Gramtica Portuguesa 1 PDF
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Gramática portuguesa 1-
Sintaxe e Semântica
Julio Dieguez Gonzalez
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I. DADOS DA MATÉRIA
CRÉDITOS ECTS: 6
DURAÇÃO: Primeiro semestre, entre 29/01/ 2019 e 16/05/ 2019, com os seguinte horário
(Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, 11-12 h., sala 18).
COORDENADOR:
GABINETE: 321
LÍNGUAS: Português
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III. OBJETIVOS
IV. COMPETÊNCIAS
V. CONTEÚDOS
A) Teoria
1. Competencia e performance. Objetivo da Linguística
2. A organização de uma gramática
3. Sobre funções gramaticais
4. Relações semánticas e papéis temáticos
5. A sintaxe X-Barra
6. Léxico e sintaxe
7. Estrutura semântica do enunciado.
8. Estrutura semântica do léxico
9. Algumas estruturas sintáticas do português.
10. Construção de valores referenciais de algumas categorias gramaticais
11. Alguns aspetos particulares da construção da referência
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C) Atividades dirigidas não presenciais: os critérios serão indicados no decorrer das aulas.
Barbosa, Pilar & Fátima Cochofel (2005), O infinitivo preposicionado em PE, In: Inês Duarte
& Isabel Leiria (edd), Actas do XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de
Linguística, Lisboa: APL, pp. 387-400.
Barbosa, Pilar & Eduardo Buzaglo Paiva Raposo (2013): Subordinação argumental infinitiva.
Gramática do Português, vol. II, pp. 1901-1977. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Brito, Ana Maria (1988), A sintaxe das orações relativas em português: estrutura,
mecanismos interpretativos e distribuição dos morfemas relativos. Dissertação de
Doutoramento, Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Carballo Amado, Amanda (2016), Os participios duplos do português. Lusofilia, nº 4, pp. 67-
77.
Lasnik, H., & M. Saito (1984), On the Nature of Proper Government. Linguistic Inquiry, 15,
235-289.
Duarte, Inês, Ana Lúcia Santos e Anabela Gonçalves (2016), O infinitivo flexionado na
gramática do adulto e na aquisição de L1. In: Martins, Ana Maria e Ernestina Carrilho,
Manual de linguística portuguesa De Gruyter Mouton. Ort: Berlin, Boston;
Publikationsdatum, pp. 453-480.
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Lopes, Ana Cristina Macário e Graça Rio-Torto (2007), Semântica, Lisboa, Editora Caminho.
Mateus, Maria Helena Mira, Ana Maria Brito, Inês Silva Duarte & Isabel Hub Faria (e Sónia
Frota, Marina Vigário, Fátima Oliveira e Alina Villalva), (2003) Gramática da Língua
Portuguesa. 5ª edição revista e aumentada. Ed. Caminho, Lisboa.
Miguéns Martínez, Marcos (2017), Quando é "mais bem" melhor do que "melhor"? Lusofilia,
nº 5, pp. 39-53.
Menuzzi, Sérgio e Maria Lobo (2016), Binding and Pronominal formas in Portuguese,
Wetzels, W. Leo, João Costa e Sergio Menuzzi (editores), The Handbook of Portuguese
Linguistics. Hoboken (New Jersey): Wiley-Blackwell, pp. 338-355.
Mioto, Carlos e Maria Lobo (2016), Wh‐movement Interrogatives, Relatives and Clefts.
Wetzels, W. Leo, João Costa e Sergio Menuzzi (editores), The Handbook of Portuguese
Linguistics. Hoboken (New Jersey): Wiley-Blackwell, pp. 275-293.
Raposo, Eduardo (1987), Case Theory and Infl-to-Comp: The Inflected Infinitive in European
Portuguese. Linguistic Inquiry 18, pp. 85-109.
Santás Nóvoa, Luz Marina (2017), A flutuação entre acusativo e dativo dos clíticos
complemento de verbos psicológicos. Lusofilia, nº 5, pp. 5-37.
Santos, Maria Joana de Almeida Vieira dos (2003), Os usos do conjuntivo em Língua
Portuguesa: uma proposta de análise sintáctica e semântico-pragmática. Lisboa: Fundação
Calouste-Gulbenkian-FCT.
A bibliografia específica sobre cada tema será fornecida na aula na altura em que tenha lugar
do desenvolvimento teórico-prático de cada um deles.
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VII. METODOLOGIA DO ENSINO
A parte teórica de cada tema desenvolver-se-á através de exposições teóricas em que se fará
uma síntese dos conteúdos teóricos indispensáveis. O aluno deverá completar esse caudal de
informação através de obras de referência que lhe serão facilitadas, preferentemente, através
de materiais disponíveis na internet.
A matéria será ministrada exigindo uma participação e um protagonismo intenso dos alunos; a
participação constante na dinâmica das aulas é uma exigência imperativa; as aulas dedicar-se-
-ão ao desenvolvimento dos conteúdos teóricos da matéria e à resolução de exercícios práticos
com o auxílio dos primeiros.
Não se faz média nos casos em que a qualificação é inferior a 4. Nesse caso a nota mais baixa
será a nota final.
Para a aprovação exige-se alcançar uma média que represente 55% do total da qualificação
máxima absoluta.
A língua da avaliação será obrigatória e exclusivamente o português.
A assitência às aulas será registada e tida em conta para os devidos efeitos, em aplicação da
“Normativa de asistencia a clase” aprovada no “Consello de Goberno” da USC do 25 de
Março de 2010, além da normativa específica que a Facultade de Filoloxía estabeleça a este
respeito.
Na segunda oportunidade a avaliação será feita con critérios idénticos aos da primeira, salvo
que a assistência e participação nas aules será substituída por traballo dirigido não presencial
que consistirá em actividades de recuparação.
A realização das actividades não presenciais é condição inescusável para poder realizar a
prova final.
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Na prova final a pessoa pode realizar ou repetir qualquer das partes da avaliação ou a
totalidade das mesmas.
Para o alunado a quem se reconheça o direito de não assistir às aulas realizar-se-á uma prova
final que incluirá as diferentes partes da matéria. Na parte correspondente às obras de leitura
realizar-se-á uma gravação para avaliar o grau de correção no uso oral da língua portuguesa.
Sessões expositivas 30
Estudo e preparação de atividades
programadas na aula: 35
Sessões de seminário / laboratório de
idiomas / aula de informática.: 15
Realização de trabalhos de diversos tipos: 35
Sessões de atendimento programado: 2
Leituras: 20
Sessões de avaliação: 3
Preparação de exames: 10
Outras atividades (sem especificar): 0
HORAS DE
ATIVIDADES HORAS TRABALHO TOTAL
PRESENCIAIS AUTÓNOMO
Aulas de teoria 30 35 65
Sessões 15 15
de seminário
Aulas práticas 10 45 55
Avaliação 5 10 15
TOTAL 60 90 150
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CALENDÁRIO PREVISÍVEL DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS
Chave da tipologia de atividades: AP= aula prática; AT= aula de teoria; ETP= exame teórico-
prático; ATE= Atendimento tutorial especializado. TD =Trabalho dirigido; EL=Exame sobre
obra de leitura E= Exame teórico-prático
FEVEREIRO 2020
Horas de aulas de teoria (temas 1, 2 e 3) 5 AT
Horas de aula de prática (temas 1, 2 e 3) 10 AP
Ler a 1ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL
Exame teórico-prático dos temas 1 a 3 2 ETP
Prova de exposição oral sobre obra nº 1 3 EL
de leitura obrigatória
MARÇO 2020
Horas de aulas de teoria (temas 4, 5 e 6) 5 AT
Horas de aula de prática (temas 4, 5 e 6) 10 AP
Ler a 2ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL
Exame teórico-prático dos temas 1 a 6 2 ETP
Prova de exposição oral sobre obra nº 2 3 EL
de leitura obrigatória
ABRIL 2020
Horas de aulas de teoria (temas 7, 8, 9) 3 AT
Ler a 3ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL
Horas de aula de prática (temas 7 , 8, 9) 6 AP
Prova de exposição oral sobre obra nº 3 3 EL
de leitura obrigatória
MAIO 2020
Horas de aulas de teoria (tema 10) 4 AT
Horas de aula de prática (temas 10) 8 AP
Ler a 4ª obra de leitura obrigatória 4 TD + 1 EL
Prova de exposição oral sobre obra nº 4 3 EL
de leitura obrigatória
Exame teórico-prático dos temas 7 a 11 2 ETP
Prova final 2 ETP
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EXERCÍCIOS
TEMA I
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Bebe alguma coisa?________________________
Sabe ir até lá?_____________________________
Sobe connosco?___________________________
Foi a Lisboa?_____________________________
Tem muita pressa?_________________________
Fez alguma vez isto?________________________
Pôde abrir a porta?_________________________
Soube sair sozinho?________________________
Foi ao cinema?____________________________
Teve algum problema?______________________
Viu alguém ali?____________________________
Esteve alguma vez nessa cidade?________________
Quis fazê-lo?________________________________
Pôde vê-los?_________________________________
Sabe sair de cá?______________________________
Perde os óculos com frequência?________________
Pede ajuda aos colegas?_____________________
Vê bem ao longe?_________________________
Pode estudar com música?____________________
Sabe quem chegou?__________________________
4. Atos ilocutórios
1. Texto de Lídia Jorge sobre Eça de Queirós: “É por isso que, para além do culto que a obra de
Eça legitimamente merece, por mérito próprio e grandeza genuína, se deve reconhecer, para
sermos justos, que muita da admiração totalitária que Eça desencadeia nasce porventura
duma espécie de preguiça e lentidão em entender, ainda nos nossos dias, a linguagem
diferente daqueles que lhe sucederam. O que não parece vir a propósito, embora venha.
Como um dia veremos."
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(2) Os vagidos da criança enterneceram a Sr.ª Clotilde [ ... ]
Chamou o Carramilo e começou a dar ordens. Nascera para mandar.
Ela não fica bem aqui no barco. Lá em casa eu trato das duas [...] Leva a gente ao Cais das
Barcas, anda. Arranja-se um caldinho para ela - ordenou a Sr. a Clotilde.
3. Em Manhã Submersa (1988: 25), os rapazes ainda crianças, separados das famílias
e recentemente chegados ao seminário, não tem dúvidas sobre o carácter coercivo e bem
severo da fala do Pe. Martins que «exato e magro como um artigo do regulamento, entrou pelo
salão dentro [...] e vibrou-nos uma ordem estranha»:
(3) Todos os meninos que tiverem comestíveis de qualquer espécie fazem o favor
de ir buscá-los e de entregá-los imediatamente.
4. Em Mau Tempo no Canal (s/d: 164) João Garcia «mandou esperar o criado»:
(4) Vossemecê importa-se de levar uma carta à menina?
TEMA II
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2. Construa orações com o Complemento Direto topicalizado à esquerda:
4. Construa orações com objeto direto nulo (“Objeto nulo” é o nome abreviado);
tem de construir uma pergunta e construir a resposta com o objeto nulo
depois (se o objeto estiver no começo da frase não será objeto nulo, será
objeto topicalizado à esquerda).
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Exemplo: O Pedro perdeu no comboio o livro que o João lhe deu—Que foi do livro
que o João deu ao Pedro? —O Pedro perdeu no comboio
Era muito perigoso contar aos jornalistas o que se passava na
reunião
Os cães ladraram
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O António conheceu a namorada quando andava na Faculdade
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1. Construa os quatro tipos possíveis de frases enfatizando os focos que se indicam:
1. O Pedro cantou uma balada em Coimbra-----foco: “em Coimbra”
4. Indique que tipo de construção enfática existe em cada caso nas orações seguintes e indique
qual é o foco em cada uma delas:
1. Querida Marta, o que sabes e eu sei é que não valho um chavo.
5. Indique que tipo de construção enfática existe em cada caso nas orações seguintes e indique
qual é o foco em cada uma delas:
a. Quem emprestou o seu livro ao Paulo foste tu
TEMA III
Não o encontrarão_____________________________
Não o viu fugir________________________________
Não o autorizará_______________________________
Não os viu____________________________________
Não o ouvistes chegar______________________________
Não o quis____________________________________
Não o farão_____________________________________
Não o trarei_____________________________________
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Não o faria______________________________________
Não o pus aqui__________________________________
Não o parti_____________________________________
Não o sabias_____________________________________
Não te faz isso:_____________________
Não o tens:______________________
Não o fizeste:____________________
Não o comprarão:________________
Não o traduz:__________________
Não o vi:______________________
Não o traremos:____________________
Não o diz:______________________
Não o fez:______________________
Não o quisemos:__________________
Não o quer:________________________
Não o daremos:_____________________
Não o farei:_________________________
Não o viu _______________________
Não o tenho ______________________
Não o vi _________________________
Não o pus ali ______________________
Não o pôs aquí ____________________
Não o sabe _______________________
Não o tens _______________________
Não me ouves _____________________
Não te ouço _______________________
Não o perdi ________________________
Não o têm eles _____________________
Não o vês _________________________
Não te escuto _______________________
Não vos vejo _______________________
Não vos ouvi _______________________
Não os tens ________________________
Não o leram ________________________
Não o lerão _________________________
Não vos esperará _______________________
Não os vistes ________________________
Não o encontrei ________________________
Não o esquecerão _________________________
Não vo-lo fará _______________________
Não o introduz ________________________
Não no-lo dirá ________________________
Não o trariam _________________________
Não vos ouviria _______________________
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4. Construa orações interrogativas de confirmação, de dois tipos: em (a) o locutor
espera resposta afirmativa, e em (b) o locutor espera resposta negativa, segundo o
modelo seguinte:
(4) A Maria, encontrei ontem aquele amigo dela que faz cinema.
(8) Mas eu parece-me que mais depressa isto será malícia dos que assim falam para confundir
um com o outro, que nada se parecem.
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(9) Quanto à companhia, seguro-lhe a Vossa Mercê que bem a desejara
(10) E quanto ao modo de remessa, far-me-ia muito favor de mandar entregar esta bagatela
em Londres por Francisco Wanzeller.
(11)-«O Pedro, ele não compreendeu nada»
(12)Esse relatório, acho que não precisamos para a reunião de hoje.
TEMA IV
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18.) O João fez o almoço.
19.) O Luís pintou aquele maravilhoso quadro.
20.) O João foi enviado a Évora.
21.) O livro pertence-me.
22.) O general teme os soldados
23.) O professor castigou o aluno sem razão.
24.) O Manel abriu a porta com a chave.
25.) O contínuo empurrou os alunos.
26.) A cozinheira cozeu a carne.
27.) A Maria deu o livro à filha.
28.) O Luís ficou com o dinheiro.
29.) Amanhã vou à tua casa.
30.) O João ofereceu o livro à Maria.
31.) Eu comprei um livro para a Maria.
32.) As chaves estão guardadas na gaveta.
33.) O João mora em Bragança
34.) O João chegou a Lisboa.
35.) Os soldados temem o general.
36.) A Joana entregou a carta ao Luís.
37.) Ele comprou as rosas à florista.
38.) O Luís ficou em casa.
39.) O Luís pôs o livro na mesa
40.) O professor explicou o teorema aos seus alunos.
15. Indique quais são os papéis temáticos que recebem os sintagmas em nengrito em
cada uma destas orações
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24.) O Pedro tirou uma pedra do rio
25.) O António deu uma prenda à Rita
26.) O Pedro pediu dinheiro à Maria
27.) O João leu o livro
28.) O rapaz bebe sempre frio o leite do pequeno-almoço
29.) A peça dura duas horas
30.) O Pedro colocou o livro na estante
31.) O João continua assistente
32.) O João continua zangado
33.) O João continua em Évora
34.) O João continua bem
35.) O João gosta da Maria.
36.) A Ana escreveu um romance.
37.) O Pedro pediu uma bicicleta aos pais.
38.) O vento partiu o vidro da janela.
39.) O lavrador carregou o camião com feno.
40.) O menino caiu da cama.
16.- Indique quais são os papéis temáticos que recebem os sintagmas em nengrito
em cada uma destas orações
1.) A carne já cozeu.
2.) Os alunos empurraram o diretor.
3.) Os bárbaros destruíram Roma.
4.) O general assusta os soldados.
5.) Os meninos temem a tempestade.
6.) A Maria telefonou.
7.) A vendedora vendeu o livro à minha amiga.
8.) Os presentes votaram a proposta.
9.) O Pedro viajou de S. Francisco para Toronto.
10.) A Ana escreveu um romance.
11.) O telhado assenta em seis barrotes.
12.) A Maria viu o espectáculo.
13.) A polícia prendeu os manifestantes.
14.) O rapaz gaguejou.
15.) Os meus melhores amigos vivem no Porto.
16.) A água borbulha na chaleira.
17.) Todos nós sentimos o perfume.
18.) Beethoven compôs nove sinfonias.
19.) O João guarda o passaporte no cofre.
20.) O vento partiu o vidro da janela.
21.) A Maria recebeu uma carta da Fundação Gulbenkian.
22.) Beethoven compôs nove sinfonias.
23.) O Luís mora em Paris.
24.) A Maria guiou o jipe.
25.) O fumo amareleceu os cortinados.
26.) O público escutou o conferencista.
27.) A tempestade assustou-nos.
28.) O terrorista assassinou o político.
29.) A Maria guiou o jipe.
30.) As aulas decorrem na Faculdade.
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31.) O Luís ofereceu o disco ao amigo.
32.) O Paulo sabe Japonês.
33.) Nós vamos para Lisboa.
34.) O João gosta da Maria.
35.) A Inês ama o Pedro.
36.) O João deu a notícia.
37.) O João perguntou o nome à menina
38.) O navio aferrou às 5h.
39.) A Joana queixou-se do frio à mãe
40.) O Pedro ama a liberdade
TEMA V
Começou el-Rei D. Fernando a guerra, e pôs seus fronteiros pelas comarcas, nos lugares
que sua voz tinham, e mandava que todos os lugares fossem vigiados de certas pessoas cada
dia; e quando se punha o sol, fechavam as portas de cada lugar, e abriam-nas ao amanhecer; e
estavam às portas certos homens com suas armas, que não deixavam entrar nenhuma pessoa
dentro que não fosse conhecida; em todas as terras o pão era transportado dos arrabaldes para
a vila, e os gados afastados dos extremos para dentro do reino; todas as árvores altas derredor
dos lugares eram cortadas, por os inimigos não terem azo de fazer delas arma alguma com que
os atacassem. E ainda que alguns digam que ele começou esta guerra para vingar a morte del-
Rei D. Pedro seu primo, isto não foi desta maneira; mas vieram muitos nobres de Castela a
Lisboa e faziam entender a el-Rei que como el-Rei D. Pedro fora morto, que ele ficava
herdeiro nos Reinos de Castela e de Leão, porque era bisneto legítimo del-Rei D. Fernando de
Castela, neto da Rainha Dona Beatriz, filha do dito Rei D. Sancho. Porém ele nunca teria
querido começar este conflito, nem buscar este parentesco de tão longe, se não fossem os
lugares que se lhe entregavam de seu grado, e os muitos fidalgos que se vinham para ele, que
lhe faziam entender isto. E por que ainda na Galiza alguns lugares não estavam de sua parte,
ordenou el-Rei de ir lá, por receber lugares que se lhe davam, e sossegar a terra que estava por
ele, e tomar da outra a mais que pudesse; mas sua ida foi de tal maneira que mais sua honra
fora não ir lá dessa vez.
E partiu el-Rei por terra, indo com ele D. Alvaro Peres de Castro, e D. Nuno Freire,
Mestre de Christus, e outros senhores e cavaleiros, e gentes muitas, e mandou ir oito galés por
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mar à Crunha, e por capitão delas Nuno Martins de Góes, e chegou el-Rei a Tui, e foi ali
muito bem recebido por Afonso Gomes de Lira, alcaide da cidade, e pelos moradores todos
dela, e deram-lhe as chaves da cidade. El-Rei falou então com Lopo·Gomes, filho do alcaide,
que fosse diante à Crunha e que informasse os moradores da cidade da ida del-Rei dom
Fernando à Galiza, e se visse que os da vila duvidavam de o receber por senhor, que ele com
aqueles que consigo levava se pusesse no muro de cima da porta da vila, e que dali mandasse
aos do lugar que não cerrassem a porta até que el-Rei entrasse, que estaria logo cerca. Lopo
Gomes chegou à Crunha, e nenhuma coisa disse aos do lugar da intenção que levava, salvo
que se ia para ali por ver que maneira os Portugueses queriam ter. Em isto chegou el-Rei D.
Fernando à vista do lugar, e os da vila o saíram todos a receber, e entre eles João Fernandes
Andeiro, que era o mais honrado do lugar, por que as outras gentes são alguns deles
pescadores, e outros homens não de grande conta: e João Fernandes, por que ainda não
vira el-Rei de Portugal, ia dizendo em alta voz entre os outros todos: «Onde vem aqui meu
Senhor el-Rei Dom Fernando?» El-Rei quando isto ouviu, deu de esporas ao cavalo em que
ia, e disse: «Eu sou, eu sou»: então lhe beijou a mão ele, e aqueles todos que iam de
companhia; e por quanto el-Rei deste modo foi recebido na Crunha, não se pôs em obra
nenhuma coisa do que Lopo Gomes houvera de fazer.
Não parece cousa indigna, se algum que ler ou ouvir esta estoria fizer pergunta, pois que
tanto tempo havia que era fama, e largamente publicada, entre a Rainha e o Conde João
Fernandes Andeiro, se tinha ellRei alguma suspeita? ou sabia de tal fama alguma coisa? Aos
quais se responde desta maneira.
Certo é que entre as condições que do amor escrevem os que dele cumpridamente
falaram e foram criados em sua corte, assim é que por muito que encobrir queira o que ama,
não se pode tanto conter, que por alguns sinais e falas e outros demostradores jeitos, não dê
a entender aquele ardente desejo que em sua vontade continuadamente mora. E quando os
homens vêem desacostumadas afeições e prestanças, onde não há tal dever que má fama
embargar possa, ligeiramente vêem a presunção do erro em que tais pessoas podem cair.
E por tanto elRei dom Fernando, vendo os muitos modos por que a Rainha mostrava
desordenada afeição e bem querença ao Conde João Fernandes Andeiro, e o grande
acrescentamento que lhe procurava per qualquer guisa que podia, bem certificou em seu
pensamento ser verdade o que as gentes presumiam, embora da publica voz e fama que a
Rainha havia com o Conde, ele nenhuma parte soubesse, nem havia algum ousado de lhe tal
coisa dizer, ainda que se de sua desonra com bom desejo doesse, receando pena por galardão,
e mortal ódio por amizade, como já a alguns aconteceu por tais novas recontarem, mormente
aos Reis e grandes senhores.
Assi que elRei dom Fernando bem entendia o que era, mas nenhuma coisa dava a
entender, receando novamente descobrir com dúvida, aquilo que a publica voz e fama muito
tempo havia que afirmava. E quando a Rainha levou sua filha a Elvas por lhe fazer vodas com
elRei de Castela, e se elRei dom Fernando mandou trazer de Salvaterra pera Almada, cuidou
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elRei de o matar por esta guisa. Mandou ao seu Escrivão do Segredo que fizesse uma carta
pera o Mestre de Avis seu irmão, em que lhe mandava e encomendava que vista aquela carta,
tivesse jeito de matar o Conde João Fernandes Andeiro, não dizendo porém a razão por que; e
per ela mandava a Gonçalo Mendes de Vasconcelos, Alcaide mor de Coimbra, que ordenasse
de guisa que o Mestre seu irmão fosse recebido na cidade, e lhe entregasse a fortaleza do
castelo, e que lhe quitava a homenagem uma e duas e três vezes.
O Escrivão fez a carta entendendo bem por que era —e dizem alguns que foi João
Gonçalves—; e quando foi feita, tornou a elRei e disse
Senhor, vos mandais fazer esta carta, (resumindo-lhe o conteúdo dela), porém, Senhor,
disse ele, se vos esta coisa bem examinar quiserdes, a Vossa Mercê pode entender, que por
nenhuma guisa a deveis de mandar, por o gram dano que se seguir pode. Vos, Senhor, vedes
bem como o Mestre vosso irmão é bem quisto de todos os do reino, e se ele tivesse Coimbra,
falecendo vós, o que Deus não mande, juntar-se-iam a ele todas as gentes, e ficaria ele por
rei desta terra; e vossa filha assim deserdada, de guisa que ela nem filho que de seu marido
houvesse, seria grande maravilha de nunca em eles mais poder recobrar o reino. E porém me
parece, se vossa mercê for, que tal mandado deveis de escusar por ora; e se do Conde João
Fernandes haveis tal queixume, por que vos isto tenha merecido, bem tereis depois tempo
para o mandar matar, cada vez que quiserdes, per outra maneira e não desta guisa.
ElRei cuidando neste feito, pareceram lhe as razões boas, e rompeu a carta e não foi
enviada; e assim escapou o Conde João Fernandes Andeiro de não ser morto.
Como o Mestre tornou a Lisboa, e de que maneira matou o Conde João Fernandes
Andeiro
Em outro dia pela manhã partiu o Mestre daquela aldeia onde dormira, e começou a
andar seu caminho, sem demora alguma desacostumada; e no caminho dizem que descobriu
o Mestre esta coisa a alguns servidores seus: a Lopo Vasques que depois foi Comendador
mor, e a Rui Pereira que o foi receber. E disse a um deles.
Ide-vos diante quanto puderdes e dizei a Alvaro Pais que esteja pronto, porque eu vou
para fazer aquilo que ele sabe. O Escudeiro andou depressa e deu-lhe o recado e tornou-se
para o Mestre pelo caminho onde vinha. E quando descavalgou e começaram a subir acima],
disseram uns aos outros muito baixo: Estejam todos prontos, porque o Mestre quer matar o
Conde João Fernandes Andeiro.
A Rainha estava em sua câmara e algumas Donas sentadas no estrado, e o Conde de
Barcelos seu irmão, e o Conde dom Álvaro Peres, e Fernando Afonso de Samora, e Vasco
Peres de Camões e outros, estavam em um banco; e o Conde João Fernandes Andeiro que
estava adiante em cabeceira deles, estava estão ante ela e começava a falar pausadamente. E
estando assim falando, bateram à porta, e o Porteiro depois que entrou o Mestre, quis fechar
a porta para não entrar nenhum dos seus, e disse que o perguntaria à Rainha. E o Mestre
entrou de modo que entraram os seus todos com ele; e ele moveu-se pausadamente para
onde estava a Rainha; e ela se levantou, e todos os outros que estavam presentes.
E depois que o Mestre fez reverência à Rainha e mesura a todos, e eles a ele
recebimento, disse a Rainha que se sentassem, e falou ao Mestre dizendo: E pois, irmão,
que é isto a que tornastes de vosso caminho?
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Tornei, Senhora, disse ele, porque me pareceu que não ia desembargado como devia.
Vós me ordenastes que tivesse conta da comarca d’Entre Tejo e Odiana, se per ventura el-
Rei de Castela quisesse vir ao reino e quebrar os pactos que há entre vós e ele; e porque
aquela fronteira é grossa de gente e grandes senhores, assim como do Mestre de Santiago,
e do Mestre d’Alcantara e de outros e bons fidalgos; e aqueles que vos mandastes para a
guardarem comigo, me parecem poucos; por isso tornei para me dardes mais vassalos,
pera vos eu poder servir, segundo é necessário a minha honra e vosso serviço.
A ventura, por melhor azar a morte do Conde João Fernandes Andeiro, começou a fazer-
lhe desconfiar da vinda do Mestre; por tal maneira que lhe pôs em vontade que mandasse a
todos os seus que se fossem armar e se viessem para ele; e de qualquer jeito que fosse,
partiram os seus todos do Paço, assim os fidalgos que o acompanhavam como os outros, e
foram-se armar pera se virem para ele; e esta foi a razão por que ele ficou só de todos eles, e
nenhum estava ali quando morreu.
A Rainha isso mesmo pôs os olhos nos do Mestre; e vendo-os assim todos armados, não
lhe pareceu bem em seu coração, e disse falando para todos:
Santa Maria nos valha!! como os Ingleses têm muito bom costume, que quando estão no
tempo da paz, não trazem armas, nem querem andar armados, mas boas roupas e luvas nas
mãos como donzelas!; e quando estão na guerra, então usam as armas como todo o mundo
sabe.
Ficando assim o Conde João Fernandes Andeiro, gastava-se-lhe o coração, e tornou a
dizer ao Mestre: Senhor, vós comereis comigo. Não comerei, disse o Mestre, porque tenho
feito de comer.
Sim, comereis, disse ele, e enquanto vos falais, irei eu mandar fazer depressa.
Não vades, disse o Mestre, que vos hei de falar uma coisa antes que me vá, e logo me
quero ir, que já são horas de comer.
Então se despediu da Rainha, e saíram ambos da câmara e os do Mestre todos com ele.
E chegando-se o Mestre com o Conde perto duma janela, sentiram os seus que o Mestre lhe
começava a falar baixo, e ficaram todos quietos. E as palavras foram entre eles tão poucas e
tão baixo ditas, que nenhum por então entendeu que palavras eram; porém afirmam que
foram desta maneira:
Conde, eu me maravilho muito de vós serdes homem a quem eu bem queria, e trabalhais
por minha desonra e morte.
Eu, senhor?! disse ele, quem vos tal coisa disse, mentiu-vos muito grande mentira!!
O Mestre, que mais vontade tinha de o matar que de estar com ele em razões, tirou logo
um cutelo comprido, e enviou-lhe um golpe à cabeça; porém não foi a ferida tão grande que
dela morresse, se mais não houvesse. Os outros que estavam arredor, quando viram isto,
lançaram logo as espadas fora para lhe dar, e ele movendo pera se acolher à câmara da
Rainha com aquela ferida, e Luis Pereira Lopes, que estava mais cerca, meteu-lhe uma
estocada de que logo caiu em terra morto.
Os outros quiseram-lhe dar mais feridas, e o Mestre disse que estivessem quietos, e
ninguém foi ousado de lhe mais dar.
E era o Mestre quando matou o Conde, em idade de vinte e cinco anos e andava em
vinte e seis; e foi morto seis dias de dezembro, era já escrita de 1383.
27
4
[CAPITULO X]
Do que a Rainha disse por a morte do Conde, e doutras coisas que sucederam
DEIXEMOS o Paje hir onde lhe mamdaram, e vejamos em tanto que se fez no Paço da
Rainha. A Rainha espantada da volta que ouvia, levantou-se em pé não sabendo que cuidar, e
disse (z) [que vissem que era aquilo]; os outros a pressa oolharom per antre as portas, e
disserom que o Conde Joam Fernandez era morto. A Rainha quando esto ouvio, houve gram
temor, mas disse:
- Ó Santa Maria vai! como me matarom em ele u~u mui boom servidor, e morre martir,
ca o matarom mui sem por quê; mas eu prometo a Deos que me vaa de manhaã a sam
Francisco, e que mande fazer i tia gram fogueira, e eu farei taes salvas quaes nunca molher fez
por estas cousas. - O que ela tiinha mui pouco em voontade de fazer.
E começou a dizer:
- Vão perguntar ao Mestre se hei eu de morrer.
- Dizei à Rainha minha Senhora, que Deus me guarde de mal, que se sossegue em sua
cámara, e não tenha nenhum temor, porque eu não vim aqui para matar a ela, mas por fazer
isto a este homem, que mo tinha bem merecido.
Em esto tornando Lourenço Martiiz donde fora ajudar a çarrar as portas, vio estar ~ua soma
de prata ante a cozinha em ~ua mesa, e tomou-a toda, e lançou-a na aba e levou-a ao Meestre,
e disse:
-Digo, Senhor, já vós aqui teendes pera a despesa d'hoje.
O Meestre lhe respondeo asperamente, que tomasse a prata onde a achara, ca el não veera ali
por aquelo, mas por fazer o que tiinha feito, e Lourenço Martiiz feze-o assi.
Os fidalgos que acompanhavom com o Conde e os que com ele viviam, não sabendo do que o
Meestre tiinha feito, viinham já todos armados pera o Paaço da Rainha; e viindo muito acerca
deles, a volta da gente que começava já de ferver pela rua, e algutis que sairom de dentro lhe
disserom que não fossem lá, que o Conde era já morto e as portas çarradas; e que as gentes
eram tantas que viinham contra os Paaços segundo deziam, que se lá fossem que nunca
escaparia neuü deles, e veeriam de si mao pesar.
Tornarom-se estonce pera d'u veerom, e cada uü trabalhou de se poer em salvo, receando-se
que todolos que eram da parte da Rainha e do Conde fossem mortos aaquela hora.
28
EXERCÍCIO II
Na construção das frases podem-se utilizar palavras expressões que não figurem nos excertos,
tentando, contudo, que correspondam de forma aproximada ao conteúdo dos mesmos; por
exemplo, ainda que as palavras “soldados” e “lisboetas” não figuram nos excertos, aceitam-se
frases como as seguintes:
Os soldados cortavam as árvores
Os lisboetas odiavam o conde
EXERCÍCIO III
Faça a análise arbórea (segundo o modelo X-barra) de cada uma das interpretações possíveis
das frases seguintes (uma árvore para cada interpretação):
(A) O Escrivão disse ao rei que matasse o conde com o maior sigilo
(B) D. Fernando agradeceu que os castelhanos o aceitassem com palavras alegres
(C) O conde perguntou se o mestre jantava com ele de boa vontade
29
(D) A rainha ordenou que entrassem da câmara com a cara descoberta
(E) O paje disse que fossem ao paço com a espada empunhada
EXERCÍCIO IV
Faça a análise arbórea (segundo o modelo X-barra) das frases seguintes, neste caso com uma
só interpretação (a mais natural ou a mais singela):
(F) Álvaro Pais soube que o Mestre mandava que preparasse os soldados
(G) A Rainha perguntou se o Mestre mandava que a matassem a ela
(H) O Conde esperava que o Mestre aceitasse que fizessem as pazes
(I) D. Fernando temia que o Mestre quisesse que a coroa viesse às suas mãos
(J) D. Fernando temia que a Rainha suspeitasse que sabia a verdade
EXERCÍCIO V
30
10. Vista _____ o rio, a cidade ainda é mais bonita
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