Efún - Wagi - Osun

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Efún

Efun é um nome jeje-nago dado a vários tipos de pó,


utilizados nos rituais afro brasileiro. É muito mais
conhecido pelos leigos e o povo da umbanda como pemba,
nomeclatura utilizada pela nação angola.É um potente giz
branco empregado nas pinturas iniciáticas de todos os
Orisa, principalmente os Orisa funfun. É considerado muito
sagrado, trás o equilíbrio, tranqüilidade, paz e paciência. Muito empregado no preparo de
diversas fórmulas para varias finalidades. Faz parte do ase de sangue branco do reino
mineral.Tipos de efunEfun ou pemba mineral é um pó retirado de calcário, que são
encontrados na natureza em várias cores, também chamada de tabatinga. É utilizado na
feitura de santo que serve para pintar o corpo do neófito, chamada de efum fum (pó
branco).Efun ou pemba vegetal é um pó retirado de frutos tipo: obi, orobo, aridan,
pichurin, nós-moscada e folhas sagradas. A mistura do efun mineral e o efum vegetal
recebe o nome de atin e só deve ser preparada pela iyaefun ou iyalorixa. A farinha de
mandioca é chamada naturalmente de efun nos terreiros de candomblé.Efun ou pemba
animal é um pó retirado de ossos e cartilagens dos animais utilizados em sacrifícios aos
orixás. Esta extração deve ser feita pelo axogun ou babalorixá, entrando na preparação
de assentamento de orixa.

Cerimônia ritual que consiste em pintar a cabeça raspada e o corpo da iniciada , com
círculos ou pontos , ou ambos e traços tribais ( nas faces ) , feitos com giz, durante a
iniciação. Na primeira saída da camarinha, para Oxalá, a pintura é toda branca. Na
segunda é da cor do orixá ” dono da cabeça” Para essa pintura usa-se giz dissolvido em
água, com um pouco de goma arábica. Depois da dança a pintura é removida com um banho
de ervas sagradas. Efun no iorubá é cal, giz. No culto de Obatalá ( Oxalá) , na África
este é representado por bolos redondos de giz – sésé – efun ( xexé efun ) , bem como
outros objetos brancos. Efun também é cal. Cal é ” lime ” em inglês , que também é limo.
Cremos vir daí a confusão com ” limo” da Costa para representar Oxalá, segundo alguns,
quando verdade é cal ou giz ( variedade de cal) material para o “assentamento” desse
orixá , pelas tradições africanas.

Wájí

Wáji, èlú, ou aro (vegetal, negro- Philenoptera cyanescens

Tinta azul em forma de pó petrificado de origem vegetal o qual


busca a representação do sangue negro, simbolizando a noite e a
relação de ancestres ligados à própria escuridão.
As partes frescas são contundidas a uma polpa, fermentada, seca e vendida nesta forma,
as folhas somente são secadas ao sol e são usadas em um estado quebradiço.

Representa o anoitecer.

Este pó azul é utilizado em inúmeros rituais do candomblé, principalmente para


assentamentos de orixá “Igba Orixá” e na feitura de santo sobre a cabeça do
ìyáwó/elegun. Símbolo da idealização, transformação, direcionamento com o objetivo de
proteger contra todos os males espirituais, materiais e psíquicos, principalmente da
negatividade de Ìyámi.

o waji é um elemento muito importante no culto aos Orixás, uma vez que, junto com
outros elementos, ajuda a proteger a cabeça dos nossos Ìyáwós contra as Ajé. Segunda a
crença africana essas pinturas impediriam que eleyé (ave ligada as Ìyámi) pousasse no ori
dos  iniciadas, pois caso isso ocorresse seria um desastre para vida dessa pessoa.

O waji representa a cor dundun (preta), o sangue azul que vem das folhas. Existem
diversas espécies que podem ser utilizadas para a produção de corantes azuis como a
Isatis tinctoria ,Indigofera tinctoria e o Lonchucarpus cyanescens.

Segundo alguns relatos, as duas primeiras não seriam utilizadas para a produção do waji
tradicional, sendo apenas usadas para a confecção do anil (usado para tingir jeans, por
exemplo). O verdadeiro waji seria, portanto, retirado do processo de fermentação das
folhas doLonchucarpus sp. que é conhecido pelo nome de índigo africano ou índigo yorubá.

O processo de fabricação desse corante era complexo e exigia grande perícia, sendo
cercado de prescrições e proibições rituais. Era tão importante que os tinteiros iorubas
cultuavam até uma divindade específica para essa finalidade, Iyá Mapo. O pano tingido
de índigo significava riqueza, abundância e fertilidade.

 Osùn

Osùn, ossun ou pó de ierosun como é chamado pelo povo


do santo e pelos babalawos, são feitos de dois tipos de
árvores a Baphia nitida que tem uma cor vermelha
e Pterocarpus osunw que tem uma cor amarela.

O pó da Baphia nitida que tem a cor vermelha é utilizado em vários rituais do candomblé,


na construção de assentamentos de orixá igba orixá, nas pinturas sagradas da iniciação
ketu, principalmente na construção do adosun (um cone que fica no centro da cabeça do
iaô) com a função de transmitir o poder espiritual chamado de axé e livra-lo do
infortúnio gerado por uma das Iyami-Ajé. Este pó representa o crepúsculo.
O pó da Pterocarpus osun que tem a cor amarela é utilizado nos rituais sagrados de Ifá,
Orumilá, Oduduwa, alguns orixá nla e orixá funfun, muito utilizado para formar os
gráficos de odu no Opon-Ifá e na preparação do merindilogun.

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