Apostila Banco Do Brasil 2020 Juca Siade
Apostila Banco Do Brasil 2020 Juca Siade
Apostila Banco Do Brasil 2020 Juca Siade
2. PRODUTOS BANCÁRIOS............................................................................................................... 20
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MÓDULO 1
1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Conceito
Compreende-se o Sistema Financeiro Nacional – SFN, como sendo o conjunto de instituições que
se dedicam, direta ou indiretamente, para oferecer condições satisfatórias à manutenção de um fluxo de
recursos entre poupadores (agentes superavitários) e tomadores (agentes deficitários).
Estrutura do SFN
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O principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos de mercado:
✓ MERCADO MONETÁRIO: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela
depositada em conta-corrente;
✓ MERCADO DE CRÉDITO: é o mercado que fornece recursos para o consumo das pessoas em geral e para
o funcionamento das empresas;
✓ MERCADO DE CAPITAIS: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos de terceiros e,
portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;
✓ MERCADO DE CÂMBIO: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e
tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade da moeda
e o desenvolvimento econômico e social do país.
Composição do CMN
O CMN reúne-se ordinária (uma vez ao mês) e/ou extraordinariamente para discutir assuntos de
interesse do SFN. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções divulgadas no Diário
Oficial da União (DOU) e na página de normas do Conselho e do Banco Central (BC).
▪ adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento;
▪ orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas de forma a
garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional;
▪ fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e
quaisquer operações em direitos especiais de saque e em moeda estrangeira;
▪ limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros;
▪ estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com títulos públicos;
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) como órgão de
assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. A Comoc manifesta-se
previamente sobre os assuntos de competência do CMN. Além da Comoc, a legislação prevê o
funcionamento de mais sete comissões consultivas.
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Membros da COMOC
* Segundo o regimento interno da Comoc, são "quatro diretores do Banco Central do Brasil, indicados pelo
seu Presidente". Como esta indicação é alterada de acordo com a pauta das reuniões, todos os diretores do
BC tornam-se membros potenciais da Comoc.
SAIBA MAIS...
• A Secretaria-Executiva do CMN é exercida pelo Banco Central do Brasil;
• Participam das reuniões do CMN: os Conselheiros, os membros da Comoc, os Diretores de
Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil e representantes das Comissões
Consultivas, quando convocados pelo Presidente do CMN;
• Poderão assistir às reuniões do CMN: assessores credenciados individualmente pelos
conselheiros, convidados do presidente do conselho e funcionários da secretaria-executiva do
conselho, credenciados pelo Presidente do Banco Central do Brasil;
• Somente aos conselheiros do CMN é dado o direito de voto.
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1.2. Banco Central do Brasil (BC ou Bacen)
O Banco Central é uma autarquia federal ligada ao
Ministério da Economia, que tem como missão garantir a
estabilidade do poder de compra da moeda do país, o Real, e
assegurar a eficiência e o bom funcionamento do mercado
financeiro local. A instituição é responsável por executar a
estratégia estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN) para manter a inflação sob controle e atua como
secretaria executiva desse órgão.
A Diretoria Colegiada do Bacen é composta por até nove membros, um dos quais o Presidente,
todos nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade
em assuntos econômico-financeiros, após aprovação pelo Senado Federal. A Diretoria é assim composta:
✓ Presidência;
✓ Diretoria de Administração;
✓ Diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos;
✓ Diretoria de Fiscalização;
✓ Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução;
✓ Diretoria de Política Econômica;
✓ Diretoria de Política Monetária;
✓ Diretoria de Regulação; e
✓ Diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania.
O Bacen tem sede em Brasília, capital do País, e representações nas capitais dos Estados do Rio
Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Essas
últimas auxiliam no fornecimento de dinheiro em cédulas e moedas, estudam a conjuntura regional,
fiscalizam instituições financeiras e prestam atendimento direto aos cidadãos que não podem comparecer
à sede em Brasília.
▪ emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;
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▪ realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras dentro de um
enfoque de política econômica do governo ou como socorro a problemas de liquidez;
Múltiplas Atividades
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ATENÇÃO!
É muito comum o Bacen ter um número de diretores inferior ao número de diretorias. Salienta-se
que a autarquia sempre terá 9 (nove) diretorias, mas nem sempre terá 9 (nove) diretores. Por isso
temos que ratificar que “a Diretoria Colegiada do Bacen é composta por ATÉ nove membros”.
A decisão é tomada com base na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele
associados. Todos os membros do Copom presentes na reunião votam e seus votos são divulgados, cabendo
ao Presidente voto de qualidade. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida
pelo IPCA se situe em linha com a meta definida pelo CMN.
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do Diretor de
Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se ajustes até o último dia do ano
de sua divulgação.
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Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de
mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima
ao valor definido na reunião.
A taxa de juros Selic é a referência para os demais juros da economia. Trata-se da taxa média
cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
Para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o Banco Central precisa
se comunicar de forma clara e transparente. Além do comunicado e da ata da reunião, o Banco Central
publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa a evolução recente e as perspectivas da
economia, com ênfase nas perspectivas para a inflação.
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• INFORMATIVOS DO COLEGIADO: Os Informativos do Colegiado, contendo somente as
decisões proferidas, são disponibilizados até o dia seguinte ao encontro na página da CVM.
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Exercícios – Estrutura do SFN
1. (FGV/2014 – BNB)
O Banco Central do Brasil (BC ou BACEN) foi criado pela lei nº 4595, de 31/12/1964, para atuar como
órgão executivo central do sistema financeiro, tendo como funções cumprir e fazer cumprir as
disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN (Conselho
Monetário Nacional). Entre as atribuições do Banco Central estão:
(A) emitir papel-moeda, exercer o controle do crédito e exercer a fiscalização das instituições
financeiras, punindo-as quando necessário;
(B) determinar as taxas de recolhimento compulsório, autorizar as emissões de papel-moeda e
estabelecer metas de inflação;
(C) regulamentar as operações de redesconto de liquidez, coordenar as políticas monetárias creditícia
e cambial e estabelecer metas de inflação;
(D) regular o valor interno da moeda, regular o valor externo da moeda e zelar pela liquidez e solvência
das instituições financeiras;
(E) determinar as taxas de recolhimento compulsório, regular o valor interno e externo da moeda e
autorizar as emissões de papel-moeda.
2. (FGV/2014 – BNB)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão responsável pela fixação das diretrizes das políticas
monetária, creditícia e cambial do país. Não cabem ao CMN funções executivas.
O número de membros do CMN foi variável desde a sua criação (31/12/1964), de acordo com as
exigências políticas e econômicas de cada Governo. Em razão da Lei nº 9.069/95, em vigor, o CMN
passou a ser integrado por:
(A) 11 (onze) membros;
(B) 10 (dez) membros;
(C) 8 (oito) membros;
(D) 4 (quatro) membros;
(E) 3 (três) membros.
3. (FGV/2014 – BNB)
O Sistema normativo é composto pelas entidades que regulam e fiscalizam o funcionamento do Sistema
Financeiro Nacional. Por esse motivo estão no topo do organograma, ou seja, as outras instituições têm
que, obrigatoriamente, acatar as decisões do sistema normativo. Entre as entidades que compõem o
Sistema Normativo, encontram-se:
(A) sociedades corretivas e distribuidoras;
(B) bancos múltiplos e de investimento;
(C) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal;
(D) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil;
(E) Bolsa de Valores e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
4. (FGV/2014 – BNB)
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro. A política do CMN
objetiva:
(A) regular o valor interno e externo da moeda;
(B) controlar exclusivamente o fluxo de capitais estrangeiros;
(C) realizar operações de redesconto e empréstimos, como instrumento de política monetária como
auxílio a problemas de liquidez;
(D) fiscalizar a interferência de outras sociedades nos mercados financeiros e de capitais;
(E) emitir papel moeda e moeda metálica.
5. (PAC/2014 – BANPARÁ)
Compete a ele fixar as metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância de acordo com a
estratégia governamental:
(A) CMN
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12
(B) BACEN
(C) COPOM
(D) SFN
(E) CETIP
6. (PAC/2014 – BANPARÁ)
É um órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional.
(A) Banco Central do Brasil
(B) Conselho Monetário Nacional
(C) Comissão de Valores mobiliários
(D) Conselho Nacional de Seguros Privados
(E) Banco do Brasil
7. (PAC/2014 – BANPARÁ)
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e
fiscalizar o mercado de valores, portanto, tem a função de:
(A) Assegurar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de
mercadorias e futuros.
(B) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais.
(C) Controlar o nível de preços (Inflação).
(D) Fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras.
(E) Todas as alternativas estão certas.
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13
11. (CESPE/2014 – Caixa Econômica Federal)
A respeito das funções da CVM, julgue os próximos itens.
1 A CVM é uma entidade privada sem fins lucrativos, com personalidade jurídica e patrimônio próprios,
dotada de autoridade administrativa independente.
2 Compete à CVM manter o registro de companhias para negociação em bolsa e em mercado de
balcão.
14
14
I. Presidente do Banco Central do Brasil.
II. Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia
III. Ministro da Economia
IV. Secretário da Receita Federal.
V. Ministro-chefe da Casa Civil.
VI. Secretário-geral da Presidência da República.
As atribuições do Comitê de Política Monetária (COPOM) incluem a definição da meta para a inflação.
( ) Certo
( ) Errado
16
16
27. (FCC/2017 – DPE-RS)
Compete ao Conselho Monetário Nacional
18
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37. (FCC/2019 – Banrisul)
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de dinheiro
em espécie é competência
(A) da Casa da Moeda do Brasil.
(B) do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
(C) do Banco Central do Brasil.
(D) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
(E) da Secretaria do Tesouro Nacional.
GABARITO
01) A 08) C 15) A 22) E 29) C 36) D
02) E 09) B 16) A 23) E 30) D 37) C
03) D 10) EC 17) C 24) B 31) E 38) E
04) A 11) EC 18) C 25) Certo 32) C 39) B
05) A 12) E 19) E 26) Errado 33) C
06) B 13) D 20) B 27) D 34) C
07) A 14) B 21) B 28) Certo 35) E
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19
MÓDULO 2
2. PRODUTOS BANCÁRIOS
Antes de adentrarmos para as particularidades desses dois tipos de cartões, vamos conhecer
alguns termos relacionados ao mercado deles.
Bandeiras
São instituições que autorizam o uso de sua marca e de sua tecnologia por emissores e
credenciadoras de estabelecimentos. Essas marcas aparecem nos cartões e nos estabelecimentos
credenciados.
Cartão de Crédito
É um meio de pagamento eletrônico que possibilita o portador adquirir bens e/ou serviços, pelo
preço à vista, nos estabelecimentos credenciados e realizar saques de dinheiro em equipamentos eletrônicos
habilitados. O cartão pode ser emitido para pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No caso de pessoa
jurídica, os cartões serão emitidos em nome dos sócios e/ou funcionários, podendo constar o nome da
empresa que assume a responsabilidade perante o emissor.
✓ nome do portador;
✓ número do cartão;
✓ data de validade;
✓ espaço para assinatura;
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✓ itens de segurança (hologramas e outros sinais específicos);
✓ tarja magnética e/ou "chip";
✓ identificação do emissor e da bandeira.
Cartão de Débito
É um meio de pagamento vinculado a uma conta bancária que, entre outras funções, é utilizado
para aquisição de bens e/ou serviços. O valor da transação é debitado na conta bancária, no ato da compra,
mediante disponibilidade de saldo.
Cartão Múltiplo
É um meio de pagamento que contém as funções de débito e crédito, habilitando o portador a ter
acesso aos serviços disponibilizados e pela rede de estabelecimentos credenciados.
FUNÇÃO
CRÉDITO
CARTÃO
MÚLTIPLO
FUNÇÃO
DÉBITO
Credenciadoras
São empresas que habilitam estabelecimentos fornecedores de bens e/ou prestadores de serviços
para aceitarem cartões.
Emissores
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Validade do Cartão
O cartão somente poderá ser utilizado até a data de validade nele inscrita. Em caso de renovação
pelo emissor, o portador receberá um novo cartão. É responsabilidade de portador titular destruir o(s)
cartão(ões) vencido(s), inutilizando-o(s) completamente.
Tipos de Cartões
✓ Básico: nacional e/ou internacional, não pode ser associado a programas de benefícios e/ou
recompensas.
✓ anuidade;
SAIBA MAIS...
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contratação de serviços de envio de mensagem automática
relativa à movimentação ou lançamento na conta de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo
fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado, e ainda pelo fornecimento
emergencial de segunda via de cartão de crédito. Esses serviços são considerados “diferenciados”
pela regulamentação.
✓ limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passível de
contratação;
✓ valor dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, no caso de o cliente optar pelo
pagamento mínimo da fatura; e
ATENÇÃO!
O percentual de pagamento mínimo da fatura poderá ser livremente pactuado entre a instituição e
o cliente. Caso haja alteração desse percentual pela instituição emissora do cartão o cliente
deverá ser comunicado, com, no mínimo, 30 dias de antecedência.
Quando o usuário do cartão não paga integralmente a fatura, a Administradora do Cartão busca o
financiamento do saldo devedor junto a uma instituição financeira, por delegação do usuário (cláusula-
mandato). Neste caso são cobrados encargos financeiros sobre o saldo não liquidado.
Opções de pagamento:
✓ Pagamento do valor integral até o vencimento: neste caso não há cobrança de encargos
financeiros, como os juros e IOF;
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
• Vantagens do CDC
✓ Nos contratos prefixados, que já têm os juros embutidos na prestação, é possível saber
quanto vai se pagar ao longo do período;
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✓ Na opção prefixada, as prestações são fixas em reais e não sofrem correção.
• Desvantagens do CDC
✓ As taxas de juros são mais baixas nos prazos de financiamentos curtos e mais elevadas no
caso de financiamentos mais longos.
Modalidades:
c) crédito rural especial: destinado a cooperativas de produtores rurais, para aplicações próprias
ou dos associados e; programas de colonização ou reforma agrária.
Favorecidos:
• pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique às seguintes
atividades:
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e) medição de lavouras;
f) atividades florestais.
• o silvícola, desde que, não estando emancipado, seja assistido pela Fundação Nacional do Índio
(Funai).
Finalidades:
a) custeio (agrícola ou pecuário): destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos.
b) investimento: destina-se a aplicações em bens ou serviços cujo desfrute se estenda por vários
períodos de produção.
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Garantias:
b) alienação fiduciária;
d) aval ou fiança;
f) proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de direitos,
contratual ou cedular;
Formalização:
Despesas:
a) remuneração financeira;
b) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e
Valores Mobiliários (IOF);
e) prêmio de seguro rural, observadas as normas divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados;
f) sanções pecuniárias;
ATENÇÃO!
Utilização:
O crédito rural deve ser liberado diretamente ao mutuário de uma só vez ou em parcelas, por caixa
ou em conta de depósitos, de acordo com as necessidades do empreendimento, devendo as utilizações
obedecer a cronograma de aquisições e serviços.
Reembolso:
O crédito rural deve ser pago de uma só vez ou em parcelas, segundo os ciclos das Explorações
financiadas.
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Deve-se estabelecer o prazo e o cronograma de reembolso em função da capacidade de
pagamento do beneficiário, de maneira que os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção
dos rendimentos da atividade assistida.
Fiscalização:
As instituições financeiras, por sua vez, podem utilizar equipamentos como drones ou fotos feitas
a partir de satélites (sensoriamento remoto) para fiscalizar a aplicação do crédito. Checagens individuais são
obrigatórias para aqueles que tiveram acesso a um montante a partir de R$ 800 mil.
O empreendedor familiar rural é aquele que pratica atividades no meio rural, em área não maior
do que quatro módulos fiscais, que utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades
econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, dentre outros quesitos.
Pescadores artesanais que explorem a atividade como autônomos, silvicultores que promovam o
manejo sustentável de florestas nativas ou exóticas, quilombolas e indígenas também podem ser tomadores
de crédito.
Os recursos do Pronaf podem ser disponibilizados de forma individual ou coletiva. As taxas efetivas
de juros variam entre 2,5% ao ano (para o cultivo de arroz, feijão, mandioca, tomate, cebola, batata inglesa
e trigo, entre outros) a 5,5% ao ano (para a aquisição de animais destinados a recria e engorda e outras
culturas e criações).
Plano Safra:
O Plano Safra ajuda agricultores a custear a safra e a investir. O plano é lançado anualmente (sua
vigência coincide com o período da safra) e reúne um conjunto de políticas nas áreas de assistência técnica
e extensão rural, crédito, seguro da produção, preço, comercialização e organização econômica.
Nos últimos anos, os juros do Plano Safra variaram entre 6,5% e 8,5% ao ano.
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Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO):
O Proagro tem como foco principalmente os pequenos e os médios produtores, embora esteja
aberto a todos dentro do limite de cobertura estabelecido na regulamentação. É administrado pelo Banco
Central, regulamentado pelo CMN e os agentes são as Instituições Financeiras (bancos e cooperativas).
A Caderneta de Poupança é o investimento mais popular do país. Sua forma de aplicação financeira
é muito simples, mas o retorno do investimento é atualmente bastante baixo.
A Caderneta de Poupança é produto exclusivo das sociedades de crédito imobiliário, das carteiras
imobiliárias de bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimo e das caixas econômicas –
entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE.
A Poupança tem um papel social. Por lei, 65% dos depósitos em cadernetas de poupança devem
ser destinados ao financiamento habitacional.
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Remuneração da Caderneta de Poupança
1) Se a Taxa Selic for superior a 8,5% ao ano, então, a remuneração da poupança será de 0,5%
ao mês mais a TR1 (Taxa Referencial);
2) Caso a Selic seja igual ou menor do 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da
Selic mais a TR.
✓ Remuneração básica: TR
✓ Remuneração adicional - Juros:0,5%am ou 70% da Selic
Outras características
• Contas abertas nos dias 29, 30 e 31 contam rendimento a partir do dia 1º do mês seguinte;
• Quando se faz um depósito em cheque, desde que ele não seja devolvido, a remuneração passa
a ser feita a partir da data do depósito, independentemente do prazo de liberação.
1 Atualmente a TR é utilizada no cálculo do rendimento de vários investimentos, tais como títulos públicos, caderneta de poupança e
outras operações, tais como empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), pagamentos a prazo e seguros em geral. É
calculada pelo Banco Central do Brasil, com base na taxa média mensal ponderada ajustada dos CDBs prefixados das trinta maiores
instituições financeiras do país, eliminando-se as duas menores e as duas maiores taxas médias.
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Serviços Essenciais vinculados à Caderneta de Poupança
• Um cartão para movimentar a conta e o fornecimento de uma 2ª via (a 2ª via poderá ser
cobrada quando a solicitação for por motivo de perda, roubo, furto, dano ao cartão ou outros
motivos que não sejam de responsabilidade da instituição);
• Duas transferências, por mês, para conta corrente do mesmo titular, na mesma instituição
financeira;
• Um extrato com informações discriminadas, mês a mês, dos valores das tarifas e encargos de
operações de crédito cobradas no ano anterior, fornecido até o dia 28 de fevereiro; e
• Qualquer serviço realizado por meio eletrônico, no caso de conta que só pode ser movimentada
por meio eletrônico (terminais de autoatendimento, internet, atendimento telefônico
automatizado etc.).
2.5. Capitalização
Título de Capitalização (TC) é uma aplicação pela qual o Subscritor constitui um capital, segundo
cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago
em moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só pode ser comercializado
pelas Sociedades de Capitalização devidamente autorizadas a funcionar.
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Componentes
• POPULAR: Tem por objetivo propiciar a participação do titular em sorteios, sem que haja
devolução integral dos valores pagos. Normalmente, esta modalidade é a utilizada quando há
cessão de resgate a alguma instituição;
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mantidas por doações no Brasil utilizam deste mecanismo e, muitas vezes, o valor arrecadado
através dos produtos lastreados por títulos de capitalização são sua principal fonte de renda;
Observações Importantes
• Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são obrigatoriamente fixos. Já nos
títulos com vigência superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a cada período de 12
meses, por aplicação de um índice oficial estabelecido no próprio título;
• Os títulos não podem ser resgatados a qualquer momento. Alguns prevêem prazo de carência,
isto é, um período inicial em que o capital fica indisponível ao titular. Se o titular solicitar o
resgate durante o período de carência ou se o título for cancelado, o resgate só poderá
acontecer efetivamente (receber o dinheiro) após o encerramento do período de carência;
• Um TC pode ser adquirido para outra pessoa. Nesse caso o subscritor, que é a pessoa que
adquire o título e assume o dever de efetuar os pagamentos, pode, desde que comunique por
escrito à Sociedade, a qualquer momento, e não somente no ato da contratação, definir quem
será o titular, isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o
sorteio.
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• RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez
total e permanente;
• PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
inscrição em decorrência da morte do participante;
• PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s)
indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante;
Taxas Cobradas
• TAXA DE CARREGAMENTO: incide sobre cada depósito que é feito no plano. Ela serve para
cobrir despesas de corretagem e administração.
Fases de um Plano
Período de acumulação
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Tabela Regressiva
É vinculada ao tempo da aplicação. Quanto maior for o prazo de acumulação ou quanto mais
tempo você permanecer no plano, menor será a alíquota de imposto de renda na hora do resgate ou
recebimento da renda. Veja abaixo:
Tabela Progressiva
É a mesma que determina a alíquota do Imposto de Renda sobre o seu salário. Na prática, o que
determina a alíquota sobre o plano de previdência é o valor a ser resgatado ou transformado em renda.
Período de utilização
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PGBL X VGBL
BENEFÍCIO TRIBUTAÇÃO
MODALIDADE PERFIL
FISCAL RENTABILIDADE RESGATE APOSENTADORIA
Diferentemente
Indicado para quem:
de outros
1) Faz a declaração
investimentos,
completa do Imposto Os valores
as contribuições
de Renda; depositados No momento No momento do
em previdência
2) Contribui para a podem ser do resgate, recebimento da
não sofrem
PGBL Previdência Social deduzidos todo o valor renda, todo o
incidência de
PLANO GERADOR
(ou Regime Próprio) da base de resgatado está valor recebido
Imposto de
DE BENEFÍCIO ou é aposentado; cálculo do sujeito a está sujeito à
Renda enquanto
LIVRE 3)Pretende IR, em até incidência de incidência de
o dinheiro
contribuir com até 12% da Imposto de Imposto de
estiver investido.
12% de sua renda renda bruta Renda. Renda.
Assim, a reserva
bruta anual em anual.
rende ainda mais
previdência
ao longo do
complementar.
tempo.
Indicado para quem: Diferentemente
1) Faz a declaração de outros
No momento
simplificada do investimentos,
do resgate, No momento do
Imposto de Renda as contribuições
apenas o recebimento da
ou são isentos de IR; Os valores em previdência
rendimento renda, apenas o
2) Contribui ou não depositados não sofrem
VGBL (ganho de rendimento
para a Previdência não podem incidência de
VIDA GERADOR
capital) (ganho de capital)
Social (INSS) ou ser Imposto de
DE BENEFÍCIO alcançado no alcançado no
Regime Próprio; deduzidos Renda enquanto
LIVRE plano está plano está sujeito
3) Pretende do Imposto o dinheiro
sujeito a à incidência do
contribuir com mais de Renda. estiver investido.
incidência do Imposto de
de 12%* de sua Assim, a reserva
Imposto de Renda.
renda bruta anual rende ainda mais
Renda.
em previdência ao longo do
complementar. tempo.
2.7. Investimentos
DEPÓSITOS A PRAZO
Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e os Recibos de Depósito Bancário (RDB) são títulos
privados representativos de depósitos a prazo feitos por pessoas físicas ou jurídicas.
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CDB RDB
Sim Não
É TRANSFERÍVEL?
LETRA DE CÂMBIO
2
Novidade implementada pela Resolução n.º 4.812/20 - BACEN
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• Prefixada: a rentabilidade é definida no momento da aplicação. O retorno geralmente é
expresso através de uma porcentagem;
• Possuem um prazo de vencimento, que na maioria dos casos é o mesmo período de carência;
• Algumas possuem liquidez diária, podendo ser rapidamente resgatadas pelo investidor;
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Taxas e Custos
✓ Taxa de Performance: pode ser cobrada quando o resultado do fundo supera uma certa meta
previamente estabelecida;
Todos os custos do fundo devem ser obrigatoriamente descontados do valor da cota e, portanto,
da rentabilidade divulgada.
Tributação
✓ Imposto de Renda (IR): recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro;
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✓ Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): incide sobre o rendimento nos resgates feitos num
período inferior a 30 dias.
✓ Fundo de Renda Fixa: devem possuir, no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados
diretamente ao fator de risco que lhe dá o nome;
✓ Fundo de Ações: devem investir, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações e em outros
valores mobiliários relacionados a ações;
✓ Fundo Cambial: devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em ativos que
sejam relacionados à variação de uma moeda estrangeira;
✓ Fundo Multimercado: devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores de
risco, sem compromisso de concentração em qualquer fator em especial.
Contrato mediante o qual uma pessoa denominada Segurador, se obriga, mediante o recebimento
de um prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros,
previstos no contrato.
Terminologias
• Proponente: Pessoa que pretende fazer um seguro e que já firmou, para esse fim, a proposta;
• Estipulante: Pessoa física ou jurídica que contrata apólice coletiva de seguros, ficando
investido dos poderes de representação dos segurados perante a Seguradora;
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• Seguradora: Empresa autorizada pela SUSEP a funcionar no Brasil e que, recebendo o prêmio,
assume os riscos descritos no contrato de seguro;
• Risco: Evento incerto ou de data incerta que independe da vontade das partes contratantes e
contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa de sinistro. Sem risco não pode haver
contrato de seguro;
• Segurado: Pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, contrata o seguro em seu
benefício pessoal ou de terceiros;
• Endosso: Aditivo ao contrato pelo qual a Seguradora e o Segurado acordam quanto a alteração
de dados, modificam condições ou objeto da apólice ou a transferem a terceiros;
Modalidades de Seguros
• Seguros de Risco: são todos os outros em que os prêmios só têm retorno para o segurado na
forma de cobertura de eventual sinistro. Exemplos: Auto e Responsabilidade Civil, Acidentes
Pessoais, Saúde etc.
Pulverização de Responsabilidades
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• Resseguro: É quando uma operação em que uma seguradora está envolvida ultrapassa o limite
de sua capacidade econômica de indenizar, então ela transfere à resseguradora o excesso de
responsabilidade;
• Retrocessão: O ressegurador repassa parte das responsabilidades que assumiu para outro
ressegurador ou seguradoras, com o objetivo de proteger seu patrimônio. Nessa operação, são
cedidos riscos, informações e parte do prêmio de seguro.
Tipos de Resseguradores
• Local: ressegurador sediado no país, constituído sob a forma de sociedade anônima, que tenha
por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão.
Tipos de Seguros
• Seguro Rural: é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por permitir ao
produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos
adversos; cobre também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos,
o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores;
• Seguro Compreensivo: garante, em geral, três riscos: incêndio, queda de raio e explosão;
conjugam diversas coberturas adicionais, tais como: vendaval, queda de aeronaves, perda de
aluguel, entre diversas outras;
• Seguro de Danos: objetiva garantir ao segurado, até o limite máximo de garantia e de acordo
com as condições do contrato, o pagamento de indenização por prejuízos, devidamente
comprovados, diretamente decorrentes de perdas e/ou danos causados aos bens segurados,
ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto;
• Seguro de Pessoas: tem por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao segurado
e aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as garantias contratadas. Como
exemplos de seguros de pessoas, temos: seguro de vida, seguro funeral, seguro de acidentes
pessoais, seguro educacional, seguro viagem, dentre outros;
• Seguro de Transportes: garante ao segurado uma indenização pelos prejuízos causados aos
bens segurados durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em
percursos nacionais e internacionais;
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• Seguro de Crédito: tem por objetivo ressarcir o SEGURADO (credor), nas operações de crédito
realizadas com clientes domiciliados no país, das perdas causadas por devedor insolvente;
• Seguro de Veículos: para cobrir danos acidentais causados ao veículo, roubo ou furto do
mesmo (ou suas partes), ressarcimento de danos (materiais ou pessoais) causados pelo veículo
a terceiros, indenização aos passageiros acidentados do veículo (ou seus beneficiários) e
assistência ao veículo e seus ocupantes, em caso de acidente ou pane;
• DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres): visa pagar
indenizações a pessoas vitimadas por morte, invalidez permanente e despesas de assistência
médica e suplementares;
• DPEM (Danos Pessoais Causados por Embarcações): tem por finalidade dar cobertura aos
danos pessoais causados por embarcações ou por sua carga às pessoas embarcadas,
transportadas ou não transportadas, inclusive aos proprietários, tripulantes e condutores das
embarcações, independentemente de a embarcação estar ou não em operação;
Observações Importantes
• É proibida a realização de mais de um seguro cobrindo o mesmo objeto ou interesse, salvo nos
casos de seguros de pessoas.
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Exercícios - Produtos e Serviços
Financeiros
1. (CESGRANRIO/2013 – Banco da Amazônia)
Os planos de seguro têm o objetivo de gerar proteção patrimonial às pessoas físicas ou jurídicas.
Em um seguro de veículo, se o segurado trocar de carro ou incluir algum item em sua apólice, ele deverá
solicitar a seguradora um
(A) endosso na apólice
(B) reembolso de prêmio
(C) estorno de pagamento
(D) cancelamento de apólice
(E) pedido de prêmio
5. (FGV/2014 - BNB)
O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) se difere do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) no que
tange ao tratamento fiscal. No caso do PGBL:
(A) o imposto de renda é pago no resgate e incide sobre o total do valor resgatado;
(B) o imposto de renda é pago no resgate e incide sobre os ganhos de capital;
(C) o imposto de renda é pago semestralmente e incide sobre os ganhos de capital;
(D) ambas as aplicações são isentas de cobrança de imposto de renda;
(E) ambas as aplicações estão sujeitas a alíquota fixa de 6% de imposto de renda.
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44
6. (CESPE/2014 – Câmara dos Deputados)
Acerca dos seguros privados e resseguros, julgue o item subsequente.
1 O seguro de garantia estendida procura complementar a garantia original de fábrica, mas não é
aplicável aos contratos de compra e venda de bens de consumo duráveis.
2 Os seguros de pessoas garantem o pagamento de indenização ao segurado e seus beneficiários de
acordo com as condições contratuais. Nessa categoria tem-se, como exemplo, o seguro funeral, o
seguro educacional e o seguro desemprego.
3 O contrato de seguro assume que existem direitos e obrigações de ambas as partes. Deve o
segurado pagar o prêmio e o segurador arcar com as despesas.
4 Resseguro é a operação pela qual uma seguradora se alivia de forma integral do risco de um seguro
já feito, adquirindo novo seguro em outra seguradora.
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46
17. (FGV/2018 – Banestes)
A remuneração atual da caderneta de poupança possui um componente básico, baseado na taxa
referencial (TR), e um adicional, dependente da política monetária corrente.
O parâmetro de política monetária utilizado no cálculo é a:
(A) taxa do CDI – Certificado de Depósito Interbancário;
(B) meta da taxa Selic;
(C) meta de inflação;
(D) taxa Selic diária;
(E) rentabilidade média das NTN-B’s.
48
48
(E) as entidades de previdência fechada, também chamadas de fundo de pensão, oferecem planos
criados por empresas e voltados exclusivamente aos seus funcionários, não podendo ser
oferecidos para quem não é funcionário daquela empresa.
GABARITO
01) A 06) ECCE 11) Errado 16) E 21) E 26) E
02) C 07) D 12) Certo 17) B 22) Certo 27) A
03) C 08) C 13) Errado 18) A 23) D 28) E
04) B 09) D 14) Certo 19) A 24) B 29) D
05) A 10) A 15) Errado 20) D 25) A
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49
MÓDULO 3
Ele tem uma grande importância no desenvolvimento do país, pois estimula a poupança e o
investimento produtivo, o que é essencial para o crescimento de qualquer sociedade econômica moderna.
As operações que ocorrem no mercado de valores mobiliários, bem como seus participantes, são
regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Nesse mercado temos a presença marcante das companhias, dos intermediários financeiros e dos
investidores. As companhias abertas, por exemplo, necessitam de recursos financeiros para realizar
investimentos produtivos, tais como: inovação tecnológica, expansão da capacidade ou mesmo o
alongamento do prazo de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros
excedentes, que precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo. Os
intermediários financeiros criam as condições para que tais objetivos, de ambas partes, sejam alcançados.
Participantes do Mercado
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II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores
mobiliários;
IV - as cédulas de debêntures;
VI - as notas comerciais;
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores
mobiliários;
Os valores mobiliários podem ser negociados, a princípio, em dois ambientes distintos: na bolsa
de valores ou no mercado de balcão.
A principal função dos mercados de bolsa e de balcão é organizar, manter, controlar e garantir
ambientes ou sistemas propícios para o encontro de ofertas e a realização de negócios com formação
eficiente de preços, transparência e divulgação de informações e segurança na compensação e liquidação
dos negócios.
Ambientes de negociações
51
Nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os negócios, como os preços, as quantidades
e horários, entre outras, devem ser publicadas continuamente, com no máximo 15 minutos de atraso. As
entidades administradoras de mercados de bolsa devem manter sistemas de controle de riscos e,
especialmente, manter mecanismo de ressarcimento de prejuízos, para assegurar aos investidores o
ressarcimento de prejuízos decorrentes de erros ou omissões das instituições intermediadoras ou seus
administradores e empregados.
Os mercados de balcão não organizado são considerados aqueles em que as negociações são
realizadas com participação de instituições integrantes do sistema de distribuição, que não seja realizada
em mercados de bolsa ou balcão organizado.
Fragmentação do Mercado
Companhia Aberta
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§1º Somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na
Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados no mercado de valores
mobiliários.
Companhia Fechada
Por exclusão, a companhia que não possui valores mobiliários de sua emissão negociados em
mercados organizados, será considerada uma companhia fechada, ou companhia de capital fechado.
53
de valores ou no mercado de balcão. No mercado de capitais são admissíveis negociações com ações sem
valor nominal.
Tipos de Ações
SAIBA MAIS...
Vale destacar que este direito de voto só é concedido caso o estatuto determine como vantagem,
para as ações preferenciais, o pagamento prioritário de dividendos fixos ou mínimos. Caso a
vantagem atribuída às ações preferenciais seja o reembolso de capital, como é permitido pela lei,
esses acionistas não adquirem direito de voto, mesmo após três anos sem o pagamento de
dividendos.
As ações podem ser convertidas de um tipo para outro, nos termos do estatuto, como, por
exemplo, de ordinárias em preferenciais, ou vice-versa.
Agrupamento e Desdobramento
• Split (desdobramento): distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, pela diluição do
capital em um maior número de ações, com o objetivo de aumentar a liquidez delas.
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Direitos e Proventos das Ações
• Dividendos: É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos seus
acionistas. Os acionistas são isentos do IR de 15% na fonte sobre o valor recebido. Há dividendos
obrigatórios, fixos e mínimos.
✓ Obrigatórios: os acionistas têm direito a receber como dividendo uma parcela dos lucros
obtidos pela sociedade em cada exercício social; é chamada de “Dividendo Obrigatório” a
menor porcentagem do lucro que deve ser distribuída como dividendos; como regra geral,
o estatuto pode definir como dividendo obrigatório qualquer porcentagem do lucro, no
entanto, se o estatuto for omisso sobre este assunto, o dividendo obrigatório será
considerado 50% do lucro líquido ajustado; se o estatuto for omisso e posteriormente a
Assembleia Geral decidir alterá-lo para estabelecer um valor, o dividendo obrigatório não
poderá ser inferior a 25% do lucro líquido ajustado.
✓ Fixos: destinados aos acionistas preferenciais, são aqueles cujo valor encontra-se
devidamente quantificado no estatuto, seja em montante certo em moeda corrente, em
percentual do capital, do valor nominal da ação ou, ainda, do valor do patrimônio líquido da
ação. Nesta hipótese, tem o acionista direito apenas a tal valor, ou seja, uma vez atingido o
montante determinado no estatuto, as ações preferenciais com direito ao dividendo fixo não
participam dos lucros remanescentes, que serão distribuídos entre ações ordinárias (e
preferenciais de outras classes, se houver).
55
presentes, todavia, somente os acionistas titulares de ações ordinárias têm, necessariamente,
o direito de voto nas deliberações da Assembleia Geral. Por este motivo o voto é considerado
um direito fundamental dos titulares de ações ordinárias, tanto que a Lei das S.A. estabelece
que cada ação ordinária deve corresponder a um voto nas deliberações da Assembleia Geral.
Ofertas Públicas
Quando a empresa está realizando sua primeira oferta pública ela está abrindo seu capital. A oferta
recebe o nome de Oferta Pública Inicial ou IPO (Initial Public Offer).
Quando este não é o caso, as emissões são conhecidas como ofertas subsequentes ou no termo
em inglês follow on.
Tipos de Ofertas:
✓ Quando a empresa vende novos títulos e o valor desta venda vai para o caixa da empresa, elas
são classificadas como primárias.
✓ Todavia quando não envolvem a emissão de novos títulos, apenas a venda de ações já
existentes (normalmente quando os sócios querem desinvestir ou reduzir sua participação no
negócio), esta oferta é caracterizada como secundária ou Block Trade.
MERCADO PRIMÁRIO: as ações e/ou debêntures, por exemplo, são vendidas pela primeira vez e
os recursos financeiros obtidos são direcionados para a respectiva companhia.
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3.4. Operações de Underwriting
Tipos de Subscrição
• Residual (Stand-By): Compromisso assumido pela instituição quanto ao fato de ela própria
efetivar a subscrição, após determinado prazo, dos títulos que se comprometeu a colocar no
mercado, mas que não encontraram interessados.
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Nesse mercado, os preços são formados em pregão em negociações realizadas no sistema
eletrônico de negociação PUMA Trading System da B[3].
As ordens dos investidores às corretoras são processadas através do Home Broker, um sistema
informatizado disponibilizado pelos intermediários.
Etapas da negociação:
Os emolumentos são cobrados pela Bolsa por pregão em que tenham ocorrido negócios por ordem
do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é um percentual do valor financeiro da operação.
A tarifa de custódia para manutenção de conta é cobrada por algumas corretoras, que também
cobram corretagem pelas operações executadas.
3.6. Debêntures
São títulos emitidos por Sociedades Anônimas não-financeiras de capital aberto (as sociedades de
arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão autorizadas a emiti-las), representativos de
um empréstimo, ou seja, são títulos de dívidas da empresa, que rendem juros.
O limite para emissão de debêntures é definido em assembleia. Podem ter na escritura de emissão
cláusula de resgate antecipado, parcial ou totalmente.
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Na emissão de debêntures é obrigatória a elaboração de um documento chamado "Escritura de
Emissão", onde são especificados os direitos e deveres dos debenturistas e da emissora. Nesse documento
também é apresentado o "Agente Fiduciário” dos debenturistas – pessoa física ou jurídica que representa
os interesses dos debenturistas, verificando o cumprimento das condições pactuadas na Escritura, além de
elaborar relatórios de acompanhamento.
• Conversível: o credor pode optar em transformar suas debêntures em ações após determinado
prazo da emissão.
Direitos e Remunerações
• Juros;
• Prêmios de reembolso.
• Garantia Real: é fornecida pela emissora e pressupõe a obrigação de não alienar ou onerar o
bem registrado em garantia; tem preferência sobre outros credores, desde que averbada no
registro; é uma garantia forte.
• Garantia Flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas
não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo; oferece a precedência em relação
aos credores após as garantias reais, os encargos trabalhistas e os impostos; é uma garantia
fraca.
• Garantia Quirografária (ou sem preferência): não oferece privilégio algum sobre o ativo da
emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores quirografários (sem
preferência), em caso de falência da companhia.
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3.7. Commercial Papers
São títulos (NP’s) de curto prazo que as empresas por sociedades anônimas (S.A.) de capital aberto
ou fechado emitem, visando captar recursos no mercado interno ou externo para financiar suas
necessidades de capital de giro. É uma alternativa às operações de empréstimos bancários convencionais,
permitindo geralmente uma redução nas taxas de juros.
• Índice de Preços: Como o prazo máximo de uma NP é de 360 dias, e a remuneração de ativos
por índice de preços exige prazo mínimo de um ano, uma NP não pode ser remunerada por
índice de preços.
• TBF: A NP é uma operação do mercado de valores mobiliários, enquanto a TBF, de acordo com
a legislação, deve ser utilizada exclusivamente para remuneração de operações realizadas no
mercado financeiro.
Outras características:
• Costumam ser negociados com descontos, sendo seu valor de face pago por ocasião do resgate;
• Uma vantagem para o emissor em relação a um empréstimo é que a operação é isenta do IOF
e possibilita o levantamento de recursos fora do sistema financeiro, atingindo investidores
institucionais;
• O prazo do papel não pode ser inferior a 30 dias e nem superior a 180 dias (capital fechado) e
360 dias (capital aberto). No vencimento a emissora resgata.
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COMPARATIVO: DEBÊNTURES X COMMERCIAL PAPERS
O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para tanto,
regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele operam. Além disso, o Banco Central
pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e
limitada, com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de câmbio.
O Brasil mantém, desde 1999, um regime de câmbio flexível. Nesse regime, a taxa de câmbio
flutua livremente, em resposta aos fluxos cambiais. Não há, pois, nível máximo nem mínimo estabelecido
para a taxa de câmbio.
Assim, o BC não intervém com o objetivo de regular as taxas de câmbio, mas somente para
garantir o adequado funcionamento desse mercado, especialmente para reduzir a volatilidade excessiva da
61
taxa de câmbio, evitar restrições de liquidez e garantir o provimento de mecanismos de proteção ao
mercado.
Mercado Primário
A operação de mercado primário implica entrada ou saída efetiva de moeda estrangeira do País.
Esse é o caso das operações realizadas com exportadores, importadores, viajantes etc.
Mercado Secundário
É uma relação de valor entre duas moedas, ou seja, corresponde ao preço da moeda de um
determinado país em relação à outra de outro país. No mercado de câmbio brasileiro, a taxa cambial é uma
taxa livre.
• Tipos de Taxas:
▪ Taxa PTAX – é a taxa média de compra ou venda do dólar comercial ponderada em valor,
apurada pelo BC ao final de cada dia nas liquidações do mercado interbancário de câmbio.
▪ Taxa de Câmbio para Repasse (compra pelo BC) e Cobertura (venda pelo BC);
Operações Básicas
62
Formas das Operações
O Banco Central não estabelece quais documentos devem ser exigidos em cada operação de
câmbio. Isso é responsabilidade do agente autorizado. O BC estabelece apenas que a documentação deve
ser suficiente para identificar o cliente e respaldar a pretendida operação de câmbio. Assim, a documentação
exigida pode variar de acordo com a operação e de instituição para instituição.
Nas operações com valor equivalente a até US$ 3.000,00 (três mil dólares), a regulamentação
cambial dispensa a apresentação de documentação referente aos negócios jurídicos subjacentes, mas
mantém a obrigatoriedade de identificação dos clientes.
No entanto, a instituição autorizada pode, a seu critério, solicitar do cliente a documentação que
julgar necessária.
▪ Bancos comerciais;
▪ Bancos de Investimento;
▪ Bancos múltiplos;
▪ Bancos de câmbio;
▪ Bancos de Desenvolvimento;
▪ Agências de Fomento;
63
• LIMITADOS AO VALOR DE US$ 100 MIL EM OPERAÇÕES DE CÂMBIO RELATIVO A EXPORTAÇÃO
OU IMPORTAÇÃO:
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT também é autorizada pelo Banco Central a
realizar operações com vales postais internacionais, emissivos e receptivos, destinadas a atender
compromissos relacionados a operações especificas definidas pelo Banco Central, observando o limite de
US$ 50 mil para recebimento de exportações e importações.
Além desses agentes, o Banco Central também concedia autorização para agências de turismo e
meios de hospedagem de turismo para operarem no mercado de câmbio. Tais autorizações permaneceram
válidas até 31.12.2009.
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I - indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de câmbio;
II - apresentar projeto, nos termos fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os
objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regulamentação
cambial e prevenir e coibir os crimes tipificados na Lei 9.613, de 3 de março de 1998 (Dispõe sobre os crimes
de “lavagem de dinheiro”).
É dispensável sua utilização nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira de até
US$ 10 mil, ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, mas o agente do mercado de câmbio deve
identificar seu cliente e registrar a operação.
▪ Prontos: são aqueles cuja liquidação deve ocorrer em até 2 dias úteis (D+2);
▪ Futuros: aqueles cuja liquidação deva ser processada em prazo maior que 2 dias úteis.
Valor Efetivo Total (VET): É calculado considerando a taxa de câmbio, os tributos incidentes e as
tarifas eventualmente cobradas.
A posição de câmbio é representada pelo saldo das operações de câmbio (compra e venda de
moeda estrangeira, de títulos e documentos que as representem e de ouro – instrumento cambial),
registradas no Sistema Câmbio.
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✓ Posição Comprada: é o saldo em moeda estrangeira resultante de compras (prontas ou para
liquidação futura) em valores superiores às vendas;
Swap (do inglês, “troca”) é um derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de
taxas ou rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos. Por meio dele o BC procura evitar
movimento disfuncional do mercado de câmbio.
O objetivo dessas operações é prover "hedge" cambial – proteção contra variações excessivas da
moeda americana em relação ao real – e liquidez ao mercado de câmbio doméstico. A compra de contrato
de swap pelo BC funciona como injeção de dólares no mercado futuro.
Exemplo: Uma pessoa tem, no futuro, uma obrigação indexada à moeda norte-americana. O dólar
é uma moeda com cotações diárias e, sabendo disso, tal pessoa, com receio de ter que arcar com um valor
acima das expectativas, protege-se, contratando junto ao Bacen um instrumento que lhe permita trocar a
variação da Taxa DI (por exemplo) pela variação do dólar.
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Informações Importantes
• Desde 2005, quando a Resolução CMN 3.265 unificou o Mercado de Câmbio de Taxas Livres
(conhecido como "câmbio comercial") e o Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes (conhecido
como "câmbio turismo"), existe um único mercado de câmbio legal no País;
• Qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar e vender moeda estrangeira, desde que a outra
parte na operação de câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado
de câmbio e que seja observada a regulamentação em vigor, incluindo a necessidade de
identificação em todas as operações. É dispensado o respaldo documental para as operações
de valor até o equivalente a US$ 3 mil;
• Os bancos não são obrigados a vender moeda em espécie. As operações de câmbio, em sua
maioria, são liquidadas por meio de emissão de ordem de pagamento. Apenas as operações
relativas às viagens internacionais ou às operações destinadas à compra de moeda para
aquisição de medicamentos podem ser liquidadas em espécie;
✓ Para aquisição de moeda estrangeira em espécie: aumento de 0,38% para 1,1% na alíquota
do imposto;
✓ Para operações com cartão de crédito, débito ou pré-pago: fica mantida a alíquota
de 6,38%.
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Exercícios - Mercado de Capitais e de
Câmbio
1. (FCC/2012 – BANESE)
As debêntures são instrumentos de captação de recursos de longo prazo.
(A) privativos de instituições financeiras de capital estrangeiro.
(B) emitidos por bancos de desenvolvimento.
(C) que se destinam à aplicação exclusiva de fundos de investimento.
(D) emitidos no mercado interfinanceiro.
(E) que atribuem ao investidor os direitos previstos na escritura de emissão.
3. (PAC/2014 - BANPARÁ)
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários.
I – Tem como objetivo de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu
processo de capitalização.
II – Cuida dos empréstimos bancários, conferindo e controlando as taxas e juros a ser cobrado.
III – É subdividido em Mercado Primário e Mercado Secundário.
IV – O Mercado Acionário tem a função de trazer benefícios para as partes envolvidas proporcionando
crescimento econômico.
As afirmativas corretas são:
(A) I, II e III
(B) I, II e IV
(C) II, III e IV
(D) I, III e IV
(E) Todas estão corretas
4. (PAC/2014 - BANPARÁ)
São valores mobiliários, representativo de crédito de médio e longo prazo que asseguram, aos seus
detentores, direito de crédito contra a companhia emissora.
(A) Letra Hipotecária
(B) Debêntures
(C) Ações
(D) Notas Promissórias
(E) Letra Financeira do Tesouro
68
68
(C) baixa probabilidade de perdas financeiras.
(D) alta probabilidade de perdas financeiras.
(E) isenção de imposto de renda
9. (PAC/2014 - BANPARÁ)
O contrato de câmbio é um documento que formaliza a operação de compra ou venda de moeda
estrangeira que deve ser registrado no:
(A) SISCOMEX
(B) Registro de Exportação
(C) Banco do Brasil
(D) Banco Central
(E) Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio
70
70
15. (CEBRASPE/2016 – FUNPRESP)
Julgue os itens subsequentes, acerca de taxa de câmbio e de regimes cambiais.
1. A depreciação do peso argentino frente ao real pode reduzir as exportações dos produtos brasileiros
para a Argentina, desconsiderados os efeitos da inflação nos dois países.
2. O Brasil adota limites de flutuação cambial fixados pelo Banco Central do Brasil conforme o fluxo de
capitais externos
71
71
(D) negociação no balcão das empresas, sem garantia e cumprimento de várias normas exigidas pelo
agente regulador.
(E) concentração do capital na mão de poucos acionistas e negociação no balcão das empresas, sem
garantia.
CASTRO, J. Dólar deve subir no curto prazo, dizem analistas. Valor Econômico, 15 mar. 2018, p.C2. Adaptado.
Em países que adotam o regime de câmbio flutuante, as mudanças diárias observadas nas taxas de
câmbio estão relacionadas a diversos fatores.
72
72
25. (IADES/2019 – BRB)
Considerando as características específicas das sociedades por ações ou "companhias", assinale a
alternativa correta.
(A) Companhia aberta é aquela cujas ações estão habilitadas à negociação no mercado de valores
mobiliários.
(B) As ações ordinárias conferem aos respectivos titulares direito de voto e prioridade na distribuição
de dividendos, fixos ou mínimos.
(C) São valores mobiliários passíveis de negociação em bolsa de valores os títulos da dívida pública
federal, estadual e municipal, bem como os títulos cambiais de responsabilidade de instituição
financeira, inclusive debêntures.
(D) A emissão, a distribuição e a negociação de ações e demais valores mobiliários são reguladas pela
Comissão de Valores Mobiliários em conjunto com o Banco Central do Brasil.
(E) Uma das formas de captação de recursos junto ao público, de que podem se valer as sociedades
por ações, é a emissão de debêntures, que conferem aos próprios titulares direito de crédito contra
elas, nas condições constantes da escritura de emissão, sendo vedada, em qualquer hipótese, a
conversibilidade de tais debêntures em ações.
GABARITO
01) E 06) CEC 11) D 16) D 21) B
02) E 07) CEE 12) D 17) Errado 22) Certo
03) D 08) CCEC 13) D 18) C 23) E
04) B 09) E 14) ECEC 19) E 24) C
05) A 10) A 15) CE 20) E 25) A
73
73
MÓDULO 4
5. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Para assegurar que uma obrigação seja cumprida, as instituições financeiras podem exigir do
devedor uma garantia, ou seja, uma forma pela qual o credor obterá seu crédito, mesmo que o devedor
não queira pagá-lo, ou esteja impossibilitado.
Essa garantia tanto poderá ser baseada na confiança em alguém (fidúcia) como na oferta de um
bem material.
• Garantia Pessoal (fidejussória) – se o devedor não pagar a dívida, uma terceira pessoa será
obrigada a pagar no lugar dele. Exemplos: o aval e a fiança;
AVAL FIANÇA
Características do AVAL
• Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista;
74
• Quando feito declarando o nome do avalizado, como por exemplo, “avalizo este cheque em
favor de José da Silva”, chama-se aval em preto;
• Admite-se aval póstumo, com mesmo valor do dado antes do vencimento, desde que ocorra
antes do protesto;
• Quando o aval é dado a outro avalista, chama-se aval de aval ou aval sucessivo;
• Um título pode ter mais de um avalista, ou seja, é permitida a pluralidade de avalistas, chamado
de aval simultâneo ou co-aval.
Características da FIANÇA
• Somente em contrato, nunca em cambiais, a fiança dar-se-á por escrito, e não admite
interpretação extensiva;
• Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade;
• Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclusive as
despesas judiciais, desde a citação do fiador;
• As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de
incapacidade pessoal do devedor;
• Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não
for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens
suficientes para cumprir a obrigação;
75
• Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído;
• Admite benefício de ordem. Não aproveita este benefício ao fiador: se ele o renunciou
expressamente, se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário ou se o devedor
for insolvente, ou falido;
• O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá
demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota;
• O devedor responde perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que
sofrer em razão da fiança;
• O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que
lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a
notificação do credor;
• O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado se, sem consentimento seu, o credor conceder
moratória ao devedor;
• A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo
decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança;
• Os menores, mesmo emancipados, ainda que autorizados pelo juiz, não poderão afiançar;
RESUMO
76
5.2. Hipoteca, Penhor e Alienação Fiduciária
ALIENAÇÃO
HIPOTECA PENHOR
FIDUCIÁRIA
Transferência de
Garantia de pagamento
Garantia de pagamento propriedade de coisa
de dívida, constituída
de dívida, constituída móvel ou imóvel (retendo
sobre coisa móvel
CONCEITO sobre imóvel do devedor a posse direta) como
(fungível ou infungível) do
ou de terceiro sem tirá-lo garantia de uma dívida,
devedor, entregue ao
da posse do proprietário sob a condição de saldá-
credor
la
Penhor Comum ou
Tradicional: entrega ao
credor da coisa. Assinatura de contrato e
CONSTITUIÇÃO Assinatura de contrato e
arquivamento do mesmo
arquivamento do mesmo Penhor Mercantil:
DO ATO em Cartório de Registro
em Cartório assinatura de contrato de Títulos e Documentos
acessório e entrega (em
regra) da coisa
Características da Hipoteca
• O bem de dois ou mais proprietários não pode ser dado em garantia na sua totalidade, sem o
consentimento de todos, entretanto, cada um pode individualmente dar em garantia real a
parte que tiver;
77
• Não se registrarão no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o
mesmo imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem
a hora em que foram lavradas;
• A hipoteca extingue-se:
✓ Pela remissão;
Características do Penhor
• O penhor rural divide-se em penhor agrícola (frutos pendentes ou em vias de formação, frutos
armazenados, madeiras, lenha, carvão, máquinas e instrumentos agrícolas) e penhor pecuário
(semoventes etc.);
78
Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular,
registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas
empenhadas.
Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o
devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins que a lei
especial determinar.
O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou
mudar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas,
deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados no penhor.
Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se
acharem, por si ou por pessoa que credenciar.
• No momento em que for paga a última prestação, o bem retorna automaticamente para o
devedor fiduciante;
• O credor deve aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas
decorrentes, entregando ao devedor o saldo apurado, se houver.
• A alienação fiduciária somente se prova por escrito e seu instrumento, público ou particular,
qualquer que seja o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou microfilme, no
79
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, sob pena de não valer contra
terceiros;
• O devedor que alienar, ou der em garantia a terceiros, coisa que já alienara fiduciàriamente em
garantia, ficará sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código Penal;
• Com o pagamento da dívida e seus encargos resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade
fiduciária do imóvel;
• Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias,
promoverá público leilão para a alienação do imóvel;
• Se, no primeiro público leilão, o maior lance oferecido for inferior ao valor do imóvel, será
realizado o segundo leilão, nos quinze dias seguintes;
• No segundo leilão será aceito o maior lance oferecido desde que igual ou superior ao valor da
dívida, das despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive tributos, e das
contribuições condominiais.
80
• locação;
• operações na BM&F.
Observações importantes:
• A fiança bancária NÃO é um empréstimo. Por isso, só incide IOF caso o banco seja obrigado a
honrar a fiança.
• Apesar de ser uma "fiança", a fiança bancária NÃO é uma garantia pessoal ou fidejussória e sim
um exemplo de garantia REAL.
• A totalidade das cartas de fiança em vigor numa IF não pode, em nenhum momento, exceder
cinco vezes o Patrimônio de Referência do banco;
81
MISSÃO INSTITUCIONAL
Contribuição Mensal Ordinária: fixada em 0,01% ao mês do montante dos saldos das contas
referentes aos instrumentos garantidos.
DEPÓSITOS GARANTIDOS
• Depósitos de poupança;
• Letras de câmbio;
• Letras hipotecárias;
82
• Letras de crédito do agronegócio;
• Operações compromissadas que têm como objetivo títulos emitidos após 8 de março de 2012
por empresa ligada.
COBERTURA ORDINÁRIA
O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais).
O total dos créditos de cada credor contra o conjunto de todas as instituições associadas será
garantido até o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) a cada período de quatro anos consecutivos.
GARANTIA ESPECIAL
O FGC também presta garantia especial aos depositantes e investidores que detêm o Depósito a
Prazo com Garantia Especial – DPGE. As aplicações em DPGE somente podem ser celebradas com um único
titular, a ser identificado pelo respectivo número do CPF/CNPJ, ou seja, não pode ser vinculado a conta
conjunta. A garantia É de até R$ 20.000.000,00.
Nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
reais), ou ao saldo da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo o crédito
do valor garantido feito de forma individual.
Exemplos:
d) Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma com saldo de R$
280.000,00:
Conta AB= R$ 280.000,00
Conta AC= R$ 280.000,00
Conta AD= R$ 280.000,00
Conta AE= R$ 280.000,00
83
Cálculo do valor da garantia por conta:
AB= R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AC= R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AD= R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
AE= R$ 250.000,00/2 = R$ 125.000,00
SAIBA MAIS...
LIMITAÇÃO DA GARANTIA ATÉ R$ 1 MILHÃO
• Teto para investidor vale para cada período de 4 anos, por CPF ou CNPJ. Após 4 anos, o teto é
restabelecido.
• A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção em instituição
financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC.
• Permanece inalterado o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e conglomerado financeiro.
• Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017 não se aplica o teto
de R$ 1 milhão a cada período de 4 anos.
84
MÓDULO 5
6. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Conceito mais comum: Constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam
a incorporação na economia de cada país, dos recursos, bens e serviços que se originam ou estão ligados a
atos ilícitos. Em termos mais gerais, lavar recursos é fazer com que recursos do crime pareçam ter sido
adquiridos legalmente.
Outros conceitos:
• É o processo pelo qual se esconde a existência, a fonte ilegítima ou a aplicação ilegal de renda,
disfarçando-a ou transformando-a para que adquira aparência lícita.
85
COLOCAÇÃO
Como se efetua:
✓ depósitos;
✓ compra de bens.
✓ misturar recursos lícitos com os ilícitos, aumentando ainda mais a dificuldade de identificação
de sua origem.
OCULTAÇÃO
Objetivo:
86
✓ quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a
origem do dinheiro.
Metodologia:
INTEGRAÇÃO
Metodologia:
✓ Ainda nesta etapa, a organização procura investir em negócios que facilitem a continuação de
suas atividades delitivas.
ALGUMAS MODALIDADES
✓ Empresa de Fachada;
✓ Empresa Fictícia;
✓ Dólar a Cabo;
87
✓ Compra de Ativos ou de Instrumentos Monetários;
✓ Transferências Eletrônicas.
NOVA DEFINIÇÃO (dada pela Lei nº 12.683, de 2012): Ocultar ou dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de infração penal.
EXTRATERRITORIALIDADE
Mesmo que a infração penal que deu origem ao dinheiro ilícito tenha sido praticada no exterior,
pode-se aplicar a lei penal brasileira aos casos de lavagem de dinheiro (em razão do princípio da justiça
universal).
CRIME ACESSÓRIO
O delito de lavagem de dinheiro é um crime derivado de outro, pois depende de um ilícito anterior
para gerar o “dinheiro sujo”.
Ademais a lavagem de dinheiro não incide unicamente sobre o dinheiro em espécie, mas se
estende aos bens móveis, imóveis e direitos (títulos e outros papéis).
SUJEITOS DO CRIME
88
O polo passivo, por sua vez, é a coletividade ou o Estado. Secundariamente, qualquer pessoa que
tenha sofrido prejuízo econômico com a conduta do autor, caracterizar-se-á como vítima.
As condutas relacionadas com a lavagem de dinheiro admitem apenas a forma dolosa (dolo direto
ou eventual), não sendo prevista a forma culposa de lavagem de dinheiro.
AÇÃO PENAL
A competência para processar em julgar os delitos previstos na Lei, em regra, é da Justiça Estadual.
Quando a infração penal causar prejuízo à União, suas autarquias e empresas públicas, quando a
infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal e quando a lavagem de dinheiro for
internacional, a competência será da Justiça Federal.
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal:
✓ participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos na lei.
89
b) Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação;
ou
AGRAVANTES DA PENA:
✓ A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
ATENUANTES DA PENA:
✓ A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as
autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à
identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores
objeto do crime.
✓ deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e
volume de operações;
✓ deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e condições por
ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.
90
COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E
OUTRAS
✓ dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das
autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes de lavagem de
dinheiro ou com eles relacionar-se;
✓ deverão comunicar à UIF, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive
àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou
realização de todas as transações referidas anteriormente, acompanhadas da identificação do
cliente;
✓ deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, à UIF,
na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas,
transações ou operações passíveis de serem comunicadas conforme o item anterior.
✓ Às instituições financeiras e outras instituições e pessoas, bem como aos administradores das
mesmas, que deixem de cumprir as obrigações de identificação dos clientes, registro e
comunicação das operações citadas anteriormente serão aplicadas, cumulativamente ou não,
pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:
I - advertência;
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das pessoas jurídicas;
91
A Medida Provisória nº 8933, de 19 de agosto de 2019, alterou o nome do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (COAF) para Unidade de Inteligência Financeira e vinculou-a administrativamente
ao Banco Central do Brasil. Todas as competências do COAF foram transferidas para a UIF.
As competências da UIF estão definidas nos artigos 14 e 15 da referida lei, quais sejam:
✓ Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas;
✓ Comunicar às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis nas
situações em que o Conselho concluir pela existência, ou fundados indícios, de crimes de
“lavagem”, ocultação de bens, direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito;
✓ Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações
rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores;
✓ Disciplinar e aplicar penas administrativas.
O §1º do artigo 14 da lei também atribuiu à UIF a competência de regular os setores econômicos
para os quais não haja órgão regulador ou fiscalizador próprio.
Nesses casos, cabe à UIF definir as pessoas abrangidas e os meios e critérios para envio de
comunicações, bem como a expedição das instruções para a identificação de clientes e manutenção de
registros de transações, além da aplicação de sanções previstas no artigo 12 da lei.
Sua missão é produzir Inteligência Financeira e promover a proteção dos setores econômicos
contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.
✓ As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em
um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de
R$ 10.000,00;
A operação que for igual ou superior a R$ 10.000,00 e suspeita, deverá ser comunicada ao BACEN
através do SISCOAF.
92
CIRCULAR BACEN 3.461/2009 E SUAS ALTERAÇÕES
D E C I D I U:
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil devem implementar políticas, procedimentos e controles internos, de forma compatível com seu
porte e volume de operações, destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei
nº 9.613, de 3 de março de 1998. (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da prevenção dos
mencionados crimes;
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausência, pela diretoria da instituição;
93
II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas politicamente expostas.
§ 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente eventual ou permanente qualquer pessoa
natural ou jurídica com a qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou permanente,
relacionamento destinado à prestação de serviço financeiro ou à realização de operação financeira.
§ 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser reforçados para início de relacionamento
com:
II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, mediante correspondentes no País ou
por outros meios indiretos.
I - qualificação do cliente:
III - número do telefone e código de Discagem Direta a Distância (DDD); (Redação dada pela Circular
nº 3.654, de 27/3/2013.)
Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem obter de seus clientes permanentes informações
que permitam caracterizá-los ou não como pessoas expostas politicamente (PEP) e identificar a origem dos
fundos envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados. (Redação dada pela Circular nº 3.654,
de 27/3/2013.)
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais
superiores, dos tribunais regionais federais, do trabalho e eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho e do Conselho da Justiça Federal; (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
96
VI - os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça, de
assembleia e câmara legislativa, os presidentes de tribunal de contas de Estado, do Distrito Federal e de
Município, e de conselho de contas dos Municípios; (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
III - consultar bases de dados comerciais sobre PEP; e (Redação dada pela Circular nº 3.654, de
27/3/2013.)
IV - considerar como PEP a pessoa que exerce ou exerceu funções públicas proeminentes em um
país estrangeiro, tais como chefes de estado ou de governo, políticos de alto nível, altos servidores
governamentais, judiciais, do legislativo ou militares, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de
partidos políticos. (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser contado, retroativamente, a partir da data de
início da relação de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como PEP. (Redação dada
pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
§ 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares os parentes, na linha reta, até o primeiro grau,
o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.
§ 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que também seja cliente de instituição
estrangeira fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao Banco Central do Brasil, admite-se que
as providências em relação a PEP sejam adotadas pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao
Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados. (Redação dada pela
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
§ 7º As operações ou propostas de operações que possuam PEP como parte envolvida serão
sempre consideradas como merecedoras de especial atenção, conforme previsto no art. 10. (Incluído pela
Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
§ 8º O disposto neste artigo também se aplica a pessoa que exerce ou exerceu função de alta
administração em uma organização internacional de qualquer natureza, assim considerados diretores,
subdiretores, membros de conselho ou funções equivalentes. (Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
97
Início ou Prosseguimento de Relação de Negócio
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente devem iniciar qualquer relação de negócio ou
dar prosseguimento a relação já existente com o cliente se observadas as providências estabelecidas nos
arts. 2º, 3º e 4º, conforme o caso. (Redação dada pela Circular nº 3.583, de 12/3/2012.)
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros de todos os serviços financeiros
prestados e de todas as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu nome.
I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou grupo, em
um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00
(dez mil reais);
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objetive
burlar os mecanismos de identificação, controle e registro.
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros específicos das operações de
transferência de recursos.
98
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de ordem de
pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de transferência de recursos,
quando de valor superior a R$1.000,00 (mil reais).
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por instituição depositária devem conter,
no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de compensação da
instituição sacada, os números da agência e da conta de depósitos sacadas. (Redação dada pela Circular nº
3.517, de 7/12/2010.)
§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por instituição sacada devem conter, no
mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código de compensação da instituição
depositária, os números da agência e da conta de depósitos depositárias, cabendo à instituição depositária
fornecer à instituição sacada os dados relativos ao seu código de compensação e aos números da agência
e da conta de depósitos depositárias (Redação dada pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010.)
99
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de recursos envolvendo pessoa física residente
no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB), a identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", pode ser efetuada pelo número do respectivo
passaporte, complementada com a nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o organismo
internacional de que seja representante para o exercício de funções específicas no País.
§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", não se aplica às operações de
transferência de recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada de
inscrição no CNPJ, na forma definida pela RFB.
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros específicos da emissão ou
recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos.
§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré-pago como o cartão apto a receber carga
ou recarga de valores em moeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em espécie, de operação
cambial ou de transferência a débito de contas de depósito.
100
I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa natural
ou jurídica responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no caso de emissão ou
recarga efetuada por residente ou domiciliado no País;
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da pessoa natural a quem se destina o
cartão pré-pago;
VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF das pessoas naturais que representem as
pessoas jurídicas responsáveis pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago.
(Seção com redação dada, a partir de 27/12/2017, pela Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os bancos múltiplos com carteira
comercial ou de crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades de poupança e
empréstimo e as cooperativas de crédito devem manter registros específicos das operações de depósito em
espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento
para saque.
I - depósito em espécie, saque em espécie, ou saque em espécie por meio de cartão pré-pago, de
valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais); (Redação dada, a partir de 27/12/2017, pela
Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)
101
II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou
pedido de provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza,
da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores;
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, dos titulares
das contas referidas no inciso II, se na mesma instituição;
IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no caso de saque em espécie por meio de
cartão pré-pago cujo portador seja residente ou domiciliado no País;
VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do saque em espécie por meio de cartão
pré-pago ou do provisionamento para saque; e (Redação dada, a partir de 27/12/2017, pela Circular nº
3.839, de 28/6/2017.)
VII - a finalidade do saque ou do pagamento em espécie mencionados nos incisos I e III do § 1º.
(Incluído, a partir de 27/12/2017, pela Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)
Art. 9º-A As instituições mencionadas no art. 9º devem requerer de seus clientes e dos sacadores
não clientes comunicação prévia, com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, dos saques e
pagamentos em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais) de que trata o art.
9º, § 1º, incisos I e III.
102
§ 1º As instituições mencionadas no caput devem:
I - possibilitar a comunicação prévia por meio do sítio eletrônico da instituição na internet e das
agências e Postos de Atendimento (PA);
II - emitir protocolo de atendimento ao cliente ou sacador não cliente, no qual devem ser
informados o valor da operação, a dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a data programada
para o saque; e
III - registrar, no ato da comunicação prévia, as informações indicadas no art. 9º, § 2º, conforme
o caso.
§ 2º No caso de saque em espécie a ser realizado por meio de cheque por sacador não cliente, a
comunicação prévia de que trata o caput deve ser realizada exclusivamente em agências e PAs.
§ 3º O disposto neste artigo deve ser observado sem prejuízo do disposto no art. 2º da Resolução
nº 3.695, de 26 de março de 2009.
Art. 9º-B As instituições financeiras devem manter registro específico de recebimentos de boleto
de pagamento pagos com recursos em espécie.
Parágrafo único. A instituição que receber boleto de pagamento que não seja de sua emissão deve
remeter à instituição emissora a informação de que o boleto foi pago em espécie.
Especial Atenção
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar especial atenção a:
III - indícios de burla aos procedimentos de identificação e registro estabelecidos nesta circular;
103
V - operações oriundas ou destinadas a países ou territórios que aplicam insuficientemente as
recomendações do Gafi, conforme informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil; e (Redação dada
pela Circular nº 3.517, de 7/12/2010.)
VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus
clientes.
II - análise com vistas à verificação da necessidade das comunicações de que tratam os arts. 12 e
13;
§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior
ao daquele ordinariamente responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.
Art. 11. As informações e registros de que trata esta circular devem ser mantidos e conservados
durante os seguintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do término do
relacionamento com o cliente permanente ou da conclusão das operações:
II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de que tratam os arts. 6º, 8º e 9º.
III - 5 (cinco) anos, para as informações cadastrais definidas nos arts. 2º e 3º. (Incluído pela Circular
nº 3.517, de 7/12/2010.)
Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º devem ser mantidas e conservadas
juntamente com o nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente responsável pela
conferência e confirmação das informações prestadas e a data de início do relacionamento com o cliente
permanente.
104
Comunicações ao Coaf
Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf), na forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no caso de operações em espécie; (Redação
dada, a partir de 27/12/2017, pela Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)
II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III. (Redação dada pela Circular nº 3.654,
de 27/3/2013.)
§ 1º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de realização das operações de que
tratam os incisos I e II do caput e as comunicações prévias de que trata o art. 9º-A. (Redação dada, a partir
de 27/12/2017, pela Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)
§ 2º As comunicações das ocorrências mencionadas no caput devem ser realizadas até o dia útil
seguinte àquele em que verificadas. (Incluído pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao Coaf, na forma determinada pelo
Banco Central do Brasil:
I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou superior a R$10.000,00
(dez mil reais) e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os
instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a existência de
indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998;
II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua habitualidade, valor ou forma,
configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro;
III - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o valor, a pessoas que
reconhecidamente tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou neles participado ou
facilitado o seu cometimento, bem como a existência de recursos pertencentes ou por eles controlados
direta ou indiretamente;
§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os incisos I a IV do caput devem ser realizadas
até o dia útil seguinte àquele em que forem verificadas. (Redação dada pela Circular nº 3.654, de
27/3/2013.)
105
§ 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de realização das operações e atos
descritos nos incisos I a IV.
Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 deverão ser efetuadas sem que seja dada
ciência aos envolvidos ou a terceiros. (Redação dada pela Circular nº 3.654, de 27/3/2013.)
Art. 15-A. As instituições de que trata o art. 1º que não tiverem efetuado comunicações nos termos
dos arts. 12 e 13 em cada ano civil deverão prestar declaração, por meio do Sistema de Controle de
Atividades Financeiras (Siscoaf), atestando a não ocorrência de transações passíveis de comunicação
conforme previsto nesta Circular.
II - considerada para fins da verificação do atendimento ao disposto no art. 11, inciso III, da Lei nº
9.613, de 1998; e
III - fornecida, no que se refere ao art. 12, apenas pelas instituições que mantêm os registros
mencionados nos arts. 8º e 9º desta Circular.”
Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os
documentos relativos às análises de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de efetuar ou
não as comunicações de que tratam os arts. 12 e 13.
106
Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao Banco Central do Brasil diretor
responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas
comunicações de que tratam os arts. 12 e 13.
§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput, admite-se que o diretor indicado
desempenhe outras funções na instituição, exceto a relativa à administração de recursos de terceiros.
Art. 18-A. As instituições referidas no art. 1º devem adequar seus sistemas de controles internos
ao disposto na Lei nº 13.170, de 16 de outubro de 2015, visando ao acompanhamento das resoluções do
Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) e à identificação de bens, valores e direitos de posse ou
propriedade, bem como de todos os demais direitos, reais ou pessoais, de titularidade, direta ou indireta,
de clientes pessoas físicas ou jurídicas submetidos a sanções oriundas dessas resoluções e a essas ações de
indisponibilidade.
II - operações e situações que podem configurar indício de ocorrência dos crimes previstos na Lei
nº 9.613, de 1998;
III - situações exemplificativas de relacionamento próximo, para fins do disposto no art. 4º.
Art. 20. A atualização das informações cadastrais relativas a clientes permanentes cujos
relacionamentos tenham sido iniciados antes da entrada em vigor desta circular deve ser efetuada em
conformidade com os testes de verificação de que trata o § 5º do art. 2º.
Art. 20-A. As instituições financeiras devem implementar até 11 de março de 2019 o registro e a
remessa de que trata o art. 9º-B desta Circular. (Incluído pela Circular nº 3.889, de 28/3/2018.)
107
Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua publicação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias
após a data de publicação para os relacionamentos com clientes permanentes ou eventuais estabelecidos a
partir dessa data.
Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3 de dezembro de 1998, 3.339, de 22 de
dezembro de 2006, e 3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da Circular nº 3.290, de 5 de
setembro de 2005.
R E S O L V E M:
108
b) movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como
característica a utilização de outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões
de débito ou crédito;
h) realização de saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência
eletrônica de várias origens em curto período;
i) realização de depósito em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto
de que foram armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos
desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e não uniformes; e
109
c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem denominados em moeda
estrangeira, que não apresentem compatibilidade com a natureza declarada da operação;
d) cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em curto período, com depósitos de
valores idênticos ou aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como origem dos recursos,
titulares, procuradores, sócios, endereço, número de telefone etc.;
e) realização de operações em que não seja possível identificar o beneficiário final, observados os
procedimentos definidos na regulamentação vigente;
f) informação de mesmo endereço comercial por diferentes pessoas jurídicas ou organizações, sem
justificativa razoável para tal ocorrência;
110
IV - situações relacionadas com a movimentação de contas:
e) movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada ou de
conta que acolha depósito inusitado;
l) realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para
burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos beneficiários finais;
111
o) pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que não apresentem ligação com a
atividade ou ramo de negócio da pessoa jurídica;
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de
atuação, sem fundamentação econômico-financeira;
r) existência de conta de depósitos à vista de organizações sem fins lucrativos cujos saldos ou
movimentações financeiras não apresentem fundamentação econômica ou legal ou nas quais pareça não
haver vinculação entre a atividade declarada da organização e as outras partes envolvidas nas transações;
a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não compatível com a capacidade econômico-
financeira, atividade ou perfil do usuário;
112
b) realização de múltiplos saques com cartão em terminais eletrônicos em localidades diversas e
distantes do local de contratação ou recarga;
c) utilização do cartão de forma incompatível com o perfil do cliente, incluindo operações atípicas
em outros países;
g) realização de operação de crédito no País com oferecimento de garantia no exterior por cliente
sem tradição de realização de operações no exterior; e
a) movimentações atípicas de recursos por agentes públicos, conforme definidos no art. 2º da Lei
nº 8.429, de 2 de junho de 1992;
113
b) movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou jurídica relacionados a patrocínio,
propaganda, marketing, consultorias, assessorias e capacitação;
b) realização de operações ou prestação de serviços, qualquer que seja o valor, a pessoas que
reconhecidamente tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles participado ou
facilitado o seu cometimento;
114
XI - situações relacionadas com atividades internacionais:
b) utilização de operações complexas e com custos mais elevados que visem a dificultar o
rastreamento dos recursos ou a identificação da natureza da operação;
f) realização de transferências internacionais nas quais não se justifique a origem dos fundos
envolvidos ou que se mostrem incompatíveis com a capacidade econômico-financeira ou com o perfil do
cliente;
j) realização de pagamentos ao exterior após créditos em reais efetuados nas contas de depósitos
dos titulares das operações de câmbio por pessoas que não demonstrem a existência de vínculo comercial
ou econômico;
c) contratação, no exterior, de operações de crédito que não sejam quitadas por intermédio de
operações na mesma instituição;
f) realização de remessas de recursos de vários investidores situados no exterior para uma mesma
empresa no País; e
116
XIV - situações relacionadas com empregados das instituições financeiras e seus
representantes:
Art. 2º As situações descritas nesta Carta Circular, quando aplicáveis, podem indicar parâmetros
para a estruturação de sistemas de controles internos, inclusive informatizados, para prevenção de lavagem
de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo implantados pelas instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Art. 3º A comunicação das situações relacionadas nesta Carta Circular, bem como de outras que,
embora não mencionadas, possam configurar indícios de ocorrência das práticas de que trata o art. 13 da
Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009, deve ser efetuada por meio do Sistema de Controle de Atividades
Financeiras (Siscoaf).
Art. 4º Esta Carta Circular entra em vigor em 14 de maio de 2012, quando fica revogada a Carta
Circular nº 2.826, de 4 de dezembro de 1998.
117
MÓDULO 6
7. AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA
Conceito: A autorregulação bancária é um sistema de normas, criado pelo próprio setor, com o
propósito básico de criar um ambiente ainda mais favorável à realização dos princípios que o orientam:
✓ Integridade;
✓ Equidade;
✓ Respeito ao consumidor;
✓ Transparência;
✓ Excelência;
✓ Sustentabilidade;
✓ Confiança.
Principais benefícios
• Maior adesão por parte dos bancos na medida em que participam diretamente;
• Fortalecimento da cultura de adequação aos normativos por convicção e não por imposição.
118
A Autorregulação FEBRABAN entra em uma nova fase. A partir de janeiro de 2019, todos os bancos
associados à FEBRABAN passam a ser considerados Signatários da Autorregulação. Além disso, é possível
aderir de forma voluntária a determinados ‘eixos normativos’, como relacionamento com o consumidor;
responsabilidade socioambiental; e prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento ao
terrorismo.
A adesão a um, dois ou três eixos definirá o ‘nível’ das Signatárias em relação à Autorregulação.
✓ São consideradas “nível II” as Instituições Financeiras Signatárias que aderirem voluntariamente
a pelo menos um dos eixos normativos acima descritos e “nível III” aquelas que aderirem a todos
os eixos.
119
Conduta ética na responsabilidade socioambiental
• Adotarão as melhores práticas nas políticas de “Conheça seu Cliente” e “Conheça seu
Colaborador”.
• assegurar a privacidade das informações pessoais do consumidor, mesmo quando ele não for
mais seu cliente;
Autorregulação FEBRABAN
Conselho de Autorregulação
O mandato dos conselheiros será de 2 anos, sendo a recondução admitida apenas para os
independentes.
121
Os representantes submetidos ao regime de alternância terão mandato de 1 ano, admitida até
uma recondução por igual período, caso não haja interesse de ingresso na Comissão por novas Signatárias.
Diretoria de Autorregulação
• Registrar denúncias por parte dos consumidores, órgãos de proteção do consumidor e das
Instituições Financeiras Signatárias.
Por meio do CONTE AQUI, o consumidor pode reportar eventual descumprimento das normas da
Autorregulação FEBRABAN pelas Instituições Financeiras Signatárias. Nesse caso, o registro não será tratado
ou respondido individualmente, mas integrará o plano de monitoramento e supervisão da Autorregulação.
No caso de reclamação individual sobre produtos ou serviços bancários, o acesso será direcionado
para a plataforma consumidor.gov.br. A iniciativa do Ministério da Justiça e dos órgãos de proteção e defesa
do consumidor e apoiada pela FEBRABAN por meio de cooperação técnica, aproxima consumidores e
fornecedores e promove a resolução de conflitos de consumo, de forma rápida e descomplicada. Após o
cadastro, o consumidor registra seu caso, que deverá ser respondido pela Instituição Financeira em até 10
dias.
Se o banco ainda não faz parte da plataforma consumidor.gov.br, o registro será encaminhado à
Instituição, que terá até 15 dias para resposta ao consumidor.
122
Procedimento Disciplinar
Sanções
A Autorregulação FEBRABAN tem como principal propósito a melhoria da conduta das Instituições
Financeiras Signatárias. Quando eventual desconformidade às normas são verificadas e os planos de ação
para melhoria da conduta apresentados pelas Instituições não são cumpridos, elas estão sujeitas a sanções:
• Recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta reservada;
• Recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta com o
conhecimento de todas as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição
entre 1 e 10 vezes o valor da menor anuidade recolhida por uma Associada da FEBRABAN;
123
Exercícios - Garantias, Lavagem de
Dinheiro e Autorregulação
1. (FGV/2014 – BNB)
Com relação à diferença entre aval e fiança, é correto afirmar que:
(A) o aval é uma garantia pessoal, enquanto a fiança é uma garantia real;
(B) o aval é uma garantia real, enquanto a fiança é uma garantia pessoal;
(C) o aval é uma garantia constituída em um título de crédito, enquanto a fiança é uma garantia
estabelecida em contrato ou carta;
(D) no aval, o credor pode acionar diretamente o avalista, enquanto na fiança se aciona o fiel
depositário;
(E) o aval precisa da assinatura do cônjuge, enquanto a fiança não tem essa exigência.
2. (FGV/2014 – BNB)
Num contrato bancário de concessão de crédito com garantia hipotecária de bem imóvel de propriedade
do mutuário Cooperativa do Vale do Rio Pardo, cujo valor de avaliação é de R$4.590.000,00 (quatro
milhões quinhentos e noventa mil reais), é imprescindível que:
(A) seja lavrado instrumento particular de hipoteca, tendo em vista que o devedor é uma cooperativa
e o elevado valor do imóvel;
(B) seja lavrada escritura pública de hipoteca, tendo em vista o valor do imóvel e o negócio jurídico ser
constitutivo de garantia real;
(C) as partes escolham previamente qual será o instrumento de constituição da hipoteca; sendo
instrumento particular, deverá ser averbado no Registro de Títulos e Documentos;
(D) seja lavrado instrumento particular de hipoteca, sob pena de nulidade por descumprimento da forma
prescrita em lei para constituição de garantias reais;
(E) as partes escolham previamente qual será o instrumento de constituição da hipoteca; sendo
instrumento público, deverá ser lavrado pelo Registro Empresarial.
3. (PAC/2014 - BANPARÁ)
Quais dos créditos não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos:
(A) Depósitos de poupança
(B) Letras de Câmbio
(C) Letras de Crédito Imobiliário
(D) Debêntures e Ações
(E) Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa
ligada.
124
124
(E) composse coletiva
128
128
apenas uma parte dela, ao fim do prazo contratado a instituição pode assumir a propriedade do bem.
Essas características referem-se à garantia do tipo
(A) aval.
(B) fiança.
(C) alienação fiduciária.
(D) penhora.
(E) hipoteca.
129
129
No que se refere aos sistemas de autorregulação mencionados, assinale a alternativa correta.
(A) Podem ser revogados por ato do Banco Central do Brasil.
(B) São aplicáveis a todas as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, independentemente de vínculo associativo ou adesão voluntária.
(C) Decorrem de lei.
(D) Constituem-se de recomendações sem força obrigatória, não havendo previsão de aplicação de
sanções em caso de descumprimento.
(E) A criação, a organização e o funcionamento desses sistemas não dependem de autorização do Banco
Central do Brasil.
Considerando os aspectos legais referentes à lavagem de dinheiro e o fato de que ela se desenvolve em
fases que eventualmente se superpõem ou comunicam, assinale a alternativa correta.
(A) A primeira fase da lavagem de dinheiro, denominada “dissimulação” (layering), é caracterizada por
uma multiplicidade de operações e transações realizadas mediante empresas e contas sem aparente
relação com o agente envolvido na prática delituosa, tornando impossível ou extremamente difícil
identificar a origem ilícita dos bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de
infração penal.
(B) Os crimes de lavagem de dinheiro somente se configuram caso sejam cometidos de forma reiterada
ou se a infração penal antecedente tiver sido praticada por organização criminosa.
(C) A pena para os crimes de lavagem de dinheiro poderá ser reduzida de um a dois terços e ser
cumprida em regime semiaberto ou aberto, sendo possível ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-
la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o agente, no curso de investigação ou
processo, colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou
à localização dos bens, direitos ou valores objeto da infração penal.
(D) Os tipos penais de lavagem de dinheiro admitem a forma culposa, em que o agente criminoso dá
causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
(E) O processo e julgamento dos crimes de lavagem de dinheiro são de competência exclusiva da Justiça
Federal.
GABARITO
01) C 06) A 11) B 16) B 21) C 26) B
02) B 07) D 12) E 17) D 22) D 27) E
03) D 08) E 13) D 18) B 23) C 28) C
04) A 09) A 14) E 19) B 24) E
05) B 10) A 15) C 20) D 25) A
130
130
Referências Bibliográficas
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 20 edição. Rio de Janeiro. Quality
Mark. 2015.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NEWLANDS Junior, Carlos Arthur. Sistema Financeiro e Bancário: teoria e questões –Elsevier
(2011); Rio de Janeiro – RJ.
O mercado de valores mobiliários brasileiro / Comissão de Valores Mobiliários.3. ed. Rio de Janeiro:
Comissão de Valores Mobiliários, 2014.auto
https://www.bcb.gov.br/
http://www.fazenda.gov.br/assuntos/cmn
http://www.cvm.gov.br/
http://fazenda.gov.br/orgaos/colegiados/crsfn
http://www.susep.gov.br/
http://www.previc.gov.br/
http://www.investidor.gov.br/
http://www.anfac.com.br/v3/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7357.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/historicos/dpl/DPL2044-1908.htm
http://www.ribeirodasilva.pro.br/lex/Lei-Uniforme-de-Genebra-Dec-57663-1966.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5474.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm
http://www.autorregulacaobancaria.com.br/
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