Módulo Iii - Seminário Iii - Questões de Plenário
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1) Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos sujeitos ao
lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por homologação”? Contribuinte
entregou declaração de IR no dia 30 de abril 2014, referente a renda auferida em 2013 e efetuou o
pagamento do tributo declarado, contudo a Receita Federal apurou irregularidades na declaração.
Qual o prazo para o fisco lançar a diferença apurada? Esse prazo sofreria alguma alteração caso
o contribuinte tivesse entregue a declaração sem ter efetuado o pagamento do tributo? E se não
tivesse nem ao menos entregue a declaração, qual prazo disporia o fisco para a constituição do
crédito tributário?
3) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de efeitos), como
fica o prazo de prescrição para repetir o indébito tributário? Conta-se do pagamento indevido ou
o termo inicial seria a “data da declaração de inconstitucionalidade da lei que fundamentou o gra-
vame”? Determinada sociedade empresarial pagou contribuição que foi declarada inconstitucional
pelo STF, sem modulação dos efeitos. Após análise, o advogado da empresa verificou que o reco-
lhimento foi indevido e entendeu que deveria ingressar com pedido de repetição do indébito tribu-
tário. Com isso, ingressou com Recurso Extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de
Justiça que, ao reformar o aresto de segundo grau, julgou prescrito o direito de devolução com o
argumento de que o prazo prescricional tinha início a partir da data da declaração de inconstitu-
cionalidade da exação pelo STF em controle concentrado, ou de resolução do Senado Federal, no
controle difuso. Ocorre, porém que, em momento posterior, o STJ promoveu revisão abrupta de
sua jurisprudência para considerar que, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o
transcurso do prazo prescricional ocorre a partir do recolhimento indevido, independentemente
do STF ou do Senado Federal. O referido entendimento foi aplicado pelo Tribunal Superior no
julgamento do recurso especial para reformar o aresto de segundo grau e julgar prescrito o direito
à devolução. O recurso extraordinário interposto pelo advogado da banca tributária foi contra esse
acórdão. Em sua opinião, agiram corretamente os tribunais? Fundamente sua resposta.