Aula 3 - Controlador Lógico Programável A PDF

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COMPUTADORES AULA 5

INDUSTRIAIS Prof. Tiago C. Magalhães

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OBJETIVO
O objetivo da aula é apresentar:
 Apresentar o PLC
 Entender a arquitetura
 Hardware do MicroLogix 1400
 Especificações de Controladores Programáveis
 Introdução às Linguagens de Programação

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PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
Refere-se à organização dos
dispositivos e softwares que
constituem o sistema de automação
na organização industrial quanto às
suas funções, capacidades e
interações com outros equipamentos
e softwares na cadeia de produção.

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A pirâmide da automação refere-se à organização dos dispositivos e softwares que


constituem o sistema de automação na organização industrial quanto às suas
funções, capacidades e interações com outros equipamentos e softwares na cadeia
de produção.
A divisão se dá por meio de níveis (numéricos) que fazem referência aos conjuntos
dos equipamentos, dispositivo em campo e softwares, além de tudo que constitui o
sistema de automação.
Nesse sentido, equipamentos que fazem contato direto com o ambiente de produção
constituem a parte inferior da pirâmide, enquanto softwares que imprimem
relatórios e geram dados corporativos encontram-se nos níveis mais elevados.

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PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
Nível 1 (Dispositivos de campo):
 Camada de Instrumentação
 Nível de chão de fábrica,
máquinas e componentes da planta;
 Dispositivos de campo, sensores e
atuadores;
 Interface entre o processo e o
sistema de automação;
 Deve oferecer fidelidade dos sinais
para as funções de controle.
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Nível 1: Dispositivos de Campo


Sensores e atuadores, dispositivos de campo
Necessidade de um projeto de instrumentação que realmente garanta a
confiabilidade dos sinais das variáveis medidas, das variáveis controladas e dos
elementos finais de controle para as camadas superiores.
A instrumentação de campo é uma área de interface crítica entre o processo e o
sistema de automação onde um trabalho integrado de projeto, manutenção e
operação buscam garantir a fidelidade dos sinais para as funções de regulação e
controle avançado.

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PIRÂMIDE DA AUTOMAÇÃO
Nível 2 (Controle de Processos):
 CLP: Controlador Lógico
Programável
 Considerável nível de inteligência
 Lógica e condições de acionamento
do sistema de controle de automação

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Nível 2: Controle de Processos

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HISTÓRICO
Em 1969 surgiram os primeiros controladores baseados numa especificação da General
Motors, resumida a seguir:
 Facilidade de programação
 Facilidade de manutenção com conceito plug-in
 Alta confiabilidade
 Dimensões menores que painéis e relés, para redução de custo;
 Envio de dados para processamento centralizado;
 Preço competitivo
Na década de 1970, os controladores passaram a ter microprocessadores, sendo então
denominados Controladores Programáveis; posteriormente, outras funções.

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Os Controladores Lógicos Programáveis (CLP’s) foram desenvolvidos na década de 60,


nos Estados Unidos, com a finalidade de substituir painéis de relés que eram muito
utilizados nas indústrias automobilísticas para executar controles baseados em
lógicas combinacional e sequencial. Por serem eletromecânicos, os relés que eram
utilizados nos dispositivos de controle apresentavam diversas desvantagens como
problemas nos contatos, desgastes devido ao contato repetitivo, dificuldade na
modificação da lógica de controle e necessidade de manutenções periódicas.
O primeiro projeto de CLP foi desenvolvido pela GM (General Motors) para
automatizar a sua linha de montagem, visto que, a montadora tinha dificuldade em
atualizar seus sistemas automáticos quando tinham um novo modelo de automóvel
ou método de produção. Os prejuízos eram enormes pois, além do tempo perdido na
mudança da fiação e na instalação de relés, a empresa ficava ociosa e com baixa
produtividade. Assim, encontramos uma justificativa para a utilização dos CLP’s.

A instalação dos primeiros PLCs permitiram reduzir os custos de materiais, da mão-


de-obra, da instalação e da localização de falhas; reduziram as necessidades de fiação
e os erros a ela associados. O PLCs ocupavam menos espaço que os contatores,
temporizadores e outros componentes de controles utilizados anteriormente. Mas,
talvez a principal razão da aceitação dos PLCs tenha sido a linguagem de programação

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baseada no diagrama ladder, em que os programas gerados se assemelham
visualmente aos clássicos esquemas dos circuitos lógicos a relés.

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DEFINIÇÃO
NEMA (National Electrical Manufactures Association): os Controladores Lógicos Programáveis são
definidos como aparelhos eletrônicos digitais que utilizam uma memória programável para o
armazenamento interno de instruções específicas, tais como: lógica, sequenciamento, temporização,
contagem e aritmética para controlar, através de módulos de entradas e saídas, vários tipos de
máquinas e processos.
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), um Controlador Lógico Programável é um
equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais.
O PLC é um equipament composto de componentes eletrônicos e memória programável ou não
programável que contém dados e programas com a finalidade de ler e executar instruções,
interagindo com um sisema que deve ser controlado por dispositivos de entrada e saída do tipo
digital ou analógico (Norma IEC61131-1).

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Segundo a NEMA (National Electrical Manufactures Association), os Controladores


Lógicos Programáveis são definidos como aparelhos eletrônicos digitais que
utilizam uma memória programável para o armazenamento interno de instruções
específicas, tais como: lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética
para controlar, através de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas e
processos. Para a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), um Controlador
Lógico Programável é um equipamento eletrônico digital com hardware e software
compatíveis com aplicações industriais.

Os CLP's estão muito difundidos nas áreas de controle de processos e de automação


industrial. No primeiro caso a aplicação se dá nas indústrias do tipo contínuo,
produtoras de líquidos, materiais gasosos e outros produtos, no outro caso a
aplicação se dá nas áreas relacionadas com a produção em linhas de montagem, por
exemplo na indústria do automóvel. Num sistema típico, toda a informação dos
sensores é concentrada no controlador (CLP) que de acordo com o programa em
memória define o estado dos pontos de saída conectados a atuadores.

Um CLP é o controlador indicado para lidar com sistemas caracterizados por eventos
discretos (SEDs), ou seja, com processos em que as variáveis assumem valores zero

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ou um (ou variáveis ditas digitais, ou seja, que só assumem valores dentro de um
conjunto finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas definidas por intervalos
de valores de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os
elementos discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis
entre valores conhecidos de tensão ou corrente.

Geralmente as famílias de Controladores Lógicos Programáveis são definidas pela


capacidade de processamento pelo número de pontos de Entradas e/ou Saídas (E/S).
Também são classificados em compactos, nos quais todos os pontos de entrada e
saída estão juntos em uma mesma unidade, e modulares onde os pontos de entrada
e saída podem ser conectados e desconectados para alterar a estrutura e controlar
outro processo. Além deste tipo de classificação, também podemos dividir os CLP’s
em relação ao tipo de controle entre outras categorias.

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FUNCIONAMENTO
O PLC opera através da análise de sinais de entrada (analógicos ou digitais) que
chegam se sensores, transdutores, chaves, etc. Esses sinais são processados de
acordo com um conjunto de instruções previamente armazenadas em sua memória
de programa. Após o processamento, ele emite sinais de saída, seja do tipo
analógico ou digital, permitindo o acionamento e comando dos atuadores.

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ARQUITETURA

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CICLO DE SCAN
O programa é a sequência específica de
Lê entradas instruções selecionadas de um conjunto de
opções oferecidas pelo PLC em uso e que
irão efetuar as ações de um controle
desejadas, ativando ou não as memórias
internas e os pontos de saída do PLC a
Executa
Comunicação Programa partir da monitoração do estado das
mesmas memórias internas e/ou dos pontos
de entrada do PLC.

Atualização
Saídas

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CARACTERÍSTICAS PLC'S
O PLC (Programmable Logic Controller) tem várias características importantes,
incluindo:
 Linguagens de programação de alto nível
 Simplificação nos quadros de painéis elétricos
 Confiabilidade Operacional
 Funções avançadas (funções matemáticas, controle da qualidade, informações
para relatórios, etc.)
 Comunicação em rede (coleta e envio, troca de dados entre níveis)

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Confiabilidade operacional: uma vez que as alterações podem ser realizadas através
do programa aplicativo, necessitando de muito pouca ou de nenhuma alteração da
fiação elétrica, a possibilidade de haver erro é minimizada, garantindo sucesso nos
desenvolvimentos ou melhorias a serem implementadas
Comunicação em rede: através de interfaces de operação, controladores e
computadores em rede permitem coleta de dados e um enorme intercâmbio de troca
de dados em relação aos níveis da pirâmide de automação.
Algumas vantagens:
-Redução do custo: em razão do grande número de relés e da necessidade de
manutenção os CLP’s tornam-se uma opção mais viável.
-Imunidade a ruídos eletromagnéticos: o CLP conta com um sistema de isolamento
contra ruídos elétricos.
-Facilmente configurável: com racks modulares, é possível trocar módulos de entrada
e saída de acordo com uma necessidade específica.
-Facilmente programável: as linguagens utilizadas (Ladder e Blocos de Funções, por
exemplo) são de fácil aprendizagem e utilização facilitando a construção da lógica de
controle. Além dessa facilidade, as linguagens permitem a realização de operações
mais complexas que as feitas através de relés.
-Grande flexibilidade: em razão das linguagens utilizadas torna-se mais simples

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modificar a lógica do processo.
-Maior controle: por ser um equipamento microprocessado, traz ao usuário a
facilidade de interação com o hardware via software, assim se torna muito prática e
fácil a localização de falhas.
-Monitoramento on-line: podemos ter vários controladores conectados mantendo
uma comunicação, e através dessa conexão podemos monitorar em tempo real os
processos.
-Manutenção simples: muitas vezes o próprio CLP indica a existência de erros, como
ausência de um sinal de entrada, por exemplo.
-Recursos para processamento em tempo real e multitarefa: o controle em tempo
real permite uma exatidão muito maior na execução das tarefas.

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PROGRAMMABLE LOGIC CONTROLLERS
Allen-Bradley Micrologix 1400

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ARQUITETURA E HARDWARE
Unidade Central de Processamento:
Executa o programa do usuário, atualiza as memórias de dados e memória imagem
das entradas e saídas. É formada por duas partes fundamentais: o(s)
processador(es) e as memórias. Pode conter também outros elementos, como
módulos de comunicação, circuitos de diagnóstico, etc.
O processamento se faz por microprocessadores ou microcontroladores. Eles
cumprem operações lógicas e matemáticas em alta taxa de processamento e,
sobretudo, as executam conforme uma sequencia predefinida, chamada de
programa (instruction set).

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CPU: a unidade central de processamento tem a função de ler os valores lógicos


presentes nas entradas, executar as instruções que constituem o programa e
transferir para as saídas as ordens provenientes dessas instruções. Um programa é
um conjunto de instruções codificado de maneira que possa ser lido e interpretado
pelo sistema. É formada por duas partes fundamentais: o(s) processador(es) e as
memórias. Pode conter também outros elementos, como módulos de comunicação,
circuitos de diagnóstico, etc.

Fonte de Alimentação: tem por função fornecer as tensões adequadas ao


funcionamento do CPU. Normalmente as fontes são projetadas para fornecer várias
tensões de alimentação para os módulos. O processador normalmente necessita de
uma alimentação de 5 V. Cartões de entradas e saídas digitais precisam de
alimentação auxiliar para os elementos de chaveamento e conversão.

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ARQUITETURA E HARDWARE
Fonte de alimentação:
Converte corrente alternada em contínua para alimentar o controlador, incluindo os
cartões de entradas e saídas que precisam de alimentação auxiliar para os
elementos de chaveamento e conversão

Unidade Central de Processamento:


Executa o programa do usuário, atualiza as memórias de dados e memória imagem
das entradas e saídas. É formada por duas partes fundamentais: o(s)
processador(es) e as memórias. Pode conter também outros elementos, como
módulos de comunicação, circuitos de diagnóstico, etc.

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Fonte de Alimentação: tem por função fornecer as tensões adequadas ao


funcionamento do CPU. Normalmente as fontes são projetadas para fornecer várias
tensões de alimentação para os módulos. O processador normalmente necessita de
uma alimentação de 5 V. Cartões de entradas e saídas digitais precisam de
alimentação auxiliar para os elementos de chaveamento e conversão.

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ARQUITETURA E HARDWARE
Memória EPROM
Contém programa monitor elaborado pelo fabricante que faz o start-up do
controlador, armazena dados e gerencia a sequência de operações. Esse tipo de
memória não é acessível ao usuário do controlador programável.

Memória do Usuário:
Armazena o programa aplicativo do usuário. A CPU processa esse programa,
atualiza a memória de dados internos e imagem E/S e retorna novamente para
essa área da memória

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ARQUITETURA
Dispositivos de Entrada e Saída
Variáveis de entrada: são sinais externos recebidos pelo PLC, os quais podem ser
oriundos de fontes pertencentes ao processo controlado ou de comandos gerados
pelo operador. Tais sinais são gerados por dispositivos como sensores diversos,
chaves ou botoeiras, dentre outros.
Variáveis de saída: são os dispositivos controlados por cada ponto de saída do
PLC. Tais pontos podem servir para intervenção direta no processo controlado por
acionamento próprio, ou também para sinalização de estado de painel sinótico.
Podem ser citados como exemplo de variáveis de saída os contatores, válvulas,
lâmpadas, displays, dentre outros.

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HARDWARE
Um CLP é constituído basicamente de:
 Fonte de alimentação;
 Unidade Centra de Processamento (CPU);
 Memórias dos tipos fixo e volátil;
 Dispositivos de entrada e saída;
 Terminal de programação;
 Circuito de comunicação

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MORAES, C. C.; CASTRUCCI, P. L. Engenharia da Automação Industrial. 2ª Edição.
Rio de Janeiro: Editora. LTC, 2012.
2. PRUDENTE, F. Automação Industrial: PLC: Teoria e Aplicações. Curso Básico. 2ª
Edição. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2011.
3. GROOVER, M. P. Automação industrial e sistemas de manufatura. 3ª Edição: São
Paulo. Pearson. 2010.
4. https://webstore.iec.ch/publication/4552

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