História Da Saúde Idade Média
História Da Saúde Idade Média
História Da Saúde Idade Média
1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
2 - HISTÓRIA DA MEDICINA NA IDADE MÉDIA...............................................................3
2.1 – MEDICNA BIZANTINA..............................................................................................3
2.2 - A MEDICINA ÁRABE..................................................................................................4
2.3 - A MEDICINA NA EUROPA OCIDENTAL..................................................................5
3 - HISTÓRIA DA HOMEOPATIA............................................................................................7
4 – CONCLUSÃO......................................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................11
Sites de Pesquisa.......................................................................................................................11
1
1 - INTRODUÇÃO
2
2 - HISTÓRIA DA MEDICINA NA IDADE MÉDIA
3
Escrituras, desde o ano de 400 a 1453. Foram incapazes de promover inovações na
área da medicina mas reuniram o essencial das obras antigas, em particular as de
Galeno.
O conhecimento médico foi compilado em livros pelos médicos bizantinos, podendo-
se destacar Oribásio de Pérgamo (325-405), Aécio de Amida (502-575) e Paulo de
Egina (625-690).
Paulo de Egina era médico e cirurgião, escreveu o Epitome Medicine Libri Septem
(Compêndio Médico em Sete Livros), no final do séc. VII, onde podemos encontrar,
entre outras, descrições sobre litotemia, trepanação, tonsilectomia, paracentese,
mastectomia e cirurgia ocular.
Por volta de 489, alguns médicos e outros homens da ciência, devido a problemas
religiosos, fugiram para o Oriente refugiando-se em Gundishapur, na altura capital
da Pérsia, levando consigo grande número de obras científicas escritas em grego.
Esta cidade fundada no ano 27, pelo Rei Shapur I foi o centro intelectual e sede do
mais antigo hospital de ensino que se conhece, possuindo uma biblioteca e uma
universidade. A escola de Gundishapur era um importante e reconhecido centro
médico que reunia o conhecimento grego, siríaco e indiano. Em 636 a cidade foi
conquistada pelos árabes, tornando-se o principal centro de educação médica no
mundo árabe. No final do séc. VIII, este importante centro intelectual, foi deslocado
para Bagdade onde o Califa abássida al-Ma'mun fundou a “Casa da Sabedoria”, na
qual se traduziram todas as obras científicas da antiguidade, de médicos e filósofos
como Aristóteles, Hipócrates, Galeno e Discórides.
A medicina árabe foi uma medicina hipocrática clássica, recolheram a herança grega
e recusaram as explicações sobrenaturais das doenças. A partir do séc. X
enriqueceram a medicina clássica grega com as suas próprias observações, tendo-
se espalhado por todo o mundo islâmico desde a Pérsia até à Península Ibérica, na
época ocupada pelos muçulmanos. Desenvolveu novas observações clínicas,
principalmente em doenças infecciosas e oculares e também construiu hospitais.
Na medicina árabe destacam-se os nomes de:
4
Al-Rhazes (865-925) – Médico e professor, autor de 56 obras médicas,
nomeadamente o livro Kitab al-mansuri, que trata em dez partes toda a teoria e a
prática da medicina conhecida na época; mais tarde foi traduzido por Gerardo de
Cremona (1114-1187) com o nome de Liber de medicina ad Almansore, tornou-se o
livro de consulta obrigatória durante toda a Idade Média. Al-Rhazes foi o primeiro
médico a diagnosticar a varíola e o sarampo (diferenciando os seus sintomas)
escreveu ainda um tratado sobre alergia e imunologia. Descreve a febre como um
mecanismo natural de defesa do organismo e a reacção pupilar.
Avicena (980-1037) – Médico, cientista e filósofo. Escreveu cerca de 450 livros
principalmente sobre filosofia e medicina. A sua obra mais importante foi o Kitab
alQanun fi altibb, traduzido em latim como Liber canonis medicine (Cânone de
Medicina ou Cânone de Avicena), escrita em cinco volumes. Durante quase cinco
séculos esta obra foi o texto médico padrão na Europa Ocidental.
Abulcasis (936-1013) – Médico e cirurgião, considerado o “pai da cirurgia moderna”.
Nos seus textos, juntava os ensinamentos clássicos greco-latinos com os
conhecimentos da ciência do oriente próximo, estes foram a base dos
procedimentos cirúrgicos europeus até ao Renascimento. A sua obra mais
importante foi o Al-Tasrif, com trinta volumes sobre prática médica.
Na Europa Ocidental, a medicina começou por ser uma medicina monástica, sendo
a sua criação atribuída a São Bento de Núrsia (480-547), monge fundador da Ordem
dos Beneditinos, tendo erguido vários mosteiros.
Ao longo do tempo o ensino médico foi introduzido nos mosteiros. Foram criados
vários centros de prática e estudo da medicina em vários países, como França,
Inglaterra, Alemanha.
Os monges traduziram para latim, copiaram e conservaram os textos antigos de
medicina.
Os mosteiros foram os primeiros hospitais na Europa. Inicialmente funcionavam
como abrigo de doentes carenciados, viajantes e peregrinos, visando o atendimento
das suas necessidades corporais e espirituais até estarem recuperados para
5
regressar à sua vida normal.
Em Salerno (Itália), foi criada a que se pensa ser a mais antiga escola médica da
civilização moderna. A data da sua fundação não está definida mas crê-se que já era
conhecida por volta de 757. Esta escola caracterizou-se pela integração e
convivência pacífica das culturas grega, latina, árabe e judaica, dando um
importante contributo na formulação do currículo médico nas universidades
medievais. Outra universidades foram criadas como Bolonha (1088), Montpellier
(1137), Paris (1150), Oxford (1167) e Módena (1175).
Na universidade de Bolonha foram efectuadas, no início do séc. XIV, as primeiras
dissecações anatómicas de cadáveres humanos. Onde se destaca Mondino de
Liuzzi (1275-1326), professor e anatomista, escreveu um livro sobre anatomia em
1316, sendo considerada a primeira obra moderna sobre esta matéria.
Até aos fins do séc. XV permaneceu a teoria humoral das doenças. A anatomia dava
os primeiros passos com o seu estudo em cadáveres e o tratamento médico reduzia-
se a sangrias, ventosas, dietas, purgas e o uso de algumas drogas.
A sangria era, na maioria das vezes, efectuada por flebotomia ou recorrendo ao uso
de sanguessugas, tinha como finalidade eliminar o humor excessivo responsável
pelo desequilíbrio ou derivar o humor de um órgão para o outro.
A dieta utilizava-se para evitar que através da alimentação continuasse a ser
produzido o humor responsável pela doença.
A purga era prescrita para eliminar o excesso do humor responsável pela doença,
acreditando tal como na medicina egípcia que a origem patológica da doença
encontra-se no intestino passando depois para o corpo.
Também eram utilizados tratamentos baseados em poderes sobrenaturais como o
exorcismo (para tratamento de problemas mentais, epilepsia e impotência) ou o
poder curativo das relíquias e das rezas a determinados santos para alívio de
doenças específicas.
A uroscopia era, igualmente, praticada na Idade Média. Acreditava-se que era
possível avaliar o estado dos quatro humores cardinais (bílis negra, bílis amarela,
fleuma e sangue) inspeccionando a urina, pois esta seria constituída por nutrientes
que sobravam após a produção do sangue pelo fígado, reflectindo assim, o estado
de saúde do indivíduo. Através da a análise dos aspecto, do cheiro e por vezes do
6
sabor também eram efectuados os diagnósticos e prognósticos.
3 - HISTÓRIA DA HOMEOPATIA
7
faz o homem ficar doente também o cura”.
Ao método de prescrever pela Lei dos Similares, chamou Homeopatia, do grego
“homoios” (similar) e “pathos” (doença). Na obra que inaugura a homeopatia,
“Ensaio Sobre um Novo Princípio de Avaliação do Poder Curativo de um Fármaco”,
publicado em 1796 no Hufeland's Journal, Hahnemann dá um corpo único, coerente,
sintético, com fundamentos compreensíveis à homeopatia.
Toda a doutrina homeopática, as suas bases e a sua filosofia, está descrita no
“Organon da Arte de Curar”, livro escrito por Hahnemann em 1810, chegando a
publicar 5 edições em vida sendo considerado a Bíblia de todo o homeopata.
No início administrou doses substanciais de remédio aos seus doentes de acordo
com a prática corrente, causando, por vezes, agravamentos possivelmente por
reacções tóxicas perigosas. Experimentou, diluindo os seus remédios na esperança
de aumentar a segurança. As vantagens da diluição simples eram claramente
limitadas, o medicamento rapidamente ficava demasiado fraco para poder ser eficaz.
Então submeteu cada diluição a uma série de agitações vigorosas, ou sucussões,
descobrindo que diluições progressivas não só eram menos tóxicas como também
mais potentes. Como Hahnemann chegou a esta conclusão não se sabe
exactamente, possivelmente devido aos seus conhecimentos de química e alquimia.
A concentração do principio activo do medicamento diluído é, muitas vezes, tão
baixo que nenhuma molécula é mensurável, motivo pelo qual muita gente, ainda
hoje, tem enorme dificuldade em aceitar que os remédios homeopáticos possam
actuar. A homeopatia é uma filosofia vitalista, segundo a qual o organismo vivo está
sujeito a leis diferentes das que se encontram na física, química ou nas ciências
biológicas. Leis essas que foram determinadas pela observação e não pela dedução
de princípios teóricos.
Para os homeopatas a doença é uma expressão da força vital de cada indivíduo.
Hahnemann encarava o processo de doença como um enfraquecimento dos
mecanismos fisiológicos normais de adaptação e compensação, correlacionando
este desequilíbrio interior às diversas manifestações sintomáticas da individualidade,
utilizando esta totalidade de sinais e sintomas como o único referencial para
diagnosticar este “padecimento da força vital” para prescrever os medicamentos
homeopáticos mais semelhantes à individualidade do paciente.
8
4 – CONCLUSÃO
9
10
BIBLIOGRAFIA
Sites de Pesquisa
www.homeopathicum.com;
www.homeopatiaportugal.org
www.mybestlife.eu
11