Aplicação e Processamento de Ligas Metálicas
Aplicação e Processamento de Ligas Metálicas
Aplicação e Processamento de Ligas Metálicas
Ligas Ferrosas
As ligas ferrosas são produzidas em maior quantidade do que qualquer outro tipo de
metal. Essas ligas são especialmente importantes como materiais de construção em
engenharia. Seu amplo uso é o resultado de três fatores: (1) compostos que contem ferro
existem em quantidades abundantes no interior da crosta terrestre; (2) o ferro metálico e
as ligas de aço podem ser produzidos usando técnicas de extração, beneficiamento,
formação de ligas e fabricação relativamente econômicas; (3) as ligas ferrosas são
extremamente versáteis, no sentido em que elas podem ser adaptadas para possuir uma
ampla variedade de propriedades mecânicas e físicas. A desvantagem principal de muitas
ligas ferrosas é a suscetibilidade à corrosão.
Operações de Conformação
Forjamento
Laminação
A laminação, que é o processo mais utilizado, consiste em se passar uma peça metálica
entre dois rolos; uma redução na espessura resulta das tensões de compressão exercidas
pelos rolos. A laminação a frio pode ser usada na produção de chapas, tiras e folhas com
elevada qualidade de acabamento de superfície circulares, bem como vigas I e trilhos de
trem, são fabricadas usando rolos que possuem ranhuras.
Extrusão
Estiramento
O estiramento consiste em se puxar uma peça metálica através de uma matriz que possui
um orifício cônico mediante a aplicação de uma força de tração no lado de saída do
material. Tem-se como resultado uma redução na área de seção reta, com um
correspondente aumento no comprimento. A operação completa de estiramento pode
consistir em um número de matrizes em uma sequência em série. Barras, arames e
produtos de tubulação são fabricados geralmente dessa maneira.
Ligas Cupro Níquel
Características:
1. Esse tipo de liga são muitos dúcteis e apresentam excelente resistência à corrosão.
2. O teor de níquel varia, em média, de 5 a 45%, o manganês e o ferro podem estar
presentes até cerca de 2% cada elemento.
3. A medida que aumenta o teor de níquel, algumas propriedades mecânicas são
afetadas como a resistência mecânica, limite de escoamento, limite de resistência à
tração, dureza e limite de fadiga a ductilidade sofre pouca alteração.
4. A aplicação de liga com 5% é na construção naval, em tubos condutores de água do
mar, circuitos de refrigeração a água e serviços sanitários de navios.
5. A aplicação de liga com 10% em tubos e placas de condensadores, aquecedores e
evaporadores.
6. A aplicação de liga com 20% em resistores, recipientes de transistores e guias de
onda de radar.
7. A aplicação de liga com 30% ocorre na construção naval e na indústria química.
8. A aplicação de liga com 45% ocorre em elementos de aquecimento na indústria
elétrica
Antes de serem definidos os vários tratamentos térmicos, será feito um rápido comentário
sobre os diversos fatores que devem ser levados em conta na sua realização.
Representando o tratamento térmico um ciclo tempo - temperatura, os fatores a serem
inicialmente considerados são: aquecimento, tempo de permanência à temperatura e
resfriamento. Além desses, outro de grande importância é a atmosfera do recinto de
aquecimento, visto que a sua qualidade tem grande influência sobre os resultados finais
dos tratamentos térmicos.
Aquecimento
O caso mais frequente de tratamento térmico do aço é alterar uma ou diversas de suas
propriedades mecânicas, mediante uma determinada modificação que se processa na sua
estrutura. Assim sendo, o aquecimento é geralmente realizado a uma temperatura acima
da crítica, porque então tem-se a completa austenização do aço, ou seja, total dissolução
do carboneto de ferro gama: essa austenização é o ponto de partida para as
transformações posteriores desejadas, as quais se processarão em função da velocidade
de esfriamento adotada. Na fase de aquecimento, dentro do processo de tratamento
térmico, devem ser apropriadamente consideradas a velocidade de aquecimento e a
temperatura máxima de aquecimento.
Resfriamento
Este é o fator mais importante, pois é ele que determinará efetivamente a estrutura e, em
consequência, as propriedades finais dos aços. Como pela variação da velocidade de
resfriamento pode-se obter desde a perlita grosseira de baixa resistência mecânica e
baixa dureza até a martensita que é o constituinte mais duro resultante dos tratamentos
térmicos. Por outro lado, a obtenção desses constituintes não é só função da velocidade
de resfriamento, dependendo também da composição do aço (teor em elemento de liga,
deslocando a posição das curvas em C), das dimensões (seção) das peças, etc. Os
meios de esfriamento usuais são: ambiente do forno, ar e meios líquidos. O resfriamento
mais brando é, evidentemente, o realizado no próprio interior do forno e ele se torna mais
severo à medida que se passa para o ar ou para um meio líquido, onde a extrema
agitação dá origem aos meios de esfriamento mais drásticos ou violentos. Na escolha do
meio de esfriamento, o fator inicial a ser considerado é o tipo de estrutura final desejada a
uma determinada profundidade. De fato, a seção e a forma da peça influem
consideravelmente na escolha daquele meio. Um meio de resfriamento menos drástico,
como óleo, seria o indicado sob o ponto de vista de empenamento ou ruptura, porque
reduz o gradiente de temperatura apreciavelmente durante o resfriamento, mas não
podem satisfazer sob o ponto de vista de profundidade de endurecimento. É preciso,
então conciliar as duas coisas: resfriar adequadamente para obtenção da estrutura e das
propriedades desejadas à profundidade prevista e, ao mesmo tempo, evitar
empenamento distorção ou mesmo ruptura da peça quando submetida ao resfriamento.
Tal condição se consegue com a escolha apropriada do aço. Os meios de resfriamento
mais utilizados são: soluções aquosas, águas, óleo e ar.
Tratamentos térmicos
Recozimento
Têmpera por indução: o calor para aquecer a peça pode ser gerado na própria peça por
indução eletromagnética. O controle da profundidade de aquecimento é seguido jogando-
se as variáveis: forma da bobina, espaço entre a bobina de indução e a peça, taxa de
alimentação de força, freqüência e tempo de aquecimento.