TCC 10.03.2020

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM

Ana Luísa Soares dos Santos


Luenne Chaves de Oliveira

(TÍTULO)

Belém-PA
2019
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM

Ana Luísa Soares dos Santos


Luenne Chaves de Oliveira

(TÍTULO)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade de Enfermagem da Universidade
Federal do Pará, como requisito para obtenção do
Grau de Licenciatura e Bacharelado em
Enfermagem.

Orientadora: Profª. Msc. Esleane Vilela


Vasconcelos.

Belém-PA
2019
ANA LUÍSA SOARES DOS SANTOS

LUENNE CHAVES DE OLIVEIRA

(TÍTULO)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do Grau de Licenciatura e


Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do
Pará.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof.ª Msc. Esleane Vilela Vasconcelos
Universidade Federal do Pará / UFPA
Orientadora

Aprovado em: ____/____/____ Conceito: _________________


1. INTRODUÇÃO:

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Segurança do Paciente é a redução


do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável.
Em que o “mínimo aceitável” refere-se àquilo que é viável diante do conhecimento atual, dos
recursos disponíveis e do contexto em que a assistência foi realizada frente ao risco de não
tratamento. Inteirando este conceito, a segurança do paciente não é nada mais que a
diminuição de atos inseguros na assistência e uso das melhores práticas descritas de forma a
alcançar maiores resultados possíveis para o paciente (OMS, 2009).

Não é de hoje que se busca minimizar erros e agravos na assistência e nos cuidados
relacionados a manutenção da saúde e da melhora da qualidade da vida de pacientes. Dentre
as diversas figuras históricas que se destacaram na promoção da segurança do paciente, não se
pode deixar de citar a enfermeira inglesa Florence Nightingale, que teve sua vida dedicada aos
cuidados de soldados feridos durante a guerra da Criméia em 1854, onde organizou um
departamento de enfermagem e dedicou-se a eliminar os problemas de saneamento dos
hospitais, onde os feridos conviviam com o frio, a pediculose e a carência de pessoas que
deles pudessem cuidar. Florence conseguiu, através de cuidados de higiene pessoal e
ambiental, reduzir a mortalidade de 42% para 2% entre os feridos da guerra, além de ser um
marco e revolucionar o seu tempo como uma sanitarista e administradora, tendo especial
atenção para os cuidados com os pacientes cirúrgicos e com a prevenção de infecções.
(BORGES et. al, 2000)

Desde aquela época, Florence já retratava sobre as condições de trabalho na qual se


submeteu e sobre as estratégias de prevenção de erros durante o desempenho da sua função
como enfermeira e de assistência de saúde, uma vez que, a segurança do paciente além de
refletir a qualidade da assistência, é um direito prioritário das pessoas. Devido a isto, entende-
se a necessidade e a preocupação que se têm sobre essa temática. Nightingale provocou uma
revolução no conceito de enfermeira da época, pois sua visão priorizava o fornecimento de
um ambiente alentado para o desenvolvimento da saúde para o paciente. Acreditava que isso
faria um diferencial na recuperação dos enfermos, e são esses preceitos que condicionaram a
Teoria Ambientalista a qual foi a enfermeira foi precursora. Seu comprazimento e propósito
em alterar as condições e formas como eram atribuídas à saúde e condições sanitárias da
sociedade no final do século XIX, deixaram marcas significativas à história e que até os dias
atuais trazem grandes impactos. (CRUZ, 2018; MARTINS, 2016)

As discussões sobre segurança do paciente nas unidades hospitalares representam uma


tendência global. Porém, os debates acerca da relevância da segurança do paciente surgiram a
partir da divulgação de um relatório feito pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos da
América (EUA) em 1999, intitulado To Err is Human, que trouxe duas pesquisas de avaliação
da incidência de eventos adversos (EA) através da revisão de prontuários de hospitais de
Nova York, Utah e Colorado. As pesquisas trouxeram a definição de eventos adversos como
dano causado pelo cuidado à saúde e não pela doença de base, que prolongou o tempo de
permanência do paciente ou resultou em uma incapacidade presente no momento da alta, além
de expor uma alta incidência de mortes nos hospitais em decorrência de erros relacionados a
assistência à saúde (ANVISA, 2014).

Demonstrando preocupação com a repercussão em relação à temática, a OMS criou


um grupo de trabalho para avaliar e discutir a segurança do paciente nos serviços de saúde,
definindo em 2004, o Programa Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World
Alliance for Patient Safety), cujo objetivo, entre outros, era despertar a consciência e o
comprometimento político para melhorar a segurança na assistência, apoiar os países no
desenvolvimento de políticas públicas e práticas para segurança do paciente em todo o
mundo, além de organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor
medidas para diminuir os riscos e conter os eventos adversos (ANVISA, 2014; DUARTE,
2015).

Em maio de 2002, a 55ª Assembleia Mundial da Saúde adotou a resolução World


Health Assembly (WHA) 55.18 que instituiu a “Qualidade da atenção: segurança do
paciente”, que solicitava urgentemente aos Estados-membros da OMS em dedicar maior
atenção às problemáticas da segurança do paciente. Em resposta a esta iniciativa e
demonstrando preocupação com a repercussão em relação à temática, a OMS criou um grupo
de trabalho para avaliar e discutir a segurança do paciente nos serviços de saúde e, com apoio
da 57ª Assembleia Mundial da Saúde, definiu em 2004 o Programa Aliança Mundial para a
Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety), cujo objetivo, entre outros, era
despertar a consciência e o comprometimento político para melhorar a segurança na
assistência, apoiar os países no desenvolvimento de políticas públicas e práticas para
segurança do paciente em todo o mundo, além de organizar os conceitos e as definições sobre
segurança do paciente e propor medidas para diminuir os riscos e conter os eventos adversos
(ANVISA, 2014; ANVISA, 2015)

No Brasil, as discussões sobre a segurança do paciente se intensificaram em 2002,


através da criação da Rede Brasileira de Hospitais Sentinela, com a finalidade de monitorar os
eventos adversos. A experiência da Rede contribuiu para a criação de dois dispositivos
normativos pelo Ministério da Saúde: a Portaria 529 de 1º de abril de 2013, que instituiu o
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a
qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território
nacional; e a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 36, de 25 de julho de 2013. A
Anvisa, com intuito de facilitar a implementação, implantação e a sustentação de ações de
Segurança do Paciente em todos os serviços de saúde do território Brasileiro, publicou a RDC
36 para estabelecer a obrigatoriedade de implantação de um Núcleo de Segurança do
Paciente, com o objetivo de executar as ações do Plano de Segurança do Paciente e as ações
de vigilância, monitoramento e notificação mensal de eventos adversos em até 72 horas em
caso de óbitos. Todavia, mais de uma década após a publicação da portaria instituída pelo MS
e após a adoção de diversas estratégias recomendadas, os números de eventos adversos não
diminuíram conforme o esperado e o desejado. (ANVISA, 201; DUARTE 2015).

Segundo Costa et. al (2016), os riscos de eventos adversos na assistência existem em


diferentes ambientes nos diversos setores da saúde. Dentre esses diferentes ambientes,
podemos destacar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde se pode considerar que é um
cenário assistencial de alto risco que por sua especificidade possui um cuidado que é
intensivo, ou seja, deve ser prestado de forma ágil, cujo envolve inúmeros procedimentos,
produz um grande volume de informações, e é realizado por um número grande e variado de
profissionais que, em virtude da gravidade dos pacientes, trabalha sob um forte estresse e
pressão por lidarem diretamente com situações de vida e morte em que as decisões devem ser
tomadas rapidamente.

Com o surgimento de novas tecnologias, tornou-se possível observar a ocorrência de


eventos indesejados e falhas na qualidade e segurança da assistência. Tudo isso se deve,
principalmente, porque anteriormente os tratamentos eram conduzidos de forma mais simples
e segura, porém ineficazes; e com o surgimento da modernidade e de novas tecnologias, as
terapias se tornaram cada vez mais difíceis e eficazes, entretanto, mais perigosas, o que exige
muita habilidade dos profissionais, principalmente dos que atuam na UTI. (COSTA et. al,
2016).
O autor citado acima também ressalta que a insegurança dos profissionais de saúde e a
falta de conhecimento por parte dos mesmos, faz com que realizem procedimentos errados
colocando em risco a vida dos pacientes, por esse motivo, tem sido um grande desafio para as
organizações de saúde garantir um cuidado seguro a estes. E reafirma que, quanto mais
complexa as terapias, maior será o avanço e a utilização de tecnologias e consequentemente
associa-se a sobrecarga de trabalho e a falta de conhecimento e habilidades, levando ao erro
durante a assistência de enfermagem, e inevitavelmente danos ao paciente.

Duarte (2015) ressalta a importância de uma relação direta entre a enfermagem, a


segurança do paciente e a prevenção de erros, uma vez que a enfermagem é a maior força de
trabalho em saúde no Brasil, com uma estimativa de 1.500.000 profissionais atuantes de
acordo com o Projeto de Segurança do Paciente elaborado pelo Conselho Regional de
Enfermagem de São Paulo em 2010.

Deste modo, torna-se imprescindível entender e compreender que a qualidade do


cuidado de enfermagem está diretamente ligada a implementação e execução adequada do
Protocolo de Segurança do Paciente e que forma essa implementação impacta diretamente na
qualidade de vida dos usuários dos serviços de saúde.

1.1 QUESTÃO NORTEADORA

A pesquisa tem a seguinte questão norteadora:

O que os autores falam a respeito dos avanços e as possíveis dificuldades para a


implementação do protocolo de Segurança do Paciente no CTI e sua implicação no cuidado
de enfermagem?

1.2 OBJETIVOS:

Buscar evidências científicas na literatura sobre os avanços e as dificuldades para a


implementação do protocolo de Segurança do Paciente em UTI’s

1.3 JUSTIFICATIVA

Para a enfermagem, esta temática é de grande relevância pois poderá contribuir para a
ampliação do conhecimento a respeito da temática e proporcionar à reflexão e a discussão dos
resultados que serão obtidos, principalmente entre os profissionais de enfermagem que estão
diretamente ligados à prestação do cuidado aos pacientes internados no CTI e devem buscar
realizar uma assistência de qualidade, com segurança e minimizando os erros e danos ao
estado de saúde dos pacientes, que em sua maioria são graves.
Acredita-se na importância deste estudo, uma vez que contribuirá também para a
formação curricular do profissional de enfermagem, por ser um assunto que precisa ser
sempre explorado durante o processo de ensino-aprendizagem acadêmico e profissional.

Devido a magnitude do problema envolvido, a não implementação adequada do


Protocolo de Segurança do Paciente na Unidade de Terapia Intensiva e por atualmente
representar um dos maiores desafios para os serviços de saúde nacional, a pesquisa pode
proporcionar compreensão das dificuldades e mostrar a relevância da adequada
implementação do Protocolo de Segurança do Paciente.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Segurança do Paciente.

Atualmente as discussões e abordagens sobre a segurança do paciente têm se mostrado cada


vez mais frequentes, devido a um grande número de casos de erros na assistência de
enfermagem evidenciados pelas mídias e meios de comunicação. (DUARTE, 2015).

No Brasil, a Segurança do Paciente é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)


como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado
de saúde. Através da portaria GM/MS nº 529, de 1° de abril de 2013, foi instituído o
Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o intuito de contribuir para a
melhoria da qualidade da assistência em todas as instituições de saúde do país. (BRASIL,
2016)

Apesar de abordado em grande contingência atualmente, não é de hoje que essa temática vem
sendo discutida, a partir da divulgação do relatório do Institute of Medicine (IOM) To Err is
Human7, o tema segurança do paciente ganhou destaque através da publicação de um
relatório o qual foi baeado em duas pesquisas de avaliação da incidência de eventos adversos
(EAs) em revisões retrospectivas de prontuários, realizadas em hospitais de Nova York, Utah
e Colorado (ANVISA, 2014)

Desde o início do atual século, o Instituto de Medicina (IOM) dos Estados Unidos da América
(EUA) passou a anexar “segurança do paciente” como um dos seis atributos de qualidade,
com a efetividade, a centralidade no paciente, a oportunidade do cuidado, a eficiência e a
equidade. Definiu qualidade do cuidado como o grau com que os serviços de saúde,
intencionados para o cuidado de pacientes individuais ou de populações, aumentam a chance
de potencializar os resultados desejados e são copiosos com o conhecimento profissional atual
(ANVISA, 2014).
Em 2013, após a criação do PNSP, que dentre os objetivos está em organizar os conceitos e as
definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e atenuar os
eventos adversos em hospitais e instituições de saúde públicas e privados, de acordo com
prioridade direcionada à segurança do paciente na resolução aprovada durante a 57a
Assembleia Mundial da Saúde realizada entre os estados-membros da OMS. o Programa
possui quatro principais eixos, sendo eles: o estímulo a uma prática assistencial segura; o
envolvimento do cidadão na sua segurança; a inclusão do tema no ensino; e o incremento de
pesquisa sobre ele, sendo a cultura de segurança do paciente o elemento que deve perpassar
por todos esses eixos. (ANVISA, 2014; BRASIL, 2016).

“O PNSP traz como estratégias para implementação: a elaboração de protocolos, guias e


manuais; a capacitação de gerentes, profissionais e equipes para lidar com esses processos; a
atenção na contratualização e avaliação de serviços, metas e indicadores que estejam
adequados a essa temática; a implementação de campanha de comunicação social voltada aos
profissionais, aos gestores e usuários de saúde e à sociedade; a vigilância e o monitoramento
de incidentes na assistência à saúde, com garantia de retorno de informação às unidades notifi
cantes; a promoção da cultura de segurança pelos profissionais e pacientes na prevenção de
incidentes, com ênfase em sistemas seguros; e o estímulo à inclusão do tema nos currículos
dos cursos de saúde de nível técnico, superior e de pós-graduação.” (BRASIL, 2016)

Essas ações elucidam de que a responsabilidade sobre a segurança é de todos, não algo de
caráter individual, e muito além do cuidado com a segurança do paciente, mas que inclui
também inclui a segurança dos próprios profissionais, familiares e comunidade em geral
usuária dos serviços públicos e do sistema complementar de saúde. Colaborando com uma
cultura democrática, a qual propõe a constatar falhas no sistema que induzem os indivíduos a
cometerem atos periculosos, da mesma maneira em que não admite práticas imprudentes.
Deste modo, torna-se imprescindível discutir sobre a ocorrência dos incidentes e transformá-
los em informações visíveis, par que assim se promova o aprendizado individual e
institucional (BRASIL, 2016).

3. METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo de abordagem descritiva para identificação de produções


sobre o tema. Optou-se pela revisão integrativa da literatura, uma vez que ela contribui para o
processo de sistematização e análise dos resultados, visando a compreensão de determinado
tema, a partir de outros estudos independentes.

3.2 REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

A revisão integrativa da literatura propõe o estabelecimento de critérios bem


definidos sobre a coleta de dados, análise e apresentação dos resultados, desde o início do
estudo, a partir de um protocolo de pesquisa previamente elaborado e validado.

Para tanto, foram adotadas as seis etapas indicadas para a constituição da


revisão integrativa da literatura: 1) seleção da pergunta norteadora da pesquisa, a qual foi
inicialmente elaborada do seguinte modo: O que os autores falam a respeito dos avanços e as
possíveis dificuldades para a implementação do protocolo de Segurança do Paciente no CTI e
sua implicação no cuidado de enfermagem?; 2) definição dos critérios de inclusão de estudos
e seleção da amostra; 3) análise crítica dos achados, identificando diferenças e conflitos; 4)
interpretação dos resultados; 5) reportar, de forma clara, a evidência encontrada e 6) concluir
com base nos achados.

A pesquisa foi realizada por meio da busca na internet, nas publicações nacionais e
internacionais indexadas na Biblioteca virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library
Online (SCIELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Medical Literature Analysis
and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) com os descritores cruzados da seguinte forma: Enfermagem
and Segurança do Paciente and Unidade de Terapia Intensiva and a palavra chave Protocolo
de Segurança do Paciente. Os descritores foram selecionados a partir da consulta ao DeCS -
Descritores em Ciências da Saúde na página da Biblioteca virtual em Saúde (BVS).

3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Para este estudo, definiu-se como critérios de inclusão os estudos primários


com abordagens quantitativas e qualitativa, referentes à pesquisa sobre a implantação e os
avanços do protocolo de segurança do paciente pela equipe de enfermagem em unidades de
cuidados críticos, publicados a partir de 2013 desenvolvidos na área da equipe de
enfermagem; estudos que estejam relacionados com os descritores selecionados para a
pesquisa. Serão incluídos artigos e teses, escritos na língua portuguesa e inglesa.

Serão excluídos os que não abordam a temática escolhida, estudo com desenho
de pesquisa pouco definido e explicitado; artigos duplicados; estudos que utilizem dados
obtidos em trabalhos anteriores: editoriais, matérias jornalísticas de análise conjuntural,
avaliação de protocolos, relatos de experiências, discussão teórica de conceitos, artigos não
originais (como resenhas e comentários), estudos secundários, como os de informações
pessoais e inadequação ao objeto de estudo.

3.4 COLETA DE DADOS


A busca nas bases de dados foi realizada, separadamente, por dois pesquisadores,
sendo as discordâncias entre os resultados resolvidas por consenso. Para a seleção dos artigos,
foram utilizadas as recomendações do PRISMA (LILLEMOEN & PEDERSEN, 2012),
conforme apresentado na Figura 1. Também foi utilizado um formulário para auxiliar no
levantamento de dados dos artigos coletados (ANEXO A).

Figura 1: Fluxograma com os descritores Enfermagem AND Unidade de Terapia Intensiva


AND Segurança do Paciente AND Protocolo de Segurança do Paciente.

nº =24

nº = 4

nº = 20 nº = 6

nº = 14
3.5 ANÁLISE DOS DADOS

A avaliação e categorização dos estudos foi realizada por meio da avaliação dos
seguintes itens: identificação do título do artigo, periódico, ano do periódico, base de dados de
origem, volume e número do periódico, idioma, objetivos, métodos, resultados, conclusões e
implicações para a enfermagem apontadas pelos pesquisadores (ANEXO B).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS

Na pesquisa foram incluídos catorze artigos, na qual foi observado uma desproporção
na distribuição dos artigos quanto ao ano de publicação, pois nos anos de 2013 e 2015, foram
publicados 1 artigo em cada ano que estava de acordo com os critérios de inclusão e, em 2017
e 2018 tiveram 3 e 9 publicações, respectivamente. A partir dos critérios de busca, o resultado
foi considerado satisfatórios, com total de 14 artigos (Figura 2).

Ano de Publição

7%
7%
2013
2015
21% 2017
2018
64%

Figura 2: Distribuição de publicações por ano


Segundo a distribuição de artigos de acordo com o idioma, foi observado uma predominância
de artigos em português em relação aos em inglês, como mostra a figura abaixo. (Figura 3)

Idiomas
9
8
8

6
5
5

2
1
1

0 Idiomas
Português Inglês Português e Inglês

REFERENCIAS:

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). The Conceptual Framework for the


International Classification for Patient Safety v1.1. Final Technical Report and Technical
Annexes, 2009. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/

Cruz, F. F.;Gonçalves, R. P.; Raimundo, S. R.;Amaral, M. S. SEGURANÇA DO PACIENTE


NA UTI: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Científica FacMais, Volume. XII,
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Martins, D. F.; Benito, L. A. O. Florence Nightingale e as suas contribuições para o controle


das infecções hospitalares. Universitas: Ciências da Saúde, Brasília, v. 14, n. 2, p. 153-166,
jul./dez. 2016

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Documento de Referência para o


Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília: Ministério da Saúde. 2014.

DUARTE, Sabrina da Costa Machado. Segurança do paciente no cotidiano da assistência de


enfermagem em terapia intensiva: compreendendo o erro humano. Orientadora: Profa. Dra.
Marluci Andrade Conceição Stipp. Rio de Janeiro: UFRJ/ EEAN, 2015. Tese (Doutorado em
Enfermagem).
Borges, E. L; Latini, F. S.; Donoso, M. T. V.; Costa, T. M. P. F. REFLEXÕES SOBRE
ENFERMAGEM PÓS-FLORENCE. Rev. Min. Enf., 4(1/2):77-82, jan./dez., 2000.

ANVISA. Boletim Informativo Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.


Ano VI nº 10 | Dezembro de 2015. disponível em: encurtador.com.br/stMQ6

Costa, D. V. S.; Fragoso, L. V. C.; Queiroz, P. A.; Carvalho, S. M. A.; Costa, D. V. S.; Freitas,
M. M. C. CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NA SEGURANÇA DO PACIENTE DA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Rev enferm
UFPE on line., Recife, 10(6):2177-88, jun., 2016

MINAYO, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32. ed. Petrópolis: Editora
Vozes, 2012. v. 1. 110p .

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Hospitalar e de Urgência. Segurança do paciente no domicílio / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2016. 40 p. : il. ISBN 978-85-334-2431-9.

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