4 Feixes Hertzianos
4 Feixes Hertzianos
4 Feixes Hertzianos
Feixes Hertzianos
Feixes Hertzianos
Carlos Salema
IST PRESS
Sistemas de Comunicações 2
Feixes Hertzianos: características
• A propagação faz-se “em linha de vista” com saltos máximos de, aproximadamente,
50 km. Para ligações longas ou obstruídas pela orografia do percurso, é necessário
usar estações intermédias que funcionam como repetidores.
Designações inglesas:
Sistemas de Comunicações 3
Aplicações
Sistemas de Comunicações 4
Rede de transporte de Televisão (há uns anos atrás…)
Sistemas de Comunicações 5
Feixes Hertzianos em Comunicações Móveis
Sistemas de Comunicações 6
Antenas
• As antenas utilizadas são do tipo reflector alimentado no foco por um guia de ondas
encurvado e truncado. O reflector é um parabolóide de revolução, com diâmetro
habitualmente compreendido entre 1 e 4 m. Em alguns casos, poderá recorrer-se a
cornetas reflectoras.
Sistemas de Comunicações 7
Antenas (cont.)
Sistemas de Comunicações 8
Estruturas de suporte das antenas
Sistemas de Comunicações 9
Emissores/Receptores
Sistemas de Comunicações 10
Secção radioeléctrica
f1 f1´
Secção
radioeléctrica
f1´ f1
E( f1 ) R( f1 ) E( f1’ ) E( f1 )
Sistemas de Comunicações 11
Planos de frequência
– A largura espectral disponível para cada banda de frequências (definida por f0) é dividida em
duas metades. Em cada estação, os canais de emissão situam-se todos numa mesma
semibanda e os canais de recepção na outra semibanda.
Exemplo: LB disponível
1 2 ... n 1‟ 2‟ ... n‘
f1 f2 fn f0 f1´ f2´ fn´ f
canais de emissão canais de recepção
Sistemas de Comunicações 12
Planos de frequência (cont.)
f1 f1´
Secção
radioeléctrica
f1´ f1
E( f1 ) R( f1 ) E( f1’ ) E( f1 )
Sistemas de Comunicações 13
Projecto de uma ligação digital em
Feixes Hertzianos
Dados do Problema
Objectivos do Projecto
Sistemas de Comunicações 14
Projecto de uma ligação digital em
Feixes Hertzianos (cont.)
Elementos a Especificar
Sistemas de Comunicações 15
Escolha do percurso
Sistemas de Comunicações 16
Cartas Militares
Sistemas de Comunicações 17
Escolha do percurso - critérios
• Estações repetidoras (passivas ou activas) em linha de vista, com saltos tão longos
quanto possível, de modo a minimizar o número de estações repetidoras
• Estações terminais tão próximas quanto possível das origens e destinos do tráfego
(ligação por cabo coaxial ou fibra óptica)
Sistemas de Comunicações 18
Perfil da ligação
• Percurso directo
Sistemas de Comunicações 19
Como relacionar pR com pE ?
pE pR
E( f ) R( f )
d
Sistemas de Comunicações 20
Densidade de potência (S) criada por uma antena
Antena
emissora
prad = pE gE : potência radiada pela antena
Sistemas de Comunicações 21
Potência captada por uma antena
pR = S.aeff (W)
prad d
Antena
receptora
Antena
emissora pR : potência captada pela antena receptora
Sistemas de Comunicações 22
Propagação em espaço livre
Sistemas de Comunicações 23
Propagação em espaço livre (cont.)
Sistemas de Comunicações 24
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 25
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 26
Atenuação dos guias
pE pR
E( f ) R( f )
PR PE GE GR AE AR L fs (dBm , dBW )
Sistemas de Comunicações 27
Atenuação dos guias (cont.)
Sistemas de Comunicações 28
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 29
Influência dos Obstáculos: Elipsóides de Fresnel
• Considere-se uma ligação via rádio, na frequência f (comprimento de onda ), com
antenas pontuais, uma em E e outra em R, à distância d tal que d >> :
Z
E d R
Sistemas de Comunicações 30
Raio do Elipsóide de Fresnel
r
Z
E
z R
d
EP PR d n
2
z 2 r 2 (d z ) 2 r 2 d n
2
z (d z )
se r | z |, | d z |
r 12
(
1
)n
r n
2 z dz 2 d
Sistemas de Comunicações 31
Elipsóides de Fresnel (cont.)
z (d z )
r1 : raio do 1o elipsóide de Fresnel
d
r
r
z
• Pode-se demonstrar que a atenuação entre duas antenas, mesmo na presença de obstáculos,
é praticamente igual à atenuação em espaço livre desde que os obstáculos não entrem no 1o
elipsóide de Fresnel. Se isso não se verificar, é necessário calcular a atenuação introduzida
pelos obstáculos (existem vários métodos de cálculo).
• Uma vez que muitos dos raios que viajam dentro do 1º elipsóide de Fresnel correspondem a
variações pequenas de fase, esses raios vão interferir construtivamente no receptor; outros
raios, (p. ex., os do 2º elipsóide) interferem destrutivamente.
Sistemas de Comunicações 32
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 33
Relembrar ... Influência da diferença de percursos
r
Supõe-se campo eléctrico com polarização horizontal r + r
2
E j r
Campo eléctrico associado ao raio directo (percurso r): E1 (r ) 0 e
r
2
E0 j ( r r )
Campo eléctrico associado a um raio refractado (percurso r + r): E ( r ) e
r r
2
2 2
E j (r ) E0 j ( r r )
Et E1 (r ) E2 (r ) 0 e e
∆
Campo eléctrico resultante:
r r r
2 2 2 2
j (r ) 1 1 j r E0 j r j r
E0 e
( e
) e (1 e
)
r r r r
Sistemas de Comunicações 34
Influência da presença da Terra
1- Terra plana e reflectora perfeita
raio directo (tensão ud à entrada do receptor)
E raio reflectido (tensão ur à
R entrada do receptor)
he
hr
Ponto especular
(coeficiente de reflexão: R exp(j) )
ud Z pR Zp E g E g R
4 d Coeficiente de reflexão
• Para o raio reflectido Variação na fase devido à
diferença de percursos
ur Z pE g Ee g Re R exp( j ) exp( j )
4 d r
Sistemas de Comunicações 35
Influência da presença da Terra
1- Terra plana e reflectora perfeita (cont.)
raio directo (tensão ud)
E raio reflectido (tensão ur)
R
he
hr
Ponto especular
(coeficiente de reflexão: R exp(j) )
ge ge
• Se d >> he,hr u u
r d
E R R exp( j ) exp( j )
g g
E R
4 he hr Ângulo de atraso devido à
em que
d diferença de percursos
Sistemas de Comunicações 36
Influência da presença da Terra
1- Terra plana e reflectora perfeita (cont.)
• Se R1 e = (típico para polarização horizontal c/ incidências rasantes):
| u d u r |2
P P 20 log 2 sin : potência total recebida
Rt Z R 10 2
4 he hr
d
Sistemas de Comunicações 37
Influência da presença da Terra
2- Terra plana e difusora
PS PD 10 dB
Sistemas de Comunicações 38
Influência da presença da Terra
3- “Remédios” contra as reflexões
• Evitar que as ligações atravessem zonas planas muito extensas (mar, lagos ou
pântanos)
• Colocar uma antena muito mais elevada que a outra (aproxima a zona das
reflexões da antena mais baixa)
Sistemas de Comunicações 39
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 40
Influência da presença da Terra
4- Terra esférica
• Designa-se por radiorizonte (drh) de uma antena colocada à altura h sobre a Terra de
raio re , a distância, medida à superfície da Terra, entre a base da antena e o ponto no
qual o raio emitido pela antena é tangente à superfície da Terra.
d rh 2re h
Sistemas de Comunicações 41
Radiorizonte
dmax
drh
h h
re
re
d rh 2hre (pois re h)
d max 2 2hre
Sistemas de Comunicações 42
Influência da presença da Terra
4- Terra esférica
• Designa-se por radiorizonte (drh) de uma antena colocada à altura h sobre a Terra de
raio re , a distância, medida à superfície da Terra, entre a base da antena e o ponto no
qual o raio emitido pela antena é tangente à superfície da Terra.
d rh 2re h
Sistemas de Comunicações 43
Influência da atmosfera nas ligações em FH
• Alteração dos raios de onda que deixam de ser rectilíneos (função do índice de
refracção da atmosfera)
• Desvanecimento multipercurso
Sistemas de Comunicações 44
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 45
Atenuação devida ao O2 e ao H2O
• Teoricamente:
d
Aa (dB) [ o ( x) w ( x)] dx
0
onde
– x: comprimento medido ao longo do raio directo (km)
– O : coeficiente de atenuação devido ao O2 (dB/km)
– w: coeficiente de atenuação devido ao H2O (dB/km)
Sistemas de Comunicações 46
Atenuação específica do O2 e do H2O
Sistemas de Comunicações 47
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 48
Efeitos refractivos da atmosfera
n5
n4
h
n3
n2 2
n1 1
ni=c0 /ci
onde
– c0: velocidade da luz no vácuo
– ci: velocidade da luz no meio i
• Lei da refracção: n1sin1= n2sin2 se n1> n2 2> 1
• Como n1> n2 > n3 > n4 > n5, a trajectória dos raios não é rectilínea mas torna-se convexa.
Sistemas de Comunicações 49
Efeitos refractivos da atmosfera (cont.)
77.6 4810 e
N ( pa )
T T
• Para condições médias – pa =1017 mb, e=10 mb (50% de humidade relativa), T=291.3
K (18o C) => N=315 e n=1.000315.
• A variação do índice de refracção com a altitude (h, em km) pode ser expressa por:
n(h) 1 a exp( bh)
onde a e b são constantes determinadas estatisticamente para cada clima. Para a
atmosfera padrão a=0.000315; b=0.136 km-1
Sistemas de Comunicações 50
Efeitos refractivos da atmosfera (cont.)
n(h) n0 n.h
re= ke r0
com
1
ke
r
1 0 n
n0
r0 6 370 km (raio físico da Terra)
Sistemas de Comunicações 51
Efeito do valor de ke no percurso dos raios de onda
Sistemas de Comunicações 52
Cálculo de CCIP em Feixes Hertzianos
= 0PRCIP
CCIPC PR0= PE GE GR L fs Aadicional (dBm , dBW )
Sistemas de Comunicações 53
Feixes Hertzianos - Cálculo de (C/N)CIP
• Para a maioria dos sistemas de feixes, a antena receptora „vê‟ a Terra como uma fonte
de ruído à temperatura ambiente ( 290 K), vindo
Nin 204 10 log BW (dBW )
• O ruído à saída do receptor (mas referido à sua entrada), obtém-se adicionando o
factor de ruído do receptor, F, vindo
Sistemas de Comunicações 54
Relação entre eb/n0 e c/n em sistemas com
modulações digitais
n n0 BW (W )
com n0=kT (W/Hz).
• Deste modo: eb c Bw
n0 n f b
Eb C B
ou, em unidades logarítmicas (dB) 10 log( w )
N0 N fb
Sistemas de Comunicações 55
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 56
Atenuação devida à chuva
• A ITU-R propõe o seguinte método de cálculo da atenuação devida à chuva, não excedida em
mais de p por cento do tempo, anualmente, numa ligação em FH com o comprimento d (em
km), à frequência f (em GHz) :
r k Ri0.01
Sistemas de Comunicações 57
Atenuação devida à chuva (cont.)
Ar(0.01) r def
• A atenuação devida à chuva aumenta com a frequência, podendo ser o factor mais
limitativo para ligações em FH acima de f=10 GHz.
• Não são normalmente considerados no projecto de FH:
– A atenuação devida ao nevoeiro (inferior à atenuação da chuva fraca)
– A atenuação devida ao granizo (baixa probabilidade de ocorrência)
Sistemas de Comunicações 58
Atenuação devida à chuva: Exemplo de cálculo
Sistemas de Comunicações 59
Factores que condicionam a potência recebida em
condições reais de propagação
• Reflexões no terreno
Sistemas de Comunicações 60
Desvanecimento
Profundidade do
fading (dB)
p=pn
• Se
– pn potência recebida em condições ideais de propagação (sem fading)
– p0 potência recebida em condições reais de propagação (com fading), no instante t
Sistemas de Comunicações 62
Desvanecimento multi-percurso: modelo dos 3 raios
Raio refractado 2
Raio refractado 1
Raio directo
R
E
• Se
– Raio directo: amplitude unitária e atraso nulo
– Raio refractado 1: amplitude a1 e atraso 1
– Raio refractado 2: amplitude a2 e atraso 2, 2 >> 1
Sistemas de Comunicações 63
Desvanecimento uniforme
O desvanecimento uniforme (constante na banda do sinal) pode ser visto como mais
uma forma de atenuação que contribui para baixar o valor da potência recebida.
Profundidade do
fading (dB) p=pn
p=p1
p=p2
p0
se p2 p1 P( p p2 ) P( p p1 ) P( p p0 ) k
pn
Sistemas de Comunicações 64
Desvanecimento uniforme: exemplos
• Exemplo 1: Para garantir, em condições reais de propagação (i.e., com fading), que
p pobj em 99,9% do tempo
pobj
P( p pobj ) 1 0.999 0.001 k
pn
ou
pobj
pn k : potência a garantir em condições ideais (i.e., sem fading) de
0.001 propagação (PRCIP )
Sistemas de Comunicações 65
Desvanecimento uniforme – modelo teórico
p0
P( p p0 ) k
pmr
Sistemas de Comunicações 66
Desvanecimento uniforme – modelo empírico
p0
P( p p0 ) 1.4 108 f d 3.5 [d ] km; [ f ] GHz
pn
(também: fracção do tempo em que a potência recebida é inferior ou igual a p0 ou,
doutro modo, fracção do tempo em que o desvanecimento é superior a pn/p0)
Sistemas de Comunicações 67
Desvanecimento multi-percurso: modelo dos 3 raios
Raio refractado 2
Raio refractado 1
Raio directo
R
E
• Se
– Raio directo: amplitude unitária e atraso nulo
– Raio refractado 1: amplitude a1 e atraso 1
– Raio refractado 2: amplitude a2 e atraso 2, 2 >> 1
Sistemas de Comunicações 68
Desvanecimento selectivo
p0
P( p p0 ) k
pn
k
P( p p0 )
m
Sistemas de Comunicações 70
Margem para desvanecimento (cont.)
• Segundo a ITU-R, a probabilidade da taxa de erros (ou BER) ser excedida pode ser
decomposta em duas parcelas, Pc = Pu+Ps , em que:
– Pu: causada pelo desvanecimento uniforme (i.e., devida à atenuação)
– Ps: causada pelo desvanecimento selectivo (i.e., devida à i.i.s.)
• De notar que, para os feixes de baixa capacidade (caso em que se pode desprezar o
efeito do desvanecimento selectivo), tem-se: m=mu; normalmente tem-se m<mu.
Sistemas de Comunicações 71
Exemplo de cálculo
Considere-se uma ligação em feixes digitais a 140 Mbit/s (sinal PDH-E3), com 50 km de
comprimento, à frequência de 4 GHz. A modulação utilizada é 16-QAM. A relação (C/N)CIP à
entrada do receptor, em condições ideais de propagação (sem desvanecimento) é de 65 dB. A
margem para desvanecimento selectivo é de 30 dB. Verificar se, em condições reais de
propagação (i.e., com desvanecimento multi-percurso), é possível garantir, em 99.9 % do
tempo, uma taxa de erros binários (BER) não superior a 10-5.
– Para 16-QAM e um BER de 10-5, deve-se ter Eb/N0= 13.5 dB ou, atendendo a que C/N=
=Eb/N0+10log(fb/Bw) e Bw= fb /log2M = 35 MHz (supondo filtros de Nyquist), C/N=19.5 dB
– A margem uniforme da ligação é: Mu= (C/N)CIP - C/N = 65-19.5 = 45.5 dB
– A margem real da ligação é: m=(1/mu+1/ms)-1= (10-4.55+10-3)-1103
– Com esta margem real, o BER de 10-5 é excedido em :
k
1
P( p p0 ) 1.4 108 f d 3.5 [d ] km;[ f ] GHz
m
= 4.95 10-3 %
É possível garantir a qualidade desejada !
Sistemas de Comunicações 72
BER do M-QAM
Sistemas de Comunicações 73
Redução dos efeitos do desvanecimento
Nota: a igualação deverá ser adaptativa já que o canal de transmissão (atmosfera) varia ao
longo do tempo
Sistemas de Comunicações 74
Igualação adaptativa
.5 1
( i0mp.5 i0nmp ) para d 40 km
.2 1
is ( i0mp.8 i0nmp ) para d 20 km i.i.s. provocada por raios que
( k1 k2 ) 1 para 40 km d 20 km chegam em avanço relativamente ao
imp inmp raio directo
40 d 40 d
k1 0.5 0.3 ; k2 0.5 0.3
20 20 i.i.s. provocada por raios que
chegam atrasados relativamente ao
• Margem selectiva com igualação: ms’= msis raio directo
Sistemas de Comunicações 75
Diversidade
Sistemas de Comunicações 76
Diversidade dupla de espaço
E dc Combinador
Sistemas de Comunicações 77
Diversidade dupla de frequência
E (f1) R (f1)
Combinador
R (f2)
E (f2)
Sistemas de Comunicações 78
Relembrar ... Projecto de uma ligação digital em
Feixes Hertzianos
Dados do Problema
Objectivos do Projecto
Sistemas de Comunicações 79
De volta ao SDH ...
Sistemas de Comunicações 81
Normas de Qualidade para FH Digitais (ITU-R)
Sistemas de Comunicações 83
Verificação da cláusula SESR
• Para a modulação utilizada e para o valor de berSESR da Rec. ITU-R P.530-8 obtém-se, a partir de gráfico ou
expressão analítica
SESR
C
N min
SESR
C C mrsesr
1
• Calcula-se M SESR
e
u
N CIP N min 1 muSESR 1 ms
k
• Admitindo para a margem real a expressão: P( p p0 )
m
k
calcula-se o sesr da ligação sesr
mrsesr
sesr ≤ SESR
sesr da ligação sesr objectivo = 0.002 X
Sistemas de Comunicações 84
Verificação da Cláusula BBER
• Obtém-se rber (residual ber); é um dado do fabricante e toma valores entre 10-10 e 10-13 (na falta
de dados usa-se tipicamente 10-12)
• Para a modulação utilizada e para o valor de rber obtém-se, a partir de gráfico ou expressão
analítica C rber
N min
C C
rber 1
• Obtém-se M urber e mrrber
N CIP N min 1 murber 1 ms
k k
• Calcula-se sucessivamente 1) sesr 2) P(rber )
mrsesr mrrber
Sistemas de Comunicações 85
Verificação da Cláusula BBER (cont.)
bber ≤ BBER
Sistemas de Comunicações 86
Verificação da Cláusula ESR
n nb rber
esr sesr m n
3
• A cláusula é verificada se
esr ≤ ESR
Sistemas de Comunicações 87
Verificação da cláusula SESR (método alternativo)
• Para a modulação utilizada e para o valor de berSESR da Rec. ITU-R P.530-8 obtém-se, a partir de gráfico ou
expressão analítica
SESR
C
N min
• k
Admitindo para o desvanecimento a expressão P( p p0 )
m
k
calcula-se a margem real objectivo, relativa ao SESR mrSESR
SESR
SESR
1 C C
• Calcula-se muSESR e M usesr
1 mrSESR 1 ms N ( sesr SESR) N min
Sistemas de Comunicações 88
Margens (de segurança) da ligação
1 1
C C C C
– seg
M SESR , com
N CIP N obj N obj N ( sesr SESR)
2 2
C C C C
– seg
M BBER , com
N CIP N obj N obj N (bber BBER )
3 3
C C C C
– M seg
, com
ESR
N CIP N obj N obj N (esr ESR) Nota: CIP = condições ideais
de propagação
o que se tem em CIP o que se devia ter em CIP
C
C
i
• A margem crítica é dada por M seg
max , i 1,2,3
critica
N CIP N obj
• A frequência óptima é aquela para a qual se tem a maior margem crítica (que deve ser de 3 dB).
Sistemas de Comunicações 89
Exemplo 1
Sistemas de Comunicações 90
Exemplo 2
seg
M crítica 3 dB
Sistemas de Comunicações 91
Relembrar ... Projecto de uma ligação digital em
Feixes Hertzianos
Dados do Problema
Objectivos do Projecto
Sistemas de Comunicações 92
Normas de fiabilidade para feixes digitais (ITU-R)
Sistemas de Comunicações 93
Normas de fiabilidade para feixes digitais (ITU-R)
Sistemas de Comunicações 94
Indisponibilidade devida à chuva – exemplo de cálculo
– De acordo com as normas da ITU-R, a indisponibilidade máxima para uma ligação com
50 km de comprimento é
0.3280/2500 % 3.36 10-4
– A indisponibilidade máxima devida à chuva é 10 % de 3.36 10-4 3 10-5 = 310-3 %
– No exemplo de cálculo da atenuação devida à chuva (pág. 59) obteve-se, para o valor de
atenuação não excedido em mais de 310-3 % do tempo: Ar=0.88 dB
– Em condições ideais de propagação, tem-se (C/N)CIP = 65 dB. Na presença de chuva tem-
se, em (100-3 10-3) % do tempo:(C/N)r [(C/N)CIP – Ar] = 64.12 dB
– Para um BER de 10-3 (ligação indisponível), é necessário um (C/N)mín de 25 dB
– A margem de segurança para a chuva é (C/N)r- (C/N)mín = 64.12 – 25 = 39.12 dB
Sistemas de Comunicações 95
Exemplo
“Cláusula da chuva”
Sistemas de Comunicações 96
Estações repetidoras
Sistemas de Comunicações 97
Repetidores passivos
onde aesp é a área física do espelho, é o ângulo de incidência no espelho e é o rendimento (1)
b) Periscópio – conjunto de 2 espelhos planos com ganho correspondente ao menor ganho dos
dois espelhos
c) Costas-com-costas - 2 antenas parabólicas ligadas através de um pequeno troço de guia ou
cabo coaxial com ganho igual à soma dos ganhos das antenas
a) b)
Sistemas de Comunicações 98
Repetidores passivos (cont.)
Sistemas de Comunicações 99
Repetidores passivos (cont.)
PRpas PRobs
ou, comparandoas duas expressõesanteriores
dd
Grep 32.4 20 log10 ( 1 2 ) 20 log10 ( f MHz ) Aobs
d
• Se o repetidor passivo fôr constituído por antenas parabólicas de diâmetro D (m), com
rendimento de abertura de 0.5:
d1d 2
40 log 10 ( D) 117.6 20 log 10 ( ) 20 log 10 ( f MHz ) Aobs
d
Projecto da ligação
Terrenos para emissor/receptores e repetidores
Acessos e infra-estruturas (e.g., energia e comunicações)
Torres de emissão/recepção
Antenas
Emissores
Receptores
Guias, cabos coaxiais e fibra óptica
Acessórios vários e sobressalentes
Torres para repetidores
Antenas/reflectores para repetidores
Energia
Manutenção e reparação
Microwave Radio Links, Carlos Salema, John Wiley & Sons, 2003