Literatura Portuguesa
Literatura Portuguesa
Literatura Portuguesa
Com mais de nove séculos de tradição, a Literatura Portuguesa conta com ilustres representantes, entre eles
Luís de Camões e Fernando Pessoa.
Denomina-se como Literatura Portuguesa toda produção literária escrita em língua portuguesa por escritores
portugueses. Por Literatura Lusófona, compreende-se toda produção em língua portuguesa de diferentes países de
cultura lusófona, entre eles o Brasil. Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa estabelecem uma enorme relação
dialógica, visto que as primeiras manifestações de nossa literatura ocorreram durante o período colonial. Para
compreender a Literatura Brasileira, sua história e origens, é imprescindível conhecer as origens da Literatura
Portuguesa, que influenciou e ainda influencia nossa produção literária. Por questões didáticas, assim como na
Literatura Brasileira, a Literatura Portuguesa foi dividida em escolas literárias, cujos autores relacionam-se por
aproximação estilística e ideológica:
Era Medieval
Trovadorismo: Primeiro movimento literário da língua portuguesa, o Trovadorismo surgiu em um período no qual a
escrita era pouco difundida, por esse motivo, os poetas transmitiam suas poesias oralmente, na maioria das vezes
cantando-as. Assim sendo, os primeiros textos receberam o nome de cantigas, tradicionalmente divididas em cantigas
de amor, de amigo, escárnio e maldizer, representadas por nomes como Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de
Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes, entre outros.
Humanismo: Marcado pela transição do mundo medieval para o mundo moderno, o Humanismo conduziu as artes ao
Renascimento cultural. Na literatura, deu-se a consolidação da prosa historiográfica, do teatro e da poesia palaciana.
Seus principais representantes foram Gil Vicente e Fernão Lopes.
Era Clássica
Renascimento: Inspirado na cultura clássica greco-latina, o Renascimento foi marcado pela introdução de novos
gêneros literários, entre eles os romances de cavalaria e a literatura de viagens. Luís de Camões, Sá de Miranda e
Fernão Mendes Pinto estão entre seus principais representantes.
A obra épica Os lusíadas, de Luís de Camões, é considerada a principal expressão do Renascimento português
Barroco: Surgido em um período de lutas de classes sociais e de crises religiosas, o Barroco português foi marcado por
uma linguagem que refletia os estados de tensão da alma humana, permeada pelo rebuscamento e por figuras de
linguagem de difícil compreensão. Seus principais representantes foram o Padre Antônio Vieira, Frei Luís de Souza e
Antônio José da Silva.
Neoclassicismo: Caracterizado pela revalorização dos valores artísticos gregos e romanos, o Neoclassicismo foi
marcado também pela doutrinação estética e pela intensa criação literária. À Arcádia Lusitana, academia literária de
Portugal fundada em 1756, coube a tarefa de restabelecer o equilíbrio na literatura, afastando-a dos exageros próprios
do Barroco. Seus principais nomes foram Manuel Maria Barbosa du Bocage, Curvo Semedo e José Agostinho de
Macedo.
Era Romântica
Romantismo: Marcado pelo subjetivismo, nostalgia, melancolia e combinação de vários gêneros literários, o
Romantismo português marcou o fim do Neoclassicismo, instaurando um novo modo de expressão em Portugal e em
toda a Europa. Seus principais representantes foram Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco e
Júlio Dinis.
Realismo e Naturalismo: Surgidos como reação ao subjetivismo e idealismo presentes na estética romântica, o
Realismo e o Naturalismo português tiveram como principais representantes os escritores Antero de Quental, Cesário
Verde e Eça de Queirós.
Ao lado de Antero de Quental e Cesário Verde, Eça de Queirós foi um dos principais representantes do Realismo
português
Simbolismo: Opondo-se à estética realista, o movimento simbolista português iniciou-se com o livro Oaristos, de
Eugênio de Castro. Marcado pela idealização da infância e do campo em contraposição à decadência do espaço urbano,
o Simbolismo foi representado também por Antônio Nobre e Camilo Pessanha.
Modernismo: O marco do Modernismo português foi a publicação, em 1915, da revista Orpheu, responsável por
veicular uma produção literária inovadora e irreverente influenciada pelas concepções estéticas que circulavam à época
em toda a Europa. Seus principais representantes foram Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.
Ao lado de Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa representou o Modernismo Português
Primeiro e Segundo período medieval
Temos o Trovadorismo e o Humanismo como representantes do primeiro e do segundo período medieval
1ª Época Medieval
Trovadorismo: poesia e prosa
O trovadorismo foi a primeira manifestação da literatura da língua portuguesa, surgiu no século XII em plena idade
média, quando Portugal constituiu um país independente.
O surgimento Trovadorismo, na Península Ibérica, se deu no século XI, momento em que a Europa alcançou o ápice
do feudalismo, modelo econômico sustentado na relação de senhorio e vassalagem, tão bem representada nas cantigas
de amor.
Dois traços marcantes predominaram a visão da sociedade da época: o teocentrismo no plano religioso, cuja
ideologia afirmava que deus era o centro de todas as coisas. O feudalismo no plano político- econômico que estava
diretamente relacionado a posse da terra.
O direito de governar estava somente nas mãos do senhor feudal, que mantinha tota poderes sobre todos os seus
servos por meio de um sistema de vassalagem. Os vassalos obedeciam ao senhor feudal em troca de proteção e ajuda
financeira.
Esse sistema de vassalagem refletiu-se na poesia trovadoresca, iniciando o trovadorismo, sendo uma cantiga de
amor. O primeiro escrito literário português, datado de 1189 ou 1198 (não há um registro preciso da data). Trata- se da
Cantiga da Ribeirinha (ou cantiga Guarvaia), feita pelo poeta Paio Soares de Taveirós, dedica a D. Maria Paes Ribeiro,
a Ribeirinha.
Os poetas dessa época eram chamados de trovadores. A palavra trovador vem “do francês “Trouver’’ (significa
achar, encontrar). O trovador era aquele que conseguia encontrar as palavras certas, que sabia compor com arte. As
poesias eram feitas para serem cantadas e por isso eram chamadas de cantigas.
Há dois tipos de cantigas: a cantiga lírico-amorosa, que subdividia em cantiga de amor e cantiga de amigo e a
cantiga satírica, que podia ser de escárnio ou de maldizer.
As cantigas de amor retrata um amor impossível, pois a mulher pertence a uma classe social superior a do trovador.
As cantigas de amigo eram inspiradas em cantigas populares, fato que as concebe como sendo mais ricas e mais
variadas no que diz respeito à temática e a forma, além de serem mais antigas.
A cantiga satírica, que podia ser de escárnio ou de maldizer. Nesse tipo de poema, os artistas da época, além de
expressar o seu eu lírico, também se preocupam em menosprezar os costumes da época. Usando de uma linguagem bem
popular, os trovadores denunciavam os falsos valores morais de todas as classes sociais da época. As poesias
trovadorescas estão reunidas em cancioneiros. Os mais importantes são: O Cancioneiro da Ajuda, o mais antigo com
310 cantigas, O Cancioneiro da Vaticana, pertencente a biblioteca do vaticano, com 1205 cantigas, O Cancioneiro da
Biblioteca Nacional de Lisboa, anteriormente chamado Colocci- Brancutti, com 1647 cantigas.
Os principais trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o Rei D. Dinis, João Garcia de
Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno Fernandes Torneol. O mais famoso foi D. Dinis , o Rei
Trovador. Em 1290, ele tornou obrigatório o uso da língua portuguesa e também fundou a 1ª universidade em Portugal.
A cantiga de Amor A Ribeirinha é considerada por alguns, a mais antiga cantiga dos cancioneiros medievais e um
marco na literatura nacional. Alguns estudiosos entendem que trata-se de uma cantiga de amor e outros de uma cantiga
de escárnio plena de ironia, por isso atualmente é considerada por diversos autores como uma cantiga satírica.
Cantiga da Ribeirinha E, mia dês aquelha,
No mundo nom me sei parelha Me foi a mi mui mal di’ai
Mentre me for como me vai, E vos, filha de Dom Paai
Ca já moiro por vos e ai! Monis, e bem vos semelha
Mia senhor branca e vermelha, D’aver eu por vos, guarvaia
Queredes que vos retraia Pois eu, mia senhor, d’alfaia
Quando vos eu vi em saia. Nunca de vós ouve nem ei
Mao dia me levantei Valia d’ua correa.
Que vos enton mom vi fea (Paio Soares Taveirós)
A prosa medieval apresentou caráter predominantemente documental, o que diminuiu seu valor literário. Apenas
um gênero se destacou: as Novelas de Cavalaria, que eram narrativas de feitos heroicos e guerreiros, originadas nas
antigas canções de gesta. Em Portugal, apenas as novelas do Ciclo Bretão ou Arturiano, sobre o rei Artur e os cavaleiros
da Távola Redonda, deixaram marcas.
A prosa é originárias das canções de gesta francesas (narrativas de temas guerreiros),as novelas de cavalaria
passaram a serem traduzida a partir do século XIII. Nessas novelas destaca-se a presença do cavaleiro medieval, que
passava por situações perigosas para defender o bem e vencer o mal. O herói, de acordo com a Igreja Católica (pela
qual luta), é casto, fiel, dedicado, disposto a qualquer sacrifício para defender a honra cristã.
Existiam três ciclos que englobavam todas as novelas de cavalaria: ciclo clássico, ciclo carolíngio e o ciclo Bretão
ou Artusiano, porem somente um ciclo (ciclo Bretão ou Artusiano) obteve uma grande popularidade em Portugal,
dando início a primeira obra da prosa literária lusa medieval: A Demanda do Santo Graal. Essa obra foi considerada um
grande romance da busca do cálice sagrado, por isso esse nome demanda (busca) santo graal (cálice sagrado).
Ciclo Clássico (Greco-Latino): todas as novelas desse ciclo ficam ao redor do Cerco de Tróia e das Gestas de
Alexandre Magno, levando para a Idade Média os lugares e os heróis da Antiguidade, que estavam medievalizados em
todos os seus hábitos.
Ciclo Carolíngio: todas as novelas vieram para o Brasil logo no período da colonização, onde seus heróis até hoje
mantêm a literatura de cordel nordestina, seus versos eram sobre as aventuras de Carlos Magno, junto com seus doze
Pares de França.
Ciclo Bretão ou Artusiano: Este ciclo possui três novelas, que são elas:
- José de Arimatéia; - História de Merlim; - Demanda do Santo Graal.
A prosa medieval é um ciclo de histórias, geralmente de cavalaria, que dominaram o período medieval. Pode ser
dividida em quatro tipos de narrativas:
Crônicões: São narrativas de fatos históricos importantes colocados em ordem cronológica, entre meados de fatos
fictícios.
Hagiografias: São narrativas que contam a vida de santos (biografias).
Nobiliários ou livros de linhagens: São relatórios a respeito da vida de um nobre, sua árvore genealógica
(antepassados), relação das riquezas e dos títulos de nobreza que possui, etc.
Novelas de Cavalaria: São narrativas literárias em capítulos que contam os grandes fatos de um herói (acompanhado
de seus cavaleiros), entremeados de célebres histórias de amor.
As novelas mais marcantes são: A Demanda do Santo Graal : narra a busca do cálice sagrado pelo rei Artur e os
cavaleiros da távola redonda; Amadis de Gaula, de autoria de Vasco ou João da Lobeira, Palmeirim de Inglaterra, de
Francisco de Moraes Cabral.
Amadis de Gaula
Amadis de Gaula, novela do ciclo Bretão, reflete terno; furioso e cortês. O seu amor por Oriana vence
muito bem o ideal de amor cortês e a atmosfera das qualquer obstáculo, caracterizando-se, como nas
cantigas de amor. Amadis é filho ilegítimo do rei cantigas, pela submissão e fidelidade à dama.
Perion de Gaula e da princesa Elisena, filha do rei da
Pequena Bretanha. Repudiado, é abandonado ao mar e
encontrado pela família de Oriana. Cresce como pajem
dela e, aos poucos, seu amor pela jovem vai-se
tornando adoração. Amadis serve Oriana com devoção.
Depois de muito tempo, confessa seu sentimento, e os
dois decidem mantê-lo em segredo. Sagrado cavaleiro,
enfrenta situações de grande perigo em defesa de sua
amada. Todavia, Oriana o acusa de infidelidade e
Amadis resolve se isolar. Mas não consegue ficar
muito tempo longe dela. Certa vez defendendo-a na
floresta, Amadis e Oriana acabam jurando amor eterno.
Depois de uma série de aventuras, casam-se. U
Amadis é um perfeito cavaleiro: guarda o m torneio (Um herói como Amadis deve ser corajoso,
sentimento do amante e a necessária ousadia do não temendo confronto e o perigo).
lutador. É, a um só tempo, forte e frágil; decidido e
A demanda do Santo Graal
A demanda do Santo Graal pertence ao ciclo bretão ou arturiano, esta novela conta que em Camelot, reino do rei
Artur, estão reunidos dezenas de cavaleiros na véspera do dia de Pentecostes.
Sir Lancelot comparece a uma igreja, para sagrar Galaaz cavaleiro. Depois de cumprir essa obrigação, no caminho
de volta a Camelot, Lancelot encontra uma pedra de mármore boiando na água: nela fincava uma espada, que ele e
outros cavaleiros tentam arrancar, inutilmente. De repente, surge o recém-sagrado cavaleiro Galaaz, que consegue
arrancar com facilidade a espada. Em seguida, os cavaleiros participam de um torneio. Quando estão todos sentados
para a refeição servida na grande Távola Redonda, surge o Graal (cálice) flutuando sobre a imensa mesa, brilhando
muito e encantando a todos. Em seguida desaparece.
No dia seguinte, os cavaleiros decidem sair à procura (demanda) do Santo Graal.
Galaaz é mais uma vez escolhido para encontrar o cálice. Ele localiza o Santo Vaso, que é o símbolo da Eucaristia,
em Sarras. É a consagração para sua vida dedicada ao culto da moral e à renuncia às vaidades físicas.
Várias vezes aproveitada pelo cinema, a lenda do Santo Graal teve essa versão contemporânea, em que o arqueólogo
Indiana Jones vai em busca do cálice no qual o sangue do Salvador foi recolhido.
Em Portugal, somente as novelas do ciclo bretão (que tinha o rei Artur como herói) caíram no gosto popular.
Amadis de Gaula e A demanda do Santo Graal foram as preferidas entre os portugueses.
Portanto a finalidade de todos os trovadores era transmitir mensagens ou notícias e alegrar o povo local ou, quando
viajante da cidade, onde ele estivesse no momento. Não podemos negar a importância das poesias e prosas
trovadorescas como um marco inicial na literatura portuguesa.
Como pode cair no vestibular?
O texto abaixo serve como base para que se responda às questões de 01 a 04
A Prosa Portuguesa, que ensaia literariamente seu aparecimento em fins do século XIV e princípios do século seguinte, surge
representada, neste primeira época, pelas novelas de cavalaria e pelos tratados doutrinais de caráter religioso; uma, literatura de
ficção, importada; outra, literatura apologética e didática; aquela, mais importante do que esta, do ponto de vista estético: mas,
ambas, produção anônima. Conquanto tenhamos notícia da existência de livros de cavalaria escritos em português, hoje perdidos e
alguns esperando sair do ineditismo sepulcral das bibliotecas, dessa primeira época literária só podemos mencionar “A Demanda do
Santo Graal”, pois o “Livro de José de Arimateia” permanece inédito na Torre do Tombo; do “Merlim”, bem como do “Tristão”,
apenas se sabe terem existido na livraria do rei D. Duarte e a novela do “Amadis de Gaula” só a conhecemos através da versão
espanhola de 1508, feita por Garci Ordóñez de Montalvo, não obstante pareça tratar-se de tradução decalcada sobre um original
português.
“A Demanda do Santo Graal”, cujo autor revela consistir numa tradução de um original francês, não exprime com absoluta
pureza os ideais da vida cortesã guerreira e sentimental da cavalaria medieval, pois a sua arquitetura e o seu espírito aparecem
comprometidos por um simbolismo religioso heterodoxo (…). O fato de Galaaz – o cavaleiro eleito de Deus – recusar
constantemente os combates cavaleirescos que põem à prova apenas a força pessoal e o fato de Lançarote – considerado a fina flor da
cavalaria universal – não ter sido aceito na câmara do Santo Graal em virtude de seus amores clandestinos com a Rainha Genebra
(mulher do rei Artur), revelam a intenção ascética do autor da novela a condenar a cavalaria pela cavalaria e reprovar pela base a
galantaria palaciana.
Tal simbolismo não se revela no “Amadis de Gaula” (…) aqui. Amadis é o protótipo criado pela cavalaria medieval, o cavaleiro
em pleno exercício de suas façanhas, liquidando monstros e malvados, tendo como fulcro de suas aventuras o objeto amado, e
amando segundo o ritual e o espírito que vivificou as cortes da Europa feudalizada.” (SPINA, Segismundo. Presença da Literatura
Portuguesa. Vol. I, 3ª Edição, 1968, Difusão Europeia do Livro, São Paulo.)
VOCABULÁRIO
Apologética – que encerra justificativa, defesa ou louvor a algo. Fulcro – suporte, apoio, amparo.
Heterodoxo – oposto aos ou desviado dos princípios doutrinários. Ineditismo – não publicado ou impresso; nunca visto pela maioria
Ascética – prática de devoção e penitência. das pessoas.
01. O texto acima transcrito afirma que:
ⓐ é nos fins do século XIV e inícios do século XV que surgem as novelas de cavalaria e a prosa doutrinária.
ⓑ só a partir de fins do século XIV e início do seguinte é que podemos falar de prosa literária em Portugal.
ⓒ os tratados doutrinais de caráter religioso são literatura de ficção e as novelas de cavalaria são literatura apologética e
didática.
ⓓ os tratados doutrinais de caráter religioso são importados, isto é, não têm origem portuguesa.
ⓔ não há simbologia religiosa na versão que conhecemos de A Demanda do Santo Graal.
02. Assinale a alternativa correta:
ⓐ além de os tratados religiosos e novelas de cavalaria não apresentarem valor literário, ambos são produções
anônimas.
ⓑ esteticamente, a literatura apologética é mais importante do que as novelas de cavalaria.
ⓒ esteticamente, as novelas de cavalaria são mais importantes do que a literatura apologética e didática.
ⓓ autoria anônima é uma característica sempre presente nas primeiras obras literárias em prosa de qualquer literatura.
ⓔ nenhum tradutor de “A Demanda do Santo Graal” declara a nacionalidade dos originais.
03. De acordo com o texto, é correto afirmar que:
ⓐ muitos documentos em prosa das primeiras atividades literárias portuguesas estão inéditos, e outros estão perdidos.
ⓑ entre os documentos perdidos, encontra-se “José de Arimateia”.
ⓒ “José de Arimateia” e “Merlim” encontram-se inéditos na Torre do Tombo.
ⓓ “A Demanda do Santo Graal” permanece inédita na Torre do Tombo, por isso pode ser mencionada.
ⓔ “A Demanda do Santo Graal” reflete com fidelidade absoluta os ideais da vida cortesã, guerreira e sentimental da
cavalaria medieval.
04. A única opção inteiramente correta é:
ⓐ “A Demanda do Santo Graal”, “José de Arimateia” e “Merlim” pertencem ao ciclo bretão.
ⓑ na biblioteca de D. Duarte havia uma cópia de “Merlim”, obra hoje perdida.
ⓒ o mais antigo exemplar conhecido da “Amadis de Gaula”, em português, data de 1508.
ⓓ nada, na versão espanhola de “Amadis de Gaula”, publicado por Garci Ordóñez de Montalvo, nos faz suspeitar da
existência de um original português.
ⓔ "Amadis de Gaula" permanece inédito na Torre do Tombo.