Academia Militar "Marechal Samora Machel" Curso de Educação Cívico Patriótica, 2º Cadeira de Trabalho Educacional
Academia Militar "Marechal Samora Machel" Curso de Educação Cívico Patriótica, 2º Cadeira de Trabalho Educacional
Academia Militar "Marechal Samora Machel" Curso de Educação Cívico Patriótica, 2º Cadeira de Trabalho Educacional
III Grupo
Nampula
2020 1
Nome dos Elementos do III Grupo:
Consolo Jacinto
Friday Sinate
Herdalina Mafunga
Milton de Castro
Nampula
2020
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Índice
Introdução...................................................................................................................................................3
Metodologia................................................................................................................................................3
Conceito......................................................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................................11
Referências Bibliográficas.........................................................................................................................12
Introdução
Neste presente trabalho vamos debruçar sobre o papel do educador na gestão, preparação
psicológica, formação, de virtudes e moralização do pessoal nas FADM, espírito cívico, imposto
pelo Decreto-lei nº 869, de 12 de Setembrode 1969, visava à inclusão de Moral e Cívica como
disciplina obrigatória nas escolas de todos os graus e modalidades dos sistemas de ensino no
país. A intenção era inserir suas finalidades em todas as actividades escolares, inclusive no que
diz respeito ao desenvolvimento dos actos cívicos, valorizados na prática educativa.
Dai no que concerne as relações entre os valores humanos considerados superiores e a educação
permitiriam que os cidadãos fossem integrados na sociedade, dela participantes como produtos
culturais, como ilustrações no culto à nação, na identificação coma famíliae na dignidadedo
trabalho. A educação moral e cívica permaneceu no currículo oficial como disciplina escolar e
prática educativa em todos os níveis de ensino por 24 anos, até 1993, quando foi revogada pela
Lei n° 8.663.dai salientar que o princípio de que educar tem sido adestrar, o papel de uma boa
escola seria moldar o estudante, adequando-o, conformando-o como agente articulador em sua
sociedade e cultura. Tomando por princípio essa vertente analítica, a educação tende a criar o
homem teórico como modelo do resultado das práticaseducacionais, deum ideal de educação, de
umailusão constituída sob o pretexto de formação crítica.
Metodologia
O material central utilizado para essa pesquisa é de carácter bibliográfico, recorrendo-se a
váriosmanuais e artigos ligados aos assuntos em questão. Com os conteúdos obtidos, o grupo sob
forma de elaboração conjunta, debateu e produziu o presente teórico com informações essenciais
para os estuantes do curso de Educação Cívico Patriótica do 2º ano.
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Conceito
De Acordo com Brandão (1984, p. 10) conceitua educar como o moldar do sujeito dentro
de uma cultura, o que acontece inicialmente no ambiente familiar, “[...] primeiro sem classes
de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante com escolas, salas,
professores e métodos pedagógicos”.
Diante do princípio de que educar tem sido adestrar, o papel de uma boa escola seria moldar o
estudante, adequando-o, conformando-o como agente articulador em sua sociedade e cultura.
Tomando por princípio essa vertente analítica, a educação tende a criar o homem teórico como
modelo do resultado das práticas educacionais, de um ideal de educação, de uma ilusão
constituída sob o pretexto de formação crítica.
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cultural-contextual e comunitário paraque sejam superadas as
desigualdades sociais.
Pensar essa formação docente, é algo imprescindível dentro desse contexto quealmeja a
construção de uma educação problematizadora e emancipatória formadora decidadãos (ãs)
conscientes de seus deveres perante os outros e de seus direitos perante sipróprio(a).
O papel do educador subsidia a construção de uma educação crítica, mas não éalgo que depende
apenas dele. Poderíamos numa acção educativa conjunta nortear trêspontos: sistema educacional,
a gestão que organiza e promove um espaço escolarfavorável e a reflexão da práxis entre aluno-
professor-sociedade são factores que vemauxiliar tanto no desenvolvimento de uma educação
crítica como na identidade que oeducador crítico deve construir em seu local de trabalho.
A relação desses três pontos apresentados, se trabalhado de forma crítica,contextualizada com o
meio social e buscando a participação efectiva da gestão escolar,em que todos busquem andar
em um só compasso, em um só ritmo, poderá através daluta e da persistência configurar uma
educação menos excludente, menos selectiva.
O educando precisa se sentir aceito, capaz, amado, e para isso, o educador, osgestores, os
familiares, a comunidade precisam fazer parte desse universo escolarviabilizando o
conhecimento crítico, erudito e politizado. Os educandos ao terem acessoà uma educação crítica,
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favorecerão o surgimento de um diálogo crítico com os grupossociais nos quais estejam
inseridos, transmitindo o que aprenderam a outras pessoas,possibilitando a ampliação da
construção do saber e da difusão do conhecimento.
Um educando motivado aprende com mais facilidade, por mais que tenhapassado por
problemas extra-escolares, ele terá força para a superação dos obstáculos eperceberá a
necessidade de estudar para se alcançar uma melhor qualidade de vida.
De acordo com Luckesi e Passos (2000, p. 32)
O educando apropriando-se por meio da escola,
doconhecimento como forma de compreensão da
realidade, está sepreparando não só para o enfrentamento
dos desafios danatureza propriamente dita, mas também
para enfrentar asmazelas sociais que o envolvem.
É difícil buscar desenvolver uma prática escolar crítica, construtiva,emancipatória com tantos
obstáculos presentes na rotina do educador-educando. É algodifícil, mas o difícil não pode se
tornar impossível.
Para uma pequena parcela da população, onde fica a maior concentração derenda do
nosso país, não seria viável lutar por uma educação de qualidade para todos.Que todos pudessem
ter acesso à informação, ao conhecimento sem tantos dilemas,contradições, inferências,
obstáculos, sem tanta exclusão.
Para esta sociedade etilizada aeducação deve percorrer sob os víeis de uma educação que
fixa em dois pontos –educação para as classes dominantes e a educação para as classes
marginalizadas, quenão tem o direito de escolha e sim de aceitação para poder sobreviver na
sociedade.
Segundo Freire (1980, p. 39) para atingir esse objectivo,
[...]é preciso que a educação esteja – em seu conteúdo, em seus
programas e em seus métodos – adaptada ao fim que sepersegue:
permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-secomo pessoa,
transformar o mundo, estabelecer com os outroshomens relações
de reciprocidade, fazer a cultura e a história [...]
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Por isso é que a Renamo durante as negociações nunca teve a confiança do governo para
integrar nas forças armadas. Ao contrário, o Governo somente mostrava-se disposto a conceder
uma amnistia aos guerrilheiros da Renamo (dellaRocca, 1998), mas foi somente devido a pressão
dos mediadores que o governo acabou aceitando integrar os homens da Renamo. Os mediadores
davam grande importância a questão da formação de um exército único antes da realização das
eleições gerais para permitir que nenhum dos actores voltasse a pegar em armas (dellaRocca,
1998).
Por exemplo, tinha sido criada uma Comissão Conjunta para a Formação dasFADM (CCFADM)
constituída por representantes das FAM e da RENAMO, órgão que seriaresponsável pelas
FADM até a tomada de posse do novo governo que sairia das eleições de1994, e as FADM
passariam a ser subordinadas ao novo Ministério da Defesa ou outro órgãoque o governo
estabelecesse (Boletim da República, Lei n° 13/92).
Esta representatividade, essa partilha de poder militar, também estendia-se desde os oficiais
superiores, os subalternos até aos níveis mais baixos da hierarquia militar. Nos quatro ramos das
FADM, nomeadamente o exército, a força aérea, a marinha de guerra e o logístico e de infra-
estruturas, onde o comandante fosse da Renamo o seu adjunto era das FAM e vice-versa,e o
mesmo sucedia nas regiões militares, nomeadamente: Sul, Centro e Norte. Houve de facto uma
clara partilha de poder entre as partes na composição das FADM.
Outra mudança importante na estrutura das FADM foi a nível da liderança máxima. Tinha sido
acordado que o comando das FADM seria exercido por dois oficiais generais com amesma
categoria designados por cada uma das partes e que as decisões só seriam válidas quando
assinadas por estes dois oficiais (Boletim da República, Lei n° 13/92).
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No entanto, este modelo de comando conjunto também designado por comando bicéfalo, só
vigorou durante oito anos, período equivalente ao mandato do antigo presidente Joaquim
Chissano, no qual o General Tobias Dai da parte do Governo era o comandante chefe do Estado-
Maior e o General Mateus Ngonhamo da parte da Renamo, o vice-chefe do Estado-Maior
General. Este comando foi invertido com a nomeação para o topo do comando das FADM as
figuras do General do Exército Lagus Lidimo e de vice-chefe do EMG das FADM o tenente-
general Mateus Ngonhamo (Pereira, 2016).
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uma palavra, é o que Vossa Excelência preconiza: A Revolução pela
Educação (Brasil, 1971).
A Reforma do ensino de 1º e 2º graus, que deu origem à Lei nº. 5.692/71, tinha sua razão
de ser, de acordo com o Estado militar, no momento de desenvolvimento económico vivido pelo
país. Era necessário formar profissionais capazes de atender à demanda do mercado dentro do
ideal de democracia imposto pelo Estado, ou seja, dentro do exercício democrático controlado
pelo governo, posto que emana dele, e proporcionado pela livre competitividade. Assim deveria
ser a cidadania aprendida e praticada pelos brasileiros: centralizada no Estado e por ele vigiada.
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Conclusão
Após ter feito o presente trabalho concluímos que opapel do educador subsidia a construção de
uma educação crítica, mas não éalgo que depende apenas dele. Poderíamos numa acção
educativa conjunta nortear trêspontos: sistema educacional, a gestão que organiza e promove um
espaço escolarfavorável e a reflexão da práxis entre aluno-professor-sociedade são factores que
vemauxiliar tanto no desenvolvimento de uma educação crítica como na identidade que
oeducador crítico deve construir em seu local de trabalho.
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Referências Bibliográficas
Chabal, P., 2005. Violence, Power and Rationality: A Political Analysis of Conflict in
Contemporary Africa. In: P. Chabal, U. Engel & A. Gentili, edits. Is Violence Inevitable in
Africa?.s.l.:Brill, pp. 1-14.
Chabal, P., Daloz, J. P., 1999. “Africa Works: Disorder as Political Instrument", Indiana
University Press.
Velozo, F., 2012. “Toda esta exclusão nas FADM tem o objetivo de destruir-nos”. Canal de
Moçambique, 14 Novembro.
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