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Prova escrita de Português, 9.

º ano (Para)Textos

Prova Escrita de Português


9.º ano

Duração da Prova: 90 minutos janeiro de 2017

Esforça-te por:
– Elaborar um discurso claro e organizado;
– utilizar uma linguagem correta e cuidada. Bom trabalho!

Grupo I

Para responderes aos cinco itens que se seguem, vais ouvir uma reportagem televisiva,
intitulada “Unesco reconhece Roteiro da Viagem de Vasco da Gama”1.
Começa por ler atentamente as questões que te são colocadas. Depois da primeira audição,
deves responder às perguntas. Após a segunda audição do texto, confirma as tuas respostas.

1. Para cada item (1.1. e 1.2.), indica os dados que te são pedidos, de acordo com o sentido do
texto que ouviste:
1.1. Autoria do texto Roteiro da Viagem de Vasco da Gama;
1.2. Categoria na qual a Unesco inscreveu o Roteiro da Viagem de Vasco da Gama.

2. Para cada item (2.1. a 2.3.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação adequada
ao sentido do texto que ouviste. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.

2.1. Um dos argumentos utilizado na proposta feita à Unesco foi


A. a riqueza do texto.
B. a importância para as artes náuticas.
C. ser o documento único.
D. constituir um marco de um dos momentos que marcaram a História de Portugal.

2.2. Uma outra forma de nomear este texto poderia ser


A. Diário da Viagem da Vasco da Gama à Índia.
B. Caravelas portuguesas – descrição e funções.
C. Vicissitudes do Império marítimo português
D. Vasco da Gama, explorador corajoso ou explorador esclavagista.

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http://ensina.rtp.pt/artigo/unesco-reconhece-roteiro-da-viagem-de-vasco-da-gama/

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2.3. Ainda que Vasco da Gama


A. seja um navegador, escreveu este roteiro com todo o mérito.
B. seja um navegador, também se assumia como mercador.
C. tenha pedido descrições mais exaustivas, o autor só escreveu vinte páginas.
D. tenha referido que era um embaixador, e não um comerciante, nota-se uma grande
atenção perante questões de âmbito comercial.

Grupo II

Lê o texto que a seguir se apresenta.

As aventuras dos Descobrimentos

Esta coleção tem como objetivo dar a conhecer aos mais novos vários episódios que
marcaram a grandiosa época dos Descobrimentos Portugueses. Pretende sensibilizar as
crianças para a importância que este período teve na História de Portugal, bem como
despertar-lhes a curiosidade para aprenderem um pouco mais acerca do passado do seu país.
5 Cada obra apresenta um episódio da época dos Descobrimentos, contado numa história
simples e com alguma fantasia, indo ao encontro do mundo imaginário dos mais novos.
Não se pretende que os contos sejam uma exposição exata do episódio histórico
narrado, podendo excluir acontecimentos mencionados nos manuais escolares ou incluir factos
que são objetos de polémica entre historiadores.
10 No final de cada livro, existirão duas secções especiais destinadas aos mais curiosos. A
primeira, designada “Um pouco mais de História!”, contém informação adicional acerca de cada
episódio, enquanto a segunda, chamada “O que aprendi!”, pretende que a criança, de uma
forma divertida, possa testar o que aprendeu.
A seleção dos episódios foi feita segundo critérios unicamente editoriais, de acordo com
15 o espírito da coleção.

in http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-ler/a-aventura-dos-descobrimentos.html
(consultado em 20-12-2016)

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Responde às perguntas que se seguem, de acordo com as orientações dadas.

1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. O público-alvo desta coleção é


A. os historiadores.
B. as crianças.
C. toda a população em geral.
D. os adultos.

1.2. Esta coleção pretende


A. incentivar o gosto pela leitura e pela história.
B. incentivar o interesse pela ficção e pela escrita de contos.
C. transmitir a relevância dos Descobrimentos e incentivar o gosto pela história portuguesa.
D. difundir o Instituto Camões e as suas iniciativas.

1.3. A escolha dos episódios prendeu-se com


A. a unanimidade entre os historiadores.
B. unicamente o respeito pelo mundo imaginário dos mais novos.
C. o respeito por uma história simples com alguma fantasia.
D. somente fatores editoriais.

2. Identifica o referente do pronome “que” (linha 3).

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Grupo III

Lê, com atenção, o texto que se segue.

33 Sustentava contra ele Vénus bela,


21 Deixam dos Sete Céus o regimento,
Afeiçoada à gente Lusitana,
Que do poder mais alto lhe foi dado,
Por quantas qualidades via nela
Alto Poder, que só co pensamento
Da antiga, tão amada sua, Romana;
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado.
Nos fortes corações, na grande estrela,
Ali se acharam juntos, num momento,
Que mostraram na terra Tingitana,
Os que habitam o Arcturo congelado
E na língua, na qual, quando imagina,
E os que o Austro tem e as partes onde
Com pouca corrupção crê que é Latina.
A Aurora nasce e o claro Sol se esconde.
[...]
[...]

29 E, porque, como vistes, tem passados 38 E disse assi: “Ó Padre, a cujo império
Na viagem tão ásperos perigos, Tudo aquilo obedece que criaste,
Tantos climas e céus exprimentados, Se esta gente que busca outro Hemisfério,
Tanto furor de ventos inimigos, Cuja valia e obras tanto amaste,
Que sejam, determino, agasalhados Não queres que padeçam vitupério,
Nesta costa Africana como amigos, Como há já tanto tempo que ordenaste,
E, tendo guarnecida a lassa frota, Não ouças mais, pois és juiz direito,
Tornarão a seguir sua longa rota. Razões de quem parece que é suspeito. […]”
[...]

32 Vê que já teve o Indo sojugado


E nunca lhe tirou Fortuna ou caso
Por vencedor da Índia ser cantado
De quantos bebem a água de Parnaso.
Teme agora que seja sepultado
Seu tão célebre nome em negro vaso
De água do esquecimento, se lá chegam
Os fortes Portugueses que navegam.
[...]

Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas (Canto I,


est. 21, 29, 32, 33, 38), Porto Editora, 2011

Responde às perguntas que se seguem, de acordo com as orientações dadas.

1. Identifica o episódio de onde foram extraídas estas estrofes e insere-o no respetivo plano
narrativo.

2. De acordo com as estâncias apresentadas, divide este excerto em momentos lógicos,


justificando.

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3. Relê a estância 29.


3.1. Caracteriza, a partir desta estância, os nautas portugueses.

4. Identifica o recurso expressivo presente em:


“[...] tem passados
Na viagem tão ásperos perigos,
Tantos climas e céus exprimentados,
Tanto furor de ventos inimigos,” (est. 29)
4.1. Explica o seu valor expressivo.

Grupo IV

1. Observa o excerto do texto do Grupo II que a seguir se apresenta:

“enquanto a segunda, chamada ‘O que aprendi!’, pretende que a criança, de uma forma
divertida, possa testar o que aprendeu.” (linhas 12 e 13)

1.1. Transcreve:
A. um particípio passado; D. um adjetivo qualificativo;
B. um adjetivo numeral; E. uma conjunção subordinativa temporal;
C. uma preposição; F. um verbo no modo conjuntivo.

2. Associa a cada função sintática da coluna A uma única frase da coluna B, de modo a
identificares a expressão sublinhada que corresponde a cada função sintática. Escreve as
letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

A. Homens, não desanimem! 1. Complemento direto


B. Enquanto navegava, o nauta sentia a 2. Complemento indireto
brisa marítima. 3. Modificador
C. Pensastes vós chegar à Índia? 4. Sujeito
D. Os portugueses regressaram da Índia. 5. Vocativo
E. Vasco da Gama estava na caravela. 6. Complemento oblíquo
7. Predicativo do sujeito

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3. Reescreve a frase que a seguir se apresenta, substituindo as expressões sublinhadas pelas


formas adequadas do pronome pessoal. Faz as alterações necessárias.

“Esta coleção tem como objetivo dar a conhecer aos mais novos vários episódios que
marcaram a grandiosa época dos Descobrimentos Portugueses.”

4. Indica a relação intratextual que se estabelece em cada uma das alíneas.

A. Quando há vento, as velas agitam-se.


B. As velas das caravelas são magníficas.
C. Por vezes, alguns barcos são, de forma incorreta, designados por caravelas. Deveriam
ser designados por embarcações.
D. Eram barcos relativamente pequenos, no entanto conseguiram chegar à Índia.

Grupo V

Tanto a bordo das caravelas como no nosso quotidiano, a escrita está sempre presente. Do
antigo registo diarístico, a bordo das caravelas, aos jornais ou até um recado que tenhamos de
escrever, a escrita sempre teve um papel essencial na história da Humanidade.
Redige um texto coerente e organizado, com um mínimo de 160 e um máximo de 240
palavras, no qual expresses a tua opinião relativamente à importância da escrita.

Observações relativas ao Grupo V:


1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em
branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer número conta
como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2016/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre 160 e 240 palavras –, há que
atender que a um texto com extensão inferior a 55 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos
e que nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização
parcial (até três pontos) do texto produzido.

FIM

COTAÇÕES

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V


12 pontos 13 pontos 25 pontos 20 pontos

1. 2. 1. 2. 1. 2. 3.1. 4. 4.1. 1.1. 2. 3. 4.


Pontos 3 3x3 3x3 4 5 6 6 4 4 6 5 5 4 30

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Grupo I
B.
1.1. Álvaro Velho;
1.2. “Memória do Mundo”.

2.1. D.
2.2. A.
2.3. D.

Grupo II

1.1. B.
1.2. C.
1.3. D.

2. (O pronome refere-se a) “a importância”.

Grupo III

1. As estâncias apresentadas foram retiradas do episódio “Consílio dos Deuses” e pertencem


ao plano mitológico.

2. Estas estâncias pertencem ao início da Narração d’Os Lusíadas.


Na estância 19, encontramos os marinheiros a navegar junto da costa de Moçambique. Em
simultâneo, inicia-se, no Olimpo, um consílio.
Após a convocatória, por parte de Júpiter, os deuses deslocam-se até ao Olimpo glorioso
(“Deixam dos Sete Céus o regimento,/… Ali se acharam juntos, num momento”).
O pai dos deuses faz uma intervenção, deliberando em prol dos lusos (“Que sejam,
determino, agasalhados”), a que se segue o discurso de Baco, um oponente à missão dos
marinheiros (“Teme agora que seja sepultado/Seu tão célebre nome em negro vaso”).
Depois deste deus, Vénus, deusa do Amor, intervém e defende a gente lusitana (“Afeiçoada
à gente Lusitana”), logo apoiada por Marte. O deus da guerra, após desmerecer a opinião
proferida por Baco (“Não ouças mais, pois és juiz direito,/Razões de quem parece que é
suspeito”), incita Júpiter a cumprir a deliberação tomada no início do episódio.
Deste modo, concluímos que esta reunião tem como propósito determinar se os deuses irão
auxiliar os portugueses na sua missão de chegar à Índia.

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3.1. Na estância 29, Júpiter refere-se aos portugueses. Assim, o povo português é-nos
apresentado como corajoso, destemido e persistente, uma vez que tem passado, na viagem à
Índia, por muitas dificuldades e perigos (“tem passados na viagem tão ásperos perigos/[…]
climas e céus experimentados/[…] furor de ventos inimigos.”) que resultaram num grande
cansaço sentido pelos marinheiros (“lassa frota”). Por isso, Júpiter determina que os
marinheiros são merecedores de ser bem acolhidos na costa africana.

4. O recurso expressivo presente é uma enumeração.

4.1. Esta enumeração realça a quantidade de obstáculos que os nautas portugueses tiveram
de ultrapassar e as adversidades que estiveram sempre presentes no percurso dos lusos.

Grupo IV

1.1.
A. “chamada”; D. “divertida”;
B. “segunda”; E. “enquanto”;
C. “de”; F. “possa”.

2. A. 5; B. 3.; C. 4.; D. 6.; E. 7.

3. Esta coleção tem como objetivo dar-lhes a conhecer vários episódios que a marcaram.

4.
A. causa-efeito/consequência.
B. parte – todo.
C. semelhança.
D. oposição.

Grupo V

A escrita tem um lugar cada vez mais importante no quotidiano de cada um.

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De facto, nas mais simples atitudes do dia a dia, para escrever uma mensagem a um
amigo, para defender a nossa opinião numa situação injusta e até para escrever uma carta a
alguém que precisa do nosso carinho, a escrita tem um lugar decisivo.
Efetivamente, neste mundo, em que, por vezes, os familiares e amigos estão distantes,
precisamos da escrita para comunicar com a nossa família e os nossos entes queridos. De um
ponto de vista mais radical, nas ditaduras, onde muitas das pessoas não têm este direito tão
importante que é a sua escrita, a sua voz, as nossas palavras podem ser a diferença entre a
sua liberdade e a sua prisão.
Assim, o que seríamos nós sem uma folha e uma caneta? Sem um objeto onde nos
pudéssemos expressar? Sem um diário onde pudéssemos contar os nossos segredos, para
que nunca fossem descobertos? Sem poder libertar a nossa imaginação num pedaço de
papel? Nada ou então teríamos uma existência simples e oprimida, sem aquela alegria típica
de quem pode dizer o que lhe vai na alma.
Em suma, penso que a escrita é um mecanismo que nos permite relacionar com os
outros, um elo que permite matar saudades e nos traz paz e amor, tendo, deste modo, uma
posição decisiva na nossa vida.
[229 palavras]

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