Efún - Wagi - Osun
Efún - Wagi - Osun
Efún - Wagi - Osun
Cerimônia ritual que consiste em pintar a cabeça raspada e o corpo da iniciada , com
círculos ou pontos , ou ambos e traços tribais ( nas faces ) , feitos com giz, durante a
iniciação. Na primeira saída da camarinha, para Oxalá, a pintura é toda branca. Na
segunda é da cor do orixá ” dono da cabeça” Para essa pintura usa-se giz dissolvido em
água, com um pouco de goma arábica. Depois da dança a pintura é removida com um banho
de ervas sagradas. Efun no iorubá é cal, giz. No culto de Obatalá ( Oxalá) , na África
este é representado por bolos redondos de giz – sésé – efun ( xexé efun ) , bem como
outros objetos brancos. Efun também é cal. Cal é ” lime ” em inglês , que também é limo.
Cremos vir daí a confusão com ” limo” da Costa para representar Oxalá, segundo alguns,
quando verdade é cal ou giz ( variedade de cal) material para o “assentamento” desse
orixá , pelas tradições africanas.
Wájí
Representa o anoitecer.
o waji é um elemento muito importante no culto aos Orixás, uma vez que, junto com
outros elementos, ajuda a proteger a cabeça dos nossos Ìyáwós contra as Ajé. Segunda a
crença africana essas pinturas impediriam que eleyé (ave ligada as Ìyámi) pousasse no ori
dos iniciadas, pois caso isso ocorresse seria um desastre para vida dessa pessoa.
O waji representa a cor dundun (preta), o sangue azul que vem das folhas. Existem
diversas espécies que podem ser utilizadas para a produção de corantes azuis como a
Isatis tinctoria ,Indigofera tinctoria e o Lonchucarpus cyanescens.
Segundo alguns relatos, as duas primeiras não seriam utilizadas para a produção do waji
tradicional, sendo apenas usadas para a confecção do anil (usado para tingir jeans, por
exemplo). O verdadeiro waji seria, portanto, retirado do processo de fermentação das
folhas doLonchucarpus sp. que é conhecido pelo nome de índigo africano ou índigo yorubá.
O processo de fabricação desse corante era complexo e exigia grande perícia, sendo
cercado de prescrições e proibições rituais. Era tão importante que os tinteiros iorubas
cultuavam até uma divindade específica para essa finalidade, Iyá Mapo. O pano tingido
de índigo significava riqueza, abundância e fertilidade.
Osùn