O Que Voce Vai Ser Quando Envelhecer
O Que Voce Vai Ser Quando Envelhecer
O Que Voce Vai Ser Quando Envelhecer
vai ser
tamente o tema não é novo, mas novos são os
perfis daqueles que ultrapassam a marca dos 60
anos de idade num mundo sem fronteiras, sem
fios, sem limites e muito mais longevo. Novo é o
jeito de olhar para os significados do bem-enve-
quando
lhecer e a concepção de que viver mais é um ver-
dadeiro privilégio, quando planejado de forma a
acumular sabedoria, saúde, experiência, recur-
sos financeiros, serenidade, realizações e afetos.
É certo que escritores, filósofos, gerontólogos,
antropólogos, psicólogos, geriatras e médicos de
outras especialidades também trataram da ques-
tão do envelhecer, despertada inicialmente nos
países da Europa, para depois chegar aos outros
“O assunto é atualíssimo, urgente e de grande continentes, junto com a preocupação dos refle-
xos causados pela inversão da pirâmide populacio-
relevância: o bem envelhecer. Para tratar nal, onde poucos nascem e muitos envelhecem.
Jornalista do tema, a autora vai desde as definições Mas a proposta deste livro é colocar uma lente di-
ferenciada e múltipla sobre o assunto, na medida
Lena Obst que cercam a chegada da maturidade até as em que é visto por vários olhares, nas mais diver-
Nasceu em Porto Alegre (RS) e se formou orientações de como cuidar do corpo e da sas nuances, para tentar compor o todo que en-
volve o futuro de cada um de nós.
em Jornalismo pela Famecos (Faculdade dos mente; aborda sobre as novas formas de ver e Assim, com a pretensão despretensiosa de
Meios de Comunicação) da PUC/RS (Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do viver a terceira idade, até a maneira de buscar abordar tema de tamanha grandeza, lancei-me
ao desafio sem preconceito e sem a amarra da ju-
Sul), no ano de 1986, quando se mudou para a felicidade. Previdência, economia, mercado ventude como condição para a felicidade. Junto
Florianópolis, para atuar no jornalismo
catarinense. Foi repórter e editora do Jornal de trabalho, sustentabilidade, acessibilidade, comigo, trouxe os colegas de profissão Lúcia Py
Lüchmann (fiel colaboradora na coleta de dados),
O Estado (1986-1990) e produtora da Rádio educação, tecnologia, sociedade e mudanças Ricardo Garcia (autor das fotos) e Cesar Valente
Guarujá (1989-1990). Desde 1990 é diretora-
proprietária da empresa Texto Final – Assessoria fazem parte de um grande apanhado de ideias (criador da arte da edição), além de meu irmão
Eduardo Obst (autor das ilustrações), que foram
de Comunicação. Membro da ACI – Associação e pensamentos costurados com a agulha do incansáveis e apaixonados parceiros de trabalho.
Catarinense de Imprensa e ministrante de
envelhecer?
cursos de redação para empresas. Autora dos jornalismo, com paixão e determinação.” Confesso que aprendi demais durante um ano
livros “ACM – 77 Anos”, contando a história de pesquisas, contatos e entrevistas, conhecen-
da Associação Catarinense de Medicina, e do pessoas muito especiais que só intensifica-
“Registrar a História para Preparar o Futuro”, Euclides Reis Quaresma ram a necessidade do debate proposto. Da forma
contando a história de 20 anos da Unicred como vejo, dou a missão por cumprida, embora
Diretor Superintendente
Lena Obst
Central de Santa Catarina. Co-autora do livro “O não concluída – diante de tudo o que há para es-
Quanta Previdência crever sobre o tema.
ESTADO – 100 Capas”, com coletânea das capas
com maior destaque na história centenária do Como jornalista, fiz o que considero mais im-
jornal, e cronista no livro “Loucos e Memoráveis portante na profissão: dar voz àqueles que têm
Anos – O Centenário do Jornal O ESTADO”, o conhecimento, aos que precisam denunciar,
coletânea de artigos dos mais destacados aos que ousam opinar, aos que são capazes de
jornalistas catarinenses. gerar o debate e, acima de tudo, aos que ajudam
a transformar.
[email protected] Lena Obst
O que você
vai ser
quando
envelhecer?
É preciso olhar de perto e com carinho
o inevitável passar dos anos.
Sem medo ou preconceito,
é indispensável preparar o futuro,
cada dia mais rápido e ao mesmo tempo
mais longevo.
Lena Obst
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
REITOR
Mauri Luiz Heerdt
VICE–REITOR
Lester Marcantonio Camargo
EDITORA UNISUL
DIRETOR
Laudelino José Sardá
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Alessandra Turnes Soethe
ASSISTENTE EDITORIAL
Amaline Mussi
Equipe de produção
Colaboração
Lúcia Py Lüchmann
Fotos
Ricardo Garcia
Gráficos
Eduardo Obst
Projeto gráfico e editoração
Cesar Valente
Revisão
Jucélia Fernandes
S
em que a gente se dê conta, o de oferecer aos participantes de seus
tempo nos acompanha por toda planos um planejamento de vida, que
a vida, a cada instante dela. Não contemple o presente e, de maneira
por outra razão, nossas histórias são muito especial, que prepare o futuro.
contadas com o que nos aconteceu no Todo o trabalho realizado na entidade
passar das horas, dos dias e dos anos. é para que as pessoas possam efetiva-
Reconhecer isso é essencial em qual- mente desfrutar das belezas do agora,
quer idade, mas torna-se ainda mais pois cada momento é único, sem es-
importante quando se alcança a ma- quecer que o amanhã também as es-
turidade, quando as conquistas come- pera, com suas necessidades e seus
çam de fato a ser somadas para com- encantos.
por as trajetórias e os possíveis legados. Se todas essas coisas já são sufi-
O livro que agora chega às suas cientemente grandiosas, imagina se
mãos fala sobre esse tempo, que dei- somadas às transformações geradas
xa marcas no rosto e na alma, que pela longevidade, pelas mudanças
nos transforma a cada novo dia e nos sociais advindas com os chamados
faz entender quão valiosos (e rápidos) “novos velhos”, que chegam à matu-
são os momentos que a gente saboreia ridade ativos e cheios de sonhos que
com intensidade. Enquanto o tic-tac ainda desejam realizar. Estamos vi-
da vida toca, a gente acumula rique- vendo muito mais e agora queremos
zas que vão muito além de bens e nos também viver muito melhor.
fazem valorizar aquilo que realmente É nessa comunhão de valores que
importa, aquilo que nos toca, emocio- este livro cruza o caminho da Quan-
na, faz-nos sair da comodidade do co- ta e estabelece uma parceria inevitá-
tidiano para bater fundo no coração, vel. Fácil perceber que tanto a missão
que não tem idade, mas tem pulso. de escrever as páginas a seguir quan-
Todas essas pequenas grandes coi- to a missão da Quanta são de gran-
sas traduzem a matéria-prima da de porte e responsabilidade. Mas isso
Quanta Previdência, que tem a meta não impediu a escritora nem tampou-
O que você vai ser quando envelhecer?
4 Lena Obst
Prefácio
Segundo tempo
Editora Unisul 5
Sumário
11 31 45 69
Apresentação 8 Geração de conhecimento ............................. 60
Reflexão indispensável O que você vai ser quando envelhecer?
Nelson Motta & Zé Dassilva.......................66/67
1. Sem Pré-Conceito 11
A hora e a vez do novo velho...........................12 4. Nova Realidade 69
Definições em permanente mudança.............16 Economia da terceira idade ............................70
Envelhecendo desde o nascimento.................21 Cidades em transformação..............................78
O que você vai ser quando envelhecer? Governantes atentos às mudanças.................82
Alexandre Garcia & Ana Botafogo...........28/29 Política Nacional do Idoso...............................86
Respeito aos direitos reconhecidos.................96
2. Longevidade 31 Desafios nacionais........................................ 100
Prepare-se para viver mais.............................32 O que você vai ser quando envelhecer?
Mudança na Pirâmide Demográfica..............38 Ricardo Amorim & Mara Luquet......... 104/105
O que você vai ser quando envelhecer?
Carlinhos Brown & Bruninho..................42/43 5. Tempo de Transformações 107
Mudanças inevitáveis................................... 108
3. Rompendo Padrões 45 Plantar saúde para colher saúde................. 112
Qualidade de vida não tem idade....................46 Saúde é a maior preocupação.......................115
Novo universo..................................................49 Estereótipos ultrapassados............................117
De mãos dadas com a internet........................51 Geriatria e Gerontologia................................118
Passaporte carimbado.....................................58 Saúde do homem.......................................... 120
107 143 165 183
Saúde da mulher........................................... 126 O que você vai ser quando envelhecer?
Mens Sana......................................................131 Francisco Mussnich & Almir Sater.......180/181
Declaração da Assoc. Médica Mundial.........135
O que você vai ser quando envelhecer? 8. Quanta Previdência 183
Alexandre Kalache & Nilton Molina....140/141 Você está preparado para viver mais?......... 184
Cenário de preocupação................................187
6. Cuidados Essenciais 143 Quanta Previdência ......................................191
Idosos em construção................................... 144 Indicadores e conquistas.............................. 194
Pratos coloridos.............................................147 13 anos de história em 2017........................ 198
Aposente o sofá............................................. 150 Educação financeira e previdenciária......... 203
Felicidade........................................................153 Sonhos das pessoas
Direito de envelhecer ....................................155 são propósitos da Quanta............................. 205
Velhos, rejuvenesçam!...................................158 Quanta Longevidade.................................... 208
Como é ser longevo?...................................... 160 O que você vai ser quando envelhecer?
O que você vai ser quando envelhecer? Marcos Piangers & Arnaldo Antunes..212/213
Cristovam Buarque & Isadora Faber....162/163
O que já foi dito 214
7. Instituto de Longevidade
Mongeral Aegon 165 Referências de fontes
Longevidade = Oportunidade.......................166 e entrevistas 218
Três pilares.....................................................170
O que você vai ser quando envelhecer?
Apresentação
Reflexão indispensável
8 Lena Obst
É chegado o momento, com aqueles que já convivem
então, de desmitificar o com os desafios da idade, mas
envelhecimento, seja do lado também com todos os que
positivo, seja do lado negativo sabem enxergar que o futuro é
da palavra e desta faixa etária. logo ali, dobrando a esquina, na
Quem ignora, não se planeja próxima volta do relógio.
para enfrentar desafios; quem
não reflete, deixa de preparar- Assim, da mesma forma que
se para aproveitar os bons um dia tivemos que responder
momentos que cada etapa da “O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO
vida é capaz de nos brindar. CRESCER?”, hoje é preciso
questionar também “O QUE
Este livro tem a meta de tratar VOCÊ VAI SER QUANDO
dessa importante temática e ENVELHECER?”.
provocar o refletir dos leitores,
na pretensão de também Sem medo, preconceito ou
motivar a saudável inquietação promessas, é indispensável
capaz de gerar boas mudanças olhar, sentir e entender o que
e crescimento. Escrito com está acontecendo com o nosso
as tintas do jornalismo, ele corpo, a mente, os sentimentos,
reúne informações, artigos a sociedade, o mundo.
e entrevistas que ajudam a
pensar através das palavras de Porque o tempo não para e o
profissionais que lidam com o desejo da felicidade não tem
assunto, que mexe não apenas idade.
Editora Unisul 9
Sem
Pré-Conceito
1
O que você vai ser quando envelhecer?
12 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Quem são?
A cada novo ano, cerca encaram a fase como o economia por onde
de 650 mil brasileiros fim das atividades úteis e passam.
chegam aos 60 anos muitos até se preparam
de idade. Os chamados para encerrar o ciclo do A chegada dos 60
novos velhos são trabalho formal, mas anos pode até trazer
economicamente ativos nem pensam ainda em apreensões, mas
e desfrutam de saúde descansar. Mantêm- também traz o desejo
para aproveitar os anos se participativos e e a possibilidade de
que ainda os aguardam. desempenham papéis aproveitar o momento
Hoje, são responsáveis protagonistas na família para realizar sonhos que
por uma nova evolução e na sociedade. São ficaram esperando no
de costumes e vêm também consumidores decorrer dos anos em que
mudando a forma desejados nos mais o trabalho, a produção
de encarar a vida. diversos setores de e a criação dos filhos
Estão longe da ideia produtos e serviços, estavam no topo da lista
de aposentados que movimentando a de preocupações.
Editora Unisul 13
O que você vai ser quando envelhecer?
14 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Editora Unisul 15
O que você vai ser quando envelhecer?
Definições em
permanente mudança
Envelhecer deveria ser tão simples quanto crescer e ser entendido da mesma
forma que as outras etapas da vida. Mas não é. A dificuldade já começa no iden-
tificar o envelhecimento e se estende ao ponto de nominar a fase da velhice.
A busca por palavras apropriadas para tratar do assunto não para por aí.
16 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Etapa Sensibilidade
da Vida Legitimada
Editora Unisul 17
O que você vai ser quando envelhecer?
18 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Estado Recorte na
de Saúde geografia social
Editora Unisul 19
O que você vai ser quando envelhecer?
Deveres Indivíduos
e direitos semelhantes e diferentes
20 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Envelhecendo
desde o nascimento
“Todos temos um velho dentro de nós,
assim como todos temos uma criança interna,
que nunca deixou de existir e de vez em quando
aflora. É preciso aprender a cuidar dos dois”.
Editora Unisul 21
O que você vai ser quando envelhecer?
Revolução da longevidade
O conceito de “novo velho” surge na medida em que não se está mais enve-
lhecendo como os nossos pais, quem dirá como os nossos avós. Então, a forma
de envelhecer é nova e vem criando um novo padrão. A corrida da vida nos dias
atuais não é mais uma prova de 100 metros, é uma maratona, na qual o corre-
dor terá que se preocupar não apenas em ser mais rápido, mas em ter mais fôle-
go. Para isso, vai precisar mais do que se preparar fisicamente, vai ter que plane-
jar, ter estratégia, pois a corrida é mais longa e a linha de chegada ficou mais dis-
tante. Vence a prova não quem é mais rápido, mas quem a completa de manei-
ra plena, com gás.
Mulheres na liderança
22 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Na época das nossas avós, o objetivo de vida de uma mulher era servir à fa-
mília. Tinha-se 10, 6, 4 filhos. O máximo que era “permitido” no mundo pro-
fissional era ser professora ou enfermeira, ou seja, elas continuavam cuidando
dos outros. Agora, veja a mulher de hoje, não há nem como
comparar. Não que a igualdade seja uma realidade comple-
A mulher tem ta. O mundo feminino ainda tem muitos embates para ven-
cer. Mas é inegável a mudança ocorrida. A possibilidade do
um papel de controle de natalidade (o número de filhos caiu para 2, 1 ou
destaque na nenhum), a liberdade sexual e o acesso à renda através do
trabalho transformaram o mundo das mulheres, e por con-
mudança sequência, a sociedade como um todo. Isso é completamen-
te revolucionário.
que vivemos,
Sem perfil definido
com a
Não gosto de traçar perfis, mesmo que estejamos viven-
longevidade do mudanças de tamanha proporção. Os velhos de hoje tan-
to podem ter o perfil da babá que ajudou a me criar e que aos
e a nova 80 anos tinha 9 doenças crônicas, refletindo todas as neces-
sidades que enfrentou na vida, como também podem ter a
pirâmide cara da Helô Pinheiro, a “Garota de Ipanema”, que aos 71
demográfica anos segue sendo sinônimo de beleza, é modelo, atriz e apre-
sentadora de programas na televisão. Certamente o Tom Jo-
bim e o Vinícius de Morais, lá na década de 1960, quando a
Helô tinha 17 anos, jamais poderiam prever isso ao compo-
rem a canção (hoje com mais de 600 versões em países de todos os continen-
tes). Com trajetórias tão desiguais de viver a velhice, fica mesmo impossível
traçar um perfil.
Editora Unisul 23
O que você vai ser quando envelhecer?
Depois, vêm os desafios das nações, dos governos, das cidades, das empresas
e da sociedade civil organizada, para proporcionar qualidade de vida aos ido-
sos. Vencer esses embates exige, em primeiro lugar, o percebimento do que está
acontecendo. Ninguém planeja ou realiza mudanças se não enxerga a necessi-
dade, se não volta os olhos para a realidade que está à volta. Isso vale tanto para
o enfrentamento das dificuldades pessoais como para aquelas vividas pela socie-
dade e seus agentes (públicos ou privados).
Velhice brasileira
Ser velho no Brasil é diferente de ser velho em muitos outros países. Primei-
ro porque o país é muito grande, com aspectos diferentes em muitos contextos.
Depois, porque o Brasil é ainda um país em desenvolvimento e não pode ser
comparado àqueles já desenvolvidos, também quando o assunto é longevida-
de. Os países desenvolvidos iniciaram o processo de envelhecimento da sua po-
pulação depois que se desenvolveram. Já o Brasil vive o envelhecimento popu-
lacional antes do desenvolvimento, e de maneira muito mais acelerada.
24 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
Gerontolescência
e outras novas palavras
Alexandre Kalache é o criador da palavra GERONTOLESCÊN-
CIA, que ganha cada vez mais espaço nos vocabulários do mun-
do. Ele ensina o significado: “Criei o termo gerontolescência para
explicar a fase vivida pelos novos velhos. Começa perto dos 55
anos, quando a pessoa se dá conta das vantagens que esta ida-
de pode ter. Ter profissão e trabalho bem definidos, sem precisar
mais provar competência ou capacidade. Não dar mais satisfa-
ção de tudo o que faz, não ter que se
preocupar em criar os filhos, ter mais
Baby Boom liberdade, ter vontade de fazer as coi-
(Baby Boomers) sas que não pôde fazer antes. Tudo
isso faz com que a pessoa passe a ver
Baby boom (baby boomers) é a vida de maneira diferente, com um
uma definição genérica para tempero de liberdade. É mais ou me-
crianças nascidas durante nos, guardadas as devidas propor-
uma explosão populacional – ções, o que acontece na adolescência,
baby boom em inglês, ou, em quando se sai da infância e ainda não
uma tradução livre, explosão é adulto. O que é interessante avaliar
de bebês. Em geral, a atual é que a adolescência dura em média
definição se refere aos filhos 5 ou 6 anos, enquanto a gerontoles-
da 2ª Guerra Mundial, já que cência, com o advento da longevida-
logo após a guerra houve de, pode durar 20, 25 anos. Portanto,
uma explosão populacional. é bom estar preparado, pois, se o ado-
Nascidos entre 1943 e 1964, hoje lescente é conhecido por sua capaci-
são indivíduos que foram jovens dade de chocar os pais com alguns de
durante as décadas de 60 e 70 seus comportamentos, o gerontoles-
e acompanharam de perto as cente também é capaz de chocar, só
mudanças culturais e sociais que desta vez, os filhos”.
dessas duas décadas. Essa
geração hoje está chegando à O médico avalia que outras novas
terceira idade com uma nova palavras e expressões vêm ganhando
identidade, muito além da busca espaço junto com a longevidade. En-
pela aposentadoria ou vontade tre elas, destaca a “Geratividade”, cria-
de pendurar as chuteiras. da por Erik Erikson, um psicanalista
nascido na Alemanha que morou nos
Editora Unisul 25
O que você vai ser quando envelhecer?
26 Lena Obst
Sem Pré-Conceito
1
SAÚDE
É essencial fazer escolhas mais saudáveis, criar condições
para que as pessoas tenham bons hábitos alimentares,
pratiquem atividade física e reduzam o estresse.
2
FINANCEIRO
Faz-se com investimentos em previdência, seguro de
saúde e todas as formas de poupar recursos hoje para o
amanhã.
3
SOCIAL
É fundamental ter amigos, família, alguém que faça
companhia na jornada da vida, na alegria e na tristeza.
4
CONHECIMENTO
Principal forma de continuar relevante para a
sociedade em que se vive, contribuindo socialmente e
mantendo a mente ativa.
Editora Unisul 27
O que você vai ser…
Faço
planos
para
quando
esse dia
Divulgação
chegar
“Penso que não vou envelhecer. A menos que meu corpo se imponha
à minha cabeça. Na verdade, sinto-me desonesto quando entro na
fila dos idosos, no aeroporto, ou quando fui buscar, no Detran, a
licença para estacionar em lugar de idoso, onze anos atrás. Mas faço
planos para quando esse dia chegar e a TV me disser que minha cara
já está passada.
Alexandre Garcia
Jornalista
…quando envelhecer?
Alice Bravo
elementos que enriquecem minha alma.
Acho que
os amigos e para sempre encontrá-los,
rememorando nossos momentos. Quero ainda estar
perto dos jovens e das inquietudes que os movem e me
desafiam, pela criatividade. Quero continuar contando
histórias, mostrar que podemos nos realizar quando
serei uma
queremos e nos empenhamos muito.
velhinha
Acho que serei uma velhinha animada e sarada – se
minha saúde e Deus me permitirem. Imagino-me animada
e sarada
sempre positiva, tirando o melhor proveito de cada
momento.
2
O que você vai ser quando envelhecer?
LONGEVIDADE LONGEVO
32 Lena Obst
Longevidade
Editora Unisul 33
O que você vai ser quando envelhecer?
REVOLUÇÃO
34 Lena Obst
Longevidade
Melhores do mundo
Editora Unisul 35
O que você vai ser quando envelhecer?
Média brasileira
chega aos 75,5 anos
No Brasil, segundo dados também da OMS e do Instituto Bra-
sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao
nascer já alcança os 75,5 anos, numa média para ambos os se-
xos. O número pode estar abaixo dos países chamados de primei-
ro mundo, mas é de relevante grandeza, se comparado à expec-
tativa de 43 anos de vida registrada entre os brasileiros na déca-
da de 1940, e de 64 anos, alcançada na década de 1990 (poucos
anos atrás).
36 Lena Obst
Longevidade
Editora Unisul 37
O que você vai ser quando envelhecer?
Mudança na
Pirâmide Demográfica
O fenômeno da longevidade acon- Base – parte inferior, que repre-
tece paralelamente ao recuo da taxa senta a população de crianças e
de natalidade (número de filhos por jovens.
família). Essa verdadeira transição
ocasiona a inversão da pirâmide de- Corpo – parte intermediária,
mográfica ou etária no Brasil. que representa a população
adulta.
As pirâmides etárias são gráfi-
cos que representam a população de Cume ou ápice – parte supe-
acordo com as idades e os sexos. Os rior, que representa a população
principais e habituais elementos de idosa.
uma pirâmide são os seguintes:
38 Lena Obst
Longevidade
Editora Unisul 39
O que você vai ser quando envelhecer?
40 Lena Obst
Longevidade
Editora Unisul 41
O que você vai ser…
Divulgação
“Quando eu envelhecer serei eu de novo, aquele mesmo
novamente. Porque as lembranças acumuladas na vida
são tão positivas que vão me acompanhar para sempre, em
qualquer idade que eu tenha. Acredito que todas as coisas
que eu busquei na contemporaneidade e na vanguarda da
arte do meu país me deram uma juventude completa, até
mesmo de forma além do esperado. Então, farei disso o
meu arcabouço para quando eu envelhecer fisicamente.
Serei eu Esse será o meu verdadeiro plano de saúde, meu baú da
hora fértil, meu baú da felicidade. Assim, mais tarde, vou
de novo, lançar mão dele para viver bem na velhice dos anos. E
mesmo que meu corpo não mais responda com a mesma
Divulgação
Um cara feliz
“O que eu imagino para a minha velhice é bem simples e
de acordo com o que fiz durante toda a minha vida. Tive
o privilégio de ganhar a vida trabalhando naquilo que eu
mais gosto, o voleibol. Pretendo continuar nessa área,
mesmo quando não tiver mais condições físicas para
jogar. Posso trabalhar como técnico ou como gestor. Vai
depender das oportunidades que aparecerem também. Se
eu estiver no esporte, serei um cara feliz e realizado. É
isso que eu almejo para a minha velhice”.
Bruninho
Atleta do vôlei brasileiro, levantador, Ouro Olímpico
3
Rompendo
padrões
O que você vai ser quando envelhecer?
46 Lena Obst
Rompendo padrões
Fonte: Pesquisa
Qualibest (2015) –
Exame.com
Editora Unisul 47
O que você vai ser quando envelhecer?
48 Lena Obst
Rompendo padrões
Novo universo
Na busca de respostas sobre as te de suas atividades a conhecer há-
transformações trazidas pela longe- bitos sociais e de consumo da terceira
vidade e o novo perfil dos brasilei- idade para ajudar grandes empresas
ros acima dos 60 anos de idade, di- (indústria farmacêutica, de cosméti-
versos institutos de pesquisa têm se cos, planos de saúde e mercado finan-
debruçado sobre o assunto do enve- ceiro, entre outras) a desenvolverem
lhecimento no país. O conhecimento ou aprimorarem produtos e serviços
é fundamental para entender o que para os consumidores mais experien-
está acontecendo e também para tes. “Faltam estudos mais abrangen-
dar respostas às novas demandas do tes. Há muito que evoluir. Para o se-
mercado que surgem a partir das in- tor de pesquisa contribuir, também é
formações coletadas e divulgadas. necessário que haja demanda e auto-
maticamente recursos para suportar
Segundo Roni Ribeiro, funda- os estudos. Quando não houver inte-
dor e sócio da Gagarin, empresa de resse comercial, certamente caberá
pesquisa em São Paulo que tem vá- ao governo endereçar estudos especí-
rios trabalhos feitos junto ao públi- ficos”.
co acima de 50 anos, há uma série de
novos estudos despontando na área, De toda a sua experiência na área,
mas geralmente as empresas fazem ele já acumulou algumas percep-
pesquisas direcionadas a seus negó- ções sobre os novos velhos. “Na ver-
cios. A Gagarin dedica grande par- dade, há vários perfis. Da mesma
maneira que crianças não são
iguais, adolescentes têm dife-
rentes perfis atitudinais e hábi-
tos, o mesmo se aplica ao públi-
co maduro. Até olhando a evo-
lução etária, há o maduro de
50 a 60/65, aquele entre 65-
75/80 e assim sucessivamente.
Fonte: Pesquisa Qualibest (2015) – Exame.com
Editora Unisul 49
O que você vai ser quando envelhecer?
vivos. Muitos são os principais pro- Apesar de tantas boas notícias vin-
vedores de renda da família (20% dos das das pesquisas, as preocupações
domicílios brasileiros têm um idoso também fazem parte do cenário diag-
como principal provedor de renda)”. nosticado pelo profissional. “A mudan-
ça na pirâmide etária (com menos nas-
Roni destaca que as pesquisas cos- cimentos e mais idosos no mundo) re-
tumam durar de dois a oito meses. presenta um grande desafio para a so-
Para obter informações, a empresa ciedade como um todo. Não apenas
faz entrevistas presenciais (conforme com relação à pressão exercida sobre
as respostas ficam homogêneas, as a Previdência Social, mas ao sistema
informações passam a ser validadas) de saúde. É necessário se perguntar:
e conversa com especialistas como no futuro, como o país estará estrutu-
médicos geriatras e pesquisadores rado para cuidar da população madu-
em antropologia e etnografia. Entre ra de idade mais avançada? No passa-
os últimos trabalhos realizados, res- do essa fatia da população era peque-
salta a perspectiva de que o mercado na e, de modo geral, seu cuidado fica-
de educação terá mais espaço para o va a cargo de familiares. Hoje, as es-
público perto dos 60 anos, tendo em truturas familiares se fragmentaram.
vista que cresce o número de pes- Quantos pais moram em cidades di-
soas nesta faixa etária que estão ini- ferentes de seus filhos? Sem falar que
ciando novas carreiras em áreas que as famílias são menores e com isso há
lhe dão prazer, como um engenhei- menos filhos para dividir esse cuidado.
ro que começa a estudar filosofia. Por Portanto, esse é um quadro que tende
outro lado, também é comum profis- a se agravar, o que representa um de-
sionais experientes deixarem o mer- safio para o país e uma grande oportu-
cado corporativo para empreender. nidade em termos de novos negócios”.
50 Lena Obst
Rompendo padrões
Hoje, nada menos que 5,2 milhões de pessoas acima dos 60 anos têm
acesso à internet no País, ou seja, 21% da população na faixa etária.
Editora Unisul 51
O que você vai ser quando envelhecer?
Uso de dispositivos
dentre os dispositivos digitais, o mais comprado/usado é o
celular, utilizado por 86% dos entrevistados, seguido por
smartphones com 78%, Desktops ou PCs com 78%, laptops
com 77%, câmeras com 74%, tablets com 60%, eBooks
com 18% e, finalmente, dispositivos wearables com 5%.
98% dos entrevistados afirmaram usar aplicativos em seus
dispositivos. Os mais predominantes são os de comunica-
ção com 79%, apps sociais (73%), apps de bancos/financei-
ros (71%), aplicativos de compras (61%), apps de notícias
(59%), aplicativos de viagens (59%), entretenimento (50%)
e aplicativos ligados à saúde e exercícios físicos (26%).
52 Lena Obst
Rompendo padrões
Mídias sociais
76% são usuários do Facebook, 52% usam o Google+, 52% usam
o LinkedIn, 25% o Twitter, 24% possuem Instagram, 4% o Flickr.
Apenas 9% dos respondentes não usam algum tipo de serviço de
comunicação.
Os serviços de comunicação mais utilizados são o Skype e WhatsApp,
com 76%.
25% usam o Facetime (maior número entre todos os países).
“Como a tecnologia
me faz sentir?”
Em contato com outras pessoas: 81%.
Em contato com as novidades: 70%.
Feliz: 47%.
Seguro: 32%.
Jovem: 31%
Vulnerável: 19%.
Preocupado: 12%.
Editora Unisul 53
O que você vai ser quando envelhecer?
54 Lena Obst
Rompendo padrões
Facebook e resgates
nas redes sociais
Os impactos do Facebook na vida dos idosos é um dos des-
taques do projeto de pesquisa desenvolvido pela gerontólo-
ga Tássia Monique Chiarelli na dissertação de mes-
trado na Pós-Graduação em Gerontologia, da Escola de Artes,
Ciências e Humanidades, da Universidade de São Paulo (EACH
– USP). Intitulado como “Relações sociais na velhice via Face-
book: um exame da extensão da teoria da seletividade socioe-
mocional”, o trabalho relata que, para a terceira idade, o Face-
book é um recurso mais relacionado à manutenção de conta-
tos sociais do que à criação de novas amizades. “Dentre as mo-
tivações para o uso, destaca-se o resgate de amizades antigas,
uma vez que fatores de ordem geográfica e de saúde, por exem-
plo, impediam ou dificultavam o relacionamento. O Facebook,
então, pode ser compreendido como uma ferramenta que mi-
nimiza fatores externos e internos que dificultam o relaciona-
mento, potencializando trocas já existentes constituídas em al-
guma fase da vida do idoso”.
Editora Unisul 55
O que você vai ser quando envelhecer?
PERFIS DE USUÁRIOS
56 Lena Obst
Rompendo padrões
Instrumento de
inclusão social
Outra importante análise sobre o uso das redes sociais pelos
idosos foi feita no livro “Comunicação Pública – Idosos e repre-
sentações sociais”, compilação da tese de doutorado da professo-
ra universitária Denise Regina Stacheski, doutora e mes-
tre em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do
Paraná, com estágio doutoral na Universidade Nova de Lisboa
(Portugal), graduada em Comunicação Social/Relações Públicas
e especialista em Gestão de Recursos Humanos.
Editora Unisul 57
O que você vai ser quando envelhecer?
Passaporte carimbado
Segundo a ABAV – Associação
Brasileira de Agências de Viagens,
nos últimos cinco anos triplicou o
número de empresas que oferecem
pacotes turísticos destinados para
a terceira idade
58 Lena Obst
Rompendo padrões
Preferências e Dificuldades
Editora Unisul 59
O que você vai ser quando envelhecer?
Geração de conhecimento
Nasceu em Santa Catarina, na Universidade Federal (UFSC) o
primeiro Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) dentro de
uma instituição de ensino superior no Brasil. Hoje, com 35 anos de
atividades, não resta mais dúvida sobre o olhar à frente do tempo
daqueles que fundaram o Núcleo, em 1982, quando falar em enve-
lhecimento da população era apenas uma preocupação dos países
europeus e estava muito longe de ser pauta de debate em solo na-
cional. Também é inquestionável a importância do trabalho reali-
zado, que se disseminou de norte a sul do país e, atualmente, reú-
ne mais de 300 programas voltados para a terceira idade nas uni-
versidades brasileiras. Só na UFSC, o NETI disponibiliza 25 cursos
e oficinas, que englobam cerca de 800 vagas por semestre. O alu-
no mais novo tem 50 anos e o mais idoso tem 87.
60 Lena Obst
Rompendo padrões
Editora Unisul 61
O que você vai ser quando envelhecer?
62 Lena Obst
Rompendo padrões
EMPREENDEDORISMO SÊNIOR
Editora Unisul 63
O que você vai ser quando envelhecer?
Princípios e Missão
64 Lena Obst
Rompendo padrões
Cursos oferecidos
No que se refere à universidade aberta da terceira idade, o NETI atua com
enfoque na educação permanente, oferecendo diferentes atividades,
para pessoas maiores de 50 anos de idade, nas modalidades de cursos,
oficinas, grupos e projetos, os quais são apresentados a seguir:
Editora Unisul 65
O que você vai ser…
DIVULGAÇÃO
“Lembro que, quando tinha 18 anos
e comecei a trabalhar escrevendo e
desenhando, eu ficava idealizando
a época em que estaria com 40
anos. É que a maioria dos caras que
trabalham nessas atividades vão
melhorando com o passar do tempo
e eu tinha pressa em chegar perto
da idade dos jornalistas, escritores
e cartunistas que eu curtia. E agora
que já passei dos 40? O que vou
ser quando envelhecer? Pelo andar
da carruagem, vou ser eu mesmo.
Fazendo o que fiz desde quando
minha mãe me ensinou a ler, aos
cinco anos. Vou continuar passando o
dia todo dentro de casa, escrevendo e desenhando.
A diferença de hoje em dia para quando era
Vou
criança é que, depois de adulto, começaram a
me pagar pelos textos e desenhos – e espero que ser eu
continuem a fazer isso quando eu envelhecer.
mesmo
Claro que, na vida de todos nós, há muitas
incertezas. Por exemplo: será que a saúde não irá
me trair? Todo mundo pensa algo assim, eu acho.
Mas não adianta se preocupar com as coisas sobre
as quais a gente não tem controle. Que os anos
passem, mas que passem primeiro os dias, um de
cada vez, curtindo cada fase”.
Zé Dassilva
Cartunista e roteirista
…quando envelhecer?
Lena Obst
“Tenho 72 anos e pretendo
continuar fazendo o que
faço hoje, escrevendo para
jornais, fazendo colunas
para televisão, dando
palestras, fazendo letras
de música, escrevendo
livros, passeando pela
praia, curtindo minhas
filhas e netos, viajando
para Lisboa e Nova York,
conhecendo novas cidades
e pessoas, lendo muitos
livros, dormindo muito
bem e namorando minha
Fazendo letras
namorada”.
Nelson Motta
Compositor, escritor,
produtor musical,
de músicas e
teatrólogo e letrista
escrevendo livros
Nova
realidade
4
O que você vai ser quando envelhecer?
70 Lena Obst
Nova realidade
Consumidores maduros
Editora Unisul 71
O que você vai ser quando envelhecer?
Raio-x socioeconômico
Dados do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
fazem o seguinte raio-x socioeconômico dos brasileiros
que já chegaram aos 60 anos:
72 Lena Obst
Nova realidade
Inflação própria
Editora Unisul 73
O que você vai ser quando envelhecer?
74 Lena Obst
Nova realidade
Pesquisa realizada pelo Serviço de Prote- Ao mesmo tempo em que estão consu-
ção ao Crédito e pelo portal de educação fi- mindo mais, os brasileiros da terceira ida-
nanceira “Meu Bolso Feliz”, com pessoas aci- de têm demonstrado um perfil mais exi-
ma de 60 anos, nas 27 capitais do país, no gente em relação aos produtos que estão
ano de 2014, revela que o consumidor brasi- adquirindo. Exemplo disso é que mais da
leiro da terceira idade tem aumentado o seu metade (52%) da amostra da pesquisa ale-
potencial de consumo e a disposição para gou dar mais valor à qualidade dos pro-
gastar mais. O objetivo do estudo foi mapear dutos, mesmo que seja preciso pagar mais
o perfil e o comportamento de consumo da caro por isso.
população idosa brasileira.
Outra constatação é que quase um quarto
Acompanhe os (23%) dos idosos incorporou a experiência
importantes resultados: de ir às compras como uma atividade de
lazer do seu dia a dia. Para 57% dos ido-
Os idosos têm mudado suas prioridades de sos do Brasil, ir ao supermercado é consi-
consumo com o passar do tempo e 41% derado lazer.
deles afirmam gastar mais com produtos
que desejam do que com itens relaciona- Os principais fatores que determinam a
dos a necessidades básicas da casa. compra pela terceira idade são: atendi-
mento, conforto, localização e condições
Embora representem um nicho promis- especiais de pagamento.
sor, o mercado brasileiro parece não es-
tar plenamente preparado para aten- Seis em cada dez (66%) entrevistados da
der às demandas desses consumidores. terceira idade disseram que a vida finan-
Pelo menos 45% dos entrevistados afir- ceira que levam atualmente é melhor do
maram enfrentar dificuldades para en- que há alguns anos.
contrar produtos destinados ao público
da sua idade. Essa impressão é mais no- Apesar do otimismo, sete em cada dez
tada, especificamente, pelas mulheres (73%) entrevistados têm como princi-
(47%) e pelas pessoas entre 70 e 75 anos pal fonte de renda o auxílio da aposen-
(51%). Entre os produtos que esses con- tadoria do Instituto Nacional do Segu-
sumidores mais sentem falta estão rou- ro Social (INSS) ou o pagamento de pen-
pas (20%), celulares com letras e tecla- são, 14% se dedicam ao trabalho infor-
dos maiores (12%), locais que sejam fre- mal ou freelancer, 9% são trabalhadores
quentados por pessoas da mesma idade com carteira assinada, 7% contam com
(9%), turismo exclusivo (7%) e produtos os rendimentos da previdência privada,
de beleza (3%). 5% recebem ajuda dos filhos e somente
4% não possuem qualquer renda.
Editora Unisul 75
O que você vai ser quando envelhecer?
O levantamento também revela que o di- ao modo como preferem passar seu tem-
nheiro da terceira idade exerce um papel po livre. Para 46%, o lazer ficou mais fre-
fundamental na vida de muitas famílias quente com a chegada da terceira idade
brasileiras. 74% dos entrevistados con- e 41% preferem sair a ficar em suas pró-
seguem satisfazer suas necessidades com prias casas. Exemplo disso é que quase
os rendimentos que possuem (mesmo que um quinto (18%) dos idosos afirma gas-
para 37% o salário represente o valor exa- tar parte da renda com alguma ativida-
to para pagar contas) e pelo menos 94% de física e gastar mais dinheiro com via-
da população acima dos 60 anos contri- gens do que antigamente (20%).
buem para o sustento da casa, sendo que
54% são os únicos responsáveis pelo pa- O levantamento concluiu que alguns há-
gamento das despesas. bitos se tornaram mais frequentes. Cerca
de um terço (33%) dos idosos disse investir
Mais independentes e com a expectativa mais em roupas atualmente para ficar bo-
de vida melhor do que há algumas déca- nito e manter uma boa aparência – prin-
das, a maior parte dos brasileiros (64%) cipalmente os idosos da classe C (37%) – e
chega à terceira idade como o único res- outros 26% afirmam gastar mais com tra-
ponsável por suas decisões de compras. tamentos estéticos ou utilizar produtos de
É uma parcela considerável, que au- beleza para se sentir mais jovens, princi-
menta para 68% entre as mulheres en- palmente mulheres (30% contra 20% da
trevistadas. parcela masculina de idosos).
76 Lena Obst
Nova realidade
Realidade Mundial
Editora Unisul 77
O que você vai ser quando envelhecer?
Cidades em Transformação
A retomada das cidades para as pessoas possibilita
que cidadãos de todas as idades, incluindo idosos, consigam
desfrutar do espaço público com mais conforto e segurança
78 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 79
O que você vai ser quando envelhecer?
80 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 81
O que você vai ser quando envelhecer?
Governantes atentos
às mudanças
O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI é o órgão
que elabora as diretrizes que alicerçam a Política Nacional do
Idoso no Brasil. Como não poderia deixar de ser, seus dirigentes
reconhecem e acompanham as transformações que vêm ocor-
rendo com a longevidade e com o envelhecimento ativo no país.
Ao mesmo tempo, eles também reconhecem que não são pou-
cos os desafios para executar as transformações necessárias ao
atendimento dessa faixa etária da população. O vice-presidente
do CNDI, advogado, assistente social e sociólogo BAHIJ AMIN
AUR fala sobre o que o Conselho vem realizando, como institui-
ção vinculada à Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Mi-
nistério da Justiça e Cidadania. Com tantas mudanças vivencia-
das e horizontes ainda mais amplos, o diagnóstico já foi feito pelo
gestor: “nossa responsabilidade só aumenta”.
82 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 83
O que você vai ser quando envelhecer?
DESAFIOS DO CNDI
Como quase todos os colegiados normativo-deliberativos, o
CNDI não tem competência nem meios operacionais para im-
plementar as medidas que preconiza, dependendo, portanto, da
prontidão e disposição de órgãos executivos de vários Ministérios
e de Secretarias Estaduais e Municipais que tenham tais meios e
competência, bem como de adequada resposta da sociedade civil.
84 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 85
O que você vai ser quando envelhecer?
86 Lena Obst
Nova realidade
PREOCUPAÇÃO MUNDIAL
saúde e nutrição;
proteção ao consumidor idoso;
moradia e meio ambiente;
família;
bem-estar social;
previdência social;
trabalho e educação.
Editora Unisul 87
O que você vai ser quando envelhecer?
INDEPENDÊNCIA
Ter acesso à alimentação, água, moradia, a vestuário, à
saúde, ter apoio familiar e comunitário.
Ter oportunidade de trabalhar ou ter acesso a outras for-
mas de geração de renda.
Poder determinar em que momento deverá afastar-se do
mercado de trabalho.
Ter acesso à educação permanente e a programas de quali-
ficação e requalificação profissional.
Poder viver em ambientes seguros adaptáveis à sua prefe-
rência pessoal, que sejam passíveis de mudanças.
Poder viver em sua casa pelo tempo que for viável.
PARTICIPAÇÃO
Permanecer integrado à sociedade, participar ativamente
na formulação e implementação de políticas que afetam di-
retamente seu bem-estar e transmitir aos mais jovens co-
nhecimentos e habilidades.
Aproveitar as oportunidades para prestar serviços à comu-
nidade, trabalhando como voluntário, de acordo com seus
interesses e capacidades.
Poder formar movimentos ou associações de idosos.
ASSISTÊNCIA
Beneficiar-se da assistência e proteção da família e da co-
munidade, de acordo com os valores culturais da sociedade.
Ter aceso à assistência da saúde para manter ou adquirir
o bem-estar físico, mental e emocional, prevenindo-se da
incidência de doenças.
Ter acesso a meios apropriados de atenção institucional que
lhe proporcionem proteção, reabilitação, estimulação men-
tal e desenvolvimento social, em um ambiente humano e
seguro.
Ter acesso a serviços sociais e jurídicos que lhe assegurem
melhores níveis de autonomia, proteção e assistência.
Desfrutar os direitos e liberdades fundamentais, quando re-
88 Lena Obst
Nova realidade
AUTORREALIZAÇÃO
Aproveitar as oportunidades para total desenvolvimento de
suas potencialidades.
Ter acesso aos recursos educacionais, culturais, espirituais
e de lazer da sociedade.
DIGNIDADE
Poder viver com dignidade e segurança, sem ser objeto de
exploração e maus-tratos físicos e/ou mentais.
Ser tratado com justiça, independente da idade, sexo, raça,
etnia, deficiências, condições econômicas ou outros fatores.
Editora Unisul 89
O que você vai ser quando envelhecer?
PREOCUPAÇÃO NACIONAL
90 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 91
O que você vai ser quando envelhecer?
SAÚDE
O idoso tem atendimento preferencial no Sistema
Único de Saúde (SUS). A distribuição de remédios
aos idosos, principalmente os de uso continuado
(hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim
como a de próteses e órteses. O idoso internado ou
em observação em qualquer unidade de saúde tem
direito a acompanhante, pelo tempo determinado
pelo profissional de saúde que o atende.
TRANSPORTES COLETIVOS
Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte
coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas
algumas cidades garantiam esse benefício aos ido-
sos. A carteira de identidade é o comprovante exi-
gido. Nos veículos de transporte coletivo é obriga-
tória a reserva de 10% dos assentos para os idosos,
com aviso legível. Nos transportes coletivos interes-
taduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas
92 Lena Obst
Nova realidade
VIOLÊNCIA E ABANDONO
Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência,
discriminação, violência, crueldade ou opressão.
Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificul-
tando seu acesso a operações bancárias, aos meios
de transporte ou a qualquer outro meio de exercer
sua cidadania pode ser condenado a pena que varia
de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
Famílias que abandonem o idoso em hospitais e ca-
sas de saúde, sem dar respaldo para suas necessida-
des básicas, podem ser condenadas a penas de seis
meses a três anos de detenção e multa. Para os ca-
sos de idosos submetidos a condições desumanas,
privados da alimentação e de cuidados indispensá-
veis, a pena para os responsáveis é de dois meses a
um ano de prisão, além de multa. Se houver a mor-
te do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de re-
clusão. Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie
bens, cartão magnético (de conta bancária ou de
crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é
passível de condenação, com pena que varia de um
a quatro anos de prisão, além de multa.
ENTIDADES DE ATENDIMENTO
O dirigente de instituição de atendimento ao ido-
so responde civil e criminalmente pelos atos pra-
ticados contra o idoso. A fiscalização dessas insti-
tuições fica a cargo do Conselho Municipal do Ido-
so de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Mi-
nistério Público. A punição em caso de mau aten-
dimento aos idosos vai de advertência e multa até
a interdição da unidade e a proibição do atendi-
mento aos idosos.
Editora Unisul 93
O que você vai ser quando envelhecer?
TRABALHO
É proibida a discriminação por idade e a fixação
de limite máximo de idade na contratação de em-
pregados, sendo passível de punição quem o fizer.
O primeiro critério de desempate em concurso pú-
blico é o da idade, com preferência para os concor-
rentes com idade mais avançada.
HABITAÇÃO
É obrigatória a reserva de 3% das unidades re-
sidenciais para os idosos nos programas habita-
cionais públicos ou subsidiados por recursos pú-
blicos.
DESAFIOS APROFUNDADOS
94 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 95
O que você vai ser quando envelhecer?
CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
Os direitos dos idosos foram previstos de forma mais clara e
sistemática na Constituição de 1988, tanto que ela tem um ca-
pítulo específico (VII), dos artigos 226 e seguintes (que foram al-
terados por uma emenda), que tratam da família, da criança, do
adolescente, do jovem e do idoso. Ou seja, nunca houve no Direi-
to Brasileiro, na Constituição, que é a regra fundante de todas as
outras regras jurídicas, um tratamento tão explícito, tão claro e
tão sistemático de direitos. Então, pode-se dizer – sem medo – que
o verdadeiro despertar dos direitos específicos dos idosos, embo-
ra não tenham nascido com a Carta de 1988, se deu com a Cons-
tituição Cidadã.
96 Lena Obst
Nova realidade
LEIS NO BRASIL
Com raras exceções, o Brasil tem leis ótimas, mas também
tem muitas leis; o nosso problema não é a falta delas. Posso dizer
que formalmente a lei protetiva dos idosos demorou. Mas sem-
pre me pergunto: precisava haver um Estatuto para dizer que o
idoso tem direito à liberdade, à vida, à saúde ou aos alimentos?
Essa é, inclusive, uma discussão moral quanto à necessidade de
direitos específicos aos idosos, que são absolutamente elementa-
res. Na minha avaliação, muitas atitudes para com as pessoas da
terceira idade não dependem de estatutos formais, mas de educa-
ção. Do mesmo modo, no momento que a lei exige o que a socie-
dade não reconhece, ela não vai ser aplicada, pela falta de legiti-
midade e, o que é ainda mais preocupante, pela falta de sanção
ao descumprimento.
Claro que há direitos que são novos e que vieram com o Esta-
tuto do Idoso, como o da preferência nos processos judiciais, que
não havia antes, mas os direitos fundamentais já estavam em ou-
tras leis. Ou seja, o que precisamos é efetivamente implementar a
legislação e aplicar o que já está assegurado na sua letra.
LEGISLAÇÃO E LONGEVIDADE
A mudança advinda com o fenômeno da longevidade é muito
complexa, uma verdadeira transformação sociológica, que o di-
reito recebe e tem que se adaptar. Mas creio que essa adaptação
tem sido muito lenta. Uma pessoa de 60 anos não pode mais ser
vista como velha. Muitas pessoas ainda estão trabalhando nessa
idade, produzindo, criando e planejando realizações, sejam elas
pessoais ou profissionais.
Editora Unisul 97
O que você vai ser quando envelhecer?
POLÍTICAS INCLUSIVAS:
RESPONSABILIDADE DE TODOS
Seria importante, mais do que mudar ou adaptar a lei, inves-
tir nas políticas inclusivas. Tenho certa reserva em usar essa ex-
pressão, porque muitos acreditam que “política” e “política inclu-
siva” são coisas apenas do Estado, do governo, mas não são, pois
elas cabem à sociedade também. Só que a sociedade brasileira faz
pouco porque não temos espírito de empreendedores; somos pa-
ternalistas e estatizantes, mesmo que o Estado nos sufoque. A
partir desse ponto, a temática do direito dos idosos pode trazer
outras importantes discussões do cenário nacional. Se pagásse-
mos menos impostos, ou se tivéssemos melhores benefícios tribu-
tários, poderíamos contribuir melhor com a politica das pessoas
que já passaram dos 60 anos no país e que precisam de ajuda.
98 Lena Obst
Nova realidade
Editora Unisul 99
O que você vai ser quando envelhecer?
Desafios nacionais
Além de novas possibilidades e mais tempo de vida, a maior
longevidade da população traz desafios individuais e coletivos
que não podem ser ignorados por aqueles que já chegaram na
terceira idade, nem pelos governantes, que têm o compromisso
de dar condições de vida com qualidade aos cidadãos de todas as
idades. O fundador do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
e presidente do Conselho Administrativo da Mongeral Aegon Se-
guros e Previdência, NILTON MOLINA trabalha todos os dias
no enfrentamento desses desafios e tem convicção que as solu-
ções para garantir um envelhecimento ativo aos brasileiros pas-
sam obrigatoriamente pelo investimento na Educação, em todos
os níveis, de norte a sul do país.
Ricardo Corrêa
“Eu não sei o que eu vou ser nem daqui
a cinco ou dez anos, quanto mais daqui
a 20, 30, 40 ou 50. O que eu desconfio
é que daqui até lá, até eu chegar na
minha velhice – hoje eu tenho 45 anos
– existem duas tendências: a primeira é
o aumento, ainda maior, da expectativa
de vida; e a segunda, a melhora das
condições de saúde até chegar lá. Até
para garantir que no meu caso isso
aconteça, eu me exercito muito e tento
me alimentar de uma forma saudável.
Ricardo Amorim
possibilidades
Economista
abertas
…quando envelhecer?
Adri Felden
Fazendo o “Eu envelheço todos os dias.
Assim, com o passar dos anos,
que gosto eu me vejo simplesmente sendo
eu, fazendo o que gosto, que é
viajar, correr, escrever, contar
boas histórias, sendo jornalista,
mas adaptando a rotina e a
vida aos novos desafios que vão
aparecendo. Gosto de desafios,
gosto de criar coisas novas, gosto
de ser leve, de desfrutar desse
enorme presente que ganhei que
é a vida.
Mara Luquet
Jornalista e editora
Tempo de
transformações
5
O que você vai ser quando envelhecer?
Mudanças inevitáveis
Especialista em Geriatria, Gerontologia e Clínica Médica, gra-
duada em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catari-
na, MARIA MARGARETE SIMAS ABI SAAB, em entrevis-
ta especial, ajuda a desvendar o envelhecimento no corpo, sem
mistérios ou rodeios. A receita de bem envelhecer é começar a
se preparar desde cedo, valorizando o mais importante: a saú-
de e a vida.
PROCESSO BIOLÓGICO
Retardando os efeitos
mites que o tempo nos impõe. Não podemos nos enganar. Por
isso temos que nos poupar, para não acabar com o corpo antes
do tempo. Prevenção é fundamental.
Qualidade de vida
Aprendizado
Para facilitar a compreensão das neces- segue o verão, quando essa vitamina está
sidades dos idosos para uma boa qualida- mais elevada, devido ao uso de menos rou-
de de vida, ele elaborou o que chama de 10 pas e à maior exposição ao sol; e na prima-
mandamentos que devem ser seguidos com vera, após o inverno, quando usamos muita
o maior rigor possível: roupa e ficamos menos expostos ao sol, ten-
1
do como consequência a redução na dosa-
SOL – O sol em contato com a pele gem de vitamina D.
faz a fotossíntese da vitamina D, que
possibilita a absorção do cálcio. Até Ela é necessária aos mais variados tecidos
os 50 anos de idade é possível conse- do organismo e por isto a sua carência está
guir-se toda a vitamina D que o organis- relacionada a doenças como a osteoporose,
mo necessita, através da exposição regu- Alzheimer, tumores de ovário, mama, prós-
lar ao sol. Após essa idade a pele só conse- tata, reto colite ulcerativa, diabetes, autis-
gue fazer a fotossíntese de cerca de 30% a mo, problemas asmáticos e outros. Para ab-
40% da vitamina D necessária, sendo pre- sorver a vitamina D da fotossíntese, as pes-
ciso fazer complementação. Como as pes- soas não devem usar protetor solar quando
soas não se expõem ao sol com regularida- se expõem ao sol, nem pegar sol através de
de e não fazem uso da suplementação, cer- vidros. Quem tem pele mais clara deve esco-
ca de 80% delas têm deficiência ou insufi- lher horários menos quentes, em função dos
ciência de vitamina D. Para a suplementa- riscos de câncer de pele. Claro que, fora dos
ção, o ideal seria dosar no sangue a quanti- horários da fotossíntese, deve-se usar sem-
dade correta durante o outono, estação que pre o protetor solar.
2
CAMINHADAS – As caminhadas quadris, joelhos etc. Assim, muito
são obrigatórias para o coração, tempo em pé, muito tempo sentado,
respiração, circulação, controle do caminhadas além do suportável são
colesterol, triglicerídeos e glicose. motivos de dor. Hábitos como usar saltos
Previne Alzheimer, pois estimula o altos, serviço de casa (domésticos) e de
raciocínio e a memorização. Para idosos jardinagem também provocam dor. Não
com limitações, aconselha-se caminhadas recomendamos dormir de barriga para
intermitentes, preferencialmente ao ar livre. cima, por causa da apneia do sono, que
3
pode provocar hipertensão arterial,
EXERCÍCIOS – O segredo da derrame e infarto.
6
vida saudável consiste em praticar
exercícios regulares, moderados, MEDICAMENTOS – Os
preferencialmente orientados, medicamentos de uso contínuo
obedecendo a limites e compatíveis com devem ser tomados de forma
a idade. Atenção: melhor exercício do regular e correta para surtirem
mundo, se feito na hora errada, pode gerar os efeitos desejados. A falta deles pode
problema, assim como o exercício errado, resultar em problemas. Assim sendo,
mesmo que na hora certa. As atividades medicamentos para pressão arterial,
físicas fortalecem e alongam os músculos, diabetes, anticonvulsivantes, cálcio,
aumentam o equilíbrio, a estabilidade, a vitamina D, medicamentos especiais de
mobilidade das articulações, diminuem o osteoporose, colesterol elevado, ácido
desgaste, assim como o risco de queda e úrico elevado, anticoagulantes etc. devem
fraturas. ser tomados sempre e corretamente.
4 7
DIETA – A dieta deve ser pobre em OCUPAÇÃO – Faz parte da saúde
gorduras, doces, frituras, massas; física e mental se manter ocupado,
e rica em cálcio, preferencialmente desde que observando as limitações
do leite e derivados. Para pessoas de idade e físicas. Muitas pessoas
com intolerância à lactose existem não se dão conta de que envelheceram e
outros alimentos ricos em cálcio, que não se dedicam a atividades que podem trazer
derivados do leite, como as folhas verdes riscos de quedas e fraturas.
8
escuras (espinafre, por exemplo), o tofu e
as sementes de gergelim, para citar apenas HORÁRIO PARA DESCANSO
alguns. – Importante lembrar que uma
5
soneca de 20 a 30 minutos após o
CUIDADOS GERAIS – Para almoço corresponde a três horas de
os idosos, qualquer excesso é sono à noite, recuperando energia e dando
suficiente para desencadear uma disposição.
dor nas costas, ombros, punhos,
9 10
LAZER – Sempre que possível ATIVIDADE
dedicar-se a algum tipo de lazer, INTELECTUAL – É
que pode ser um passeio, visitas, fundamental alimentar o
encontros com amigos, grupos de cérebro com leitura de livros,
dança, jogos, culinária, viagens, trabalho revistas e jornais, fazer palavras cruzadas,
voluntário, cinema, entre outras opções. aprender novas línguas, informática,
Isso porque a socialização prolonga a vida manuseio de celular e muitas outras
e com qualidade. atividades que contribuem para um
envelhecimento saudável e com qualidade
de vida.
DOENÇAS PREVALENTES
Estereótipos ultrapassados
Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde da OMS re-
comenda mudanças profundas na maneira de formular políticas
em saúde e prestar serviços de saúde às populações que estão en-
velhecendo. O relatório baseia suas recomendações na análise
das mais recentes evidências a respeito do processo de envelheci-
mento e observa que muitas percepções e suposições comuns so-
bre as pessoas mais velhas são baseadas em estereótipos ultra-
passados.
Geriatria e Gerontologia
Geriatria é a especialidade médica que se A instituição que congrega os geriatras
integra na área da gerontologia com o ins- e gerontólogos no Brasil é a SBGG, presidi-
trumental específico para atender aos obje- da pelo médico JOSÉ ELIAS SOARES PI-
tivos da promoção da saúde, da prevenção e NHEIRO, que descreve resumidamen-
do tratamento das doenças, da reabilitação te as metas e atribuições da entidade dian-
funcional e dos cuidados paliativos dos ido- te do fenômeno dos novos velhos: “A SBGG
sos. Gerontologia é a ciência que estuda o atua como divulgadora de informações de
envelhecimento e o idoso, sob todos os seus qualidade sobre o envelhecimento e os ido-
aspectos. sos, sempre com base em literatura cientí-
fica atualizada. Além disso, busca congre-
Geriatra é o médico especialista no cui- gar os profissionais que lidam com idosos e
dado de pessoas idosas (60 anos ou mais), oferecer a eles oportunidades de aprimora-
podendo também atender àqueles que que- mento, seja através do compartilhamento
rem envelhecer ativos e saudáveis. Ele se tor- de artigos ou de encontros em simpósios ou
na especialista após ter feito residência mé- congressos. A SBGG conta, hoje, com qua-
dica credenciada pela Comissão Nacional de se 2.000 associados. A expansão desse qua-
Residência Médica e/ou ter sido aprovado no dro é importante para que o conhecimento
concurso para obtenção do Título de Espe- se dissemine e os profissionais encontrem
cialista em Geriatria da Sociedade Brasileira seus pares para executar o melhor trabalho
de Geriatria e Gerontologia / Associação Mé- possível em equipes interdisciplinares”.
dica Brasileira (SBGG / AMB).
Os efeitos e reflexos da longevidade tam-
A Medicina Geriátrica é uma ciência que bém estão entre as preocupações do presiden-
propicia longevidade com melhor qualida- te da SBGG. “A longevidade equivale a uma
de de vida. Frequentemente, o geriatra atua ambiguidade: é uma conquista e, ao mesmo
em conjunto com outras profissões como: tempo, um desafio. Muitas pessoas estão vi-
Arquitetura, Direito, Enfermagem, Educa- vendo por mais tempo e chegam aos 80, 90,
ção Física, Farmácia, Fisioterapia, Fonoau- 100 anos. Em 1950, os idosos morriam aos
diologia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, 50 e poucos anos, de pneumonia ou aciden-
Serviço Social e Terapia Ocupacional. te vascular cerebral. Hoje, alcançam idades
Saúde do homem
Especialista em Urologia e em Urologia Oncológica, mestre
em Ciências Médicas, membro da Sociedade Brasileira de Uro-
logia, da Confederacion Americana de Urologia, da American
Urological Association e vice-presidente da Associação Médi-
ca Brasileira (AMB), AGUINEL JOSÉ BASTIAN JUNIOR aju-
da na difícil tarefa de falar sobre saúde para os homens da ter-
ceira idade. Ele destaca que chegar à terceira idade com luci-
dez, mobilidade e sem limitações incapacitantes requer mais
do que uma boa herança genética. Exige algum planejamen-
to, ajustes de hábitos e, ainda, sintonia com a evolução da me-
dicina e dos recursos tecnológicos que previnem doenças e
resgatam saúde.
Metas de vida
1
Faça atividade física – Indispensável para todos, sem
exceção. A prática contínua de exercícios ao longo da vida
determina a qualidade da mobilidade do idoso. Um homem
sedentário enquanto tem vigor físico será, provavelmen-
te, um idoso com mobilidade comprometida e dependente. Sem
fórmulas prontas e sem verdades absolutas, atividade física tem
muitas possibilidades que atendem a todos os gostos, precisa
apenas ser continuada e recreativa. A atividade física contri-
buirá também para a qualidade do seu sono, indispensável para
um dia produtivo e prazeroso.
2
Mantenha-se magro – De todos os fatores forte-
mente implicados na longevidade, o consumo calórico é
certamente um dos mais impactantes. Em geral se vive
mais quando se come pouco, especialmente se esse pou-
co for de alimentos variados, contendo legumes, verduras, fru-
tas e proteínas das mais diversas origens, com restrição vigilan-
te aos carboidratos de rápida absorção (como os existentes no
açúcar, nos alimentos feitos com farinhas, arroz branco e xaro-
pe de milho), principais agentes da obesidade e do diabetes tipo
2, o diabetes do idoso e do obeso. Beba muita água, especial-
mente no verão.
3
Abstenha-se dos vícios – O fumo e o consumo de
bebidas alcoólicas são frequentes em nosso meio, em
todas as faixas etárias. Nenhuma contribuição benéfi-
ca trazem à saúde e, na maioria das vezes, cobram um
preço enorme para nos deixar ver nossos netos. O índice de al-
coolismo entre homens na terceira idade não é negligenciável
e muitas vezes é intensificado pelo sentimento de abandono ou
pela degradação da autoestima daquele que se deixou envelhe-
cer focado no que se foi junto com sua juventude.
1
Tenha o SEU MÉDICO – Conhecendo-o bem ao longo dos anos, ele
lhe traduzirá a tecnologia e lhe oferecerá os recursos adequados para
a sua condição de saúde e para as suas necessidades específicas. Ainda
hoje vejo no meu consultório pacientes que chegam solicitando “todos os
exames”, como se isso fosse possível ou proveitoso do ponto de vista diagnós-
tico. A Geriatria é a especialidade que cuida do envelhecimento e o ideal para
o geriatra é acolher o paciente o mais cedo possível, quando ainda há muito o
que fazer pelo projeto de senescência. Outra função fundamental do seu mé-
dico será direcioná-lo para as diversas áreas especializadas da medicina (pre-
ventiva ou curativa) na medida em que suas necessidades específicas forem
aparecendo. Assim, se necessário, virão a fazer parte de sua vida os diversos
especialistas como o Cardiologista, o Urologista e tantos outros.
2
Faça exames regularmente, mas em sintonia com o seu
médico – Evite exames desnecessários ou as fórmulas mágicas e os
apelos comerciais, tantas vezes embusteiros, que prometem o resga-
te da juventude ou a parada do envelhecimento. Envelhecer é natu-
ral e sucederá a todos que permanecerem vivos. A questão chave é envelhe-
cer com inteligência. Quanto maior a idade menos tolerante fica o organis-
mo com os erros advindos de más práticas por parte dos que se propõem a in-
terferir na sua saúde.
3
Use protetor solar sempre – É fato conhecido o aumento da ra-
diação solar que adveio dos problemas da camada de ozônio na at-
mosfera. Isso elevou muito a incidência dos diversos tipos de câncer de
pele, sendo o melanoma o mais grave deles. O protetor solar diminui
muito o castigo da pele pelos raios ultravioleta e infravermelho, reduzindo a
4
Faça prevenção do câncer de próstata – Não existe nenhu-
ma medida primária para evitar o aparecimento do câncer de prós-
tata, mas podemos diagnosticá-lo no início, quando o paciente com-
parece ao consultório do urologista regularmente. Por isso mesmo
ela é chamada de prevenção secundária. São dois exames muito simples e
acessíveis a praticamente todos: o toque retal (exame da próstata feito pelo
médico) e o PSA (exame de sangue que dosa uma proteína relacionada com
a saúde prostática).
De olho na prEVENÇÃO
Gosto de dizer aos meus pacientes que envelhecer com mobilidade, lucidez, e
com o mínimo de dores possível é fruto de uma sequência de escolhas que faze-
mos ao longo da vida. Essa breve abordagem se dedica a elencar algumas, pro-
vavelmente as mais abrangentes, generalizáveis e eficientes. Mas como sem-
pre, as escolhas são suas! Saúde!
Envelhecimento fisiológico
também é fruto de escolhas
Saúde da mulher
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Esportiva
e Gestão Hospitalar, CLÁUDIO RIBEIRO tem 47 anos de medi-
cina e a experiência de quem acompanhou a evolução dos cuida-
dos com o corpo da mulher nas agitadas e inovadores últimas dé-
cadas, da adolescência até a terceira idade. Com tanto conheci-
mento reunido, ele compara o funcionamento do corpo femini-
no a uma grande orquestra de violinos, que precisa estar afina-
da para o espetáculo da vida, como na sinfonia “As Quatro Esta-
ções” de Vivaldi, desde os primeiros anos até o envelhecimento.
Menopausa e
reposição hormonal
A menopausa é o período fisiológico da mulher após a sua últi-
ma menstruação espontânea, encerrando os ciclos menstruais e
ovulatórios. O período de transição que antecede a menopausa é
chamado de climatério e representa a passagem da fase reprodu-
tiva da mulher para a não reprodutiva, quando o organismo dei-
xa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogê-
nio e progesterona.
Mens sana
Cuidar da saúde do corpo inclui uma atenção também ao cé-
rebro, em especial na terceira idade, quando as dificuldades com
a memória são mais frequentes, assim como outros problemas li-
gados ao Sistema Nervoso Central.
CÉREBRO ENVELHECE
NECESSÁRIA PREVENÇÃO
EXERCÍCIOS ESPECIAIS
Declaração da
Associação Médica Mundial
Certamente os cuidados com a saúde na terceira idade ocu-
pam um espaço especial entre os inúmeros desafios enfrenta-
dos por todas as nações para garantir que a longevidade venha
acompanhada com a qualidade de vida desejada e merecida por
todas as pessoas. Nesse sentido, destaca-se a atuação da Asso-
ciação Médica Brasileira (AMB), que teve sua pro-
posta sobre “Cuidados com a Saúde no Envelheci-
A longevidade é mento” aprovada e adotada pela Associação Mé-
dica Mundial (World Medical Association – WMA),
indiscutivelmente durante a 67ª Assembleia Geral da entidade,
realizada de 19 a 22 de outubro de 2016, em Tai-
a maior conquista pei, Taiwan.
PREÂMBULO
O mundo está passando por uma complicados pelo fato de que a infraes-
extensão de longevidade num rit- trutura básica nem sempre está em vi-
mo rápido e sem precedentes. Ao gor. Em alguns casos, as populações
longo do último século, cerca de 30 nos países em desenvolvimento enve-
anos foram adicionados à expecta- lhecem mais rapidamente do que a in-
tiva de vida média global ao nascer fraestrutura está sendo desenvolvida.
(leb life expectancy at birth – LEB)
com mais ganhos esperados no futu- A longevidade é indiscutivelmen-
ro. Em 2050, a LEB no mundo deve- te a maior conquista social do sécu-
rá atingir 74 anos, com um número lo XX, mas poderá se transformar em
cada vez maior de países com expec- um grande problema durante o sé-
tativa de 80 anos ou mais. Em 1950, o culo XXI. A Organização Mundial da
número total de pessoas com mais de Saúde (OMS) define o Envelhecimen-
80 anos era de 14 milhões e até 2050 to Ativo como “o processo de otimi-
o número estimado é de 384 milhões, zação de oportunidades para saúde,
representando um aumento de 26 ve- aprendizagem ao longo da vida, parti-
zes. A proporção de idosos mais do cipação e segurança, a fim de melho-
que dobrará de 10% em 2015 para rar a qualidade de vida à medida que
22% da população total em 2050. Po- os indivíduos envelhecem”. Essa defi-
rém, essas melhorias são muito variá- nição pressupõe uma perspectiva de
veis, já que muitas das comunidades curso de vida como os determinan-
mais pobres em todos os países e uma tes que influenciam o envelhecimen-
percentagem maior da população nos to ativo ao longo do curso de vida de
países mais pobres ganharam pouco um indivíduo. Eles são determinan-
em termos de esperança de vida du- tes sociais da saúde e incluem aspec-
rante esse período de tempo. tos comportamentais (estilos de vida)
e pessoais (não apenas fatores heredi-
O aumento da longevidade foi com- tários que são, globalmente, respon-
binado com um número decrescen- sáveis por não mais de 25% das chan-
te de crianças, adolescentes e adul- ces de bem-envelhecimento, mas
tos jovens, à medida que mais e mais também características psicológicas),
países experimentam Taxas de Ferti- além do ambiente físico onde se vive,
lidade Total abaixo do nível de reposi- assim como os aspectos sociais e eco-
ção, aumentando a idade média nas nômicos amplos. Todos atuam indi-
nações. Os desafios do envelhecimen- vidualmente sobre as perspectivas de
to nos países em desenvolvimento são envelhecimento ativo, mas também
interagem entre si: quanto mais inte- mente. Gênero e cultura são aspectos
ragem e se sobrepõem, maior a chan- transversais, influenciando todos os
ce de um indivíduo envelhecer ativa- outros.
PRINCÍPIOS GERAIS
Gastos Médicos Cuidados de Saúde Especiais
Há fortes evidências de que as As principais doenças que contri-
doenças crônicas aumentam o uso buem para a deficiência em todas as
(e os custos) dos serviços de saú- regiões são as doenças cardiovascula-
de em vez da idade em si. No entan- res, os cânceres, as doenças respirató-
to, as condições crônicas e deficiên- rias crônicas, os distúrbios músculoes-
cia tornam-se mais prevalentes com queléticos e as doenças neurológicas e
o avanço da idade – portanto, o uso mentais. Algumas condições comuns
de cuidados de saúde e gastos au- em idade avançada são especialmen-
mentam em conjunto com a idade. te incapacitantes e requerem detecção
Em muitos países, a despesa em cui- precoce e tratamento.
dados de saúde para pessoas idosas
aumentou ao longo dos anos, à me- As doenças crônicas comuns entre
dida que mais intervenções e novas os idosos incluem problemas evitáveis
tecnologias tornaram-se disponí- através de comportamentos saudá-
veis para problemas comuns na ida- veis e/ou intervenções de estilo de vida
de avançada. e serviços preventivos eficazes de saú-
de – tipicamente doenças cardiovascu-
Efeito do Envelhecimento lares, diabetes, doença pulmonar obs-
nos Sistemas de Saúde trutiva crônica e muitos tipos de cân-
Os sistemas de saúde enfrentam cer. Outras doenças estão mais intima-
dois grandes desafios na revolução mente ligadas aos processos de enve-
da longevidade: prevenção de doen- lhecimento e não são suficientemente
ças crônicas e deficiência e presta- bem compreendidas para impedi-las
ção de alta qualidade e custo-benefí- – como demência, depressão, alguns
cio de cuidados apropriados para in- distúrbios músculoesqueléticos e neu-
divíduos, independentemente da ida- rológicos. Embora a investigação pos-
de. Em regiões menos desenvolvidas, sa eventualmente conduzir a uma pre-
a carga de doença na velhice é mais venção ou tratamento eficaz da defi-
elevada do que nas regiões mais de- ciência, a gestão precoce é fundamen-
senvolvidas. tal para controlar a incapacidade e/ou
manter a qualidade de vida.
DIVULGAÇÃO
Ajudar a
construir um
mundo mais feliz
Alexandre Kalache
Geriatra, fundador e presidente do
Centro Internacional da Longevidade Brasil
…quando envelhecer?
O tempo não
é o único que
dita as regras
da nossa vida
Renato Stockler
“Eu tenho uma vantagem incrível, Sou casado há 58 anos, tenho a
que é chegar aos 80 anos sem ter sido minha família como maior riqueza,
atingido por qualquer problema de a palavra ódio não faz parte do meu
saúde mais sério, mantendo-me ativo vocabulário e já aprendi o grande
e produzindo. Mesmo assim, de vez em valor da renúncia. Essas escolhas
quando eu reflito sobre o tempo que são os fios condutores da minha vida,
já passou, nas coisas que já fiz e nas da juventude ao presente, e seguirão
que ainda quero fazer. E aí é inevitável comigo até o fim. Certamente, isso
o questionamento: será que vai dar é que me faz ser feliz também ao
tempo? Mas quando isso acontece, envelhecer”.
trato logo de mudar o pensamento,
pois o tempo não é o único que dita Nilton Molina
as regras da nossa vida. Por isso, há Fundador e presidente do Instituto de
jovens velhos e velhos jovens. Longevidade Mongeral Aegon
6
Cuidados
essenciais
O que você vai ser quando envelhecer?
Idosos em construção
Amadurecer emocional e financeiramente
Márcia Tolotti
Psicanalista e coaching psicofinanceiro
Pratos coloridos
Alimentação aliada
Dicas Especiais
Aposente o sofá
Atividade física já!
Você acha que porque já está na terceira idade pode ficar pa-
rado sem exercitar o corpo? Você é daqueles que não troca nada
pelo sofá e a televisão no final do dia? As autodesculpas para fal-
tar a academia estão cada vez mais elaboradas? Pode parar por
aí! Atividade física é essencial em qualquer idade e cada faixa etá-
ria tem suas indicações específicas.
CUIDADOS ESSENCIAIS
FREQUÊNCIA E INTENSIDADE
CONTRAINDICAÇÕES
O maior
O exercício é contraindicado quando extra-
risco é a pola a capacidade funcional e clínica do ido-
so, por isto a importância de avaliação médi-
inatividade. ca e do acompanhamento de um profissional
A prática de de educação física qualificado.
exercícios é BENEFÍCIOS
MODALIDADES SUGERIDAS
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
Felicidade
Não deixe para amanhã
Maura de Albanesi
Psicóloga e escritora
Direito de envelhecer
Envelhecer bem é mais do que uma lista de regras para
manter a saúde e preservar a funcionalidade do corpo
“Envelheci. E daí?”
A pergunta provocativa é feita por ANA FRAIMAN, psicó-
loga formada pela Universidade Paulista (Unip), Mestre em Psi-
cologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e doutora
em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP). Em entrevista especial, ela defende o direito ao
envelhecimento sem amarras ou padrões, permitindo aos que
alcançaram a terceira ou quarta idade a mesma liberdade que
é reivindicada pelos jovens. Sem apregoar a irresponsabilida-
de do cuidado com o corpo e a mente, a profissional lança a re-
flexão sobre o que é importante para cada pessoa, na busca das
coisas e dos sentimentos que verdadeiramente lhe façam feliz,
especialmente após os 60 anos de idade.
MENOS COBRANÇAS
ATITUDES RENOVADAS
FELICIDADE
É possível ser velho e ser feliz. Isso dependerá muito mais da fi-
losofia de vida que se cultiva, do que a sociedade prega. Nós vi-
vemos uma dicotomia: a sociedade apregoa o direito de ser feliz,
mas não nos dá as condições para sermos felizes ao longo da vida.
Então, não será na velhice que isso irá acontecer de uma hora
para outra, sem que algumas mudanças aconteçam.
Velhos, rejuvenesçam!
Paulo Caruso
Cartunista e Caricaturista
1 6
Flexionem o senso crítico. Lembrem- Ao encontrar o velho
se de quando seus avós, apesar amigo do primário, reflita
de mais jovens do que vocês hoje, consigo mesmo: “É o
pareciam bem mais velhos, graças à Fulano?! Como eu estou bem!”
moda e aos costumes reinantes.
2 7
Exercite a memória
Alonguem a noção de diariamente. Só não me
certo/errado. Praticando pergunte como, pois
regularmente o mais eu também já não lembro
ou menos, sempre há o que muito bem.
aprender.
3 8
Ao se levantar e encarar
Tentem ver a coisa pelo
o espelho, deixe o senso
lado bom, pois do outro
crítico dormir mais um
lado poderia ser pior.
pouquinho.
4 9
Ergam as mãos para os céus e
agradeçam a Chico Buarque, Caminhadas matinais
Caetano Veloso, Edu Lobo, Luiza são bem melhores do
Brunet e Jane Fonda, que empurraram que pedaladas fiscais e
a velhice para longe. Hoje nossos jovens podem levar ao encontro de
chegam aos 70! você com você mesmo.
5 10
Nunca digam não à Quando alguém lhe
primeira mão, digam criticar depois de
sim e talvez quase um elogio feito por
sempre de vez em quando. você, responda sem vacilar:
“Faça como eu, minta!”
É no que creio aos 81 anos, esperando chegar aos 100, com boa
qualidade de vida, para cujo aniversário todos estão convidados.
Lucas Dantas
“Aos 73 anos, já faço parte do grupo que chegou a terceira idade e
continua em plena atividade. Vou permanecer assim enquanto tiver
saúde, enquanto minha energia permitir e eu continuar acreditando
que vale a pena. Assim, imagino que nos próximos anos vou me
manter fazendo o que eu faço hoje com satisfação, que é escrever,
rodar o Brasil fazendo palestras e, até 2019, exercer o meu mandato
como senador, em Brasília, com proposições que garantam o respeito
à cidadania. Continuarei acreditando num
Continuarei Brasil melhor, com educação básica garantida
às crianças de norte a sul do país, independente
acreditando da cidade e da renda da família.
melhor
tiver forças e saúde. Outros planos eu não faço.
Deixo o tempo me levar”.
Cristovam Buarque
Senador da República
…quando envelhecer?
Vendo
florir as
sementes
que eu
espero
plantar
Divulgação
Isadora Faber
Estudante e criadora da Fan Page e da ONG Diário de Classe
7
Instituto de
Longevidade
Mongeral Aegon
O que você vai ser quando envelhecer?
Longevidade = Oportunidade
Os brasileiros que já alcançaram a maturidade
e a terceira idade não estão mais sozinhos
Acreditamos...
Metas e ações
que transformam
Mobilização
Social
Atuação
Pública
Redes de
Conhecimento
Serviços
Três Pilares
O Instituto atua em três pilares centrais: Trabalho, Cidades
e Conhecimento. Cada base estabelece suas ações com objeti-
vos concretos, que vêm ganhando um número cada vez maior
de participantes e de interessados nas atividades desenvolvidas.
PILAR 1 – TRABALHO
CENÁRIO
PERSPECTIVA
1
Uma nova relação entre empregadores e
trabalhadores aposentados 60+
2
É bom para o Brasil
3
Convivência intergeracional
e participação social
PILAR 2 – CIDADES
2º LUGAR
FLORIANÓPOLIS (SC)
Ela não é mais só conhecida por
Porto Alegre, RS
2º LUGAR 3º LUGAR
VINHEDO (SP) LINS (SP)
Plantações de uva para produ- O povoado que surgiu em 1908,
ção de vinhos, vinagres, doces e o do cruzamento de uma trilha de ín-
que mais se puder explorar das videi- dios nas proximidades dos rios Tietê
ras, preenchem a paisagem da cida- e Dourado e da Estrada de Ferro No-
de, que, segundo o último Censo, ti- roeste do Brasil, transformou-se na
nha 58,26% de migrantes entre seus cidade das escolas, com destacado po-
71.217 moradores, além de registrar tencial acadêmico, agroindustrial e
o PIB que mais cresce na região me- tecnológico. É conhecida pelas suas
tropolitana de Campinas. Muitos pau- águas termais e minerais, pela qua-
listanos das classes A e B trocaram a lidade de vida dos seus 75.612 habi-
insegurança da capital por uma vida tantes e por uma trilha ecológica que
confortável em condomínios fecha- preserva intacta sua mata nativa.
dos e em ruas monitoradas por siste-
mas de vigilância. Lidera o número de hospitais com
neurocirurgia, bem como o número
A cidade está entre as cinco de de equipamentos para diagnóstico. É
maior PIB per capita, e entre as cinco uma das 5 cidades com maior núme-
detentoras do maior número de agên- ro de psicólogos e com maior número
cias bancárias, sugerindo a pujança de estabelecimentos com atendimen-
econômica de Vinhedo. O rendimen- to ambulatorial. É uma das 12 cidades
to dos seus idosos está entre os dez que oferecem maior número de condo-
maiores entre as cidades pequenas. mínios residenciais para idosos. É uma
Além disso, possui uma população de das 92 cidades que mais possuem ci-
baixa renda relativamente pequena, nemas e com maior acesso à internet
sendo uma das cinco menores desse fixa. A população está entre os cinco
conjunto de cidades. É um dos cinco municípios de maior acesso a serviços
municípios de melhor conectividade, de planos privados de saúde.
com elevada parcela de seus morado-
res com acesso à internet fixa, estan-
do ainda entre os dez com maior nú-
mero de habitantes com acesso a ser-
viços de TV por assinatura.
PILAR 3 – CONHECIMENTO
É cada vez maior a relevância dos es- A conclusão maior é que os brasilei-
tudos divulgados pelo Instituto de Lon- ros ainda precisam despertar para a te-
gevidade no Brasil, tendo em vista a se- mática da aposentadoria e essa respon-
riedade com que o assunto “aposentado- sabilidade deve ser compartilhada, com
ria” precisa ser tratado. De acordo com as o engajamento de todos os envolvidos:
pesquisas já realizadas, os brasileiros es- governo, empresas, gestores da previ-
tão tendo dificuldades em acompanhar o dência, empregados, empregadores e
ritmo acelerado das mudanças geradas sociedade. A proposta do Instituto de
pela longevidade. Poucos estão poupan- Longevidade é gerar um diálogo capaz
do e se planejando adequadamente para de buscar as condições necessárias para
a aposentadoria. A maioria precisa de uma aposentadoria mais inclusiva, im-
mais acesso a ferramentas de aconselha- plementando soluções para que todos
mento financeiro e planejamento de for- tenham oportunidade de alcançar se-
ma a obter melhores perspectivas para o gurança financeira de longo prazo.
futuro.
DIVULGAÇÃO
“Como dizem por aí, a velhice é
um estado de espírito. É claro que
sentimos o passar dos anos, mas viver
a vida de forma plena e feliz depende
de como você a encara. O que você é ou
será quando envelhecer só depende de
você. Mais uma escolha dentre tantas
que se faz durante a vida.
Francisco Mussnich
Advogado e líder do Comitê
Organizador Brasileiro da Copa do
Mundo FIFA de 2014
…quando envelhecer?
Almir Sater
Violeiro, cantor, compositor e produtor rural
Quanta
Previdência
8
O que você vai ser quando envelhecer?
COMO FUNCIONA?
Cenário de preocupação
1. Déficit da Previdência Social
Dados da Previdência Social apontam que as despesas do
INSS consomem em torno de 8% do PIB do país, um dos mais
elevados gastos em previdência social entre as nações de todo o
mundo. No ano de 2016, o déficit do Regime Geral de Previdên-
cia Social (RGPS) ultrapassou R$ 130 bilhões, cobertos com re-
cursos da Seguridade Social, da qual a Previdência faz parte.
A despesa cresce mais se forem adicionados os benefícios pa-
gos aos servidores públicos da União, estados e municípios. Em
2016, somente o déficit do Regime Próprio dos Servidores da
União (civis e militares) passou de R$ 77 bilhões. A cada mês
são pagos, rigorosamente em dia, quase R$ 34 bilhões, cor-
respondentes a cerca de 29 milhões de benefícios, somente no
RGPS/INSS.
2. Aposentados sem
independência Financeira
Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
do Instituto Nacional do Seguro Social e do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística apontam:
3. Falta de planejamento
O Indicador Serasa Experian de Educação Financeira e Con-
sultoria Mercer alerta:
4. Jovens desinteressados
Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgada em
fevereiro de 2017, mostra que os jovens brasileiros tendem a focar no
presente e não se preparar para o futuro: quatro em cada dez jovens
de 18 a 30 anos (38,7%) não se preparam para a aposentadoria, au-
mentando para 48,2% entre as mulheres e 43,6% entre os perten-
centes às classes C, D e E. Em contrapartida, desconsiderando os en-
trevistados que têm o INSS pago pela empresa, 61,3% dos jovens ou-
vidos na pesquisa garantem preparar-se para a aposentadoria, so-
bretudo os que pertencem à faixa etária de 25 a 30 anos (70,5%), ho-
mens (69,6%) e das classes A e B (78,6%).
Tempo de Reforma
O ano de 2017 será fundamental para a previdência no Bra-
sil e definitivamente vai mexer com a vida dos brasileiros. Após
anos de adiamento da indispensável reforma da previdência, a
proposta começa a percorrer os caminhos do Executivo, Legis-
lativo e Judiciário, tornando-se assunto de amplo debate além
da imprensa, invadindo as redes sociais, as conversas entre as
famílias e os amigos.
94 anos
A Previdência Social no Brasil teve como principal ponto
de partida o Decreto n° 4.682, de 24 de janeiro de 1923,
a conhecida Lei Elói Chaves, que determinou a criação
de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para os
empregados das empresas ferroviárias. Já o Decreto n°
16.037, de 30 de abril de 1923, criou o Conselho Nacional do
Trabalho, com a atribuição de decidir sobre as questões
relativas ao sistema previdenciário. Hoje, a Previdência
Social é assegurada pelo artigo 201 da Constituição
Federal, que prevê o seu Regime Geral. É administrada
pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e as
políticas referentes à área são executadas pelo INSS.
Quanta Previdência
Plano para toda vida
Uma solução
para cada necessidade
Poupança de longo prazo para programar o custeio
da faculdade dos filhos.
Rentabilidade diferenciada para potencializar a
poupança.
Segurança para toda família.
Proteção através das coberturas de risco.
Incentivos fiscais que trazem economia no Imposto
Renda.
Renda de aposentadoria diferenciada.
Indicadores e conquistas
NÚMEROS
administra o maior Plano mais de 60 mil
Associativo do país participantes
48 mil R$ 1,4 bi
R$ 993 mi
39 mil
R$ 700 mi
31 mil
23 mil R$ 480 mi
ISO 9001:2008
2012 2013 2014 2015 2016 2012 2013 2014
em todos os processos. 2015 2016 2017
Prêmio Nacional
Destaque nacional de Seguridade Social – ABRAPP.
194
Sustentabilidade
(Projeto: Revisão de Planos) – ABRAPP.
Lena Obst
Prêmio Nacional
de Fomento – ANCEP.
Quanta Previdência
Planos Administrados
Atualmente, a Quanta Previdência administra três planos de
previdência privada.
PLANO PRECAVER
PLANO CIADPREV
PLANO PREVCOOP
VANTAGENS
BENEFÍCIOS ASSEGURADOS
Planejamento Financeiro
Administração dos recursos com taxas menores do que a
média do mercado.
Rentabilidade diferenciada.
Planejamento Tributário
Diferimento fiscal durante a fase de contribuição.
Dedução das contribuições até 12% da renda bruta anual.
Duas opções de alíquotas de IR (progressiva e regressiva).
Planejamento Sucessório
Os recursos não serão objeto de inventário, pois são direcio-
nados aos beneficiários.
Garantia de repasse de 100% do saldo aos beneficiários.
MAIS RENTÁVEL
PORQUE VISA À PROMOÇÃO SOCIAL E À JUSTIÇA
ECONÔMICA, NÃO AO LUCRO.
Menores taxas de administração no longo prazo, permitin-
do maior poupança.
Coberturas de risco que garantem proteção financeira indi-
vidual e familiar.
Repasse da rentabilidade líquida conquistada.
Incentivos fiscais que facilitam a formação da poupança.
MAIS SEGURO
PORQUE O PATRIMÔNIO DO PARTICIPANTE
PRECISA SER PROTEGIDO.
Contas individuais: cada participante recebe o que poupou.
Durante a fase de recebimento, o saldo acumulado conti-
nua em contas individuais, recebendo 100% da rentabili-
dade líquida.
O patrimônio previdenciário dos participantes está segre-
gado e protegido pela legislação, que exige blindagem destes
recursos.
MAIS FLEXÍVEL
PORQUE CADA PARTICIPANTE É DIFERENTE NAS
SUAS NECESSIDADES E NOS SEUS SONHOS.
Durante a fase de contribuição, o participante pode:
efetuar contribuições extras, ampliar seu saldo e o benefício
fiscal;
alterar o valor de contribuição e a data de pagamento;
alterar os beneficiários.
Lançamento Oficial
Entidade de
Previdência Fechada A Quanta Previdência Unicred foi
lançada oficialmente na noite de 24
Para viabilizar o funcionamento de novembro de 2004, junto ao 1º
da Quanta, a Unicred optou pela cria- Encontro das Centrais Unicreds do Rio
ção de uma Entidade de Previdência Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC),
Fechada, por três razões essenciais: Paraná (PR) e São Paulo (SP), realizado
no Resort Costão do Santinho, em
porque fazia parte de sua res- Florianópolis. A entidade nasceu com
ponsabilidade social; sucesso assegurado, pois enquanto a
legislação do setor exigia um número
porque o planejamento era mui- mínimo de 500 pré-participantes para a
to mais fácil e vantajoso aos coo- instalação de um plano de previdência,
perados; a Quanta dava seus primeiros passos
com 1.700 participantes prospectados
porque não precisaria terceiri- em apenas 20 dias, transformados
zar o que tinha de mais valioso: em 1.300 participantes efetivamente
a relação de confiança e parce- constituídos apenas três meses depois de
ria com os seus cooperados. sua fundação.
Diferenças Importantes
PREVIDÊNCIA ABERTA PREVIDÊNCIA FECHADA
Nacionalização
Com os importantes resultados alcançados pela Quanta junto
às primeiras Singulares Unicred que incorporaram o Plano Pre-
caver, foi inevitável que a previdência privada nascida em San-
ta Catarina se tornasse um projeto nacional do Sistema. Assim,
após um amplo planejamento e estruturação necessária para
ampliar os seus horizontes, com qualidade e eficiência, a Quanta
iniciou a sua nacionalização a partir de 2012.
Cooperativismo e
Associativismo
Num mundo de conexões tecnológicas cada vez mais desen-
volvidas, nunca foi tão importante conectar pessoas. A integra-
ção de ideais, forças e compromissos passou a ser absolutamen-
te indispensável nas instituições e nas empresas, nas mais diver-
sas áreas de atuação, nos diferentes públicos a que se destinam. É
preciso caminhar de mãos dadas se a meta é chegar juntos.
Significados que
fazem a diferença
Educação financeira
e previdenciária
Educação é a grande resposta aos diversos desafios enfrenta-
dos pela humanidade no decorrer de toda a sua trajetória. É atra-
vés do repasse de conhecimentos que os seres humanos cons-
troem suas histórias de vida. É pela disseminação do saber que os
cidadãos tomam consciência de seus direitos e deveres, exercen-
do seu papel legítimo na sociedade e assumindo o compromisso
por um mundo melhor.
Indispensável atualização
É preciso acompanhar e RECONHECIMENTO
atualizar constantemente o DAS NECESSIDADES
plano de previdência, dando
atenção para as mudanças que Os participantes do plano
ocorrem à volta, que modificam de previdência têm idades va-
a vida, as finanças e os projetos, riáveis e suas vidas têm me-
dando atenção para as neces- tas diferenciadas, de acordo
sidades pessoais e familiares, com suas realizações e proje-
para tomar a decisão certa, no tos. Identificar necessidades é
momento certo. passo importante para tomar
decisões.
DEFINIÇÃO DE METAS
AVALIAÇÃO DOS
Pessoas têm objetivos dife- PRAZOS
rentes também na hora de fazer
um plano de previdência. Algu- Os prazos têm ligação com
mas pretendem viajar, desfrutar a tolerância ao risco em in-
de bons momentos com os ami- vestimentos. Quanto maior
gos e a família, enquanto outras o prazo, mais chance o parti-
pensam em poupar renda para cipante tem de maximizar os
repassá-la aos filhos e netos. A ganhos.
realização dos planos para o
amanhã depende de decisões to-
madas hoje.
Quanta Longevidade
“A “É
longevidade trouxe uma motivo de orgulho para a Unicred
nova perspectiva na vida de ser o solo do nascimento da Quanta
todos nós. Ganhar novos Previdência e do seu Plano Precaver,
anos para viver muda muita coisa e hoje o mais importante benefício oferecido aos
deve acelerar a preocupação com os cooperados de todo o país, cumprindo a missão
dias que estão por vir. É importante cooperativista que rege o Sistema. O Precaver
que cada pessoa entenda isso, para alcança a meta maior da Cooperativa, que é
que possa preparar melhor o que quer cuidar dos associados não apenas no presente,
ser quando envelhecer. Certamente, mas garantir qualidade de vida a longo prazo,
o fato de sermos mais longevos faz a possibilitar bem viver no futuro. E os resultados
Quanta Previdência ampliar ainda não deixam dúvidas sobre o sucesso alcançado,
mais os seus horizontes e suas metas seja em número de participantes dos seus planos,
no atendimento aos participantes seja no patrimônio já acumulado. Os índices de
de seus planos. A matéria prima da crescimento também evidenciam claramente
nossa entidade é o planejamento, a confiabilidade e a credibilidade conquistadas
para um presente seguro e um futuro pela Quanta, que se aproxima ainda mais
de tranquilidade. Veja o tamanho da dos que investem seus recursos no Precaver,
responsabilidade e a grandeza dessa através de ações de educação financeira e no
missão. Com o desafio aceito, há acompanhamento do plano, indicando sempre
quase 13 anos de atividades, nossos o melhor caminho a seguir no atingimento das
esforços são para que a conquista da metas pessoais e familiares de cada participante.
longevidade se consolide cada vez mais Esses objetivos movem os dirigentes e a equipe
na vida daqueles que são parceiros da Quanta, que compartilham as vitórias e se
de jornada e na trajetória da Quanta fortalecem ainda mais para os novos anos que
Previdência”. vêm pela frente”.
“O “S
cenário vivido pelo em que se faça um presente, não pode
Brasil é realmente haver um futuro! No Brasil foi assim: no
muito complexo, começo do século XX, o brasileiro vivia,
ainda mais quando se trata em média 30 anos; nos anos 1950, vivia 50; no
do sistema previdenciário. Os fim do século, 66 anos. A esperança de vida agora
cálculos feitos pelo governo, é de 75,5 anos e esta taxa continua aumentando.
na proposta de reforma da A previdência pública é uma incógnita e projeta
Previdência Social não deixam mais sombras do que luzes. A previdência privada
dúvidas de que as contas só e os cuidados com a saúde são as vacinas para um
diminuem o valor dos benefícios envelhecimento saudável e com qualidade de vida.
a serem recebidos pelos A Quanta Previdência não tem fins lucrativos e
brasileiros. Ou seja, quem quer seus benefícios diferenciais ultrapassam em muito
manter a qualidade de vida a concorrência. Sem dúvida, é um case de inovação
após a aposentadoria, ou quem social bem sucedido. No Plano Precaver, específico
tem projetos para realizar com para a Unicred, o cooperado tem contas individuais,
a maior expectativa de vida com patrimônio protegido de acordo com seu saldo
conquistada nas últimas décadas, acumulado. A rentabilidade é diferenciada em virtude
inevitavelmente vai ter que de uma taxa de administração menor que a que
recorrer à previdência privada. o mercado oferece e, além disso, não possui taxa
A longevidade amplia os desafios de carregamento, entre muitas outras vantagens.
do cenário e fazem da Quanta Hoje, estou próximo de ultrapassar a média de vida
Previdência uma parceira cada vez e em perfeita atividade e, também, precavido. Quero
mais importante na vida de todos continuar a ser o que sou e viver intensamente os
nós que temos o plano Precaver”. meus dias aproveitando a experiência das minhas
vivências e enriquecendo a minha história de vida”.
Jorge Abi Saab Neto
Presidente da Unicred Central Paulo Abreu Barcellos
Santa Catarina/Paraná Presidente do Conselho de Administração
da Unicred do Brasil.
Diretor Presidente da Unicred Central RS.
“A “A
previdência privada é Quanta é fundamental para manter o
fundamental para quem padrão e a qualidade de vida que tenho
deseja ter estabilidade hoje quando eu chegar aos 65 anos de
econômica na aposentadoria e idade em diante. Pretendo ter uma renda que me
a merecida vida mais sossegada permita viver bem e trabalhando menos. Para mim
quando chegar a hora de reduzir as grandes vantagens do plano de previdência da
a jornada de trabalho ou parar Quanta são a rentabilidade dos recursos aplicados
de vez. Lamentavelmente, a e a possibilidade de abater uma parcela do Imposto
previdência pública não oferece ao de Renda. São benefícios fundamentais no período
trabalhador uma aposentadoria de captação e montante do patrimônio. Isso tudo
digna, daí a necessidade de me deixa mais tranquilo, afinal, é exatamente
planejamento tão logo a pessoa para isso que optamos por uma previdência
inicie a vida profissional. O privada, porque temos a expectativa de viver mais
Precaver da Quanta, além de e melhor”.
possibilitar essa necessária
segurança, oferece muitas Edmir Deberaldini
vantagens para o participante, Vice-Presidente da Unicred do Estado de São Paulo
desde maior rentabilidade, zero de
taxa de administração, abatimento
do Imposto de Renda, atendimento
diferenciado e muito mais.
“M
Participar desde cedo realmente inha decisão de participar do
vai fazer a diferença lá adiante. Plano Precaver aconteceu no
Quando envelhecer, pretendo ter momento em que eu me dei conta
saúde e tempo para fazer muitas que já estava ficando tarde para programar uma
coisas de que gosto junto das complementação de aposentadoria. Mas, como
pessoas que eu amo”. havia opções variadas, aderi, contribuí por dez
anos, e hoje estou usufruindo. O plano Precaver
Mauro Toledo Sirimarco da Quanta me trouxe mais tranquilidade nesse
Diretor-Presidente da Unicred Central momento. Valeu a pena”.
Multirregional – (Minas Gerais/
Espírito Santo/Bahia/Goiás/São Paulo) Márcio Zaccaron
Assistido Plano Precaver
“O
Precaver da Quanta é muito
importante para mim e para a
família. A minha neta foi a primeira
participante do Precaver aqui no Rio de Janeiro
e meu mais novo neto, nascido agora no último
“N
mês de maio, também já vai ter um plano. Essa este momento em que
é a minha poupança de aposentadoria; tenho os brasileiros enfrentam
68 anos e planejei a retirada para depois dos a polêmica reforma da
75 anos. O Precaver tem grandes diferenciais, Previdência Social, a única certeza e
como a segurança, a transparência e a a grande verdade é que a previdência
exclusividade, porém, considero como a maior está desse jeito, com um déficit
vantagem o fato dos valores investidos ao longo astronômico, porque foi imprevidente.
de todo o período realmente pertencerem a mim Amealhou fortunas num tempo em
e à minha família. Com certeza essas razões me que recebia mais contribuições dos
deixam mais tranquilos em relação ao futuro”. trabalhadores do que pagava benefícios
e distribuiu em interesses diversos
Ricardo Alves de sua finalidade. Assim, o cidadão
Assistido Plano Precaver brasileiro tem que recorrer para o
único caminho viável à manutenção
de sua qualidade de vida na
“P
ara termos um envelhecimento bem aposentadoria: a previdência privada.
sucedido, devemos estar preparados Nesse mercado, a melhor opção é, sem
não só fisicamente, mas fazer dúvida, a Quanta Previdência. Aos
um planejamento econômico e financeiro, 79 anos de idade e apesar de estar
possibilitando uma renda vitalícia adequada. seguro com os investimentos que fiz,
Nesse sentido, faz-se absolutamente necessário o único lamento que tenho é não ter
que tenhamos uma previdência privada, nos mais 30 anos para poder iniciar, com
moldes que a Quanta nos oferece, garantindo as a idade devida, uma poupança a longo
conquistas realizadas em nossa fase laborativa prazo, com a Quanta. Que os novos
e mantendo o padrão de vida arduamente trabalhadores e empresários de nosso
alcançado. A Quanta Previdência tem os pilares país se deem conta disso. A hora é
da segurança e da transparência, que são a base agora”.
para a escolha de uma instituição previdenciária
privada, permitindo que eu projete ser um idoso Antonio Moacyr de Azevedo
feliz, saudável com autonomia e independência, Fundador do Sistema Unicred. Assistido
como esposo, pai, avô e bisavô”. Plano Precaver
Marcus Perrout
Assistido Plano Precaver
Cláudio Fonseca
“Tenho uma relação amistosa com a
velhice. Envelhecer me trouxe calma
e deslumbramento, me fez um pai
atencioso e renovado todos os dias
com as brincadeiras das minhas
filhas. Fiquei com essa barba branca,
com cabelos grisalhos, não tenho
problema com isso. Minhas rugas
faciais são todas por rir demais.
Todos os meus ídolos são velhos, Aberto
as pessoas de idade mais avançada
sempre me pareceram as mais para o novo
interessantes.
E espero que nunca acabe. Que inventem uma forma de viver pra
sempre abraçado nas minhas filhas. Que troquem minhas juntas,
refaçam minha arcada, reconstruam minha memória. Que a morte
seja apenas um problema técnico, perfeitamente evitável em um futuro
recente. Quero continuar aprendendo daqui a duzentos, trezentos anos.
Vai ser interessantíssimo”.
Marcos Piangers
Jornalista e escritor
…quando envelhecer?
Quero ver
como será
que deve ser
“A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer.
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer.
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer.
Não quero morrer, pois quero ver como será que deve ser envelhecer.
Eu quero é viver pra ver qual é e dizer ‘venha’ pra o que vai acontecer.
Arnaldo Antunes
Compositor e cantor
Autor da música “Envelhecer”, autorizada a ser publicada como
sua resposta à pergunta “O que você vai ser quando envelhecer”?
Divulgação
O que você vai ser quando envelhecer?
ANDRADE, G.M.; DOMENEGHINI, J.; MORANDO, MACEDO, A. C. (2007) A carta do novo urbanismo
J.P.S.K.. (2013) Princípios do Novo Urbanismo norte-americano. Integração, São Paulo, v. 13,
no desenvolvimento de bairros sustentáveis bra- n. 48, p. 11-21.
sileiros. 2º Seminário Nacional de Construções NASCIMENTO, M.A.S. (2016) Lugares e ambiências:
Sustentáveis, Passo Fundo – RS. um estudo da influência do espaço urbano nas
GEHL, J. (2015) Cidade para Pessoas. Tradução de relações sociais de idosos. Projeto de pesquisa
Anita Di Marco. 3. ed. São Paulo, Perspectiva. submetido ao Programa de Pós-Graduação em
HISSA, Cássio E. V. (2006) Ambiente e Vida na Cida- Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Hu-
de. In: Brandão, Carlos A. L. (org.). As Cidades da manidades da Universidade de São Paulo – PP-
Cidade. BH, UFMG. Ger EACH USP, São Paulo.
JORGE, L.O. (2012) Estratégias de Flexibilidade na PAIVA, M.M.B.; SANTOS, V.M.V. (2012) Ergonomia
Arquitetura Residencial Multifamiliar. Tese no Ambiente Construído em Moradia Coletiva
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LAMEGO, Marcos Q. (2013) O Edifício como Articula- index.php/ae/article/view/169/169
dor Morfofuncional do Entorno Urbano: O bair- PAIVA, M.M.; SOBRAL, R.F.A.; VILLAROUCO, V.
ro Enseada do Suá (Vitória – ES). Dissertação (2016) Avaliação Estética em Ambientes Resi-
apresentada ao curso de Arquitetura e Urbanis- denciais de Idosos. Recife, Anais do VI Encontro
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do Espírito Santo, Vitória. blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/
LEITE, C.; AWAD, J.C.M.. (2012) Cidades Sustentáveis, designproceedings/eneac2016/AMB03-4.pdf
Cidades Inteligentes. Porto Alegre, Bookman.
Referências
de fontes e entrevistas
ENTREVISTAS JOSÉ ELIAS SOARES PINHEIRO 118
Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
AGUINEL JOSÉ BASTIAN JUNIOR 124 Gerontologia (SBGG)
Médico especialista em Urologia e Urologia LUCIANO NOGUEIRA 131
Oncológica, vice-presidente da AMB – Associação Médico especialista em Neurologia
Médica Brasileira – Região Sul LUIZA SAMPAIO LOSS 70
ALEXANDRE KALACHE 21 Economista
Geriatra e Presidente do Centro Internacional MÁRCIO LUIZ FOGAÇA VICARI 96
de Longevidade Brasil, Conselheiro sobre Advogado, professor universitário
envelhecimento Global da Academia de Medicina de MARIA MARGARETE SIMAS ABI SAAB 108
Nova Iorque e embaixador da Help Age International Médica especialista em Geriatra, Gerontologia e
ANA FRAIMAN 155 Clínica Médica
Psicóloga, Mestre em Psicologia Social e Doutora em NILTON MOLINA 100
Ciências Sociais Fundador do Instituto de Longevidade Mongeral
ANTOINE CHRISSOVERGS 112 Aegon e presidente do Conselho Administrativo da
Médico especialista em Ortopedia e Traumatologia Mongeral Aegon Seguros e Previdência
ANTÔNIO LEITÃO 166 RENATO MEIRELLES 52
Gerente Institucional do Instituto de Longevidade Fundador do Instituto de Pesquisa Locomotiva
Mongeral Aegon RONI RIBEIRO 49
BAHIJ AMIN AUR 82 Fundador da Gagarin Pesquisas
Vice-Presidente do Conselho Nacional dos Direitos TÁSSIA MONIQUE CHIARELLI 55
dos Idosos (CNDI) Gerontóloga, Mestranda da Escola de Artes, Ciências
BRUNO RODOVALHO VARANDAS 166 e Humanidades, da Universidade de São Paulo
Gerente de Marketing do Instituto de Longevidade
Mongeral Aegon DEPOIMENTOS
CLÁUDIO RIBEIRO 126 Quanta Previdência
Médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia,
Medicina Esportiva e Gestão Hospitalar ANTONIO MOACYR DE AZEVEDO 211
DENISE REGINA STACHESKI 57 Assistido Plano Precaver e Fundador do Sistema Unicred
Doutora e mestre em Comunicação e Linguagens EDMIR DEBERALDINI 210
pela Universidade Tuiuti do Paraná Vice-Presidente da Unicred do Estado de São Paulo
HENRIQUE NOYA 166 EUCLIDES REIS QUARESMA 208
Diretor Executivo do Instituto de Longevidade Fundador e Diretor Superintendente da Quanta
Mongeral Aegon Previdência
JORDELINA SCHIER 61 JORGE ABI SAAB NETO 209
Coordenadora do Núcleo de Estudos da Terceira Idade Presidente da Unicred Central Santa Catarina/Paraná
(NETI) da Universidade Federal de Santa Catarina MÁRCIO ZACCARON 210
JOASEANI PAULINI NEVES SIMAS 150 Assistido Plano Precaver
Professora de Educação Física do Centro de Atenção MARCUS PERROUT 211
à Terceira Idade da Prefeitura Municipal de São José Assistido Plano Precaver
(SC) MAURO TOLEDO SIRIMARCO 210
Diretor-Presidente da Unicred Central Multirregional
– Minas Gerais
ALEXANDRE GARCIA 28
ARTIGOS Jornalista
ALEXANDRE KALACHE 140
CIDADES EM TRANSFORMAÇÃO 78 Geriatra e Presidente do Centro Internacional de
Maria Luísa Trindade Bestetti Longevidade Brasil
Arquiteta e Urbanista, Professora e Doutora no ALMIR SATER 181
Curso de Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Violeiro, cantor, compositor e produtor rural
Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo ANA BOTAFOGO 29
(USP), em disciplinas da graduação e do mestrado Bailarina
Mariana Alves Nascimento Arnaldo Antunes 213
Arquiteta e Urbanista, Mestranda em Gerontologia Compositor e cantor
na Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH) BRUNINHO 43
da Universidade de São Paulo (USP) Atleta do vôlei brasileiro, levantador, ouro olímpico
ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO CARLINHOS BROWN 42
TAMBÉM É FRUTO DE ESCOLHAS 124 Cantor, compositor, percussionista, produtor e
Aguinel José Bastian Junior artista plástico
Médico especialista em Urologia e Urologia CRISTOVAM BUARQUE 162
Oncológica, mestre em Ciências Médicas, membro Senador da República
da Sociedade Brasileira de Urologia, da Confederacion FRANCISCO MUSSNICH 180
Americana de Urologia e da American Urological Advogado e líder do Comitê Organizador Brasileiro da
Association, vice-presidente da AMB – Associação Copa do Mundo FIFA de 2014
Médica Brasileira – Região Sul
ISADORA FABER 163
IDOSOS EM CONSTRUÇÃO: AMADURECER Estudante e criadora da Fan Page e da ONG Diário
EMOCIONAL E FINANCEIRAMENTE 144 de Classe
Márcia Tolotti MARA LUQUET 105
Psicanalista e coaching psicofinanceiro Jornalista e editora
PRATOS COLORIDOS, ALIMENTAÇÃO ALIADA 147 Marcos Piangers 212
Daiane do Carmo Corrêa Bellico Jornalista e escritor
Nutricionista NELSON MOTTA 67
FELICIDADE: NÃO DEIXE PARA DEPOIS 153 Compositor, escritor, produtor musical, teatrólogo e
Maura de Albanesi letrista
Psicóloga e escritora NILTON MOLINA 141
VELHOS, REJUVENESÇAM 158 Fundador do Instituto de Longevidade Mongeral
Paulo Caruso Aegon
Cartunista e caricaturista RICARDO AMORIM 104
COMO É SER LONGEVO? 160 Economista
Murillo Ronald Capella ZÉ DASSILVA 66
Cirurgião Pediátrico Cartunista e roteirista
Equipe de produção
Colaboração
Lúcia Py Lüchmann
Fotos
Ricardo Garcia
Gráficos
Eduardo Obst
Projeto gráfico
e editoração
Cesar Valente
Revisão
Jucélia Fernandes