DEDICACAO DELTA - PRE EDITAL - CE - Turma 2 - SEMANA 01 Ok
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ........................................................................................................................................... 2
META 01 ............................................................................................................................................. 4
Direito penal: Noções iniciais e princípios .............................................................................................................. 4
QUESTÕES SOBRE O TEMA ........................................................................................................................................ 65
META 02 ........................................................................................................................................... 76
Direito Processual Penal: Princípios, Aplicação Da Lei Processual No Tempo, No Espaço e em
Relação Às Pessoas ........................................................................................................................................................ 76
QUESTÕES SOBRE O TEMA ..................................................................................................................................... 113
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Vamos Juntos!
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META 01
Direito penal: Noções iniciais e princípios
A) CONCEITO:
Conjunto de normas que objetiva definir os crimes, proibindo ou impondo condutas, sob
a ameaça de imposição de pena ou medida de segurança, e também a criar normas de
aplicação geral.
Importa salientar que “sanção penal” é gênero, do qual são espécies as penas e as medidas
de segurança.
É um ramo do Direito Público, vez que suas normas são indisponíveis, impostas e
dirigidas a todas as pessoas.
Além disso, o Estado é o titular do direito de punir e por isso sempre figura como sujeito
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B) CARACTERÍSTICAS:
De acordo com Cleber Masson (2017, p. 5), o Direito Penal é uma ciência cultural,
normativa, valorativa, finalista, de natureza predominantemente sancionatória, e
fragmentária.
I – Ciência: Suas regras estão contidas em normas e princípios, que por sua vez, formam
a dogmática jurídico-penal.
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II – Cultural: o Direito Penal é uma ciência do “dever ser”, ao contrário das ciências
naturais, que cultuam o “ser”;
IV – Valorativa: sua aplicação não está pautada em regras matemáticas de certo ou errado,
mas sim em uma escala de valores que são sopesados a partir de critérios e princípios
próprios do Direito Penal. Dessa forma, esse ramo do direito valoriza hierarquicamente
as suas normas;
VII – Fragmentária: o Direito Penal não tutela todos os valores ou interesses, mas
somente os mais importantes para a manutenção e o desenvolvimento dos indivíduos e
da sociedade.
C) OBJETO DE PROTEÇÃO:
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- Ele discorda de Roxin por entender que, quando o indivíduo é punido pela
infração penal praticada, o bem jurídico já foi violado, ou seja, não está protegido,
não sendo esta, portanto, a função do direito penal. Sua função seria demonstrar
que a norma continua vigorando e deve ser obedecida.
- Assim, “o bem não deve ser representado como um objeto físico ou algo do
gênero, e sim, como norma, como expectativa garantida”. (Direito Penal e
Funcionalismo, 2005, p.33-34)
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- E ainda, entende ele que quem deliberada e reiteradamente viola a lei penal, de
forma grave e duradoura, deve ser tratado como “não-cidadão”, como inimigo
da sociedade, por não cumprir sua função no corpo social, não fazendo jus às
garantias previstas pela norma a qual tal sujeito infringe.
FUNCIONALISMO PENAL
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Garantia dos cidadãos contra o arbítrio estatal, vez que só podem ser punidos por
atos previstos como infração penal e por pena também determinada em lei;
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Simbólica – não produz efeitos externos, mas somente na mente dos cidadãos e
governantes, sendo uma função inerente a todas as leis, não apenas ao Direito
Penal;
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Redução da violência estatal – pois, embora legítima e necessária, a pena não deixa
de ser uma agressão ao indivíduo, devendo, portanto, restringir-se aos casos
necessários e legais.
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VIII – Direito Penal Subjetivo: é o direito de punir (ius puniendi), que pertence
exclusivamente ao Estado e nasce quando uma lei penal é violada;
Abordado por Hassemer. Segundo ele, o direito penal deve se preocupar apenas com os
bens jurídicos individuais, tais como a vida, patrimônio, propriedade, etc., bem como de
infrações penais que causem perigo concreto.
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Por outro lado, se o intuito da previsão da infração é proteger apenas bem jurídico difuso,
coletivo ou de natureza abstrata, não deveria ser considerada uma infração penal. Deveria
ser regulada por um sistema jurídico diverso, com sanções mais brandas que as do direito
penal, sem risco de privação da liberdade do infrator, mas aplicadas também por uma
autoridade judiciária, de forma mais célere e ampla, podendo ser até mais efetiva, para não
tornar o direito penal inócuo e simbólico. Exemplo no BR: Lei 8429/92.
Para o autor, de um lado, o Direito Penal, dada sua gravidade, não pode ser utilizado para
a tutela de bens jurídicos difusos, coletivos, transindividuais etc. Lado outro, sabe-se que
as autoridades administrativas não possuem a independência necessária para a aplicação
das penalidades. Por isso, propõe o Direito de Intervenção.
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A doutrina não é uníssona acerca de quantas ou quais exatamente seriam elas, mas, para o
nosso estudo, as mais importantes são a dogmática, a criminologia e a política criminal.
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Funciona como “filtro” entre a letra fria da lei e a realidade social. Revela as leis que
“pegam” e as que não.
O ponto mais cobrado desse tópico é, sem dúvidas, a diferença entre direito penal,
criminologia e política criminal.
POLÍTICA
DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA
CRIMINAL
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* #NÃOCUSTALEMBRAR:
Ademais, uma das circunstâncias judiciais que deve ser considerada na fixação da pena
base é o comportamento da vítima (art. 59, CP).
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“Ao menos em boa medida, o sistema penal seleciona pessoas ou ações, como
também criminaliza certas pessoas segundo sua classe e posição social. [...] Há
uma clara demonstração de que não somos todos igualmente ‘vulneráveis’ ao sistema
penal, que costuma orientar-se por ‘estereótipos’ que recolhem os caracteres dos
setores marginalizados e humildes, que a criminalização gera fenômeno de rejeição
do etiquetado como também daquele que se solidariza ou contata com ele, de forma
que a segregação se mantém na sociedade livre. A posterior perseguição por parte
das autoridades com rol de suspeitos permanentes, incrementa a estigmatização social
do criminalizado (ZAFFARONI;PIERANGELI, 2011, p. 73).” (Guarda relação
com o movimento do labeling approach / teoria da reação social / da rotulação social
/ do etiquetamento social – tema que deve ser estudado de modo mais aprofundado
na matéria de criminologia.)
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#SELIGA: Você sabe o que é Direito Penal Subterrâneo e Direito Penal Paralelo?
Referem-se aos sistemas penais paralelos e subterrâneos.
De acordo com Zaffaroni, “sistema penal é o conjunto das agências que operam a
criminalização primária e a criminalização secundária ou que convergem na sua
produção”.
Direito Penal Paralelo: Como o sistema penal formal do Estado não obtêm êxito em
grande parte da aplicação e exercício do poder punitivo, outras agências apropriam-se
desse espaço e o exercem de modo paralelo ao estado (criando sistemas penais paralelos).
Ex.: médico que aprisiona doentes mentais; institucionalização pelas autoridades
assistenciais dos morados de rua etc).
Direito Penal Subterrâneo: ocorre quando as instituições oficiais atuam com poder
punitivo ilegal, acarretando abuso de poder. Ex.: institucionalização de pena de morte
(execução sem processo), desaparecimentos, torturas, extradições mediante sequestro,
grupos especiais de inteligência que atuam fora da lei etc.
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- O ordenamento penal brasileiro adotou o Direito Penal do fato, mas que considera
circunstâncias relacionadas ao autor, especificamente quando da análise da pena. Ex: art.
59 do CP; Reincidência.
- O princípio da exteriorização serviu para o legislador acabar com as infrações penais que
desconsideravam esse mandamento. Ex: Mendicância (art. 60 L.C.P. – abolido), pois era
direito penal do autor.
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- Ex: a CF prevê como garantia primária que não haverá pena de banimento. O
legislador não a observa e comina tal pena a determinado crime. Neste caso, será
utilizado o controle de constitucionalidade, previsto na própria constituição como
garantia secundária, julgando o ato nulo.
Nulla poena sine crimine: somente será possível a aplicação de pena quando
houver, efetivamente, a prática de determinada infração penal;
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Nullum crimen sine lege: a infração penal deverá sempre estar expressamente
prevista na lei penal;
Nulla lex (poenalis) sine necessitate: a lei penal somente poderá proibir ou
impor determinados comportamentos, sob a ameaça de sanção, se houver
absoluta necessidade de proteger determinados bens, tidos como fundamentais
ao nosso convívio em sociedade, (direito penal mínimo);
Nulla actio sine culpa: somente as ações culpáveis podem ser reprovadas;
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Nullum judicium sine accusatione: o juiz que julga não pode ser responsável
pela acusação;
O Direito penal deve se prestar a garantir não somente os direitos e garantias dos acusados,
mas todos os direitos e deveres previstos na Constituição. Em que pese não se possa
tolerar violações arbitrárias e desproporcionais aos direitos daquele sob o qual recai o jus
puniendi estatal, não se pode também deixar de proteger outros bens que também são
juridicamente relevantes para a sociedade.
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a) Garantismo negativo: visa limitar a função punitiva do Estado, que deve ser aplicada
estritamente aos casos necessários e em medida adequada, consistindo na proibição de
excesso.
Conceito: Aquele que viola o sistema deve ser considerado e tratado como inimigo. O
delinquente, autor de determinados crimes, não é ou não deve ser considerado como
cidadão, mas como um “cancro societário”, que deve ser extirpado (Munhoz Conde).
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- Destaque-se que nem todo criminoso é inimigo, apenas uma parcela reduzida de
criminosos é que entra neste rol.
O inimigo não é visto como um sujeito de direitos, pois perdeu seu status de
cidadão;
Pune-se o inimigo pela sua periculosidade e não pela sua culpabilidade, como é
no direito penal comum;
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Segundo, Cleber Masson (2017, p. 111) a teoria das velocidades do direito penal “parte do
pressuposto de que o Direito Penal, no interior de sua unidade substancial, contém dois
grandes blocos, distintos, de ilícitos: o primeiro das infrações penais às quais são
cominadas penas de prisão (direito penal nuclear), e o segundo, daqueles que se vinculam
aos gêneros diversos de sanções penais (direito penal periférico)”.
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a) Fonte Material: Diz respeito à criação do Direito Penal. Via de regra, é a União, art.22,
I, da CF/88, pois “compete privativamente à União legislar sobre direito civil, comercial,
penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho”.
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*Atenção: O artigo 22, parágrafo único, CF/88, prevê que “Lei Complementar poderá
autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas relacionadas neste artigo”, o que
permite entender que abarca, inclusive, o Direito Penal.
b) Fonte Formal: Diz respeito à aplicação do Direito Penal. Esse ponto varia um pouco
de doutrinador para doutrinador.
Imediata: Imediata:
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Mediatas: Mediatas:
Costumes Doutrina
Princípios gerais do
Direito
administrativos.
Fonte informal:
Costumes
#DETALHANDO:
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Costume não cria crime, não comina pena, só a Lei (veda-se o costume incriminador).
Espécies de costumes:
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2ª Corrente: Diz que não existe costume abolicionista. Quando o fato já não é
mais indesejado pela sociedade, o juiz não deve aplicar a lei. Ex: Para esta
corrente, o jogo do bicho permanece formalmente típico, porém não aplicável,
sem eficácia social (não tem tipicidade material).
* ATENÇÃO: Para aqueles que não adotam a tese do costume abolicionista, é possível
o uso do costume segundo a lei (costume interpretativo), que vai servir para aclarar
o significado de uma palavra, de um texto.
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* ATENÇÃO: Para alguns autores, a doutrina não é fonte do direito penal por não ter
força cogente, ou seja, não ser revestida de obrigatoriedade. Os tratados internacionais
podem ser classificados como fonte do direito penal apenas quando incorporados ao
direito interno. Se versar sobre direitos humanos e for aprovado seguindo o rito de
emendas constitucionais, terá força normativa de emendas constitucionais (art. 5º, §3°,
CF). Caso não siga tal rito, terá força de norma supralegal.
No caso dos princípios penais, eles vão orientar a atuação do legislador na elaboração da
legislação penal e do operador do direito em sua aplicação.
Além das questões de concursos que tratam diretamente dos princípios, o simples fato de
entender os valores que eles trazem nos orientam muito no raciocínio necessário para a
solução de muitas outras, por isso é um tema que não pode ser negligenciado, ok?
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O Direito Penal deve servir apenas e tão somente para proteger bens jurídicos relevantes
(Roxin). Ademais, nenhuma criminalização é legítima se não busca evitar a lesão ou o
perigo de lesão a um bem juridicamente determinado. Impede que o Estado utilize o
Direito Penal para a proteção de bens ilegítimos.
- Parcela da doutrina critica essa expansão da tutela penal na proteção de bens jurídicos de
caráter difuso ou coletivo. Argumenta-se que tais bens são formulados de modo vago e
impreciso, bem como, que não seria esse o papel do direito penal, que deve ser utilizado
apenas como última ratio, havendo outras searas que poderiam solucionar tais questões,
em razão dos princípios que estudaremos a seguir.
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ILÍCITOS EM
GERAL
ILÍCITOS
PENAIS
Como na figura, nem tudo o que é ilícito caracteriza um ilícito penal, mas apenas uma
pequena parcela. Porém, todo ilícito penal será também ilícito perante as demais searas do
direito.
Ex.: se um funcionário público pratica crime, isso sempre configurará também uma
infração administrativa. Porém, a recíproca não é verdadeira. Nem toda infração
administrativa encontrará uma correspondente tipificação penal.
7.1.2.1. FRAGMENTARIEDADE
Somente devem ser tutelados pelo direito penal os casos de relevante lesão ou perigo de
lesão aos bens jurídicos fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e
da sociedade.
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Ex.: Adultério, que era crime tipificado no art. 240 do CP e deixou de ser em 2005, quando
a Lei nº 11.106 revogou o tipo penal.
7.1.2.2. SUBSIDIARIEDADE
STJ (HC 197.601/RJ) O Direito Penal deve ser encarado de acordo com a principiologia
constitucional. Dentre os princípios constitucionais implícitos figura o da
subsidiariedade, por meio do qual a intervenção penal somente é admissível quando os
demais ramos do direito não conseguem bem equacionar os conflitos sociais.
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Decorre da fragmentariedade, pelo qual o Direito Penal só vai intervir nos casos de
relevante lesão.
Ex.: Sujeito subtrai um iogurte de um hipermercado. Como subtraiu coisa alheia móvel, o
fato se adequa ao tipo penal de furto.
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No exemplo acima, em que pese tenha havido a tipicidade formal, o ato praticado não foi
capaz de causar lesão relevante ao bem protegido, vez que o valor de um iogurte não faria
a menor diferença no patrimônio de um hipermercado, não havendo, portanto, tipicidade
material.
Mas atenção: NÃO É SÓ O VALOR que deve ser analisado para que seja reconhecida
a insignificância da conduta! Existem outros requisitos que devem ser observados,
conforme jurisprudência consolidada da Suprema Corte.
Ademais, valor insignificante e pequeno valor não são necessariamente sinônimos. Por
vezes, em casos de furto, por exemplo, a questão apresenta um bem de um valor baixo,
mas não irrisório/insignificante, que servirá apenas para caracterizar a causa de diminuição
de pena do furto privilegiado, mas não excluirá a tipicidade material, seja pelo fato de o
valor ser pequeno, mas não irrisório, seja por não preencher algum outro requisito. Então
fique de olho!
Sobre os valores, não há nenhuma tese fixa sobre. É necessário analisar o contexto. Porém,
analisando as decisões proferidas, o STF tem aceito como insignificantes normalmente
valores que que giram em torno de 10% do salário mínimo, com variações para mais e
para menos (é só uma ideia). Já como pequeno valor, para o privilégio, admite-se o valor
de até 1 salário mínimo integral (raciocínio aplicável aos demais delitos que admitem o
privilégio).
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REQUISITOS OBJETIVOS
REQUISITOS SUBJETIVOS
Condição da vítima
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Para o STJ NÃO! Apenas o juiz pode. HC 154.949/MG. Assim, a autoridade policial
estaria obrigada a efetuar a prisão em flagrante, submetendo a questão à análise de
autoridade judiciária.
A solução para que você, caro aluno, resolva a questão, é analisar a forma como isso está
sendo questionado. Se a pergunta for sobre o STJ, delegado não pode. Se a questão afirmar
de forma mais próxima ao entendimento doutrinário, for de um estado como o de São
Paulo que já se posicionou sobre o tema ou for silente sobre a fonte e essa opção “parecer
a mais certa”, tome partido da carreira e marque a que permite a análise pelo delegado.
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8. Crimes contra a vida, lesões corporais, crimes praticados com violência ou grave
ameaça à pessoa, crimes sexuais, tráfico de drogas – nenhum admite.
9. Porte de drogas para uso (art. 28 da LD) – Majoritariamente, o STF e o STJ não
aplicam a insignificância, nem mesmo em se tratando de quantidades ínfimas,
pelo fato de ser crime de perigo presumido e o bem tutelado ser a saúde pública.
No entanto, há um antigo julgado isolado do STF permitindo a aplicação.
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#PENSANDONADISCURSIVA - Justificativas
12. STF/STJ: Via de regra, entendem não ser possível a aplicação do princípio da
insignificância no furto qualificado, pois falta o requisito do reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento.
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(Sim, amigo concurseiro, nem o STF se entende! Você não está sozinho nessa!
Mas a você, cabe entender a situação e analisar a melhor alternativa, a forma como
cada uma está descrita, na hora de marcar. Se for prova discursiva ou oral,
exponha ambos posicionamentos.)
STJ aplica, desde que o total dos valores retidos não ultrapasse o valor utilizado
pela Fazenda Público como limite mínimo para que sejam ajuizadas as execuções
fiscais (20 mil reais).
STJ:
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STF:
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ser crime formal de perigo abstrato. Para o STF SIM, em situações excepcionais,
se for operada em baixa frequência.
STF - Antes não admitia, mas possui decisões recentes admitindo, como por
exemplo, em caso de peculato.
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questão foi objeto de vários recursos e a banca não anulou justamente por ter
utilizado a palavra “nenhum” e ser aplicável ao descaminho. Além disso, tinha
outra que era “mais certa” que essa. É como já havíamos falado. Tem que pensar
na mais certa! Fique de olho nas palavras-chave ou se a banca pediu o
entendimento sumulado.
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STJ. 3ª Seção. REsp 1688878-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em
28/02/2018 (recurso repetitivo).
Para finalizar o estudo deste princípio, precisamos ainda fazer uma última diferenciação:
BAGATELA PRÓPRIA X BAGATELA IMPRÓPRIA2, o que faremos com a ajuda
do Dizer o Direito.
2
Fonte: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2015/01/ebook-princc3adpio-da-
insignificc3a2ncia-vf.pdf
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Em outras palavras, o fato é típico, tanto do ponto de vista formal como material.
No entanto, em um momento posterior à sua prática, percebe-se que não é necessária a
aplicação da pena. Logo, a reprimenda não deve ser imposta, deve ser relevada
(assemelhando-se ao perdão judicial.
Segundo LFG, este instituto possui fundamento legal no direito brasileiro (porém,
de forma implícita e “genérica” – termos nossos). Trata-se do art. 59 do CP que prevê que
o juiz deverá aplicar a pena “conforme seja necessário e suficiente para reprovação e
prevenção do crime”.
Dessa forma, se a pena não for mais necessária, ela não deverá ser imposta
(princípio da desnecessidade da pena conjugado com o princípio da irrelevância penal do
fato).
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Ex.: o artigo 28 do CP NÃO tipifica o USO de drogas porque apenas afetaria o usuário.
Tipifica o porte ou similares (guardar, ter em depósito, transportar etc).
O Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias, fatos, atos lesivos. Ninguém
pode ser castigado por seus pensamentos, desejos ou meras cogitações ou estilo de vida.
Esse princípio busca impedir o direito penal do autor. Decorrência do princípio da
lesividade.
Encontra previsão no art. 5º, XXXIX da CFRB/88 e no art. 1º do CP: “Não há crime sem
lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Assim, a lei em sentido
estrito tem o monopólio na criação de crimes e cominação de penas – que só serão
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aplicados a condutas posteriores à sua vigência, não podendo haver criação de crimes e
penas por costumes ou analogias, tampouco tipificação de condutas genéricas.
Ademais, a lei precisa ser anterior, escrita, estrita, certa (taxativa) e necessária.
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o Jurídico: a lei deve ser prévia e clara, pois produz efeito intimidativo.
* ATENÇÃO: Medida provisória não pode criar crimes nem penas, mas STF admite para
favorecer o réu (RE 254818/PR).
Art. 5°, XXXIX, CF, “não há crime Art. 5, II, CF, “ninguém será obrigado
sem lei anterior que o defina, nem a fazer ou deixar de fazer alguma
pena sem prévia cominação legal”. coisa senão em virtude de lei”.
Exige lei em sentido estrito (no caso Exige lei em sentido amplo (abrange
do direito penal, lei ordinária) - a lei qualquer espécie normativa, ou seja,
deve ser criada de acordo com o lei delegada, medida provisória,
processo legislativo previsto na CF e decreto, etc.).
deve tratar de matéria
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Em que pese a criação de crimes e cominação de penas seja exclusiva da lei em sentido
estrito, a Constituição Federal estabelece mandados explícitos e implícitos de
criminalização, ou seja, situações em que é obrigatória a intervenção do legislador
penal.
MANDADOS DE MANDADOS DE
CRIMINALIZAÇÃO EXPRESSOS CRIMINALIZAÇÃO
IMPLÍCITOS/TÁCITOS
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Ex.: Art. 5º, XLII: “a prática do racismo Ex: combate à corrupção no poder
constitui crime inafiançável e público.
imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
Embora a CF não tenha determinado
nos termos da lei”.
expressamente a criminalização dessa
conduta, isso pode ser extraído dos
valores que ela traz, como por exemplo,
do artigo 1º (por ser República, que
significa “coisa pública”) e do art. 37, dos
princípios da Adm. Pública (LIMPE).
Tema recente: Até 2016, o crime de terrorismo ainda não tinha sido concretizado na
legislação brasileira. Pela Lei 13.260/16, houve o cumprimento desse mandado de
criminalização.
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Daí, por consequência lógica, deriva a sua irretroatividade, não se aplicando a fatos
pretéritos, nem mesmo os praticados durante a vacatio legis, SALVO se benéfica ao
acusado.
Nesse sentido, temos o art. 5º XL da CF, dispondo que “a lei penal não retroagirá,
salvo para beneficiar o réu”.
Proíbe que o agente seja punido duas vezes pelo mesmo fato, inclusive sopesando
a mesma situação ou circunstância para agravar a pena em mais de um momento da
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dosimetria. Como exemplo, temos a Súmula 242 do STJ proíbe o uso de uma única
reincidência como circunstancia judicial desfavorável e como agravante, pois haveria
violação a este princípio.
1. Se o fato está de acordo com a norma, mas não está de acordo com o interesse
social, a conduta deverá ser tida como atípica.
De acordo com Toledo, "a adequação social exclui desde logo a conduta em exame
do âmbito de incidência do tipo, situando-a entre os comportamentos normalmente
permitidos, isto é, materialmente atípicos". O autor cita o exemplo de lesões corporais
causadas por um pontapé em partidas de futebol.
Há forte crítica na doutrina acerca deste princípio, pelo fato de adotar um critério
impreciso, inseguro e relativo.
Importante saber que, segundo o STJ, o princípio da adequação social não afasta a
tipicidade da conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas, como se verifica do
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Proíbe-se o castigo penal pelo fato de outrem. Somente o condenado é que terá de
se submeter à sanção que lhe foi aplicada pelo Estado.
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Não basta que o fato seja materialmente causado pelo agente, o agente somente pode
ser responsabilizado se o fato tiver sido querido, assumido ou previsto. Não há
responsabilidade penal sem dolo ou culpa.
Exige que se faça um juízo de ponderação sobre a relação existente entre o bem
que é lesionado ou posto em perigo (gravidade do fato) e o bem de que alguém pode ser
privado (gravidade da pena). Toda vez que, nessa relação, houver um desequilíbrio
acentuado, haverá desproporção. Ou seja, a pena deve ser proporcional à gravidade do
fato. O presente princípio apresenta uma dupla face, pois de um lado proíbe o excesso
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(garantismo negativo), enquanto que de outro lado não admite a proteção insuficiente
(garantismo positivo) – já estudamos também no tópico do garantismo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Direito Penal – Parte Geral – Volume 1 – 13ª edição – Cleber Masson;
- Sinopse nº1 – Direito Penal – Parte geral – 7ª edição – Alexandre Salim e Marcelo André
de Azevedo;
- Dizer o Direito (https://www.dizerodireito.com.br/);
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a)da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento
em que Tício desferiu os golpes em Gabriela.
b)em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, trata-se do momento em
que Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias ao cometimento do crime.
c)em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício se entregou para a
polícia.
d)em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da morte de Gabriela,
que ocorreu no hospital.
e)da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível determiná-lo, no
presente caso, em razão da separação temporal entre a conduta e o resultado.
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O sistema penal é composto por órgãos de naturezas jurídicas distintas com funções, dentre outras, de
caráter investigativo, repressivo, jurisdicional e prisional. É sabido que os números de letalidade no
exercício de tais funções, tanto de civis quanto de agentes do sistema penal têm aumentado nos últimos
anos. Por conta dessa informação, será preciso promover uma política pública em âmbito penal que
reverbere na diminuição de tal letalidade. (BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro.
11. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007)
Identifique a alternativa correta que contenha os princípios que fundamentam o Direito Penal, e que
mostrem que sua observância se torna importante para o embasamento da referida política pública.
a)Mínima letalidade/ letalidade controlada/ tutela civil e tutela penal/ livre iniciativa.
b)Mínimo proporcional/ reserva do possível/ humanidade/ lesividade.
c)Legalidade / proporcionalidade / penalidade / legítima defesa.
d)Intervenção mínima/ legalidade / lesividade / adequação social.
e)Devido processo legal/ contraditório e ampla defesa/ proximidade de jurisdição / proporcionalidade.
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que,
nesse caso, cabe a aplicação
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a)da lei argentina, em atenção à regra da territorialidade, uma vez que o crime fora praticado na Argentina.
b) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
c)condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em território argentino.
d)condicionada da lei brasileira, já que a conduta integra dois ordenamentos jurídicos.
e)da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino.
a)A garantia penal positivada na Constituição Federal brasileira (1988) promove a retroatividade da lei
penal mais benéfica quando o condenado, por uma conduta típica, apresenta residência fixa, após
cometimento do ilícito penal.
b)A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais gravosa,
continua sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era vigente no momento da
prática delitiva.
c)A aplicação da irretroatividade em direito penal funciona como garantia legal do ius puniendi que
pretende auferir a punição mais gravosa ao condenado.
d)A ultra-atividade da lei penal funciona como mecanismo de endurecimento da norma penal, ao passo
que funciona como técnica de resolução de conflito para aplicação de um direito penal punitivo.
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e)A figura da ultra-atividade da norma penal realiza o objetivo de garantir a condenação do réu pela
norma penal vigente na prática da conduta delitiva, com o principal objetivo de promover a segurança
jurídica em âmbito penal.
O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito.
( ) Certo ( ) Errado
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio
de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.
( ) Certo ( ) Errado
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi
formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação,
Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
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( ) Certo ( ) Errado
a)criminologia.
b)teoria do delito.
c)política criminal.
d)abolicionismo penal.
e)direito penal do inimigo.
a)A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal admite a
aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia).
b)A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, constitui exceção legal à
regra do tempus regit actum.
c)Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da permanência
d)A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na Convenção Americana sobre
Direitos Humanos.
e)Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal.
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a)científica.
b)autêntica.
c)extensiva.
d)doutrinária.
e)analógica.
a)cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de pena não se reconhece o
cumprimento no estrangeiro.
b)não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil tem acordo bilateral para
reconhecer cumprimento de pena.
c)não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o crime foi cometido.
d)cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena cumprida no estrangeiro.
e)ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil.
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a)A responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo crime imputado ao agente não
pode ser estendida aos seus herdeiros sem que haja violação do princípio da personalidade da pena.
b)Conforme o princípio da culpabilidade, a responsabilidade penal é subjetiva, pelo que nenhum
resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa,
elementos finalisticamente localizados na culpabilidade.
c)O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade, sendo requisitos de
sua aplicação para o STF a ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação e a
inexpressividade da lesão jurídica.
d)O princípio da legalidade, do qual decorre a reserva legal, veda o uso dos costumes e da analogia para
criar tipos penais incriminadores ou agravar as infrações existentes, embora permita a interpretação
analógica da norma penal.
a)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou
o patrimônio do Presidente da República;
b)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro;
mesmo que o fato não seja punível também no país em que foi praticado;
c)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé
pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
d)para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
e)é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou em alto-mar.
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a)Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.
b)Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de considerar crime.
c)Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017.
d)A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
e)Caio deve ser imediatamente solto.
a)A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o crime. Na vertente preventiva-geral, o criminoso é
punido a fim de impedir que ele volte a praticar novos crimes.
b)A finalidade da pena, na teoria relativa, é prevenir o crime. Na vertente preventiva especial, de
acentuado caráter intimatório, o criminoso é punido para servir de exemplo aos demais cidadãos.
c)A finalidade da pena, na teoria absoluta, é castigar o criminoso, pelo mal praticado. O mérito dessa
teoria foi introduzir, no Direito Penal, o princípio da proporcionalidade de pena ao delito praticado.
d)A finalidade da pena, para a teoria eclética, é ressocializar o criminoso. O mérito dessa teoria foi
humanizar as penas impostas, impedindo as cruéis e humilhantes.
e)O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria absoluta, tendo a pena apenas o fim de ressocializar o
criminoso.
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a)O garantismo penal impede a intervenção punitiva do Estado, o qual deverá exercer função
exclusivamente preventiva e garantidora das liberdades individuais.
b)O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da pena quando existirem
circunstâncias pessoais favoráveis ao acusado.
c)O direito penal do ato tem como característica a ampliação da tipicidade do crime para atingir também
os atos preparatórios e os de tentativa.
d)No direito penal do inimigo, a sanção penal é aplicada com extremo rigor e objetiva punir o inimigo
de modo exemplar por atos cometidos, sem, contudo, relativizar ou suprimir garantias processuais.
e)A criminalização secundária tem como características a igualdade e a abstração, uma vez que a lei penal
é genérica e a todos dirigida.
17 - 2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia
No direito penal, a analogia
a)é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.
b)é uma fonte formal imediata do direito penal.
c)utiliza, na modalidade jurídica, preceitos legais existentes para solucionar hipóteses não previstas em lei.
d)corresponde a uma interpretação extensiva da norma penal.
e)é uma fonte formal mediata, tal como o costume e os princípios gerais do direito.
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a)Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação
do delito.
b)Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação
penal do país em que for cometido.
c)No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os atos de
participação ou coautoria, independentemente do local do resultado.
d)No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos constitutivos tiverem
sido praticados em território brasileiro, por se tratar de delito unitário.
e)Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-meio tenha sido
cometido em território brasileiro.
a)A teoria correcionalista considera que a pena se esgota na ideia da retribuição como resposta ao mal
causado pelo autor do crime.
b)A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de inibir comportamentos
antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos.
c)A teoria absoluta considera que a pena possui caráter retributivo, preventivo e ressocializador.
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d)A teoria preventiva geral considera a pena como um meio para prevenir a reincidência do indivíduo.
e)A teoria preventiva especial considera a pena como um meio para intimidar os potenciais praticantes
de condutas delituosas.
Respostas 01: A 02: D 03: B 04: B 05: E 06: E 07: C 08: C 09: D 10: B 11: E 12:
D 13: C 14: A 15: C 16: B 17: A 18: B 19: B 20: B
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META 02
O juiz não pode requisitar provas, depois da manifestação pelo arquivamento feita
pelo MP (STF);
O juiz não pode substituir o MP em sua função probatória, em que pese, a liberdade
de produção conferida ao juiz pelo CPP;
O interrogatório do réu deve perder a sua característica de prova, passando a ser
exclusivamente meio de defesa;
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individuais, a começar pela afirmação da situação jurídica de quem ainda não tiver
reconhecida a sua responsabilidade penal por sentença condenatória passada em julgado:
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Presunção de inocência;
Contradição - Nulla probatio sine defensione: É um método de confrontação
da prova e comprovação da verdade: a acusação x a defesa
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b. Não há que se falar em contraditório, o qual nem sequer seria concebível em virtude da
falta de contraposição entre acusação e defesa. (Não existe contraditório).
c. O juiz inquisidor é dotado de ampla iniciativa probatória, tendo como liberdade para
determinar de ofício a colheita de provas, seja no curso das investigações, seja no curso do
processo penal, independentemente de sua proposição pela acusação ou pelo acusado. A
gestão das provas estava concentrada, assim, nas mãos do juiz, que, a partir da prova do
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fato e tomando como parâmetro a lei, podia chegar à conclusão que desejasse. (Ampla
iniciativa probatória).
Com a reforma (13964/19), ao menos em tese, o juiz não possuirá mais a iniciativa
probatória que antes era prevista no CPP (Art. 3º-A do CPP).
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A função de acusar nas ações penais públicas é do Ministério Público, sendo assim o
sistema acusatório, não é a outra a conclusão que poderíamos ter, haja vista que a CF
outorgou a titularidade da persecução penal ao referido órgão, por excelência.
c) Misto ou acusatório formal: pro há duas fases distintas – uma primeira fase
inquisitorial, destinada a investigação preliminar, e em seguida, teria uma segunda fase,
essa última de viés mais de sistema acusatório.
Sistema adotado no Brasil: A doutrina diverge. A maioria da doutrina afirma que, após
a promulgação da Constituição de 1988, o processo penal no Brasil se enquadra como
acusatório (art.129, I CF/88), ou seja, as funções acusatórias e julgadoras não se
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Turma, DJe de 19/6/2017; HC 93.921 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda
Turma, DJe de 1/2/2017; RHC 120.379 ED, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe
de 16/9/2016), como está previsto no regimento interno ora impugnado.
Para isso, criou o juiz de garantias, acabando com o contato do juiz da instrução e
julgamento com os atos de investigação e buscou acabar com a possibilidade do juiz
determinar a produção de provas. Todas essas alterações serão estudadas detalhadamente
ao longo do nosso curso.
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4. Princípios
Princípios constitucionais explícitos:
I. Princípio da presunção da inocência: Ninguém será culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.
Também chamado de estado de inocência ou de presunção de não culpabilidade, o ideal
é utilizar todas as denominações como sinônimas.
- Segue Renato Brasileiro: “No ordenamento pátrio, até a entrada em vigor da Constituição
de 1988, esse princípio somente existia de forma implícita, como decorrência da cláusula
do devido processo legal. Com a Constituição Federal de 1988, o princípio da presunção
de não culpabilidade passou a constar expressamente do inciso LVII do art. 5º” (LIMA,
2017, p. 43).
- O princípio da presunção de inocência (ou presunção de não culpabilidade) compreende
duas regras fundamentais:
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I- Regra probatória (in dubio pro reo): a parte acusadora tem o ônus de demonstrar a
culpabilidade do acusado além de qualquer dúvida razoável. Não é o acusado que deve
comprovar sua inocência;
II- Regra de tratamento: o Poder Público está impedido de agir e de se comportar em
relação ao acusado como se ele já houvesse sido condenado.
Previsão Legal: O princípio da presunção de inocência encontra-se previsto tanto na CF
quanto na CADH.
Art. 8º (...), §2º: Toda pessoa acusada de um Art. 5º (...), LVII – ninguém será
delito tem direito a que se presuma sua considerado culpado até o trânsito em
inocência, enquanto não for legalmente julgado de sentença penal condenatória.
comprovada a sua culpa.
OBSERVAÇÕES:
• CADH possui status normativo supralegal. Ou seja, está abaixo da CF, mas acima da
legislação infraconstitucional.
• A decisão do STF, citada no conceito, como se verá abaixo, causou estranheza, tendo
em vista que a CF é clara ao prever “ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado (...)”, não havendo margens para outra interpretação.
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• Para a CADH, a pessoa é considerada inocente até que se comprove sua culpa.
Interpretando-se a Convenção de forma sistemática, que assegura o direito ao duplo grau
de jurisdição, a culpa seria comprovada após o exercício deste direito.
Foi assim que o STF decidiu no HC 126.292, exercido o direito ao duplo grau de
jurisdição, havendo a condenação, a pena pode ser executada, mesmo na pendência de
REsp ou RE.
- Consequências:
Ônus da prova: em regra da acusação.
Prisões cautelares. A privação cautelar da liberdade de locomoção somete se justifica
em hipóteses estritas, ou seja, a regra é que o acusado permaneça em liberdade
durante o processo, enquanto que a imposição de medidas cautelares pessoais é a
exceção.
No dia 07/11/2019, o STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e 54 (Rel. Min. Marco Aurélio),
retornou para a sua posição antiga e afirmou que o cumprimento da pena somente pode
ter início com o esgotamento de todos os recursos.
Assim, é proibida a execução provisória da pena.
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Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em julgado (antes do
esgotamento de todos os recursos), no entanto, para isso, é necessário que seja proferida
uma decisão judicial individualmente fundamentada, na qual o magistrado demonstre que
estão presentes os requisitos para a prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP.
Dessa forma, o réu até pode ficar preso antes do trânsito em julgado, mas cautelarmente
(preventivamente), e não como execução provisória da pena.
Principais argumentos:
• O art. 283 do CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011, prevê que “ninguém
poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em
julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou
prisão preventiva.”. Esse artigo é plenamente compatível com a Constituição em vigor.
• O inciso LVII do art. 5º da CF/88, segundo o qual “ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, não deixa margem a dúvidas
ou a controvérsias de interpretação.
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• A Constituição não pode se submeter à vontade dos poderes constituídos nem o Poder
Judiciário embasar suas decisões no clamor público.
A nova decisão do STF é vinculante? SIM. A decisão do STF foi proferida em ADC, que
declarou a constitucionalidade do art. 283 do CPP.
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- Súmula 523, STF: no processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas
a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
- Súmula 707, STF: constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação
do defensor dativo.
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- Súmula 708, STF: é nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos
da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
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- Elementos
Direito à informação;
Direito de participação.
- Espécies:
Contraditório para a prova (contraditório real): é o contraditório feito na formação
do elemento de prova, sendo indispensável que sua produção ocorra na presença
do órgão julgador e das partes;
Contraditório sobre a prova (contraditório diferido/postergado): é a atuação do
contraditório após a formação da prova.
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- Divisão:
o Publicidade ampla (é a regra, permitindo a todos o acesso ao processo e não apenas
às partes e aos procuradores);
o Publicidade restrita (caso haja necessidade de proteção da intimidade ou do
interesse social, os processos poderão correr em segredo de justiça). Pode ser uma
restrição ao público em geral (art. 234-B, CPP) ou apenas às próprias partes (art. 93,
IX, CF).
*ATENÇÃO: na visão dos tribunais superiores esse segredo de justiça está dentro da
cláusula de reserva de jurisdição (STF: MS 27.483/DF).
VIII. Princípio da vedação das provas ilícitas: É vedado o uso de provas ilícitas no
processo.
- Art. 5º, LVI, da CF: São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
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I. Princípio de que ninguém está obrigado a produzir prova contra si: também
denominado “nemo tenetur se detegere”, seu conteúdo revela que ninguém é obrigado a
produzir prova contra si mesmo.
PREVISÃO LEGAL
Está previsto na CADH (art. 8º, 2., g), na CF (art. 5º, LXIII).
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2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto
não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito,
em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: g) direito de não ser obrigada a depor
contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e
Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
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* Art. 5º, LXIII, da CF: O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
* O art. 2º, §6º, da Lei nº 7.960/89 (prisão temporária) prevê que, efetuada a prisão, a
autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º da Constituição
Federal, por meio de uma nota de ciência.
- Entendimentos do STF:
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a) O acusado não está obrigado a fornecer padrões vocais necessários a subsidiar prova
pericial de verificação de interlocutor (HC 83.096/RJ);
b) O acusado não está obrigado a fornecer material para exame grafotécnico (HC
77135/SP);
c) Configura constrangimento ilegal a decretação de prisão preventiva de indiciados diante
da recusa destes em participarem de reconstituição do crime (HC 99.245/RJ).
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1ªC: há doutrinadores que afirmam que este dever de advertência vale para todos, inclusive
para os particulares, seria a aplicação da eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
Portanto, a imprensa teria a obrigação de advertir o agente acerca do seu direito de
permanecer calado.
2ºC: STF, no entanto, não adota tal posicionamento. Assim, o dever de advertência vale
apenas para o Estado. Nesse sentindo, STF HC 99.558/ES:
DESDOBRAMENTO DO PRINCÍPIO
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Prova não invasiva, sem proteção do referido princípio, é aquela em que não há
penetração no organismo humano. Admite-se a coleta, mas não deve ser retirada do corpo.
Por exemplo, o fio de cabelo coletado de um pente, o mesmo vale para a coleta de lixo,
de placenta descartada (Glória Trevi).
STF: “(...) Coleta de material biológico da placenta, com propósito de se fazer exame de
DNA, para averiguação de paternidade do nascituro, embora a oposição da extraditanda.
(....) Mantida a determinação ao Diretor do Hospital Regional da Asa Norte, quanto à
realização da coleta da placenta do filho da extraditanda. (...) Bens jurídicos constitucionais
como “moralidade administrativa”, “persecução penal pública” e “segurança pública” que
se acrescem, - como bens da comunidade, na expressão de Canotilho, - ao direito
fundamental à honra (CF, art. 5°, X), bem assim direito à honra e à imagem de policiais
federais acusados de estupro da extraditanda, nas dependências da Polícia Federal, e direito
à imagem da própria instituição, em confronto com o alegado direito da reclamante à
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Ressalta-se que o raio-x, segundo o STJ (HC 149.146/SP), é considerado prova não
invasiva. Logo, poderá ser realizado mesmo contra a vontade do indivíduo.
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III. Duplo grau de jurisdição: NÃO é princípio constitucional expresso, embora exista
doutrina que defenda ser decorrência da ampla defesa;
IV. Juiz imparcial/natural: consiste no direito que cada cidadão possui de conhecer
antecipadamente a autoridade jurisdicional que o processará e o julgará.
Só podem exercer jurisdição os órgãos instituídos pela Constituição;
Ninguém pode ser julgado por órgão instituído após o fato;
Entre os juízes pré-constituídos vigoram regras de competência que excluem
qualquer tipo de discricionariedade.
VI. Oficialidade: A atividade de persecução criminal deve ocorrer por órgão oficial.
Aplicável à ação penal pública;
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IX. Vedação ao bis in idem: O indivíduo não pode ser condenado, nem cumprir pena
pelo mesmo crime mais de uma vez;
II. Princípio da oralidade: A prova oral prevalece sobre a escrita. Desse princípio
decorre:
Princípio da concentração: Toda a colheita de prova e julgamento devem ocorrer
em uma única audiência;
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III. Indivisibilidade da ação penal privada: NÃO pode o ofendido escolher contra
qual agente ofertará a ação penal privada.
* ATENÇÃO: Para o STF, a ação penal pública é divisível, pois o MP pode, até sentença
final, incluir novos agentes por aditamento à denúncia ou oferecer nova ação penal, caso
já prolatada sentença no feito. Todavia, para doutrina majoritária, prevalece a
indivisibilidade.
a) Lei processual no tempo: Pelo princípio do efeito imediato, a lei processual penal
aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos praticados sob a vigência da lei
anterior (art. 2º, CPP) – tempus regit actum. Como consequência, a lei processual penal será
aplicada de imediato, seja benéfica ou maléfica (não se aplica o princípio da retroatividade
da lei benéfica, como ocorre no Direito Penal).
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b) Lei processual no espaço: “Ao contrário do que ocorre no Direito Penal, onde se
trava longa e complexa discussão sobre a extraterritorialidade da lei penal, no processo
penal a situação é mais simples. Aqui vige o princípio da territorialidade. As normas
processuais penais brasileiras só se aplicam no território nacional, não tendo qualquer
possibilidade de eficácia extraterritorial” (LOPES, 2018. p. 72).
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Art. 1º - O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código,
ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de
Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade;
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial;
V - os processos por crimes de imprensa.
Parágrafo único - Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos
nºs. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
c) Lei processual em relação às pessoas: Conforme art. 1º, do CPP, é possível que
sejam instituídas imunidades da lei processual penal, seja em virtude de tratados
internacionais (imunidade diplomáticas e de chefes de governos estrangeiros) ou por
regras constitucionais (imunidades e regras de competência).
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* ATENÇÃO:
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3
Sobre a presunção da imunidade por palavras e expressões proferidas dentro da Casa Parlamentar, o
STF, no Inq 3932/DF e Pet 5243/DF, de Relatoria do Min. Luiz Fux, julgado em 21/06/2016 (INF 831),
recebeu denúncia contra o Dep. Jair Bolsonaro, pela incitação ao crime, ao pronunciar, em acalorada
discussão no plenário, que a também Dep. Federal Maria do Rosário “não merecia ser estuprada”. Para
melhor compreensão de interessante julgado, sugerimos a leitura:
http://www.dizerodireito.com.br/2016/07/entenda-decisao-do-stf-que-recebeu.html
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apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em
razão dele.
Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado
como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser
julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal.
Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no
mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas,
também não haverá foro privilegiado.
Foi fixada, portanto, a seguinte tese:
O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante
o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018.
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a)A lei processual penal aplica-se desde logo, conformando um complexo de princípios e regras
processuais penais próprios, vedada a suplementação pelos princípios gerais de direito.
b)A superveniência de lei processual penal que modifique determinado procedimento determina a
renovação dos atos já praticados.
c)A lei processual penal não admite interpretação extensiva, ainda que admita aplicação analógica.
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d)Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra
autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo
razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.
e)Em caso de superveniência de leis processuais penais híbridas, prevalece o aspecto instrumental da
norma.
a)a imunidade parlamentar estende-se ao corréu sem essa prerrogativa (Súmula 245).
b)para requerer revisão criminal, o condenado deve recolher-se à prisão (Súmula 393).
c)só é licito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou terceiros, sem, contudo, necessidade de a autoridade policial
justificar a utilização por escrito (Súmula Vinculante 11).
d)é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciá-
ria, digam respeito ao exercício do direito de defesa (Súmula Vinculante 14).
e)a homologação da transação penal prevista no art. 76 da Lei no 9.099/95 faz coisa julgada material e,
descumpridas suas cláusulas, retorna-se à situação anterior, possibilitando ao Ministério Público a
continuidade da persecução penal (Súmula Vinculante 35).
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e)com o suplemento dos princípios gerais de direito sem admitir, contudo, interpretação extensiva e
aplicação analógica.
a)estado de inocência.
b)contraditório.
c)promotor natural.
d)ne eat judex ultra petita partium.
e)favor rei.
I Em atendimento ao princípio da legalidade, no processo penal brasileiro são inadmissíveis provas não
previstas expressamente no CPP.
II Caso a infração tenha deixado vestígio, a confissão do acusado não acarretará a dispensa da prova
pericial.
III Havendo evidências da participação do indiciado em organização criminosa, a autoridade policial
poderá determinar a quebra do sigilo da sua comunicação telefônica como forma de instruir investigação
criminal.
IV A prova obtida por meios ilícitos não constitui suporte jurídico capaz de ensejar sentença
condenatória, ainda que corroborada pela confissão do acusado.
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a)I e II.
b)l e III.
c)II e IV.
d)I, III e IV.
e)II, III e IV.
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Com relação às regras da lei processual no espaço e no tempo, o Código de Processo Penal vigente adota,
respectivamente, os princípios da lex fori e da aplicação imediata. Com base nessa informação, é correto
afirmar que
a)as normas do Código de Processo Penal vigente são inaplicáveis, ainda que subsidiariamente, no âmbito
da Justiça Militar e aos processos da competência do tribunal especial.
b)delegado de polícia estadual, que é informado , sobre a prática de crime cometido por promotor de
justiça estadual, está autorizado expressamente por lei, a instaurar inquérito policial para a apuração dos
fatos.
c)é possível a prisão em flagrante de magistrado estadual por delegado de polícia estadual, quando se
tratar de crime inafiançável, sendo obrigatória apenas a comunicação ao presidente do tribunal de justiça
a que estiver vinculado para evitar vício do ato.
d)a lei processual penal tem aplicação aos processos em trâmite no território brasileiro, contudo, uma
hipótese de exclusão da jurisdição pátria é a imunidade dos agentes diplomáticos e seus familiares que
com eles vivam.
e)a lei processual penal atende a regra do tempus reígit actum, porém a repetição de atos processuais
anteriores é exigida por lei em observância da interpretação constitucional, além disso, não é possível
alcançar os processos que apuram condutas delitivas consumadas antes da sua vigência.
a)Juca está sendo acusado de crime, porém alega que é inocente e tudo não passa de um plano vingativo
elaborado por seu desafeto político. No intuito de provar sua inocência, Juca contrata investigador
particular, o qual instala sistema de captação de imagem e som clandestinamente no escritório do seu
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desafeto. Por meio das imagens e som gravados, Juca consegue extrair conversa que prova
indubitavelmente não ser ele autor do crime denunciado e faz a juntada nos autos do processo judicial.
b)Um grupo de policiais civis estava executando operação contra o tráfico na cidade de Campo Grande-
MS, quando suspeitou que Arnolgildo estaria filmando toda ação policial. Por esse motivo, Arnolgildo
foi então abordado pelos policiais civis, os quais, sem a existência de mandado judicial, efetuaram uma
busca na sua residência e localizaram 9 gramas de crack e 0,4 gramas de cocaína. Arnolgildo foi preso em
flagrante pela acusação de tráfico de drogas.
c)Autorizada interceptação telefônica em face de Diná Sabino de acordo com os ditames legais, ao
término, é extraída prova da prática de delito por esta. No entanto, as conversas de cunho probatório são
aquelas que haviam sido realizadas entre Diná Sabino e seu advogado, quando a primeira confessa a
prática de crimes e requer orientação de como proceder para ser inocentada.
d)Ao cumprir mandado de busca e apreensão em investigação de crime de homicídio, os policiais acessam
os computadores da residência do investigado e levantam diversos dados que demonstram a coautoria
do vizinho. Dessa forma, os policiais estendem informalmente o mandado judicial e cumprem a
diligência, também, na residência do vizinho, em observância ao princípio da celeridade processual.
e)Chegou ao conhecimento da autoridade policial que determinado caminhão estava transportando alta
quantidade de drogas. Em cumprimento de mandado judicial, foram realizadas busca e apreensão do
veículo, confirmando-se o fato. No decorrer do processo judicial, constatou-se que o crime havia sido
descoberto no 16° dia do início de interceptação telefônica, deferida judicialmente pelo prazo inicial de
30 dias. Verificou-se, ainda, que houve pedido de prorrogação após um dia do término do prazo inicial.
a)O princípio da ampla defesa se desdobra na defesa técnica e na autodefesa. A primeira indisponível,
ainda que acusado seja ausente ou foragido; e a segunda quando realizada de forma negativa implica no
silêncio do acusado ou omissão, sendo irrenunciável, pois do contrário poderia acarretar prejuízo ao réu.
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b)Nos casos de prisão em flagrante, é obrigatória a comunicação de advogado indicado pelo preso e a
presença desse profissional no interrogatório do indiciado, em observância ao princípio do contraditório
e sob pena de nulidade absoluta de eventual processo judicial.
c)O princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade está previsto na Constituição Federal e
impõe o dever de tratamento do réu como inocente apenas na dimensão interna do processo, ou seja,
atribui ao acusador demonstrar a culpabilidade do acusado e não este sua inocência.
d)O princípio do juiz natural não é violado com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de
jurisdição para o processo e julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas, nem com a
convocação de juízes de primeiro grau para compor órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação
de recursos em segundo grau de jurisdição.
e)O princípio da motivação das decisões judiciais é corolário do sistema acusatório e deve ser observado
em todas as fases processuais, por isso é firme o entendimento dos Tribunais que rechaça a motivação
per relationem na decretação da prisão preventiva.
a)O fato de o réu estar sendo processado por outros crimes e respondendo a outros inquéritos policiais
é suficiente para justificar a manutenção da constrição cautelar.
b)A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito.
c)É nulo o inquérito policial instaurado a partir da prisão em flagrante dos acusados, quando a autoridade
policial tenha tomado conhecimento prévio dos fatos por meio de denúncia anônima.
d)Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, existência de inquéritos policiais ou de ações
penais sem trânsito em julgado pode ser considerada como mau antecedentes criminais para fins de
dosimetria da pena.
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e)A constatação de situação de flagrância, posterior ao ingresso, justifica a entrada forçada em domicílio
sem determinação judicial, sendo desnecessário o controle judicial posterior à execução da medida.
a)As provas ilícitas são inadmissíveis e a ilicitude só poderá ser excluída, excepcionalmente, em razão da
boa fé do agente, nos casos de organização criminosa e tráfico.
b)As provas ilícitas são inadmissíveis, sendo a doutrina pacífica no sentido de que não podem servir nem
mesmo quando forem as únicas capazes de demonstrar a inocência do réu.
c)As informações colhidas na fase do inquérito que dão esteio à acusação devem guardar perfeita
obediência ao princípio da legalidade sobre pena de refletir na rejeição da denúncia por falta de justa
causa produzida licitamente.
d)As provas derivadas das ilícitas não são alcançadas pela inadmissibilidade.
e)Em nenhuma hipótese os vícios do inquérito policial serão considerados, uma vez que se trata de fase
administrativa que não contamina o processo penal.
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a)Não se inclui na garantia da ampla defesa, como consectário desta o direito à inviolabilidade da pessoa,
dos documentos e do local de trabalho do defensor técnico.
b)O contraditório é a organização dialética do processo através de tese e antítese legitimadoras da síntese,
é a afirmação e negação. Ou seja, os atos processuais se desenvolvem de forma unilateral, o que se chama
unilateralidade dos atos processuais.
c)No processo penal brasileiro, apesar de inúmeros princípios que lhe emprestam um caráter
democrático, não vigora o princípio da identidade física do juiz.
d)A teoria dos cinco componentes, ao proteger a integridade física e espiritual do homem, bem como a
Fórmula Objeto de Dürig, ao dizer que a dignidade humana é violada sempre que o homem for
coisificado, são importantes contribuições teóricas para a compreensão das dimensões da dignidade e sua
repercussão sobre o processo penal, notadamente no que diz respeito às provas.
e)Para a teoria do não prazo, a duração razoável do processo deve ser definida pelo legislador, inclusive
em atenção ao princípio da legalidade. Esta inclusive é a orientação do Tribunal Europeu de Direitos
Humanos e da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
a)O Código de Processo Penal normatiza o processamento das relações processuais penais em curso
perante todos os juízos e tribunais brasileiros, aplicando-se, em caráter subsidiário, as normas
procedimentais que versem sobre matérias especiais.
b)Segundo entendimento expendido pelo STF, a atração por continência ou conexão do processo do
corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados constitui violação das garantias do juiz
natural e da ampla defesa.
c)A gravação ambiental por meio de fita magnética, de conversa entre presentes, feita por um dos
interlocutores sem o conhecimento do outro é considerada prova ilícita, pois viola preceito
constitucional.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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d)O princípio da extraterritorialidade adotado pelo direito processual penal brasileiro não ofende a
soberania de outros Estados, já que os ordenamentos jurídicos de todas as nações convergem para o
combate às condutas delitivas.
e)A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos que se iniciarem após a
sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos
processos que apurarem condutas delitivas ocorridas antes da sua vigência.
a)O descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não manter contato com pessoa
determinada é motivo suficiente para o juiz determinar a substituição da medida por prisão preventiva,
já que a aplicação de outra medida representaria ofensa ao poder imperativo do Estado além de ser
incompatível com o instituto das medidas cautelares.
b)Concedida ao acusado a liberdade provisória mediante fiança, será inaplicável a sua cumulação com
outra medida cautelar tal como a proibição de ausentar-se da comarca ou o monitoramento eletrônico.
c)Compete ao juiz e não ao delegado a concessão de liberdade provisória, mediante pagamento de fiança,
a acusado de crime hediondo ou tráfico ilícito de entorpecente.
d)Caso, após sentença condenatória, advenha a prescrição da pretensão punitiva e seja declarada extinta
a punibilidade por essa razão, os valores recolhidos a título de fiança serão integralmente restituídos
àquele que a prestou.
e)Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa que, firmada por
advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado para o acusado.
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a)Sobre a duração razoável do processo, duas teorias buscam reger sua aplicação, a saber: a teoria do não
prazo e a teoria do prazo fixo.
b)O princípio da dignidade da pessoa humana é um conceito vago e indeterminado e idéias kantianas de
autonomia não contribuem para sua determinação.
c)A duração razoável do processo é uma norma programática e por isso não possui qualquer eficácia
imediata, dependendo totalmente de norma regulamentadora.
d)O princípio Nemo tenetur se detegere tal qual expresso na jurisprudência do STF traduz-se,
exclusivamente, no direito ao silêncio.
e)Para o STF, o princípio da presunção de inocência não possui eficácia irradiante.
1. “Esse princípio fundamental de civilidade representa o fruto de uma opção garantista a favor da tutela
da imunidade dos inocentes” (Luigi Ferrajoli).
2. “Basta ao corpo social que os culpados sejam geralmente punidos, pois é seu maior interesse que todos
os inocentes sem exceção sejam protegidos" (Lauzé di Peret).
3. “A metafísica do direito penal propriamente dita é destinada a proteger os culpados dos excessos da
autoridade social; a metafísica do direito processual tem por missão proteger dos abusos e dos erros da
autoridade todos os cidadãos inocentes e honestos" (Francesco Carrara).
Qual princípio a seguir melhor sintetiza o conteúdo, as idéias e as preocupações acima expostas?
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a)I e II.
b)I, II e III.
c)I e III.
d)III e IV.
e)I, II e IV.
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Respostas 01: E 02: D 03: D 04: D 05: E 06: C 07: C 08: E 09: D 10: A 11: D
12: B 13: C 14: D 15: E 16: E 17: A 18: E 19: C 20: E
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META 03
1) Necessária Distinção
b) Fato Jurídico – Quando os fatos interferem nas relações travadas entre pessoas e, por
isso, precisam de regulamentação por meio de normas jurídicas. Podem se subdividir em:
b.1. Fatos da Natureza (fatos jurídicos strictu sensu) – ex: Nascimento e morte
b.2. Fatos de Pessoas (atos jurídicos) – Ato humano que manifesta vontade de
forma a interferir no direito.
FATO – Acontecimento
ATO – Manifestação de Vontade
- Nem todo ato praticado pela Administração Pública é ato administrativo, sendo o ato
da administração mais amplo do que a noção de ato administrativo, uma vez que
este é espécie daquele, podendo ser divididos em:
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO entende que esses atos NÃO
seriam propriamente administrativos, mas atos de governo, já que seu fundamento
de encontra na CF e, por isso, inexistiriam parâmetros prévios de controle. Por
outro lado, são esses os atos que permitem a condução das políticas, diretrizes e
estratégias do governo, comportando tais atos maior discricionariedade para os
governantes.
b) Atos Privados – São os atos da Administração Pública regidos pelo direito privado,
em que a Administração atua sem prerrogativas, como se particular fosse.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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d) Atos Administrativos – Atos por meio dos quais a Administração atua por meio da
função administrativa, sob o regime de direito público e ensejando a manifestação do
Estado ou de quem lhe faça as vezes. Podem ser praticados ou não pela Administração
Pública, haja vista que podem ser delegados.
3) Atos Administrativos
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4.1. COMPETÊNCIA
a) Disposições Gerais
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b) Características da competência
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- IMPRORROGÁVEL – Não pode ser atribuída ao agente público pelo fato de ter
praticado o ato para o qual não tinha atribuição, sem que houvesse objeção por parte de
terceiros, devendo o agente público manter a sua competência originária;
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JUDICIAL => Esse entendimento se respalda no fato de que o ato praticado por
delegação deve ser considerado praticado pelo agente delegado.
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4.2. FINALIDADE
- É escopo do ato, sendo tudo aquilo que se busca proteger com a prática do ato.
OBS: Em determinadas situações, o ato é praticado no interesse público, mas com desvio
da finalidade específica, a exemplo de quando se exonera um servidor público com a
intenção de puni-lo. Assim, sendo violada a finalidade específica, mesmo que o agente
esteja buscando o interesse público, há o desvio de finalidade.
- Ainda que o Administrador Público NÃO atue com a intenção de satisfazer interesses
pessoais, a prática do ato com a intenção de alcançar finalidade diversa da expressamente
imposta na regra que a definiu configura vício, por desvio de poder, SALVO nos casos de
tredestinação lícita, na desapropriação.
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4.3. FORMA
- Os atos administrativos devem ser praticados por escrito, em língua portuguesa, salvo
em algumas exceções.
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- A forma NÃO configura a essência do ato – finalidade estatal -, mas tão somente
o instrumento necessário para que a conduta administrativa alcance os seus
objetivos.
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- O vício de forma é sanável quando não gerar prejuízo ao interesse público nem a
terceiros, devendo ser mantido o ato viciado. No entanto, em algumas situações, o
vício de forma é insanável, por atingir diretamente o próprio conteúdo do ato.
4.4. MOTIVO
- Para que o motivo do ato seja válido, e consequentemente não haja irregularidades, exige-
se que o fato narrado no ato praticado seja real e efetivamente tenha ocorrido da forma
como descrita na conduta estatal, bem como a situação fática perpetrada pelo particular
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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- Deve haver adequação entre o motivo que deu ensejo à prática do ato e o resultado a ser
obtido pela atuação estatal propriamente dita (para alguns doutrinadores, isso seria a
causa do ato administrativo, configurando-se pressuposto de validade da
conduta).
- Teoria dos motivos determinantes -> Os motivos que determinaram a prática do ato,
vinculam esse ato. Uma vez apresentados os motivos do ato, devem eles ser
verdadeiros, devem possuir consonância com a realidade. Tem incidência mesmo nos
casos em que a motivação não seja obrigatória, mas o administrador opte por apontá-la.
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4.5. OBJETO
- É aquilo que o ato dispõe, é o efeito causado pelo ato administrativo no mundo jurídico,
em virtude de sua prática.
- Para que o ato administrativo seja válido, o objeto deve ser lícito, possível e determinável
ou determinado.
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Para MOTIVO E OBJETO, por serem discricionários, não pode haver controle
pelo Judiciário, conforme maioria da doutrina, já que se refere à conveniência e
oportunidade do administrador público. Logo, o Poder Judiciário pode controlar a
legalidade, mas não o mérito dos atos administrativos discricionários.
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Sujeito Competente – o ato administrativo deve ser praticado por alguém com
legitimação;
Motivo
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=> VIDE SÚMULA 312 STJ: No processo administrativo para a imposição de multa de
trânsito, são necessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da
infração.
f) Tipicidade (Di Pietro) – Seria a exigência de que todo ato administrativo esteja
previsto em lei. Em verdade, não é prerrogativa concedida ao ente estatal, mas limitação
para a prática de atos não previamente estipulados por lei.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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- Decorre do cumprimento das etapas previstas em lei, necessárias à formação do ato. Isso
ocorre pois todo ato administrativo é formalizado por procedimento administrativo
prévio.
- O ato perfeito NÃO é retratável, mas pode ser revisado ou anulado (princípio da
autotutela).
- Aferida quando todas as etapas realizadas estiverem de acordo com a Lei. A validade é a
compatibilidade entre o ato jurídico e o disposto na norma legal
- É segundo plano de análise dos atos administrativos, só podendo ser analisado de o ato
for ao menos existente (perfeito).
7.3. Eficácia
- Aptidão para a produção de efeitos concedida ao ato administrativo. Alguns têm eficácia
imediata, logo após a publicação, mas outros podem ter sido editados com previsão de
termos iniciais ou condições suspensivas, sendo atos ineficazes enquanto a situação de
pendência não for resolvida.
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JOSÉ DOS SANTOS CARVAHO FILHO discorda, ao entender que o ato que
completou o seu ciclo de formação é eficaz, ainda que depende de termo ou
condição futuros para ser executado, posto que, no seu entender, termo e condição
podem ser óbices à imperatividade do ato, mas nem por isso descaracterizariam a
sua eficácia => Ocorre que o autor diferencia eficácia de exequibilidade,
considerando que esta pode ser obstada por previsão no próprio ato, opinião da
qual discorda a doutrina majoritária.
- Atos Administrativos Pendentes: São os atos perfeitos e válidos que ainda não estão
aptos a produzir efeitos em decorrência da pendência de alguma condição ou termo.
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a) Ato perfeito, válido e eficaz – Quando o ato cumpre todas as etapas de sua formação
e a conduta é praticada dentro dos limites definidos pela lei;
b) Perfeito, válido e ineficaz – O ato cumpriu todas as etapas de formação e foi expedido
em conformidade com a Lei, mas não está apto a produzir efeitos por depender de termo
ou condição, ou ainda de publicidade = >ATOS ADMINISTRATIVOS
PENDENTES
c) Perfeito, inválido e eficaz – Não corresponde às normas legais definidas para a sua
prática, no entanto produzirá efeitos até que seja declarada a irregularidade.
d) Perfeito, inválido e ineficaz – Sempre que a ilegalidade do ato for demonstrada, NÃO
poderá produzir efeitos contrários àqueles definidos na legislação que trata da sua edição.
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- Atos Vinculados: Definidos em lei que não confere ao agente público qualquer margem
de escolha.
- Atos Discricionários: Não obstante regulamentados por lei, admitem uma análise de
pressupostos subjetivos pelo ente estatal. A lei confere ao Administrador uma margem de
atuação, dentro dos limites estipulados pela Legislação.
- Ato Simples: Para a sua formação depende de uma única manifestação de vontade;
- Ato Composto: Para a sua perfeição depende de mais de uma manifestação de vontade,
sendo compostos por uma vontade principal ( ato principal) + vontade que ratifica esta
(ato acessório). Composto de dois atos, geralmente do mesmo órgão público, em mesmo
patamar de igualdade. – Ato composto é formado pela manifestação de vontade de um
único órgão, sendo apenas ratificado por outra autoridade.
Ex: Atos administrativos que dependem de visto/ homologação da autoridade revisora.
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- Atos de império – Aqueles nos quais a Administração atua com prerrogativa de Poder
Público, valendo-se da supremacia do interesse público sobre o privado;
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- Atos abstratos – Definem regra genérica que deverá ser aplicada sempre que a situação
descrita no ato ocorrer de fato.
- Ato modificativo – Altera situação já existente, sem que seja extinta, NÃO retirando
direitos e obrigações. Ex: alterar horário de atendimento.
- Atos Restritivos – Atos que impõem obrigações ou aplica penalidades aos destinatários,
sempre dentro dos limites da lei, como uma multa de trânsito.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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- Ato administrativo em sentido formal são aqueles que possuem a forma de ato
administrativo, mas são dotados dos atributos de abstração e generalidade, tais como
as instruções normativas e regulamentos.
- Ato administrativo em sentido material são aqueles voltados para uma situação
determinada, individualizada, ainda que inclua mais de uma pessoa.
- Atos simples -> é aquele que está perfeito e acabado com a manifestação de vontade de
um único órgão;
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- São atos gerais e abstratos que geram obrigações a uma quantidade indeterminada de
pessoas.
- Enseja a produção de normas gerais, sempre inferiores aos comandos legais, NÃO
podendo inovar no OJ.
II –Aviso – Ato normativo expedido pelos órgãos auxiliares direto do Poder Executivo
(Ministérios ou Secretarias), a fim de dar conhecimento à sociedade de determinado
assunto ligado à atividade fim daquele Órgão. Para alguns doutrinadores, seria espécie de
ato ordinatório.
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AUTORIZAÇÃO X PERMISSÃO
A) Doutrina Tradicional
* Autorização de uso – Ato adequado para o uso de bem público em
situações mais transitórias, como no caso de fechar uma rua para festa
ocasional;
* Permissão – Caráter mais permanente ou duradouro que a autorização.
Ex: Banca de Revistas a ser colocada em determinada calçada.
B) Doutrina Moderna
* Autorização de uso – Concedida no interesse particular.
* Permissão – Sempre concedida no interesse público. Apesar de ser ato
discricionário, deve ser precedida de licitação sempre que houver mais de
um interessado em usufruir do benefício.
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III – Licença – Ato de polícia através do qual o Poder Público permite a realização de
determinada atividade sujeita à fiscalização do Estado.
- A licença é ato vinculado e NÃO pode ser revogada nem pela administração, nem pelo
judiciário.
- Se for licença para construção e reforma, a jurisprudência entende ser possível a sua
revogação, desde que justificada por razões e interesse público superveniente, caso em que
o ente estatal deverá indenizar o particular pelos prejuízos comprovados.
IV – Admissão – Ato unilateral e vinculado pelo qual o poder público permite que o
particular usufrua de determinado serviço público, mediante a inclusão em um
estabelecimento público. Ex: admissão em hospitais públicos.
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9.4. Atos Enunciativos – NÃO produzem efeitos e NÃO podem ser revogados.
Certificam ou atestam uma situação existente, NÃO contendo manifestação de vontade
da Administração. Por isso, NÃO produzem efeitos e NÃO podem ser revogados.
III – Apostila ou Averbação – Ato administrativo pelo qual o ente estatal acrescenta
informações constantes em registro público.
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IV – Parecer – ato administrativo por meio do qual se emite opinião de órgão consultivo
do Poder Público sobre assunto de sua competência, assuntos técnicos ou de natureza
jurídica.
- O parecer pode ser facultativo, nas situações em que não é obrigatória a sua
emissão para a prática regular do ato administrativo, sendo obrigatório nas
hipóteses em que a apresentação do ato opinativo é indispensável à regularidade
do ato, casos em que a ausência do parecer enseja a nulidade do ato por vício de
forma.
- Mesmo quando obrigatório, o parecer NÃO tem natureza vinculante, sendo somente
ato que manifesta opinião técnica sobre determinado assunto de interesse da
Administração Pública => A conclusão NÃO obriga a administração pública.
- Atos por meio dos quais o Poder Público determina a aplicação de sanções em face do
cometimento de infrações administrativas pelos servidores públicos ou particulares.
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10.1. Extinção Natural – Ocorre quando o ato já cumpriu todos os efeitos nele dispostos
ou pelo advento do termo final ou prazo ou ainda mediante o esgotamento do conteúdo
jurídica desta conduta.
10.2. Renúncia – É forma de extinção que se aplica somente para atos ampliativos, que
geram direitos a particulares, por não ser possível renunciar a obrigações.
10.3. Desaparecimento da pessoa ou coisa sobre a qual o ato recai – Situação na qual
o desfazimento do ato decorre do desaparecimento do seu objeto ou do sujeito ao qual
ele se destina.
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10.4. Retirada – Extinção de uma determinada conduta estatal, mediante a edição de ato
concreto que a desfaça. É forma de extinção precoce do ato administrativo.
10.5. Anulação
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- NÃO existe direito adquirido à manutenção de ato nulo no ordenamento jurídico, mas
tão somente a manutenção de determinados efeitos deste ato.
- STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando ilegais (autotutela).
Porém, se a invalidação desses atos repercute em interesses individuais, será necessária a
instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a
ampla defesa.
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II – Atos Irrevogáveis;
III – Atos que geram direitos adquiridos;
IV – Atos Vinculados – Pois NÃO admitem análise de oportunidade e
conveniência.
V – Atos Enunciativos;
VI – Atos de Controle;
VII – Atos Complexos
Resposta: Errado.
Fundamentação:
Como visto, apenas a revogação produz efeitos prospectivos (ex nunc).
A anulação, via de regram, produz efeitos retrospectivos (ex tunc).
10.7. Cassação
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Resposta: Errado.
Fundamentação:
A primeira parte da assertiva, que trata da anulação, está correta.
Entretanto, como visto, a cassação é a forma de extinção do ato
administrativo decorrente do descumprimento das condições do ato. Já
a revogação ocorre por razões de conveniência e oportunidade.
10.8. Caducidade
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- Ocorre nas situações em que um ato administrativo novo se contrapõe a um ato anterior
extinguindo seus efeitos. Não de trata de ilegalidade originária, mas da impossibilidade de
manutenção do ato, por colidir com ato novo que trata da matéria.
O que ocorre com a estabilização é que tais efeitos passam a ser vistos como se
decorrentes de ato legal fossem. Ex: TEORIA DO FUNCIONÁRIO DE FATO
( São válidos os efeitos dos atos praticados por agentes públicos regularmente
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Referências bibliográficas:
Rafael Carvalho Resende Oliveira. Curso de Direito Administrativo
Matheus Carvalho: Manual de Direito Administrativo
Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Curso de Direito Administrativo.
José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo.
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e
produzem efeitos prospectivos.
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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a) converter a permissão em autorização, por ser esta última ato precário para o qual se
exige o atendimento a um número menor de condições.
b) evitar realizar qualquer ato adicional relativo a esse processo até que se encerre a
apuração preliminar que deverá, necessariamente, ser aberta para apurar eventual dolo na
conduta da autoridade.
c) anular a autorização concedida anteriormente, pois o ato jurídico de autorização será
não existente.
d) convalidar o ato, corrigindo o defeito sanável contido no ato anterior, garantindo, assim,
a estabilidade das relações já constituídas.
e) anular a autorização concedida anteriormente, pois o ato jurídico de autorização será
inexistente, em face da ausência de atendimento estrito ao previsto na legislação.
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e) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício
no ato administrativo.
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a) enunciativos.
b) normativos.
c) punitivos.
d) ordinatórios.
e) vinculados.
a) objeto e finalidade.
b) motivo e competência.
c) motivo e objeto.
d) competência e forma.
e) finalidade e forma.
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a) o ato de anulação do ato que havia concedido vantagem pecuniária ofendeu diretamente
o princípio da proporcionalidade.
b) o ato de anulação foi legal, pois atendeu a todos os preceitos legais e jurisprudenciais
sobre a extinção dos atos administrativos.
c) o correto seria a revogação do ato, e não a sua anulação.
d) a declaração de nulidade do ato é nula de pleno direito, pois ocorreu a decadência do
direito.
e) o princípio da autotutela da administração pública protege o ato de anulação
determinado pelo governo.
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a) A exigibilidade dos atos administrativos ocorre quando, por meios da coação direta, a
administração pública executa diretamente o ato desrespeitado, fundamentadamente em
nome da supremacia do interesse público e da indisponibilidade deste interesse.
b) Os atos administrativos devem ser editados conforme disposições legais, a chamada
presunção de veracidade. Esta presunção é absoluta, júris tantum. O ato goza de fé pública,
devendo o particular lesado fazer provas de negativa dos fatos.
c) Os atos administrativos possuem a presunção de serem verdadeiros, a chamada
presunção de veracidade, sendo essa presunção absoluta, juris et jure. O ato goza de fé
pública, devendo o particular lesado fazer provas de negativa dos fatos.
d) Todos os atos administrativos são imperativos, ou seja, obrigam de forma unilateral o
particular, encontrando limite na legalidade em sentido estrito. A exceção ao atributo da
imperatividade são os atos ilícitos, que não devem ser cumpridos pelo administrado,
prescindindo de manifestação judicial.
e) O poder público poderá executar atos administrativos diretamente ante a inexecução
de obrigação pelo particular, atributo que recebe o nome de autoexecutoriedade, que
prescinde da participação do poder judiciário.
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Respostas: 01:E 02:C 03:E 04:E 05:D 06:D 07:A 08:A 09:D 10:D 11:E
12:A 13:E 14:D 15:E
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META 04
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Uma nova lei, que disciplinou integralmente matéria antes regulada por outra norma,
foi publicada oficialmente sem estabelecer data para a sua entrada em vigor e sem
prever prazo de sua vigência. Sessenta dias após a publicação oficial dessa nova lei, foi
ajuizada uma ação em que as partes discutem um contrato firmado anos antes sobre o
assunto objeto das referidas normas.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
No momento do ajuizamento da ação, a nova lei já estava em vigor.
Resposta: Correto
184
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Artigo 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito.
* Importante ressaltar que a EQUIDADE não se encontra nestes artigos, mas alguns
doutrinadores, como Maria Helena Diniz, a inclui nas formas de integração da lei. No
Direito Tributário, é expressa a equidade como forma de integração da lei no
art. 108, inciso IV, do CTN.
186
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ATENÇÃO: A interpretação pode ocorrer sempre, mesmo que a lei seja clara. Em
contrapartida, a integração depende da existência de LACUNAS que, por sua vez, podem
ser:
AUTÊNTICAS (PRÓPRIAS) – ocorrem quando o legislador não identificou
uma hipótese.
NÃO-AUTÊNTICAS (IMPRÓPRIAS) – o legislador previu, mas preferiu não
tratar sobre o assunto.
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II. Costumes: São as práticas e usos reiterados, de conteúdo lícito e com relevância
jurídica. Podem ser:
Costume segundo a lei (secundum legem: Incide quando há referência expressa ao
costume no texto legal.
Costume na falta da lei (praeter legem): É aplicado quando a lei for omissa, sendo
denominado de costume integrativo.
Costume contra a lei (contra legem): É a aplicação do costume contraria a lei. Nesse
caso, há abuso de direito.
III. Princípios gerais do Direito: São as ideias centrais do sistema, estabelecendo suas
diretrizes e dando um conteúdo harmonioso, lógico e racional.
1.2. Antinomias
São o choques de duas normas jurídicas emanadas de autoridade competente.
Para a solução desses conflitos, utilizam-se três critérios:
Cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior;
Especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
Hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior.
Atenção: Quanto aos critérios de colisão, as antinomias podem ser classificas em:
De primeiro grau: o choque envolve apenas um dos critérios de solução de
conflito;
De segundo grau: o choque envolve dois critérios de solução de conflito.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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ATENÇÃO:
Se houver
conflitos de segundo grau envolvendo os critérios cronológico e da
especialidade: prevalecerá o da especialidade – Conflito aparente;
Se houver conflitos entre os critérios cronológico e hierárquico: prevalecerá o
hierárquico – Conflito aparente;
Se houver conflito de segundo grau, envolvendo os critérios da especialidade
e hierárquico: haverá conflito real, pois a doutrina aponta o critério hierárquico
como mais forte e, ao seu turno, o critério da especialidade está na CF/88
(princípio da isonomia). caso de conflito real Maria Helena aponta duas soluções:
o Legislativa: A edição de uma terceira norma para estabelecer qual
prevalecerá;
o Judicial: O aplicador do direito escolherá uma das duas normas, tendo
como base os art. 4º e 5º da LINDB – analogia, princípios gerais do direito
e função social da norma.
189
RETA FINAL – DELEGADO CE
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Uma nova lei, que disciplinou integralmente matéria antes regulada por outra norma,
foi publicada oficialmente sem estabelecer data para a sua entrada em vigor e sem
prever prazo de sua vigência. Sessenta dias após a publicação oficial dessa nova lei, foi
ajuizada uma ação em que as partes discutem um contrato firmado anos antes sobre o
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Apesar de a nova lei ter revogado integralmente a anterior, ela não se aplica ao
contrato objeto da ação.
Resposta: Correto
Fundamentação: Conforme prevê o art. 6º da LINDB, a Lei em vigor terá efeito
imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa
julgada.
1.4. Revogação das leis: É a perda de vigência de uma lei em razão do surgimento de
outra lei no ordenamento, incompatível com a primeira. A revogação pode ser:
Total (abrogação);
Parcial (derrogação);
Expressa: Expressamente exclui lei anterior do ordenamento jurídico;
Tácita: A nova lei é absolutamente incompatível com a anterior;
Global: A nova lei disciplina totalmente a matéria disciplinada pela lei anterior;
191
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“Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências
práticas da decisão.
192
RETA FINAL – DELEGADO CE
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Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for
o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional
e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos
sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso,
sejam anormais ou excessivos.”
193
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II – (VETADO);
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
§ 2º (VETADO).”
195
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“Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).”
“Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de
consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio
eletrônico, a qual será considerada na decisão. Vigência
§ 2º (VETADO).”
196
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“Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica
na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a consultas.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, salvo quanto ao art. 29
acrescido à Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro), pelo art. 1º desta Lei, que entrará em vigor após decorridos
180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.
MICHEL TEMER
197
RETA FINAL – DELEGADO CE
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Nesses âmbitos, o art. 20 da LINDB prevê que não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão,
sendo que a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou
da invalidação do ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em
face das possíveis alternativas.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar
a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar
de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o
caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos
198
RETA FINAL – DELEGADO CE
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atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais
ou excessivos.
No tocante à interpretação das normas sobre gestão pública, o art. 22 estabelece que
serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das
políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos administrados. Dessa maneira, as normas
de gestão pública devem ser interpretadas considerando as peculiaridades de cada ente
público, especialmente, por exemplo, dos Municípios – na maioria das vezes menores e
localizados no interior do Estado – onde a estrutura administrativa e técnica é precária.
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autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso,
após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral,
celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só
produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
Esse compromisso tem por escopo buscar solução jurídica proporcional, equânime,
eficiente e compatível com os interesses gerais, não podendo conferir desoneração
permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral
e deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e
as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.
Com relação à responsabilidade civil do agente público, o art. 28 prevê que o mesmo
responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou
erro grosseiro. Ressalta-se, contudo, que essa previsão se afasta da regulamentação
201
RETA FINAL – DELEGADO CE
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O art. 29 estabelece que em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por
autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida
de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio
eletrônico, a qual será considerada na decisão. A convocação conterá a minuta do ato
normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta pública, observadas as
normas legais e regulamentares específicas, se houver. Ressalva-se, apenas, que apenas
esse dispositivo (art. 29) entrará em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação
oficial, que ocorreu em 25/04/2018.
Por fim, o art. 30 dispõe que as autoridades públicas devem atuar para aumentar a
segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a consultas, sendo que esses instrumentos terão caráter
vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.
202
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1. Pessoas Naturais
Pessoa é o ser humano ou entidade com personalidade e aptidão para a titularidade
de direitos e deveres. Nesse sentido, em relação à pessoa natural, é necessário distinguir:
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a) Características:
ABSOLUTO: São oponíveis erga omnes, o que NÃO significa que são
ilimitáveis. Nesse aspecto, são relativos, devendo ser ponderados em caso de
colisão.
GERAIS: Outorgados a todas as pessoas.
EXTRAPATRIMONIAIS: Ausência de conteúdo patrimonial direto, aferível
objetivamente, a exemplo dos danos morais.
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b) Temas Atuais
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III. Direito ao esquecimento: É o direito que uma pessoa possui de não permitir que
um fato, ainda que verídico, ocorrido em determinado momento de sua vida, seja
exposto ao público em geral, causando-lhe sofrimento ou transtornos. Há um conflito
entre a privacidade, honra e intimidade x informação. O STJ possui julgados entendendo
que o ordenamento jurídico tutela o direito ao esquecimento.
* Curiosidade: O caso paradigma do direito ao esquecimento ocorreu na Alemanha,
“Caso Lebach” - Um assassino de soldados alemães, quando estava próximo a ser
libertado, propôs ação para impedir a divulgação de um documentário sobre o crime. O
Tribunal Constitucional Alemão impediu a exibição do documentário, sob o
fundamento de que não havia interesse atual naquela informação, pois o crime já estava
solucionado e julgado, bem como a divulgação causaria prejuízos à ressocialização do
preso que já havia cumprido a pena e pago sua dívida com a sociedade.
207
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- O nascituro NÃO pode com vida, mas o nascituro embora alguns direitos só
ser considerado pessoa, titulariza direitos sejam exercitáveis com o
pois só é considerado submetidos à condição nascimento.
pessoa quem nasce com suspensiva (ou direitos - O nascituro é pessoa
vida. eventuais). desde o momento em que
- O nascituro possui é concebido (o nascituro é
direitos sob condição sujeito de direitos).
auspensiva.
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16 anos completos.
LEGAL: Decorre de previsão legal:
Casamento: Divórcio, morte do cônjuge ou a anulação do casamento, para o cônjuge de
boa-fé, não geram retorno à menoridade;
Exercício de cargo ou emprego público efetivo;
Colação de grau em curso de ensino superior;
Estabelecimento civil ou comercial ou existência de relação de emprego do maior de 16
anos que gerem economia própria.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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a) Espécies de domicílio:
CONVENCIONAL: É aquele que se fixa por ato de vontade própria, ou seja, a
pessoa fixa por ato de vontade, ao se mudar.
LEGAL OU NECESSÁRIO: Determinado por lei e previsto no art. 76:
o Incapaz: Domicílio de seu representante ou assistente;
o Preso: Onde cumpre pena;
o Servidor público: Onde exerce permanentemente as suas funções;
o Militar: Onde está servindo;
o Marítimo: Local da matrícula do navio.
DE ELEIÇÃO OU ESPECIAL (art. 78, CC): É o domicílio previsto em um
contrato.
Referências Bibliográficas:
Flávio Tartuce. Manual de Direito Civil.
Nelson Rosenvald. Curso de Direito Civil – Parte Geral e LINDB.
André Santa Cruz Ramos. Direito Empresarial Esquematizado.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Apesar de a nova lei ter revogado integralmente a anterior, ela não se aplica ao contrato
objeto da ação.
( ) Certo ( ) Errado
214
RETA FINAL – DELEGADO CE
SEMANA 01/12
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
( ) Certo ( ) Errado
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A nova lei começou a vigorar no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada e permanecerá em vigor até que outra lei a modifique ou a revogue.
( ) Certo ( ) Errado
215
RETA FINAL – DELEGADO CE
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A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
O caso hipotético configura repristinação, devendo o julgador, por isso, diante de eventual
conflito de normas, aplicar a lei mais nova e específica.
( ) Certo ( ) Errado
a) Amanda e Mateus.
b) Amanda.
c) Mateus e Tício.
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d) Mateus.
a) que Fernando possui incapacidade absoluta, o que acarreta a proibição total do exercício
dos atos da vida civil, por si só;
b) a personalidade jurídica e capacidade de fato de Fernando tiveram início no dia que este
nasceu com vida;
c) possui incapacidade relativa apenas em razão do critério etário;
d) sendo Fernando uma pessoa moral passou a ter personalidade jurídica no dia do registro
no cartório que confeccionou sua Certidão de Nascimento;
e) possui incapacidade absoluta em virtude de ser pessoa com deficiência.
a) O período de vacatio legis de uma lei de direito material é diferente quando se trata de
norma de direito processual.
b) As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
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RETA FINAL – DELEGADO CE
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a) Com exceção dos casos previstos em lei, o exercício dos direitos de personalidade não
pode sofrer, voluntariamente, limitações, observada a característica da irrenunciabilidade
de tais direitos.
b) Além da possibilidade legal de realização de transplantes e exceto por determinação
médica, é defeso o ato de disposição sobre o próprio corpo quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
c) Não se pode usar o nome de outrem em propaganda comercial sem a devida
autorização.
d) Salvo se necessária à manutenção da ordem pública, a utilização da imagem de uma
pessoa falecida poderá ser proibida, exclusivamente a requerimento de seus ascendentes
ou descendentes, se se destinar a fins comerciais.
e) A intimidade da pessoa natural é inviolável, e o juiz adotará as providências para fazer
cessar ato contrário a esta norma.
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a) nova que estabeleça disposições gerais a respeito de outras já existentes não revogará
leis anteriores.
b) revogada voltará a vigorar se a lei que a revogou for declarada inconstitucional em
controle difuso.
c) revogada não se restaurará se a lei revogadora perder a vigência.
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d) nova que estabeleça disposições especiais a respeito de outras já existentes não revogará
leis anteriores.
e) nova revogará a anterior se regular inteiramente a mesma matéria.
a) o incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Não obstante a regra
da responsabilidade solidária entre os pais, emanada do inciso I, do artigo 932 do Código
Civil, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a mãe que, à época do acidente
provocado por seu filho menor de idade, residia permanentemente em local distinto
daquele no qual morava o menor - sobre quem apenas o pai exercia autoridade de fato -,
não pode ser responsabilizada pela reparação civil advinda do ato ilícito, mesmo
considerando que ela não deixou de deter o poder familiar sobre o filho.
b) o artigo 2° do Código Civil disciplina a tutela jurídica do nascituro. Por consenso da
doutrina jurídica, citado dispositivo legal, é perfeitamente aplicável ao embrião.
c) são absolutamente incapazes de exercerem pessoalmente os atos da vida civil aqueles
que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Nessa
hipótese legal, a incapacidade opera-se automaticamente, sendo desnecessário o processo
de interdição.
d) o Código Civil estabelece que a pessoa com deficiência não poderá testemunhar, salvo
se assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.
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e) o nascituro não tem direito a compensação por danos morais decorrentes da morte de
seu genitor vítima de acidente de trabalho. Aliás, esse entendimento adotado pelo Superior
Tribunal de Justiça coincide com a teoria natalista, adotada pelo Código Civil e pelo
ministro relator da ADI n° 3.510/DF [Lei da Biossegurança].
a) A revogação de lei anterior por lei posterior só ocorre nos casos em que expressamente
declarada.
b) A lei revogada é automaticamente restaurada se a lei revogadora tiver perdido a vigência.
c) O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de apenas um dos nubentes.
d) Salvo disposição em contrário, uma lei começa a vigorar no Brasil sessenta dias depois
de oficialmente publicada.
e) As regras sobre os direitos de família são determinadas pela lei do país em que a pessoa
for domiciliada.
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a) Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será contado
um novo período de vacância para o dispositivo alterado.
b) Caso essa lei tenha revogado dispositivo da legislação anterior, automaticamente
ocorrerá o efeito repristinatório se nela não houver disposição em contrário.
c) A lei irá revogar a legislação anterior caso estabeleça disposições gerais sobre assunto
tratado nessa legislação.
d) Não havendo referência ao período de vacância, a nova lei entra em vigor
imediatamente, sendo eventuais correções em seu texto consideradas nova lei.
e) Não havendo referência ao período de vacância, a lei entrará em vigor, em todo o
território nacional, três meses após sua publicação.
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Respostas: 01:C 02:C 03:C 04:E 05:B 06:C 07:B 08:D 09:A 10:C 11:A
12:E 13:A 14:D
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1. Regime jurídico-administrativo
2. Princípios x regras
a) Princípios:
- Possuem grau de abstração maior do que as regras, pois admitem uma série indefinida
de aplicações.
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- Categorias:
Princípios fundamentais: Representam decisões políticas estruturais do Estado,
servindo de matriz para todas as demais normas constitucionais.
Princípios gerais: Em regra, são importantes especificações dos princípios
fundamentais, possuindo menor grau de abstração e irradiando-se sobre todo
ordenamento jurídico. Ex: Princípio da isonomia e da legalidade.
Princípios setoriais ou especiais: Se aplicam a determinado tema, capítulo ou
título da Constituição. Ex: L.I.M.P.E – Art. 37 CF (princípios explícitos da
Constituição/88).
b) Regras:
- Em alguns casos, o conflito entre regras pode ser resolvido pela dimensão do peso e,
não necessariamente, pelo critério de validade. Ex: vedação à concessão de liminar contra
a Fazenda que esgote o objeto do litígio.
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a) Legalidade (juridicidade)
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b) Princípio da impessoalidade
- Possui duas acepções:
i. Igualdade ou isonomia: A Administração deve dispensar tratamento impessoal e
isonômico aos particulares para atender a finalidade pública;
ii. Proibição de promoção pessoal: Vedação do exercício da máquina pública para
atingir interesses particulares.
- Frise-se que a Lei nº 12. 527/11 (Lei de Acesso à informação) prevê a possibilidade de
restrição ao fornecimento de informações, se imprescindíveis à segurança da sociedade
ou do Estado.
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- STF (Info 782): É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela
Administração Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes
vencimentos e vantagens pecuniárias. A divulgação dos vencimentos dos servidores, a ser
realizada oficialmente, constitui informação de interesse público que não viola a
intimidade e a segurança deles, uma vez que esses dados dizem respeito a agentes públicos
em exercício nessa qualidade.
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- Subdivide-se em 03 subprincípios:
i. Adequação ou idoneidade: o ato estatal deverá contribuir para a realização do
resultado pretendido.
ii. Necessidade ou exigibilidade: caso existam duas medidas adequadas para
alcançar o fim perseguido, o Poder Público deve adotar a medida menos gravosa
aos direitos fundamentais.
iii. Proporcionalidade em sentido estrito: é a ponderação, no caso concreto, entre
o ônus imposto pela atuação estatal e o benefício por ela produzido, razão pela qual
a restrição ao direito fundamental deve ser justificada pela importância do princípio
ou direito.
Assim, pelo princípio, há uma primazia de soluções e decisões que atendam ao interesse
coletivo, em detrimento do interesse de um único indivíduo ou grupo seleto de indivíduos.
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Súmula 346 STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus
próprios atos.
Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
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AUTOTUTELA X AUTOEXECUTORIEDADE
Autotutela: Designa o poder-dever de corrigir ilegalidades e de garantir o interesse
público dos atos editados pela própria Administração;
Autoexecutoriedade: Prerrogativa de imposição da vontade administrativa,
independente de recurso ao Poder Judiciário.
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- A noção de proteção da confiança legítima aparece como uma reação à utilização abusiva
de normas jurídicas ou atos administrativos que surpreendam bruscamente o seu
destinatário. Um exemplo de aplicação do princípio da legítima confiança diz respeito à
impossibilidade de devolução de valores recebidos de boa-fé por servidores públicos, em
virtude de errônea interpretação de lei pela Administração:
Súmula 34 da AGU: Não estão sujeitos à repetição os valores recebidos de boa-
fé pelo servidor público, em decorrência de errônea ou inadequada interpretação
da lei por parte da Administração Pública.
Súmula 249 TCU: É dispensada a reposição de importâncias indevidamente
percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude
de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte
de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista
da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das
parcelas salariais.
- STJ (Info 579): Os herdeiros devem restituir os proventos que, por erro operacional da
Administração Pública, continuaram sendo depositados em conta de servidor público
após o seu falecimento. Não se analisa aqui se o herdeiro estava ou não de boa-fé. O
herdeiro é obrigado a devolver porque ele não tem qualquer razão jurídica para ficar com
aquele dinheiro em prejuízo da Administração Pública. Não havia nenhuma relação
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Referências bibliográficas:
Rafael Carvalho Resende Oliveira. Curso de Direito Administrativo
Matheus Carvalho: Manual de Direito Administrativo
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a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas II, III e IV.
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de controle.
c) princípio da publicidade considera-se atendido sempre que houver a publicação de atos
no Diário Oficial, sendo, por conseguinte, desnecessária qualquer medida adicional por
parte da Administração Pública.
d) princípio da legalidade tem idêntica aplicação para os particulares e para a
Administração Pública, significando a possibilidade de realização de atos que não sejam
vedados pelo ordenamento jurídico.
e) Supremo Tribunal Federal possui entendimento no sentido de que vedar o acesso de
qualquer cidadão a cargo público tão somente em razão da existência de relação de
parentesco com servidor público que não tenha competência para o selecionar ou o
nomear para o cargo de chefia, direção ou assessoramento, ou que não exerça ascendência
hierárquica sobre aquele que possua essa competência é, em alguma medida, negar um dos
princípios constitucionais a que se pretendeu conferir efetividade com a edição da Súmula
Vinculante n° 13, qual seja, o princípio da impessoalidade.
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1 - Razoabilidade
2 - Segurança jurídica
3 - Impessoalidade
4 - Finalidade
( ) O princípio em causa é uma faceta da isonomia e sua aplicação concreta está presente
em situações diversas previstas no regime jurídico administrativo, a exemplo da exigência
de concurso público para provimento de cargos públicos.
( ) Segundo este princípio, a Administração, ao atuar no exercício de discrição, deve
adotar a medida que, em cada situação, seja mais prudente e sensata nos limites admitidos
pela lei.
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( ) Por força deste princípio, as orientações firmadas pela Administração Pública não
podem, sem prévia publicidade, ser modificadas em casos concretos para agravar a
situação dos administrados ou negar-lhes direitos.
( ) A raiz constitucional deste princípio é encontrada no próprio princípio da legalidade,
pois corresponde à aplicação da lei sem desvirtuamentos.
a) 2, 4, 1, 3
b) 4, 1, 2, 3
c) 3, 1, 2, 4
d) 3, 2, 1, 4
e) 1, 4, 3, 2
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Certo ( ) / Errado ( )
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Certo ( ) / Errado ( )
a) imperatividade.
b) subsidiariedade.
c) consensualidade.
d) promoção dos direitos fundamentais.
e) aproximação coma sociedade civil.
a) É regida pelo princípio do pacta sunt servanda, não havendo casos em que a
Administração Pública pode modificar, unilateralmente, um contrato previamente
assinado entre as partes.
b) Submete a Administração Pública à vontade exclusiva dos governantes, pois cabe a
estes apontar os rumos que a Administração Pública deve seguir.
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Certo ( ) / Errado ( )
Respostas: 01:A 02:D 03:C 04:B 05:E 06:C 07:C 08:C 09:B 10:D 11:D
12:A 13:C 14:E 15:A 16:E 17:E
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META 05
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c) Isonomia: Segundo bem definiu Rui Barbosa, “ a regra da igualdade não consiste senão
em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta
desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei
da igualdade (...). Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria
desigualdade flagrante, e não igualdade real”. Logo, é possível extrair:
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Ações Afirmativas
A Carta Magna busca a igualdade material. Para aplicação do princípio
da isonomia, são necessárias as ações afirmativas, a exemplo: mercado de
trabalho da mulher, cotas de vagas sem serviços públicos, cotas em
universidades, cotas para afrodescendentes.
4
Para aprofundamento no assunto, consultar:
http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portaltvjustica/portaltvjusticanoticia/anexo/joao_trindadade__teoria_geral_d
os_direitos_fundamentais.pdf
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eficácia limitada.
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judicialmente do Estado uma prestação que não possa ser concedida a todos os indivíduos
que se encontrem em situação idêntica, sob pena de violação do princípio da isonomia.
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2.7. Tema interessante: eventual novo direito individual criado por meio de emenda
constitucional é considerado cláusula pétrea?
- NÃO. Segundo Gilmar Mendes, devemos ter em mente que as cláusulas pétreas “se
fundamentam na superioridade do poder constituinte originário sobre o de reforma”, de maneira que
somente o primeiro pode criar obstáculos à atuação do segundo. Não faria sentido,
do ponto de vista lógico, permitir que o poder reformador crie limites invencíveis a si
mesmo.
- Assim, conclui Gilmar Mendes que “não é cabível que o poder de reforma crie
cláusulas pétreas. Apenas o poder constituinte originário pode fazê-lo”. Caso EC
crie um novo direito fundamental, este não será cláusula pétrea.
- É preciso distinguir, contudo, a situação em que uma EC apenas especifica, detalha
ou incrementa um direito fundamental já criado, sem inovar no rol de direitos. Nesse
caso, ainda que introduzida por EC, a novidade é considerada cláusula pétrea. Para
Gilmar Mendes “é o que se deu, por exemplo, com o direito à prestação jurisdicional célere somado ao
rol do art. 5º da Constituição pela EC 45/04. Esse direito já existia, como elemento necessário do direito
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de acesso à justiça – que há de ser ágil para ser efetiva – e do princípio do devido processo legal, ambos
assentados pelo constituinte originário”.
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2.8. Destinatários: Os destinatários das normas dos direitos individuais, que são os
direitos fundamentais, são os brasileiros e os estrangeiros residentes no Brasil. Grande
parte da doutrina entende que esses direitos devem estender-se a toda e qualquer pessoa,
mesmo àquelas que se encontrem apenas em trânsito no solo nacional.
CONCLUSÃO:
Tratado internacional sobre direitos humanos, aprovado no rito da EC: Status de
EC;
Tratado internacional sobre direitos humanos, aprovado com quórum diverso das
emendas: Supralegalidade;
Tratados Internacionais diversos: Status de lei ordinária, desde que haja o processo de
incorporação.
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a) Direito à vida: está relacionado à existência física de um ser humano. O art. 5º, caput,
da CF assegura a inviolabilidade do direito à vida em relação ao Estado e em relação aos
demais indivíduos.
- Inviolabilidade difere de irrenunciabilidade: a inviolabilidade diz respeito à proteção de
um direito em face de outras pessoas, enquanto que a irrenunciabilidade diz respeito à
proteção de um direito em face do próprio titular.
- O direito à vida compreende o direito ao mínimo necessário a uma existência digna, que
abrange:
I- Direito à integridade física: direito à saúde, vedação de pena de morte, proibição do
aborto, etc;
II- Direito a condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma existência digna.
- Dupla acepção do direito à vida (NOVELINO, 2017, p. 325):
I- Acepção positiva: está associada ao direito à existência digna, que assegura o acesso a
bens e utilidades indispensáveis para isso. Ela não se limita ao mínimo existencial, pois
garante também pretensões de caráter material e jurídico, de modo que os poderes
públicos devem adotar medidas positivas de proteção da vida, de amparo material e de
emissão de normas protetivas;
II- Acepção negativa: é o direito assegurado a todo e qualquer ser humano de permanecer
vivo. É um direito de defesa e um pressuposto elementar para o exercício de todos os
demais direitos. Uma decorrência dessa acepção é a proibição da pena de morte (art. 5º,
XLVII, “a”, da CF).
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5
Para aprofundamento do julgado: http://www.dizerodireito.com.br/2015/09/entenda-decisao-do-
stf-sobre-o-sistema.html
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Vida privada: é o direito do indivíduo de ser do modo que quiser, sem a intervenção de
outrem.
Honra: Ligada à honra objetiva (visão da sociedade) e honra subjetiva (visão da própria
pessoa).
Imagem: É a representação da pessoa, por meio de desenhos, fotografias.
Privacidade e Sigilo bancário e fiscal: O STF admite a quebra do sigilo pelo Judiciário
ou por CPI (federal ou estadual, mas não municipal), mas resiste a que o MP possa
requisita-la diretamente, por falta de autorização legal específica, salvo a hipótese de
existir procedimento administrativo investigando utilização indevida de patrimônio
público.
6
Para aprofundamento, sugerimos leitura do julgado comentado pelo Dizer o Direito:
http://www.dizerodireito.com.br/2016/02/a-receita-pode-requisitar-das.html
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Dados obtidos com a quebra de sigilo bancário não podem ser divulgados
abertamente em site oficial.
Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem
ser mantidos sob reserva.
Assim, a página do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por
meio da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI).
STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info 899).
Fonte: Dizer o direito.
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DIREITO AO ESQUECIMENTO8
É o direito que uma pessoa possui de não permitir que um fato, ainda
que verídico, ocorrido em determinado momento de sua vida, seja
exposto ao público em geral, causando-lhe sofrimento ou transtornos.
Há um conflito entre a privacidade, honra e intimidade x informação.
7
Para aprofundamento do julgado, recomendamos a leitura: http://www.dizerodireito.com.br/2015/06/para-
que-seja-publicada-uma-biografia.html
8
Para aprofundamento do julgado, recomendamos a
leitura:http://www.dizerodireito.com.br/2013/11/direito-ao-esquecimento.html
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h) Direito de propriedade: é garantido pela Constituição, mas não é absoluto, uma vez
que a propriedade poderá ser desapropriada. É necessário também a propriedade cumpra
sua função social, atendendo aos interesses da coletividade e não apenas do proprietário.
- É garantido o direito de propriedade (art. 5º, XXII).
- A propriedade atenderá a sua função social (art. 5º, XXIII).
- A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos na Constituição (art. 5º, XXIV).
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l) Irretroatividade da lei: A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, da CF).
- Conceitos (art. 6º da LINDB):
I- Direito adquirido: direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como
aquele cujo começo do exercício tenha termo prefixo ou condição preestabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem;
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II- Ato jurídico perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou;
III- Coisa julgada: decisão judicial de que não caiba mais recurso.
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Direitos Sociais
São direitos de 2ª geração. A Constituição define no art. 6º quais são os direitos sociais:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
- Direitos dos trabalhadores: Os direitos relativos aos trabalhadores são de duas ordens:
Direitos dos trabalhadores nas suas relações individuais de trabalho: São os direitos
dos trabalhadores do art. 7º da CF, cujo dispositivo recomendamos leitura atenta. Dentre
esses direitos, destacamos:
o Direito ao trabalho: Infere-se do valor social do trabalho como fundamento da
República (art. 2º) e demais dispositivos constitucionais;
o Garantia do emprego: É a proteção da relação de emprego contra despedida
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, entre outros direitos, impedindo-se, dessa forma, a
dispensa injustificada, sem motivo socialmente relevante. É norma de eficácia
contida.
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ATENÇÃO - Para servidores públicos civis: Como não existe lei específica sobre o
assunto para servidores públicos civis, o STF conferiu efeitos concretos aos Mandados de
Injunção ajuizados pelos Sindicatos de Servidores Civis. Por maioria, conheceu dos
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Referência Bibliográficas:
Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado.
Marcelo Novelino. Curso de Direito Constitucional.
Dirley da Cunha Junior. Curso de Direito Constitucional.
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Direitos Constitucional Descomplicado
João Trindade. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portaltvjustica/portaltvjusticanoticia/anexo/joa
o_trindadade__teoria_geral_dos_direitos_fundamentais.pdf
Julgados comentados do site Dizer o Direito. http://www.dizerodireito.com.br/
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Em caso de perigo à integridade física do preso, admite-se o uso de algemas, desde que
essa medida, de caráter excepcional, seja justificada por escrito.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
a) o Estado, ao lançar mão de ações afirmativas, como as cotas raciais, desafia os princípios
da igualdade, da moralidade e da eficiência, além de fomentar o preconceito.
b) como não há direito absoluto, o direito à liberdade é incompatível com a produção de
biografias não autorizadas ou com a veiculação de charges, sátiras e paródias sobre
candidatos em programas humorísticos durante o período eleitoral.
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a) pela Receita Federal, pelo Fisco Estadual e pela CPI federal, estadual ou distrital.
b) pelo Delegado de Polícia, pelo membro do Ministério Público e pela CPI municipal.
c) pelo Delegado de Polícia, pela Receita Federal e pelo membro do Ministério Público.
d) pelo Delegado de Polícia, pelo Fisco Estadual e pela CPI federal, estadual ou distrital.
e) pelo Tribunal de Contas da União, pela Receita Federal e pela CPI federal, estadual,
distrital ou municipal.
a) após o registro dos filiados, as entidades associativas têm legitimidade automática para
representá-los judicial ou extrajudicialmente.
b) a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em títulos da dívida
pública, ressalvados os casos previstos na Constituição.
c) as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
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e) Sempre que possível, havendo direito líquido e certo, o juiz concederá a medida liminar
no Mandado de Segurança, que tenha por objeto a compensação de créditos tributários
ou entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior.
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b) o seu processo terá prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto mandado de
segurança e injunção.
c) o impetrante fará jus à gratuidade de Justiça, tendo ou não recursos financeiros para
arcar com as custas e as despesas processuais.
d) ao despachar a inicial, se o juiz verificar que não é caso de habeas data, intimará o
impetrante para que adite o seu pedido, convertendo-o em mandado de segurança.
e) quando for hipótese de sentença concessiva, o recurso de apelação interposto terá efeito
devolutivo e suspensivo.
a) legalidade.
b) reserva da jurisdição.
c) ampla defesa.
d) contraditório.
e) direito ao sigilo.
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I Não caberá habeas corpus nem contra decisão que condene a multa nem em processo
penal em curso no qual a pena pecuniária seja a única imposta ao infrator.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
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[...] a formulação ampla do texto constitucional deu ensejo a uma interpretação que
permitia o uso do habeas corpus para anular até mesmo ato administrativo que
determinara o cancelamento de matrícula de aluno em escola pública, para garantir a
realização de comícios eleitorais, o exercício da profissão, dentre outras possibilidades.
MENDES, Gilmar; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12a. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 431
Hoje, o Supremo Tribunal Federal detém importante papel na definição do seu cabimento.
Assim, afirma-se que
a) o Supremo Tribunal Federal não admite habeas corpus para questionamento de razoável
duração do processo.
b) é cabível mesmo que não haja, nem por via reflexa, constrangimento à liberdade de
locomoção.
c) cabe habeas corpus contra a aplicação de pena de multa.
d) segundo o Supremo Tribunal Federal, cabe habeas corpus contra pena pecuniária
passível de conversão em privativa de liberdade.
e) segundo a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, aplicada rigorosamente pela Corte,
o habeas corpus não é cabível contra decisão de relator em tribunal superior que indefere
a liminar.
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a) III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, lI e III.
a) Para os idealistas, os direitos do homem são faculdades outorgadas pela lei e reguladas
por ela.
b) Os direitos fundamentais são irrestritos, tendo em vista a proibição pelo poder
constituinte originário de reserva legal no âmbito dos direitos e garantias fundamentais.
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e) Os brasileiros naturalizados não possuem legitimidade ativa para propor ação popular,
direito este resguardado somente aos brasileiros natos.
“A crítica jornalística, quando inspirada pelo interesse público, dirigida a figuras públicas,
com alto grau de responsabilidade na condução dos negócios do Estado, não se revela
suscetível, em situações de caráter ordinário, à possibilidade de sofrer qualquer repressão
estatal”.
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Considerando a jurisprudência do STF, assinale a opção correta com relação aos remédios
do direito constitucional.
Respostas: 01: C 02: E 03: C 04: E 05: E 06: A 07: D 08: C 09: A 10: C 11: C
12: D 13: C 14: C 15: B 16: B 17: D 18: D 19: E 20: D 21: D 22: A 23: B
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a)da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento
em que Tício desferiu os golpes em Gabriela.
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reverbere na diminuição de tal letalidade. (BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro.
11. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007)
Identifique a alternativa correta que contenha os princípios que fundamentam o Direito Penal, e que
mostrem que sua observância se torna importante para o embasamento da referida política pública.
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que,
nesse caso, cabe a aplicação
b) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública.
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b)A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais gravosa,
continua sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era vigente no momento da
prática delitiva.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi
formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação,
Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei.
c)política criminal.
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d)A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na Convenção Americana sobre
Direitos Humanos.
b)autêntica.
d)O princípio da legalidade, do qual decorre a reserva legal, veda o uso dos costumes e da analogia para
criar tipos penais incriminadores ou agravar as infrações existentes, embora permita a interpretação
analógica da norma penal.
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c)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé
pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
a)Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-se ao fato criminoso a lei
temporária.
c)A finalidade da pena, na teoria absoluta, é castigar o criminoso, pelo mal praticado. O mérito dessa
teoria foi introduzir, no Direito Penal, o princípio da proporcionalidade de pena ao delito praticado.
b)O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da pena quando existirem
circunstâncias pessoais favoráveis ao acusado.
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a)é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.
b)Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação
penal do país em que for cometido.
b)A teoria preventiva geral positiva considera que a pena tem a função de inibir comportamentos
antissociais e moldar comportamentos socialmente aceitos.
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e)não se aplica a lei revogada porque a instrução ainda não se iniciara quando da entrada em vigor da
nova lei.
d)Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra
autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo
razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.
d)é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa (Súmula Vinculante 14).
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d)desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
e)favor rei.
I Em atendimento ao princípio da legalidade, no processo penal brasileiro são inadmissíveis provas não
previstas expressamente no CPP.
II Caso a infração tenha deixado vestígio, a confissão do acusado não acarretará a dispensa da prova
pericial.
III Havendo evidências da participação do indiciado em organização criminosa, a autoridade policial
poderá determinar a quebra do sigilo da sua comunicação telefônica como forma de instruir investigação
criminal.
IV A prova obtida por meios ilícitos não constitui suporte jurídico capaz de ensejar sentença
condenatória, ainda que corroborada pela confissão do acusado.
c)II e IV.
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d)a lei processual penal tem aplicação aos processos em trâmite no território brasileiro, contudo, uma
hipótese de exclusão da jurisdição pátria é a imunidade dos agentes diplomáticos e seus familiares que
com eles vivam.
a)Juca está sendo acusado de crime, porém alega que é inocente e tudo não passa de um plano vingativo
elaborado por seu desafeto político. No intuito de provar sua inocência, Juca contrata investigador
particular, o qual instala sistema de captação de imagem e som clandestinamente no escritório do seu
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desafeto. Por meio das imagens e som gravados, Juca consegue extrair conversa que prova
indubitavelmente não ser ele autor do crime denunciado e faz a juntada nos autos do processo judicial.
d)O princípio do juiz natural não é violado com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de
jurisdição para o processo e julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas, nem com a
convocação de juízes de primeiro grau para compor órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação
de recursos em segundo grau de jurisdição.
b)A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito.
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c)As informações colhidas na fase do inquérito que dão esteio à acusação devem guardar perfeita
obediência ao princípio da legalidade sobre pena de refletir na rejeição da denúncia por falta de justa
causa produzida licitamente.
d)A teoria dos cinco componentes, ao proteger a integridade física e espiritual do homem, bem como a
Fórmula Objeto de Dürig, ao dizer que a dignidade humana é violada sempre que o homem for
coisificado, são importantes contribuições teóricas para a compreensão das dimensões da dignidade e sua
repercussão sobre o processo penal, notadamente no que diz respeito às provas.
e)A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos processos que se iniciarem após a
sua vigência, quanto nos processos que já estiverem em curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos
processos que apurarem condutas delitivas ocorridas antes da sua vigência.
e)Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa que, firmada por
advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado para o acusado.
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a)Sobre a duração razoável do processo, duas teorias buscam reger sua aplicação, a saber: a teoria do não
prazo e a teoria do prazo fixo.
1. “Esse princípio fundamental de civilidade representa o fruto de uma opção garantista a favor da tutela
da imunidade dos inocentes” (Luigi Ferrajoli).
2. “Basta ao corpo social que os culpados sejam geralmente punidos, pois é seu maior interesse que todos
os inocentes sem exceção sejam protegidos" (Lauzé di Peret).
3. “A metafísica do direito penal propriamente dita é destinada a proteger os culpados dos excessos da
autoridade social; a metafísica do direito processual tem por missão proteger dos abusos e dos erros da
autoridade todos os cidadãos inocentes e honestos" (Francesco Carrara).
Qual princípio a seguir melhor sintetiza o conteúdo, as idéias e as preocupações acima expostas?
e)Presunção de inocência
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mesmo quando coercitivas, em razão da insignificância das mesmas, são toleradas e admissíveis, pois não
há nada no ordenamento que justifique sua inadmissão.
III. Dos cinco componentes da dignidade humana indicados pela doutrina alemã, a integridade física e
espiritual tem especial relevância para o processo penal, em razão das limitações que impõe a colheita de
provas, vedando, por exemplo, não só a tortura, como também a utilização de meios como soro da
verdade e hipnose.
IV. A busca da verdade real é princípio inquestionável e fundamental no processo penal. Sendo assim,
eventualmente é possível admitir uma prova ilícita desde que haja uma ponderação e observância da
razoabilidade, sendo a segurança pública elemento justificador da utilização da prova produzida
ilicitamente quando esta for necessária para combater, por exemplo, o tráfico de drogas e o crime
organizado.
Está correto apenas o que se afirma em:
c)I e III.
e)São inadmissíveis no processo penal as provas ilícitas. Assim, estas não estão sob o regime das
nulidades, que inclusive se submetem a discussão sobre sanatória . A sanção constitucional de
inadmissibilidade é uma categoria mais rigorosa.
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( ) Certo ( ) Errado
d) convalidar o ato, corrigindo o defeito sanável contido no ato anterior, garantindo, assim,
a estabilidade das relações já constituídas.
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a) enunciativos.
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d) competência e forma.
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d) Um órgão colegiado poderá delegar parte de sua competência a seu presidente quanto
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole jurídica, em não havendo
impedimento legal.
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Apesar de a nova lei ter revogado integralmente a anterior, ela não se aplica ao contrato
objeto da ação.
( ) Certo ( ) Errado
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
( ) Certo ( ) Errado
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
A nova lei começou a vigorar no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada e permanecerá em vigor até que outra lei a modifique ou a revogue.
( ) Certo ( ) Errado
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Amanda tem 15 anos de idade. Mateus, por deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática pessoal dos atos da vida civil. Tício é excepcional, sem
desenvolvimento mental completo.
De acordo com o Código Civil e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera(m)-se
absolutamente incapaz(es) de exercer, pessoalmente, os atos da vida civil:
b) Amanda.
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a) o incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Não obstante a regra
da responsabilidade solidária entre os pais, emanada do inciso I, do artigo 932 do Código
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Civil, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a mãe que, à época do acidente
provocado por seu filho menor de idade, residia permanentemente em local distinto
daquele no qual morava o menor - sobre quem apenas o pai exercia autoridade de fato -,
não pode ser responsabilizada pela reparação civil advinda do ato ilícito, mesmo
considerando que ela não deixou de deter o poder familiar sobre o filho.
e) As regras sobre os direitos de família são determinadas pela lei do país em que a pessoa
for domiciliada.
a) Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será contado
um novo período de vacância para o dispositivo alterado.
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c) Apenas II e IV.
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1 - Razoabilidade
2 - Segurança jurídica
3 - Impessoalidade
4 - Finalidade
( ) O princípio em causa é uma faceta da isonomia e sua aplicação concreta está presente
em situações diversas previstas no regime jurídico administrativo, a exemplo da exigência
de concurso público para provimento de cargos públicos.
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c) 3, 1, 2, 4
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d) impessoalidade e à moralidade.
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a) imperatividade.
Em caso de perigo à integridade física do preso, admite-se o uso de algemas, desde que
essa medida, de caráter excepcional, seja justificada por escrito.
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e) o transgênero, pessoa que não se identifica psiquicamente com seu gênero biológico, se
assim o desejar, pode, independentemente da cirurgia de redesignação sexual ou da
realização de tratamentos hormonais, solicitar a alteração de seu prenome e de seu gênero
(sexo) diretamente no registro civil.
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a) pela Receita Federal, pelo Fisco Estadual e pela CPI federal, estadual ou distrital.
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b) reserva da jurisdição.
I - Não caberá habeas corpus nem contra decisão que condene a multa nem em processo
penal em curso no qual a pena pecuniária seja a única imposta ao infrator.
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III - Nos casos em que a pena privativa de liberdade já estiver extinta, não será possível
ajuizar ação de habeas corpus.
b) I e III.
[...] a formulação ampla do texto constitucional deu ensejo a uma interpretação que
permitia o uso do habeas corpus para anular até mesmo ato administrativo que
determinara o cancelamento de matrícula de aluno em escola pública, para garantir a
realização de comícios eleitorais, o exercício da profissão, dentre outras possibilidades.
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MENDES, Gilmar; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12a. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 431
Hoje, o Supremo Tribunal Federal detém importante papel na definição do seu cabimento.
Assim, afirma-se que
d) segundo o Supremo Tribunal Federal, cabe habeas corpus contra pena pecuniária
passível de conversão em privativa de liberdade.
e) I, lI e III.
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“A crítica jornalística, quando inspirada pelo interesse público, dirigida a figuras públicas,
com alto grau de responsabilidade na condução dos negócios do Estado, não se revela
suscetível, em situações de caráter ordinário, à possibilidade de sofrer qualquer repressão
estatal”.
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