banco de capacitores, etc.

É uma chave fusível tipo expulsão simples na direção dos contatos articulados
de abertura automática, para instalação externa e tensão até 25 kV.

Possui um isolador de porcelana de alta resistência mecânica.


Conectores paralelos para cabos de cobre ou alumínio, em bronze fundido
estanhado.
Gancho de duralumínio para operação com ferramenta de abertura sob carga “
Loadbuster”
Contatos prateados com alta condutividade elétrica.
Tubo corta-arco fabricado com fibra de vidro vulcanizada envolvida por fibra de
vidro e fenolite.
Sistema de contato tipo Auto-Press com mola helicoidal de aço inoxidável.

O elo fusível é colocado no interior do tubo corta-arco preso na parte superior e


parafusado na parte inferior. Quando o conjunto é colocado no local, ele é
encaixado sob pressão, por ocasião da queima do elo fusível esta pressão é
reduzida, e com a ajuda da ação da gravidade existente mediante o ângulo de
montagem do conjunto, o sistema é expulso do seu contato ficando pendurado.
A partir daí uma equipe da concessionária de energia elétrica retira o conjunto
com uma vara isolante apropriada, substitui o elo queimado e recoloca o
conjunto no seu lugar.

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SENAI-PE

Precauções na substituição de fusíveis


Nunca utilizar um fusível de capacidade de corrente superior ao projetado, nem
por curto período de tempo. É possível porém, por pouco tempo, utilizar um
fusível de capacidade menor, até que seja providenciado o fusível de valor
correto.

Se o rompimento se deu por sobrecarga, fazer um levantamento de carga do


circuito para redimensioná-lo.

Se o rompimento se deu por curto-circuito, proceder a manutenção do circuito


antes da substituição.

Para certificar-se do bom estado de um fusível com relação a condutibilidade,


deve-se usar um ohmímetro, devendo a leitura resultar em ZERO Ω, para o
fusível em perfeito estado.

DISJUNTOR

Conceito
Equipamento destinado a proteger os condutores de um circuito contra
sobrecorrentes, desligando automaticamente o circuito. Entende-se por
sobrecorrente as sobrecargas e os curto-circuitos.

Sobrecarga, quando a corrente excede pouco o valor da corrente nominal. Para


atuar nesta condição o disjuntor deve ter como valor nominal de corrente um
valor maior que o valor da corrente de projeto, porém menor que a capacidade
máxima de condução dos condutores. A atuação é térmica.

43
SENAI-PE

Curto-circuito, quando a corrente excede muito o valor da corrente nominal.


Para satisfazer esta condição o disjuntor deve ter capacidade de interrupção
pelo menos igual a corrente de curto-circuito prevista em projeto para aquele
ponto da instalação. A atuação é magnética.
Obs.: Por norma o disjuntor deve suportar o primeiro curto-circuito sem se
danificar.

Os disjuntores são providos ainda de:


Comando funcional, que pode ser direto ou remoto através de telecomando.
Seccionamento de emergência.

Seccionamento
Proteção contra contatos indiretos, podendo haver o complemento contra
contatos diretos se ao disjuntor for adicionado a proteção diferencial residual.
Proteção contra quedas e faltas de tensão, pela bobina de mínima tensão.

Categorias dos disjuntores em BT


CATEGORIA CARACTERÍSTICAS NORMAS In APLICAÇÕES
Minidisjuntores Construção modular, IEC 898 0,5 a Proteção de
– Disjuntores montagem em trilho. 125 A circuitos terminais
para Instalações em instalações com
domésticas e Disparador não ajustável tensão de no
análogas. máximo 440 VCA
Disjuntores para Construção consagrada, e IEC 947-2 40 a Proteção de
uso geral: tecnologia em constante 3200 A circuitos principais,
Disjuntores em aperfeiçoamento. Ampla de distribuição e
caixa moldada. variedade de disparadores e terminais.
acessórios. 630 a
Ao lado de tradicional 6300 A Proteção do quadro
Disjuntores de construção aberta, versões geral (QGBT).
potência. em invólucros isolantes.
Unidades de disparo versáteis
e com amplos recursos,
incluindo comunicação.

Disjuntor-motor Características apropriadas IEC 947-2 0,1 a Circuitos de


as dos motores. Podem ser IEC 947- 63 A alimentação de
usados como dispositivos de 4.1 motores, máquinas
partida. e processos
industriais.

44
SENAI-PE

Disjuntor para Dispositivos simples, IEC 934 0,1 a Destinados a ser


equipamentos geralmente proporcionando 125A incorporados a
proteção contra sobrecargas equipamentos de
mas não contra curto- utilização
circuitos. (eletrodomésticos,
bombas, etc).

Obs.: Os disjuntores como qualquer outro equipamento obedece a uma


determinada normalização, faremos alguns comentários acerca disto, no
sentido de esclarecer alguns dados incluídos no quadro acima.

A norma IEC 898 especifica disjuntores de Vn ≤ 440V e In ≤ 125 A, para uso


em circuitos CA domésticos e análogos, utilizados por pessoas não
qualificadas, não exigindo manutenção e sem faixa de ajustagem. É o caso dos
minidisjuntores. Estas características não impedem seu uso em ambientes
industriais.

A norma IEC 934 especifica disjuntores para equipamentos.


A norma IEC 947-4 especifica disjuntores utilizados como dispositivos de
partida para motores.

Simbologia - (ABNT – NBR 12523)


A numeração dos contatos pode variar de acordo com o fabricante, porém
o mais comum é o que segue.
Bornes de entrada: 1, 3 e 5
Bornes de saída: 2, 4 e 6,
Contato auxiliar NA: 13 – 14
Contato auxiliar NF: 21 – 22

Atual Usual (aceita por norma)


Condições de funcionamento elétrico
Os contatos devem estar sob pressão: não podem estar frouxos.
Os contatos não podem estar oxidados, queimados ou sujos de graxa ou
óleo.
Os bornes devem estar limpos.
As roscas dos bornes não podem estar espanadas.
A caixa isolante não pode estar quebrada ou trincada.

45
SENAI-PE

A bobina de mínima tensão não pode estar queimada.


Etc.

Mini disjuntores (regidos pela norma NBR IEC 898)

Mini-Disjuntores termomagnéticos para manobra e proteção de


instalações elétricas em geral, contra sobrecarga e curto-circuito.
Ideal para circuito de iluminação, tomadas, comando e pequenos
motores. No aspecto construtivo pertencem a linha modular,
possuem disparo livre, ou seja, mesmo com o acionador travado
o disparo interno ocorrerá. A separação dos contatos ocorre em
menos de 1 ms.

O emprego de ligas especiais à base de prata, oferece uma


elevada segurança contra colagem dos contatos e uma elevada
durabilidade elétrica. São tropicalizados (adaptados para a
temperatura e umidade dos climas tropicais), podendo trabalhar
em ambientes com umidade relativa de até 95% com
temperatura máxima de 45ºC e mínima de -25º C.

Disjuntor industrial tripolar ou chave disjuntora de comando manual e


elétrico tripolar

Dispositivo elétrico de manobra, com capacidade de ligação e interrupção de


circuitos em condições normais, e ainda, capacidade de interrupção automática
dos mesmos em condições anormais como curto-circuito, sobrecarga e
subtensão.

Elementos constitutivos

 Sistema de acionamento
Por alavanca de acionamento frontal
Por alavanca de acionamento rotativo
Por tecla
Normalmente encontramos a indicação ON (ligado) e OFF (desligado).
Quando o disjuntor desarma automaticamente a alavanca de
acionamento vai para a posição desligado.

 Caixa isolante moldada


Estas caixas acondicionam os elementos energizados constitutivos do
disjuntor, de forma a manter o operador totalmente protegido durante a
46
SENAI-PE

operação. O material não se decompõe sob a ação do arco elétrico no


momento da abertura sob carga.

 Câmara de extinção de arco elétrico


Dispositivo responsável pelo abafamento do arco elétrico, formado no
instante da abertura dos contatos móveis e fixos. Este sistema consiste
numa série de placas ou lâminas metálicas, em grade, espaçadas,
montadas em paralelo entre suportes de material isolante, que
extinguem o arco elétrico e absorvem o calor.

 Relé eletromagnético
Elemento sensor de curto-circuito. Quando uma determinada corrente
circula pela bobina, o induzido é atraído e inicia-se uma ação de
desengate através de acoplamento mecânico, fazendo com que os
contatos principais se abram interrompendo o circuito
instantaneamente. O ponto de atuação desta proteção em alguns
disjuntores pode ser ajustado.

 Relé térmico
Elemento sensor de sobrecarga. Composto por elemento bimetálico,
que consiste de duas tiras soldadas de metais, que tem diferentes
coeficientes de dilatação. Isto é, um metal é mais sensível às variações
de temperatura que o outro, dilatando-se mais. O calor liberado por uma
corrente excessiva, sobrecarga, fará com o que todo o elemento se
curve, esta deflexão das lâminas será suficiente para liberar o engate
disparando o disjuntor. Ao passo que o valor da sobrecarga aumenta o
tempo de desarme diminui. O relé térmico pode ser regulado de acordo
com a corrente nominal do circuito que ele está protegendo.

Obs.: A associação da proteção magnética para curto-circuito e térmica


para sobrecarga resulta em um mecanismo termomagnético de
proteção.

 Relé de subtensão
Conhecido como bobina de mínima tensão. Desliga ou impede que a
chave disjuntora seja ligada, quando ocorrer queda ou falta de tensão.
Um valor de tensão entre 40% e 60% do nominal impedirá que os
contatos móveis e fixos travem na posição ligado.

47
SENAI-PE

Faixa de atuação
Instantânea
Curva B 3 In a 5 In Linha extensa e carga sensíveis ou
eletrônicas.
Curva C 5 In a 10 In Iluminação, eletrodomésticos em geral.
Curva D 10 In a 20 In Cargas genéricas e cargas com corrente
elevada de fechamento.

Obs.: Estes valores são indicativos, podendo não ser observados


estritamente pelos fabricantes, ou seja, podemos encontrar um disjuntor
curva D com valores 10In a 15In.

O disparo instantâneo para disjuntores regidos pela IEC 947-2 prescreve


apenas que o disparador, normalmente o magnético, deve provocar a
abertura do disjuntor com uma precisão de ± 20% em torno do valor
ajustado.

Disjuntor-Motor

É um equipamento destinado ao comando e a


proteção dos motores, levando em
consideração a corrente de partida.
Dependendo do fabricante conseguem
manobrar e proteger motores com In da ordem
de 95 A, com capacidade de interrupção de
até 100 kA, podendo substituir os fusíveis,
podendo possuir proteção de falta de fase.
Podem ser termomagnéticos ou apenas
magnéticos. Podem ter atuação por botão de
comando* ou por botão rotativo*.

É possível ser associado a blocos aditivos* de vários tipos. Os contatos NA


ou NF aditivos montados lateralmente à esquerda são chamados
“acionados”. Os montados lateralmente à direita são chamados
“acionadores”, estes últimos disparam por mínima tensão ou por emissão
de tensão.

Pode ter montagem em cofre*. Pode ter comando na porta do painel. Pode
trabalhar associado diretamente a contatores e a relés de sobrecarga.*
Podem ser fixados em trilho de 35mm ou através de parafusos. Os
parafusos de ligação elétrica são normalmente do tipo imperdível. Podem

48
SENAI-PE

ser travados quanto ao ligamento através de cadeado. Podem ser


acionados por botão de soco com chave.

MOTORES ELÉTRICOS

Dentre os motores os que ainda têm a maior aplicação no âmbito industrial


são os motores de indução trifásicos, pois em comparação com os motores
de corrente contínua, de mesma potência, ele tem menor tamanho, menor
peso e exigem menos manutenção.

Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos


elétricos é a noção de que “os objetivos principais dos elementos em um painel
elétrico são:
a) proteger o operador
b) propiciar uma lógica de comando”.

Partindo do princípio da proteção do operador uma seqüência genérica


dos elementos necessários à partida e manobra de motores.

A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e


verificação do circuito.

B) Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se a proteção dos


condutores do circuito terminal.

C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do


enrolamento do motor.

D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura,


ou seja, sem que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a
maior corrente.

49
SENAI-PE

É importante repetir que no estudo de comandos elétricos é importante ter a seqüência


mostrada na figura em mente, pois ela consiste na orientação básica para o projeto de
qualquer circuito.
Ainda falando em proteção, as manobras (ou partidas de motores) convencionais, são dividas
em dois tipos, segundo a norma IEC 60947:

I. Coordenação do tipo 1: Sem risco para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento


seguro da corrente de curto-circuito. Porém podem haver danos ao contator e ao relé de
sobrecarga.

II. Coordenação do tipo 2: Sem risco para as pessoas e instalações. Não pode haver danos
ao relé de sobrecarga ou em outras partes, com exceção de leve fusão dos contatos do
contator e estes permitam uma fácil separação sem deformações significativas.

I. Coordenação do tipo 1: Sem risco para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento


seguro da corrente de curto-circuito. Porém pode haver danos ao contator e ao relé de
sobrecarga.

II. Coordenação do tipo 2: Sem risco para as pessoas e instalações. Não pode haver danos
ao relé de sobrecarga ou em outras partes, com exceção de leve fusão dos contatos do
contator e estes permitam uma fácil separação sem deformações significativas.

É a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica de rotação.


É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens de utilização
de energia elétrica (baixo custo, facilidade de transporte e simplicidade de comando) com sua
construção simples, custo reduzido e grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais
diversos tipos.

50
SENAI-PE

MOTORES MONOFÁSICOS

Devido ao baixo preço e a robustez de um motor de indução, sua aplicação faz


necessário onde há uma rede elétrica trifásica, para produzir um campo magnético rotativo são
motores de pequenas potência com ligação monofásica a dos fios. O motor possui um estator,
rotor, capacitor e na grande maioria das um interruptor centrífugo.

Princípio de Funcionamento

Quando o motor alcança 75% de sua velocidade de trabalho, o interruptor centrífugo


abre e desliga o enrolamento auxiliar e o capacitor deixando de funcionar, o motor fica
funcionando apenas com o campo principal.
Tipos de Motores Monofásicos
Encontram-se motores monofásicos com 2, 4,ou 6 terminais:

• Os motores de 2 terminais são construídos para funcionar em uma tensão apenas 110
ou 220V e não permitem inversão de rotação;

• Os motores de 4 terminais são construídos para funcionar em uma tensão 110 ou


220V, porém permitem inversão da rotação;

• Os motores de 6 terminais são destinados a funcionar em duas tensões 110 e 220V e


permitem ainda inversão de rotação.

É a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica de


rotação. É o mais usado de todos os tipos de motores pois combina as
vantagens de utilização de energia elétrica (baixo custo, facilidade de
transporte e simplicidade de comando) com sua construção simples, custo
reduzido e grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos
tipos.

PRINCIPAIS TIPOS – QUANTO A CORRENTE

Motor de Corrente Alternada: são os mais usados, pois toda a linha de


distribuição de energia elétrica é feita em corrente alternada. Trabalham sob o
princípio da indução eletromagnética, campos girantes. Podem ser
monofásicos ou trifásicos.

51
SENAI-PE

Os motores monofásicos dividem a única fase de alimentação, para produzir


uma segunda fase virtual de forma a gerar torque de partida. Isto usualmente é
feito através de um capacitor de partida, comandado por um conjunto de
platinado e interruptor centrífugo.

PLATINADO INTERRUPTOR CENTRÍFUGO

Motor de Corrente Contínua: são motores de custo mais elevado e além


disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que
converta corrente alternada em contínua. Podem funcionar com velocidade
ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade
e precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas
exigências compensam o custo mais alto da instalação. Não trabalham por
indução eletromagnética, e sim no princípio dos campos cruzados.

52
SENAI-PE

Motor Universal: podem tanto ser utilizados em


corrente contínua como em corrente alternada.
Ex.: eletrodomésticos.
Característica: rotor bobinado e coletor do tipo
comutador na ponta do eixo

PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES QUANTO A VELOCIDADE

Motor Síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para


grandes potências (devido a seu alto custo em tamanhos menores), ou quando
se necessita de velocidade invariável.

Sua velocidade obedece a expressão:


120. f
ηs =
p
Onde:
ηs : É a velocidade síncrona, encontrada no campo magnético girante do
motor. Não depende da carga, mas apenas da freqüência da rede..
ρ : É o número de pólos do motor. Sempre par e inversamente proporcional
a velocidade.
f : A forma de onda senóide que representa o sinal alternado, é chamada de
ciclo, e o tempo gasto para realizar um ciclo chama-se período. Freqüência é o
número de ciclos que ocorre em um segundo. No Brasil a freqüência da rede
de alimentação é de 60Hz, ou seja, 60 ciclos por segundo.

Motor de Indução ou Assíncrono: Funciona normalmente com uma


velocidade constante que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao
seu eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é
amplamente utilizado na prática.

Divide-se em duas partes principais:

Estator: “pacote” de chapas de ferro por onde circula o campo magnético


gerado pela rede de alimentação. É a parte estática (parada) do motor.

53
SENAI-PE

Rotor: Está acoplado ao eixo, podendo ser bobinado ou “gaiola de esquilo”,


sendo este último o mais empregado. É a parte girante do motor, por onde
circula o campo magnético induzido.

Obs.: Os motores elétricos podem ser fixados pela base, como se vê na figura
anterior, ou através de flange, como se vê a seguir.

Ligação do Motor (Fechamento)

Corresponde à preparação do bobinado do motor para ser alimentado com a


tensão da rede.

Enrolamento do motor trifásico com numeração padrão


dos terminais.
Obs.: Os terminais também podem ser identificados com
as letras: U, V, W, X, Y, Z. Relacionadas respectivamente
aos números de 1 a 6 .

Os motores trifásicos com 6 terminais, podem ser ligados em triângulo ou em


estrela, o que possibilita a alimentação em duas tensões de rede.
O motor deverá ser ligado em TRIÂNGULO para a menor tensão da placa, e
em ESTRELA para a maior tensão da placa.

54
SENAI-PE

Ex.: motor trifásico 6 terminais, 220/380V. Este motor pode ser ligado numa
rede trifásica com tensão de linha (fase a fase) igual a 220V com ligação
(fechamento) em triângulo ou com tensão de linha de 380V, com ligação
estrela.

6 4 5

1 2 3

Obs.: As bobinas de um motor, trifásico ou monofásico, são feitas para suportar


a menor tensão de placa, independente da tensão de alimentação.

55
SENAI-PE

DADOS DE PLACA DO MOTOR DE INDUÇÃO

Modelo: 90S 1189


90 S 1189
tipo de carcaça data de fabricação novembro de 1989
espaço em milímetros entre o centro do eixo e a base.

Freqüência nominal (Hz)


Freqüência da rede de alimentação para a qual o motor foi projetado. De
acordo com as normas, os motores devem funcionar satisfatoriamente com
freqüência até + 5% da freqüência nominal do país. A freqüência no Brasil é

60 Hz.

Tensão nominal (V)


É o valor de tensão para a qual o motor foi especificado para funcionamento
em regime nominal. De acordo com as normas, o motor deve funcionar
satisfatoriamente com tensões até + ou – 10% da tensão nominal, desde que a
frequência seja a nominal. Se houver simultaneamente variações de frequência
e tensão, a soma das duas variações não pode ultrapassar 10%, da variação
nominal.

Ex.: motor trifásico 380/660V

Este motor pode ser ligado nas tensões da rede de alimentação em


380V(menor tensão) com ligação triângulo ou 660V(maior tensão), ligando-o
em estrela.

56
SENAI-PE

Tendo potência constante, teremos na maior tensão a menor corrente e vice-


versa.
Potência Nominal (kW ou C.V.)
É a potência que o motor pode fornecer continuamente, dentro de suas
características nominais. (1CV = 736W e 1HP = 746W)

Corrente nominal
É a corrente absorvida quando o motor funciona à potência nominal, sob
tensão e freqüência nominais. Quando o motor tem várias tensões, duas por
exemplo, a maior tensão está relacionada com a menor corrente e vice-versa.

Obs.:
A lei de Ohm diz que tensão e corrente são diretamente
proporcionais, porém a afirmação de que a maior tensão está
relacionada com a menor corrente na placa de um motor e vice -
versa, parece ser uma contradição, vamos analisar.

Para a maior tensão de placa do motor, ele será ligado em


estrela que tem resistência maior, e portanto corrente menor.
Para a menor tensão de placa do motor, ele será ligado em
triângulo que tem resistência menor, e portanto corrente maior.

Ex.:Vamos considerar bobinas com 30Ω, e calcular R


equivalente entre L1 e L3.

Considerando apenas L1 e L3, L2


fica desconectado, então R
equivalente estrela será 30Ω em série
com 30Ω = 60Ω. R maior, I menor.

R equivalente triângulo será 30Ω


em série com 30Ω = 60Ω , e o resultado
em paralelo com 30Ω. R equivalente
total 20Ω . R menor, I maior.

57
SENAI-PE

Vemos então que a lei de Ohm se aplica, porém em cada


situação da placa, a resistência a ser considerada é diferente.
Podemos também analisar de outra forma mais simples.
Em um motor temos P (potência) constante, e temos
P = V.I. Daí temos que V e I são inversamente proporcionais para
podermos ter P constante.

Agora para um transformador podemos fazer o mesmo. No


primário e no secundário as resistências de bobinamento não são
iguais:
Maior tensão – mais espiras – maior resistência – menor
corrente.
Menor tensão – menos espiras – menor resistência – maior
corrente.

Velocidade nominal (rpm)


É a velocidade do motor quando ele fornece a potência nominal, sob tensão e
freqüência nominais, medida em rotações por minuto.
Existem duas velocidades:
Velocidade síncrona do campo girante que obedece a fórmula

120. f
ηs =
p
Velocidade assíncrona do rotor, valor encontrado na placa.
A velocidade assíncrona é um pouco menor que a velocidade síncrona, pois o
campo girante não possui matéria não possuindo inércia, enquanto o rotor
possui matéria girando um pouco mais lento. Esta diferença entre as duas
velocidades é conhecida como Escorregamento (s).

Fator de serviço (FS)


É o percentual que, aplicado à potência nominal, indica a sobrecarga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições
especificadas de tensão e freqüências nominais.
EX.: um motor com FS = 1,15, suporta continuamente 15% acima de sua
potência.

Esta é uma reserva de potência que dá ao motor uma capacidade de suportar


melhor o funcionamento em condições desfavoráveis. Não confundir o FS com
capacidade de sobrecarga momentânea, ou seja, apenas durante alguns
segundos.

58
SENAI-PE

A WEG fabrica seus motores podendo suportar uma sobrecarga de até 60%
sobre o nominal, durante até 15 segundos.

Classe de isolamento (ISOL)


Define o limite máximo de temperatura que o enrolamento do motor pode
suportar continuamente, sem que haja redução de sua vida útil. Conforme
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), as principais classes de
isolamento e suas temperaturas limites são:

Classe de isolamento Temperatura limite


Y 900 C
A 1050 C
E 1200 C
B 1300 C
F 1550 C
H 1800 C
C 4000 C

Regime de serviço (REG.S.)


Também chamado de regime de funcionamento, indica a forma de utilização do
motor no acionamento da carga. É o grau de regularidade da carga a que o
motor é submetido. Os motores normais são projetados para regime contínuo,
isto é, funcionamento com carga constante, igual à potência do motor.

Regime de Serviço

Funcionamento com carga constante


S1 Regime Contínuo
atingindo seu equilíbrio térmico
Funcionamento com carga constante não
S2 Regime de Tempo Limitado
atingindo seu equilíbrio térmico
Seqüência de ciclos idênticos a carga
S3 Regime Intermitente Periódico
constante-repouso
Regime Intermitente Periódico com Seqüência de ciclos idênticos, partida-
S4
partidas carga constante-repouso
Regime Intermitente Periódico com Seqüência de ciclos e regimes idênticos
S5
Frenagens Elétricas com partida e carga constante
Seqüência de ciclos e regimes idênticos
Regime de Funcionamento Contínuo
S6 com carga constante , funcionamento a
com Carga Intermitente
vazio, não existindo período de repouso
Regime de Funcionamento Contínuo Seqüência de ciclos e regimes idênticos
S7
com Frenagens Elétricas com partida e carga constante
Regime de Funcionamento Contínuo
S8 com Mudança Periódica na Relação xxxx
Carga/Velocidade de Rotação
59
SENAI-PE

Grau de proteção (IP)


É um código padronizado pelas letras IP (índice de proteção) que definem,
segundo a norma IEC 34-5 e ABNT NBR-6146, os graus de proteção dos
equipamentos elétricos contra penetração de corpos sólidos estranhos e
contato acidental, além de, penetração de líquidos. Ex.: IP 54 – equipamento
com proteção completa contra toque, acúmulo de poeira nociva e respingos de
água em todas as direções. (a tabela completa já foi apresentada).

Categoria de conjugado (CAT)


Conjugado – também chamado de torque, momento ou binário, é a medida do
esforço necessário para girar o eixo. A categoria de conjugado é a
classificação conforme as características de conjugado em relação à
velocidade e à corrente de partida. Conforme definição da norma NBR 7094, os
motores de indução são classificados como:

Categoria N
Com conjugado de partida normal e corrente de partida normal, constituem a
maioria dos motores encontrados no mercado. São utilizados para
acionamento de cargas normais tais como bombas, máquinas operatrizes e
ventiladores.

Categoria H
Com alto conjugado de partida e corrente de partida normal. Usados para
cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras,
transportadores, carregadores, cargas com alta inércia, britadores, etc.

Categoria D
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal, com velocidade nominal
mais baixa que das categoria anteriores. Usados em prensas excêntricas e
máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos; em
elevadores e em cargas que necessitam de conjugado de partida muito alto e
corrente de partida limitada.

Ip/In
Fator multiplicador da corrente nominal que indica a corrente na partida. Par
vencer a inércia e iniciar o movimento acelerando até a velocidade nominal, o
motor de indução solicita à rede de alimentação uma corrente superior a
corrente nominal. Para se conhecer o valor da corrente de partida, basta
multiplicar a corrente nominal pelo Ip/In.
Ex.: Ip/In = 7
In = 15A Ip = 15 x 7 = 105 A
60
SENAI-PE

Letra código
Também chamada de código de partida, é a indicação padronizada, através de
uma letra, da corrente de rotor bloqueado do motor. A letra código fornece um
valor numérico a partir de uma tabela, substituindo na fórmula abaixo, teremos
a corrente de partida.

Letras Códigos e Relação kVA/c.v. com Rotor Bloqueado

Letra Código Kva/C.V.


A 0 -3,14
B 3,15 – 3,54
C 3,55 – 3,99
D 4,00 – 4,49
E 4,50 – 4,99
F 5,00 – 5,59
G 5,60 – 6,29
H 6,30 – 7,09 Pno min al (c.v.) x( kVA / c.v.) x10 3
J 7,10 – 7,99
Ip =
K 8,00 – 8,99
Vno min al x 3
L 9,00 – 9,99
M 10,00 - 11,19
N 11,20 – 12,49
P 12,50 – 13,99
R 14,00 – 15,99
S 16,00 – 17,99
T 18,00 – 19,99
U 20,00 – 22,39

Obs.: Os dados de placa, particularmente corrente e velocidade, são para


condições nominais de funcionamento.

61
SENAI-PE

MOTORES TRIFÁSICOS

Este motor já vem fechado para uma


determinada tensão.

Fechamento estrela para a maior tensão de


placa e triângulo para a menor tensão de
placa.
Este fechamento já foi apresentado, e a chave
magnética será apresentada adiante.

São dois bobinamentos fechados de


forma independente.
Quando um dos enrolamentos está
sendo usado o outro deverá estar em
aberto (evitando sobre aquecimento),
porém com seus terminais isolados
(evitando risco de choque).

62
SENAI-PE

Dahlander. As duas
velocidades devem ser
comparadas considerando as
velocidades síncronas, ou
seja, do campo magnético.

O enrolamento Dahlander
permite duas velocidades e
o segundo permite mais
uma velocidade.
A existência de dois
terminais com número dois
no enrolamento Dahlander,
permite que o segundo
enrolamento seja usado
sem que o Dahlander fique
sobre aquecido.
Quando um enrolamento está sendo usado o outro tem que ter seus terminais
abertos e isolados.

Variação do motor de 12 terminais, que


permite apenas duas tensões, das
quatro que o de doze permite.

63
SENAI-PE

Motor de 12 terminais, 4 tensões.

CHAVES MAGNÉTICAS PARA MOTORES TRIFÁSICOS

Elas devem assegurar quatro funções:

1. Seccionamento – isolar da rede todos os condutores ativos, para permitir


intervenções seguras de manutenção preventiva ou corretiva.
2. Proteção contra curto circuito – deter e interromper o mais rápido
possível correntes elevadas de curto circuito para impedir a deteriorização
da instalação.
3. Proteção contra sobrecargas – detecção e interrupção das correntes de
sobrecarga no funcionamento, antes que a elevação de temperatura do
motor e dos condutores provoque deteriorização dos isolantes.
4. Comutação – é o comando do motor, considerando-se as sobrecargas de
partida com cadência de manobras elevada e com vida elétrica
consideravelmente importante.

COMPONENTES DA CHAVE DE PARTIDA

CONTATOR

Chave de operação eletromagnética, que tem uma única posição de repouso e


é capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições
normais do circuito, inclusive sobrecargas no funcionamento.

Contatores de força
Responsáveis pela conecção do motor à rede de alimentação.

Contatores auxiliares
Usados para fins de comando, intertravamento e sinalização.
64
SENAI-PE

Princípio De Funcionamento Básico dos Contatores


Quando a bobina não está energizada (estado de repouso) as molas de curso
mantêm o núcleo móvel afastado do núcleo fixo e o contator permanece na
posição “ABERTO”, com os contatos de força abertos.

Ao circular corrente na bobina sob tensão nominal, há formação de um campo


magnético que atrai o núcleo móvel juntamente com o cabeçote que suporta os
contatos móveis, “FECHANDO” o contator e permitindo a passagem de
corrente.

Quando a alimentação da bobina é interrompida, cessa a atração e as molas


de curso e de contato afastam o núcleo móvel e o cabeçote, levando o contator
à posição “ABERTO”.

Contato Principal

É aquele componente de ligação que, em estado fechado, conduz a corrente


do circuito principal, ou seja , a corrente de operação.

Identificação
São numerados de acordo com a norma DIN EN 50011.Os terminais de
entrada 1, 3 e 5 voltam-se para a rede (fonte) enquanto os terminais de saída
2, 4 e 6 voltam-se para o motor (carga).

65
SENAI-PE

Bobina
Componente responsável pela formação do campo eletromagnético que atrai o
núcleo móvel. Seus terminais de alimentação são identificados por A1 e A2.

Contatos de Força também podem ser


L1, L2, L3 (Linha) e T1, T2, T3 (Terminal do motor)

Contato Auxiliar

É o componente de ligação que pode ser aberto (NA ou NO - open) ou fechado


(NF ou NC - close). Por estes contatos circula a corrente do circuito de
comando do motor.
São identificados por números de dois dígitos de acordo com a norma,
respeitadas as determinações a seguir:
Função:
A função do contato é indicada pelo segundo dígito, conforme o convencionado
pela norma, como segue:
Contato normalmente fechado (abridor) - (NF)
Contato normalmente aberto (fechador) - (NA)

Contato normalmente fechado atrasado na abertura (abridor atrasado).


Contato normalmente aberto adiantado no fechamento (fechador adiantado)

66
SENAI-PE

Os casos acima representam as funções usuais em contatores, sendo o


número superior o de entrada e o inferior o de saída.
Exemplo: Contator de força 22E, com 4 contatos auxiliares, dois abertos e dois
fechados.

TIPOS

Contator de Força ou Potência

Responsável em estabelecer, conduzir e interromper correntes de operação.

Existem contatores utilizados em corrente elevada: contator de barramento,


tetrapolar e para acionamento de banco de capacitores.

67
SENAI-PE

Contator Auxiliar ou de Comando

É aquele responsável pelo acionamento de dispositivos de comando.

Disposição dos Contatos dos Contatores Auxiliares

Existem contatores auxiliares com vários tipos e quantidades de contatos. A


figura abaixo mostra a quantidade de contatos, em acionamento CA e CC, para
um determinado tipo de fabricante.

Exemplo de algumas disposições de contatos em contatores auxiliares:

ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

68
SENAI-PE

Contatos Principais
Existem diferentes formas de construção do contato fixo e móvel e da câmara
de extinção do arco voltaico, conforme a carga de serviço nominal de um
contator. O final da vida elétrica dos contatos principais, dá-se quando as
pastilhas de prata dos mesmos têm seu volume reduzido a 1/3 do inicial. Faz-
se necessária, então, a substituição dos mesmos. Existem fabricantes que
incorporam no contator um sinalizador visual do estado do contato para
programações de manutenção preventiva e/ou corretiva.

Contatos Auxiliares
Existem a partir de 6 A a 10 A, dependendo da categoria de emprego. Deve-se
alertar para um aspecto importante: não devem ser feitas modificações na
estrutura do contator. No caso dos contatos auxiliares, modificações de um 11
(1NA + 1NF) para 22 (2NA + 2NF) afetará consideravelmente a operação do
contator, devido ao maior número de molas, comprometendo sensivelmente o
contator no que se refere 1a vida elétrica e mecânica. Também surgirão
problemas na substituição dos contatos por outros não originais.

SISTEMA DE ACIONAMENTO

O acionamento dos contatores pode ser realizado em CA ou CC, por serem


dotados de bobina e núcleo para cada tipo de corrente.

Acionamento CA

O campo magnético é produzido através da bobina.


Para este sistema, existem anéis em curto-circuito, que
se situam sobre o núcleo fixo do contator e evitam o
ruído devido a passagem da CA por zero.

69
SENAI-PE

Acionamento CC

Este sistema de acionamento difere do CA na constituição do circuito


magnético, devido à ausência de anéis em curto-circuito em seu núcleo. Em
alguns fabricantes, os contatores de potência possuem uma bobina com
enrolamento em derivação (uma parte para atracamento e outra para
manutenção), sendo inserido no circuito desta, um contato NF retardado na
abertura que curto-circuita parte do enrolamento durante a etapa de
atracamento.

O enrolamento com derivação tem como função reduzir a potência absorvida


pela bobina após o fechamento do contator, evitando com isto o sobreaque
cimento ou a queima da bobina.

APLICAÇÃO

Chaveamento de cargas CA ou CC atuadas em CC. Este sistema de atuação


por contatores em corrente contínua é recomendado em circuitos onde os
demais equipamentos de comando sejam sensíveis aos efeitos das tensões
induzidas pelo campo magnético da corrente alternada, por exemplo
microprocessadores. Isto é comum em circuitos para acionamentos de motores
utilizando conversores e/ou CLP’s , por exemplo. Tem também larga aplicação
em sistemas de iluminação de emergência, comando de subestações em CC, e
painéis de proteção em geral.

70
SENAI-PE

CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Tensão nominal de serviço do contator (Ue):


É o valor de tensão que determina, conjuntamente com a corrente nominal de
serviço, a utilização do contator. Com a tensão nominal de serviço se
relacionam a capacidade de ligação e de interrupção, tipo de funcionamento e
categoria de emprego.

Categoria de emprego:
Determinam as condições de ligação e interrupção da corrente nominal de
serviço e da tensão nominal de serviço correspondente parra a utilização
normal do contator, nos mais diversos tipos de aplicação, para CA ou CC.

Limites de temperatura:
Os contatores são projetados e construídos, para operar em uma faixa de
temperatura ambiente, normalmente de – 200 c a + 550 C, porém deve-se
consultar o catálogo dos fabricantes.

Vibrações:
Sob vibração e impactos violentos, os contatores podem apresentar
modificações em seu estado de operação, devendo pois, serem instalados
sobre superfície rígida.

Altitude:
Com o aumento da altitude, há uma diminuição da densidade do ar, influindo
na tensão disruptiva do mesmo e conseqüentemente, na tensão e corrente de
serviço, assim como na capacidade de dissipação de calor (resfriamento do
contator).

A norma IEC 158 determina que a altitude local de instalação não deve exceder
a 2000m. já a NBR 6808, relativa a Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa
Tensão, em razão da gama de equipamentos envolvidos nestas instalações,
limita a altitude inicialmente em 1000m e em seguida apresenta uma tabela
com fatores de correção para uso em locais com altitudes acima de 1000m.

Índice de Proteção:
As normas IEC 34-5 e ABNT-NBR 6146 definem os graus de proteção dos
equipamentos elétricos por meio das letras características IP (índice de
proteção) seguidas por dois algarismos.
71
SENAI-PE

10 algarismo – grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos


e contato acidental.

20 algarismo – grau de proteção contra penetração de líquidos.


Variação de tensão:
Para garantir um bom funcionamento dos contatores, deve-se alimentar as
bobinas com tensões nominais e estáveis. De um modo geral as bobinas são
comercializadas para operar na faixa de 0,85 a 1,1 x Un (tensão nominal),
porém para valores precisos deve-se consultar o catálogo do fabricante.

72
SENAI-PE

Tensão de comando (Ub):


É a tensão a ser aplicada nos terminais das bobinas dos contatores.

Posição de montagem:
Os contatores normalmente devem ser montados sobre parede vertical. No
entanto admitem-se inclinações que variam de acordo com o tipo do contator e
sua fabricação. Inclinações diferentes das especificadas causam a redução da
vida elétrica. Quanto ao aspecto mecânico, pode ocorrer mau funcionamento
em contatores maiores. A figura abaixo mostra contatores e suas posições de
montagem para um determinado tipo de fabricante.

ACESSÓRIOS

Bloco Aditivo de Contatos Auxiliares

Bloco acoplável ao contator com contatos auxiliares que podem ser encaixados
frontal ou lateralmente no contator. Estes blocos podem ser encontrados com
1, 2 ou 4 contatos auxiliares, de vários tipos (1NA + 1NF, 2NA + 1NF,
4NA,etc.).

73
SENAI-PE

Bloco Aditivo Temporizado

Bloco acoplável aos contatores com temporizador pneumático ou eletrônico, ao


repouso (retardo no desligamento) ou ao trabalho (retardo na ligação).

Bloco Supressor de Sobretensão

Utilizados no amortecimento das sobretensões provocadas por contatores


durante as operações de abertura, sobretensões estas que podem colocar em
risco de dano componentes sensíveis à variações de tensão, ligados em
paralelo com a bobina do contator.

74
SENAI-PE

Existem ainda outras combinações de componentes como varistores, diodos,


resistores e capacitores. Dos exemplos citados desaconselha-se a utilização de
diodos e resistores, visto que o baixo valor ôhmico destes componentes
criariam um circuito paralelo à bobina do contator por onde circulariam
correntes que retardariam o desaparecimento do campo magnético e
prolongariam o tempo para a abertura do contator, aumentando
consideravelmente o desgaste dos contatos por queima (arco voltaico). Já ao
contrário, a utilização de varistores,ou resistores e capacitores em série,
formando um circuito RC, ligados em paralelo à bobina do contator pouco
influiriam sobre as características de desligamento do contator. Das duas
opções apresentadas, a do circuito RC apresenta-se mais viável por razões de
custo. A disposição do circuito RC em relação à bobina do contator é
demonstrada abaixo.

Módulo de Interface

Utilizado para ligação de diferentes níveis de tensão ou corrente, em CA ou


CC.

Intertravamento Mecânico

Combinação que garante mecanicamente a impossibilidade de fechamento


simultâneo entre dois contatores, mesmo quando submetidos a choques
mecânicos mais violentos na direção do fechamento.

75
SENAI-PE

Alguns fabricantes têm um sistema realizado através de uma trava, sendo que
os dois contatores que compõem o conjunto, são unidos através da soldagem
dos grampos de fechamento dos mesmos.

Em outros casos, a montagem dos contatores é feita sobre uma base de


fixação, sendo que o intertravamento é realizado por um pêndulo situado entre
ambos.

Peças de Reposição

Bobinas
São encontradas em diversos níveis de tensão em CA (12V, 24V, 48V, 120V,
220V, 380V, 440V e 600V) ou em CC (12V, 24V, 48V, 125V, 220V, 440V e
600V), dependendo do fabricante.

Jogo de contatos
A partir de determinados níveis de corrente os contatos dos contatores podem
ser substituídos quando do seu desgaste excessivo. Podem ser trocados os
contatos fixos assim como os móveis.

76
SENAI-PE

Câmara de Extinção de Arco Voltaico

É o dispositivo responsável pelo “abafamento“ do


arco elétrico, formado no instante da abertura dos
contatos do contator.

DEFEITOS E SUAS CAUSAS

Contator Não Liga.


• Fusível de comando queimado
• Relé térmico desarmado
• Comando interrompido (condutor desconectado)
• Bobina queimada: Por subtensão;
Ligada em tensão errada;
Subtensão (principalmente CC);
Corpo estranho no entreferro.

Contator Não Desliga


• Linha de comando longa (efeito de “colamento” capacitivo);
• Contatos soldados: Correntes de ligação elevadas(p. ex. comutação de
transformadores a vazio);
Comando oscilante;
Ligação em curto-circuito;
Comutação Y ∆ defeituosa.

Contator Desliga Involuntariamente


• Quedas de tensão fortes por oscilação da rede ou devido à operação de
religadores.

77
SENAI-PE

Faiscamento Excessivo

• Instabilidade da tensão de comando:


Regulação pobre da fonte;
Linhas extensas e de pequena secção;
Correntes de partida muito altas;
Subdimensionamento do transformador de comando com
diversos contatores operando simultaneamente.
• Fornecimento irregular de comando:
Botoeiras com defeito;
Fins de curso com defeito.

Contator Zumbe
• Corpo estranho no entreferro;
• Anel em curto-circuito quebrado;
• Bobina com tensão ou freqüência errada;
• Superfície dos núcleos, móvel e fixo, sujas ou oxidadas, especialmente
após longas paradas.
• Fornecimento oscilante de tensão no circuito de comando;
• Quedas de tensão durante a partida de motores.

Contator Com Relé Térmico, Relé Atuou

• Motor não atinge a rotação nominal porque o relé atua:


Relé inadequado ou mal regulado;
Tempo de partida muito longo;
Freqüência de ligações muito alta;
Sobrecarga no eixo.

• Bimetais azulados, recozidos ou enrolamento de aquecimento queimado:


Sobrecarga muito elevada;
Fusíveis superdimensionados;
Queda de tensão em uma fase (motor zumbe);
Elevado torque resistente (motor bloqueia).

78
SENAI-PE

Fusíveis de força
Dispositivos de proteção contra curto circuito e seletivamente (em combinação
com relé de sobrecarga) contra sobrecargas de longa duração, em circuitos de
força.

Fusíveis de comando
Usados na proteção contra curto circuito e seletivamente (em combinação com
relé de sobrecarga) contra sobrecargas de longa duração, em circuitos de
comando.

Sinaleira: Lâmpada incluída no comando, que


normalmente é instalada na porta de painéis
elétricos para sinalizar uma ocorrência.

Borne: Elemento de ligação entre o painel


elétrico e os equipamentos externos. É montado
em uma borneira apropriada.
.

79
SENAI-PE

RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA


Dispositivo de proteção e, eventualmente, de comando à distância, cuja
operação é produzida pelo movimento relativo de elementos mecânicos, sob a
ação de determinados valores de corrente nos circuitos de entrada.
Usados para proteção do motor contra sobrecargas em regime, inclusive falta
de fase e rotor bloqueado.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O funcionamento dos relés de sobrecarga de atuação mecânica baseia-se no


princípio da dilatação linear de dois metais diferentes quando acoplados
rigidamente.

80
SENAI-PE

O material de maior coeficiente de dilatação é denominado componente ativo


enquanto o de menor coeficiente é denominado componente passivo.
A curvatura de um bimetal numa dada temperatura depende da diferença entre
os dois coeficientes e tende sempre para o lado do material de menor
coeficiente.

Funcionamento Básico do Relé de Sobrecarga

O relé de sobrecarga pode ser dividido em dois circuitos fundamentais:

Circuito Principal ou de Potência


Neste circuito a corrente do motor circula através de resistências auxiliares que
envolvem os bimetais. Estas resistências variam de acordo com a faixa de
operação.

A corrente nominal aquece os bimetais provocando uma deformação não


suficiente para desarmar o relé.
Quando ocorre uma sobrecarga, esta se reflete num aumento de corrente
fazendo com que os bimetais se aqueçam mais e se desloquem provocando o
desarme do relé.
A interligação dos dois circuitos é feita por uma alavanca mecânica acionada
pelos bimetais.

81
SENAI-PE

Circuito Auxiliar ou de Comando


É composto de:

• contato tipo reversor ou de dois contatos separados 1NA +1NF, por onde
circula a corrente de comando (alimentação da bobina do contator);
• botão de regulagem tipo came através do qual é feito o ajuste de corrente;
• botão de rearme que tanto pode ser acionado manualmente como pode ser
fixado em posição de rearme automático através de dispositivo de trava;
• bimetal de compensação de temperatura que proporciona ao relé operar, de
–20 a 600 C, sobre uma mesma curva de desarme. Este bimetal desloca-se
conforme a temperatura ambiente de forma favorável à regulagem do came.

Dispositivo de Proteção Contra Falta de Fase

• posição de descanso
• sobrecarga tripolar
• sobrecarga bipolar

O dispositivo de proteção contra falta de fase é composto por duas hastes


móveis (braços 1 e 2) ligados à alavanca móvel 3. esta transmite o movimeto
dos bimetais ao circuito auxiliar (ao contato reversor ou aos contatos NA e NF)
sempre que a alavanca 3 chegar em “S “ haverá o desarme do relé.

82
SENAI-PE

Em caso de sobrecarga tripolar o deslocamento dos bimetais é uniforme


empurrando os braços 1 e 2 que levam alavanca 3 em deslocamento paralelo
ao dos bimetais, isto provoca o desarme do relé.

Quando a sobrecarga é bipolar (falta de fase) o braço 2 é mantido na posição


inicial através do bimetal sem corrente.

Por meio de uma relação de braço de alavanca o caminho percorrido pelos


bimetais sob corrente é transmitido à alavanca 3. Esta relação amplia o
movimento desarmando o relé com um menor deslocamento dos bimetais.
Desta forma, para uma mesma corrente o tempo de desarme do relé é menor
para sobrecarga bipolar do que sobrecarga tripolar.

Tempos de Desarme no Caso de Sobrecarga Segundo A Norma Vde 660

SOBRECARGA TEMPO DE ATUAÇÃO


1,05 X In > 2h (frio)
1,20 X In < 2h (quente)
1,50 X In < 2 min (quente)
6,00 X In > 5 seg (frio)

Identificação
São numerados de acordo com a norma DIN EN 50011.Os terminais de
entrada 1, 3 e 5 voltam-se para a rede (fonte) enquanto os terminais de saída
2, 4 e 6 voltam-se para o motor (carga), isto para os contatos de potência.
São identificados por números de dois dígitos de acordo com a norma,
respeitadas mesmas determinações dos contatos auxiliares empregados em
contatores.

Nota: este tipo de contato ao lado, é chamado contato tipo reversor onde existe
um terminal comum (95) e os demais para comutação.

83
SENAI-PE

RELÉ DE PROTEÇÃO ELETRÔNICO

• Os relés eletrônicos de proteção, versão para motores, podem ser


equipados com módulos adequados às necessidades específicas do
utilizador

• Ele supervisiona o funcionamento das máquinas e tem conhecimento, a


cada instante e com precisão, do aquecimento dos motores e alternadores.
Podendo dessa forma antecipar-se quanto às conseqüências de utilização
anormal.

Em sua versão básica o relé protege contra:


• sobrecargas térmicas;
• desequilíbrios de fases;
• falta de fases.

Podem ser utilizados com ou sem transformadores de corrente dependendo do


seu modelo além de possuir módulos acopláveis ao relé com funções
complementares tais como:

Proteção por sondas PTC: esse módulo permite o controle de temperatura


exata do motor, estando equipada por três sondas PTC (coeficiente de
temperatura positivo). Havendo elevação anormal de temperatura do motor, o
relé de proteção desliga. O rearme somente será possível após resfriamento.

Partida estrela-triângulo: esse tipo de partida se aplica aos motores sem


carga ou com cargas pequenas. A comutação para “ triângulo”, após a partida,
é controlada de maneira amperimétrica pelo relé, com valor de comutação (1,5
In “estrela”).

Se este valor de nível não for atingido, quando de uma partida muito longa ou
anormalmente longa, uma temporização efetua a passagem “de estrela” para
“triângulo” após um tempo regulado sobre o módulo, de 1 a 30 segundos. Esse
funcionamento será sinalizado por um LED vermelho, na parada do motor.
84
SENAI-PE

Nesse caso de comutação forçada, é necessário, para dar uma nova partida,
descarregar o motor para corrigir o defeito, e rearmar o relé de proteção.

Proteção contra bloqueios e sobreconjugados: esse módulo controla sobre


conjugados causados por sobrecorrentes de 1,5 a 3 vezes a corrente regulada
do relé. Aplicáveis para motores que acionam máquinas com serviço severo
dos tipos moedor, misturador, triturador. Devem ser protegidos contra: trancos
eventuais muito fortes, travamento e supercarregamento, que aumentam o
risco de uma redução acentuada da vida do motor.

CONDIÇÕES DE SERVIÇO

Temperatura Ambiente
Segundo a norma VDE 0660 – parte 104, um relé térmico de sobrecarga deve
ser capaz de trabalhar numa faixa de - 50 C a + 400 C. Alguns fabricantes
estendem esta faixa para –200 C a 600 C, valores referidos à umidade relativa
do ar a 50%. Deve-se consultar o catálogo dos fabricantes.

Compensação de Temperatura
Os relés são montados com bimetais de compensação, a fim de evitar a
influência da variação da temperatura ambiente sobre as características de
desarme do relé.

Posição de Montagem
Os relés são fixados em paredes verticais, na posição de emprego de acordo
com o catálogo do fabricante, porém, de uma maneira geral, inclinações de até
22,50 são admissíveis para todos os lados.

Acessórios

Base de Fixação
Permite a fixação individual do relé tanto em trilhos suportes como por
parafusos.

85
SENAI-PE

Garras de Acoplamento
Necessários para o acoplamento aos contatores.

Características de Operação

Corrente Nominal do Motor


É a característica básica de escolha da faixa de corrente de um relé. Serve
inclusive para o ajuste do mesmo, através do botão de regulagem.

Característica da Rede
De modo geral os relés são apropriados para instalações com freqüências de
rede entre 0 Hz (CC) a 400 Hz, com exceções dos relés acoplados com TC’s,
que devem ser aplicados apenas para 60 Hz. A influência da freqüência, nessa
faixa , sobre os valores de desarme pode ser desprezada. O maior valor de
tensão admissível para o relé é sua tensão nominal de isolação.

Número de Manobras
A correta proteção de um motor com relé de sobrecarga
é garantida para operação contínua ou uma freqüência
de manobras de até 15 manobras por hora. Após cada
manobra os bimetais do relé deverão resfriar
(temperatura ambiente), voltando à posição original
(repouso).

86
SENAI-PE

Relés de tempo
São temporizadores para controle de tempo de curta duração. Podem ser ao
repouso ou ao trabalho; eletrônicos, eletromecânicos ou pneumáticos.
Normalmente possuem contato reversível
NC – 15
NF – 16
NA - 18

Relé de tempo com retardo na energização


Ao Trabalho
ou “On Delay”

Ilustração do Catálogo Altronic – linha Piccoli

A temporização tem início no momento da energização dos terminais de


alimentação, normalmente A1 e A2. O relé só comutará seus contatos de saída,
após transcorrido o tempo programado (NA fecha e NF abre), se a tensão for
retirada dos terminais de alimentação antes da temporização ter sido
concluída, os contatos não irão comutar. Após a comutação os contatos só
retornarão a sua posição de repouso após a retirada da alimentação dos
terminais de alimentação.
O nome “relé de tempo em trabalho”, vem do fato da contagem de tempo ser
feita com o relé energizado.

87
SENAI-PE

Relé de tempo com retardo na desenergização


Ao Repouso
ou “Off Delay”.

Ilustração do Catálogo Altronic – linha Piccoli

A temporização só tem início no momento da desenergização dos terminais


de alimentação, normalmente A1 e A2. O relé comutará os seus contatos de
saída, no momento da desenergização e os manterá assim pelo tempo
programado, assim que o tempo se esgotar os contatos voltarão ao seu estado
de repouso. Se os terminais de alimentação do relé forem novamente
energizados antes da contagem do tempo programado ter se encerrado, o relé
resetará a contagem e seus contatos voltarão ao seu estado de repouso.
O nome “relé de tempo em repouso”, vem do fato da contagem de tempo ser
feita com o relé desenergizado,

O temporizador eletrônico normalmente tem contatos, 15 – 16 fechado e 15 –


18 aberto (15 é comum).

O temporizador pneumático tem contatos 55 – 56 fechado e 67 – 68 aberto.

Relé de tempo Estrela Triângulo

Ilustração do Catálogo Altronic – linha Piccoli

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SENAI-PE

Relé especial usado para temporizar a chave de partida estrela triângulo, daí o
nome. Possui dois circuitos de temporização, um de tempo ajustável
normalmente até 30 segundos, para a etapa estrela, e outro de tempo fixo
normalmente 100 ms, para a comutação triângulo.

O contato ajustável é numerado 15 – 16 (fechado) e 15 – 18 (aberto). O contato


de tempo fixo é numerado 25 – 26 (fechado) e 25 – 28 (aberto).

Quando os terminais de alimentação deste relé são energizados seu contato de


tempo ajustável comuta (o fechado, abre), e após ter terminado o tempo
programado este contato volta a condição de repouco. Após o tempo fixo (100
ms) o segundo contato comuta (o fechado, abre), e esta condição continuará
até os terminais de alimentação serem desenergizados.

Transformador de comando
Tem como objetivo principal compatibilizar a tensão da rede com a tensão de
comando. Normalmente o comando tem nível baixo de tensão por medida de
segurança. A norma, assim como a experiência de campo, recomendam 220V.
O trafo isola eletricamente o circuito de comando do principal. Com esta prática
o circuito de comando estará isento de qualquer anomalia (curto-circuito,
sobrecarga) do circuito de força.

Autotransformador de partida
São aplicados em chaves de partida compensadora para permitir a redução da
tensão de alimentação e com isto a corrente de partida dos motores.

Sequencímetro ou Fasímetro
Elemento utilizado para monitoração da seqüência de fase em motores
trifásicos, detectando qualquer inversão na seqüência das fases R, S e T.

Protetores térmicos (sondas térmicas)


• Protegem motores diretamente contra elevações de temperatura acima das
especificações
• A prova de explosão
• Freqüência de manobras elevada
• Tempo de partida muito elevado (partida lenta);
• Ambientes quentes.
• São determinados em função da classe de isolamento dos motores.

89
SENAI-PE

Os protetores térmicos mais usados são:

1. Termistores - PTC
São dispositivos feitos de material semicondutor que, para um determinado tipo
de temperatura sofrem variação brusca no valor da sua resistência.
Relé de proteção PTC
Usado para proteção térmica de motores que usam um dispositivo PTC como
sensor.

2. Termostatos
Instalados entre as espiras do motor, sempre no lado oposto ao ventilador. Seu
princípio de funcionamento baseia-se na deformação de lâminas bimetálicas
com o calor.

Relé de falta de fase


Com Neutro - detectam a falta de uma ou mais fases para
com o neutro e monitoram o defasamento existente entre
as fases R, S e T.
Sem o neutro – monitoram o defasamento existente entre
as fases R, S e T.

Relé de mínima e máxima tensão


São utilizadas na supervisão de redes de alimentação monofásicas e trifásicas,
protegendo-as contra variação de tensão da rede além de limites pré-fixados.

MECANISMO DE ACIONAMENTO

Podem ser:
Manuais
Onde a responsabilidade do acionamento é toda do operador.

Botoeira ou Botão de Comando

Botão de pulso com contatos abertos e fechados, que ao


ser pressionada abre os contatos fechados e fecha os
abertos. Assim que a pressão é eliminada os contatos
voltam ao seu estado de repouso.

90
SENAI-PE

 Mecânicos
A responsabilidade do acionamento é devido ao contato mecânico da máquina
ou material sólido sob contato mecânico no cabeçote deste dispositivo. Os
elementos usados neste tipo de acionamento são as chaves tipo fim de curso e
os microswicht (fins de curso de pequeno porte).

 Eletrônicos
Na presença de corpos próximos aos sensores, estes comutam seus contatos
que serão utilizados no comando ou proteção do circuito. Os sensores mais
utilizados são:

 Sensores tipo capacitivo: detectam a presença de corpos densos em


sua proximidade.
 Sensores tipo indutivo: detectam a presença de corpos ferrosos em sua
proximidade.

 Sensores Ópticos: podem ser utilizados para detectar da presença de


corpos refletores de iluminação e/ou no corte de sinal luminoso entre um
emissor e receptor acoplado ao sistema.

Controladores de Nível
Utilizados no acionamento indireto de motores através
de contatores ou acionando diretamente motores de
pequenas potências.

91
SENAI-PE

TIPOS DE CHAVES DE PARTIDA

Partida Direta
Consiste na ligação do motor diretamente à rede de alimentação sob tensão
plena. Neste caso, o motor parte com seu valor de conjugado nominal e
corrente de partida elevado. Sempre que possível, o tipo de partida deve ser
direta, já que o motor foi projetado para estas condições (corrente e tensões
nominais).

Usada em motores ligados diretamente a rede da concessionária, com potência


até 5CV (trifásico) e até 3CV (monofásico). A partir destes valores a norma
exige chave de redução de pico de partida (estrela-triângulo, compensadora,
soft starter; etc).

Dimensionamento da Chave de Partida Direta

Os equipamentos são dimensionados pela corrente do motor, em função da


tensão de operação e número de pólos.

Contator C1 = I nominal do motor.

Relé de Sobrecarga FT1 = I nominal do motor (especificar o equipamento de


forma que este valor (In), fique aproximadamente no meio da escala de
regulagem do relé).

Fusíveis F1, F2, F3 = Ip


Ip é a corrente de partida, conseguida multiplicando-se a constante Ip / In pela
corrente nominal. Este valor dura cerca de 5 segundos.

Estes valores (Ip e o tempo 5 segundos), são colocados em uma curva, no


cruzamento destes valores conseguimos o valor dos fusíveis.

Ex.: Motor trifásico, 380V / 60Hz – 3CV, 5 A, Ip / In = 7,5 – 5 segundos para


partir. Dimensionar a chave de partida direta. Categoria de funcionamento AC3

Contator C1: Corrente de linha 5 A


Tensão de bobina 220 V
2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

92
SENAI-PE

Relé de Sobrecarga FT1


In = 5 A, sendo assim a faixa de ajuste será de 3 A a 7 A (de acordo com o
catálogo do fabricante).

Fusíveis de Força F1, F2, F3


Ip = (Ip / In) . In durante 5 segundos. Estes valores serão cruzados na curva de
fusíveis, podendo ser NH ou Diazed. No ponto de cruzamento temos o fusível
apropriado.
Ip = 7,5 . 5 A = 37,5 A em 5 segundos.
(Vide anexo – curva de especificação de fusíveis).

93
SENAI-PE

Diagrama de Força
Partida Direta

380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3

L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F. K1
T1(2) T2(4) T3(6)

L1(1) L2(3) L3(5)

FT1
T1(2) T2(4) T3(6)

94
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave de Partida Direta

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12

21

B0
22

13 13

B1 K1
14 14

A1

K1
A2

95
SENAI-PE

Partida Direta com Reversão


Este tipo de partida é uma partida direta com o incremento da reversão do
motor, que pode ser feita de duas maneiras:

Reversão normal: Deve-se desligar primeiro o motor para depois reverter a


sua rotação.

Reversão instantânea: Pode ser feita instantaneamente, sem a parada do


motor. Neste caso o motor terá novamente um pico de corrente elevado no
momento da reversão. (Esta modalidade deve ser evitada sempre que possível
sob pena de danificar o motor. Em caso de necessidade de trabalhar deste
modo o motor deve ser especificado adequadamente).

A corrente elevada na partida do motor, quer seja com ou sem reversão,


ocasiona as seguintes conseqüências:

• Acentuada queda de tensão na rede de alimentação;


• Sistema (contatores, relés, cabos) deve ser superdimensionado, elevando
os custos;
• Existe uma limitação imposta pela concessionária de energia elétrica a este
tipo de partida, já mencionada anteriormente;

Para se evitar estes problemas, pode-se utilizar um sistema de partida com


redução de tensão e consequentemente redução de corrente e de conjugado.

96
SENAI-PE

Diagrama de Força
Chave Reversora TRIFÁSICA

380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3

L2(3) L1(1) L2(3) L3(5)


L1(1) L3(5)
R.F.F. K1 K2
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3

FT1
T1 T2 T3

M
3

97
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Reversora
(com parada)

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12
21

B0
22

13 13 13 13

B1 K1 B2 K2
14 14 14 14

21 21

K2 K1
22 22

A1 A1

K1 K2
A2 A2

98
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Reversora
(automática)

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12
21

B0

13 13 13 13

B1 K1 B2 K2
14 14 14 14

21 21

B2 B1
22 22

21 21

K2 K1
22 22

A1 A1

K1 K2
A2 A2

99
SENAI-PE

Diagrama de Força
Chave Reversora MONOFÁSICA

220V - 1 - 60 Hz N

F1

L2(3) L1(1) L2(3) L3(5)


L1(1) L3(5)

K1 K2
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3

FT1
T1 T2 T3
1 5 2 1 6 2
F F
4
1
6

M
3
2
3
5 3 6 4 3 5 4
N N
K1 K2

Observação:
Motores monofásicos com capacitor de partida, só podem reverter com
parada, pois o capacitor que possibilita a reversão, quando o motor está em
velocidade nominal, está desconectado do circuito elétrico.

100
SENAI-PE

Partida para duas velocidades para motores do tipo Dahlander

Motores especiais onde a velocidade menor é sempre a metade da maior


velocidade, (esta relação considera as velocidades síncronas, ou seja, do
campo magnético). O rendimento do motor na maior velocidade é melhor. O
enrolamento tipo Dahlander consiste de seis bobinas, que podem ser
combinadas de duas formas, resultando nas duas velocidades. O motor possui
seis terminais, como o motor para uma velocidade, porém, não pode funcionar
em duas tensões.

Aplicação: máquinas que requeiram duas velocidades como esteiras


transportadoras, centrífugas, etc.

6
4

2
1

101
380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3 F4 F5 F6

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1 K2 K3
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3 L1 L2 L3
Motor Dahlander
Diagrama de Força

102
SENAI-PE

FT1 FT2
T1 T2 T3 T1 T2 T3

MENOR VELOCIDADE 2
1
3
4
M 5
3 6

MAIOR VELOCIDADE
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Motor Dahlander - Manual

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

95

FT2
97 96

11

RFF
14 12

21

B0
22

21 21

B1 B2
22 22

13 13 13 13

B2 K1 B1 K3
14 14 14 14

21 21

K2 K1
22 22

21 43

K3 K2
22 44

A1 A1 A1

K1 K2 K3
A2 A2 A2

Menor Velocidade Maior Velocidade

103
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Motor Dahlander - Automático
(relé de tempo em trabalho (on delay) pneumático)

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

95

FT2
97 96

11

RFF
14 12

21

B0
22

13 13 13 67 13

B1 K1 K4 D1 K2
14 14 14 68 14

21 21

K2 K1
22 22

55 21 43

D1 K3 K2
56 22 44

A1 A1 A1 A1

K1 K4 D1 K2 K3
A2 A2 A2 A2

MENOR VELOCIDADE MAIOR VELOCIDADE

104
SENAI-PE

Partida Estrela-Triângulo (Y )

Obs.: O fechamento do motor em estrela e em triângulo já foi apresentado


anteriormente.
Consiste em reduzir a tensão nas bobinas durante a partida, através de
mudança no fechamento do motor, conseguindo redução na corrente de
partida.
Para que seja utilizada adequadamente algumas condições devem ser
consideradas:
1- O motor deve ter no mínimo 6 terminais.
2- A menor tensão de placa do motor deve ser a tensão trifásica da
concessionária local.
3- O motor deve partir com carga leve, se possível a vazio.

Obs.: as duas primeiras condições são indispensáveis.

Na partida executa-se ligação estrela no motor, normalmente para maior


tensão de placa, porém alimenta-se com a menor tensão de placa, ou seja, a
tensão da rede. Assim, as bobinas do motor, durante o período de partida,
recebem 58% da menor tensão enquanto deveriam receber 58% da maior
tensão. Após a partida o motor será ligado em triângulo recebendo 100% da
menor tensão de placa, ou seja, tensão nominal.

Este tipo de chave proporciona a redução da corrente de partida e do


conjugado do motor para aproximadamente 33% de seu valor se ligado em
partida direta.
A Corrente sempre se reduz do quadrado da redução de tensão:
Para um motor 660/380V, termos na partida uma redução de 660V para 380V,
ou seja, uma redução de 1 da tensão nominal
3 2
 1  1
A redução de corrente será o quadrado disto, ou seja,   = = 0,33 = 33%
 3 3

da corrente nominal.
Apropriado para máquinas com conjugado resistente de partida até 1/3 do
conjugado nominal de partida do motor, isto é, a carga que deve ser acionada
pelo motor deve ter, no máximo, um “peso” na ponta do eixo até 1/3 do
conjugado do motor. Na prática este tipo de chave deve ser aplicado em
máquinas que partem em vazio ou com carga muito pequena na ponta do eixo.
Além do que foi dito antes a chave estrela triângulo só pode ser aplicada a
motores com no mínimo seis terminais e com a menor tensão de placa igual a
tensão trifásica da concessionária local.

105
SENAI-PE

Deve-se ter muito cuidado na passagem de estrela para triângulo, pois uma
comutação em velocidade abaixo de 80% da nominal irá acarretar uma
corrente muito alto, podendo atingir um valor próximo da corrente em partida
direta, eliminando o objetivo da chave que é reduzir o pico de corrente na
partida.

Dimensionamento da Chave Estrela Triângulo

IL = IN

IL
I∆ =
3

IN
I∆ = I K1 = I K 2 = = 0 ,58.I N
Como 3

U N UN. 3
Z= =
IN IN
3

UN UN
IY = 3 = 3 = I N = 0 ,33.I
N
Z UN . 3 3
IN

I K 3 = 0 ,33.I N

106
SENAI-PE

Para o cálculo dos contatores, considerar o fator de serviço, ou seja, supondo


fator de serviço 1,15:

IK1 = IK2 >= 1,15 . (0,58 . IN)


IK3 >= 1,15 . (0,33 . IN)

Relé de sobrecarga FT1 para a chave leve

IFT1 = IK1 = 0,58.IN

Corrente de partida:
 Ip 
I p =  .I N .0 ,33
 IN 

O contator C3 só participa da partida em estrela, sendo assim sua corrente é


I K 3 = 0 ,33.I N
O contator C2 só participa da ligação triângulo, corrente nominal da ligação
triângulo, é In. 0,58.In
O contator C1 participa das duas ligações, estrela e triângulo, o contator então
deverá ser dimensionado pela maior corrente, que é a da ligação triângulo
Relé de Sobrecarga FT1 = I nominal do motor (especificar o equipamento de
forma que este valor (In), fique aproximadamente no meio da escala de
regulagem do relé)

Fusíveis F1, F2, F3 = Ip


Ip é a corrente de partida, conseguida multiplicando-se a constante Ip / In pela
corrente nominal. Estes valores (Ip e o tempo), são colocados em uma curva,
no cruzamento destes valores conseguimos o valor dos fusíveis.
Ex.: Motor trifásico, 380V / 60Hz – 3CV, 5 A, Ip / In = 7,5 – 5 segundos para
partir. Dimensionar a chave de partida estrela triângulo. Categoria de
funcionamento AC3

Contator C1 = C2:
0,58.In . = 0,58 . 5 = 2,9 A
Tensão de bobina 220 V
2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

107
SENAI-PE

Contator C3:
0,33 In = 0,33 . 5 = 1,65 A
Tensão de bobina 220 V
2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

Relé de Sobrecarga FT1: Corrente nominal 5 A, sendo assim a faixa de ajuste


de 3 A a 7 A ( a faixa será selecionada de acordo com o fabricante ).

Fusíveis de Força F1, F2, F3:


Ip = (Ip / In) . In = 7,5 . 5 A = 37,5 A, é a corrente de partida, conseguida
multiplicando-se a constante Ip / In pela corrente nominal, no caso do exemplo
durante 5 segundos. Estes valores 37,5 A e 5 segundos serão cruzados na
curva de fusíveis e com isto determinamos o fusível.
(Vide anexo – curva de especificação de fusíveis).

108
380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1 K2 K3
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3

109
SENAI-PE

FT1
T1 T2 T3

2 3
1
4
tp <= 15s

M 5
3 6
Diagrama de Força

( configuração leve )
Partida Estrela-Triângulo

regulagem de FT1 = 0,58 In


SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Estrela - Triângulo
(relé eletrônico - ao trabalho)

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12
21

B0
22

13 13
B1 K1
14 14

21 21
13
K2 K3 K3
22 14 22

15

D1
18 16

A1 A1 A1 A1

K3 D1 K1 K2
A2 A2 A2 A2

estrela triângulo

110
380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3 15s < tp <=40s


Diagrama de Força

L1 L2 L3
( configuração pesada )

regulagem de FT1 = In
Partida Estrela Triângulo

FT1
T1 T2 T3

111
SENAI-PE

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)

R.F.F. K1 K2 K3
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

2 3
1
4
M 5
3 6
SENAI-PE

K3
L3(5)

T3(6)
L2(3)

T2(4)
T1(2)
L1(1)
Diagrama de Força
Partida Estrela Triângulo
( configuração extra-pesada )

FT1
K2
L3(5)

T3(6)

L3

T3
L2(3)

T2(4)

L2

T2
T1(2)
L1(1)

L1

T1
R
S
T

K1
F1 F2 F3

L3(5)

T3(6)

5
6
4
3
L2(3)

T2(4)
- 60 Hz

M
3
2
T1(2)
L1(1)

1
380V - 3

tp > 40s
regulagem de FT1 = 0,58 In
(partida sem proteção contra sobre carga)
R.F.F.

112
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Estrela - Triângulo
(com relé estrela - triângulo)

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12
21

B0
22

13 13 13 43 25 13

B1 K1 K3 K1 D1 K2
14 14 14 44 28 26 14

15

D1
18 16

21 21

K2 K3
22 22

A1 A1 A1 A1

D1 K3 K1 K2
A2 A2 A2 A2

N
relé relé
contato estrela contato triângulo

113
SENAI-PE

R 380V - 3 - 60 Hz
S Diagrama de Força
T
Partida Estrela-Triângulo
(com reversão)
F1 F2 F3

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1 K2
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3
L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)

FT1 K3 K4
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)
T1 T2 T3

2 3
1
5
M 4
3 6

114
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Estrela-Triângulo c/Reversão
F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96

11

RFF
14 12
21

B0
22

13 13 13 13

B1 B2 K1 K2
14 14 14 14

21

K3
22

13

K4
14

21 21

B2 B1
22 22

15 31 21 21 21

D1 K3 K2 K1 K4
18 16
32 22 22 22

A1 A1 A1 A1 A1

K4 D1 K1 K2 K3
A2 A2 A2 A2 A2

N
ESTRELA REVERSÃO TRIÂNGULO

115
SENAI-PE

PARTIDA COMPENSADORA

Esta chave, através da seleção do tap de um auto-transformador, alimenta as


bobinas do motor com tensão reduzida durante a partida. Após o motor ter
acelerado as bobinas voltam a receber tensão nominal.

A redução da corrente e conjugado de partida depende do Tap do


autotransformador.

Transformador de Potência

É um equipamento elétrico que por indução eletromagnética, promove a


transformação dos valores de tensão e corrente alternadas entre dois ou mais
enrolamentos de forma inversamente proporcional numa mesma freqüência e
mantendo a potência.

Os transformadores são dispositivos que ocupam um lugar de destaque tanto


no campo da alta potência, onde a sua utilização como elemento de
interligação entre a geração, a transmissão e a distribuição de energia
possibilita que essas etapas do suprimento possam ser efetuadas nos valores
mais econômicos de tensão. Em baixas potências, os transformadores são
úteis no casamento de impedâncias entre circuitos e no isolamento entre
correntes contínuas e alternadas. Desta forma podemos concluir que os
transformadores possuem como principais funções:

• Elevar as tensões das unidades geradoras;


• Interligar sistemas elétricos com tensões diferentes;
• Abaixar as tensões das potências transmitidas até os grandes centros de
carga.

Os transformadores podem ser classificados quanto a(o):

a) Colocação dos Enrolamentos no Núcleo:


• Transformador;
• Auto-Transformador.

116
SENAI-PE

b) Número de Fase:
• Monofásico;
• Trifásico.

c) Função:
• Elevador;
• Interligação;
• Abaixador;
• Distribuição.

d) Tipo de Isolamento:
• Seco;
• Líquido Isolante.

e) Tipo de Refrigeração:
• Forçada;
• Natural.

f) Quantidade de Enrolamento:
• Dois Enrolamentos;
• Três Enrolamentos;
• Multi – Enrolamentos.

117
SENAI-PE

TRANSFORMADOR IDEAL

Os transformadores ideais são transformadores que não apresentam perdas, já


que as resistências dos enrolamentos e as perdas no núcleo inexistem. Como
a permeabilidade do núcleo é infinita e o fluxo de dispersão é desprezível, a
corrente de excitação é nula.

Para um transformador ideal, ao qual aplica-se uma tensão variável no tempo


V1 ao enrolamento primário com N1 espiras, devido a permeabilidade infinita do
núcleo, nenhuma corrente necessitará circular no primário para estabelecer o
fluxo Φ no mesmo. Este, por sua vez, deverá ser suficiente para gerar uma
tensão induzida E1 que iguala-se aquela aplicada, quando a resistência do
enrolamento é desprezível. Assim,

N 1.dϕ
V1 = E 1 = (1)
dt
Desde que nenhuma dispersão ocorre neste núcleo, o mesmo fluxo estará
concatenado com as N2 espiras do enrolamento secundário, produzindo neste
uma tensão induzida E2, igual à tensão nos terminais do secundário V2, dada
por:

N 2.dϕ
V2 = E2 = (2)
dt

Da relação entre as equações [1] e [2], resulta

V1 N 1
= (1)
V2 N 2

Assim um transformador ideal transforma as tensões na relação direta do


número de espiras dos respectivos enrolamentos.

118
SENAI-PE

COMPONENTES PRINCIPAIS

Núcleo
O núcleo é constituído de uma grande quantidade de chapas de ferro - silício
de grãos orientados montadas em superposição. As chapas de ferro – silício
são ligas que contem cerca de 5% de silício, cuja função é reduzir as perdas
por histerese, além de atenuar as correntes parasitas pelo aumento da
resistência elétrica.

Enrolamentos
São constituídos dos Enrolamentos de Alta Tensão (AT) – muitas espiras de fio
fino, alta resistência e baixa corrente, e Enrolamentos de Baixa Tensão (BT) –
poucas espiras de fio grosso, baixa resistência e alta corrente. Os fios
normalmente são de cobre eletrolítico, isolados com esmalte, fitas de algodão
ou papel especial. São enrolados em forma de bobinas cilíndricas, que são
dispostas coaxialmente nas colunas do núcleo, em ordem crescente de tensão.

Trafo de Comando
Tem como objetivo principal compatibilizar a tensão da rede com a tensão de
comando. A norma, assim como a experiência de campo, recomendam 220V.
O trafo isola eletricamente o circuito de comando do principal. Com esta prática
o circuito de comando estará isento de qualquer anomalia (curto-circuito,
sobrecarga) do circuito de força.

119
SENAI-PE

Dimensionamento

A potência de pico do circuito de comando no instante de ligar assume diversas


vezes o valor da potência em regime do circuito ligado.
Sendo SnT a potência aparente nominal do trafo e SR a potência aparente de
regime do circuito, teremos que SnT > SR no instante de maior consumo do
comando (contatores ligados).
SR é o somatório da potência aparente dos contatores ligados.
Obs.: vide tabelas a seguir.

120
SENAI-PE

A potência instantânea máxima do transformador deverá ser superior à


potência de pico máxima que possa ser solicitada pelo circuito. A escolha será
feita de acordo com o gráfico a seguir cruzando a potência aparente de pico
com o fator de potência do circuito, considerando o momento de maior
consumo.
Sp - potência aparente de pico: Somatório das potências aparentes de pico dos
contatores em funcionamento no instante considerado, ou seja, o instante de
maior consumo.
Pp – potência ativa de pico: somatório das potências ativas de pico dos
contatores em funcionamento no instante considerado, ou seja, o instante de
maior consumo.
FP - fator de potência: também calculado para o momento de maior consumo.
Pp
FP = .100
Sp
Obs.: É possível na maioria dos casos desprezar a potência consumida por
relés eletrônicos e sinalização.

Exemplo:
Calcular o transformador de comando para uma chave estrela-triângulo de um
motor de 300 CV – 380 V – 60Hz.

Consumo dos contatores de acordo com o funcionamento da chave

INSTANTE ATUAÇÃO CONTATORES POTÊNCIA POTÊNCIA


LIGAR LIGADO APARENTE EM APARENTE DE
REGIME (VA) PICO (VA)
T1 K1 (CW334) Sp = 5100 + 1100
K3 (CW247) Sp = 6200 VA
T2 K1 (CW334) SR = 200 + 84
K3 (CW247) SR = 284 VA
T3 K2 (CW334) K1 (CW334) Sp = 5100 + 200
Sp = 5300 VA
T4 K1 (CW334) SR = 200 + 200
K2 (CW334) SR = 400 VA

Verificar as duas situações mencionadas:


SnT > SR (instante de maior potência em regime)
SnT > 400 VA
Por este critério usaríamos o trafo igual ou imediatamente superior, no caso,
400 VA.

Potência aparente de pico (instante de maior potência de pico):


Sp = 6200 VA

Fator de potência (instante de maior potência de pico)


121
SENAI-PE

De acordo com a tabela


Pp = 264 + 1122 = 1386 W

Pp 1386
FP = .100 = .100 = 22 ,4%
Sp 6200

Lançando Sp e FP no gráfico teremos um transformador de 1500 VA

Conclusão:
Para atender as duas condições será escolhido o trafo de comando de 1500
VA, 380V / 220 V – 60Hz.

O AutoTransformador usado na chave de partida


compensadora tem a função de reduzir a tensão durante
a partida, e com isto atingir o objetivo da chave que é
reduzir o pico de partida.

Ele obedece as características já mencionadas para um


transformador de potência, com exceção de que só tem
um enrolamento, que atua como primário e secundário simultaneamente, daí o
nome auto-transformador.

Comportamento da Chave Compensadora

Percentual do Cp
Derivação do Percentual da Ip nos Percentual da Ip nos
(conjugado de
autotrafo bornes do motor bornes do autotrafo
partida)
50% 50% 25% 25%
65% 65% 42% 42%
80% 80% 64% 64%

Por causa do alto conjugado de partida em relação ao da partida em estrela


triângulo, neste tipo de chave o motor partir com carga nominal na ponta do
eixo, desde que respeitando o limite de conjugado da chave.

122
SENAI-PE

Autotransformador

O autotransformador usado em uma chave compensadora possui TAP´s


(derivações) que permitem que ele seja usado para diferentes motores e em
diferentes condições de partida.

Estes tap´s são percentuais da tensão de entrada do autotransformador, e


normalmente tem o valor de 0,80 e 0,65. Estes tap´s são denominados pela
letra “K”.
Diferentemente da chave estrela triângulo, a chave compensadora pode ser
utilizada em motores com três terminais, com apenas uma tensão (a da
concessionária local) e pode ser acionado com carga, bastando para isto
selecionar o tap adequado.

123
SENAI-PE

Dimensionamento da Chave Compensadora

Contator K1
I K1 = IN

Contator K2
Vamos considerar Z constante
VN
Z=
IN
com tensão reduzida pelo auto trafo temos:
K .VN
Z' =
IS
Como temos Z = Z’ vêm:
VN K .VN
= ⇒ I s = K .I N
IN IS

Como a potência dissipada pelo auto trafo no primário (Ppr) e no secundário


(Ps) é igual, vem:

PS = VS .I S PPR = VPR .I PR
VS = K .V N VPR = V N
I S = K .I N I PR = I k 2

Igualando Ps a Ppr temos:

VS .I S = VPR .I PR ⇒ ( K .VN ).( K .I N ) = VN .I k 2 e daí I K 2 = K 2 .I N

Contator K3
Ik3 = IS - IPR

Colocando em função de IN temos:


I PR = I K 2 = K 2 .I N
IS = IN
I K 3 = K .I N − K 2 .I N
I K 3 = ( K − K 2 )I N

124
SENAI-PE

Taps Fator K Correntes


Autotrafo I K2 I K3
85 % 0,85 0,72 x In 0,13 x In
80 % 0,80 0,64 x In 0,16 x In
65 % 0,65 0,42 x In 0,23 x In
50 % 0,50 0,25 x In 0,25 x In

Obs.:
Na tabela verifica-se que o maior valor para o contator K2 encontra-se quando
usamos o maior tap, porém o maior valor para o contator K3 encontra-se
quando usamos o menor tap.
Sendo assim para que possamos usar os mesmos contatores para qualquer
tap do autotrafo, deveremos dimensionar o contator K2 para o maior tap
enquanto o contator K3 será dimensionado para o menor tap,
independentemente do tap que se pretenda utilizar.

Se o motor tiver fator de serviço isto será considerado no dimensionamento dos


contatores:

K1 = In . 1,15
K2 = (K2 .In) .1,15 (usar o maior tap do autotrafo)
K3 = (K – K2) .1,15 (usar o menor tap do autotrafo)

Relé de sobrecarga será dimensionado pela corrente nominal

FT1 = In

Fusíveis
Corrente de partida:
A redução de corrente de partida é proporcional ao quadrado da redução de
tensão (K).

I 
I p =  p .I N .K 2
 IN  Devemos considerar o maior tap disponível no autotrafo
para habilitar a chave para atuar em qualquer situação permitida pelo autotrafo.

Cruzando a informação da corrente de partida pelo tempo de partida na


característica do fusível desejado, teremos o valor nominal do fusível.

125
SENAI-PE

Autotransformador será dimensionado de acordo com os seguintes critérios


• Tensão nominal do motor
• Potência nominal do motor
• Número estimado de partidas por hora (normalmente 10)
• Tempo aproximado de cada partida (normalmente 15 s)
• Tap´s necessários

Ex.: Motor trifásico, 380V / 60Hz; 3CV; 5 A; Ip / In = 7,5; 5 segundos para partir.
Dimensionar a chave de partida compensadora. Categoria de funcionamento
AC3. TAP´s de 0,65 e 0,80.

Contator C1: In = 5 A
Tensão de bobina 220 V - 2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

Contator C2: K2 . In = (0,80)2 . 5 = 3,2 A


Tensão de bobina 220 V - 2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

Contator C3: ( K – k2 ) . In = ( 0,65 – 0,652 ). 5 = 0,23 . 5 = 1,14 A


Tensão de bobina 220 V - 2 NA + 2 NF
regime de trabalho AC3.

Relé de Sobrecarga FT1: Corrente nominal 5A, assim faixa de ajuste de 3A a


7A. (de acordo com catálogo do fabricante).

Fusíveis de Força F1, F2, F3:


Ip = (Ip / In) . In = (7,5).5A = 37,5A, é a corrente de partida, conseguida
multiplicando-se a constante Ip / In pela corrente nominal. Este valor será
multiplicado pelo Ta’p do transformador que estiver sendo usado, no caso do
exemplo 0,80 dura cerca de 5 segundos.
37,5 A . (0,80) = 30A

Estes valores 30A e 5 segundos serão cruzados na curva de fusíveis e com


isto determinamos o fusível.

126
SENAI-PE

Autotransformador
Tensão 380V – trifásico / 60Hz
Potência de 3 CV
5 partidas em uma hora, cada partida durando 10 segundos
Tap´s de 0,65 e 0,80

Comparativo das chaves

Estrela Triângulo X Compensadora

a) Estrela Triângulo
Vantagens:
• menor custo;
• número de manobras praticamente ilimitado;
• dimensões reduzidas;
• corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3.

Desvantagens:
• aplicável somente a motores de 6 bornes, ou mais;
• a tensão TRIFÁSICA da rede deve coincidir com a tensão triângulo do
motor, ou seja, com a menor tensão de placa;
• com a redução de corrente, ocorre redução do conjugado de partida para
1/3;
• o motor deve ser acelerado em estrela até cerca de 90% da rotação para
haver comutação, caso contrário ocorrerá no momento da comutação um
novo pico de corrente quase igual ao de uma partida direta.

b) Compensadora
Vantagens:
• para o TAP de 65% a corrente na linha é praticamente a mesma da chave
estrela triângulo mas na comutação o motor não é desligado devido à
reatância do autotransformador;
• existe possibilidade de se variar o TAP de acordo com a exigência da
carga, oferecendo vantagem nas partidas longas.
Desvantagens:
• mais cara que a estrela triângulo devido ao auto-trafo;
• maior pelo mesmo motivo;
• número de manobras limitado devido ao aquecimento do auto-trafo.

127
SENAI-PE

Obs.:
Como se vê no diagrama de força, o TAP de 100% da tensão no auto-trafo
deve ser conectado ao contator C2 e o TAP de percentual “X” deve ser
conectado ao contator C1.
Se esta ligação for feita ao contrário, ou seja, se ao contator C1 ligarmos o
TAP de 100% e ao contator C2 ligarmos o TAP de percentual “X”,
TRANSFORMAREMOS O AUTO-TRAFO ABAIXADOR EM UM AUTO-
TRAFO ELEVADOR.
Isto causará uma sobretensão que poderá danificar o auto-trafo e até o
motor.

128
380V - 3 - 60 Hz R
S
T

F1 F2 F3

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1 K2 K3
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)
Diagrama de Força
Chave Compensadora

129
SENAI-PE

100%
L1 L2 L3

FT1 80%

T1 T2 T3
60%

0%
M
3
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Compensadora

F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21

B0
22

13 13 13

B1 K2 K1
14 14 14

21 21
13
K1 K3 K3
22 14 22

31
15

D1 K1
32
18 16

A1 A1 A1 A1

K3 D1 K2 K1
A2 A2 A2 A2

130
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Chave Compensadora c/Reversão
com relé eletrônico
F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21
43 43
B0 K4 K5
22 44 44

21 21
13 13 13 13 43
B1 K5 K1 K2 K1 K2
22 14 14 22
21 14 14 44
13 13 13

K4 B2 K3
14 14 22 14

21 21 15 31 21

K5 K4 D1 K1 K3
22 22 18 16 32 22

A1 A1 A1 A1 A1 A1

K4 K5 K3 D1 K2 K1
A2 A2 A2 A2 A2 A2

reversão compensação direto

131
SENAI-PE

Partida para motor com rotor bobinado (motor de anéis)


Neste tipo de motor o rotor bobinado é ligado em série a um banco de
resistores ou reostato por meio de escovas de carvão e anéis coletores.

Restotato de partida é um resistor variável construído de tal maneira que


permita variar a resistência ôhmica, sem abrir o circuito em que está inserido,
permitindo uma partida suave com velocidade controlada.

É muito utilizado no comando de máquinas de potência elevada por ser


econômico. É fabricado com resistências metálicas de chapa de aço, liga
especial de ferro fundido, fita ou fio de níquel cromo em banho de óleo ou a
seco. São auto ventilados ou trm ventilação forçada.

O de resistência líquida têm como elementos básicos – eletrodos fixos em aço


inox, chaves de nível, termostato, eletrólito, bomba de recalque e os
reservatórios inferior e superior.

Banco de resistores é um agrupamento de resistores fixos. Construído de


forma que permite uma partida suave com velocidade controlada, através das
derivações ou TAPs retirados das resistências, que são acopladas ao circuito
do rotor bobinado do motor de indução trifásico.

132
SENAI-PE

É empregado para partir motores de até 100 CV aproximadamente. Para


motores acima desta potência, torna-se antieconômico comparado com o
reostato de partida.

Fabricado em aço inoxidável, fita ou fio de níquel cromo ou liga especial de


ferro fundido.

Reostato de Partida Banco de Resistores

Motores com rotor bobinado oferecem a possibilidade de influenciar as


características do motor na etapa da partida.

Vantagens:
• redução do pico de corrente no instante da partida, sem perda significante
de conjugado;
• aciona máquinas com velocidade ajustável.

Desvantagens:
• custo maior de instalação e manutenção;
• curto circuito neste tipo convencional de motor é maior que no motor de
indução ;
• possui menor rendimento, pois dissipa muita energia na forma de calor.

133
SENAI-PE

134
SENAI-PE

Diagrama de Força 380V - 3 - 60 Hz R


S
Aceleração Rotórica T

F1 F2 F3

L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1
T1(2) T2(4) T3(6)

L1 L2 L3

FT1
T1 T2 T3

L1(1) L2(3) L3(5) M


3
K2
T1(2) T2(4) T3(6)

R1 R2 R3
L1(1) L2(3) L3(5)

K3
T1(2) T2(4) T3(6)

R4 R5 R6
L1(1) L2(3) L3(5)

K4
T1(2) T2(4) T3(6)

R7 R8 R9

135
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Aceleração Rotórica

(pode ser usado como partida consecutiva de motores)


F 220V - 60Hz - 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21
(ENDEREÇAMENTO POR LINHA)
B0
22

13 13 15 13 15 13 15 13

B1 K1 D1 K4 D2 K3 D3 K2
2 4 6
14 1 14 18 3 14 18 5 14 18 7 14
16 16 16

21 21 21

K4 K3 K2
3 5 7
22 22 22

A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1

K1 D1 K4 D2 K3 D3 K2
A2 A2 A2 A2 A2 A2 A2

N
1 2 3 4 5 6 7 8
NA NF NA NF NA NF NA NF NA NF NA NF NA NF NA NF
2 --- 3 3 4 2 5 5 6 4 7 7 8 6

136
SENAI-PE

Frenagem por Contra Corrente

Esta chave é uma chave reversora que no momento da reversão corta a


alimentação do motor.

O princípio de funcionamento é baseado no fato de que para reverter é preciso


antes parar, e se neste momento a alimentação for cortada o motor irá
continuar parado.

O inconveniente da chave é achar o tempo ótimo de atuação do relé de tempo


que irá cortar a alimentação no momento da reversão, possibilitando a
frenagem.

Obs.: O diagrama de força é o mesmo usado para a chave reversora com


parada.

137
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Frenagem por Contra Corrente
( Partida Direta )
relé de tempo pneumático ao repouso

F 220V - 60Hz- 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21

B0
22

13 13 57

B1 K1 D1
14 14 58

21 21

K2 K1
22 22

A1 A1

K1 D1 K2
A2 A2

FRENAGEM

138
SENAI-PE

FRENAGEM POR CORRENTE RETIFICADA – CC

Retificação CA/CC

Retificação é o nome dado ao processo de transformação de corrente


alternada (ca) em corrente contínua (cc). Esse processo é utilizado com a
finalidade de permitir que equipamentos de corrente contínua sejam
alimentados a partir da rede elétrica que é disponível apenas na forma de
corrente alternada.

O diodo semicondutor é um componente que pode comportar-se como


condutor ou isolante elétrico, dependendo da forma como a tensão é aplicada
aos seus terminais. Essa característica permite que o diodo semicondutor
possa ser utilizado em diversas aplicações, como, por exemplo, na
transformação de corrente alternada em corrente contínua.

p n

139
SENAI-PE

A retificação de meia onda é um processo de transformação de ca em cc, que


permite o aproveitamento de apenas um semiciclo da tensão de alimentação
da carga.

semiciclo ⇒ ⇒ tensão retificada


ciclo

O circuito retificador de onda completa, possibilita aumentar a eficiência da


conversão ca/cc. Este processo de transformação de ca em cc, permite o
aproveitamento dos dois semiciclos da tensão de alimentação da carga.

semiciclo
tensão retificada
ciclo

f
A frenagem por corrente retificada obedece a fórmula n = 120. , onde “ f ” é a
p
freqüência de trabalho da máquina e “ p ” é o número de polos, tendo “ η “
como velocidade em rpm. Como a freqüência CC é zero, substituindo na
fórmula teremos velocidade zero, ou seja, máquina parada.
Vale salientar que a aplicação de CC no estator da máquina tem que ocorrer
por um tempo limitado, pois a freqüência zero diminui a impedância (tipo de
resistência característica de circuitos indutivos), esta diminuição de resistência
significa aumento de corrente e decorrente aquecimento da máquina.

140
SENAI-PE

obs.: O mesmo efeito de frenagem pode ser conseguido com a descarga de um


banco de capacitores.

• Vantagem: O tempo de aplicação de CC ao estator é determinado


pelo tempo de descarga do banco, não necessitando de controle.
• Desvantagem: O intervalo entre paradas consecutivas é definido pelo
tempo de carga do banco de capacitores.

Frenagem CC

Fórmula que define o controle de velocidade de um motor de indução

120. f
ηs =
p

onde f é a freqüência em hertz


p é o número de pólos, que é sempre par.
ηs é a velocidade em r.p.m. do campo magnético do motor, localizado no
estator.

A partir desta fórmula podemos entender a frenagem por corrente retificada. A


freqüência da tensão CC é zero, e se substituirmos o valor zero na fórmula
teremos velocidade ZERO rpm, ou seja, motor parado. Observar que esta
tensão com freqüência zero não pode ser mantida em um motor CA por muito
tempo sob pena de queimá-lo.

OBS: Em CC não há reatância, sendo assim a impedância do ESTATOR IRÁ


DIMINUIR, possibilitando um aumento de corrente que queimará o motor por
sobreaquecimento.

O efeito de frenagem também pode ser conseguido através de descarga de


capacitores no estator do motor. Neste caso não será preciso a preocupação
com o tempo de aplicação da tensão CC no estator do motor, este tempo será
o tempo de descarga do capacitor. O inconveniente deste segundo método é a
impossibilidade de conseguirmos duas frenagens muito próximas uma da outra,
pois o capacitor precisa de tempo para se carregar.

Obs.: Este sistema de freio pode ser aplicado a qualquer chave magnética.

141
N 380V - 3 - 60 Hz N
R
S
T

F1 F2 F3 F4

L1(1) L2(3) L3(5) L1(1) L2(3) L3(5)


R.F.F.
K1 K2
T1(2) T2(4) T3(6) T1(2) T2(4) T3(6)

142
SENAI-PE

L1 L2 L3
L1(1) L2(3) L3(5)

FT1 K3
T1(2) T2(4) T3(6)
T1 T2 T3
Diagrama de Força
Frenagem por Corrente Retificada

M
3
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Frenagem por Corrente Retificada
( Partida Direta )
relé de tempo eletrônico ao trabalho

F 220V - 60Hz- 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21 13 13
B0 K3
22 14 14

13 13

B1 K1
14 14

15

D1
18 16

21
43
K2 K3
22 44

A1 A1 A1 A1

K1 D1 K3 K2
A2 A2 A2 A2

FRENAGEM CC

143
SENAI-PE

Diagrama de Comando
Frenagem por Corrente Retificada
( Partida Direta )
relé de tempo pneumático ao repouso

F 220V - 60Hz- 1

F21

95

FT1
97 96
11

RFF
14 12

21

B0
22

13 13 57 13

B1 K1 D1 K2
14 14 58 14

21 21

K2 K1
22 22

A1 A1 A1

K1 D1 K2 K3
A2 A2 A2

FRENAGEM CC

144
SENAI-PE

PARTIDA ESTÁTICA (SOFT STARTER)

Funciona através de comando microprocessado, que


controla o disparo de tiristores (componentes eletrônicos),
ajustando assim, a tensão de saída para o motor. Comanda
a partida e a parada de motores assíncronos trifásicos,
proporcionando suavização de seu movimento, limitando a
corrente de partida e, consequentemente, aumentando a
vida útil do motor.

Características da Chave

1. corrente de partida regulável de 2 a 5 vezes a corrente nominal


2. conjugado de partida variável de 0,15 a 1 vez o conjugado nominal
3. controle do conjugado de aceleração e desaceleração
4. supressão dos golpes de conjugado e redução da corrente de partida
5. proteção do motor/máquina

Vantagens na utilização do SOFT START

- para limitar o conjugado, visando a proteção das pessoas, dos produtos


transportados, aumento da vida útil da máquina e reduzindo o tempo
perdido
- para reduzir picos de corrente na rede durante a partida
- para desacelerações suaves e eliminação de golpe de arietes em bombas
- para reduzir o tempo em manutenções e quedas de tensão na linha
- para proteção térmica e efetiva do motor e da instalação e otimizar o
funcionamento da máquina
- para pré-aquecer o motor após paradas longas sem necessitar de outros
artifícios
- para manter um conjugado de frenagem na parada
- par supervisionar o motor e a instalação
- para possibilitar a partida em cascata de vários motores.

Aplicações

- cargas com momento de inércia muito elevado


- cargas sensíveis a trancos e tração
- cargas com transmissão em correia e engrenagens
exemplos: bombas, compressores, ventiladores, exaustores, esteira
transportadoras, separadoras centrífugas, escada rolantes, máquinas têxteis,
misturadores, etc.

145
SENAI-PE

Existem dois tipos de acionamentos em partida SOFT START

1. Controle em tensão
2. Controle em conjugado (TCS)

1. Controle em tensão

Existe um tempo fixado para a aceleração, o acionamento é progressivo,


porém não linear. A aceleração é crescente e o controle é indireto. O
aquecimento elevado do motor fora do período de acionamento.

2. Controle em conjugado

O tempo fixado para a aceleração é o tempo necessário para alcançar o


conjugado nominal de funcionamento , pois um bloco interno permite o
microcomputador calcular o conjugado durante a partida, onde ele injeta a
tensão necessária para o determinado conjugado na partida. Temos, assim,
menor tempo de aceleração, diminuição de consumo de energia e limitação do
aquecimento do motor.

PARTIDA COM INVERSORES DE FREQÜÊNCIA

É um aparelho eletroeletrônico microprocessado que se


destina ao controle da velocidade dos motores de indução,
possuem circuito intermediário de tensão constante, obtido
através de retificação de uma rede monofásica ou trifásica
com tensão e freqüências fixas para fornecer na saída do
aparelho sistema trifásico com tensão e freqüências
variáveis. A freqüência de saída no inversor é comandada e
regulada mediante relação característica entre tensão e
freqüência em função da carga acionada, podendo acionar
vários motores agrupados.

Dependendo do modelo e fabricante, podem


acionar motores de até 1000CV em 460V.

Incorporam proteções tais como sobretemperatura no inversor e no motor,


sobre/subtensão na entrada, curtos circuitos, fuga à terra, desconexão do
motor, compensação automática de flutuações na rede e rotor travado. Podem
ser ligados a computadores comuns ou CLP para sua parametrização,
monitoramento e acionamento.

Destinado a controles precisos de velocidade e dinamicamente estáveis, isto é,


grandes variações de carga em variação de velocidade.

146
SENAI-PE

Aplicações

- Bombas e ventiladores,
- Extrusoras,
- Misturadores,
- Máquinas têxteis,
- Máquinas de processamento de madeira,
- Máquinas de empacotamento,
- Centrífugas,
- Máquinas ferramentas,

PLC – Programador Lógico


Controlável
PLC ou CLP, é um sistema digital
baseado em microprocessador, é uma
espécie de microcomputador dedicado
ao controle digital de processos.
Pode automatizar um processo
industrial, além de controlar um sistema
de alarmes e set-points dentro do
processo e ainda realizar funções PID (Proporcional, Integral, Derivativo),
funções aritméticas em geral, etc. Pode ainda trabalhar comandando um
inversor de frequência ou outro equipamento dentro da lógica de automação do
processo.

147
SENAI-PE

BIBLIOGRAFIA

Programação Básica de CLP / 500


Centro de Treinamento SENAI – Lençóis Paulista

Chaves de Partida
Koblitz parceria com SENAI

Conversor de Freqüência
CEFET – PE

Soft – Starter (Chave de Partida Estática)


WEG Automação

Catálogo Geral de Motores


WEG LTDA

Correção de Fator de Potência


Engecomp Spragne Capacitores LTDA

Diagramas Elétricos de Comando e Proteção


Franz Papenkort

Manual de Equipamentos Elétricos


João Mamede Filho

Diagramas de Ligação
Walfredo Schmidt

Diagramas de Ligações Eletro Industriais


Czeslaw Bednarski

Manual de Chaves de Partida


WEG

148
SENAI-PE

ANEXOS

149
SENAI-PE

150
CURVAS CARACTERÍSTICAS – “NH”

151
SENAI-PE
SENAI-PE

REL É DE TE MPO P NEU MÁ TIC O

R ELÉ I NDU TI VO E CAP AC ITI VO

152
SENAI-PE

C HAV ES FI M DE CU R SO

153
SENAI-PE

C U R V A

Conjugado x Velocidade
de diferentes categorias

154
SENAI-PE

155
SENAI-PE

TERMINAL PRÉ-ISOLADO
Fabricado em cobre eletrolítico com acabamento estanhado e
isolação em PVC.
Nessa linha temos diversas cores e tamanhos para facilitar a
conexão.

DIÂMETRO DA FURO
2
PRÉ-ISOLADOS TIPO DE FIXAÇÃO EM mm CABO
OU
DO PINO
3,4,5,6,8,10 0,25 à 1,0mm2

ANEL 3,4,5,6,8,10 1,1 à 2,5mm2


2
3,4,5,6,8,10,12 2,6 à 6,0mm

3,4,5 0,25 À 1,0mm2

FORQ
3,4,5 2
(FORQUILHA) 1,1 à 2,5mm

3,4,5,6,8,10,12 2,6 à 6,0mm2


2
3,4,5 0,25 à 1,0mm

PINO 4,10 1,1 à 2,5mm


2

10 2,6 à 6,0mm2
2
0,75mm
2
1,0mm
2
1,50mm
PINO
TUBULAR 2,50mm2
2
4,0mm
2
6,0mm

1,1 à 2,5mm2 1,1 à 2,5mm2


LUVA
2,6 à 6,0mm2 2,6 à 6,0mm2

156
SENAI-PE

TERMINAL PRÉ-ISOLADO
LARGUARA DA BASE
PRÉ-ISOLADOS TIPO CABO
2
0,25 à 1,0mm

MACHO 6,3 1,1 à 2,5mm2


2
2,6 à 6,0mm

0,25 à 1,0mm2
2
FEMEA 6,3 1,1 à 2,5mm

2,6 à 6,0mm2
2
0,25 à 1,0mm

MACHOISOLAÇÃO 6,3

2
0,25 à 1,0mm
FEMEAISOLAÇÃO 6,3

RABINHO DE 0,5 à 2,5mm2


PORCO 1,0 à 6,0mm2

TERMINAIS À COMPRESSÃO

Produzido a partir de tubosbde cobre eletrolíticos, que lhe garante


condutibilidade elétrica, possui acabamento estanhado para melhor resistência
à oxidação. Possui um janela de inspeção no barril para observar a correta
colocação do cabo antes da compressão.
Sua instalação é feita utilizando-se os alicate para compressão mecânico
Aplicados na industria na instalação de cabos em panés, chaves,etc.

157
SENAI-PE

Tolerância de Variação de Tensão e Frequência


Conforme a norma NBR 7094, o motor elétrico de indução deve ser capaz
de funcionar de maneira satisfatória dentro das possíveis combinações das
varições de tensão e frequência classificados em zona A ou zona B, conforme
figura a seguir.

Zona A
• O motor deverá desempenhar sua função principal continuamente
(assegurar o seu conjugado nominal);
• O motor terá desvios em suas características de desempenho à
tensão e freqüências nominais (rendimento, fator de potência, etc.);
• Haverão elevações de temperatura superiores àquelas a tensão e
freqüência nominais (podem exceder em aproximadamente 10K os
limites especificados pela norma);

Zona B
• O motor deverá desempenhar sua função principal (assegurar o
seu conjugado nominal);
• O motor terá desvios em suas características de desempenho à
tensão e freqüências nominais, superiores àquelas da zona “A”;
• Existirão elevações de temperatura superiores àquelas a tensão e
freqüência nominais e superiores às da zona “A”;

158
SENAI-PE

IDENTIFICAÇÃO DE BOTÕES SEGUNDO TEC 73 E VDE 0199

Cores Significado Aplicações Típicas


• Parar, desligar. • Parada de um ou mais motores.
• Parada de unidade de uma máquina.
• Parada de ciclo de operação.
Vermelho
• Emergência. • Parada em caso de emergência.
• Desligar em caso de sobreaquecimento

perigoso.
• Partir, ligar, pulsar • Partida de um ou mais motores.
• Partir unidades de uma máquina.
Verde
• Operação por pulsos.
ou
• Energizar circuito de comando.

Preto
• Intervenção. • Retrocesso.
• Interromper condições anormais.
Amarelo •

• Qualquer função, • Reset de relés térmicos.


Azul exceto as acima. • Comando de funções auxiliares que não
tenham correlação direta com o ciclo de
ou
operação da máquina.

Branco

159
SENAI-PE

IDENTIFICAÇÃO DE SINALEIROS SEGUNDO TEC 73 E


VDE 0199

Cores Significado Aplicações Típicas


• Condições • Temperatura excede os limites de
anormais, perigo segurança.
Vermelho ou alarme. • Aviso de paralisação (ex.: sobrecarga)

• Atenção, cuidado. • O valor de uma grandeza aproxima-se de


seu limite.
Amarelo

• Condição de • Indicação de que a máquina está pronta


serviço segura. para operar.
Verde

• Circuitos sob • Máquina em movimento.


tensão,
Branco
funcionamento
normal.
• Informações • Sinalização de comando remoto.
especiais exceto • Sinalização de preparação da máquina.
Azul
as acima.

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LOCAIS EM QUE A VENTILAÇÃO DO MOTOR É PREJUDICADA

Neste casos, existem duas soluções:

• Utilizar motores sem ventilação;


• Para motores com ventilação por dutos, calcula-se o volume de ar
deslocado pelo ventilador do motor determinando a circulação de ar
necessária para a perfeita refrigeração do motor.

GRAUS DE PROTEÇÃO

Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as características do local


em que serão instalados e de sua acessibilidade, devem oferecer um
determinado grau de proteção. Assim, por exemplo, um equipamento a ser
instalado num local sujeito a jatos d’água, devem possuir um invólucro capaz
de suportar tais jatos, sob determinados valores de pressão e ângulo de
incidência, sem que haja penetração de água.

CÓDIGO DE IDENTIFICAÇÃO

A norma NBR 6146 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos


por meio das letras características 1P, seguida por dois algarismos.

1º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Corpos estranhos de dimensões acima de 50mm
2 Corpos estranhos de dimensões acima de 12mm
3 Corpos estranhos de dimensões acima de 2,5mm
4 Corpos estranhos de dimensões acima de 1,0mm
5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao motor
6 Totalmente protegido contra a poeira
Tabela 1.7.5.1.1 – 1 Algarismo: Indica o grau de proteção contra penetração de
corpos sólidos estranhos e contato acidental.

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2º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Sem proteção
1 Pingos na vertical
2 Pingos de água até a inclinação de 15” com a vertical
3 Água de chuva até a inclinação de 60’ com a vertical
4 Respingos de todas as direções
5 Jatos de água de todas as direções
6 Água de vagalhões
7 Imersão temporária
8 Imersão permanente
Tabela 1.7.5.1.2 – 2 Algarismo: Indica o grau de proteção contra penetração de
água no interior do motor.

PROCEDIMENTO PARA IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DE MOTORES


ELÉTRICOS

 Motores Monofásicos de 06 Terminais

1- Identifique a bobina auxiliar testando continuidade entre os terminais do


motor com os terminais do capacitor. Enumere um terminal com (5) e outro
com (6).

2- Escolha arbitrariamente um dos terminais restantes enumere com (1). Veja


com quem dá continuidade e enumere este com (3).

3- Os dosi terminais restantes enumere com (2) e (4).

4- Faça o fechamento do motor para a tensão em que se deseja trabalhar.

Em 220V  Fechar (2,3 e 5) isolar


(1) rede
Fechar (4 e 6) rede

5- Conecte o motor a rede (220V).


- Caso o motor não funcione, desfaça o fechamento.
- Inverta as numerações (1) e (3).
- Refaça o fechamento do motor de acordo com o item anterior.

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6- Para mudar o sentido de rotação do motor deve-se durante o fechamento


inverter os terminais (5) e (6).

Obs: Um motor monofásico em vazio apresenta uma corrente igual ou inferior a


50% da sua corrente nominal.

 Motores Trifásicos de 06 Terminais

1- Escolha arbitratiamente um dos seis terminais e enumere com (1), em


seguida, veja com quem dá continuidade e enumete com (4).

2- Faça o mesmo procedimento para os terminais restantes:


Enumere (2) continuidade (5)
Enumere (3) continuidade (6)

3- Faça o fechamento do motor para a tensão que se deseja trabalhar.

Em 3 ~ 380V  Fechar (4,5, e 6) isolar


Terminal (1) fase R
Terminal (2) fase S
Terminal (3) fase T

4- Conecte o motor a rede (3 ~ 380V).


Caso o motor não funcione corretamente faça as seguintes tentativas:
- Desfaça o fechamento. Inverta o (1) pelo (4). Refaça o fechamento.
- Ligue o motor novamente.
- Caso não funcione. Desfaça o fechamento. Inverta novamente o (1) pelo (4)
e inverta agora o (2) pelo (5). Refaça o fechamento.
- Ligue o motor novamente.
- Caso não funcione, desfaça o fechamento. Inverta novamente o (2) pelo (5)
e inverta agora o (3) com o (6).

Obs: Para mudar o sentido de rotação de um motor trifásico inverter a ligação


de duas fases.

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SIGLAS DAS PRINCIPAIS NORMAS E CERTIFICAÇÕES

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


Fundada em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil,
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. As NBR´s
(normas brasileiras), são editadas pela ABNT.
ANSI – American National Standards Institute (instituto americano de
padrões nacionais)
Principal órgão responsável pelo desenvolvimento de padrões nos EUA. É o
membro americano na ISO.
BS – Britsh Standard (padrão britânico)
Normas técnicas da Inglaterra, já em grande parte adaptada à IEC.
CEE – International Comission on Rules of the Approvel of Electrical
Equipment
Especificação internacional, destinada sobretudo ao material de instalação.
CEMA – Canadian Electrical Manufactures Association
Associação canadense dos fabricantes de material elétrico
CSA – Canadian Standards Association
Entidade canadense de normas técnicas, que publica as normas e concede
certificado de conformidade.
DEMKO – Danmarks Elektriske Materielkontrol
Autoridade dinamarquesa de controle dos materiais elétricos, que publica
normas e concede certificação de conformidade.
DIN – Deutsche Industrie Normen
Associação de normas industriais alemã. Suas publicações são devidamente
coordenadas com as da VDE.
IEC – International Electrotechnical Comission (comissão
internacional de eletrotécnica)
É uma Federação mundial estabelecida em 1906, integrada por organismos
nacionais de normalização na área de eletricidade, eletrônicos e relacionados,
contando com um representante por país.
KEMA – Kenring van Elektrotechnische Materialen
Associação holandesa de ensaio de materiais elétricos
NEMA – National Electrical Manufactures Association
Associação nacional dos fabricantes de material elétrico (USA)
OVE – Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik
Associação austríaca de normas técnicas, cujas determinações geralmente
coincidem com as da IEC e VDE.
SEN – Svensk Standard
Associação sueca de normas técnicas

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UL – Underwriters’ Laboratories Inc.


Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio, nos EUA, que
entre outras, realiza os ensaios de equipamentos elétricos e pública as suas
prescrições.
UTE – Union Tecnique de l’ Électricité
Associação francesa de normas técnicas.
VDE – Verband Deutscher Elektrotechniker
Associação de normas alemãs, que publica normas e recomendações da área
de eletricidade.
ISO – International Standardization of Organization (organização
internacional de padronização)
Conjunto de normas internacionais que engloba a existência de um sistema de
garantia da qualidade implementado na empresa, verificando os requisitos da norma
com a realidade encontrada. Além da ISO 9000 existem outras como por exemplo a
ISO 14000 para gestão ambiental.
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial
É uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior. Criado juntamente com o Sinmetro (Sistema Nacional de
Metrologia) e o Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia) para substituir o então
Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM). Suas principais atribuições são:
Gerenciamento dos Sistemas Brasileiros de Credenciamento de laboratórios de
Calibração, Ensaios, Organismos de Certificação e de Inspeção, Fiscalização e
Verificação dos Instrumentos de Medição, Supervisão de Emissão de Regulamentos
Técnicos no âmbito governamental, entre outras.
PROCEL
Programa do governo federal voltado para o combate ao desperdício de energia
elétrica. Instituído em dezembro de 1985 e implantado no ano seguinte, é coordenado
pelo Ministério das Minas e Energia, cabendo à Eletrobrás o controle de sua
execução.

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QUADRO COMPARATIVO DE ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CHAVES DE PARTIDA

CONTATORES RELÉS DE SOBRECARGA FUSÍVEIS


K1 K2 K3 K4 F4 F5 F1,F2,F3
Direta PD In - - - In - Ip
Y-  normal PE 0,58 x In 0,58 x In 0,33 x In - 0,58 x In - 0,33 x In
Y-  pesada PE 0,58 x In 0,58 x In 0,33 x In - In - 0,33 x In
Y-  extra pesada PE 0,58 x In 0,58 x In 0,33 x In - 0,58 x In - 0,33 x In
Compensadora PC In In 0,23 x In - In - 0,64 x In
Estrela série-paralelo PESP 0,5 x In 0,5 x In 0,5 x In 0,25 x In 0,5 x In 0,5 x In 0,25 x In

Ip – corrente de partida
In – corrente nominal

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Elaboração
Fredson Oliveira Silva
Sérgio Murilo de Araújo Pereira
Ivson Ribeiro da Silva

Diagramação
Anna Daniella C. Teixeira

Revisão
Setembro de 2010

Editoração
Divisão de Educação e Tecnologia – DET

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