Biodegradação Do Petróleo

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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Departamento de Ciências Animais


Disciplina: Biotecnologia Ambiental
Professora: Janisi Aragão

Biorremediação de águas
contaminadas com petróleo
Alunos: Eliezer Fernandes
Naama Melo
INTRODUÇÃO
Introdução
• Água;
– Manutenção da vida;

• Consciência global;
– Danos ao meio ambiente e à saúde pública;

• Poluentes:
– Petróleo e seus derivados;
Introdução
• Fontes:
– Vazamentos em tanques de estocagem;
– Tubulações; Processos
Intempéricos
– Derramamentos acidentais;
– Despejo de resíduos no solo;
• Águas subterrâneas; Biodegradação,
Espalhamento,
Evaporação,
Dissolução,
Emulsificação,
Sedimentação e
FOTO-OXIDAÇÃO
Introdução
• A biodegradação ocorre através da ação de
diversos microrganismos, como fungos e
bactérias, presentes no ambiente (ATLAS,
1981);
 Limitação;

BIORREMEDIAÇÃO pode auxiliar nesse processo de restauração,


acelerando-o, através da adição de microrganismos específicos,
nutrientes e/ou outras substâncias que acelerem a reprodução
de tais microrganismos, catalisando a reação no meio ambiente contaminado.
HISTÓRICO
Histórico
• Stormer (1908), isolou a bactéria Bacillus hexabovorum, que apresentou
capacidade de crescer aerobiamente em meio contendo tolueno e xileno;

• Sohngen em 1913 relatou que gêneros microbianos como Mycobacterium


e Pseudomonas poderiam oxidar o petróleo a CO2, água e traços de ácidos
orgânicos;

• Komagata e colaboradores (1964) isolaram 56 espécies de leveduras


capazes de utilizarem hidrocarbonetos;

• Floodgate (1984) listou 25 gêneros de bactérias e 27 de fungos isolados de


ambientes marinhos;

• Araújo e colaboradores (2002) realizaram o isolamento e identificação de


fungos filamentosos com capacidade de degradação do petróleo.
Histórico
• Alguns derramamentos:
– 1978: Amoco Cadiz, nas costas da Bretanha,
França  290 milhões de litros no mar;
– Em 1989, uma forte tempestade espalhou a
mancha formada pelo derrame de 40 milhões de
litros de óleo do Exxon Valdez;
O Petróleo
O Petróleo
• Constituído por compostos orgânicos
compreendendo gases, óleos e betumes;

• Hidrocarbonetos – H, C;

• Combustível fóssil;
O Petróleo
• Composto por alcanos e hidrocarbonetos
aromáticos;
– Oxigênio, Nitrogênio e Enxofre;

• Classes distintas:
– Hidrocarbonetos alifáticos (saturados e
insaturados);
– Hidrocarbonetos aromáticos;
– Compostos polares.
O Petróleo
Hidrocarbonetos alifáticos
Hidrocarbonetos Saturados

• Possuem ligações simples;

• Classificados em alcanos
normais, ramificados e
cíclicos;
Petróleo
O Petróleo
Hidrocarbonetos alifáticos
Hidrocarbonetos Insaturados

Maior número de hidrogênio;

Ligações duplas e/ou triplas

Petróleo: n-hexeno, n-hepteno e n-octeno


O Petróleo
Hidrocarbonetos Aromáticos (CnH2n)

Estruturas fechadas;
• Anel aromático;

Benzeno, tolueno e xileno;


• BTEX e Hap.
O Petróleo
Alterações fisico-químicas no ambiente

• Petróleo no meio...
– Intemperismo!
• Redução da concentração por alterações físico-
químicas;
– Depende: A foto-oxidação é uma reação
de oxidação catalisada pela radiação ultravioleta do sol.
• Composição química e processos naturais.
O Petróleo
IMPACTOS DO PETRÓLEO NO MEIO AQUÁTICO
BIORREMEDIAÇÃO
Biorremediação
• Conscientização da sociedade em relação à
qualidade ambiental;
– Mais críticas.
• Aumenta a demanda de gerenciamento de
áreas contaminadas;

Diversas tecnologias de remediação


Biorremediação
• Uma das novas tecnologias Biorremediação;
– Processos microbianos para reduzir a [ ] e/ou a
toxicidade de determinados poluentes;
– Alternativa promissora e ecológica;
– Compostos orgânicos biodegradáveis.

• Contudo:
– Avaliação prévia dos poluentes (impacto, a tendência
de degradação e as condições necessárias).
Biorremediação
• Ação dos microrganismos
– Estrutura dos poluentes orgânicos exercem
profunda influência; Biodegradáveis
ou recalcitrantes

– Facilmente biodegradável;
• Hidrocarbonetos com baixo a médio peso molecular e
álcoois.
– Resistentes à biodegradação;
• Hidrocarbonetos halogenados.
Biorremediação
• Ação dos microrganismos
– Com relação à biodegradação, existem duas
categorias:

Primários Secundários

Cometabolismo
Biorremediação
• Biorremdiação “in situ”
– Próprio local;
– Evita-se custos e distúrbios ambientais;
– Pode haver ou não adição de nutrientes:
• Biorremediação intrínseca;
• Bioestimulação;
• Bioaumentação.
Biorremediação
• Biorremdiação “in situ”
– Biorremediação intrínseca;
• Sem qualquer interferência de tecnologias ativas de
remediação;
• Natural;
• Avaliação:
– Será que somente a natural é suficiente para biodegradar os
hidrocarbonetos?
– Avaliar taxas de migração e redução dos poluentes.
Biorremediação
• Biorremdiação “in situ”
– Biorremediação intrínseca;
– CURIOSIDADE !

Reações de oxi-
redução: os poluentes
são oxidados e um
aceptor de elétrons é
reduzido.
Biorremediação
• Biorremdiação “in situ”
– Bioestimulação
• Aumenta as taxas de biodegradação;
• Às vezes as condições ambientais são insuficientes;
– Alta [ ] de poluentes, pouco O2, pH, falta de nutrientes e
temperatura desfavorável.
• Caso específico das águas subterrâneas:
– Técnica air sparging.
Biorremediação
• Biorremdiação “in situ”
– Bioaumentação
• Adição de microrganismos específicos, adaptados em
laboratório às condições ambientais;
• Crescimento estimulado em biorreatores;
• Local contaminado.
Mas em ambientes costeiros não é muito eficiente:
correntes marinhas, ondas, chuvas, vento,
competição microbiana etc.
ROSA,2001.
Biorremediação
• Parâmetros microbianos
– Considerá-los antes de aplicar a técnica de
biorremediação;

– São eles: contagem da população microbiana, a


sua saturação e o efeito tóxico da aplicação do
fertilizante.
Biorremediação
• Parâmetros microbianos
– Contagem microbiana
Introdução de óleo aumenta a [ ] de
microrganismos degradadores

Fissão binária – Progressão geométrica

Contagem celular direta ou avaliação da


atividade celular
Biorremediação
• Parâmetros microbianos
– Análise de toxicidade
• Deve ser feita, pois a eficiência não se relaciona apenas
à diminuição dos compostos, mas também da
toxicidade;

• Teste ecotoxicológicos.
Biorremediação
• Parâmetros microbianos
– Análise dos nutrientes
• Mais importantes: nitrogênio e fósforo;
– Síntese de fosfolipídeos, ácidos nucléicos e se envolvem na
troca de energia.
• Cuidado quanto ao excesso:
– EUTROFIZAÇÃO !
Biorremediação
• Biodegradação aeróbia
– Maioria dos hidrocarbonetos presentes no
petróleo;
• Degradados aerobicamente;
• O2 é co-substrato para a enzima que pode inicializar o
metabolismo do hidrocarboneto e é aceptor de
elétrons.

Se não, nitrato Se não, íon férrico


Preferência: O2
(NO3-) (FEIII)
BIODEGRADAÇÃO DO PETRÓLEO
Biodegradação do petróleo
• Processo natural promovido por
microrganismos que são capazes de degradar
compostos orgânicos do petróleo;
• Aeróbios ou anaeróbios;
• Utilizam o petróleo como fonte de energia e
carbono;
• Necessário obedecer a algumas exigências:
controles bióticos e abióticos.
Biodegradação do petróleo
• Parâmetros de controle biótico:
– Necessidades intrínsecas da flora microbiana.

• Parâmetros de controle abiótico:


– Propriedades físicas do ambiente;
• Temperatura, materiais tóxicos, atmosfera, pH, água,
foto-oxidação, solubilidade e nutrientes.
Biodegradação do petróleo
• Microrganismos degradadores de petróleo
– Amplamente distribuídos na natureza;
– É necessária uma assembléia ou um pool de
Cada um exerce
microrganismos; sua função ->
Consórcios

– Quando as moléculas orgânicas biodegradáveis


são maiores que os poros das células dos
microrganismos:
• Exoenzimas através da parede celular.
Biodegradação do petróleo
• Microrganismos degradadores de petróleo
– Diversos gêneros;
– Bactérias;
• Pseudomonas, Achromobacter, Micrococcus,
Mycobacterium, Nocardia, Acinetobacter, Arthrobacter,
Brevibacterium, Corynebacterium, Flavobacterium,
Alcaligenes, Bacillus e Aeromonas.
Biodegradação do petróleo
• Microrganismos degradadores de petróleo
– Diversos gêneros;
– Fungos;
• Candida, Rhodotorula, Sporobolomyces, Aspergillus,
Trichoderma, Mortierella, Penicillium, Paecilomyces,
Fusarium, Rhodosporidium, Saccharomyces,
Trichosporon, Cladosporiumm, Mucor e Rhizopus.
Biodegradação do petróleo
• Microrganismos degradadores de petróleo
– Diversos gêneros;

– Há ainda leveduras, cianobactérias, algas e


protozoários.
Biodegradação do petróleo
• Adaptação microbiana
– Aumento na capacidade de biodegradação dos
hidrocarbonetos que ocorrem em algumas
populações microbianas nativas em águas
poluídas por petróleo;
– Três mecanismos:
• Indução e/ou desrepressão de enzimas específicas,
mudanças genéticas que resultam na aquisição de
novas atividades metabólicas e enriquecimento seletivo
de organismos capazes de transformar os compostos.
Biodegradação do petróleo
• Adaptação microbiana

– Em alguns casos:

• Enriquecimento primário e depois secundário;

• Aumento de espécies únicas.


Biodegradação do petróleo
• Adaptação microbiana
MUITO IMPORTANTE

• Genes específicos controlam a degradação;


• Gênero Pseudomona possuium leque de
genes Vantagem seletiva;
• Plasmídeo TOL : degradação de tolueno.
ALGUNS TRABALHOS
FIM.
Obrigado!!!!!

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