Drenagem Introducao UFCG PDF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DRENAGEM DE RODOVIAS
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
- Sumário -
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
 Introdução
 Desempenho x Drenagem
 Histórico
DRENAGEM DE RODOVIAS  Função e Sistema de Drenagem
 Tipos de Drenagem

Disciplina: Estradas e Transportes II


Professor: Dr. Ricardo Almeida de Melo
Aluno do Mestrado: Jarbas Moreira Freires de Lacerda

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- Introdução - - Introdução -
• Patrimônio das vias pavimentadas no Brasil (170 • Importante manter o pavimento com um bom
mil km): estimado entre US$ 40 a 50 bilhões. sistema de drenagem, em caso contrário, a vida
útil pode ser reduzida em até 70%.
• Fatores de deterioração do pavimento:
• Ônus da drenagem:
Erro de projeto e construção;
Pavimento mal drenado pode custar o dobro de
Falta de manutenção; um pavimento com drenagem eficiente;
Materiais inadequados, fadiga e oxidação; Falta de investimento em drenagem na
Tráfego, sol, temperatura e água.
construção pode elevar o custo de manutenção
em 10x, 50x, ...

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- Introdução - - Desempenho x Drenagem -
• A água livre existente na superfície, penetra e fica
confinada nas camadas do pavimento. Durante a Pavimento com
5 Drenagem Eficiente
passagem do tráfego, a água entra em movimento,
provoca erosão e bombeamento de material por 4
trincas e juntas, formando canais e cavidades, que
3
resultam em defeitos no pavimento.
• A água proveniente do lençol freático reduz a 2

capacidade de suporte do subleito e estrutura, 1


provocando afundamento e ruptura do
pavimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (anos)
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- Desempenho x Drenagem - - Histórico -
• Império Romano (400 a.C. a 200 d.C.): Construção
Pavimento com de rede viária com 80.000 km. Pelo conhecimento
5 Drenagem Eficiente dos danos causados pela água adotaram as
4 seguintes soluções:
Aterros para superar o nível de inundação (daí
3 surgiu o termo “highway”)
Pavimento Sem
2 Drenagem ou Camadas espessas
Mal Drenado
Camada de areia entre o leito e a primeira
1
camada (pedras lamelares e cimentadas)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 • Resultado: Muitas vias romanas ainda existem!
Tempo (anos)

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- Histórico - - Função e Sistema de Drenagem -
• Séculos XVIII e XIX - John MacAdam • A função da drenagem é evitar que os materiais
constitutivos do pavimento e do subleito sofram
O terreno natural é que suporta o peso do grandes variações de teor de umidade e,
tráfego; consequentemente, de volume e de capacidade
Leito viário seco não apresenta deformações; suporte, durante o período de serviço.
Se a água passar pela estrutura do pavimento, o
solo se satura, perde a capacidade de suporte e • Um sistema de drenagem é o conjunto de
se despedaça; dispositivos, constituídos com a finalidade de
Blocos de pedra colocados sobre argila muito desviar a água de sua plataforma.
úmida ou solos moles não evitará deformações.

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- Tipos de Drenagem - - Drenagem Superficial -
• Tipos de drenagem: • A drenagem superficial de uma rodovia tem como
objetivo interceptar e captar, conduzindo ao
Superficial; deságue seguro, as águas provenientes de suas
Transposição de Talvegues; áreas adjacentes e aquelas que se precipitam sobre
Pavimento; o corpo estradal, resguardando sua segurança e
Subterrânea ou profunda; estabilidade.
Travessia Urbana.
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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
• Para um sistema de drenagem superficial 1. Valetas de proteção de corte
eficiente, utiliza-se uma série de dispositivos:
Tem como objetivo interceptar as águas que
1. Valetas de proteção de corte; 2. Valetas de proteção de escorrem pelo terreno natural a montante,
aterro;
3. Valeta do canteiro central; 4. Sarjetas de corte; impedindo-as de atingir o talude de corte.
5. Sarjetas de aterro; 6. Descidas d'água;
7. Saídas d'água; 8. Caixas coletoras;
9. Bueiros de greide; 10. Dissipadores de energia;
11. Escalonamento de taludes; 12. Corta-rios.

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 1: Valeta de proteção de corte Figura 2: Valeta de proteção de corte

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
2. Valetas de proteção de aterro

Tem como objetivo interceptar as águas que


escoam pelo terreno a montante, impedindo-as de
atingir o pé do talude de aterro. Além disso, têm a
finalidade de receber as águas das sarjetas e
valetas de corte.

Figura 3: Valeta de proteção de aterro


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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
3. Valeta do Canteiro Central

Tem como objetivo captar as águas provenientes


das pistas e do próprio canteiro central e conduzi-
las longitudinalmente.

Figura 4: Valeta de proteção de aterro

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 5: Valeta do canteiro central Figura 6: Valeta do canteiro central

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
4. Sarjetas de Corte

Tem como objetivo captar as águas que se


precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e
conduzi-las, longitudinalmente à rodovia, até o
ponto de transição entre o corte e o aterro, de
forma a permitir a saída lateral para o terreno
natural ou para a valeta de aterro.
Figura 7: Sarjeta de corte
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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
5. Sarjeta de Aterro

Tem como objetivo captar as águas precipitadas


sobre a plataforma, de modo a impedir que
provoquem erosões na borda do acostamento
e/ou no talude do aterro, conduzindo-as ao local
de deságue seguro.

Figura 8: Sarjeta de corte

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 9: Sarjeta de aterro Figura 10: Sarjeta de aterro

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
6. Descidas D’água

Tem como objetivo conduzir as águas captadas


por outros dispositivos de drenagem, pelos
taludes de corte e aterro.

Figura 11: Descidas d’água


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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
7. Saídas D’água

Também denominados de entradas d'água, são


dispositivos destinados a conduzir as águas
coletadas pelas sarjetas de aterro lançando-as nas
descidas d’água.

Figura 12: Descidas d’água

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 13: Saídas d’água Figura 14: Saídas d’água

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
8. Caixas Coletoras

Coletar as águas provenientes das sarjetas e das


descidas d’água de corte.

Figura 15: Caixas coletoras


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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
9. Bueiros de Greide

São dispositivos destinados a conduzir para locais


de deságue seguro as águas captadas pelas caixas
coletoras.

Figura 16: Caixas coletoras

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 17: Bueiro de greide Figura 18: Bueiro de greide

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
10. Dissipadores de Energia

São dispositivos destinados a dissipar energia do


fluxo d’água, reduzindo consequentemente sua
velocidade, quer no escoamento através do
dispositivo de drenagem, quer no deságue para o
terreno natural.

Figura 19: Dissipador de energia


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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
11. Escalonamento de Taludes

Tem como objetivo evitar que as águas


precipitadas sobre a plataforma e sobre os taludes,
atinjam, através do escoamento superficial, uma
velocidade acima dos limites de erosão dos
materiais que os compõe.

Figura 20: Dissipador de energia

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -

Figura 21: Escalonamento de Talude Figura 22: Escalonamento de Talude

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- Drenagem Superficial - - Drenagem Superficial -
12. Corta-Rios

São canais de desvio abertos com a finalidade de


água ou evitar um curso d’água existente,
melhorando a diretriz da rodovia.

Figuras 23 e 24: Corta-rio


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- Drenagem de Transposição de Talvegues - - Drenagem de Transposição de Talvegues -
 A drenagem de transposição de talvegues ocorre • Um sistema de drenagem de transposição de
quando as águas originam-se de uma bacia e que, talvegues possui os seguintes dispositivos:
por imperativos hidrológicos e do modelado do
terreno, têm que ser atravessadas sem 1. Bueiros;
comprometer a estrutura da estrada.
2. Pontilhões e Pontes.

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- Drenagem de Transposição de Talvegues - - Drenagem de Transposição de Talvegues -
1. Bueiros

Os bueiros são obras destinadas a permitir a


passagem livre das águas que acorrem as estradas.

Figura 25: Bueiro

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- Drenagem de Transposição de Talvegues - - Drenagem de Transposição de Talvegues -
2. Pontilhões e Pontes

Os pontilhões são obras usadas para a


transposição de talvegues nos casos em que, por
imposição da descarga de projeto ou do greide
projetado, não possam ser construídos bueiros.
São obras-de-arte destinadas a vencer os talvegues
formados pelos cursos d'água, cuja transposição
Figura 26: Bueiro
não pode ser feita por bueiros e pontilhões.
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- Drenagem de Transposição de Talvegues - - Drenagem de Transposição de Talvegues -

Figura 27: Pontilhão Figura 28: Ponte

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- Drenagem do Pavimento - - Drenagem do Pavimento -
• O objetivo dessa técnica é defender o pavimento • A drenagem do pavimento é realizado através dos
das águas que possam danificá-lo. Essas águas seguintes dispositivos:
ocorrem através de infiltrações diretas das
precipitações pluviométricas. 1. Camada Drenante;
2. Drenos (Rasos Longitudinais, Laterais de Base
e Transversais).

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- Drenagem do Pavimento - - Drenagem do Pavimento -
1. Camada Drenante 2. Drenos

É uma camada de material granular, com Os drenos rasos longitudinais recebem as águas
granulometria apropriada colocada logo abaixo do drenadas pela camada drenante e transporta para
revestimento, seja ele asfáltico ou de concreto de os drenos laterais e transversais que conduzirão a
cimento, com a finalidade de drenar as águas água para fora da faixa estradal.
infiltradas para fora da pista de rolamento.
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- Drenagem do Pavimento - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -
• No que interessa à drenagem das estradas, a água
das chuvas , tem dois destinos: parte escorre sobre
a superfície dos solos e parte se infiltra, podendo
formar lençóis subterrâneos.
• A drenagem subterrânea ou profunda deverá
ocorrer quando houver ascensão capilar a partir
de lençóis d’água.

Figura 30 e 31: Camada drenante e dreno

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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -
• A drenagem subterrânea ou profunda é formada 1. Colchão Drenante
pelos seguintes dispositivos:
É uma camada de material granular, com
1. Colchão drenante; granulometria apropriada colocada logo abaixo do
2. Valetões laterais; revestimento, seja ele asfáltico ou de concreto de
3. Drenos (profundos, espinha de peixe, cimento, com a finalidade de drenar as águas
horizontais profundos, verticais de areia). infiltradas para fora da pista de rolamento.

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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -
2. Valetões Laterais

Formados a partir do bordo do acostamento,


sendo constituído, de um lado, pelo acostamento,
e do outro pelo próprio talude do corte.

Figura 32: Colchão drenante


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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -
3. Drenos

Os drenos profundos interceptam o fluxo da água


subterrânea através do rebaixamento do lençol
freático.
Os drenos em espinha de peixe são destinados à
drenagem de grandes áreas, normalmente usados
em série.
Figura 33: Valetão lateral

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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -
3. Drenos

Os drenos sub-horizontais são usados para


prevenção e correção de escorregamentos
provocados por elevação de lençol freático.
Os drenos verticais são utilizados em trechos
rodoviários com aterros sobre depósitos moles.

Figura 34: Dreno profundo

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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem Subterrânea ou Profunda -

Figura 35: Dreno espinha de peixe Figura 36: Dreno sub-horizontal


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- Drenagem Subterrânea ou Profunda - - Drenagem de Travessia Urbana -
• Em trechos urbanos, a drenagem deve ser tratada
de forma mais específica e detalhada, não se
aplicando a sistemática adotada em trechos rurais,
uma vez que aqui não está envolvida somente a
segurança do veículo e do seu usuário, mas
também, de toda a população urbana que vive as
margens da rodovia.

Figura 37: Dreno vertical

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- Drenagem de Travessia Urbana - - Drenagem de Travessia Urbana -
• O sistema de drenagem de travessia urbana é 1. Sarjetas
composto pelos seguintes dispositivos:
Tem como objetivo conduzir as águas que se
1. Sarjetas; precipitam sobre a plataforma da rodovia e áreas
2. Bocas-de-Lobo; adjacentes ao ponto de captação que
3. Poços-de-Visita. normalmente é uma boca de lobo.

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- Drenagem de Travessia Urbana - - Drenagem de Travessia Urbana -
2. Bocas-de-Lobo

São dispositivos especiais que têm a finalidade de


captar as águas pluviais que escoam pelas sarjetas
para, em seguida, conduzi-las às galerias
subterrâneas.

Figura 38: Sarjeta e boca-de-lobo


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- Drenagem de Travessia Urbana - - Drenagem de Travessia Urbana -
3. Poços-de-Visita

São dispositivos especiais que têm a finalidade de


permitir mudanças ou das dimensões das galerias
ou de sua declividade e direção. São dispositivos
também previstos quando, para um mesmo local,
concorrem mais de um coletor. Têm ainda o
objetivo de permitir a limpeza nas galerias e a
verificação de seu funcionamento e eficiência.
Figura 39: Poço-de-visita

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