07 Protocolo de Higienizacao Das Maos
07 Protocolo de Higienizacao Das Maos
07 Protocolo de Higienizacao Das Maos
HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS
HOSPITAL DA POLICIA
MILITAR
DE MINAS GERAIS
DIRETORIA DE SAÚDE
2018-2020
---------------------------------------, Cel PM
Desenvolvimento da Atividade
I – INTRODUÇÃO
A higienização das mãos é reconhecida hoje como uma das principais armas no controle e
prevenção das infecções relacionadas à atenção à saúde. Vários estudos já demonstraram que
as mãos dos profissionais de saúde são importante meio de transmissão de bactérias entre
pacientes, constituindo mecanismo de disseminação de microrganismos multirresistentes e
propiciando o surgimento de surtos dentro das instituições hospitalares (BRASIL, 2009).
Para que a higienização das mãos possa contribuir para a redução das infecções, é necessário
não só a utilização de produtos adequados, mas também que os profissionais utilizem a técnica
adequada, nos momentos necessários e que o tempo de duração do procedimento seja cumprido.
A OMS, por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, elaborou diversas diretrizes
e estratégias para a implantação de medidas visando a adesão dos profissionais de saúde às
práticas de higienização das mãos (WHO, 2006a; 2006b). Recentemente, novas diretrizes
internacionais têm ressaltado a relevância da preparação alcoólica como importante arma na
prevenção da infecção relacionada à assistência à saúde, em decorrência de sua eficácia
comprovada, facilidade de uso e menor tempo gasto no procedimento (WHO, 2009; SHEA/IDSA,
2014).
II – INDICAÇÕES
A maneira mais eficaz de garantir uma ótima higiene das mãos é utilizar a preparação alcoólica
para as mãos. De acordo com as Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Serviços de
Saúde, quando a preparação alcoólica para as mãos está disponível, deve ser adotada como
produto de escolha para a antissepsia rotineira das mãos, com a exceção de algumas situações
que serão abordadas a seguir. O SCIH não recomenda o uso de preparação alcoólica com a
técnica de fricção das mãos para procedimentos cirúrgicos.
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que
mantêm contato direto ou indireto com os pacientes e que manipulam medicamentos, alimentos e
material estéril ou contaminado (WHO, 2006a). Recomenda-se, ainda, que familiares,
acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após terem contato com os pacientes
nos serviços de saúde. (BRASIL, 2009).
--------.As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações:
● Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais;
● Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
● Antes e após ir ao banheiro;
● Antes e depois das refeições;
● Antes de preparar alimentos;
● Antes de preparar e manipular medicamentos;
● Antes e após contato com paciente com suspeita ou confirmação de colonização ou
infecção por Clostridium difficile;
● Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico;
● Após a remoção de luvas.
A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica (sob a forma gel ou
líquida com 1%-3% de glicerina) quando estas NÃO estiverem visivelmente sujas, em
todas as situações descritas a seguir:
● Antes e após ter contato com o paciente;
● Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
● Antes de calçar luvas para procedimentos que não requeiram preparo cirúrgico, tais
como acesso venoso periférico;
● Após risco de exposição a fluidos corporais, desde que não haja sujidade visível,
sendo nesse último caso necessário realizar higienização com água e sabonete;
● Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro sítio, durante o cuidado ao
paciente;
● Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao
paciente.
D) Degermação da pele
III – TÉCNICAS
Dependendo do objetivo ao qual se destinam, as técnicas de higienização das mãos podem ser
divididas em (CDC, 2002; WHO, 2006b; BRASIL, 2007):
● Higienização simples;
● Fricção de anti-séptico;
● Higienização anti-séptica;
● Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório.
1. Retirar das mãos e punhos qualquer tipo de adorno (anéis, pulseiras e relógio);
2. Abrir a torneira e molhar as mãos evitando o contato com a pia;
3. Aplicar na palma de uma das mãos quantidade suficiente de sabonete para cobrir todas as
superfícies das mãos;
1. Retirar das mãos e punhos qualquer tipo de adorno (anéis, pulseiras e relógio);
2. Confirmar que as mãos não se encontram visivelmente sujas;
3. Aplicar uma quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma das mãos em forma de
concha para cobrir todas as superfícies das mãos;
4. Friccionar as palmas das mãos entre si;
5. Friccionar a palma de uma das mãos contra o dorso da mão oposta, entrelaçando os
dedos e vice-versa;
6. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
7. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os
dedos com movimentos de vai-e-vem e vice-versa;
8. Esfregar o polegar de uma das mãos com o auxílio da palma da mão oposta utilizando-se
de movimento vai-e-vem e vice-versa;
9. Friccionar as polpas digitais e unhas das mãos direita contra a palma da mão esquerda,
fazendo movimento circular e vice-versa;
10. Deixar secar espontaneamente;
. *Duração de todo o procedimento: 20 a 30 segundos.
C) Higienização anti-séptica
A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das
mãos, substituindo-se o sabonete comum por um sabonete associado a anti-séptico (por exemplo,
clorexidina degermante ou PVPI degermante).
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser descartáveis e de cerdas macias,
impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal, subungueal e espaços
interdigitais. Nunca é demais lembrar que devem ser retirados das mãos punhos qualquer tipo de adorno
(anéis, pulseiras e relógio).
1. Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos
corporais e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes;
2. Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os microrganismos das mãos do profissional
contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas);
3. Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de um paciente
para outro nas situações de precaução de contato;
4. Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente;
5. Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal
contaminado para outro, limpo;
Observação
Na higienização das mãos, devem ser observadas, ainda, as seguintes recomendações (CDC,
2002; WHO, 2006b; BRASIL, 2007):
• Manter as unhas naturais, limpas e curtas;
• Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;
• Evitar o uso de esmaltes nas unhas;
• Evitar utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente;
• Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar
ressecamento da pele.
Considera-se ponto de assistência, o local onde estejam presentes: o paciente, o profissional de
saúde e a assistência ou tratamento, envolvendo o contato com o paciente ou suas imediações
(ambiente do paciente). No HPM, os produtos, equipamentos e recursos utilizados para
higienização das mãos estão disponíveis nos pontos de assistência, nas diversas unidades da
instituição (CTI, Unidade de Internação, Pronto Atendimento, Ambulatórios, etc). Os profissionais
de saúde, bem como pacientes e familiares, dispõem de fácil acesso aos produtos para
higienização das mãos.
A distribuição dos dispensadores e pias no HPM segue as recomendações da RDC n. 50 / 2002
da Anvisa e está de acordo com a definição dos pontos de assistência em todas as unidades
assistenciais da instituição.
Siglas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Itens de Controle
● Volume de sabonete, álcool gel e antisséptico utilizados no HPM
● Volume de sabonete líquido, álcool gel e antisséptico utilizado por paciente-dia por ala de internação.
Anexo 1 : Fluxograma “Meus 5 Momentos
para a Higiene das Mãos”
Fonte: Manual de Referência Técnica para Higiene das Mãos (OMS, 2009)
05 MOMENTOS DA RECOMENDAÇÕES
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
01 Antes de tocar o Antes de manipulação do paciente e seu ambiente (IB, IC)
paciente
02 Antes de realizar Antes de manusear um dispositivo invasivo, ao se mover entre
procedimentos sítios anatômicos durante o atendimento no mesmo paciente,
limpos/asséptico independentemente do uso de luvas (IB, IC)
Referencia Bibliografia
preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e
dá outras providências
● Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de
Saúde: Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa,
2009. 105p.
● BRASIL, MINISTÉRIO DA SÁÚDE – PORTARIA Nº1377 DE 09 DE JULHO DE 2013 – Aprova
os protocolos de Segurança do Paciente. Disponível no endereço eletrônico:
www.saude.gov.br/segurancadopaciente .
● BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE/Anvisa - PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE
DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 09/07/2013. Protocolo integrante do Programa
Nacional de Segurança do Paciente.
● CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, Guideline for Hand Hygiene in
Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory
Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR, v.51,
n.RR-16, p.1-45, 2002.
● ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE –
OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – MINISTÉRIO DA SAÚDE
– ANVISA/MS. Guia para Implantão. Um guia para implantação da Estratégia Multimodal da
OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos. Brasília, DF, 2008b.
● ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Hand hygiene: why, how and when. Summary
Brochure on Hand Hygiene. Geneva: World Alliance for Patient Safety, 2006a. p. 1-4.
Assinaturas
_________________________________________________
Cheila Batista F. Lucarini, Major PM QOS
DIRETORA TÉCNICA DO HPM